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Nessa história contada por Jesus o dono da vinha contrata cinco grupo de
pessoas. O primeiro grupo foi contratado logo cedo, por volta das 6h da manhã
e eles concordaram em trabalhar o dia inteiro pelo equivalente a R$ 100,00. O
segundo grupo foi contratado às 9h com a promessa de que receberiam o que
fosse justo. O terceiro grupo foi contratado ao meio dia. O quarto, às 15h e o
quinto às 17h. Aparentemente está implícito que a todos eles, o dono da vinha
fez a mesma promessa, ou seja, “pagarei o que for justo”, v. 4 e no verso 5 diz
“... fez a mesma coisa”.
Ao fim do dia veio à surpresa. Começando pelos que chegaram por último o
dono da vinha pagou R$ 100,00 a todos eles. Isso pareceu injusto aos
trabalhadores que concordaram, no início da manhã, em trabalhar por R$
100,00, então um deles disse:
Se essa fosse à única coisa que você tivesse ouvido sobre Deus, o que você
pensaria sobre a base da relação de Deus com as pessoas? Certamente você
pensaria que Deus estabelece relacionamento sobre uma base diferente
daquela que você vê no mundo a sua volta porque o nosso mundo funciona
com base na versão dos rabinos.
3. A generosidade de Deus
Geralmente pensamos na generosidade como fruto da percepção da minha
abundância e, isso está correto. Por exemplo, se eu tiver uma mesa farta, fica
fácil para eu doar comida a alguém. Tenho mais do que o necessito. Estou
distribuindo meu excedente.
Entretanto, a generosidade também poder ser fruto da percepção da
necessidade do outro, ou seja, eu posso ser generoso mesmo quando tenho
pouco a dar. Por exemplo, pode acontecer de eu ter apenas o meu prato de
comida, mas, se eu vir uma mulher pobre com uma criança sem nada para
comer, talvez eu seja profundamente tocado a oferecer-lhe o meu próprio prato
ou dividi-lo com elas.
A generosidade de Deus flui tanto da consciência de Sua abundancia quanto
de Sua capacidade de compadecer-se. A generosidade de Deus caminha,
portanto, sobre dois trilhos, o da Sua abundância de recursos e o da
compaixão ante as nossas necessidades.
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Juliana de Norwich (monja inglesa que viveu no século XIV) escreveu algo que
lança luz sobre essa questão: “A maior honra que podemos dar a Deus é viver
alegremente pelo conhecimento de seu amor. O que Deus mais quer é ver
você sorrir por saber o quanto Ele te ama”.
Deus não é generoso para comprar a nossa obediência. Deus é generoso para
nos ensinar que Ele não pode nunca ser ajudado seja pelo justo, seja pelo
ímpio; Ele só pode ser amado. E a experiência de amar a Deus por aquilo que
Ele é, constitui-se um bem que só os justos conhecem. Os justos não sorriem
com base nas dádivas que recebem. Os justos sorriem porque são filhos
amados, cujas vidas estão seguras nas mãos Daquele que é o doador de toda
boa dádiva.