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Aula 00
Aula 0 - Demonstrativa
Legislação Previdenciária
Legislação Previdenciária
Lei n. 8.213/91.
Benefícios Decorrentes de Acidentes do Trabalho.
Decreto n. 3.048/99.
Prestações Previdenciárias. Carência.
SUMÁRIO
1. Introdução e Roteiro de Aula ......................................................................................... 3
3.12. Salário-Família........................................................................................................................ 53
Nesta minha trajetória de concursos públicos, fui aprovado e nomeado para os seguintes cargos:
Após todos esses anos de convivência ao lado de alunos e grandes amigos concursandos e
concursandas, aprovados(as) nos mais diversos concursos públicos por todo o país, pude somar
experiências pessoais e agregá-las às experiências compartilhadas pelos demais colegas. E são estes
ensinamentos que buscarei transmitir-lhes durante nosso curso.
Mais do que ensinar o mapa da mina de Direito Previdenciário, buscarei utilizar minha experiência
como Coach do Estratégia Concursos e auxiliá-los na organização e metodologia dos estudos.
Buscaremos, juntos, alcançar sua aprovação em concursos públicos, com foco não apenas naquilo
que deve ser feito, mas t
O curso será dividido em 7 módulos (aula 00 + 6 aulas), sendo 6 módulos de teoria com exercícios
comentados de provas anteriores e 1 módulo com um simulado, cobrindo os pontos cobrados no
edital, conforme segue:
Aula Assunto
3 Acumulação de benefícios.
6 Simulado
✓ Desligue o celular.
✓ Saia da internet.
✓ Iluminação adequada.
A maneira mais eficaz e eficiente para ser aprovado em concursos públicos passa, necessariamente,
por algumas etapas relacionadas com seu planejamento estratégico de preparação. O presente
material tentará ajuda-lo na caminhada por cada uma destas etapas, buscando levá-lo rapidamente
à aprovação.
• Captação da informação;
• Aprofundamento do conhecimento;
• Memorização;
• Fixação.
A captação da informação ocorre através do estudo do conteúdo teórico, onde podemos obter o
conhecimento dos assuntos cobrados em prova de forma geral e contextualizada.
A fixação ocorrerá com a resolução de exercícios de provas anteriores e simulados com questões
inéditas. Cada questão será cuidadosamente comentada pelo professor, permitindo ao aluno
conhecer como a matéria é cobrada, qual o entendimento da banca, além de treinar a resolução e
fixar os conceitos estudados. T - consolidar, ainda mais,
os conceitos básicos da disciplina.
3.1. INTRODUÇÃO
SERVIÇOS: são as prestações previdenciárias sem conteúdo pecuniário, ou seja, não são
pagas, mas prestadas em favor dos beneficiários (segurados e dependentes)
ESPÉCIES DE
PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
BENEFÍCIOS SERVIÇOS
4 APOSENTADORIAS
BENEFÍCIOS
3 AUXÍLIOS
2 SALÁRIOS
REGRA “4-3-2-1”
1 PENSÃO
- AUXÍLIO DOENÇA
3 AUXÍLIOS - AUXÍLIO ACIDENTE
- AUXÍLIO RECLUSÃO (PARA DEPENDENTES)
- SALÁRIO FAMÍLIA
2 SALÁRIOS - SALÁRIO MATERNIDADE
SERVIÇOS
REABILITAÇÃO SERVIÇO
PROFISSIONAL SOCIAL
PRESTAÇÕES DOS
SEGURADOS
8 BENEFÍCIOS 2 SERVIÇOS
PRESTAÇÕES DOS
DEPENDENTES
2 BENEFÍCIOS 2 SERVIÇOS
DIREITOS DOS
DEPENDENTES
BENEFÍCIOS SERVIÇOS
1. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI 2014). A lei que dispõe sobre o regime geral da previdência
social prevê como prestações expressas em benefícios e serviços, devidas apenas aos
dependentes dos segurados,
b) salário-família e auxílio-reclusão.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 18, II e III da Lei 8.213/91.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: (...)
II - quanto ao dependente:
b) auxílio-reclusão;
b) serviço social;
c) reabilitação profissional
(Destaques Nossos).
b) salário-família e auxílio-reclusão.
Essa é a alternativa correta, pois ambas são devidas apenas aos dependentes.
Incorreta. Ambos os benefícios foram revogados. O pecúlio está com a revogação especificada na
legislação transcrita acima. O abono de permanência em serviço era exclusivo do segurado, mas foi
excluído do rol de benefícios do RGPS.
Gabarito: D.
2. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união estável,
integram o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite receber pensão por
morte ou auxílio-reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
As classes de dependentes são definidas em três, e apenas os dependentes da Classe I são
considerados como financeiramente dependentes. Companheiros precisam comprovar união
estável para serem considerados como dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei
8.213/91. Sobre quais benefícios esses dependentes terão direito, poderemos consultar o art. 18 da
Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: [...]
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
(Destaques nossos)
Gabarito: CERTO.
COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 18 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:
RESPOSTA: D
3.5.1. Conceito
A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida
ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado permanentemente
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência,
e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
TOTAL
DA CAPACIDADE PARA
PERDA O TRABALHO
PERMANENTE
3.5.2. Beneficiários
TODOS OS
SEGURADOS
A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência
Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier
por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das
condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou
administrativamente.
• será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
• será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
4. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região 2013). Julgue o item seguinte, relativo aos
benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse
enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido
posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o
direito de obter a aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão que demanda um pouquinho mais de tempo na hora da prova para analisarmos
a situação-problema. Para respondê-la vamos consultar o Art. 42 da Lei 8.213/91 que diz quais são
as normas vigentes para a aposentadoria por invalidez:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer
nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade
mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se
acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social
não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de
progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
(Destaques Nossos).
Sendo assim, uma vez que não houve agravamento ou progressão da doença, podemos concluir que
a assertiva está correta (não adianta fazer o seguro depois).
Gabarito: CERTO.
3.6.1. Conceito
A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida na Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher,
conforme disposto no art. 201, § 7º, inciso II da CF/88.
Art. 201. (...)
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as
seguintes condições:
I (...)
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o
limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
Como disposto na CF/88, tais limites serão reduzidos para 60 (sessenta) e 55 (cinquenta e cinco)
anos de idade no caso de trabalhadores rurais, pescadores artesanais e garimpeiros,
respectivamente homens e mulheres, abaixo relacionados:
• Empregado rural;
• Trabalhador que presta serviço de natureza rural, em caráter eventual, a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego;
• Trabalhador avulso rural;
• Segurado especial;
• Garimpeiro que trabalhe, comprovadamente, em regime de economia familiar.
A aposentadoria por idade pode ser requerida compulsoriamente pela empresa, desde que o
segurado tenha cumprido a carência, quando completar 70 anos de idade, se homem, ou 65 anos
anos de idade, se mulher (aposentadoria compulsória).
A empresa, por sua vez, não é obrigada a requerer a aposentadoria do segurado nas idades
mencionadas.
Assim sendo, podemos concluir que tal aposentadoria será compulsória para o segurado, mas não é
compulsória para a empresa.
65 ANOS
(HOMEM)
COMPLETAR
A REGRA GERAL
IDADE
60 ANOS
(MULHER)
PRODUTOR RURAL
60 ANOS
(HOMEM)
EXCEÇÃO PESCADOR ARTESANAL
70 ANOS
(HOMEM) • REQUERIDA PELA EMPRESA
COMPULSÓRIA •
65 ANOS TENHA CUMPRIDO CARÊNCIA
(MULHER)
3.6.2. Beneficiários
TODOS OS
SEGURADOS
É assegurada a concessão de aposentadoria por idade, ao segurado com deficiência, com as idades
mínimas a seguir:
Além das idades acima mencionadas, o segurado com deficiência, para poder se aposentar por
idade, deverá comprovar o cumprimento concomitante dos seguintes requisitos :
Para o reconhecimento do direito à aposentadoria por idade nestas condições, considera-se pessoa
com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha
reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de
deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa com
deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o
benefício.
Todos os segurados considerados pessoas com deficiência, mediante perícia própria do INSS,
poderão se beneficiar da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência.
Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência é assegurada a conversão do período
de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, cumprido na condição de pessoa com deficiência, exclusivamente para efeito de cálculo do
valor da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência. Ou seja, é
possível converter tempo trabalhado em condições que dariam direito a aposentadoria especial (que
será estudada mais adiante) para aproveitar no cálculo do valor da aposentadoria por idade da
pessoa com deficiência. No entanto, não se poderá aproveitar o tempo convertido para reduzir a
carência (quantidade mínima de prestações mensais já recolhidas para poder usufruir dos benefícios
previdenciários), que, neste caso, é de 180 contribuições mensais.
É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie de
aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.
A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia
própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.
Obs: Aplicam-se à pessoa com deficiência as demais normas relativas aos benefícios do RGPS.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
60 ANOS
(HOMEM)
COMPLETAR
A REGRA
IDADE
55 ANOS
(MULHER)
FÍSICA
CONCEITO
AQUELA QUE TEM MENTAL
IMPEDIMENTOS
PESSOA COM INTELECTUAL
DE LONGO PRAZO
DEFICIÊNCIA
DE NATUREZA: SENSORIAL
COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 48 da Lei 8.213/91, conforme segue:
A A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei,
Tomando por base o texto legal citado, podemos afirmar que a única alternativa que atende ao
enunciado é a ALTERNATIVA C.
Tais limites de idade serão reduzidos para 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher, no caso de
trabalhadores rurais, desde que comprovem o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo
igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.
GABARITO: C
3.7.1. Conceito
A aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que tiver cumprido a carência
exigida e completar os tempos de contribuição abaixo mencionados:
Constituição Federal
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as
seguintes condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; (Incluído dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II - (...)
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor
que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio.
(Destaques nossos)
Atualmente, no RGPS, não se exige idade mínima para a concessão de aposentadoria por tempo de
contribuição. Ou seja, pelas regras atuais, uma vez implementadas as condições, poderá o segurado
aposentar por tempo de contribuição, independentemente de sua idade.
35 ANOS
(HOMEM)
COMPLETAR
O TEMPO DE REGRA GERAL
CONTRIBUIÇÃO
30 ANOS
(MULHER)
Para professores que comprovarem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, a aposentadoria por tempo de
contribuição será reduzida em 5 anos, passando a ser de 30 anos de contribuição para professor e
25 anos de contribuição para professora.
Atenção: Não confundir a redução do tempo de contribuição dos professores para aposentadoria
por tempo de contribuição com a redução de idade na aposentadoria por idade. Os professores não
terão redução na aposentadoria por idade, mas tão somente terão redução na aposentadoria por
tempo de contribuição. Ademais, apenas professores da educação infantil, ensino fundamental e
médio é que terão tal redução. Professor universitário, por exemplo, não têm qualquer redução em
seu tempo de contribuição.
Também tem decidido o STF que, para efeito de aposentadoria, não é possível conversão de tempo
de magistério em tempo de exercício comum. Ou seja, se o professor não tiver tempo exclusivo de
magistério que permita sua aposentadoria com a redução de 5 anos, os anos de contribuição na
condição de professor serão contados sem nenhum acréscimo.
30 ANOS
PROFESSORES
(HOMEM)
EXCEÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO INFANTIL 25 ANOS
ENSINO MÉDIO
-5 ANOS (MULHER)
3.7.2. Beneficiários
Todos os segurados têm direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição. No entanto, temos que
ressalvar situações específicas do segurado especial, contribuinte individual e segurado facultativo,
conforme segue:
• Contribuinte Individual: não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição quando
trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, caso tenha
optado por contribuir com alíquota de 11% sobre o salário mínimo.
• Micro Empreendedor Individual (MEI): este contribuinte individual não terá direito a
aposentadoria por tempo de contribuição quando caso tenha optado por contribuir com
alíquota de 5% sobre o salário mínimo.
• Segurado Facultativo: não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição caso tenha
optado por contribuir com alíquota de 11% ou 5% sobre o salário mínimo.
TODOS OS
SEGURADOS
Segurado Especial: somente terá direito a aposentadoria por tempo de
contribuição se contribuir , facultativamente e adicionalmente com alíquota de
20% sobre seu salário de contribuição.
I - aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se
homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;
II - aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se
homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada;
III - aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se
homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.
O grau de deficiência será atestado por perícia própria do INSS, por meio de instrumentos
desenvolvidos para este fim.
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha
reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de
deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa com
deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o
benefício.
Todos os segurados com deficiência têm direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição da
pessoa com deficiência . No entanto, temos que ressalvar situações específicas do segurado especial,
contribuinte individual e segurado facultativo, conforme segue:
• Micro Empreendedor Individual (MEI): este contribuinte individual não terá direito a
aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência quando caso tenha
optado por contribuir com alíquota de 5% sobre o salário mínimo.
• Segurado Facultativo: não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa
com deficiência caso tenha optado por contribuir com alíquota de 11% ou 5% sobre o salário
mínimo.
A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia
própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.
A existência de deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar 142/2013 deverá ser
certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo obrigatória a
fixação da data provável do início da deficiência.
Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau de
deficiência alterado, o tempo de contribuição será proporcionalmente ajustado e os respectivos
períodos serão somados após conversão, considerando o grau de deficiência preponderante,
conforme as tabelas constantes no Regulamento da Previdência Social RPS.
Considera-se grau de deficiência preponderante aquele em que o segurado cumpriu maior tempo
de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo
necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a
conversão.
A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada, no
mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relativos a
atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, para
efeito de aposentadoria especial (obs: o conceito de aposentadoria especial será estudada ainda
nesta aula).
É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de concessão
da aposentadoria especial.
É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie de
aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
3.8.1. Conceito
A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado
empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual (no caso do contribuinte individual
somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção), que tenha
trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
o trabalho permanente,
o agentes químicos,
o agentes físicos,
o agentes biológicos ou
Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem
intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente
nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, ou seja, aquele em que o
segurado, no exercício de todas as suas funções, esteve efetivamente exposto a agentes nocivos
físicos, químicos e biológicos ou associação de agentes.
NÃO INTERMITENTE: algo que não sofre interrupções. Logo, para efeito de aposentadoria
especial, não poderá haver interrupção na exposição aos referidos agentes nocivos
previstos na legislação.
NÃO OCASIONAL: quando não ocorra eventualmente. Assim sendo, a exposição aos
referidos agentes nocivos não poderá ocorre eventualmente (ocasionalmente).
Desta forma, trabalho não ocasional nem intermitente é aquele em que na jornada de trabalho não
houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com exposição aos agentes nocivos, ou
seja, não foi exercida de forma alternada, entre atividade comum e atividade especial com exposição
a agentes nocivos.
Obs: A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença
normativa não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais.
APOSENTADORIA ESPECIAL
3.8.2. Beneficiários
• segurado empregado;
• trabalhador avulso; e
• contribuinte individual, exclusivamente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho
ou cooperativa de produção.
APOSENTADORIA ESPECIAL
SEGURADO EMPREGADO
TRABALHADOR AVULSO
SEGURADO COOPERADO
Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas nas quais
a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de trabalho esteja
acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou esteja caracterizada
segundo os critérios da avaliação qualitativa.
Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais
prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido
para a aposentadoria especial, os respectivos períodos de exercício serão somados após conversão,
devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento. No entanto,
não serão considerados os períodos em que a atividade exercida não estava sujeita a condições
especiais.
A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à
saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta
do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048/99.
O STJ tem entendimento de que a classificação dos agentes nocivos constantes dos decretos
regulamentadores (Regulamento da Previdência Social RPS, por exemplo) são meramente
exemplificativos, cabendo o enquadramento inclusive em situações não previstas, desde que fique
demonstrado a efetiva exposição a fatores de risco. Como exemplo podemos citar a exposição do
segurado à A ista nos decretos
regulamentadores, tal atividade exposta ao agente pode ser considerada especial.
Outrossim, o STJ também tem entendimento de que o fato da empresa fornecer ao segurado
equipamento de proteção individual EPI, não afasta, por si só, o direito à aposentadoria especial,
devendo ser apreciado caso a caso.
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições
ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
No entanto, a constatação da presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a
ser apurada na forma da legislação previdenciária, de agentes nocivos reconhecidamente
cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho, será suficiente, por si só, para a
comprovação de efetiva exposição do trabalhador, pois, neste caso, não há nível seguro de
exposição a ser apurada.
A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes
no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de
efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na
legislação.
ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho,
sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável.
O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfil
profissiográfico, podendo inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com
a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de
Estado da Previdência Social.
Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV do Regulamento
da Previdência Social - RPS, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.
A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-
á de acordo com a tabela prevista no Regulamento da Previdência Social RPS.
Apesar de existir previsão legal para a conversão do tempo de atividade especial em tempo de
atividade comum, não é possível converter o tempo de atividade comum em especial, uma vez que,
para requerer aposentadoria especial, é obrigatório que todo o tempo da atividade seja especial.
Obs: A legislação previdenciária não exige idade mínima para a concessão de aposentadoria especial.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
3.9.1. Conceito
O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado temporariamente para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual, por motivo de doença ou acidente.
Apesar do benefício ser denominado auxílio-doença, ele será devido quando o segurado estiver
temporariamente incapacitado para o trabalho por motivo tanto de doença, como decorrente de
acidente, relacionado ou não com o trabalho (não precisa ser acidente do trabalho). No entanto, se
a incapacidade for permanente, o auxílio-doença será convertido em aposentadoria por invalidez.
Se a invalidez for constatada de imediato, o segurado será aposentado diretamente por invalidez,
sem necessidade de receber previamente auxílio-doença.
O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento
da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade e
enquanto ele permanecer incapaz.
Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias contados da
cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos quinze
primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias
trabalhados, se for o caso.
AUXÍLIO DOENÇA
DOENÇA
INCAPACIDADE
TEMPORÁRIA
ACIDENTE
AUXÍLIO DOENÇA
ACIDENTÁRIO
REGRA
DURANTE OS PRIMEIROS 15 DIAS DE
AFASTAMENTO CONSECUTIVO DA ATIVIDADE
AUXÍLIO POR MOTIVO DE DOENÇA, OU DE ACIDENTE DO
DOENÇA TRABALHO OU DE QUALQUER NATUREZA,
CABERÁ À EMPRESA PAGAR AO SEGURADO
EMPREGADO O SALÁRIO INTEGRAL .
3.9.2. Beneficiários
AUXÍLIO DOENÇA
TODOS OS
SEGURADOS
INDEVIDO
O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena
de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo
de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente,
exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio
competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades
e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os
segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada,
termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica
para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua
coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de
Saúde (SUS).
O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta
subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade.
No entanto, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa
daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades
exercidas.
O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social
será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia
médica ser conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiver exercendo. Neste caso, o
auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado,
considerando-se para efeito de carência somente as contribuições relativas a essa atividade.
Ademais, se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o
afastamento de todas.
do prazo de duração, o benefício cessará após cento e vinte dias, contado da data de concessão ou
de reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o INSS,
na forma do regulamento.
Quando insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, o segurado afastado em gozo de
auxílio doença deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade. Neste caso, o auxílio-doença será mantido até que o segurado seja considerado
reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado
não recuperável, seja aposentado por invalidez.
No entanto, quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente
para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua
transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender às
demais atividades.
A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o
período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor do benefício e a importância garantida
pela licença remunerada.
A previdência social deve processar de ofício o benefício, quando tiver ciência da incapacidade do
segurado sem que este tenha requerido auxílio-doença.
O STJ tem entendimento que o auxílio-doença é devido ao segurado mesmo que seja considerado
parcialmente incapaz para o trabalho, desde que suscetível de reabilitação profissional para o
exercícios de outras atividades laborais.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
OBRIGAÇÃO
3.10.1. Conceito
O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas definitivas que
impliquem:
• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para
o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente; ou
Para ter direito ao auxílio-acidente não é necessário que seja acidente do trabalho. A lei refere-se a
acidente de qualquer natureza.
No entanto, não basta a ocorrência do acidente de qualquer natureza para que o benefício de
auxílio-acidente seja concedido. Faz-se necessário a ocorrência das circunstâncias a seguir:
Obs: O ANEXO III do Regulamento da Previdência Social RPS, aprovado pelo Decreto
3.048/99, traz uma lista de situações que dão direito ao auxílio-acidente .
AUXÍLIO ACIDENTE
PRÉ-REQUISITOS
QUALQUER
NATUREZA ACIDENTE
OCORRIDO UM COM REDUÇÃO
CONSOLIDAÇÃO PARCIAL DA
ACIDENTE
QUALQUER DAS LESÕES CAPACIDADE
CAUSA SEQUELAS LABORATIVA
DEFINITIVAS
ACIDENTE DE
TRABALHO OU NÃO
CONSTATADO ISSO, CESSA O AUXÍLIO DOENÇA E INICIA O
AUXÍLIO ACIDENTE, COM RETORNO AO TRABALHO
3.10.2. Beneficiários
• Empregado;
• Empregado doméstico;
• Trabalhador avulso; e
• Segurado especial
Na hipótese de o trabalhador ter exercido, durante sua vida profissional, diversas atividades,
enquadrando-se em diferentes categorias de segurado, para fins de concessão do auxílio-acidente,
considerar-se-á a atividade exercida na data do acidente.
Assim, para que o benefício seja concedido é necessário que, na data do acidente, o trabalhador
esteja exercendo alguma atividade que o enquadre como:
• Empregado;
• Empregado doméstico;
• Trabalhador avulso; e
• Segurado especial
AUXÍLIO ACIDENTE
SEGURADO EMPREGADO
EMPREGADO DOMÉSTICO
TRABALHADOR AVULSO
SEGURADO ESPECIAL
O auxílio acidente é recebido como uma indenização, a ser paga ao segurado quando do seu retorno
ao trabalho, como uma forma de compensação pelo esforço adicional que deverá fazer por trabalhar
com redução de sua capacidade laborativa. Enquanto o trabalhador estiver afastado, recebe auxílio-
doença. O auxílio acidente é devido a partir do retorno ao trabalho.
Para fazer jus ao auxílio-acidente é necessária a confirmação, pala perícia médica do INSS, da efetiva
redução da capacidade laborativa do segurado, em decorrência de acidente de qualquer natureza.
Consequentemente, se não houver redução da capacidade para o trabalho, o auxílio acidente não
deverá ser concedido.
O STJ tem entendimento de que para fazer jus ao auxílio-acidente, não basta apenas a comprovação
do dado à saúde do segurado, mas é necessário que se mostre configurado o comprometimento de
sua capacidade laborativa. Vejamos abaixo julgado neste sentido:
1. Esta Corte Superior de Justiça, no julgamento do REsp 1.108.298/SC, submetido ao rito dos recursos
repetitivos, firmou entendimento segundo o qual "o auxílio-acidente visa indenizar e compensar o segurado que
não possui plena capacidade de trabalho em razão do acidente sofrido, não bastando, portanto, apenas a
comprovação de um dano à saúde do segurado, quando o comprometimento da sua capacidade laborativa não
se mostre configurado".
2. Hipótese em que a Corte a quo examinou a fundamentação à luz do trabalho pericial que, diferentemente do
aduzido pelo agravante, concluiu pela ausência de qualquer restrição para o trabalho, considerando para tanto
o grau extremamente leve da moléstia.
(...)
(STJ, AgRg no AREsp 215287 / SP, Rel. Min. DIVA MALERBI, 2ª Turma, DJe 18/12/2012).
(STJ, REsp 1109591 / SC, Rel. Min. CELSO LIMONGI, 3ª SEÇÃO, DJe 08/09/2010).
Abaixo, relaciono situações que, nos termos do Regulamento da Previdência Social - RPS, não darão
ensejo ao benefício de auxílio-acidente:
• Caso que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão
na capacidade laborativa; e
Assim sendo, para que a perda da audição, em qualquer grau, dê direito à concessão de auxílio-
acidente, é obrigatório que se cumpram, cumulativamente, os requisitos abaixo:
Ou seja, não será devido o auxílio acidente, em caso de redução ou perda da audição, se não houver
nexo causal entre o trabalho e a perda auditiva ou, ainda que existente nexo causal, a perda da
audição não provocar a redução ou perda da capacidade laborativa.
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto de mais de um auxílio-
acidente. Desta forma, se o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-
acidente, decorrente de um outro acidente que acarretou novas sequelas com perda parcial da
capacidade para o trabalho, será mantido apenas um auxílio-acidente, de valor mais vantajoso entre
os dois.
No caso de reabertura de auxílio-doença pelo mesmo acidente que tenha dado origem a auxílio-
acidente, este (o auxílio-acidente) será suspenso até a cessação do auxílio-doença reaberto, quando
será reativado o respectivo auxílio-acidente. No entanto, se o auxílio-doença for decorrente de
doença ou acidente diverso daquele que deu origem ao auxílio-acidente concedido, é perfeitamente
possível acumular o auxílio-acidente com o auxílio-doença (apenas quando decorrentes de causas
diversas).
acidente e auxílio-doença oriundos de uma mesma lesão, ex vi do disposto nos arts. 59 e 60 combinados com o
art. 86, § 2º, todos da Lei n. 8.213/1991. 2. Agravo regimental improvido.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
REGRA 1
REGRA 2
REGRA 3
3.11.1. Conceito
Seguem abaixo breves comentários introdutórios e conceituais acerca das circunstâncias que são
consideradas fatos geradores de salário-maternidade. Em seguida, iremos aprofundar o estudo
deste benefício previdenciário com mais informações:
A partir da 23ª semana de gestação, mesmo que natimorto, será considerado parto e dará
direito a 120 dias de salário-maternidade.
Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos 120 (cento e vinte dias)
previstos na legislação.
SALÁRIO MATERNIDADE
NO INÍCIO NO FINAL
ABORTO DO DO
NÃO CRIMINOSO 2 SEMANAS PERÍODO PERÍODO
NO INÍCIO E FINAL
ADOÇÃO DO PERÍODO
3.11.2. Beneficiários
No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, são beneficiários do salário-
maternidade:
Exemplo: Irineu é casado com Adelaide, sendo ambos segurados empregados do RGPS.
Caso Adelaide venha a falecer durante o parto e o bebê sobreviva, Irineu (por também
ser segurado), terá direito ao recebimento do salário maternidade por 120 dias. Caso o
bebê também venha a falecer ou seja abandonado por Irineu, o benefício de salário-
maternidade não será pago.
SALÁRIO MATERNIDADE
Para a comprovação das compensações acima mencionadas, a empresa deverá conservar durante
10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela
fiscalização previdenciária.
Também será paga diretamente pela Previdência Social para os segurados empregado doméstico,
trabalhador avulso, segurado especial, contribuinte individual e segurado facultativo em relação a
todos os fatos geradores do benefício de salário-maternidade.
O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de que é
para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro.
Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único
salário-maternidade relativo à criança de menor idade. No entanto, no caso de empregos
concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego.
Se a empregada gestante tiver seu contrato de trabalho extinto sem justa causa ou em razão do
encerramento do prazo de vigência inicialmente firmado entre empregador e empregado ou no caso
de contrato de trabalho com prazo determinado que tenha se encerrado pelo decurso do prazo pré-
estipulado entre as partes, o benefício será pago diretamente pela empresa, em forma de
indenização, quando a segurada estiver grávida na data do encerramento do contrato de trabalho.
Assim sendo, não caberá ao INSS a responsabilidade por tal pagamento.
A segurada que estiver desempregada ou que cessar suas contribuições por qualquer razão, bem
como a segurada especial, terão direito ao salário-maternidade desde que o parto, aborto não
criminoso ou adoção (eventos geradores do benefício) ocorram dentro do prazo de manutenção da
qualidade de segurada, conforme regras que serão estudadas em capítulo próprio em nosso curso.
Entretanto, se a perda da qualidade de segurado vier a ocorrer no período de 28 (vinte e oito) dias
anteriores ao parto, ainda assim será devido o salário-maternidade.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
REGRA 1
REGRA 2
REGRA 3
REGRA 4
REGRA 5
REGRA 6
REGRA 7
REGRA 8
ADOÇÃO
PREVIDÊNCIA SOCIAL PAGA DIRETAMENTE
GUARDA JUDICIAL PARA TODOS OS TIPOS DE SEGURADOS
PARA FINS
DE ADOÇÃO
O SALÁRIO MATERNIDADE NÃO PODE SER ACUMULADO COM BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE
3.12. SALÁRIO-FAMÍLIA
3.12.1. Conceito
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao
segurado trabalhador avulso, desde que sejam considerados segurados de baixa renda, ou seja, que
tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a R$ 1.319,18 (valor válido para 2018), na proporção
do respectivo número de filhos ou equiparados, de qualquer condição, até 14 anos de idade ou
inválidos de qualquer idade.
Equiparam-se aos filhos, nos termos do art. 16, §3º do RPS, mediante declaração escrita do
segurado, comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e
desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação.
A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame
médico-pericial a cargo da previdência social.
O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos
ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, terão direito
ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria.
SALÁRIO FAMÍLIA
3.12.2. Beneficiários
• ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 (sessenta) anos, se do sexo masculino, ou
55 (cinquenta e cinco) anos, se do sexo feminino, pela Previdência Social, juntamente com a
aposentadoria; e
• aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos sessenta e cinco anos de
idade, se do sexo masculino, ou sessenta anos, se do sexo feminino, pela Previdência Social,
juntamente com a aposentadoria.
• R$ 31,71 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 877,67 e igual ou menor a
R$ 1.319,18.
Os valores mencionados são corrigidos nas mesmas datas e pelos mesmos índices de correção dos
demais benefícios do RGPS.
Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta de
comprovação da frequência escolar e o seu reativamento, salvo se provada a frequência escolar
regular no período.
A comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela
escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, onde consta o registro de freqüência
regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e
frequência escolar do aluno.
As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente,
junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições. Por
se tratar de um benefício previdenciário, o encargo financeiro deverá recair sobre a Previdência
Social. Desta forma, embora pago pela empresa ou pelo empregador doméstico, trata-se apenas de
uma antecipação compensável, que será reembolsado quando do recolhimento das contribuições
da empresa ou empregador doméstico, abatendo das respectivas contribuições devidas.
Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família será pago juntamente com o último
pagamento relativo ao mês.
O salário-família devido ao trabalhador avulso não portuário poderá ser recebido pelo sindicato de
classe respectivo, que se incumbirá de elaborar as folhas correspondentes e de distribuí-lo.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao
salário-família.
Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente
caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a
cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse
sentido.
A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a
prática, pelo empregado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza a
empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra,
conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na
falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas
indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, devidamente atualizadas.
O empregado deve dar quitação à empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra de cada
recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida,
de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.
O valor do salário-família, por não substituir a remuneração mensal do segurado, poderá ter valor
inferior ao salário mínimo.
As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
REGRA 1
SALÁRIO
PARA O SEGURADO EMPREGADO É PAGO PELA EMPRESA.
FAMÍLIA
REGRA 2
SALÁRIO PARA O EMPREGADO DOMÉSTICO, PELO EMPREGADOR
FAMÍLIA DOMÉSTICO.
REGRA 3
SALÁRIO PARA O TRABALHADOR AVULSO É PAGO PELO SINDICATO OU
FAMÍLIA OGMO.
REGRA 4
SALÁRIO AOS APOSENTADOS, É PAGO PELO INSS JUNTO COM A
FAMÍLIA APOSENTADORIA.
REGRA 5
REGRA 6
3.13.1. Conceito
Trata-se a pensão por morte de um benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado
nos seguintes casos:
• Morte do Segurado;
3.13.2. Beneficiários
São beneficiários da pensão por morte os dependentes de todas as espécies de segurados do Regime
Geral de Previdência Social - RGPS
DEPENDENTES
DE TODOS OS
SEGURADOS
A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado
ou não e, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais.
Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentação
de termo de tutela.
No ato de inscrição, o dependente menor de vinte e um anos deverá apresentar declaração de não
emancipação, ou seja, de que não é emancipado.
No caso de enteado e menor sob tutela, a inscrição será feita mediante a comprovação da
equiparação por documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção, da
dependência econômica e da declaração de que não tenha sido emancipado.
Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime
de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado.
O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira atuais
do segurado, e somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova
de dependência econômica. Assim sendo, podemos constatar que, apesar do cônjuge, em regra, não
precisar comprovar dependência econômica, excepcionalmente deverá comprovar essa
dependência quando se tratar de cônjuge ausente, assim entendido aquele se, apesar de não
separado judicialmente, afasta-se do convívio conjugal por longo período.
Súmula 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
Se o segurado instituidor do benefício e/ou seu companheiro ou companheira forem casados com
terceiros, ainda assim poderá ser concedida pensão por morte a este companheiro(a) dependente,
desde que comprovada a separação de fato ou judicial com os respectivos cônjuges e a vida em
comum com o companheiro(a).
O dependente menor de idade que se invalidar antes de completar vinte e um anos deverá ser
submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota se confirmada a invalidez.
Será concedida pensão provisória por morte presumida nos seguintes casos:
Nas situações de morte presumida, a cada seis meses o recebedor do benefício deverá apresentar
documento da autoridade competente, contendo informações acerca do andamento do processo
de declaração de ausência, até que seja apresentada a certidão de óbito.
Não se aplica o prazo decadencial de 10 anos para a garantia de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício ao pensionista menor,
incapaz ou ausente, na forma da lei.
A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da
emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada,
pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado.
O pensionista inválido está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do
benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação
profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico
e a transfusão de sangue, que são facultativos.
Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda da
qualidade de segurado salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria segundo
a legislação em vigor à época da implementação das condições para se aposentar.
Obs: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.
REGRA 1
REGRA 2
REGRA 3
3.14.1. Conceito
O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do
segurado recolhido à prisão, em regime fechado ou semi-aberto, que não receber remuneração da
empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em
serviço, desde que seja considerado segurado de baixa renda, ou seja, que tenha salário-de-
contribuição inferior ou igual a R$ 1.319,18 (valor válido para 2018).
3.14.2. Beneficiários
Como vimos, segurado de baixa renda é aquele que tenha salário-de-contribuição inferior ou igual a
R$ 1.319,18 (valor válido para 2018).
(RE 587365, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/03/2009,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO. DJe-084 DIVULG 07-05-2009 PUBLIC 08-05-2009 EMENT VOL-
02359-08 PP-01536)
AUXÍLIO RECLUSÃO
DEPENDENTES
DE TODOS OS
SEGURADOS
DE BAIXA RENDA
• Seja segurado de baixa renda, ou seja, que tenha salário-de-contribuição inferior ou igual a
R$ 1.319,18 (valor válido para 2018).
Ao término da prisão provisória o auxílio-reclusão pago aos dependentes deverá ser cessado e, caso
nova prisão ocorra, ainda que em razão do mesmo evento causador da primeira privação de
liberdade, proceder-se-á à nova análise de dependência, qualidade de segurado e renda, em novo
requerimento de auxílio-reclusão.
Não cabe a concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que esteja em livramento
condicional ou que cumpra pena em regime aberto.
A privação da liberdade será comprovada por documento, emitido pela autoridade competente,
comprovando o recolhimento do segurado à prisão e o regime de reclusão.
Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos certidão do despacho de
internação e o documento atestando seu efetivo recolhimento a órgão subordinado ao Juiz da
Infância e da Juventude.
que mantido o regime semiaberto ou a prisão domiciliar, sendo o regime previsto fechado ou
semiaberto.
No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido
a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado.
Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a
verificação da perda ou não da qualidade de segurado.
Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo pago será
automaticamente convertido em pensão por morte. Não havendo concessão de auxílio-reclusão, em
razão de salário-de-contribuição superior a R$ 1.319,18 (valor válido para 2018), será devida pensão
por morte aos dependentes se o óbito do segurado tiver ocorrido até doze meses após o livramento,
pois estará mantida sua qualidade de segurado por este período, independentemente de qualquer
contribuição para o RGPS.
O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de auxílio-
reclusão a partir da data do seu nascimento.
AUXÍLIO RECLUSÃO
SEGURADO SE CONTINUAR
REGIME PRISIONAL
RECOLHIDO FECHADO RECEBENDO A
À PRISÃO REMUNERAÇÃO
QUE RECEBIA,
NÃO RECEBE
REGIME PRISIONAL
APENAS PARA SEGURADO
SEMI-ABERTO AUXÍLIO
DE BAIXA RENDA RECLUSÃO
REGRA 1
REGRA 2
3.15.1. Conceito
A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário
incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios
para a educação, reeducação, adaptação e readaptação profissional e social indicados para
participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive.
SEGURADOS
RECUPERAR A INCAPACITADOS
CAPACIDADE TOTAL OU
LABORATIVA DOS PARCIALMENTE
BENEFICIÁRIOS PARA O TRABALHO
DEPENDENTES
DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL
VISA A REINSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
3.15.2. Beneficiários
Cabe ao INSS promover a prestação de que trata este artigo aos segurados, inclusive aposentados,
e, de acordo com as possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições locais do
órgão, aos seus dependentes, preferencialmente mediante a contratação de serviços especializados.
No caso das pessoas portadoras de deficiência, a concessão dos recursos materiais mencionados no
parágrafo anterior ficará condicionada à celebração de convênio de cooperação técnico-financeira.
O Instituto Nacional do Seguro Social não reembolsará as despesas realizadas com a aquisição de
órtese ou prótese e outros recursos materiais não prescritos ou não autorizados por suas unidades
de reabilitação profissional.
Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos contratos, acordos
ou convênios, pautar-se no regulamento daquelas organizações.
Cabe à previdência social a articulação com a comunidade, com vistas ao levantamento da oferta do
mercado de trabalho, ao direcionamento da programação profissional e à possibilidade de
reingresso do reabilitando no mercado formal.
A empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com
beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
3.16.1. Conceito
O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficiário orientação
e apoio no que concerne à solução dos problemas pessoais e familiares e à melhoria da sua inter-
relação com a previdência social, para a solução de questões referentes a benefícios, bem como,
quando necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade.
Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de
exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que
emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na
dinâmica da sociedade.
SERVIÇO SOCIAL
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
ORIENTAÇÃO PESSOAIS E FAMILIARES
PRESTAR
ESCLARECIMENTOS
E AUXÍLIO AOS
BENEFICIÁRIOS SEUS DIREITOS E MEIOS
APOIO DE PLEITEÁ-LOS JUNTO
À PREVIDÊNCIA SOCIAL
3.16.2. Beneficiários
Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial
aos aposentados e pensionistas.
Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica, assistência
de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social,
inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos.
4.1. CONCEITO
Para o segurado especial, considera-se período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de
atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão
do benefício requerido.
• para o contribuinte individual e facultativo, inclusive o segurado especial que contribui com
contribuição complementar de 20% sobre o salário de contribuição por ele declarado, da
mesma forma que o facultativo, da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição
sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso
referentes a competências anteriores.
• Para o segurado especial que não contribui com contribuição complementar de 20% sobre o
salário de contribuição por ele declarado, da mesma forma que o facultativo, o período de
carência é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação
feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem
contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e
mencionar as datas de início e término.
Nem todos os períodos considerados pela legislação previdenciária como tempo de contribuição irão
contar para como tempo de carência. Assim sendo, segue alguns exemplos de períodos que, apesar
de contarem como tempo de contribuição, não são computados para efeito de carência:
O STJ decidiu ser possível considerar o período em que o segurado esteve em gozo de benefício por
incapacidade (auxílio doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que
intercalados com períodos contributivos, conforme segue:
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. VIOLAÇÃO DO ART.
535 DO CPC. CÔMPUTO DO TEMPO DE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE COMO PERÍODO DE
CARÊNCIA. POSSIBILIDADE, DESDE QUE INTERCALADO COM PERÍODO DE EFETIVO TRABALHO.
POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO. EFEITOS
ERGA OMNES LIMITADOS À COMPETÊNCIA TERRITORIAL DO ÓRGÃO PROLATOR.
1. Ação civil pública que tem como objetivo obrigar o INSS a computar, como período de carência, o
tempo em que os segurados estão no gozo de benefício por incapacidade (auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez).
2. O acórdão recorrido julgou a lide de modo fundamentado e coerente, não tendo incorrido em
nenhum vício que desse ensejo aos embargos de declaração e, por conseguinte, à violação do art.
535 do Código de Processo Civil.
3. É possível considerar o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por incapacidade
(auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que intercalados com
períodos contributivos.
6. Prevalece nesta Corte o entendimento de que a sentença civil fará coisa julgada erga omnes nos
limites da competência territorial do órgão prolator, nos termos do art. 16 da Lei n. 7.347/85,
alterado pela Lei n. 9.494/97.
7. O valor da multa cominatória fixada pelas instâncias ordinárias somente pode ser revisado em
sede de recurso especial se irrisório ou exorbitante, hipóteses não contempladas no caso em análise.
COMENTÁRIOS:
Esta já uma questão mais elaborada e que exige o conhecimento do candidato sobre a Jurisprudência
(não se esqueça, candidato que, depois de estudar as leis, estuda também a jurisprudência é
candidato diferenciado). Bom, conforme solicitado pelo examinador, vejamos o que o STF tem a nos
dizer sobre o assunto:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. CÔMPUTO DO TEMPO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA PARA FINS DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral
reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos
em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade
laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica,
inclusive, para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes:
ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE
824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3.
Agravo regimental não provido.
(STF ARE 746835 AgR/RS Relator Ministro DIAS TOFFOLI Primeira Turma Julgamento em 19.08.2014
Publicação em 07.10.2014)
A assertiva nos traz exatamente o que é dito pelo STF, portanto assertiva correta.
Gabarito: CERTO.
4.2.1. Carência
A concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença dependem do
cumprimento da carência de 12 contribuições mensais.
• segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social,
atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,
deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam
tratamento particularizado.
OBSERVAÇÃO: Até que seja elaborada a lista de doenças e afecções mencionada acima,
independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez
ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças::
tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave,
neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado
da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida
(aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
Em casos de acidente, a legislação previdenciária afirma que a dispensa da carência será concedida
para acidentes decorrentes de qualquer natureza ou causa, independentemente de tratar-se ou
não de acidente de trabalho. Assim sendo, até mesmo uma lesão sofrida por segurado durante uma
partida de futebol com os amigos no final de semana, se resultar em perda ou redução permanente
ou temporária da capacidade laborativa, é motivo para concessão do benefício, independente do
cumprimento de qualquer carência.
Para o segurado especial, como já estudado, a contagem da carência não é efetuada com base no
número de contribuições mensais recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade
rural pelo período equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício
requerido. Assim sendo, para ter direito a aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, basta o
segurado especial comprovar 12 meses de efetivo exercício na respectiva atividade agropecuária ou
pesqueira (exceto nos casos em que a carência é dispensada).
EM REGRA 12 CONTRIBUIÇÕES
7. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região 2014). De acordo com a Lei nº 8.213/91, em
regra, a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta dias.
COMENTÁRIOS:
Existem dois tipos de auxílio-doença: o auxilio doença acidentário e o auxílio-doença comum. No
caso de acidente de qualquer natureza ou causa, o segurado pode receber o auxílio-doença
acidentário independentemente de qualquer carência. Na questão, o examinador refere-se ao
de 12 meses.
Portanto podemos concluir que a assertiva verdadeira é a B, as outras estão erradas, inclusive para
os dois gêneros de auxílio-doença apresentados. Vejamos a legislação pertinente ao assunto:
Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais;
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Gabarito: B.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).
Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir, o que torna a
assertiva incorreta.
Gabarito: ERRADO.
9. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE 2017). No item a seguir, é apresentada uma
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício
previdenciário e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma
empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego,
Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa
situação, Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não
ter cumprido o tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).
Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, quando em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir. Portanto,
assertiva incorreta.
Gabarito: ERRADO.
10. (CESPE - Técnico do Seguro Social 2016). Com base no disposto na Lei n.º 8.213/1991,
que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências, julgue o item
seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos novamente recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(Destaques Nossos).
Podemos concluir que, em regra, existe uma carência de 12 meses para receber o auxílio-doença.
Deixar de ter carência para este benefício é a exceção. Assim sendo, podemos concluir que a
assertiva está correta.
Gabarito: CERTO.
11. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN 2015). Julgue o item a seguir, relativo à
seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o segurado ficar
incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos devido a alguma doença
profissional ou a um acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos aos art. 26 da Lei 8.213/91, que aborda os benefícios que
são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).
Especificamente sobre os 15 dias mencionados na questão, vamos recorrer ao Art. 59 da mesma lei
referida acima.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
15 (quinze) dias consecutivos.
(Destaques Nossos).
Dessa forma podemos concluir que a assertiva é verdadeira.
Gabarito: CERTO.
4.3.1. Carência
A concessão dos benefícios de aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição
e aposentadoria especial dependem do cumprimento da carência de 180 contribuições mensais.
No entanto, para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem
como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das
aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e aposentadoria especial obedecerão uma
regra de transição, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições
necessárias à obtenção do benefício, conforme segue:
Para o segurado especial, como já estudado, a contagem da carência não é efetuada com base no
número de contribuições mensais recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade
rural pelo período equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício
requerido. Assim sendo, para ter direito a aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de
contribuição e aposentadoria especial, basta o segurado especial comprovar 180 meses de efetivo
exercício na respectiva atividade agropecuária ou pesqueira (exceto se sujeito à regra de transição,
em que o período de carência será menor).
CARÊNCIA PASSOU DE
60 PARA 180 CONTRIBUIÇÕES
(REGRA DE TRANSIÇÃO – ART. 142 DA LEI 8.213/91)
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
(Destaque Nosso).
Dessa maneira podemos ver que a alternativa correta é a A, ou seja, aposentadoria por idade,
aposentadoria por tempo de serviço (tempo de contribuição) e aposentadoria especial exigem, no
mínimo, 180 contribuições mensais.
Obs: Devemos lembrar que atualmente a aposentadoria por tempo de serviço foi substituída por
aposentadoria por tempo de contribuição.
Gabarito: A.
13. (FCC - Auditor - TCE-CE 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos segurados e
seus dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre eles a carência
relacionada à quantidade mínima de contribuições, que nos casos de aposentadoria por
invalidez comum e aposentadoria por idade, para filiados após a edição da referida lei, são
correta e respectivamente de:
a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
Podemos notar que existem 3 possibilidades de carência (10, 12 e 180 contribuições mensais), o que
já descarta algumas das alternativas. O examinador questiona sobre a carência por invalidez
ções mensais.
Lembrando que em caso de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como incapacidade
decorrente de doença profissional ou do trabalho e doenças graves previstas na legislação, esse
tempo de carência para aposentadoria por invalidez será dispensado, conforme podemos ver no
Art.26 da Lei 8.213/91:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(...)
4.4.1. Carência
Assim sendo, se o parto de uma segurada facultativa ou contribuinte individual for antecipado em 3
meses, a carência será reduzida de 10 contribuições mensais para 7 contribuições mensais.
No entanto, se o parto de uma segurada especial for antecipado em 3 meses, a carência será
reduzida de 10 meses de atividade rural para 7 meses de atividade rural.
SALÁRIO MATERNIDADE
EMPREGADA
TRABALHADORA AVULSA “SEM CARÊNCIA”
EMPREGADA DOMÉSTICA
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
SEGURADA FACULTATIVA
10 CONTRIBUIÇÕES
14. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE 2017). A respeito da carência e da condição
de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).
15. (CESPE - Defensor Público Federal 2015) (Questão Adaptada). Acerca da carência, dos
períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada avulsa
prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:
(Destaques Nossos).
“SEM CARÊNCIA”
AUXÍLIO-ACIDENTE
SALÁRIO FAMÍLIA
AUXÍLIO RECLUSÃO
“SEM CARÊNCIA”
“SEM CARÊNCIA”
Como já estudado, também independem de carência os seguintes benefícios, nas condições abaixo
especificadas:
16. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ 2015). O período de carência visa a
garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no
sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em relação aos benefícios de aposentadoria
especial, aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de
contribuições mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos ao art. 26 da Lei 8.213/91, que assim dispõe:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional
VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).
Assim, podemos concluir que para a aposentadoria especial, a carência são 180 meses, já para a
aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, ambos são independentes de carência.
Gabarito: A.
COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver nos artigos 24 e 26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios precisam de um
determinado período de carência para poderem ser solicitados pelo segurado, já outros são
dispensados de carência.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário
faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
(...)
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente
(...)
(Destaque Nosso).
18. (CESPE Analista SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e previdenciária
brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do período de
carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios são independentes de carência
para poderem ser solicitados pelo segurado, é o caso do auxílio-acidente:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
(...)
(Destaques Nossos).
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5. RESUMO DA AULA
✓ Benefícios Previdenciários:
o 4 Aposentadorias:
▪ Aposentadoria por invalidez
▪ Aposentadoria por idade
▪ Aposent. Por tempo de contribuição
▪ Aposentadoria especial
o 3 auxílios:
▪ Auxílio doença
▪ Auxílio acidente
▪ Auxílio reclusão (para dependentes)
o 2 salários:
▪ Salário família
▪ Salário maternidade
o 1 pensão:
▪ Pensão por morte
• 33 anos (homem)
• 28 anos (mulher)
o Carência: 180 contribuições:
✓ Aposentadoria Especial:
o Trabalhar exposto a agentes físicos, químicos ou biológicos;
o Prejudicial à saúde;
o Prejudicial à integridade física;
o Durante 15, 25 ou 25 anos.
✓ Auxílio-Doença:
o Incapacidade temporária para o trabalho, por motivo de doença ou acidente;
o Carência:
▪ 12 contribuições
▪ Sem carência:
• Incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou
causa;
• Doença profissional ou do trabalho;
• Segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma
das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos
Ministérios
o Carência: 180 contribuições:
✓ Auxílio-Acidente:
o Após acorrer um acidente de qualquer natureza ou causa, quando há
consolidação das lesões com sequelas definitivas, com redução parcial da
capacidade laborativa;
o Sem carência
✓ Salário-Maternidade:
o Parto;
o Aborto não criminoso;
o Adoção;
✓ Salário-Família:
o Ter filho de até 14 anos (ou inválido de qualquer idade);
o Segurado de baixa renda
o Sem carência
✓ Auxílio Reclusão:
o Segurado recolhido à prisão;
o Regime prisional fechado ou semi-aberto
o Sem carência
Muito bem! Agora que terminamos o estudo do conteúdo e respectiva revisão da nossa aula 6,
recomendo que você refaça, preferencialmente no dia seguinte, a lista de exercícios desta aula, que
apresentamos a seguir.
Vale ressaltar que, neste momento do estudo, a resolução dos exercícios não tem apenas finalidade
de mensurar o seu conhecimento, mas de consolidar tal conhecimento, proporcionando maior
fixação de conteúdo, identificação de pontos não retidos durante o estudo e aprofundamento
teórico por meio dos comentários na resolução das questões.
Outrossim, não deixe de marcar todas as questões que errar ou tiver dúvidas, para repetição
oportuna da resolução. Ademais, estude os comentários contidos na resolução de cada questão com
o mesmo zelo que teve com o estudo inicial de conteúdo, inclusive fazendo anotações e marcações.
Lembre-se que o ponto mais importante da sua preparação está na revisão de conteúdo e na
resolução de exercícios. Assim sendo, não deixe de dar atenção máxima a tais ferramentas.
6. LISTA DE EXERCÍCIOS
1. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI 2014). A lei que dispõe sobre o regime geral da previdência
social prevê como prestações expressas em benefícios e serviços, devidas apenas aos
dependentes dos segurados,
a) aposentadoria especial e serviço social.
b) salário-família e auxílio-reclusão.
c) reabilitação profissional e salário-maternidade.
d) pensão por morte e auxílio-reclusão.
e) pecúlio e abono de permanência em serviço.
2. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união estável,
integram o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite receber pensão por
morte ou auxílio-reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado
4. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região 2013). Julgue o item seguinte, relativo aos
benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse
enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido
posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o
direito de obter a aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado
7. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região 2014). De acordo com a Lei nº 8.213/91, em
regra, a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
9. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE 2017). No item a seguir, é apresentada uma
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício
previdenciário e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma
empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego,
Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa
situação, Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não
ter cumprido o tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado
10. (CESPE - Técnico do Seguro Social 2016). Com base no disposto na Lei n.º 8.213/1991,
que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências, julgue o item
seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado
11. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN 2015). Julgue o item a seguir, relativo à
seguridade social e ao regime geral de previdência social.
13. (FCC - Auditor - TCE-CE 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos segurados e
seus dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre eles a carência
relacionada à quantidade mínima de contribuições, que nos casos de aposentadoria por
invalidez comum e aposentadoria por idade, para filiados após a edição da referida lei, são
correta e respectivamente de:
a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.
14. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE 2017). A respeito da carência e da condição
de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado
15. (CESPE - Defensor Público Federal 2015) (Questão Adaptada). Acerca da carência, dos
períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada avulsa
prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado
16. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ 2015). O período de carência visa a
garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no
sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em relação aos benefícios de aposentadoria
especial, aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de
contribuições mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.
18. (CESPE Analista SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e previdenciária
brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do período de
carência.
( ) Certo
( ) Errado
1. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI 2014). A lei que dispõe sobre o regime geral da previdência
social prevê como prestações expressas em benefícios e serviços, devidas apenas aos
dependentes dos segurados,
b) salário-família e auxílio-reclusão.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 18, II e III da Lei 8.213/91.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: (...)
II - quanto ao dependente:
b) auxílio-reclusão;
b) serviço social;
c) reabilitação profissional
(Destaques Nossos).
b) salário-família e auxílio-reclusão.
Essa é a alternativa correta, pois ambas são devidas apenas aos dependentes.
Incorreta. Ambos os benefícios foram revogados. O pecúlio está com a revogação especificada na
legislação transcrita acima. O abono de permanência em serviço era exclusivo do segurado, mas foi
excluído do rol de benefícios do RGPS.
Gabarito: D.
2. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho 2013). No que se refere às normas que regulamentam a
condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união estável, integram
o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite receber pensão por morte ou auxílio-
reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
As classes de dependentes são definidas em três, e apenas os dependentes da Classe I são
considerados como financeiramente dependentes. Companheiros precisam comprovar união
estável para serem considerados como dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei
8.213/91. Sobre quais benefícios esses dependentes terão direito, poderemos consultar o art. 18 da
Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: [...]
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
(Destaques nossos)
Gabarito: CERTO.
COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 18 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:
RESPOSTA: D
4. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região 2013). Julgue o item seguinte, relativo aos
benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse
enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido
posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o
direito de obter a aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão que demanda um pouquinho mais de tempo na hora da prova para analisarmos
a situação-problema. Para respondê-la vamos consultar o Art. 42 da Lei 8.213/91 que diz quais são
as normas vigentes para a aposentadoria por invalidez:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer
nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade
mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se
acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social
não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de
progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
(Destaques Nossos).
Sendo assim, uma vez que não houve agravamento ou progressão da doença, podemos concluir que
a assertiva está correta (não adianta fazer o seguro depois).
Gabarito: CERTO.
COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 48 da Lei 8.213/91, conforme segue:
A A mprida a carência exigida nesta Lei,
Tomando por base o texto legal citado, podemos afirmar que a única alternativa que atende ao
enunciado é a ALTERNATIVA C.
Tais limites de idade serão reduzidos para 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher, no caso de
trabalhadores rurais, desde que comprovem o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo
igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Esta já uma questão mais elaborada e que exige o conhecimento do candidato sobre a Jurisprudência
(não se esqueça, candidato que, depois de estudar as leis, estuda também a jurisprudência é
candidato diferenciado). Bom, conforme solicitado pelo examinador, vejamos o que o STF tem a nos
dizer sobre o assunto:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. CÔMPUTO DO TEMPO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA PARA FINS DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral
reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos
em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade
laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica,
inclusive, para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes:
ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE
824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3.
Agravo regimental não provido.
(STF ARE 746835 AgR/RS Relator Ministro DIAS TOFFOLI Primeira Turma Julgamento em 19.08.2014
Publicação em 07.10.2014)
A assertiva nos traz exatamente o que é dito pelo STF, portanto assertiva correta.
Gabarito: CERTO.
7. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região 2014). De acordo com a Lei nº 8.213/91, em regra,
a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta dias.
COMENTÁRIOS:
Existem dois tipos de auxílio-doença: o auxilio doença acidentário e o auxílio-doença comum. No
caso de acidente de qualquer natureza ou causa, o segurado pode receber o auxílio-doença
acidentário independentemente de qualquer carência. Na questão, o examinador refere-se ao
de 12 meses.
Portanto podemos concluir que a assertiva verdadeira é a B, as outras estão erradas, inclusive para
os dois gêneros de auxílio-doença apresentados. Vejamos a legislação pertinente ao assunto:
Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais;
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Gabarito: B.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).
Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir, o que torna a
assertiva incorreta.
Gabarito: ERRADO.
9. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE 2017). No item a seguir, é apresentada uma
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício previdenciário
e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma
empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego,
Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação,
Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não ter cumprido
o tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).
Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, quando em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir. Portanto,
assertiva incorreta.
Gabarito: ERRADO.
10. (CESPE - Técnico do Seguro Social 2016). Com base no disposto na Lei n.º 8.213/1991, que
trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências, julgue o item
seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos novamente recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).
(Destaques Nossos).
Podemos concluir que, em regra, existe uma carência de 12 meses para receber o auxílio-doença.
Deixar de ter carência para este benefício é a exceção. Assim sendo, podemos concluir que a
assertiva está correta.
Gabarito: CERTO.
11. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN 2015). Julgue o item a seguir, relativo à
seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o segurado ficar
incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos devido a alguma doença
profissional ou a um acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos aos art. 26 da Lei 8.213/91, que aborda os benefícios que
são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).
Especificamente sobre os 15 dias mencionados na questão, vamos recorrer ao Art. 59 da mesma lei
referida acima.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
15 (quinze) dias consecutivos.
(Destaques Nossos).
Dessa forma podemos concluir que a assertiva é verdadeira.
Gabarito: CERTO.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
(Destaque Nosso).
Dessa maneira podemos ver que a alternativa correta é a A, ou seja, aposentadoria por idade,
aposentadoria por tempo de serviço (tempo de contribuição) e aposentadoria especial exigem, no
mínimo, 180 contribuições mensais.
Obs: Devemos lembrar que atualmente a aposentadoria por tempo de serviço foi substituída por
aposentadoria por tempo de contribuição.
Gabarito: A.
13. (FCC - Auditor - TCE-CE 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos segurados e seus
dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre eles a carência relacionada à
quantidade mínima de contribuições, que nos casos de aposentadoria por invalidez comum e
aposentadoria por idade, para filiados após a edição da referida lei, são correta e respectivamente
de:
a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
(Destaques Nossos);
Podemos notar que existem 3 possibilidades de carência (10, 12 e 180 contribuições mensais), o que
já descarta algumas das alternativas. O examinador questiona sobre a carência por invalidez
Lembrando que em caso de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como incapacidade
decorrente de doença profissional ou do trabalho e doenças graves previstas na legislação, esse
tempo de carência para aposentadoria por invalidez será dispensado, conforme podemos ver no
Art.26 da Lei 8.213/91:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(...)
Gabarito: C.
14. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE 2017). A respeito da carência e da condição
de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).
Gabarito: CERTO.
15. (CESPE - Defensor Público Federal 2015) (Questão Adaptada). Acerca da carência, dos
períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada avulsa
prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.
(Destaques Nossos).
Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.
Gabarito: CERTO.
16. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ 2015). O período de carência visa a
garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no
sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em relação aos benefícios de aposentadoria
especial, aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de
contribuições mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos ao art. 26 da Lei 8.213/91, que assim dispõe:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional
Assim, podemos concluir que para a aposentadoria especial, a carência são 180 meses, já para a
aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, ambos são independentes de carência.
Gabarito: A.
COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver nos artigos 24 e 26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios precisam de um
determinado período de carência para poderem ser solicitados pelo segurado, já outros são
dispensados de carência.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário
faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
(...)
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente
(...)
(Destaque Nosso).
Gabarito: CERTO.
18. (CESPE Analista SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e previdenciária
brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do período de
carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios são independentes de carência
para poderem ser solicitados pelo segurado, é o caso do auxílio-acidente:
Gabarito: CERTO.
7. GABARITO GERAL
13 - C 14 - CERTO 15 – CERTO 16 – A
17 – CERTO 18 - CERTO
8. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
• 4 Aposentadorias:
o Aposentadoria por invalidez
o Aposentadoria por idade
o Aposent. Por tempo de contribuição
o Aposentadoria especial
• 3 auxílios:
o Auxílio doença
o Auxílio acidente
o Auxílio reclusão (para dependentes)
• 2 salários:
o Salário família
o Salário maternidade
• 1 pensão:
o Pensão por morte
• Auxílio reclusão e
• Pensão por Morte.
A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado,
trabalhador avulso e contribuinte individual (no caso do contribuinte individual somente quando
cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção), que tenha trabalhado durante quinze,
vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física.
o trabalho permanente,
o agentes químicos,
o agentes físicos,
o agentes biológicos ou
Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem
intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo
seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, ou seja, aquele em que o segurado, no
exercício de todas as suas funções, esteve efetivamente exposto a agentes nocivos físicos, químicos e
biológicos ou associação de agentes.
5. Qual é a diferença entre os fatos geradores da aposentadoria por idade e a aposentadoria por
tempo de contribuição?
A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida na Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
Tais limites serão reduzidos para 60 (sessenta) anos e 55 (cinquenta e cinco) anos no caso de
trabalhadores rurais, pescadores artesanais e garimpeiros, respectivamente homens e mulheres.
A aposentadoria por idade pode ser requerida compulsoriamente pela empresa, desde que o
segurado tenha cumprido a carência, quando completar 70 anos de idade, se homem, ou 65 anos,
se mulher.
Já a aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que tiver cumprido a carência
exigida e completar os tempos de contribuição de trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e
trinta anos de contribuição, se mulher.
Para professores que comprovarem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, a aposentadoria por tempo de
contribuição será reduzida em 5 anos, passando a ser de 30 anos de contribuição para professor e
25 anos de contribuição para professora.
O auxílio-acidente, por sua vez, será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas
definitivas que impliquem:
• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para
o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente; ou
No entanto, não basta a ocorrência do acidente de qualquer natureza para que o benefício de
auxílio-acidente seja concedido. Faz-se necessário a ocorrência das circunstâncias a seguir:
• Parto;
• Aborto não criminoso;
• Adoção;
• Guarda judicial para fins de adoção
Para ter direito ao auxílio doença, o segurado deverá cumprir as seguintes carências:
• Em regra:12 contribuições
• Sem carência:
o Incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa;
o Doença profissional ou do trabalho;
o Segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios
10. Qual é a carência exigida para se aposentar por idade, tempo de contribuição e aposentadoria
especial?
A concessão dos benefícios de aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição
e aposentadoria especial dependem do cumprimento da carência de 180 contribuições mensais.
Para o segurado especial a contagem da carência não é efetuada com base no número de
contribuições mensais recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade rural pelo
período equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido.
Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade
rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do
benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua.