Você está na página 1de 10

Canalização de Jean–Luc Ayoun

O.M. AÏVANHOV
27 de Outubro 2023

Bem, caros amigos, eu estou extremamente contente de reencontrá-los.

Permitam-me, antes de tudo, em Silêncio, oferecer–lhes todo o meu Amor e toda a


minha Fraternidade, no Coração do Coração de cada um de vocês.

...Silêncio...

Eu lhes disse, em agosto, que voltaria assim que as circunstâncias na cena do teatro
desta Terra o exigissem. E creio que, neste momento, já todos compreenderam que
há uma exigência para que eu fale. Devem compreender, mesmo sem se
interessarem muito, que muitas, muitas coisas estão acelerando e saindo do
controle na Terra.

Efetivamente, podemos dizer com toda a certeza que, a partir de agora, vocês
entraram plenamente e de coração nos tempos chamados escatológicos. Ou seja, em
tudo o que foi preparado até agora, nós sempre lhes dissemos nos últimos tempos:
aceitem o inaceitável.

Hoje, vocês já não estão mais dentro do inaceitável. Entram, diria eu, quer seja no
seu cenário pessoal ou no cenário da sociedade, do mundo, para onde quer que
olhem, já não no inaceitável, mas numa forma de inexorável e, ao mesmo tempo,
inelutável e inevitável.

Ou seja, terão a percepção, cada vez mais clara, de que nada no seu posicionamento
de vida, no seu posicionamento interior, sejam quais forem os seus pensamentos,
sejam quais forem as suas emoções, seja qual for a sua vibração, pode mudar o que
quer que seja em relação ao que está se desenrolando. Como eu dizia, vocês estão
agora completamente e de todo o coração envolvidos na guerra de Todos Contra
Todos.

Mas eu os lembro de que há uma porta de saída, e essa porta de saída está no
Silêncio em vocês. Ou seja, na ausência de recriminação, na ausência de exigência,
na ausência de questionamento do que pode se desenrolar na sua vida, assim como
na cena do teatro do mundo.

É claro que estão dentro daquilo que foi anunciado por todos os profetas, como uma
espécie de conflagração geral. Mas isso, vocês não vivem apenas na cena da
sociedade, mas também em todas as suas interações, a qualquer nível, quer tenham
uma vida muito limitada exteriormente, quer tenham uma vida extremamente
importante exteriormente.

A porta de saída aparecerá cada vez mais claramente para vocês, não mais,
simplesmente, como uma forma de aceitação, como nós dissemos até agora, que os
coloca no Silêncio, mas como um silenciamento em relação aos acontecimentos que
podem desenrolar–se em sua vida, em seu país, em sua família. Deve haver uma
espécie de aquiescência. Tem de haver uma espécie de, diria eu, inevitabilidade de
algo que não pode ser evitado. Podem chamar–lhe fatalismo, se quiserem. Podem
chamar-lhe o que quiserem.

Ainda há quem pense que a Terra vai ascender a uma dimensão de Paz e Luz. Há
quem pense que tudo isto vai se desenrolar nesta Terra ou na sua vida de uma
forma agradável e muito alegre. O importante hoje não é a Alegria de Agapè, nem a
raiva, nem o ressentimento, nem o medo, nem a ira, nem nada disso. Acima de tudo,
a Vida vai lhes pedir, individualmente, para não participarem do que está
acontecendo no cenário de sua vida, mas também no cenário de vida de todo este
teatro chamado Terra.

Nós os treinamos, de certa forma, para compreender e viver o Tempo Zero, o


Coração do Coração, o Silêncio, Agapè que precedeu o Silêncio. Hoje, é tempo, na sua
vida, o que quer que lhe aconteça como indivíduo, ao seu corpo, à sua relação com
quem quer que seja, com não importa quem, com o mundo, de compreender que
não há mais fuga, eu diria, ou solução no mundo ou na sua vida, e que a única
solução está nesta Resignação que demonstra a vocês mesmos, que já não
acreditam mais e que já não serão afetados pelo que está acontecendo e que, como
volto a dizer, é inevitável, inexorável, e faz parte de tudo o que foi escrito nas
profecias.

Não se trata aqui de anos. Não é questão aqui de meses, mas de eventos que
acontecem em cada dia que vocês vivem, onde quer que estejam nesta Terra. O
melhor posicionamento que vocês podem adquirir, se já não o fizeram, é,
verdadeiramente, centrarem–se, não na vibração, mas centrarem–se no Silêncio, na
própria observação desse Silêncio.

Como dizia um dos Anciãos, Krishnamurti, Irmão K, como dizia Sri Aurobindo, não é
mais tempo de fazer planos para o futuro, mas é tempo de estar perfeitamente
lúcido sobre o aspeto inexorável, inelutável e inevitável do que está em curso de se
produzir.
Não estou falando somente da guerra. Não estou falando apenas da conflagração
que está em curso e que vai, infelizmente, se podemos dizer, destruir a cena do
teatro. Vocês têm de se encontrar, ou seja, têm de perceber que tudo isto não passa
de um sonho mau, como dissemos, um pesadelo, como algo que passa, que deve
passar e que já não os deve afetar de forma alguma.

Nós já dissemos há alguns meses que, os mais sensíveis de entre vocês, deviam
afastar–se da cena mundial, afastar-se de seus próprios problemas e mergulhar na
natureza, no Silêncio, na Paz, a fim de cortar, literalmente, todos os laços com este
mundo, com esta sociedade ou com a sua própria vida. Não para negar os
problemas, não para os resolver de uma forma ou de outra, mas realmente,
verdadeiramente hoje, para se descobrirem na totalidade.

Lembrem–se que vocês não têm de fazer nada. Lembrem–se de que não podem
fazer nada e que, a cada dia que passa, poderão fazer cada vez menos para melhorar
qualquer coisa na sua vida, no palco, no mundo da sociedade ocidental moderna.
Tudo o que têm a fazer é voltarem-se, mais uma vez, para dentro de si, e deixarem
que esta Paz, este Silêncio, cresçam e os inundem, quaisquer que sejam os seus
problemas, quaisquer que sejam as suas dores.

Não estou dizendo que não devam continuar a viver ou a fazer o que a Vida os
obriga a fazer, mas que o façam com cada vez maior desprendimento, sem querer
criar energias de atrito, de luta e sobretudo de oposição. Ou seja, vocês estão
entrando numa fase de Aceitação do Inevitável, de Aceitação do Inaceitável, mas
num grau que nunca foi vivido nas suas vidas pessoais, nem também sobre esta
Terra.

Muitos, muitos acontecimentos, eu bem sei, se desenrolam nas suas vidas, nos seus
pensamentos, nas suas emoções, alguns de vocês são verdadeiras “presas” das
memórias que estão voltando nesse momento, mesmo que vocês as tenham
ultrapassado em grande parte. Tudo o que se desenrola na tela interior, como tudo
o que se desenrola na tela exterior, deve dar lugar a uma Indiferença Divina, a uma
Grande Preguiça, como Osho costumava dizer.

Se ainda não o fez, aprenda a não reagir. Esta é também a melhor maneira de
atravessar aquilo que estão em vias de atravessar e que, não lhes escondo, irá
aumentar consideravelmente ainda antes do final deste mês de outubro.

O mês de novembro será uma oportunidade para se interiorizarem, porque tudo o


que passa na sociedade não lhes deixará outra oportunidade senão voltarem-se
para dentro, para o Silêncio, para a Paz, para a Verdade que vocês são e que lhes
fará compreender, se ainda não o fizeram, que o que acontece apenas passa. E que
nada concerne a você, de modo algum, nem o que se passa no seu corpo, nem na sua
família, nem na sua vida, nem no mundo.
É claro que verão à sua volta irmãos e irmãs que se agitarão, que desejarão pedir–
lhes que tomem partido por isto ou por aquilo, seja qual for o lado macabro e
maquiavélico do que se passará na cena do teatro, na cena da sua vida, tudo isso não
passa de um pesadelo, recordo-lhes. E um pesadelo não é verdade. É algo que está
aqui para lhes despertar. O Despertar vai ser cada vez mais estrondoso, cada vez
mais brutal e também cada vez mais evidente.

Para aqueles entre vocês que ainda têm, eu direi, planos sobre o cometa, ou planos
para qualquer futuro, não há nada para vir. Têm simplesmente de descobrir a
Verdade que sempre foram. Vocês nunca nasceram. Nunca morreram. Não são este
corpo. Não são deste mundo e não são de nenhum mundo. Você é a Felicidade
Eterna. E é neste caos que toma forma e que se precipitará nos dias e semanas que
virão, que vocês têm a maior abertura para se encontrarem na Totalidade, no que
vocês são na Verdade e na Eternidade.

O Inadiável, o Inexorável, o Inevitável, está aí apenas para mostrar–lhes que vocês


não são nada do que está em curso de lhes acontecer, como o que está em curso de
acontecer a muitos irmãos e irmãs nesta Terra.

Quer seja o sofrimento, quer seja a morte, quer seja a Revelação da Mentira Cósmica
ao seu nível ou ao nível da humanidade no seu conjunto, não tem a menor
importância em relação ao que você é, ao que você foi e ao que você será sempre,
independentemente dos mundos da manifestação, independentemente dos mundos
da forma e independentemente do cenário que se desenrola sobre esta Terra.
Quaisquer que sejam os aspectos abjetos, quaisquer que sejam os aspectos
dolorosos que possam se desenrolar, nada disso concerne a você.

Como eu disse há algum tempo, tudo isto deve terminar numa Grande Gargalhada
Cósmica, mesmo que tenham de passar pelo sofrimento, mesmo que tenham de
passar pelo choro, mesmo se rangerem os dentes como diziam os textos, tudo isto é
apenas parte do seu Despertar final para a Verdade. Você nunca nasceu. Está neste
corpo, mas não é este corpo. É tempo de ir para além das definições. É tempo de
ultrapassar as últimas crenças, as últimas aderências da consciência ao que
acontece em seu interior.

Bidi sempre disse que vocês são a A–Consciência, ou seja, que vocês são anteriores à
consciência e que a consciência é uma fraude total como a espiritualidade. O que
lhes é dado viver na sua vida, nas suas relações, no mundo, é apenas para leva-los a
viver esta Verdade.

Não há mais nada para vomitar. Você já vomitou quase tudo. Restam ainda os
últimos fragmentos de aderência, diria eu, aos hábitos que adotaram e que todos
nós adotamos dentro de uma pseudo-individualidade, dentro de uma determinada
forma ou dimensão, o que significa que muitos ainda não estão totalmente livres.
Mas as circunstâncias do caos que se desenrola dentro e fora de vocês vão mostrar–
lhes e fazer–lhes viver a magnificência do Silêncio, aquilo que está para além de
todas as palavras, para além de todas as definições, a que Bidi chamou
Parabrahman. Você vai superar todos os antagonismos, todas as contradições e,
sobretudo, as últimas ilusões de crenças na consciência, crenças na passagem do
tempo, no desenrolar do espaço ou no futuro. Não há futuro nem passado. Existe
apenas o Momento Presente, que é a porta de saída para a Eternidade.

E, mais uma vez, as circunstâncias da sua vida pessoal, os seus próprios


pensamentos, as suas próprias emoções, o estado do seu corpo, o estado das suas
relações interpessoais, afetivas, profissionais, familiares e filiais, só existem para o
fazer compreender isto. Você vai se lembrar que tudo isso foi escrito e, mais bizarro
ainda, vai se lembrar que já foi vivido, porque foi você quem escreveu.

Vão compreender que nunca houve ninguém, como Bidi dizia há anos, que vocês
não são essa pessoa em definitivo, e que, no fundo, tudo o que veem aparecer como
real na sua vida é apenas a projeção de um holograma, a projeção de uma história,
uma história que tem um fim e uma origem, que foi a experimentação da ilusão da
separação, da ilusão da individualidade. É isto que vai acontecer nos próximos dias
e durante o mês de novembro.

Desde já posso dizer que, se este mundo não for consumido por Nibiru até lá, eu
voltarei para vê-los em dezembro. Terão atravessado muitas provações, muitos
incêndios, muitos pesadelos, muitos – talvez – medos ou zangas, mas acima de tudo
irão sorrir, porque muitos de vocês terão uma recordação de Quem São em
Verdade.

Ou seja, que não são de nenhum mundo, que nunca nasceram, e que a Criação, como
foi dito por muitas vozes, é em si mesma uma imensa mentira, um imenso engano. E
que tudo o que lhes fez sofrer e tudo o que lhes fará sofrer, é simplesmente uma
porta que se abre para o Eterno Presente, a indescritível Presença e Ausência a que
Bidi chamou Parabrahman.

Quaisquer que sejam as perguntas que possam ter, porque neste momento muitos
irmãos e irmãs que viveram Agapè estão passando por períodos de sofrimento e de
dificuldade nos seus corpos, nas suas vidas, mas também devido ao lugar onde se
encontram no mundo – claro que falo muito para os ocidentais, na Europa, na
França, mas também noutras partes do mundo, porque o que digo é traduzido – mas
compreenderão a interpenetração e a interligação de Toda a Vida na Terra.

Parafraseando o que foi dito: "Quando a asa de uma borboleta se parte, o universo
inteiro estremece". E o que se passa hoje em certas partes do mundo, e que já
começou com a guerra dos últimos dois anos, vai acentuar-se e afetar, eu diria,
todos os países, o que se chama guerra mundial, com as suas preocupações, o seu
barulho, as suas penúrias.
Mas quando descobrirem a Verdade sobre tudo isto – e vocês descobrirão –
especialmente aqueles que ainda estão em grande sofrimento ou em grande pânico
ou em grande medo, sorrirão de tudo isto, e vocês também, no momento do seu
último suspiro, talvez, no momento do apogeu desta guerra que se desenha,
sorrirão do que são e compreenderão finalmente a imensa farsa da Criação.

Nós lhes dissemos que o tempo e o espaço não existem, nós lhes dissemos que as
próprias dimensões são apenas parte de um sonho, que todos os universos e
multiversos são um sonho de criação, ou se preferirem, uma espécie de simulação,
mas não há nada de real nisso. Como disse Bidi e como eu lhes disse: "Tudo o que
acontece e tudo o que passa não pode ser verdadeiro". Só aquilo que é anterior à
forma, anterior ao Amor, anterior à Luz, anterior ao tempo e ao espaço, é o Real e a
Verdade.

Nós já falamos muitas vezes sobre o Estado Natural ou o Real, e é isso que vocês
serão levados a viver nos próximos dias e semanas. E lembrem-se também que a
melhor maneira de aliviar os medos, os sofrimentos e as ilusões é serem vocês
mesmos, sem pedir nada, porque nesse momento vão ser, não apenas portadores ou
semeadores de Luz, como a terminologia que usávamos há muitos anos atrás, mas
vão ser aqueles que asseguram a continuidade e a propagação do Despertar para a
Verdade.

Lembrem-se que, primeiramente, vocês não têm que fazer nada e, em segundo
lugar, vocês não poderão fazer nada, apenas sejam vocês mesmos, apenas estejam
neste Estado Natural, apenas estejam neste Silêncio. E descobrirão, para além do
inaceitável, que lhes permitiu atravessar certas resistências, que hoje, aceitar o
inexorável, o inevitável, faz com que descubram ainda mais o que são
verdadeiramente, e faz com que isso brilhe e apareça face a este pesadelo.

Deixem todos os que lutam, todos os que sofrem, e quando digo para "deixa-los" não
quero dizer abandoná-los, quero dizer "sejam vocês mesmos", porque é assim que
os podem ajudar melhor. Claro que, por vezes, é preciso estender a mão, claro que,
por vezes, ainda é preciso ter esse reflexo de humanidade.

Mas vocês constatarão que na humildade mais perfeita, na humildade mais total, já
não há necessidade de humanidade, já não há necessidade de estender a mão, já não
há necessidade de simpatizar, mas simplesmente, sendo o que são, trazem o
bálsamo que desperta o outro do seu pesadelo, do seu sofrimento, do seu medo, do
seu pânico e, finalmente, isso é qualquer coisa, sejam quais forem as lágrimas e os
soluços, seja o que for que lhes pareça ainda extremamente contrário à Luz, que é
apenas a revelação da Luz.

Vocês podem, como eu disse em certas ocasiões, abençoar e agradecer aos maus
rapazes que permitiram que este sonho terminasse num pesadelo. O pesadelo é o
que lhes desperta, porque já não podem viver no pesadelo, porque já não podem
projetar-se no pesadelo, porque já não podem ter esperança. E lembro-me de
Bernard de Montreal dizer que a esperança é o pior veneno para o ser humano,
porque o impede de estar no Instante Presente. E você não terá outra alternativa
senão estar no Instante Presente.

Todas as necessidades vitais, todas as necessidades da pessoa, só podem extinguir–


se diante dessa Verdade indizível, a partir do momento em que vocês aceitam e
acolhem o Silêncio e a Realidade que vocês São. As circunstâncias que já se
desenrolam há muitos meses e que estão, como eu disse, destinadas a desenvolver–
se, demonstram-lhes a verdade do que eu disse.

Não se trata aqui de se projetar em seis meses, um ano, seja o que for. O importante
é compreenderem que não estão ligados ao tempo, compreenderem que não estão
ligados ao espaço, compreenderem que não são nenhuma das histórias que
viveram, nem mesmo nenhum dos karmas que ainda possam imaginar. Você é
independente de tudo isso. E este é o momento desta grande revelação que está se
abrindo para vocês no que eu chamaria de período mais sombrio da humanidade,
que eu diria que é muito semelhante a cada fim de ciclo, mas, como eu tenho dito
por muitos anos, este ciclo é o último.

Vocês compreenderão que mesmo a noção de ciclo, quando deixam para trás o
tempo, o espaço e a forma, já não faz qualquer sentido. É risível, é a fraude total da
espiritualidade, a fraude total do bem e do mal, há apenas o Silêncio, há apenas
aquilo que vocês São e que não conhece nem o tempo, nem o espaço, nem o
nascimento, nem a morte.

É, portanto, um grande choque, é muito mais do que o choque da humanidade, é


muito mais do que o desenrolar que o Arcanjo Anael anunciou para vocês, há
muitos e muitos anos. Eu lembro que o marcador de tempo nesta Terra, para a
Verdade indizível que vocês são, foi o início da Terceira Guerra Mundial, assim
chamada, que duraria muito pouco tempo antes dos fenômenos da visibilidade de
Nibiru para todos, e também o mecanismo que foi chamado em seu tempo "a
estase" dos três dias e três noites.

Tudo isso pode irromper no palco do mundo a qualquer momento a partir de agora,
sempre com esse intervalo de sete dias. Ninguém sabe a data, mas o que se vê, em
vocês e à sua volta, só pode fazer com que aceitem que o momento chegou, que não
há mais demora, que não pode haver mais retrocesso, por assim dizer.

O cenário acelera-se cada vez mais, quer queiram quer não. Vocês podem vê-lo na
sua própria vida, podem vê-lo nos seus diversos assuntos e, sobretudo, podem vê-lo
a nível escatológico, a nível das religiões, a nível do que se passa naquilo a que vocês
chamam – nós chamamos – o Médio Oriente, entre as histórias de Cristo, do
Anticristo, do Mahdi e daquilo a que os hebreus chamam o Masha. Tudo isso é
apenas o fim do mito da história, tudo isto é apenas uma cena de teatro que é
construída na sua cena mais exaltada, é o nó da história, mas também não está longe
do cenário e do roteiro final.

É isto que vocês são chamados a viver, e eu sei que muitos de vós, qualquer que seja
o seu estado vibratório, qualquer que seja o seu estado de saúde, se assim posso
dizer, qualquer que seja o seu estado mental, suspeitam em alguma parte de si
mesmos, mesmo que ainda não o queiram aceitar completamente, que juntos
estamos vivendo o fim do mito da criação.

Claro que, mais uma vez, não procurem uma data, mais uma vez, vivam o que têm
de viver em cada dia, mas vocês vão constatar, com cada vez mais desapego, quer
queiram quer não. Porque a certa altura, e você sabe disso, quando o sofrimento é
demasiado grande, quando o medo o faz descer ao nível mais baixo, ou o
sofrimento, ou a raiva, não importa, a certa altura, já não pode mais assumir
literalmente o sofrimento, a raiva, o medo ou o mundo.

E é nesse momento, nas profundezas da queda, nas profundezas do sofrimento de


qualquer tipo, que se descobrirá a si próprio e verá que tudo isto não passa de uma
cena de pesadelo e que o que você é jamais pode ser alterado por qualquer coisa na
história da criação. É então que perceberão, e repito mais uma vez, que nem o
tempo nem o espaço existem, que as dimensões são algo que vocês escreveram
dentro de vocês mesmos, é o seu roteiro, e é o mesmo para cada um de nós, onde
quer que estejamos neste momento.

Já não é o tempo das núpcias, já não é o tempo da reunificação do que quer que seja,
é o tempo da Verdade Integral e Total que não se compromete com a ilusão da
história, com o sonho da criação, com o sonho do tempo, com o sonho do espaço,
com o sonho da individualidade da forma.

Não há mais involução do que evolução, não há mais ciclos do que a próxima raça-
raiz. As mães geneticistas e os povos do mar deram-lhes mensagens extremamente
poderosas há dois ou três anos, ou mesmo há quatro anos.

Muitas coisas foram ditas por diferentes vozes, mas hoje a maior aprendizagem e o
maior ensinamento ocorrem no que vocês veem no palco do mundo através deste
caos, que alguns procuram e geram, mas o caos não é apenas para renovar uma
ordem, seja ela qual for, seja ela a ordem da era de Aquário, seja a nova ordem
mundial, como dizem os fantoches, mas sim para restaurar vocês mesmos, para
lembrar quem vocês são além do Ser e além do Não-Ser, como diria Bidi.

E todas as circunstâncias que vão atravessar a partir de agora têm a mesma


finalidade: restaurá-los ao que realmente são. E compreenderão, como já lhes
dissemos, que foram vocês que escreveram o seu próprio roteiro, que não há acaso
na Inteligência da Luz e na sua própria inteligência. Sabem que a Terra é o nó de
todas as histórias da criação; ela é verdadeiramente o Centro da Criação. E se hoje
vocês estão num corpo, é porque têm um papel muito importante a desempenhar,
que é o de despertar completamente deste pesadelo, aceitando o inexorável, o
inescapável e o inevitável.

Porque daí sairá uma grande Paz e, sobretudo, você se reconhecerá como aquele
que nunca nasceu, como aquele que nunca sofreu, e verá a criação pelo que ela é:
um sonho. E verá o pesadelo do fim da criação, não como um pesadelo, mas como
uma resolução do sonho, quer queira quer não, quaisquer que sejam os seus sonhos
de um futuro ou de uma melhoria de qualquer coisa, ou de um outro mundo, ou de
uma outra terra, ou da intervenção da Confederação Intergaláctica dos Mundos
Livres, que também pertencem ao sonho.

Tudo isto está prestes de chegar a você, esteja lúcido, esteja presente a si mesmo,
esteja em aceitação incondicional do que está acontecendo com este corpo ilusório,
com a sua vida ilusória no palco ilusório. Porque, como lhes dissemos, a maior
chave é a aceitação, mas hoje devem aceitar, não apenas o inaceitável, mas aceitar
este inexorável, que foi escrito, e foram vocês que o escreveram. Não há aqui
nenhuma questão de responsabilidade ou causalidade, mas simplesmente de
autorreconhecimento.

Você é o criador do sonho, de todos os sonhos, você atravessou todas as dimensões,


todos os sonhos, todos os tempos, todos os espaços. Esta é a oportunidade única e
final, prevista para todos e por todos, de se reconhecerem como sempre foram,
mesmo antes do aparecimento da Fonte, mesmo antes do aparecimento do primeiro
clarão de Luz.

Tudo isto vai ser compreendido, não com o cérebro, não com o coração, mas vai ser
vivido de forma intensa, total e completa. Claro que não estou a dizer que será
síncrono para todos, isso só acontecerá no momento do choque final para a
humanidade, mas o que posso dizer é que, a partir de amanhã, 28 de outubro,
entrarão nesse tempo na sua totalidade, não há volta a dar, não há sequer a
possibilidade de carregar no pause ou no rewind (botão de retrocesso). O vídeo
cassete, o videogame como diria Abba, o palco do teatro como diria Bidi, chega ao
fim, e tudo não passou de um cenário. O teatro, como diria Bidi, nunca existiu, é
tudo um sonho, só temos de o viver em pleno.

Então esta é uma mensagem que está cheia de esperança que entrego a vocês, é
precisamente porque anuncio este caos total que esta mensagem é de esperança, ela
põe fim à esperança e põe fim à própria esperança. Esta mensagem de esperança
destina-se ao Instante Presente, onde não há outra coisa senão o Instante Presente,
onde não há outra coisa senão o grande Silêncio, o Tempo Zero, aquilo a que
chamámos o Coração do Coração, todo o resto desaparecerá. E nesse momento, se
assim posso dizer, sereis regenerados à Verdade para além do Ser e do Não-Ser.
Lembrem-se, e estas serão talvez as minhas últimas palavras, as minhas últimas
frases desta noite, que vocês não têm de fazer nada, que só têm de estar onde estão,
de aceitar o que são, de compreender que tudo o que ainda hoje os afeta, seja uma
dor no corpo, uma recordação, uma situação no corpo ou com a sua família, com o
seu marido, com a sua mulher, com o mundo, não representa absolutamente nada
comparado com o que vocês SÃO verdadeiramente.

Vocês são imensamente grandes e imensamente pequenos, e nenhum conceito pode


aproximar-se disso. Parabrahman não pode ser definido, só pode ser vivido, e essa
vivência, como ele disse, é a compreensão do mito da criação, da fraude da
consciência e da impostura da espiritualidade na sua totalidade. Nunca houve
ninguém e é chegado o tempo de compreender isto, de o viver diretamente.

Era isto que queria dizer-lhes esta noite e espero, se o tempo o permitir, voltar a vê-
los em dezembro, talvez para uma última mensagem.

Se não, envio-lhes mais uma vez todo o meu Amor e todas as minhas Bênçãos. Não
aguardem nada, não esperem nada, não temam nada, estejam totalmente presentes
a vocês mesmos, estejam nessa postura que Bidi chamou de observador silencioso
ou testemunha, aquele que está lúcido, mas que nada pode voltar a afetar. Seja qual
for o estado do seu corpo, seja o que for que lhe aconteça individualmente na sua
cidade, no seu país ou em toda esta Terra, já não importa, mas estejam presentes a
si mesmos na sua vida, neste sonho, neste pesadelo, até ao fim.

Eu lhes transmito todo o meu Amor, todas as minhas Bênçãos, e tenham a certeza
de que estamos o mais perto possível de vocês, para viver em nosso plano
exatamente a mesma resolução, o mesmo choque galáctico e intergaláctico da
resolução dos universos, dos multiversos no instante chamado Tempo Zero, o Alfa e
o Ômega que finalmente se reúnem na mesma Alegria e na mesma Lucidez.

Eu lhes transmito todo o meu Amor e digo–lhes: Até breve!

Au Revoir.

_______
Áudio Original:
apotheose.live/blog/2023/10/27/o–m–aivanhov–vendredi–27–octobre–2023/
Transcrição do áudio: Equipe Agapè
Tradução: Marina Marino
leiturasfinaisdaluz.blogspot.com/

Você também pode gostar