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RIO DE JANEIRO
2020
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
RIO DE JANEIRO
2020
Ficha catalográfica elaborada pelo
Bibliotecário Márcio Finamor CRB7/6699
S237f
2020 Santos, Thiago José Bandeira
A fração tática de operações psicológicas no
comando militar do leste: um estudo sobre a
demanda no ambiente operacional do estado do rio
de janeiro / Thiago José Bandeira Santos. – 2020.
227 f. : il.
CDD: 355.005
Cap Inf THIAGO JOSÉ BANDEIRA SANTOS
Banca Examinadora
___________________________________________
NELSON DE SOUZA JÚNIOR – Cel
Doutor em Ciências Militares
Presidente/ EsAO
___________________________________________
ANDRÉ CEZAR SIQUEIRA – Cel
Doutor em Ciências Militares
1º Membro/ EsAO
___________________________________________
FREDERICO ALTERMANN NETO – Maj
Mestre em Ciências Militares
2º Membro
A minha querida mãe e professora que
em sua dedicação, esforço e estímulo ao
debate me conduziu no caminho do
conhecimento.
AGRADECIMENTOS
A minha amada esposa que não cansou de corrigir, opinar e contribuir nesta
dissertação. Seu apoio e inteligência foram os alicerces desta vitória, assim como
seu discernimento para abnegar horas de nosso fraterno convívio para que eu
pudesse concluir esta dissertação.
Ao General de Brigada Luciano Batista de Lima pela sua brilhante tese
apresentada à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército em 2009. Em que
pese o ano de sua publicação, este trabalho à frente de seu tempo, orientou o
problema desta pesquisa e serviu de inspiração para este jovem oficial no decorrer
desta especialização.
Ao Coronel André Cezar Siqueira, meu orientador, pelas valorosas
contribuições acadêmicas, confiança e incentivo ao desenvolvimento deste estudo.
Ao Tenente-Coronel Fausto Augusto de Sousa Pontes pelos ensinamentos e
proveitosas discussões doutrinárias que possibilitaram conclusões acertivas quanto
ao objeto da pesquisa.
Ao Tenente-Coronel Felipe Jorge Granero e a professora Ana Paula de
Moraes Teixeira pelas valorosas sugestões e contribuições apresentadas durante a
fase do projeto de pesquisa que constituíram bases sólidas para o desenvolvimento
deste trabalho.
Aos especialistas em Operações Psicológicas de nível avançado pela
colaboração na transmissão de tão importantes conhecimentos e experiências para
a solução desta pesquisa.
Aos companheiros especialistas em Operações Psicológicas pelo exemplo de
profissionalismo e inquebrantável espírito de cumprimento de missão, cujas lições
me guiarão por toda a vida profissional.
Aos integrantes civis e militares do Centro de Estudos de Pessoal e Forte
Duque de Caxias pelo espírito de camaradagem, inestimável apoio acadêmico e
excelência do ensino.
A Seção de Pós Graduação da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais pela
oportunidade de realizar uma dissertação strictu sensu e contribuir de alguma forma
para a evolução da doutrina militar terrestre.
À minha família meus sinceros agradecimentos pelas constantes orações a
Deus, carinho, amor, incentivo e por entenderem os períodos de ausência sem
nunca deixarem de me motivar para superar os obstáculos mais difíceis que se
apresentaram ao longo desta dissertação.
As usuais ações táticas de efeito cinético
só tem utilidade na medida em que são
orientadas para a consecução de uma
meta psicológica que possa ser
amplamente explorada e potencializada
pela propaganda nos níveis político e
estratégico, fazendo parte de um contexto
informacional mais amplo.
(VISACRO)
RESUMO
The relevance of narrative and public opinion management in the following San
Francisco, Soccer World Cup 2014, Rio 2016 Olympic and Paralympic Games,
Hurricane and Federal Intervention boosted the development of this research.
Therefore, the current dissertation has as a general objective to evaluate whether a
tactical team fully qualified to act with Psychological Operations has a permanent
demand in Rio de Janeiro. To this end, the doctrine and organization factors have
been deeply studied both at the national and international levels (the USA, Portugal
and Colombia), once the Army Capabilities Catalog and the Army Psychological
Operations System (SOPEx, acronym in Portuguese) Guideline frame the activity as
an operating capacity. Furthermore, the research turned to the solution of episodic
use, punctual and with reduced numbers of personnel in the detachment of the
Batallion of Psychological Operations (1st B Op Psc, acronym in Portuguese). The
approach to the problem is a qualitative since judging the need for a tactical structure
intrinsically presents an inseparable link between objectivity and subjectivity.
Regarding technical procedures, the study had a bibliographic, documentary and
survey character. In this scope, the instruments were: a questionnaire applied to a
sample of specialists who have attended a Psychological Operations Course and an
interview with the Head of the Information Operations Division and the Psychological
Operations Section of Ground Operations Command (COTER, acronym in
Portuguese), the Commander of the 1st B Op Psc, and the Head of the Eastern
Military Command (CML, acronym in Portuguese) Information Operations Cell, who
held these positions during 2019. Thus, the study shows that the 1st B Op Psc has
limited staff to supply the demand in the eight Military Area Command (C Mil A,
acronym in Portuguese). In addition, the research identified that there was a
permanent need for tactical support for Psychological Operations in Cooperation and
Coordination Operations with Agencies (OCCA, acronym in Portuguese) that
occurred in Rio de Janeiro between 2014 and 2018, as well as found that there is a
forecast of an increasing demand for the Tactical Team of Psychological Operations
(FTOP, acronym in Portuguese) in the coming years. Thus, it was assessed that
there is a permanent need for FTOP in Rio de Janeiro. Therefore, it was considered
that the adequate structure for the demand in CML is a Psychological Operations
Company directly subordinated to this C Mil A. Due to the greater concentration,
throughout the research, in solutions related to the doctrine and organization
aspects, it is suggested that the results on the factors training, material, education,
personnel and infrastructure should be deepened in future research. Finally, the
study presents as a contribution, a consolidated proposal in an Instruction Booklet -
The Psychological Operations Company, which envisions an experimental
organizational framework containing a doctrinal basis and its organizational structure.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 20
1.1 PROBLEMA ........................................................................................... 25
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................... 27
1.2.1 Objetivo geral ....................................................................................... 27
1.2.1.1 Objetivos específicos ............................................................................. 27
1.3 QUESTÕES DE ESTUDO ..................................................................... 28
1.4 JUSTIFICATIVAS .................................................................................. 28
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................. 31
2.1 OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO ......................................................... 31
2.1.1 As Op info e a Comunicação Estratégica .......................................... 32
2.1.2 As Op Info segundo a Doutrina Nacional .......................................... 37
2.1.3 As Op Info no Exército Brasileiro....................................................... 40
2.1.4 Op Psc e seu vínculo com outras CRRI ............................................. 46
2.2 OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS ............................................................ 52
2.2.1 Definições ............................................................................................ 52
2.2.2 Principais conceitos ............................................................................ 57
2.2.3 Instrumentos das Op Psc ................................................................... 67
2.2.4 Veículos de difusão de mensagens ................................................... 79
2.2.5 As Op Psc no âmbito Nacional........................................................... 81
2.3 A ESTRUTURA DAS OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS ......................... 85
2.3.1 A estrutura das Op Psc na Colômbia................................................. 85
2.3.2 A estrutura das Op Psc em Portugal ................................................. 87
2.3.3 A estrutura das Op Psc nos EUA ....................................................... 90
2.3.4 A estrutura das Op Psc na MINUSTAH .............................................. 96
2.4 A FTOP NAS OCCA NO ESTADO DO RJ ............................................ 100
2.4.1 Classificação das OCCA ocorridas no Estado do RJ....................... 100
2.4.2 O Ambiente Operacional – Estado do Rio de Janeiro ...................... 103
2.4.3 A FTOP na Operação São Francisco ................................................. 106
2.4.4 A FTOP na Copa do Mundo de Futebol 2014 .................................... 109
2.4.5 A FTOP nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 .................. 112
2.4.6 A FTOP na Operação Furacão e na Intervenção Federal ................. 115
2.4.7 Considerações acerca da demanda da FTOP no CML ..................... 121
3 METODOLOGIA ................................................................................... 126
3.1 OBJETO FORMAL DE ESTUDO .......................................................... 126
3.1.1 Definição conceitual das variáveis .................................................... 127
3.1.2 Definição operacional das variáveis .................................................. 127
3.2 AMOSTRA ............................................................................................. 128
3.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ......................................................... 129
3.3.1 Procedimentos para a revisão da literatura ...................................... 130
3.3.1.1 Fontes de Busca .................................................................................... 130
3.3.1.2 Estratégia de busca para as bases de dados eletrônicas...................... 131
3.3.1.3 Critérios de inclusão .............................................................................. 131
3.3.1.4 Critérios de exclusão ............................................................................. 131
3.3.2 Procedimentos Metodológicos .......................................................... 131
3.3.3 Instrumentos ........................................................................................ 132
3.3.3.1 Questionário .......................................................................................... 132
3.3.3.2 Entrevista ............................................................................................... 133
3.3.3.3 Pré-Teste ............................................................................................... 135
3.3.4 Análise dos Dados............................................................................... 135
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................ 136
4.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ....................................... 136
4.1.1 Quais são as características das Op Info e qual vínculo as Op Psc
possuem com as demais CRI? ........................................................... 137
4.1.2 As bases doutrinárias e de emprego das Op Psc no Brasil são
válidas quando comparadas com outros países, como Colômbia,
Portugal e EUA? .................................................................................. 139
4.1.3 De que maneira as estruturas táticas das Op Psc na Colômbia,
Portugal, EUA e na MINUSTAH (empregadas pelo Contingente
Brasileiro) podem contribuir com a demanda de Op Psc no CML? ..141
4.1.3.1 A estrutura das Op Psc na Colômbia..................................................... 141
4.1.3.2 A estrutura das Op Psc em Portugal ..................................................... 141
4.1.3.3 A estrutura das Op Psc nos EUA .......................................................... 142
4.1.3.4 A estrutura das Op Psc na MINUSTAH ................................................. 143
4.1.4 Como se deu o emprego das Op Psc nas OCCA ocorridas no
Estado do RJ entre os anos de 2014 a 2018? ................................... 143
4.1.4.1 Operação São Francisco ....................................................................... 144
4.1.4.2 Copa do Mundo FIFA 2014 ................................................................... 145
4.1.4.3 Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 ............................................ 145
4.1.4.4 Operação Furacão e Intervenção Federal ............................................. 146
4.1.5 Na percepção dos especialistas em Op Psc de nível Avançado,
existe demanda no Estado do RJ que justifique uma FTOP
diretamente subordinada ao CML? .................................................... 147
4.1.6 Na percepção dos especialistas em Op Psc que atuaram no
Estado do RJ, existe demanda neste Amb Op que justifique uma
FTOP diretamente subordinada ao CML? ......................................... 151
4.1.6.1 O 1º B Op Psc possui disponibilidade de efetivo para apoiar as
diversas Brigadas existentes no âmbito do Exército Brasileiro? ............ 152
4.1.6.2 A continuidade dos trabalhos da FTOP resulta em um aumento de sua
efetividade? ........................................................................................... 152
4.1.6.3 Existe uma demanda crescente das Op Psc de nível tático no CML?... 153
4.1.6.4 Com que frequência o CML necessita de uma FTOP? ......................... 155
4.1.6.5 A atual estrutura do SOPEx é capaz de suprir as necessidades do CML?156
4.1.6.6 Qual deve ser a capacidade operativa da FTOP no CML? ................... 160
4.1.6.7 Há alguma experiência ou sugestão relevante ao objetivo da pesquisa? 165
4.2 DISCUSSÃO ......................................................................................... 168
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES.................................................. 174
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 178
GLOSSÁRIO ......................................................................................... 186
APÊNDICE A – Roteiro para entrevista semi-estruturada ................ 190
APÊNDICE B – Questionários ............................................................ 192
APÊNDICE C – Citações estrangeiras em idioma original ............... 199
APÊNDICE D – Sugestão de Estrutura para uma FTOP no CML ..... 205
20
1 INTRODUÇÃO
1
Nesta dissertação, a Era do Conhecimento e a Era da Informação referem-se ao mesmo período.
2
São elas: Guerra Eletrônica, Guerra Cibernética, Comunicação Social, Operações Psicológicas,
Assuntos Civis e Inteligência (BRASIL, 2015a).
3
Responsável pela gestão da informação operacional necessária ao preparo e emprego da Força
Terrestre (BRASIL, 2015b).
4
Responsável pelo controle, coordenação e acompanhamento de tropas do EB (BRASIL, 2015b).
5
Ministro da Propaganda de Hitler. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/
Historia/noticia/2020/01/quem-foi-joseph-goebbels-ministro-da-propaganda-nazista-de-adolf-
hitler.html>. Acesso em: 13 mar. 2020.
21
Na Amazônia Rondon muitas vezes deixou para trás, além dos presentes
oferecidos às tribos com as quais buscava a paz, cartazes coloridos
pregados em árvores retratando soldados brasileiros em poses amistosas.
Agora ele adaptava essa técnica aos rebeldes do Paraná, combinando-a a
uma dose do que na terminologia militar contemporânea chamariamos [sic]
de PsyOps (operações psicológicas). Sua força de operações combinadas
incluía um pequeno lançamento aéreo, que ele requisitava não para lançar
granadas nos rebeldes [...] mas para bombardeá-los com folhetos
oferecendo uma solução pacífica do conflito (ROHTER, 2019, p. 359).
6
Ver Glossário, item Guerra Psicológica.
22
7
Ataque coordenado pela organização Al Qaeda com o sequestro de quatro aviões comerciais.
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/mundo/20-imagens-que-contam-como-foi-o-ataque-de-11-
de-setembro-de-2001/>. Acesso em: 13 mar. 2020.
8
Condições que afetam o espaço onde atuam as FA, sendo caracterizado pelas dimensões física,
humana e informacional (BRASIL, 2017a).
9
Esta unidade é composta por Comando, Estado-Maior, Centro de Operações Psicológicas, uma
Companhia de Comando e Estado-Maior e duas Companhias de Operações Psicológicas (BRASIL,
2019f).
10
Nome dado às Op Psc no Brasil entre os anos de 2014 (EB20-D-02.001) e 2017 (Portaria nº 115-
COTER, de 19 de dezembro de 2017).
11
Ver Glossário, item capacidade.
23
12
Por meio da Diretoria de Educação Técnica Militar (DETMil) que gerencia o Curso Avançado de
Operações Psicológicas no CEP/FDC e o Curso de Operações Psicológicas no 1º B Op Psc.
Disponível em: <http://www.detmil.eb.mil.br/oms-subordinadas>. Acesso em: 04 nov. 2019.
Disponível em: <http://www.detmil.eb.mil.br/oms-vinculadas>. Acesso em: 04 nov. 2019.
13
Transferência provisória dos meios de uma força componente para outra, ou para constituição de
uma Força-Tarefa durante o desenrolar de uma campanha (BRASIL, 2015c).
14
Ver Glossário, item Campanha de Operações Psicológicas.
15
Ver Glossário, item Destacamento.
24
16
Ausência de lutas ou graves perturbações que comprometam os interesses da nação, nas relações
internacionais de um Estado e em seu âmbito interno (BRASIL, 2017a).
17
Operações em situação de guerra e não guerra que podem atingir os objetivos determinados por
uma autoridade civil ou militar (BRASIL, 2017a).
25
1.1 PROBLEMA
18
Seus principais objetivos eram a estabilização do país, a promoção de eleições livres e o apoio ao
desenvolvimento institucional e econômico haitiano (ONU, 2004).
19
Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais
/142-minustah>. Acesso em: 05 nov. 2019.
20
Os dados da tabela foram extraídos de apresentações do 1º B Op Psc e condensados.
26
Observa-se que ao longo dos últimos cinco anos tem sido cada vez mais
frequente o emprego do 1º B Op Psc nos C Mil A. Cabe ainda ressaltar que o CMA e
o CML foram os que mais empregaram a atividade.
Particularmente no Estado do RJ, uma FTOP apoiou vetores civis e militares
no contexto da segurança de grandes eventos e de chefes de estado21, como a
Copa do Mundo de Futebol 2014 (CM2014) e Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio
2016 (JOP2016). Ademais, nesta Unidade Federativa (UF), devido à violência
urbana, um DOP também integrou operações de GLO22, como a São Francisco (SF),
entre 2014 e 2015 e a Furacão, entre 2017 e 2018. Cabe ainda salientar a atuação
de integrantes do 1º B Op Psc enquadrados em um destacamento no nível político-
estratégico por ocasião da Intervenção Federal (IF) no ano de 2018.
Logo, o 1º B Op Psc vem sendo amplamente empregado pelos C Mil A apesar
do seu reduzido efetivo de aproximadamente cento e quarenta militares. Assim
sendo, nas OCCA de âmbito nacional, esta OM tem empregado em média seis
especialistas, sendo três oficiais e três subtenentes/sargentos. Contudo, conforme a
Nota de Coordenação Doutrinária do Curso de Operações Psicológicas (COP),
mencionada por Lima (2017, p. 13) "apesar de um DOP ser de variação flexível, se
julga ideal um Dst de aproximadamente 17 homens para o apoio de uma brigada em
Op". Isto posto, o baixo efetivo na visão do autor afeta a eficácia da FTOP nas ações
sobre o público-alvo.
Além disso, a sobrecarga de missões do 1º B Op Psc resulta em seu emprego
em um tempo aquém do desejável para o desenvolvimento de uma Campanha de
Operações Psicológicas (Cmp Op Psc) (LIMA, 2017). Outrossim, esta dinâmica dos
fatos vem impondo desafios à incipiente estrutura das Op Psc, visto que os Dst do 1º
B Op Psc realizam, por curtos períodos, apoios aos diversos C Mil A de forma
episódica. Tal prática está incompatível com a efetividade desta capacidade que
deve ser empregada antes, durante e após as operações para a consecução dos
efeitos buscados nas ações psicológicas (ALBUQUERQUE, 2017).
Do mesmo modo, ao conhecer a diretriz para o SOPEx, à época denominado
Operações de Apoio à Informação (OAI), ressalta-se que quanto à estrutura,
21
São eventos que requerem operações de segurança complexas, haja vista sua visibilidade e
exposição perante a audiência nacional e internacional (BRASIL, 2017a).
22
Operações realizadas na missão constitucional das Forças Armadas da Garantia da Lei e da
Ordem, por intermédio de decreto presidencial. Ocorre após decretação formal do governador do
Estado de incapacidade, insuficiência ou inexistência dos órgãos de segurança pública em uma
UF (BRASIL, 2018a).
27
1.2 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVAS
Além disso, cada vez mais o EB tem sido empregado em um ambiente entre
agências em que não há subordinação entre estes órgãos ou instituições, mas sim
cooperação e coordenação. Neste cenário de maior interdependência dos trabalhos
o ambiente é complexo, sendo que a disputa clara contra um inimigo perde espaço
para conflitos com múltiplos atores, tais como mídias sociais, imprensa e população.
Estes vetores limitam o poder de ação dos comandantes militares e fazem com que
o emprego de meios não cinéticos (como as Op Psc) tenham a sua importância
aumentada (ALBUQUERQUE, 2017).
Cabe ainda ressaltar que neste Amb Op complexo, o tratamento a ser dado à
percepção da população deve determinar o controle da narrativa sendo a opinião
pública um importante centro de gravidade23 para os objetivos estratégicos de
emprego de um exército. Neste contexto, as CRI atuam na dimensão humana e
informacional potencializando as Linhas de Esforço24 estabelecidas para atingir o
Estado Final Desejado (EFD)25 pelo Comandante Operacional (BRASIL, 2014a).
Desta maneira, um estudo sobre a demanda das Op Psc no Amb Op do
Estado do Rio de Janeiro (RJ) é de grande utilidade, haja vista que a possibilidade
de emprego desta fração tática em OCCA é atual e provável. Cabe evidenciar ainda
que no período de cinco anos o CML empregou, em média, duas vezes por ano, um
Dst do 1º B Op Psc, sendo que em operações como a Furacão e a Intervenção
Federal no Estado do RJ, o DOP atuou ininterruptamente entre os meses de junho
de 2017 a dezembro de 2018.
Como aspecto positivo no decorrer da vida acadêmica, o autor realizou uma
especialização em Operações Psicológicas no 1º B Op Psc, em 2013; um estágio de
Op Info pelo Comando do CML, em 2018, um estágio de "Civil-Military Coordination
in Peace Operations" pela "Peace Operations Training Institute", em 2019; e um
estágio de “Cybersecurity Essentials” pela “Networking Academy – Cisco”, em 2020.
Na vida profissional, o autor participou das operações SF, de maio a agosto de
2014, e Furacão, em outubro de 2017. Além disso, chefiou uma agência classe "C"
de inteligência no decorrer da Intervenção Federal na Companhia de Comando do
CML, de fevereiro a dezembro de 2018, tendo ainda a oportunidade de ser o adjunto
23
Fonte de força, poder e resistência física ou moral que conquistado ou atingido pode resultar no
desmoronamento da estrutura de poder ou na resistência de um contendor (BRASIL, 2015c).
24
Elemento da arte operacional que busca a convergência de esforços (evitando duplicidade de
tarefas e ações e desperdício de meios e recursos) a fim de colaborar com o Comandante e seu
Estado-Maior para alcançar o EFD em um ambiente interagências (BRASIL, 2018c).
25
Ver Glossário, item Estado Final Desejado.
30
2 REVISÃO DE LITERATURA
26
Tal estudo visava prever a guerra do futuro para a Escola de Guerra do Exército dos EUA.
32
O Poder Nacional (PN) pode ser expresso como "a capacidade que tem o
conjunto dos homens e dos meios que constituem a Nação, atuando em
conformidade com a vontade nacional, de alcançar e manter os objetivos nacionais"
(BRASIL, 2014c, p. 3-1). Esta prerrogativa manifesta-se nas expressões política,
econômica, psicossocial, militar e científico-tecnológica (BRASIL, 2014c).
Em que pese o Poder Militar ser o foco desta pesquisa, cabe evidenciar que a
expressão científico-tecnológica tem a comunicação27 como um de seus aspectos
que auxiliam na produção de uma solução. No atual Governo Brasileiro este
elemento possui grande importância, tendo como uma de suas vertentes o Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação28. Acredita-se que um sistema
integrado e estruturado de comunicação e informação que viabilize o seu uso
estratégico, assim como o amplo acesso à informação, torna-se vital para a
manutenção das ações do Estado29.
Neste escopo, as comunicações estratégicas de um país divulgam os
objetivos da nação para outros estados e instituições na busca por uma desejável
liberdade de ação para que possam progredir com suas estratégias nacionais
(BRASIL, 2019b).
27
Disponível em: < http://www.eceme.eb.mil.br/images/cpeceme/publicacoes/Expres_Poder_Naciona
l_13.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020.
28
Disponível em: <http://www.mctic.gov.br/portal>. Acesso em: 23 mar. 2020.
29
Disponível em: < http://www.eceme.eb.mil.br/images/cpeceme/publicacoes/Expres_Poder_Naciona
l_13.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020.
33
30
Disponível em: <https://www.stratcomcoe.org/about-strategic-communications>. Acesso em: 23
mar. 2020.
31
Ibid.
32
Disponível em: <https://www.stratcomcoe.org/about-strategic-communications>. Acesso em: 23
mar. 2020.
34
33
A Broadcasting Board of Governors inclui todos os serviços civis de radiodifusão internacional. Isto
inclui Voz da América, Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade, Rádio Ásia Livre, Rádio e TV Marti e
as redes de radiodifusão do Oriente Médio (Rádio Sawa e Alhurra Television). A Voz da América
utiliza cada vez mais a Internet, dispositivos móveis, redes sociais e outras plataformas digitais
(ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2011, p. 12, tradução nossa). Ver texto em idioma original no
Apêndice C , nº 1.
35
34
Ver 2.2.3 Instrumentos das Op Psc.
35
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 2.
36
A Empresa Brasil de Comunicação possui os seguintes veículos: Portal EBC, TV Brasil,
Radioagência Nacional, Rádios MEC e Nacional, Rede Pública e Agência Brasil. A EBC ainda
possui os seguintes serviços e negócios: NBR (TV do Governo Federal), A Voz do Brasil e
Publicidade Legal. Disponível em:< http://www.ebc.com.br/institucional/veiculos>. Acesso em: 24
mar. 2020.
36
37
Hackers são indivíduos capazes de produzir modificações não autorizadas em sistemas
computacionais, bots são softwares desenvolvidos para atuar como robôs simulando ações
humanas, e trolls são agentes perturbadores da edição de conteúdos e das discussões nas redes
sociais (NUNES, 2019, p. 6).
38
Os fatores operacionais (constituídos pelas dimensões: Informacional, Humana e Física) e os
fatores da decisão (Missão, inimigo, terreno e condições meteorológicas, meios e apoios
disponíveis, tempo e considerações civis) possibilitam a consciência situacional ao Comandante e
ao Estado-Maior (BRASIL, 2014e).
38
39
O EMCFA é uma estrutura do Ministèrio da Defesa. Disponível em:<https://www.defesa.gov.br/
arquivos/estrutura/ organograma.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2020.
40
Além disso, a Instrução Normativa nº 1/EMCFA-MD, de 14 de Janeiro de 2019 adicionou ao
SISMC² a atribuição de estabelecer os procedimentos gerais para o emprego do Sistema de
Comunicações Militares por Satélite. Disponível em:
<http://www.in.gov.br/materia//asset_publisher /Ku jrw0TZC2Mb/content/id/59252304>. Acesso
em: 30 mar. 2020.
41
Ver Glossário, item Operações Conjuntas.
40
42
"[...] processos inter-relacionados de tratamento da informação: recepção, busca e coleta (entrada);
produção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, armazenamento e proteção;
destinação, transmissão, distribuição, disseminação e eliminação (saída) de dados e informações"
(BRASIL, 2010, p. 25).
43
BRASIL. Comando do Exército. Portaria nº 445, de 14 de Junho de 2010. Aprova a Diretriz
41
deve interagir com o SINFORGEx e com outros sistemas externos ao EB45 (ver
Figura 4).
(continua)
Chefia Divisão Seção
Defesa Externa
Segurança Integrada
Coordenação Logística e Gestão Orçamentária
Operações
Defesa Química Biológica Radiológica e Nuclear
(DQBRN)
Operações Especiais
Chefia do Coordenação e Apoio a Programas de Governo
Emprego da Coordenação Civil-Militar Coordenação e Apoio a Defesa Civil
F Ter Coordenação Logística e Gestão Orçamentária
Comunicações
Centro de C² do Exército
Comando e Controle
Informações Operacionais sobre Forças Amigas
Informações Operacionais sobre Oponentes e Forças
Informações Operacionais
Adversas
Geoinformação e Informações Meteorológicas
45
BRASIL. Comando do Exército. Portaria nº 255, de 04 de Março de 2020. Aprova a Diretriz
Estratégica Organizadora do Sistema de Informações Operacionais Terrestres (EB10-D-01.010) e
dá outras providências. Boletim do Exército, Brasília, DF: n. 12, 20 mar. 2020.
43
Operações de Informação
Operações de Informação
Operações Psicológicas
- Planejamento e Gestão
- Administrativa
QUADRO 2 – Estrutura organizacional da Chefia de Emprego da Força Terrestre
Fonte: (BRASIL, 2018b)
46
O SINFOTER é gerenciado pela Divisão de Informações Operacionais (BRASIL, 2018b).
47
As Op Info e Op Psc são gerenciadas pela Divisão de Operações de Informação (BRASIL, 2018b).
48
O SISEMP é um projeto em curso da Seção de Planejamento e Gestão do COTER que visa
controlar, coordenar e acompanhar tropas do EB empregadas no Brasil e no exterior. Disponível
em: <http://www.coter.eb.mil.br/index.php/component/content/article/67-menu-preparo/ 541-
proposta-para-a-secao-de-planejamento-e-gestao-chefia-do-emprego>. Acesso em: 10 abr. 2020.
44
49
Compete à Seção de Op Info do COTER propor ao Chefe de Emprego da F Ter a adjudicação das
CRRI no âmbito do Exército Brasileiro (BRASIL, 2018b).
50
Conforme Boletim Interno do CML nº 125/2018.
51
Conforme descrito em Brasil (2018e) e Netto (et al, 2018).
46
52
Disponível em: <http://www.cml.eb.mil.br/ultimas-noticias/1761-mais-de-500-carteiras-de-trabalho-
s%C3%A3o-emitidas.html>. Acesso em: 10 abr. 2020.
53
Disponível em: <http://www.cml.eb.mil.br/ultimas-noticias/1389-cml-sedia-est%C3%A1gio-de-
comunica%C3%A7%C3%A3o-social.html>. Acesso em: 10 abr. 2020.
54
Disponível em: <http://www.cml.eb.mil.br/ultimas-noticias/1352-cml-ministra-palestra-sobre-
seguran%C3%A7a-org%C3%A2nica.html>. Acesso em: 10 abr. 2020.
55
Disponível em: <http://www.cml.eb.mil.br/organograma.html>. Acesso em: 10 abr. 2020.
56
Informação fornecida pelo Chefe de Emprego da F Ter em palestra proferida ao discentes do
Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais no dia 05 mar. 2020.
47
57
No Brasil, o engajamento de Líderes-Chave é uma tarefa atribuída à Assessoria de Relações
Institucionais dada a dinâmica social brasileira.
58
Ressalta-se que a Câmera Tática, ao fornecer imagens que seriam impossíveis para outros meios
de comunicação, auxilia no combate a desinformação (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2011).
48
Logo, infere-se que as redes sociais estão contidas no escopo das mídias
sociais e que estas, dada sua instantaneidade e capilaridade, tornam-se cada dia
mais importantes na difusão, influência e controle da narrativa. Assim, do mesmo
modo que a Com Soc pode divulgar produtos de origem branca, nas disseminações
discretas as Op Psc necessitam do apoio de especialistas de Guerra Cibernética (G
Ciber) para que possam ter liberdade para operar nas mídias sociais (ROBERT,
2019).
Para tal, as ações de G Ciber são orientadas para negar ou manipular
ameaças utilizando meios de informação na perspectiva física, de mensagens na
perspectiva lógica "ou de uma pessoa virtual (uma identidade online que facilita a
comunicação, a tomada de decisão e/ou a influência dos PA na perspectiva
cognitiva)" (BRASIL, 2019b, p. 4-4). Tais ações podem ser empregadas visando a
“negação de serviço ou a exploração de sites, blogs e redes sociais utilizadas pelo
adversário” (BRASIL, 2017d, p. 5-4).
Quanto à capacidade de negar ao adversário os ativos de informação59, as
ações de proteção cibernética são vitais para o sucesso da Cmp Op Psc dada a
sensibilidade dos assuntos tratados neste tipo de tarefa. Por outro lado, a
exploração cibernética possibilita que as Op Psc beneficiem-se das vulnerabilidades
do adversário, visto que suas ações visam a obtenção de dados sobre as formas de
ataque, o modus operandi e inúmeras informações sobre os principais vetores
oponentes (BRASIL, 2017d).
59
Ver Glossário, item Ativos de Informação.
49
60
Ardil, simulação, utilização das armas de tiro curvo, repetição incessante, utilização de sistemas de
alto-falantes, localização de posto de comando e localização e operação de locais de apoio
logístico (BRASIL, 2014g).
61
Projeção de uma tropa de maior valor, finta, demonstração e deslocamentos furtivos (BRASIL,
2014g).
62
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. EB70-MC-10.307:
Planejamento e Emprego da Inteligência Militar. 1 ed. Brasília, DF, 2016.
50
63
Estes serão realizados por meios especializados ou não seja no que se refere a pessoal ou
material (BRASIL, 2015g).
64
“A detecção determina a existência ou presença de um alvo” (BRASIL, 2016, p. 2-23).
65
“A identificação determina a natureza, a composição e as dimensões do [...] alvo” (Ibid.).
66
“A localização consiste na determinação das coordenadas tridimensionais referidas a pontos
conhecidos ou a posição das peças” (Ibid.).
51
Deste modo, as Op Psc não devem ser compreendidas como uma atividade
de Op Especiais. Ainda que ambas possuam a capacidade de degradar o poder de
combate do inimigo como atuador não cinético. Ademais, identifica-se que as Op
67
BRASIL. Comando do Exército. Portaria nº 155-EME, de 08 de julho de 2020. Estabelece as
condições de funcionamento do Curso de Reconhecimento e Vigilância de Inteligência. Boletim
do Exército, Brasília, DF, n. 29, 17 jul. 2020.
68
O Pel Op C Intlg é uma estrutura da Companhia de Sensores Humanos e esta por sua vez
constitui uma estrutura do Batalhão de Inteligência Militar (BRASIL, 2018g).
69
Ver Glossário, item Pelotão de Operações de Contrainteligência.
70
Ver Glossário, item Atuador Não Cinético.
71
Ver Glossário, item Operações Especiais.
52
2.2.1 Definições
72
Por meio da aprovação da Política de Informação pelo Comandante do Exército (BRASIL, 2004).
73
Concludentes do CAOP ou COP. Ademais, os concludentes do curso de Forças Especiais e de
Inteligência podem exercer operações psicológicas em caráter limitado (BRASIL, 2014b).
74
Ver Glossário, item Público-alvo.
54
75
Reação moral, psíquica ou física, geralmente causada por uma confusão de sentimentos.
Disponível em: <https://www.dicio.com.br/emocao/>. Acesso em: 01 jan. 2020.
76
Maneira de se comportar, agir ou reagir, motivada por uma disposição interna ou por uma
circunstância determinada. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/atitude/>. Acesso em: 01 jan.
2020.
77
Conjunto de ações de um indivíduo observáveis objetivamente, tendo em conta seu meio social.
Disponível em: <https://www.dicio.com.br/comportamento/>. Acesso em: 01 jan. 2020.
55
78
Disponível em: <https://www.sinonimos.com.br/influenciar/>. Acesso em: 01 jan. 2020.
79
Ver texto em idioma original em Apêndice C , nº 3.
80
Ver texto em idioma original em Apêndice C , nº 4.
81
Ver item 2.1.1 (As Op Info e a Comunicação Estratégica) desta dissertação.
56
as Audiências Alvo82 em Portugal podem atuar em qualquer Amb Op, desde de que
aprovadas pelo mais alto escalão. Todavia, o contexto português difere-se do
panorama brasileiro uma vez que não existem operações militares recorrentes em
seu âmbito interno. Por outro lado, a Colômbia que experimentou em seu território
uma prolongada luta contra grupos armados, emprega as Op Psc em suas tropas,
em grupos da população e em membros de organizações hostis.
Além disso, um alinhamento das definições de Op Psc no contexto
internacional reside no fato de haver uma necessidade de planejamento para o
emprego desta atividade. Este fator vai ao encontro da terminologia do EB de
procedimentos técnico-especializados aplicáveis de forma sistematizada. Isto posto,
no intuito de facilitar a visualização dos conceitos abordados foi elaborado o quadro
a seguir (ver Quadro 3 – Definições de Operações Psicológicas):
(continua)
Autor O que Como Pub A Quando Finalidade
Ações (políticas, de modo a
Para a
militares, provocar em Estrangeiros
consecução dos
WERNER econômicas e agrupamentos (inimigos,
- objetivos e
(1963) ideológicas) emoções, atitudes neutros ou
aspirações
planejadas e ou amigos)
nacionais
conduzidas comportamento
Destinadas a criar
Ações (políticas, em grupos - inimigos Para a
econômicas, emoções, atitudes - hostis consecução de
EB (1977) -
psicossociais e ou - neutros objetivos
militares) comportamentos - amigos específicos
favoráveis
Influir nas Obter
Ações de
EB (1999) emoções, atitudes Grupo social - comportamentos
qualquer natureza
e opiniões predeterminados
Procedimentos
De modo a
técnico- Para apoiar a
motivar públicos a - amigos Desde a
especializados, conquista dos
EB (2014) manifestarem - neutros paz
aplicáveis sempre objetivos
comportamentos - hostis estável
de forma estabelecidos
desejáveis
sistematizada
1. ações
Destinadas a criar
(políticas,
em grupos - inimigos Para a
militares,
emoções, atitudes - hostis consecução de
econômicas e -
ou - neutros objetivos
psicossociais)
MD (2015) comportamentos - amigos nacionais
planejadas e
favoráveis
conduzidas
2. Procedimentos Visando motivar a - amigos Antes, Para apoiar a
técnico- públicos alvo a - neutros durante e conquista de
especializados, atingir - hostis após o objetivos políticos
82
Conceito análogo a Público-alvo.
57
outros. Diante disto, neste item serão abordados alguns dos principais conceitos
pertinentes a atividade.
Inicialmente, cabe evidenciar que para atingir um determinado público-alvo na
dimensão informacional uma fonte emissora necessita de um veículo de difusão83
capaz de conduzir a sua mensagem (BRASIL, 2017b). No entanto, tal processo
comunicacional está sujeito a ruídos ou interferências (ver Figura 5).
85
Ver Glossário, item Comunicador Chave.
60
(continua)
Poder Definição
Definido como o poder cuja base é a habilidade para recompensar. A força do
poder de recompensa de O sobre P aumenta de acordo com a magnitude das
recompensas que P percebe que O pode mediar para ele. O poder de recompensa
Recompensa depende da capacidade de O em administrar valências positivas e remover ou
diminuir valências negativas. A força do poder de recompensa também depende da
probabilidade de O pode mediar a recompensa, como percebido por P (FRENCH;
RAVEN, 1959, p. 263, tradução nossa)86.
O poder legítimo de O sobre P é aqui definido como aquele poder que decorre de
valores internalizados em P que ditam que O tem um direito legítimo de influenciar
P e que P tem a obrigação de aceitar essa influência. Notamos que o poder
legítimo é muito semelhante à noção de legitimidade da autoridade, explorada há
muito tempo pelos sociólogos. […] Todavia, o poder legítimo nem sempre é uma
Legítimo
relação de papel: P pode simplesmente aceitar uma indução de O porque ele havia
prometido ajudar O e ele valoriza muito a sua palavra para quebrar essa promessa.
Em todos os casos, a noção de legitimidade envolve algum tipo de código ou
padrão, aceito pelo indivíduo, em virtude do qual o agente externo pode afirmar seu
poder (FRENCH; RAVEN, 1959, p. 265, tradução nossa)88.
86
Ver texto em idioma original em Apêndice C , nº 5.
87
Ver texto em idioma original em Apêndice C , nº 6.
88
Ver texto em idioma original em Apêndice C , nº 7.
89
Ver texto em idioma original em Apêndice C , nº 8.
62
Através de que
Quem? Diz o que? Para quem? Com que efeito?
canal?
Estudo dos Análise do Estudo dos
Análise do Análise dos
emissores ou origem público-alvo ou veículos de
conteúdo efeitos
da mensagem. audiência difusão
QUADRO 6 – Modelo de Lasswell
Fonte: O autor
Teoria Definição
A agenda da mídia influência nos temas pensados e discutidos pela sociedade,
Agenda setting pautando a imagem da realidade. Contudo, a teoria não descreve quem determina
os temas que serão discutidos e seus critérios de seleção (MARQUES, 2019).
Conceito vinculado a atuação dos editores e da mais alta autoridade de um
veículo de difusão ao definirem o que será publicado ou não. O Gatekeeper ao
Gatekeeping enfatizar os assuntos que lhe interessam e amenizar o que for julgado menos
importante se aproxima da censura e da manipulação (MARQUES, 2019).
Define os critérios para se determinar o que é noticiável e o destaque que devem
Newsmaking receber a fim de atender a todas as classes e idades. Tais critérios são definidos
em função do público, do horário e de padrões técnicos (MARQUES, 2019).
QUADRO 7 – Conceitos da Comunicação
Fonte: O autor
2014e, p. 2-11).
93
Apoio ao planejamento e à tomada de decisões desconstruindo argumentos, examinando
analogias, desafiando pressupostos e explorando alternativas (tradução nossa).
65
Navega (2003) cita ainda que opiniões, fatos, descrições, questões, piadas,
expressões emotivas e explicações não são argumentos. Ademais, esta estratégia
retórica deve possuir os seguintes critérios (ver Quadro 8).
Critérios Definição
As premissas propostas tem que ser aceitáveis. Devem ser razoáveis para aqueles
aos quais o argumento é dirigido. Aceitável é diferente de verdadeiro. É muito difícil
Aceitabilidade
estabelecer premissas que sejam verdadeiras em sentido absoluto (NAVEGA,
2003, p. 9).
Premissas relevantes providenciam razões para que possamos crer na veracidade
da conclusão. São irrelevantes se nada implicam em relação ao que está sendo
Relevância alegado. Há premissas que, isoladamente, podem ser irrelevantes mas que
proporcionam suporte a outras premissas (relevantes) do argumento (NAVEGA,
2003, p. 9).
As premissas propostas precisam ser suficientes para podermos aceitar a alegação
implicada. Falha no suporte pode ser consertado adicionando-se novas premissas,
Suporte
mas o resultado tem que ser o suporte adequado da alegação (NAVEGA, 2003, p.
9).
Um bom argumento deve providenciar uma refutação efetiva de todos os
argumentos que concluam o oposto do que estamos alegando. Argumentamos
Refutabilidade quando estamos confrontando alegações e a refutação deve poder invalidar o
argumento do oponente, idealmente a partir das premissas que usamos e que
foram aceitas pelo oponente (NAVEGA, 2003, p. 9).
QUADRO 8 – Critérios de um argumento
Fonte: O autor
(continua)
Falácia Descrição
Ocorre quando alguém ataca uma pessoa de forma pessoal e abusiva e não
Ad Hominen
uma posição ou argumento (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2015).
Argumento em que se justifica sua aceitação baseado no fato de que "sempre
Apelo à tradição
foi feito assim" (NAVEGA, 2003, p. 19).
Ocorre quando se afirma que se algo é bom para todos, deve ser bom para você
Apelo ao público também. Desta forma, justifica-se o argumento pela sua popularidade
(ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2015).
94
Ver Glossário, item Narrativas Falaciosas.
95
Argumentos que aparentam ser corretos e conclusivos, no entanto, possuem algum erro em sua
estrutura ou conteúdo. Inicialmente, o termo foi utilizado por filósofos da Escolástica para se referir
à obra Aristotélica "Refutações sofísticas", onde o autor analisa as falácias de seu tempo.
Disponível em: <https://www.infoescola.com/filosofia/falacia/>. Acesso em: 04 jan. 2020.
96
Ver Glossário, item Desinformação.
66
Assim sendo, as narrativas falaciosas, presentes nas fake news97, devem ser
analisadas cautelosamente por especialistas de Op Psc. Tal estudo deve objetivar
conclusões imparciais e justificáveis, sempre empregando as ferramentas do
pensamento crítico.
Por fim, D'Ancona (2018) descreve uma tendência sociológica nos tempos de
conectividade instantânea e "fake news" denominada pós-verdade. Para o autor, o
cidadão massacrado por informações inverossímeis e contraditórias desiste de
discernir o que é verdade e passa a aceitar as versões e narrativas que lhe trazem
segurança emocional.
97
São notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações reais.
Em linhas gerais, esse tipo de texto é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de
vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo (geralmente figuras públicas). Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/o-que-sao-fake-news.htm>. Acesso em: 05 jan. 2020.
98
As ações neste trecho podem ser classificadas como uma desinformação intencional
"Disinformation". Ver definição de "Disinformation" em 2.2.3 (Instrumentos das Op Psc) desta
dissertação.
99
Cada vez mais ponto a ponto (ou P2P) e menos pela imprensa tradicional (D'ANCONA, 2018).
67
100
Ver Glossário, item Propaganda Branca.
101
Ver Glossário, item Propaganda Cinza.
102
Ver Glossário, item Propaganda Negra.
103
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 11.
104
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 12.
105
Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37181620>. Acesso em: 05 jan. 2020.
106
El comportamiento cohesivo implica colocar los objetivos comunes por encima de los deseos y
aspiraciones individuales (COLÔMBIA, 2009, p. 109).
69
107
El comportamiento divisório [...] estimula al blanco auditorio a colocar sus proprios intereses por
encima de los objetivos de la sociedad que lo rodea (Ibid.).
108
Es aquella diseminada en forma abierta, identificada por su verdadera fuente y por tanto
reconocido como "oficial" (Ibid., p. 110).
109
Su origem no es identificado y se deja a la imaginación de la audiencia (Ibid.).
110
La propaganda dice provenir de una fuente, cuando en realidad proviene de otra. pretende emanar
de una fuente diferente a la verdadera. Requiere de mucha destreza y capacidad para trabajar
anónimamente y abundante inteligencia sobre los hechos y actividades del blanco audiencia
enemigo elegido (Ibid., p. 184).
111
FUCAME - Análisis de la fuente y su contenido, audiencia, medio de difusion y efecto de la
propaganda hostil, neutral y amiga (Ibid., p. 116).
112
Aquela cuja origem se pretende fazer crer diferente da verdadeira (PORTUGAL, 2009, p. 5).
113
Cuja origem se pretende manter na dúvida (PORTUGAL, 2009, p. 5).
114
Cuja origem não é dissimulada (Ibid., p. 5).
70
115
PSYOPS dirigidas a AA amigas e neutrais com o objectivo de criar espírito de cooperação,
entendimento, amizade e confiança (Ibid.).
116
PSYOPS dirigidas a AA do inimigo/adversário com o objectivo de baixar o seu moral, criar apatia,
derrotismo, discórdia, promover a divisão, a deserção, a subversão e a sua rendição (Ibid.).
117
Aquela que parece ser o alvo da mensagem e está ligada ao objectivo evidente. Pode coincidir
com a audiência final mas carece de confirmação (Ibid., p. 20).
118
Aquela que é usada para transmitir a mensagem à audiência final. A audiência intermédia pode,
ou não, ser parte da audiência final (Ibid.).
119
Os que inadvertidamente são alcançados pela mensagem sem serem os seus destinatários
previstos (Ibid.).
120
Os que directa/indirectamente são visados com a mensagem e que estão associados ao objectivo
último conjecturado da mensagem (Ibid.).
71
Da identificação dos conceitos, cabe aclarar que a missão das PSYOPS deve
ser estruturada de acordo com o modelo Lasswelliano; quanto aos objetivos das
PSYOPS, em que pese a não limitação dos verbos, percebe-se uma indicação de
quais devem ser utilizados na construção dos propósitos psicológicos; e em
distinção a doutrina brasileira observa-se que a propaganda encontra-se no mesmo
patamar dos produtos e ações.
Ademais, o desenvolvimento de produtos121 PSYOPS requer o uso de todas
as informações122 disponíveis para transformar os temas em produtos que motivem
o público-alvo a obter comportamentos esperados. Neste sentido, os produtos são
testados antes e após a sua disseminação a fim de determinar a eficácia e eficiência
do esforço das PSYOPS, assim como para eliminar ou alterar produtos ineficazes,
conhecer melhor o público-alvo e planejar novos produtos (PORTUGAL, 2009).
Por outro lado, a Contra PSYOPS visa salvaguardar públicos-alvo de
121
No modelo português, a confecção de mensagens pode ser realizada por especialistas e técnicos
civis (Ibid.).
122
Ver Glossário, item Informações.
72
mensagens hostis ou minimizar os seus impactos. Para tal, este instrumento utiliza
inúmeros recursos para analisar a atividade psicológica adversária e os seus efeitos
sobre as tropas e população amiga ou neutra, dentre os quais as seguintes
definições123:
123
PORTUGAL. Ministério da Defesa Nacional. IESM. ME 20-04-05: Operações Psicológicas.
Pedrouços, 2009.
124
Estas informações são armazenadas no banco de dados denominado Big Data sendo extraídas
quando um usuário acessa sites com conteúdos gratuitos em troca de dados pessoais
(D'ANCONA, 2018).
73
125
S - Source – Fonte; C - Content – Conteúdo; A - Audience – Audiência; M - Media – Meios; E -
Effect – Efeito (Ibid., p. 75).
126
Pessoa, organização ou meio (partido politico, jornal, líder, etc.) que materializa a actividade de
difusão de um produto (quem apresenta a mensagem) (Ibid.).
127
Pessoa ou equipa que cria o produto (quem escreveu a mensagem) (Ibid.).
128
Pessoa, organização ou governo em nome do qual um produto é feito, de forma a credibilizá-lo ao
olhos da AA à qual se destina (em nome de quem é feita a declaração) (Ibid.).
74
129
PSYOP é o termo utilizado pelo Departamento de Defesa dos EUA. Todavia, PSYOPS é o termo
utilizado pela OTAN (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2013). Em que pese, Portugal e EUA
serem signatários desta Aliança, nesta dissertação PSYOPS se refere as Op Psc de Portugal e
PSYOP as Op Psc dos EUA.
130
O nome da atividade no período de publicação do Manual FM 3-53 era Apoio à Informação (MISO)
(ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2009). No período que se inscreve a presente dissertação a
atividade é denominada PSYOP. Disponível em: <https://www.armytimes.com/news/your-
army/2017/11/06/the-armys-psychological-operations-community-is-getting-its-name-back/>.
Acesso em: 07 jan. 2020.
75
131
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 13.
132
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 14.
133
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 15.
76
(continua)
Missão
MILINFO IIS CAIS MILDEC
Operação
Ofensiva X X
Defensiva X X
Op Estabilização X X
Apoio das autoridades civis à
X
defesa
Op Paz X X
Recuperação de pessoal X
Op Esp X
Apoio da defesa à diplomacia
X
pública135
Assistência humanitária
X
estrangeira
134
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 16.
135
Consiste em atividades e medidas tomadas pelo Departamento de Defesa para apoiar e facilitar a
diplomacia pública do governo dos EUA (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2013).
77
Operações de evacuação de
X X
não combatentes
Contra-drogas X
Ações humanitárias em minas
X
terrestres
Atividades nos EUA no âmbito
X
das agências federais
QUADRO 10 – Missões e Operações PSYOP
Fonte: O autor
136
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 17.
137
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 18.
138
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 19.
139
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 20.
140
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 21.
78
141
MARCO - métodos de análise da mensagem, audiência, reação, portador e origem (Ibid.).
142
Os textos, as imagens e os sons são a forma da mensagem na doutrina brasileira.
143
Para fins de parametrização, o veículo material (doutrina Colômbia) será vinculado aos meios
visuais nesta dissertação. Contudo, ressalta-se que suas mensagens não se restringem aos meios
visuais.
80
utilizando a imagem e o som (Ibid.). Isto posto, alguns veículos de difusão serão
exemplificadas abaixo (ver Quadro 12).
* O Tenente Coronel Fausto Augusto de Sousa Pontes e o autor desta dissertação atuaram
ativamente na confecção do LAOP do exercício SIRIUS/AZUVER, edição 2019.
148
Escola de Guerra Naval, Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e Escola de Comando e
Estado-Maior do Aeronáutica, respectivamente da MB, EB e FAB.
149
Refere-se ao detalhamento e à análise sistemática dos públicos-alvo para as finalidades das Op
Psc (BRASIL, 1999).
82
150
Ações políticas, econômicas, sociais e militares para reforçar as estruturas básicas do Estado,
garantindo a defesa dos direitos e liberdades da sociedade colombiana na busca de uma paz
justa, digna e duradoura que permita um adequado desenvolvimento e progresso (NEIZA, 2017).
151
Disponível em: <https://www.ejercito.mil.co/?idcategoria=345389>. Acesso em: 11 jan. 2020.
87
152
Ibid.
153
Disponível em: <https://cgfm.mil.co/es/blog/batallon-de-accion-integral-del-sur-del-tolima-recibe-
reconocimiento>. Acesso em: 11 jan. 2020.
154
Disponível em: <https://www.ejercito.mil.co/?idcategoria=87057>. Acesso em: 10 jan. 2020.
155
câmeras de vídeo, câmeras digitais, laptops, equipamentos periféricos, kit de impressão,
equipamentos periféricos (para helicópteros e veículos) e gravadores de jornalistas. Disponível
em: <https://www.ejercito.mil.co/?idcategoria=87057>. Acesso em: 10 jan. 2020.
156
Cf. OTAN. Organização do Tratado do Atlântico Norte. AJP-3.10.1: Allied Joint Doctrine for
Psychological Operations. OTAN, 2014.
88
Por conseguinte, é possível identificar que o efetivo ideal para uma estrutura
de nível Comando Conjunto ou Força Tarefa é equivalente a 119 militares, sendo
que a estrutura deve possuir Elementos de Apoio, um Centro de Desenvolvimento
de Produtos e uma ligação com o Centro de Operações. Ademais, as seções do
Estado-Maior devem estar aptas a analisar a audiência-alvo, a realizar o teste e
avaliação da Cmp Op Psc (J2), disseminar produtos (J3), contratar recursos locais
(J4), ligar-se com Organização Não Governamental (ONG) e outras internacionais
(J5). Além disso, a estrutura controla os Elementos de Apoio (PSE) e Equipes
Táticas de PSYOPS (TPT) dos comandos subordinados nas suas atribuições
(PORTUGAL, 2009).
Por outro lado, as tarefas de PSYOPS no nível tático são atribuídas a um
PSE158 em sua área de responsabilidade. Assim, estas estruturas são responsáveis
pelo planejamento de PSYOPS, produção de produtos e ações dentro de suas
157
PORTUGAL. Ministério da Defesa Nacional. IESM. ME 20-04-05: Operações Psicológicas.
Pedrouços, 2009.
158
Esta estrutura de nível regional executa PSYOPS para Corpo de Exército, Divisão, Brigada ou
batalhão, dependendo do tipo e natureza da operação (NATO, 2014).
89
159
Disponível em: <http://www.cdoutex.eb.mil.br/images/Informativos_em_geral/Exterior/EUA/
REVIDADO_10_10_19_Bol%20Info_Nr_03_2019.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2020.
160
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 22.
161
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 23.
91
162
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 24.
163
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 25.
164
Ver seção 2.2.3 (Instrumentos) desta dissertação.
165
Os componentes de reserva das Forças Armadas dos Estados Unidos são organizações militares
cujos membros geralmente cumprem por ano, um tempo parcial no serviço militar e que
aumentam o dever ativo (ou tempo integral) militar quando necessário. As componentes de
reserva são divididas entre a Guarda Nacional e Reserva das Forças Singulares. Disponível em:
<https://www.military.com /join-armed-forces/guard-and-reserve-faqs.html>. Acesso em: 12 jan.
2020.
166
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 26.
92
167
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 27.
168
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Joint Chiefs of Staff. Joint Publication 3-13.2: Psychological
Operations. Washington, DC, 2010.
93
169
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 28.
170
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 29.
171
Ver texto em idioma original no Apêndice C , nº 30.
94
Desta estrutura evidencia-se que um Batalhão PSYOP pode possuir até dois
Centros de Desenvolvimento de Produtos (ver Organograma 6), sendo que estes
podem projetar, desenvolver, gerenciar e revisar produtos e programas PSYOP.
Além disso, na Companhia de Suporte Regional são realizados a análise da missão,
auxiliando no desenvolvimento do apêndice de Op Psc; análise do público-alvo;
desenvolvimento de produtos áudio, visuais e audiovisuais; e os testes e avaliações
da Cmp Op Psc (Ibid.) .
Assim, as PSYOP estão presentes em duas estruturas subordinadas ao
Comando do Exército: Assuntos civis do Exército e Comando de Operações
Psicológicas (aeroterrestre)172 com o 2º e 7º Grupos de Op Psc (Componente
Reserva) e o Comando de Operações Especiais do Exército dos EUA com o 4º 173 e
8º Grupos de Op Psc (aeroterrestre)174 do Componente Ativo. Nessa direção, segue
uma exemplificação prática da estrutura do 4º Grupo PSYOP (ver Organograma 7).
172
Disponível em: <https://www.usar.army.mil/Commands/Functional/USACAPOC/USACAPOC-
Units/>. Acesso em: 12 jan. 2020.
173
Disponível em: <http://www.psywarrior.com/4thpog.html>. Acesso em: 12 jan. 2020
174
Disponível em: <https://www.soc.mil/8thMISG/8thMISGSponsorship.html>. Acesso em: 12 jan.
2020.
96
175
O Organograma 7 foi confeccionado após consulta ao Manual FM 3-05-30 (ESTADOS UNIDOS
DA AMÉRICA, 2005) e ao endereço eletrônico disponível em: <http://www.psywarrior.com/
4thpog.html>. Acesso em: 12 jan. 2020.
176
Disponível em: <https://www.defesa.gov.br/relacoes-internacionais/missoes-de-paz/o-brasil-na-
minustah-haiti>. Acesso em: 02 fev. 2020.
97
177
Disponível em: <https://www.defesa.gov.br/noticias/35867-minustah-ultimos-militares-do-26-
contingente-retornam-ao-brasil>. Acesso em: 02 fev. 2020.
178
A Turma de Produção desenvolve produtos áudio, vídeo e gráfico (PRIETO et al, 2009).
179
A Turma de Teste e Avaliação realiza o pré-teste, acompanhamento e avaliação da Cmp Op Psc
(Ibid.).
98
180
"Estamos ajudando o Haiti" em creole (MARTORELLI; NETO, 2017, p. 56).
99
Cayes. Esta estrutura, utilizando-se de TTP de Op Psc, tinha por finalidade manter a
estrada entre essas localidades sem bloqueios, visto que seu acesso era vital para a
chegada da assistência humanitária aos indivíduos mais necessitados (Ibid.).
De outro modo, a segunda Turma Tática ficou localizada em Jeremie na base
ocupada pela Força Tarefa Esquadrão e por uma equipe do Destacamento de
Operações de Paz. Neste local, o furacão Matthew atingiu bruscamente cerca de
80% das casas, ocasionando atitudes agressivas pela população local (Ibid.).
Diante deste cenário, a estrutura do DOP do 24º Contingente constituiu-se em
um modelo baseado em Comandante, Subcomandante e duas Turmas Táticas
compostas por dez militares (6 oficiais e 4 sargentos) que exerciam as seguintes
funções (ver Quadro 14):
Logo, nesta disposição fica evidente que as Turmas Táticas possuíam certa
autonomia no que tange ao apoio de Op Psc, sendo capazes de efetuar produtos
áudio, vídeo e gráfico em caráter limitado, assim como ações psicológicas. Ressalta-
se ainda que o modelo apresentado não foi contemplado com um militar
vocacionado para realizar o Teste e Avaliação, o que não significa que deixou de ser
realizado pela FTOP. Além disso, embora não seja previsto na estrutura do DOP um
militar com atribuição de pessoal, foi constatado nesta missão que era importante
escalar um militar para tal encargo.
Portanto, pode-se inferir que a estrutura tática das Op Psc em apoio ao
BRABAT no decorrer da MINUSTAH contou com um efetivo variável, e nos
181
As informações relativas a estrutura do DOP Haiti do 24º Contingente Brasileiro foram obtidas por
intermédio do autor MARTORELLI (informação verbal) do artigo "Operações Psicológicas nas
assistências humanitárias pós furacão Matthew" nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2020.
100
182
Ver Glossário, item Operações no Amplo Espectro.
183
BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. EB70-MC-10.223: Operações. 5. ed.
Brasília, DF, 2017a.
184
Ver Glossário, item Vetores.
102
Patrulha fluvial
modo, as Forças Singulares fixaram posição pela abolição da escravatura que veio a
ocorrer em 1888. Em decorrência disso e da crise econômica gerada pela campanha
no Paraguai, a situação política da monarquia tornou-se insustentável, fazendo com
que o Marechal Deodoro da Fonseca proclamasse a República em 15 de novembro
de 1889, na antiga sede do Império (Ibid.).
Particularmente na cidade do Rio de Janeiro a extinção da escravatura
resultou em um fluxo de ex-escravos para regiões com infraestrutura precária, como
o atual Morro da Providência. Neste mesmo local, as habitações improvisadas
expandiram-se em 1897, quando militares que haviam lutado na localidade de
Canudos (Estado da Bahia) retornaram para a capital. Isto ocorreu mediante a
autorização do Ministério da Guerra para que os combatentes que não possuiam
local fixo pudessem erguer moradias provisórias nesta localidade185.
Assim, as comunidades surgiram e foram se multiplicando pela cidade e
posteriormente pelo Estado do RJ, sendo resultado de um conjunto de mazelas
sociais e dívidas históricas não pagas. Neste ambiente de infraestrutura precária e
condições degradantes fomentadas pela desigualdade social, surgem "espaços
anárquicos, regidos por códigos sociais próprios que se impõem, quase sempre de
modo violento e arbitrário, à margem da regulamentação formal do Estado"
(VISACRO, 2018, p. 147).
185
Disponível em: <https://museudoamanha.org.br/portodorio/?share=timeline-historia/11>. Acesso
em: 09 fev. 2020.
186
Ver Glossário, item Crime Organizado.
105
Desta forma, o que se observa nos últimos trinta anos são: o crescimento
da violência e a degradação da segurança pública no Estado do RJ. Os
altos índices de corrupção e aparelhamento da máquina estatal tiveram
reflexos diretos nas políticas de segurança públicas adotadas. A gestão
ineficaz, fraudulenta e irresponsável dos recursos do Estado implicou na
insolvência do mesmo, agravada pela crise econômica nacional, com
reflexos em todas as áreas (econômica, social, científica e tecnológica,
educação, segurança, infraestrutura, etc) (Ibid., p. 22).
Este fato resultou em um emprego cada vez mais evidente das Forças
Armadas em operações de GLO, como a operação SF (2014 e 2015) e Furacão
(2017 e 2018). Sem embargo, a participação das tropas da MB, EB e FAB nos
106
187
O início da ocupação do Complexo da Maré ocorreu na década de 1940, enquanto a cidade do Rio
de Janeiro recebia um grande fluxo de nordestinos que buscavam melhores condições de vida.
Estes migrantes, diante de sua limitação financeira e da especulação imobiliária no subúrbio da
cidade, construíram palafitas nesta região alagadiça. Ademais, com o término da construção da
Avenida Brasil (em 1946) a região atraiu outros tantos indivíduos que encontraram nos barracos
de madeira sobre a lama e a água, um domicílio. Disponível em:
<http://www.museudamare.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=103&Itemid=12
4>.Acesso em 13 fev. 2020.
188
Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/na-base-dos-dados/post/violencia-o-complexo-da-
mare-em-5-graficos.html>. Acesso em: 12 fev. 2020.
107
Em que pese sua localização estratégica, esta área possui a tríade definida
por Visacro (2018) que possibilita a instauração de espaços anárquicos ao poder do
Estado: infraestrutura precária, condições degradantes e indivíduos fomentados pela
desigualdade social. Nestas condições, as ORCRIM encontraram espaços para
operar o tráfico de ilícitos e exercer a sua influência sobre a expressiva população
de bem que reside na área.
Neste cenário, o governo Estadual identificou a necessidade de implantação
da polícia de proximidade na região a fim de reestabelecer o poder do Estado e
propiciar políticas sociais junto às populações carentes. Todavia, as organizações
criminosas ali instaladas, em oposição às intenções estatais, realizaram ataques às
UPP no ano de 2014. Diante disso, o Governador do Estado solicitou à Presidente
Dilma Rousseff a instauração da GLO no Complexo da Maré189.
Assim, a operação São Francisco foi decretada por meio da Diretriz Ministerial
nº 9/2014 a fim de preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do
patrimônio na região. Tal atividade ocorreu de 05 de abril de 2014 a 30 de junho de
2015 perante uma população de 140 mil pessoas190.
Além disso, no decorrer da cooperação e da coordenação entre agências
houve inúmeros resultados positivos para a população local, dentre os quais
destaca-se a construção de escolas; melhorias no saneamento básico; regularização
do recolhimento de lixo; retirada de carcaças de veículos que obstruíam ruas e áreas
públicas; redução da taxa de homicídios e ações comunitárias como casamentos,
registros e emissão de documentos realizados pela Justiça itinerante. Deste modo,
as Forças Armadas empregaram seus meios para possibilitar a retomada da área
pela segurança pública do Estado do RJ, respeitando a dignidade e os direitos da
população local191 (ver Figura 15).
189
Disponível em: <http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/03/apos-ataques-forcas-armadas-
ocuparao-mare-afima-cabral.html>. Acesso em: 12 fev. 2020.
190
Disponível em: <https://www.defesa.gov.br/noticias/16137-ocupacao-das-forcas-armadas-no-
complexo-da-mare-acaba-hoje>. Acesso em 03 maio 2020.
191
Ibid.
108
192
Disponível em: <https://www.defesa.gov.br/noticias/16137-ocupacao-das-forcas-armadas-no-
complexo-da-mare-acaba-hoje >. Acesso em: 13 fev. 2020.
109
194
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. A participação do Exército
na segurança dos grandes eventos (Julho de 2007 - Setembro de 2016): o legado. 1. ed.
Brasília, DF, 2018e.
111
2018e).
No intuito de caracterizar as tarefas elencadas, o planejamento
governamental dividiu as atividades em três vertentes: defesa coordenada pelo MD;
segurança pública coordenada pelo Ministério da Justiça e pelas Secretarias de
Segurança Pública dos estados; e vertente inteligência coordenada pela Agência
Brasileira de Inteligência (ABIN) (Ibid.).
Logo, o emprego das Forças Armadas foi estabelecido pelo aviso nº 161 –
GSIPR, sendo uma OCCA em um espaço delimitado a cada uma das cidades-sede
do evento, compreendido entre o período de 23 de maio a 20 de julho de 2014
(Ibid.).
195
Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo (BRASIL, 2018e).
114
Assim sendo, o sucesso das Op Psc no decorrer dos JOP foi resultado de
uma atuação mais coerente com a sua base doutrinária, o que possibilitou a
multiplicação do poder de combate nas dimensões humana e informacional para
esta OCCA. Ademais, observa-se que, da mesma forma que as CRI de Op Info
facilitam o trabalho das Op Psc, estas são igualmente beneficiadas pelo aumento da
eficiência e efetividade desta capacidade operativa.
196
O Estado do RJ possui uma importante indústria de óleo e gás em sua área territorial. Disponível
em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/rj-era-o-maior-produtor-de-petroleo-e-gas-
natural -do-pais-em-2014-diz-ibge.html>. Acesso em: 18 abr. 2020.
197
O Regime de Recuperação Fiscal é um instrumento de ajuste das contas públicas do Estado
criado pela Lei Complementar Federal nº 159/2017. Este dispositivo no dia 06 Setembro de 2017
foi efetivamente adotado pelo Estado do RJ com a homologação do Plano de Recuperação Fiscal
pelo Presidente da República (COSTA, 2019).
117
denúncias de corrupção e uma forte resistência para aprovar uma ampla reforma do
sistema previdenciário. Somando-se a este fato havia uma enorme pressão da
opinião pública perante a sensação de insegurança no Estado do Rio de Janeiro,
resultante dos inúmeros casos de violência urbana observados pelos meios de
comunicação durante o carnaval de 2018 (COSTA, 2019).
198
No dia 31 de Dezembro de 2018 encerrava-se também a Operação Furacão, conforme Decreto
Presidencial de 28 jul. 2017.
118
ações da IF (Ibid.).
Para tanto, as Op Info foram largamente utilizadas no decorrer da Intervenção
Federal, sendo que a CRI Op Psc esteve enquadrada no C Cj desde o início da
Operação Furacão em 2017 e na primeira fase da Intervenção Federal. Em uma
segunda fase (set. 2018), as Op Psc e a Guerra Cibernética estiveram subordinadas
a uma estrutura ad hoc do C Op Esp para a IF denominada CCTI (ROBERT, 2019),
conforme o Organograma 8 abaixo.
199
Ver Glossário, item Ação Comunitária.
200
ALMEIDA, Guilherme Marques. Capacidades Relacionadas à Informação na Intervenção Federal
no Estado do Rio de Janeiro. PADECEME, Rio de Janeiro, v. 14, n. 23, p. 67-85, 2º semestre
2019.
120
sociais.
Contudo, evidencia-se que, à exceção da G Ciber, as demais CRI possuem
estruturas orgânicas no CML, sendo capazes de realizar suas tarefas
continuamente. Outrossim, a Com Soc e a Inteligência são escalonadas do nível C
Mil A até o nível unidade em dissonância com a dosagem atribuída a um único DOP
que dividia seu esforço no nível político-estratégico e operacional-tático.
Por fim, cabe evidenciar que na Operação Furacão e na IF havia o emprego
de um Oficial de Ligação do 1º B Op Psc para o planejamento das atividades a
serem realizadas pelo DOP. Contudo, a referida tarefa será um encargo da Seção
de Op Psc do CML (em implantação) que deverá possuir, no mínimo, um oficial
possuidor do CAOP. Esta inferência é decorrente do perfil profissiográfico do
referido curso, que tem por finalidade:
201
Disponível em: <https://www.eb.mil.br/web/imprensa/aviso-de-pauta/-/asset_publisher/0004ie79M
BVM/content/departamento-de-educacao-e-cultura-do-exercito-promove-a-manobra-escolar-
2017>. Acesso em: 01 mar. 2020.
202
MARQUES JÚNIOR, Ely de Souza. A utilização das Operações de Informação no combate
moderno. Revista Silva - Humanidades em Ciências Militares, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 34-
41, julho - dezembro 2018.
123
203
Disponível em: <http://www.cml.eb.mil.br/organograma>. Acesso em: 01 mar 2020.
125
3 METODOLOGIA
Variável Formas de
Dimensão Indicador
independente Medição
Efetividade baseada na continuidade dos
trabalhos da FTOP.
Há disponibilidade de efetivo no 1º B Op Psc
A estrutura
Emprego para apoiar o CML.
adequada - Pesquisa
para o da FTOP A FTOP orgânica ao CML facilitaria a bibliográfica
emprego da sincronização e integração com as demais CRI - Questionário
FTOP em deste C Mil A. com o Grupo I
OCCA no O emprego episódico do Dst do 1º B Op Psc no - Entrevista com o
âmbito do CML está adequado com sua doutrina. Grupo II
CML A estrutura atual está adequada para suprir as
necessidades do CML.
Estrutura
A subordinação atual está adequada para a
estrutura que atende a demanda do CML.
QUADRO 18 – Definição operacional da variável independente
Fonte: O autor
128
Variável Formas de
Dimensão Indicador
dependente Medição
- Pesquisa
Necessidade de uma FTOP em apoio a linha de bibliográfica
esforço do CML nas OCCA. - Entrevista com o
Demanda Grupo II
A demanda no CML
por Op Psc - Questionário
Probabilidade de emprego da FTOP devido a
de nível com o Grupo I
violência urbana e grandes eventos no Estado
tático no - Entrevista com o
do RJ.
Estado do Grupo II
Rio de O ambiente das operações, cada vez mais
Janeiro complexo e difuso irá resultar no aumento da
demanda por Op Psc no Estado do RJ.
Demanda - Questionário
latente O contato dos discentes do Curso de Comando com o Grupo I
e Estado Maior das Forças Singulares com as
Op Psc irá resultar no aumento da demanda do
1º B Op Psc no Estado do RJ.
QUADRO 19 – Definição operacional da variável dependente
Fonte: O autor
3.2 AMOSTRA
3.3.3 Instrumentos
3.3.3.1 Questionário
3.3.3.2 Entrevista
dezembro de 2019.
Na fase de preparação da entrevista foi realizado um agendamento presencial
com as autoridades do Grupo II. Em seguida, definiu-se que a entrevista seria do
tipo semi-estruturada, sendo posteriormente realizada a montagem do rol de
perguntas com linguagem clara e formal, dando preferência às perguntas que
pressupunham respostas completas e adequadas ao entendimento do entrevistado
(Ibid.).
As variáveis estudadas neste instrumento foram: a estrutura adequada para o
emprego da FTOP em OCCA no âmbito do CML (variável I) e a demanda por Op
Psc de nível tático no Estado do RJ (variável II). A dimensão e as formas de
medição das variáveis I e II (descritas no item 3.1.2) foram utilizadas para a
elaboração do instrumento, permitindo a sua mensuração.
Ao longo dos depoimentos buscou-se "o estabelecimento de um ambiente de
naturalidade, confiança mútua e interesse, o chamado rapport" (Ibid., p. 166).
Inicialmente, os entrevistados foram informados que a pesquisa de campo iria
transcorrer em torno de quinze minutos e na sequência foi solicitada a possibilidade
de gravação do instrumento, visto que este recurso tecnológico permitiria evitar
perdas de informações, minimizar distorções e ser o mais fidedigno possível na
transcrição dos dados.
Na entrevista buscou-se de maneira paciente e flexível personalizar as
questões aos depoentes. Da mesma maneira, ao longo das respostas o
entrevistador buscou realizar anotações sucintas e interromper o mínimo possível a
fim de estabelecer o papel de ouvinte curioso e estimular a alocução do
entrevistado. Conforme encaminhava-se para o encerramento do instrumento,
buscava-se indicações da finalização da atividade e após a realização da entrevista
abriu-se a possibilidade do entrevistado complementar com alguma questão ou
acrescentar algo novo à pesquisa (Ibid.).
Assim, ainda que a técnica da entrevista trate-se de uma discussão subjetiva
para a análise dos dados, atentou-se para o objetivo geral e específicos do trabalho.
Desta forma, classificou-se os dados obtidos por categorias e em cada um destes
avaliou-se um determinado conjunto de respostas dos entrevistados na busca por
homogeneidade interna e coerência. Deste modo, nenhum elemento pode ser
classificado em mais de uma categoria.
135
3.3.3.3 Pré-Teste
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Apêndice B).
As seguintes questões de estudo direcionaram a construção do conhecimento
nesta etapa da pesquisa:
a) quais são as características das Op Info e qual vínculo as Op Psc possuem
com as demais CRI?
b) as bases doutrinárias e de emprego das Op Psc no Brasil são válidas
quando comparadas com outros países, como Colômbia, Portugal e EUA?
c) de que maneira as estruturas táticas das Op Psc na Colômbia, Portugal,
EUA e na MINUSTAH (empregadas pelo Contingente Brasileiro) podem contribuir
com a demanda de Op Psc no CML?
d) como se deu o emprego das Op Psc nas OCCA ocorridas no Estado do RJ
entre os anos de 2014 a 2018?
e) na percepção dos especialistas em Op Psc, existe demanda no Estado do
RJ que justifique uma FTOP diretamente subordinada ao CML?
204
Disponível em: <http://www.eceme.eb.mil.br/images/cpeceme/publicacoes/Expres_Poder_Na
cional_13.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020.
205
Disponível em: <https://www.stratcomcoe.org/about-strategic-communications>. Acesso em: 23
mar. 2020.
138
206
Particularmente, o CML conta com uma Seção de Op info, uma Assessoria de Relações
Institucionais e estruturas escalonadas no que tange à Com Soc e à Inteligência.
139
207
Disponível em: <https://www.ejercito.mil.co/?idcategoria=87057>. Acesso em: 10 jan. 2020.
142
4.1.4 Como se deu o emprego das Op Psc nas OCCA ocorridas no Estado do
RJ entre os anos de 2014 a 2018?
CRI (Ass Civ, Com Soc, GE, Inteligência) a fim de estabelecer o controle da
narrativa capaz de romper o longo ciclo de abandono social que fora ocupado pelas
ORCRIM. Em que pese os êxitos obtidos ao longo da operação, ficou evidente que
apenas uma ação perene do Estado no viés social, da segurança e informacional
será capaz de inverter a atual conjuntura estratificada na cultura local.
(continua)
"[...] o CML nos últimos anos tem se vocacionado para as OCCA e para o combate
em ambiente urbano. Talvez não por interesse próprio, mas pela necessidade que
se apresenta a este C Mil A. Nesse sentido, o ambiente urbano é propício às
Operações Psicológicas, sendo que a tropa (neste ambiente) está em contato com
os indivíduos que estão suscetíveis à influência da narrativa dominante. Então,
essa narrativa deve ser construída muito tempo antes da operação, pois se a
narrativa adversa começar em um período anterior e a nossa narrativa iniciar em
paralelo ao emprego da tropa, a efetividade da primeira tende a ser maior. Eu
chamo isso de ofensiva da narrativa, então esse elemento de Op Psc chamado no
estudo de FTOP é útil desde que venha trabalhando a narrativa em um período
anterior ao emprego da tropa. Assim, a narrativa é um ciclo constante e sem fim
Emprego da
que procura manter ou conquistar a opinião pública tornando-a favorável às ações
FTOP
do CML. Isso porque em um determinado instante pode aparecer uma outra
Efetividade
operação; talvez na mesma área, em uma próxima, ou, ainda, em uma área
baseada na
diferente em que a população envolvida não varie muito, fazendo com que esse
continuidade
trabalho seja efetivo quando ocorre antes, durante e após o emprego da tropa"
dos trabalhos
(KOSCIURESKI, 2019).
"Logo, as Operações Psicológicas teriam muito mais efetividade, visto que um dos
problemas vivenciados pela atividade é a falta de perenidade das Campanhas nos
C Mil A tendo em vista a grande demanda em detrimento do limitado efetivo do
Batalhão" (SILVA, 2019).
"[...] o DOP que havia no CML em 2018 esteve atuando no Estado-Maior Conjunto
e foi bastante empregado naquele ano. Todavia, a gente percebeu que os
especialistas permaneciam um determinado tempo no CML e depois eram
substituídos, o que gerava perda de solução de continuidade das tarefas. Então,
se realmente houvesse uma fração fixa para cumprir esse papel, acredito que a
efetividade dela seria maior nas operações em andamento" (TEIXEIRA, 2019).
"Não desmerecendo a existência do Batalhão, que é a "célula mater" da
especialidade no nível tático, mas esta unidade com seu pequeno efetivo tem que
apoiar as Operações Especiais e nem sempre consegue apoiar, ao mesmo tempo,
Emprego da os oito C Mil A. Então, a gente realmente observa que os C Mil A carecem de pelo
FTOP menos uma estrutura menor. [...] Logo, a ideia seria ter uma estrutura capaz de
Disponibilidade realizar um adestramento permanente e constante para situações de maior vulto
de efetivo do 1º ou crise e manter estruturas "nas mãos" dos Comandantes Militares de Área para
B Op Psc poderem realizar ações que seriam rotineiras do dia-a-dia" (LIMA, 2019).
"O Batalhão (tendo em vista o seu limitado efetivo e o grande número de
demandas e missões) considera fundamental que cada C Mil A tenha uma fração
mínima de Op Psc para cumprir as suas demandas nesta tarefa." (SILVA, 2019).
148
"[...] além da Fração Tática de Op Psc no C Mil A, torna-se necessário ter alguém
para coordenar a atividade no nível tático. Nesse escopo, a ativação das Seções
de Op Psc em todos os C Mil A torna-se fundamental. Desse modo, a referida
seção poderia coordenar e tornar mais efetivo o emprego tático da Fração de Op
Psc daquele C Mil A. Outra função da seção seria a coordenação com o 1º B Op
Psc para os casos de reforço daquela fração orgânica do C Mil A. Logo, uma
Seção com militares do QEMA ou oficiais superiores pensando nos rumos e no
delineamento das Campanhas de Op Psc a serem conduzidas pela fração tática é
fundamental para atender os objetivos estratégicos do C Mil A e do Exército"
(SILVA, 2019).
"Eu acredito que uma organização proposta para o Sistema de Operações
Psicológicas seria no âmbito de cada C Mil A, como a planejada no COTER. Esta
possuiria uma estrutura de planejamento e uma pequena capacidade de execução
de Técnicas, Táticas e Procedimentos, visto que seu reduzido efetivo estaria aliado
a uma grande demanda do C Mil A. Contudo, a necessidade de emprego de
Estrutura
Operações Psicológicas no Exército (situação ideal) seria equivalente a uma
A subordinação
Fração de Operações Psicológicas em cada C Mil A com a estrutura talvez de uma
atual está
Subunidade ou outro nível. Esta, dependendo do C Mil A, deve ter a capacidade
adequada para
de se desdobrar em um, dois ou três destacamentos que sejam capazes de atuar
a estrutura que
em proveito desse comando [...] Vamos dizer assim, o Batalhão possui atualmente
atende a
117 cargos previstos em QC, sendo que nele há previsão de duas Companhias.
demanda do
Logo, uma Companhia no CML que tivesse um Comandante, um pequeno Estado-
CML
Maior e uma pequena estrutura administrativa, possuiria um efetivo de
aproximadamente 60 militares. Com esse efetivo, o C Mil A teria condição de
desdobrar uma equipe que ficaria talvez permanentemente apoiando o C Mil A no
nível político, estratégico ou operacional e uma outra equipe capaz de apoiar a 1ª
DE ou uma outra estrutura de nível Divisão" (LIMA, 2019).
"A visão que temos no COTER é a de que a ativação da estrutura de planejamento
no C Mil A vai conseguir dar muito dinamismo ao sistema como um todo. Haja
vista que atualmente o SOPEx está muito restrito ao COTER e ao 1º B Op Psc, ou
seja, existe uma estrutura no nível estratégico e uma no nível de execução de
Campanhas táticas. Contudo, observa-se que na estrutura do SOPEx falta o C Mil
A, que é o profundo conhecedor da sua área de responsabilidade" (LIMA, 2019).
"[...] a presença de uma Fração Tática de Op Psc facilitaria a sincronização e a
integração das CRI. Além disso, nos casos em que houver uma operação de maior
vulto, essa integração será fortalecida com a chegada de uma nova equipe de Op
Psc" (KOSCIURESKI, 2019).
"Não há dúvida de que a possibilidade de ter uma Fração de Op Psc
Demanda no
permanentemente ativada nesse ambiente operacional aumentaria a efetividade
CML
do Destacamento. Isso porque os especialistas estariam em contato direto com a
Necessidade de
área, vivendo a situação e estudando os problemas. Desse modo, os especialistas
uma FTOP em
implementariam uma Campanha de Op Psc sistemática e com um caráter mais
apoio a linha de
permanente [...] Então, na minha opinião, não apenas o RJ, mas todos os C Mil A
esforço do CML
deveriam ter uma Fração de Operações Psicológicas apta a conduzir ações
nas OCCA
sistemáticas de Op Psc em prol das operações militares e capaz de fornecer uma
pronta resposta naquele C Mil A" (SILVA, 2019).
"[...] observou-se que o emprego das Op Psc depende da intenção que o
Comandante tem em relação à atividade. [...] Trazendo a experiência de 2018,
quando houve a presença de um DOP: antes de cada operação era passado o
carro de som e/ou distribuídos cartazes e panfletos. Nesse período foi possível
verificar que aquela preparação da população utilizando as TTP de Op Psc reduzia
o impacto relativo à presença da tropa na operação. Então, eu acredito que era de
grande valia aquela fração, assim como era notável que as operações com a
presença de especialistas em Op Psc geravam melhores resultados" (TEIXEIRA,
2019).
Demanda no "Eu procuro enxergar a demanda por ações não cinéticas de um ponto de vista
CML amplo, sendo que esta necessidade torna-se sempre evidente. Isto ocorre porque
Probabilidade nesse tipo de atuação pode-se economizar meios e minimizar os efeitos colaterais.
de emprego da Portanto, isso pode ser empregado plenamente em todas as áreas de todos os C
FTOP devido a Mil A" (KOSCIURESKI, 2019).
150
violência "[...] Logo, eu realmente observo que o CML possui uma frequência de ações de
urbana e GLO maior do que os demais C Mil A. Assim, caso o CML possua "na mão dele"
grandes essa fração de Op Psc, haverá maior flexibilidade para dominar a dimensão
eventos no informacional" (LIMA, 2019).
Estado do RJ. "Ao meu ver, não só no RJ, mas em qualquer área de operações da F Ter é
fundamental e premente essa demanda. Isso porque se eu não trabalhar na
dimensão informacional e humana, primeiro, eu perco a liberdade de ação nas
ações cinéticas com narrativas contrárias ao emprego da Força, e em segundo
lugar, sabemos que além da dimensão física existe uma guerra de percepções e
narrativas, que são travadas na dimensão informacional e humana" (SILVA, 2019).
QUADRO 20 – Percepção dos especialistas do Grupo II
Fonte: O autor
208
Antes, durante e após o emprego da tropa.
209
Continuidade - As Op Psico devem ser continuadas, sempre atuantes, desde os tempos de paz.
Uma vez desencadeadas, devem prosseguir sem interrupções até atingir seu objetivo [...]
Antecipação - As Op Psico devem antecipar-se aos fatos, aos acontecimentos e às ações
contrárias aos seus objetivos (BRASIL, 1999, p. 1-8).
151
4.1.6.3 Existe uma demanda crescente das Op Psc de nível tático no CML?
Cerca de 88% (88,4%) do Grupo I visualiza que a demanda por uma FTOP irá
aumentar nos próximos anos visto que os oficiais do Quadro de Estado Maior da
Ativa (formados a partir de 2019), ao ocuparem cargos na 8ª seção das Grandes
Unidades, possuirão maior compreensão do emprego tático das Op Psc. Cerca de
12% (11,6%) da amostra aponta que os fatos citados não devem influenciar na
demanda da FTOP. Assim sendo, a maioria dos indivíduos do Grupo I evidencia que
a participação das Op Psc no exercício SIRIUS/AZUVER resultará em aumento da
demanda pela FTOP.
SOPEx irá resultar em um desenvolvimento mais lento para a doutrina das Op Psc;
na subutilização dos especialistas em atividades administrativas; e/ou em
dificuldades de padronização e manutenção dos padrões atingidos pelo 1º B Op Psc.
Outrossim, a estrutura da FTOP orgânica ao CML deve possuir pessoal e material
condizente com as suas necessidades para que possa suprir as demandas deste C
Mil A.
Em seguida, os militares que responderam "sim" na questão anterior (37
indivíduos210) foram encaminhados para perguntas que buscavam identificar a
estrutura do SOPEx adequada às necessidades do CML. Inicialmente, verificou-se
que, de acordo com a opinião dos indivíduos, o 1º B Op Psc é a unidade de apoio
central ao EB e, portanto, uma estrutura para um único C Mil A deve possuir um
nível inferior. Diante do exposto, os respondentes foram indagados sobre se o nível
Subunidade ou Pelotão seria o ideal para a FTOP orgânica ao CML (ver Gráfico 7).
210
Estes indivíduos da amostra da pesquisa serão identificados como subgrupo I.
159
Cerca de 91% (91,4%) da amostra apontou que a fração orgânica seja uma
Organização Militar Diretamente Subordinada ao CML. Aproximadamente 3% (2,9%)
dos militares indica que a FTOP deve ser uma Organização Militar Diretamente
Subordinada à 1ª DE e em torno de 6% (5,7%) sugere que seja uma Organização
Militar da Brigada de Infantaria Pára-quedista. Portanto, a maioria dos indivíduos
recomendam que a FTOP seja uma Organização Militar Diretamente Subordinada
ao CML.
160
A estrutura tática de Op Psc deve possuir uma organização que lhe permita
cumprir os sete fatores determinantes de uma capacidade, são eles: doutrina,
organização, adestramento, material, educação, pessoal e infraestrutura. Para isto, a
pesquisa concentrou esforços no que tange à doutrina e à organização para que
seja viável estabelecer o previsto nas instruções reguladoras do processo de
concepção de quadro de organização (EB20-IR-10.004). De acordo com este
documento, um QO experimental deve possuir uma base doutrinária e uma estrutura
organizacional (BRASIL, 2015e).
Assim sendo, a estrutura do DOP (ver Figura 12) serviu de base para que a
estrutura orgânica ao CML possua efetividade no cumprimento de suas tarefas.
Ademais, a fim de evitar erros de amostragem, as questões subsequentes foram
realizadas com os 37 militares (subgrupo I) que concordaram com a existência de
uma FTOP orgânica ao CML. Desta maneira, os indivíduos foram questionados
acerca da importância das seguintes estruturas organizacionais (ver Gráfico 9).
d) Turma de produção
Cerca de 92% (91,9%) da amostra aponta que é muito importante ou
importante haver uma turma de produção na FTOP e em torno de 8% (8,1%) pontua
isto como pouco importante. Logo, para a amostra, a existência da turma de
produção torna-se essencial no QO experimental.
Neste sentido, coube a pesquisa evidenciar quais são as possibilidades desta
163
- Produção audiovisual
Cerca de 81% (81,1%) da amostra considera a produção audiovisual muito
importante e aproximadamente 19% (18,9%) a indica como importante. Logo, a
grande relevância desta aptidão é consenso para o subgrupo I.
- Produção gráfica
Cerca de 95% (94,6%) do subgrupo I evidencia que a produção gráfica é
muito importante ou importante e por volta de 5% (5,4%) a pontua como pouco
importante. Destarte, a grande maioria da amostra aponta a produção gráfica como
uma competência necessária à FTOP orgânica ao CML.
- Produção web
Cerca de 92% (91,9%) da amostra estima que a produção web é muito
importante ou importante e próximo de 8% (8,1%) a considera pouco importante.
Consequentemente, a maioria dos integrantes do subgrupo I avaliam que a estrutura
organizacional de Op Psc deve possuir a aptidão para produção web.
e) Turmas táticas
Cerca de 84% (83,8%) do subgrupo I mensura as turmas táticas como muito
importantes e aproximadamente 16% (16,2%) opina como sendo importantes.
Portanto, a grande relevância desta estrutura é consenso em toda a amostra.
Diante disso, a pesquisa buscou evidenciar a dosagem adequada de turmas
táticas para o ambiente operacional no Estado do RJ tendo em vista a quantidade de
públicos-alvo, os meios disponíveis e o tamanho da área de operações (ver Gráfico
11).
Logo, a FTOP orgânica ao CML deve ser capaz de manter um canal técnico
com a seção de doutrina do 1º B Op Psc a fim de unificar as narrativas, realizar o
168
4.2 DISCUSSÃO
observou-se que uma Turma Tática do 24º Contingente Brasileiro no Haiti composta
por um capitão ou tenente, um tenente e dois sargentos pode atuar com certa
autonomia em diferentes setores de um determinado ambiente operacional
(MARTORELLI; NETO, 2009). Isso “porque em um determinado instante pode
aparecer uma outra operação; talvez na mesma área, em uma próxima, ou, ainda,
em uma área diferente em que a população envolvida não varie muito, fazendo com
que esse trabalho seja efetivo" (KOSCIURESKI, 2019). Assim, a maioria dos
indivíduos do Grupo I (35,2%) apontou que a FTOP do CML deveria possuir três
turmas táticas, sendo que um indivíduo ressaltou a importância da turma Tática
Aeroterrestre. Paralelamente, Lima (2019) indica que a estrutura do CML deve ter
capacidade para desdobrar-se em um, dois ou três destacamentos, sendo que um
estaria “apoiando o C Mil A no nível político, estratégico ou operacional e uma outra
equipe capaz de apoiar a 1ª DE ou uma outra estrutura de nível Divisão" (LIMA,
2019). Assim, conclui-se que a Seção de Produção deve possuir aptidão para
produção gráfica, audiovisual e para a rede mundial de computadores. Por outro
lado, a seção de ações táticas deve possuir três turmas táticas capazes de executar
as mesmas tarefas e atividades, sendo que a primeira turma tática deve atender as
demandas do Comando do CML, a segunda Turma Tática as necessidades da 1ª
DE e a terceira Turma Tática as carências da Brigada de Infantaria Pára-quedista.
Esta inferência decorre das especificações para o apoio a tropa pára-quedista e da
falta de uma outra estrutura do nível DE nesta área de responsabilidade.
174
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
_____________________________________________
Thiago José Bandeira Santos
Capitão de Infantaria
178
REFERÊNCIAS
______. ______. ______. C 45-4: Operações Psicológicas. 3. ed. Brasília, DF, 1999.
______. ______. MD35-G-01: Glossário das Forças Armadas. 5. ed. Brasília, DF,
2015c.
COSTA, Carlos Eduardo Barbosa da. Uma análise do cenário que levou à
Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. PADECEME, Rio de
Janeiro, v. 14, n. 23, p. 13-25, 2º sem. 2019.
LIMA, Claúdio Sampaio Pereira de. A demanda do Comando Militar do Leste pela
Fração Tática de Operações Psicológicas na visão do Chefe da Divisão de
Operações de Informação do Comando de Operações Terrestres. Entrevista
concedida à Dissertação de Mestrado A Fração Tática de Operações Psicológicas
no Comando Militar do Leste: Um Estudo Sobre a Demanda no Ambiente
Operacional do Estado do Rio de Janeiro, no CEP/FDC, Rio de Janeiro, em 15 out.
2019.
PRIETO, Sérgio Cará Fernandes; VIEIRA, Luiz Carlos; BATISTA, André de Oliveira;
GOMES, Raimundo Sebastião; SILVA, Márcio Alves da. Operações Psicológicas:
Caderno Tático de Emprego Tático em Operações de Paz. Goiânia, 2009.
RAVEN, Bertram H. The bases of power: origins and recent developments. Journal
of Social Issus, v. 49, n. 4, p. 227-251, 1993.
ROHTER, Larry. Rondon, uma biografia. Tradução de Cássio de Arantes Leite. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2019. 584 p.
SILVA, Sérgio Murilo Pereira da. A demanda do Comando Militar do Leste pela
Fração Tática de Operações Psicológicas na visão do Comandante do 1º
Batalhão de Operações Psicológicas. Entrevista concedida à Dissertação de
Mestrado A Fração Tática de Operações Psicológicas no Comando Militar do Leste:
Um Estudo Sobre a Demanda no Ambiente Operacional do Estado do Rio de
Janeiro, no 1º B Op Psc, Goiânia, em 10 set. 2019.
GLOSSÁRIO
Bom dia Sr (Posto) (Nome Completo), (função do entrevistado). Sou o Cap Inf
Thiago José Bandeira Santos e gostaria de apresentar minha gratidão pela
oportunidade de entrevistá-lo, na realização do Mestrado Profissional da Escola de
Aperfeiçoamento de Oficiais.
O trabalho tem por objetivo avaliar se uma Fração Tática inteiramente
capacitada a atuar com Operações Psicológicas, possui uma demanda permanente
no Comando Militar do Leste. Para tal, será analisado o emprego da fração tática
desta atividade nas Operações de Cooperação e Coordenação com Agências
ocorridas no Estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2014 a 2018.
APÊNDICE B – Questionários
1 2 3 4 5
Efetividade muito baixa Efetividade muito alta
Turma de Planejamento
(composta por uma seção de
Operações e uma seção de
inteligência)
Turma de Produção
Turmas Táticas
Produção Audiovisual
Produção Gráfica
Produção Web
Produção Sistemas de
Aeronaves Remotamente
Pilotadas (SARP)
15. Utilize o espaço abaixo caso o senhor queira contribuir com alguma
experiência ou sugestão relevante ao objetivo da presente pesquisa.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
199
Thus negative valences will exist in given regions of P's life space, corresponding to
the threatened punishment by O. The strength of coercive power depends on the
magnitude of the negative valence of the threatened punishment multiplied by the
perceived probability that P can avoid the punishment by conformity, i.e., the
probability of punishment for nonconformity minus the probability of punishment for
conformity (FRENCH; RAVEN, 1959, p. 263, tradução nossa).
7. Legitimate power of O / P is here defined as that power which stems from
internalized values in P which dictate that O has a legitimate right to influence P and
that P has an obligation to accept this influence. We note that legitimate power is
very similar to the notion of legitimacy of authority which has long been explored by
sociologists […] However, legitimate power is not always a role relation: P may
accept an induction from O simply because he had previously promised to help O
and he values his word too much to break the promise. In all cases, the notion of
legitimacy involves some sort of code or standard, accepted by the individual, by
virtue of which the external agent can assert his power (FRENCH; RAVEN, 1959, p.
265).
8. The referent power of O / P has its basis in the identification of P with O. By
identification, we mean a feeling of oneness of P with O, or a desire for such an
identity. If O is a person toward whom P is highly attracted, P will have a desire to
become closely associated with O. If O is an attractive group, P will have a feeling of
membership or a desire to join. If P is already closely associated with O he will want
to maintain this relationship. P's identification with O can be established or
maintained if P behaves, believes, and perceives as O does. Accordingly O has the
ability to influence P, even though P may be unaware of this referent power
(FRENCH; RAVEN, 1959, p. 266).
9. The strength of the expert power of O / P varies with the extent of the
knowledge or perception which P attributes to O within a given area. Probably P
evaluates O's expertness in relation to his own knowledge as well us against an
absolute standard. In any case (!xpert [sic] power results in primary social influunce
[sic] on P's cognitive structure and probably not on other types of systems (FRENCH;
RAVEN, 1959, p. 267).
10. Informational power, or persuasion, is based on the information, or logical
argument, that the influencing agent could present to the target in order to implement
change (RAVEN, 1993, p. 236).
201
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
CADERNO DE INSTRUÇÃO
(EXEMPLAR-MESTRE)
Proposta
2020
206
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
CADERNO DE INSTRUÇÃO
(EXEMPLAR-MESTRE)
Proposta
2020
207
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Pag
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade........................................................................................................... 1-1
1.2 Considerações iniciais....................................................................................... 1-1
1.3 Quadro de Organização..................................................................................... 1-2
CAPÍTULO II – BASE DOUTRINÁRIA
2.1 Considerações Gerais........................................................................................ 2-1
2.2 Capacidades Operativas.................................................................................... 2-1
2.3 Atribuições da Lista de Tarefas Funcionais....................................................... 2-3
2.4 Atividades e tarefas específicas......................................................................... 2-4
2.5 Situações de comando e controle...................................................................... 2-7
2.6 Formas de apoio................................................................................................ 2-7
CAPÍTULO III – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
3.1 Considerações gerais........................................................................................ 3-1
3.2 Comandante...................................................................................................... 3-1
3.3 Subcomandante................................................................................................. 3-2
3.4 Estado-Maior...................................................................................................... 3-2
3.5 Pelotão de Operações Psicológicas.................................................................. 3-3
3.6 Pelotão de Comando e Apoio............................................................................ 3-5
GLOSSÁRIO
TERMOS E DEFINIÇÕES
REFERÊNCIAS
208
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 FINALIDADE
1.1.2 Nos casos de crise ou de conflito em que o C Mil A evolua para uma Força
Terrestre Componente (FTC), as informações contidas neste compêndio podem servir
de base para o planejamento conceitual e detalhado previsto no Processo de
Planejamento e Condução das Operações Terrestres (PPCOT).
1.2.2 Neste contexto, a função de combate fogos conta com as equipes especializadas
em Operações Psicológicas3 (Op Psc) como um de seus atuadores não-cinéticos4.
Esta atuação compreende as fases de seleção e obtenção de alvos; designação de
vetores5; coordenação com as demais Capacidades e Recursos Relacionados à
Informação (CRRI); dissuassão ou retirada da legitimidade da ameaça; e avaliação dos
impactos6.
1
Ver Glossário, item Comando Militar de Área.
2
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. EB70-MC-10.341: Lista de Tarefas
Funcionais. 1 ed. Brasília, DF, 2016a.
3
Os Destacamentos (Dst) do 1º Batalhão de Operações Psicológicas (1º B Op Psc) e o Pelotão de
Operações Psicológicas da Cia Op Psc.
4
Ver Glossário, item Atuador Não-Cinético.
5
A designação de vetores visa identificar o ator (quem apresenta a mensagem), o autor (quem produziu
a mensagem) e a autoridade (instituição, organização ou indivíduo que determinou a produção da
mensagem) (PORTUGAL, 2009).
6
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. EB20-MC-10.206: Fogos. Brasília,
DF, 2015c.
1-1
209
1.2.3 Neste sentido, a criação da Cia Op Psc diretamente subordinada ao C Mil A (ou à
FTC, nos casos de crise ou conflito) ocorre como resultado do atual ambiente
operacional, caracterizado pela relevância da dimensão informacional e humana em
detrimento da dimensão física.
7
BRASIL. Comando do Exército. Portaria nº 297 - EME, de 09 de novembro de 2015. Aprova as
Instruções Reguladoras do Processo de Concepção de Quadro de Organização (EB20-IR-10.004).
Boletim do Exército, Brasília, DF, n. 46, 13 nov. 2015a.
8
Ibid.
1-2
210
CAPÍTULO II
BASE DOUTRINÁRIA
2.1.2 Para que esta estrutura possua plena operacionalidade foram elencados os
seguintes aspectos relativos a sua base doutrinária: capacidades operativas,
atribuições da lista de tarefas funcionais, atividades e tarefas específicas, situações de
comando e controle e formas de apoio.
2.2.1.1 “Prontidão: ser capaz de, no prazo adequado, estar em condições de empregar
uma força no cumprimento de missões, valendo-se de seus próprios recursos
orgânicos e meios adjudicados”10.
2.2.1.2 “Ação Terrestre: ser capaz de executar atividades e tarefas com o objetivo de
dissuadir, prevenir ou enfrentar uma ameaça potencial ou real, impondo a vontade da
força”11.
9
BRASIL. Comando do Exército. Portaria nº 309 - EME, de 23 de dezembro de 2014. Aprova o
Catálogo de Capacidades (EB20-C-07.001). Boletim do Exército, Brasília, DF, n. 1, 02 jan. 2015b.
10
Ibid., p. 9. [Citações copiadas integralmente do documento supracitado].
11
Ibid., p. 10.
12
Ibid., p. 12.
2-1
211
2.2.1.11 “Exploração Cibernética: ser capaz de conduzir ações de busca ou coleta, nos
Sistemas de Tecnologia da Informação de interesse, a fim de obter dados. Essas
ações devem preferencialmente evitar o rastreamento e servir para a produção de
conhecimento ou identificar as vulnerabilidades desses sistemas”20.
13
Ibid., p. 13.
14
Ibid.
15
Ibid.
16
Ibid., p. 17.
17
Ibid.
18
Ibid.
19
Ibid., p. 18.
20
Ibid.
2-2
212
2.2.1.12 “Proteção Cibernética: ser capaz de conduzir ações para garantir o funcionamento
dos nossos dispositivos computacionais, redes de computadores e de
comunicações, incrementando as ações de Segurança, Defesa e Guerra
Cibernética para neutralizar ataques e exploração cibernética em nossos meios. É
uma atividade de caráter permanente”21.
2.3.1 Para que possa obter um efeito tático relacionado as suas capacidades
operativas a Cia Op Psc necessita possuir um conjunto de atividades e de tarefas em
sua base doutrinária22.
2.3.3 Nesta direção, a Doutrina Militar Terrestre possui uma Lista de Tarefas
Funcionais que apresenta eficiência comprovada para uso dos Estados-Maiores nos
escalões táticos24. Logo, a Cia Op Psc deve executar as seguintes atividades e tarefas
previstas nesta publicação doutrinária:
ATIVIDADES TAREFAS
- “Realizar o exame de situação: consiste em identificar o problema militar,
estudá-lo e conceber a solução.”
“Conduzir o
- “Elaborar planos e ordens: consiste em planejar a prevenção de ameaças, o
processo de
gerenciamento de crises ou a solução do conflito armado, bem como conceber a
planejamento e a
estratégia para atender às tarefas e missões impostas.”
condução das
- “Preparar, controlar e avaliar a operação planejada: consiste em realizar a
operações”
preparação dos envolvidos, o controle e a avaliação contínua de todo o
processo”25.
- “Estabelecer redes e sistemas de informações: compreende ampliar e defender
as redes de informação para garantir o fluxo das ordens e dos relatórios.”
- “Colaborar com a consciência situacional por meio da gestão do conhecimento:
compreende pesquisar e difundir o conhecimento sobre a missão a fim de
garantir a consciência situacional em todos os níveis de comando.”
- “Gerenciar informações e dados: compreende assegurar o acesso à informação
“Realizar a gestão
com segurança e em níveis escalonáveis de usuários.”
do conhecimento
- “Conduzir operações de rede: compreende o gerenciamento das redes
e da informação”
participantes.”
- “Avaliar a formação coletada: compreende verificar a relevância da informação,
realizando uma triagem inicial”.
- “Processar informações relevantes: compreende considerar imediatamente as
informações críticas nas simulações e projeções para ajustar a operação
constantemente.”
21
Ibid., p. 19. [Citações copiadas integralmente do documento supracitado].
22
Ibid.
23
Ibid.
24
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. EB70-MC-10.341: Lista de
Tarefas Funcionais. 1 ed. Brasília, DF, 2016a.
25
Ibid., p. 2-1. [Citações copiadas integralmente do documento supracitado].
2-3
213
2.3.4 A Lista de Tarefas Funcionais elenca algumas atividades e tarefas previstas para
o Exército Brasileiro nas operações militares do amplo espectro.
2.3.5 Contudo, tal publicação não visa a esgotar o assunto, sendo adequadas as
seguintes atividades e tarefas específicas para a Cia Op Psc.
26
Ibid., p. 2-2.
27
Ibid., p. 4-3.
28
Ibid., p. 5-1.
29
Ibid., p. 7-1.
2-4
214
30
Ver Glossário, item Ativos de Informação.
2-5
215
específicos.
- Detectar31, localizar32 e identificar33 os vetores
que conduzem a desinformação intencional34 (do
termo inglês Disinformation);
- Detectar, localizar e identificar os vetores que
conduzem a desinformação não intencional35 (do
termo inglês Misinformation);
Designar vetores no ambiente operacional
- Detectar, localizar e identificar os vetores que
conduzem a informação para efeitos36;
- Detectar, localizar e identificar os vetores que
conduzem a propaganda adversa;
- Detectar, localizar e identificar os
comunicadores-chave e lideranças locais.
- Monitorar os vetores que conduzem a
desinformação intencional (do termo inglês
Disinformation).
- Monitorar os vetores que conduzem a
desinformação não intencional (do termo inglês
Misinformation);
Conduzir vigilância
- Monitorar os vetores que conduzem a informação
para efeitos;
- Monitorar os vetores que conduzem a
propaganda adversa;
- Realizar o monitoramento das mídias sociais por
intermédio de perfis operacionais.
- Conduzir ações de busca, coleta ou difusão nos
Sistemas de Tecnologia da Informação e
Comunicações;
- Produzir conhecimento específico para as Op
Psc com os dados obtidos37;
Prover a obtenção da consciência situacional - Difundir os conhecimentos gerados de maneira
oportuna;
- Examinar as informações da ameaça
possibilitando determinar seus efeitos sobre os
públicos-alvo.
Quad 2-4 – Atribuições da Cia Op Psc relativas ao ciclo do conhecimento específico para as Op Psc
31
“A detecção determina a existência ou presença de um alvo” (BRASIL, 2016b, p. 2-23).
32
“A localização consiste na determinação das coordenadas tridimensionais referidas a pontos
conhecidos ou a posição das peças” (BRASIL, 2016b, p. 2-23).
33
“A identificação determina a natureza, a composição e as dimensões do [...] alvo” (BRASIL, 2016b, p.
2-23).
34
Ver Glossário, item Desinformação Intencional.
35
Ver Glossário, item Desinformação Não Intencional.
36
Ver Glossário, item Informação para Efeitos.
37
Cf. BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrrestres. EB70-MT10.401: Produção
do conhecimento de Inteligência. 1 ed. Brasília, DF, 2019.
38
Projeção de uma tropa de maior valor, finta, demonstração e deslocamentos furtivos (BRASIL,
2014d).
2-6
216
2.3.8 A Cia Op Psc e suas Turmas Táticas podem estar sob uma das seguintes
situações de comando e controle previstas no PPCOT: Comando Operativo, Controle
Operativo ou Reforço.
39
Ardil, simulação, repetição incessante e utilização de sistemas de alto falantes (BRASIL, 2014d).
40
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. EB20-MC-10.211: Processo de
Planejamento e Condução das Operações Terrestres. Brasília, DF, 2014c.
41
BRASIL. Ministério da Defesa. MD35-G-01: Glossário das Forças Armadas. 5. ed. Brasília, DF, 2015d.
42
Ibid.
43
Ibid.
2-7
217
2.3.13 A Cia Op Psc pode estar sob uma das seguintes formas de apoio: Apoio ao
Conjunto ou Apoio Direto.
2.3.14 Apoio ao Conjunto: A Cia Op Psc realiza suas atividades e tarefas em proveito
da força como um todo. Nesta ocasião, as equipes especializadas em Operações
Psicológicas permanecem centralizadas sob o comando da subunidade45.
44
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. EB20-MC-10.211: Processo de
Planejamento e Condução das Operações Terrestres. Brasília, DF, 2014c.
45
BRASIL. Ministério da Defesa. MD35-G-01: Glossário das Forças Armadas. 5. ed. Brasília, DF, 2015d.
46
Ibid.
2-8
218
CAPÍTULO III
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
3.2 COMANDANTE
47
BRASIL. Comando do Exército. Portaria nº 297 - EME, de 09 de novembro de 2015. Aprova as
Instruções Reguladoras do Processo de Concepção de Quadro de Organização (EB20-IR-10.004).
Boletim do Exército, Brasília, DF, n. 46, 13 nov. 2015a.
48
BRASIL. Comando do Exército. Comando de Operações Terrestres. EB20-MC-10.211: Processo de
Planejamento e Condução das Operações Terrestres. Brasília, DF, 2014c.
49
Ibid.
3-1
219
3.3 SUBCOMANDANTE
3.3.3 Este é o principal responsável por conduzir a reunião de criação de produtos para
as Cmp Op Psc e por estabelecer os laços táticos necessários para os trabalhos dos
Dst do 1º B Op Psc recebidos em apoio à Subunidade.
3.4 ESTADO-MAIOR
50
Ibid.
51
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Army. Department of the Army. FM 3-53: Military Information
Support Operation. Washington, DC, 2013.
52
PORTUGAL. Ministério da Defesa Nacional. IESM. ME 20-04-05: Operações Psicológicas. Pedrouços,
2009.
3-2
220
3.4.3.3 Coordena as atividades e as tarefas dos pelotões da Cia Op Psc e dos Dst do
1º B Op Psc recebidos em apoio (quando for o caso).
3.4.4.2 Contudo, este oficial deve possuir expertise para gerenciar os processos de
contratação de especialistas nas áreas de apoio linguístico, escritores e
personalidades; serviços ou equipamentos que sejam necessários à execução das Op
Psc, não excetuando-se aos materiais de emprego militar.
3.4.5.2 É responsável por manter um canal técnico entre a Cia Op Psc e as demais
estruturas do SOPEx.
3-3
221
3.5.3.1 A Seção de Ações Táticas é composta pela 1ª Turma Tática, 2ª Turma Tática e
3ª Turma Tática.
3-4
222
3.5.3.2 Nas operações, a 1ª Turma Tática apoia o Comando do C Mil A (ou Comando
da FTC) e as demais Turmas Táticas devem apoiar prioritariamente as estruturas de
nível Divisão de Exército ou Grande Unidade, nesta ordem.
3-5
223
3.6.3.2 Suas atividades e tarefas são similares às funções exercidas nas demais
Subunidades independentes.
3-6
224
GLOSSÁRIO
B
Abreviaturas/Siglas Significado
B Op Psc Batalhão de Operações Psicológicas
C
Abreviaturas/Siglas Significado
Cmp Op Psc Campanhas de Operações Psicológicas
CRRI Capacidades e Recursos Relacionados à Informação
C Dout Ex Centro de Doutrina do Exército
C Mil A Comando Militar de Área
Cia Op Psc Companhia de Operações Psicológicas
D
Abreviaturas/Siglas Significado
Dst Destacamento
E
Abreviaturas/Siglas Significado
EB Exército Brasileiro
F
Abreviaturas/Siglas Significado
FTC Força Terrestre Componente
O
Abreviaturas/Siglas Significado
Op Psc Operações Psicológicas
OM Organização Militar
P
Abreviaturas/Siglas Significado
PPCOT Processo de Planejamento e Condução das Operações Terrestres
Q
Abreviaturas/Siglas Significado
QC Quadro de Cargos
QDM Quadro de Dotação de Material
QO Quadro de Organização
S
Abreviaturas/Siglas Significado
SOPEx Sistema de Operações Psicológicas do Exército
3-7
225
REFERÊNCIAS
LIMA, Claúdio Sampaio Pereira de. A demanda do Comando Militar do Leste pela
Fração Tática de Operações Psicológicas na visão do Chefe da Divisão de
Operações de Informação do Comando de Operações Terrestres. Entrevista
concedida à Dissertação de Mestrado A Fração Tática de Operações Psicológicas
no Comando Militar do Leste: Um Estudo Sobre a Demanda no Ambiente
Operacional do Estado do Rio de Janeiro, no CEP/FDC, Rio de Janeiro, em 15 out.
2019.
SILVA, Sérgio Murilo Pereira da. A demanda do Comando Militar do Leste pela
Fração Tática de Operações Psicológicas na visão do Comandante do 1º
Batalhão de Operações Psicológicas. Entrevista concedida à Dissertação de
Mestrado A Fração Tática de Operações Psicológicas no Comando Militar do Leste:
Um Estudo Sobre a Demanda no Ambiente Operacional do Estado do Rio de
Janeiro, no 1º B Op Psc, Goiânia, em 10 set. 2019.