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Thiago Adoniran Moraes Villela

A PIRATARIA, AS PRINCIPAIS LEIS E A ADAPTAÇÃO DA SOCIEDADE FRENTE


A ESTE PROBLEMA

Araçatuba

1
2022

A PIRATARIA, AS PRINCIPAIS LEIS E A ADAPTAÇÃO DA SOCIEDADE FRENTE


A ESTE PROBLEMA

Trabalho de conclusão de
curso para a obtenção de título de graduação em
direito apresentado a Universidade Paulista – UNIP

Orientador:

Araçatuba
2022
2
A PIRATARIA, AS PRINCIPAIS LEIS E A ADAPTAÇÃO DA SOCIEDADE FRENTE
A ESTE PROBLEMA

Trabalho de conclusão de
curso para a obtenção de título de graduação em
direito apresentado a Universidade Paulista – UNIP

Orientador:

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA
_________________/ /____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP
_________________/ /____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP
_________________/ /____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista UNIP

Araçatuba
2022
3
Resumo
O texto trazido demonstra como as leis brasileiras agem para impedir e punir
a pirataria em território nacional assim como as ações governamentais para impedir
o alastramento deste crime. Também demonstra os danos sociais que este tipo de
crime gera na sociedade, como perda de empregos lícitos e arrecadação. Há
também a apresentação das dificuldades de se defender desses produtos, como
nossas vastas fronteiras e a falta de contingente para defendê-las. Outro problema é
a quebra de direitos autorais e bens intelectuais, principalmente pela internet e como
as empresas lutam contra este problema. E por final, formas de se proteger os
brasileiros de aderirem a produtos piratas e consumirem os lícitos.

Palavras Chave: Pirataria; Lei; Direitos Autorais; Sociedade

Abstract
The text presented demonstrates how Brazilian laws act to prevent and punish
piracy in national territory as well as government actions to prevent the spread of this
crime. It also demonstrates the social damage that this type of crime generates in
society, such as loss of legal jobs and revenue. There is also the presentation of the
difficulties of defending against these products, such as our vast borders and the lack
of contingent to defend them. Another problem is the breach of copyright and
intellectual property, mainly over the internet and how companies fight this problem.
And finally, ways to protect Brazilians from adhering to pirated products and
consuming legal ones.

Key Words: Piracy; Law; Copyright; Society

4
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.................................................................................................6

2- REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................8

3- AS LEIS BRASILEIRAS CONTRA A PIRATARIA.......................................9

4- AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL CONTRA A PIRATARIA.......................11

5- DANOS DA PIRATARIA A SOCIEDADE......................................................13

6- A ROTA DA PIRATARIA...............................................................................16

7- PIRATARIA NA INTERNET...........................................................................18

8- POR QUE CONSUMIMOS PIRATARIA........................................................21

9- COMO PROTEGER O BRASIL DA PIRATARIA..........................................23

10- CONCLUSÃO................................................................................................27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................28

5
1- INTRODUÇÃO

Empresas que produzem produtos piratas, pirataria digital, marcas


piratas - termos usados hoje em dia com muita naturalidade, mas que não nos
remete nem de perto ao termo original que corresponde à navios cheios de homens
que cruzavam os Sete Mares em busca das naus mercantes para despojá-las de
sua preciosa carga e sequestrar VIPs da Era de Ouro da Pirataria.

Pessoas egoístas que apenas pensavam em riquezas e excessos; que


faziam congelar o sangue do mais valente marujo.

Bem, pelo menos Hollywood nos faz acreditar nisso, mas pelos livros
de história eles não fugiram muito à realidade contada; porém hoje temos um tipo de
pessoas que realizam outro tipo de pirataria, que também buscam o lucro, mas seus
alvos são empresas de produtos, artistas e governos, lhes negando o lucro e os
impostos. Agem na clandestinidade ofertando cópias de produtos e ou artigos
intelectuais sem pagar nada a seus criadores e não recolhendo absolutamente
nenhum imposto sobre seu produto.

A pirataria é um fato presente em todos os países. Na atualidade ela


pode ser definida como ato de copiar, reproduzir ou vender produtos alheios sem
respeitar o direito e a vontade dos criadores e donos originais, é uma prática muito
difundida e discutida ultimamente e tem incomodado muito a sociedade de forma
geral (Guimalhaes – 2006 – Pag.3).

Existem correntes que sujeitam o nascimento do direito de autor à


invenção da imprensa na Europa no século XV, criada por Gutemberg. Entretanto,
é sabido que muito antes da invenção da imprensa na Europa, a China e a Coréia
já contavam com técnicas de impressão e não se pode esquecer que já havia
noções de propriedade sobre os trabalhos intelectuais na antiguidade, sobretudo
na Roma Antiga [1].

Por tais motivos, parece certo afirmar que as bases do Direito de


Autor foram consagradas ainda na época das civilizações clássicas. Na Grécia e
na Roma Antigas, berços da civilização ocidental, surgiram grandes pensadores
que lançaram as bases de muitas ciências modernas, entre elas, o Direito [1].
6
O estranho em nossa sociedade atual é que, mesmo que todos
saibamos os problemas que a pirataria nos traz, ela é amplamente aceita em
nossas cidades; passamos por camelódromos e lojinhas abarrotadas de produtos
pirateados com completa naturalidade – essas áreas são autorizadas pelo Poder
Público, inclusive com expedição de alvará - sem dizer que consumimos sem a
menor cerimônia, mesmo sabendo que estamos prejudicando a empresa ou o
autor. Apenas aceitamos o produto e sem nenhum pudor o levamos para casa,
nosso local de trabalho, nosso lazer e até presenteamos os amigos.

O objetivo deste trabalho é demonstrar as armas legais contra a


pirataria, demostrar como esta prática lesa a sociedade e como a mesma está se
adaptando a ela, seja para a sua erradicação ou o seu incentivo.

7
2- REVISÃO DE LITERATURA

O desenvolvimento desse trabalho é caracterizado pelo levantamento


de diversos outros trabalhos e dados já publicados e tem como objetivo uma nova
luz sobre o assunto nele contido. Foram usados artigos, noticias, dados de site
governamentais, leis e livros para compor, de forma clara, as informações
relevantes sobre o tema.

8
3- AS LEIS BRASILEIRAS CONTRA A PIRATARIA

Devemos, antes de tudo, entender que pirataria é um crime no


ordenamento jurídico brasileiro e está tipificado no Código Penal.

A Constituição Federal prevê no seu artigo 5º, que todos tem direito
de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença.

Mas para preservar esses direitos que são arrefecidos pela pirataria
foram criadas leis de copyright, ou direitos autorais, que são:

Lei 9610/1998 – Esta lei contida no Código Civil contém 115 artigos em
oito títulos, trata em seu artigo 1º:

Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos
de autor e os que lhes são conexos. Já esclarecendo o que é direito autoral, o direito
dos autores, os direitos conexos e os sansões cíveis do descumprimento desta lei.

Lei 9456/1997 – Lei está também contida no Código Civil, com 56


artigos em quatro títulos, trata em seu 1º artigo:

Fica instituído o direito de Proteção de Cultivares, de acordo com o estabelecido


nesta Lei. As cultivares são protegidas pela Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997,
regulamentada pelo Decreto nº 2.366, de 5 de novembro de 1997, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que fica encarregado de efetuar os registros
por meio do Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC).

Tratou-se de grande inovação e instituiu-se o marco regulatório no


agronegócio brasileiro, pois a Lei de Proteção de Cultivares consolidou a proteção
da propriedade intelectual no setor de melhoramento vegetal com resultados
imediatos nas instituições de pesquisas agropecuárias e no setor produtivo de
sementes. Após análises e obedecidos os preceitos legais com a emissão do
Certificado de Proteção pelo SNPC fica reconhecida a propriedade intelectual das
novas cultivares e garante o direito da exclusividade aos melhoristas de plantas para
sua exploração comercial [3].

Lei 9609/1998 – Lei contida no Código Civil com 16 artigos, em seu 1º


artigo:

9
Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em
linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de
emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação,
dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital
ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.

Conhecida como Lei do Software, a Lei n.º 9.609/98 assegura ao


criador do software a mesma proteção da propriedade intelectual endossada aos
autores de obras literárias. O dispositivo versa sobre a proteção dos softwares,
sua comercialização e estipula direitos e deveres em relação ao uso. Dispõe
também quanto às infrações e penalidades aplicadas a quem fere a propriedade
intelectual anteriormente citada. [4]

Lei 10.695/2003 – Lei contida no Código Penal que alterou os artigos


184 e 186 do mesmo para maior eficácia contra os crimes de pirataria, o caput dos
artigos rege:

Art. 184: Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

Art. 186: Procede-se mediante:

I – queixa, nos crimes previstos no caput do art. 184;

II – ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§ 1o e 2o do art.


184;

III – ação penal pública incondicionada, nos crimes cometidos em desfavor de


entidades de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
mista ou fundação instituída pelo Poder Público;

IV – ação penal pública condicionada à representação, nos crimes previstos no §


3o do art. 184.” (NR)

Como todo o conteúdo do artigo 184 do Código Penal figura como


norma penal em branco, denota-se que a complementação legislativa é
proporcionada pela Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 que consolidou a
legislação sobre direitos autorais [5].

10
AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL CONTRA A PIRATARIA

Em 2004, com a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito da


Pirataria (CPI da Pirataria), constatou-se que por traz da prática da pirataria existiam
diversas organizações criminosas formando uma imensa rede de ilegalidade em
cada unidade da federação [6].

A CPI da Pirataria, em seu relatório final, sugeriu a criação de um


órgão público de inteligência para articulação e implantação de políticas públicas de
combate à pirataria e responsável pela formulação de um Plano Nacional de
Combate à Pirataria. Tal indicação sugeriria que este órgão público deveria contar,
também, com a colaboração de representantes da sociedade civil organizada de
diversos setores [6].

No dia 14 de outubro de 2004 foi criado o Conselho Nacional de


Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), tendo em
sua composição órgãos do poder público e entidades da sociedade civil
representadas por setores prejudicados com a pirataria no país.

O CNCP é uma entidade governamental composta por representantes


do poder público e privado, iniciativa pioneira no mundo no que tange à proteção da
Propriedade Intelectual.[6]

O CNCP tem como diretriz principal a elaboração e manutenção do


Plano Nacional de Combate à Pirataria visando a contenção da oferta, por meio de
medidas repressivas, e a contenção da demanda, por meio de medidas educativas e
econômicas.[6]

É certo que a pirataria tem conexão com outras práticas delituosas


como o crime organizado, a sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de
divisas, tanto que é denominado pela Interpol como “o delito do século” [6].

11
Os Ministérios da Economia e da Justiça e Segurança Pública firmaram
hoje (13 de abril de 2022), em Brasília, acordo de cooperação técnica para estimular
o combate à pirataria. Por meio da parceria, as duas pastas pretendem desenvolver
ações conjuntas na área. Celebrado durante a segunda reunião ordinária do
Conselho Nacional de Combate à Pirataria de 2022. As próximas etapas envolvem a
coordenação conjunta da execução do Plano Nacional de Combate à Pirataria
(PNCP) de 2022 a 2025 e do Plano de Ação 2021-2023 da Estratégia Nacional de
Propriedade Intelectual (Enpi). Os dois ministérios pretendem acompanhar o
cumprimento das metas para os projetos conjuntos [7].

Também estão previstas a troca de informações e o compartilhamento


de dados constante entre a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade,
do Ministério da Economia, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e a
Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça [7].

É digna de registro a campanha “Rede Antipirataria” criada pela C2L


para o Intellectual Property Office (IPO) do Reino Unido, em parceria com o governo
brasileiro e com órgãos como a Anvisa, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) e o
CNPC (Conselho Nacional de Combate à Pirataria), além do Ministério da Justiça
[8].

12
4- DANOS DA PIRATARIA A SOCIEDADE

Não é ignorado por ninguém que a pirataria gera danos de forma geral,
sabemos que produtos piratas geralmente são de menor qualidade se comparados
com os originais, uma vez que o original passa por processos de validação e de
fabricação muito minuciosos. E por outro lado, a empresa sempre estará em uma
posição pública em casos de falha grave de suas criações.

Um exemplo são os recalls que hora ou outra ocorre nas empresas


automobilísticas a até o caso da Samsung, em que uma linha de celulares
simplesmente explodia; a empresa teve que tomar medidas para evitar maiores
danos, como diz a reportagem:

Infelizmente, é preciso admitir que a Samsung pisou na bola na produção da bateria


do Galaxy Note 7. Ao redor do globo, inúmeros casos de aparelhos explodindo e
ferindo pessoas ou destruindo bens materiais como carros estão causando pânico
entre os consumidores. A empresa chegou a pedir um recall global do produto e até
companhias aéreas estão impedindo a entrada dos dispositivos em suas aeronaves.
Confira toda essa novela que já chegou a fazer as ações da empresa desvalorizarem
em mais de 7 bilhões de dólares [9].

Agora imagine isso com um produto pirata? Além da chance de


apresentar defeitos, não haverá ninguém para responder judicialmente, fora talvez o
vendedor, que na melhor das hipóteses poderá lhe restituir o dinheiro. Mas se o
produto lhe causar dano grave, dificilmente ele terá recursos para responder..

Claro que foi um exemplo o uso do celular, mas o que pode haver de
artigos piratas? Praticamente qualquer coisa como: reprodução de livros, válvulas de
automação de softwares de computador, cigarro, gravações de música e de filmes,
produtos farmacêuticos como o Viagra, camisetas de campanha educativas e de
times de futebol, autopeças (velas de ignição, bobinas e amortecedores),
cosméticos, peças de vestuário, canetas, informações contidas em computadores de
empresas de grande porte, cervejas, cateteres e instrumentos cirúrgicos, escovas
dentais, lâmpadas, baralhos, preservativos e, como não poderia faltar, até selos da
Receita Federal! É interminável a lista de produtos pirateados e pirateáveis [10].

13
Já foram encontrados remédios pirateados também. Como diz a nota
do governo:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta para o crescimento dos


casos de falsificação de medicamentos no Brasil. Em 2018 foram identificadas três
falsificações de medicamentos, em 2019 foram quatro e em 2020, até o momento, já
foram identificados oito casos. A Anvisa identificou que a maioria das falsificações
acontecem com medicamentos de alto custo. Ações de fiscalização mostram que as
quadrilhas estão se especializando nesses medicamentos, uma vez que possuem
uso mais restrito; portanto, poucos frascos podem render muito lucro e a falsificação
se torna de difícil percepção [11].

As falsificações detectadas recentemente mimetizam medicamentos


destinados a indicações terapêuticas críticas, como oncológicos, antivirais
destinados ao tratamento da hepatite C e medicamentos utilizados na terapia de
complicações do transplante de medula óssea [11].

E tem notícia dos materiais cirúrgicos piratas:

Cada produto pirata no setor de saúde pode resultar numa vida perdida. O cenário,
que já é grave na área de medicamentos, também é muito preocupante no setor de
produtos e insumos médicos. Atualmente, são registrados pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) cerca de quatro casos diários de pirataria no setor de saúde. Em
2007, foram conhecidos 1,5 mil novos casos de falsificação.[12]

Porém, por mais chocante que estes casos possam parecer, o que no
conhecimento popular parece ser pirataria banal, como livros, gravações de música
e de filmes, camisetas de campanha educativas e de times de futebol entre outros
considerados inofensivos, geram um dano social absurdo, apenas se nós
parássemos de assistir pirataria teria um impacto enorme:

O resultado desse consumo reflete em sanções penais, mas sobretudo causa


prejuízos severos de ordem econômica e social. De acordo com dados da Anatel, os
acessos ilegais à TV por assinatura, por exemplo, representam um prejuízo de R$
15,5 bilhões por ano e R$ 2 bilhões somente em impostos que deixam de ser
arrecadados. Quem assiste a um material pirateado pode não saber, mas está
contribuindo para escassez na oferta de trabalho. Pelo menos 150 mil novos

14
empregos poderiam ser gerados caso a pirataria deixasse de existir, segundo o
Ministério do Trabalho [12].

Ainda pior quando analisamos o dano como um todo:

O Brasil deixa de criar 2 milhões de empregos formais por ano e perde R$ 30 bilhões
em arrecadação por ano por causa da pirataria. A venda de produtos falsificados é
um problema mundial, que movimenta US$ 522 bilhões em todo o planeta, segundo
estimativa da Interpol. A pirataria alimenta uma cadeia de crime organizado, causa
evasão fiscal, prejudica a indústria nacional e a geração de empregos. [13]

Mas o mais assustador é a relação de produtos piratas e as


organizações criminosas no Brasil, estes usam de contrabando, principalmente de
cigarro, para sustentar suas atividades, como diz a reportagem da Gazeta do Povo:

Segundo a Polícia Federal, o contrabando de cigarros tem sido adotado como


negócio por facções criminosas que atuam no Brasil, como o Primeiro Comando da
Capital (PCC) e o Comando Vermelho, gerando uma margem de lucro superior à do
tráfico de drogas para esses grupos. Estudos internacionais mostram, ainda, que
esse tipo de contrabando pode ajudar a financiar organizações terroristas que atuam
na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina [13].

“Posso dizer que hoje o meio que permite maior lucro às facções criminosas é o
contrabando de cigarros. Mais do que drogas”, afirma o delegado da Polícia Federal
Luciano Flores de Lima, atual superintendente da PF no Paraná. “Isso leva também
ao aumento da corrupção de agentes públicos, que são mais suscetíveis a ceder a
facilitação do contrabando de cigarros dos que ao tráfico de drogas, por exemplo”
[13].

Para a população, também é mais fácil conviver com cigarros


contrabandeados do que com as drogas, já que as consequências do contrabando
não são vistas de forma tão direta quanto as do tráfico. Mas, segundo Lima, o
contrabando também aumenta o cenário de violência no Brasil.

“Por trás de cada caminhão de cigarro contrabandeado há um crime de corrupção,


há um ato de estar colaborando com o fortalecimento de facções criminosas que
atuam também praticando crimes violentos, como latrocínios”, resume o delegado
[13].

15
“Quando compramos um produto contrabandeado, nós estamos
investindo no crime, estamos financiando o crime”, ressalta Edson
Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial
(ETCO) e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP)
[13].

5- A ROTA DA PIRATARIA

É sabido que o Brasil, sendo de dimensões continentais, tem imensa


área de fronteira de 16.885,7 km e faz divisa com quase todos os países da América
do Sul, com exceção ao Chile e Equador. Este tamanho é gigantesco; para se ter
ideia, de Brasília a Washington (Capitais do Brasil e Estados Unidos
respectivamente) é de apenas 6.792 km. Se fizermos a ida e a volta deste percurso,
que passa do hemisfério sul ao norte, duas vezes, ainda não chega ao tamanho das
fronteiras do nosso país

Esta imagem demonstra a distância de uma melhor forma, uma vez


que estamos trabalhando com números impressionantes:

Google Imagens

O grande desafio das autoridades é monitorar nossas fronteiras e evitar


a entrada de produtos ilícitos em nosso território.

16
As políticas públicas de segurança e estratégicas de defesa das
fronteiras do Brasil não são eficientes, nem são suficientes para protegerem
adequadamente a soberania nacional.

Preocupantes são os números do policiamento. Em comparação a


faixa de terra e quantitativo de força policial, os Estados Unidos apresentam junto
com a fronteira com o México, 20.000 mil homens para uma fronteira de 3 mil
quilômetros, contra 1.300 policiais brasileiros para uma faixa de terra de quase
17.000 mil quilômetros.

Se for tomado como parâmetros ideal de segurança a fronteira EUA-


México, pode-se afirmar que o Brasil possui apenas um contingente minúsculo de
efetiva cobertura territorial [14].

De acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade


(FNCP), o material ilegal é produzido principalmente na China. De lá, para driblar a
fiscalização, antes de chegar aqui no país, muitas vezes, ele é enviado para outros
destinos na América do Sul, principalmente para o Paraguai, Bolívia, Guiana e
Guiana Francesa, além do Suriname.[15]

Os produtos falsos que vem de Guiana, Guiana Francesa e Suriname


entram no Brasil pelos rios da Região Norte e costumam desembarcar no Porto de
Belém, no Pará. Já a mercadoria que vai para a Bolívia chega aqui pelas estradas,
principalmente do Mato Grosso do Sul. A pirataria que sai do Paraguai entra no
Brasil por Foz do Iguaçu, rota muito usada também para o contrabando.[15]

17
6- PIRATARIA NA INTERNET

Pirataria na Internet refere-se ao uso e distribuição não autorizados de


material protegido por direitos autorais.

Conexões de banda larga de alta velocidade, grandes instalações de


armazenamento para serviços e dispositivos on-line e o alcance global da Internet
tornaram o consumo e a distribuição de conteúdo muito mais fáceis do que antes da
era digital.

Os canais mais comuns para a distribuição não autorizada de trabalhos


pela Internet incluem redes ponto a ponto, sites e dispositivos de streaming e
serviços de armazenamento. O conteúdo protegido também é usado não autorizado
nos serviços de streaming [16].

A ferramenta mais popular para a pirataria digital é a tecnologia peer to


peer, e nada personifica melhor ela que o Torrent nos dias de hoje.

A popularidade da tecnologia Torrent baseia-se no fato de que a


pessoa que envia o material para eles também compartilha o material baixado com
outras pessoas, criando “pares de compartilhamento” na rede. Isso permite que
partes dos arquivos se movam mais rapidamente de um usuário para outro. Alguns
dos programas mais conhecidos que usam tecnologia Torrent são BitTorrent,
uTorrent e Vuze [16].

Para realizar um download convencional via Torrent você conecta o


seu computador a um servidor e pede por uma cópia do arquivo armazenado ali, no
protocolo BitTorrent; o seu computador é direcionado por um computador central
(tracker) para outras máquinas no mundo inteiro que tenham partes do arquivo
desejado (peers) ou ele completo (seeds) [17].

Há sites aglutinadores que disponibilizam vários protocolos BitTorrent


que facilitam ainda mais a pirataria digital, estes que, por sua vez lucram com
propagandas enquanto permite a disseminação da pirataria na Internet, sites como o
“Piratebay”, “kickass”, “Dirty Torrents” entre outros.

18
Serviços de streaming são sites que fornecem conteúdo em um
formato transmitido sem precisar primeiro fazer o download no seu dispositivo.
Filmes, programas de TV e música geralmente estão disponíveis através de serviços
de streaming. O mais conhecido de todos é o NetFlix [16].

O conteúdo pode ser disponibilizado nos Serviços através do próprio


Site ou como um link para o Site de Origem. Os serviços de streaming pirateados
distribuem material protegido sem a permissão do titular. Também é ilegal vincular
ou inconscientemente vincular a conteúdo protegido enviado para fins não
autorizados [16].

Ao visualizar ou ouvir serviços de streaming, as cópias temporárias


geralmente são feitas, por exemplo, em um cache do computador. Como essas
reproduções não são feitas de material legal disponibilizado ao público com a
permissão do titular, as cópias são ilegais, mesmo que não sejam redistribuídas [16].

Também existem players, multimídia físicos no mercado – as


chamadas Kodi Boxes – com plug-ins que permitem assistir filmes, programas de TV
e esportes ao vivo na sua TV. O Kodi em si é um software multimídia de código
aberto legítimo, mas possui plug-ins que permitem, via de regra, acesso gratuito a
conteúdo distribuído ilegalmente.

Os complementos que exportam conteúdo ilegal também podem ser


pré-instalados em alguns dispositivos. Como resultado, o usuário pode ser
inconscientemente responsável por violação de direitos autorais, o que pode resultar
em responsabilidade [16].

Se o dispositivo estiver equipado com um complemento que permita a


exibição de conteúdo ponto a ponto, o consumidor poderá compartilhar o que está
assistindo. Contudo, vale lembrar que qualquer transmissão não autorizada de
conteúdo protegido por direitos autorais ao público é contrária à lei de direitos
autorais e está sujeita a responsabilidade [16].

O aparelho é legal e a venda, já configurado com os, não configura


crime no Brasil.

19
Já a pirataria de música mudou bem o foco, antes era por download,
como qualquer arquivo normal, mas as pessoas descobriram uma forma mais
eficiente para conseguir o arquivo, a técnica se chama “Stream ripping”.

O índice divulgado pelo IFPI, organização que representa música


globalmente, ainda 34% dos jovens entrevistados entre 16 e 34 anos admitem usar
serviços que copiam música ilegalmente pelo "Stream ripping", que é o modelo mais
utilizado de pirataria digital na música [18].

Stream ripping envolve a cópia de uma faixa de uma plataforma de


streaming antes de convertê-la em um arquivo para download que o usuário pode
usar offline pelo tempo que desejar.

Estes incluem serviços como YouTube, Netflix, Amazon Music, Spotify


e vários serviços de streaming esportivo que oferecem música e vídeo online.

Stream ripping significa que alguém pode assistir um vídeo musical no


YouTube, por exemplo, antes de “rasgá-lo” para que possa escutá-lo offline, longe
do serviço. Da mesma forma, é possível fazer isso com outras formas de mídia,
como um novo episódio de um programa de televisão ou um evento esportivo.[19]

Pirataria de software diz respeito as práticas que envolvem a utilização,


cópia ou comercialização de um software protegido por direitos autorais instalado
em computadores pessoais ou de trabalho [20].

O processo de pirataria de software se dá numa engenharia reversa,


que burla a estrutura do aplicativo tornando-o acessível gratuitamente. Esses
aplicativos são compartilhados por meio de downloads e/ou revendas por um preço
muito abaixo do produto original.[20]

Algumas estimativas dizem que, dos softwares existentes, 1/3 é


pirateado. Isso revela a grande dificuldade em parar a pirataria de software, mesmo
com as iniciativas por parte das empresas em agir judicialmente ou maximizar seus
investimentos na proteção de seus softwares.

Muitas dessas tentativas tem falhado ao longo do tempo, mas os


esforços continuam na tentativa de inibir a ação dos Crackers [20].

20
7- POR QUE CONSUMIMOS PIRATARIA

Mesmo a grande massa dos brasileiros sabe que, em diferentes níveis


de conhecimento, que a pirataria é lesiva a sociedade, mas ainda assim somos,
segundo a reportagem do jornal Poder360 (08.mar.2022), o 5º país que mais
consome pirataria do mundo.

“Há uma aceitação da sociedade. As pessoas querem comprar produtos com o preço
mais baixo e elas não se questionam sobre o valor ético dessa compra. Por trás de
um produto muito barato, tem fraude, tem contrabando, tem pirataria, tem algo
errado”, diz Edson Vismona, presidente do FNCP [21].

E se valendo de penas pouco punitivas, a pirataria floresce em nossas


cidades.

A punição para os responsáveis por esse tipo de crime costuma ser


branda.

“A maioria desses crimes é de menor potencial ofensivo, ou seja, os criminosos não


recebem dois anos e, por isso, acabam tendo o benefício da lei 9.099, que não traz a
possibilidade de prisão em flagrante. Esses indivíduos que acabam respondendo em
liberdade”, diz Wagner Carrasco, delegado da 1ª delegacia de polícia de
investigações de propriedade material do DEIC [21].

Uma pesquisa realizada pelo Data Popular revelou que a classe alta é
a que mais compra produto pirata. Segundo os dados, 61% dos consumidores da
classe A e B adquiriu um produto falsificado no último ano.[22]

Entre as pessoas da classe média (classe C), o indicador é de 56%,


enquanto na classe baixa (D, E e F), o percentual é de 51%.[22]

As mulheres da classe A e B são as principais consumidoras de


produtos falsificados. Pela pesquisa, 73% das mulheres afirmaram que compraram
produtos piratas, enquanto os homens somam 50% [22].

Já nas outras classes, isso não acontece. Na classe C, elas somam


53% e os homens 59%. Na classe baixa, o percentual é de 63% para homens e 44%
para as mulheres [22].

21
Vendo esses dados podemos inferir que o consumo de pirataria é algo
cultural da população brasileira, sendo limitada pela renda do indivíduo.

No caso do consumo ser cultural no Brasil, deve ser sempre levado em


conta a vantagem em uma compra, mesmo em detrimento dos demais, e o maior
consumo das classes mais altas demonstra isto.

Já pelo gênero pode ser explicado porque as mulheres da classe A e B


recorrem a pirataria pela reportagem do Terra:

Um estudo divulgado nesta terça-feira (12) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que as
mulheres fazem mais compras motivadas por impulsos emocionais do que os
homens. Para eles, a insatisfação com o trabalho é uma das razões que mais os
influenciam na hora de comprar [23].

Por outro lado, a falta de recursos das outras classes poderia explicar o
menor consumo de pirataria, tendo em vista que o salário-mínimo brasileiro é uma
barreira para o consumo.

O salário-mínimo ideal para atender às necessidades de uma família


de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 5.997, janeiro de 2022. É o que afirma a
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor
corresponde a 4,95 vezes o piso federal atual, de R$ 1.212, janeiro 2022.[24]

22
8- COMO PROTEGER O BRASIL DA PIRATARIA

Para bens tangíveis podemos aumentar a eficácia dos órgãos


fiscalizadores, aumentando seu contingente de homens e recursos para melhor
combate.

Atacar o contrabando e a produção interna, juntamente com os


vendedores dessas mercadorias, atacando a pirataria por todas as frentes.

Também a redução da carga tributária, pois considerando o retorno dos


impostos, pode ser considerada abusiva em vários produtos. Como exemplo
podemos ver a porcentagem nos produtos eletrônicos:

Eletroeletrônicos % Tributação

Aparelho de som 36,80%

Aparelho MP3 ou iPod 49,45%

Barbeador elétrico 48,11%

Caixas de som amplificadas 45,81%

Computador acima de R$ 3.000,00 33,62%

Computador até R$ 3.000,00 24,30%

Copiadora (máquina) 48,11%

DVD (aparelho) 50,39%

DVD (cartucho) 24,20%

Estabilizador (computador) 39,92%

Gravador (aparelho) 52,20%

HD externo (computador) 39,92%

Home Theater 44,94%

iPad (tablet) 37,79%

iPad (tablet) – importado 59,32%


23
Impressora 33,67%

Jogos de vídeo game 72,18%

Máquina fotográfica 48,21%

Micro laptop acima de R$ 3.000,00 38,62%

Microcomputador até R$ 3.000,00 24,30%

Microfones 46,69%

Modem (computador) 39,92%

Monitor (computador) 39,92%

Mouse (computador) 39,92%

Pen Drive 43,30%

Playstation (vídeo game) 72,18%

Secretária eletrônica 52,32%

Smartphone importado 68,76%

Teclado (computador) 39,92%

Telefone celular 39,80%

Televisor 44,94%

Ventilador 49,60%

Videocassete 44,20%

Estes são dados retirados do site as Associação Comercial de São Paulo (Impostrômetro).

Levando em conta os números apresentados acima é de se esperar


que os produtos pirateados, apesar de realmente sejam muito inferiores aos
originais, em todos os artigos apresentados tem mais de 20% de impostos e 2
artigos de entretenimento eletrônico passam de 70%.

Bebidas alcoólicas, que são consideradas drogas licitas e deveriam ter


uma taxação mais forte, apenas 2 tem mais tributos que consoles e jogos
eletrônicos: são a cachaça e a caipirinha.
24
Cachaça 81,87%

Caipirinha 76,66%

Dados retirados do site as Associação Comercial de São Paulo (Impostrômetro)

As penas sobre piratarias também são consideradas brandas, uma


nova reforma no artigo 184 com penas maiores para coibir a entrada das pessoas
para essa atividade poderia levar a uma queda nos números da pirataria.

E, por fim, precisamos de mais campanhas para a conscientização. E


necessário a desromantizarão da imagem dos camelôs e os vendedores de
ambulantes como um ser marginalizado e sem opção, pois, mesmo que ele esteja
trabalhando com produtos ilegais por falta de opção, ele é a ponta final de uma rede
que, ironicamente, toma empregos legais e financia o crime organizado.

O problema é proteger os conteúdos como músicas e vídeos, sendo


esses amplamente disponível na rede mundial, mas há medidas, muitas vezes por
empresas privadas que protegem o conteúdo.

Iniciativas como a Netflix e o Spotify também são ótimos exemplos de


como a pirataria pode ser combatida. Ambas as plataformas funcionam no modelo
de assinatura e cobram um pequeno valor mensal para que o usuário tenha acesso
à milhares de conteúdos – audiovisuais, no caso do Netflix, e sonoros, no caso do
Spotify.

Isso faz com que o usuário se renda à comodidade e não se importe de


pagar para ter acesso ilimitado aos seus filmes e músicas preferidas. Afinal, assim
ele não vai precisar perder horas procurando uma fonte pirata minimamente segura,
de qualidade e que seja rápida.

Nesses ambientes, todos os conteúdos são licenciados e, portanto, não


há prejuízos nem para o produtor e nem para o usuário final.[25]

O sistema Denuvo trata-se de um sistema anti-sabotagem


desenvolvido sobretudo para softwares e jogos de computador, criado pela empresa
Denuvo Software Solutions GmbH em 2014, com a premissa de criar sistemas
antipirataria mais eficazes que sistemas mais antigos como o DRM, sem prejudicar
os consumidores e desenvolvedores de conteúdo digital voltados para jogos digitais.

25
Embora a introdução dos sistemas desenvolvidos pela Denuvo tenha
sido comemorada como uma melhor proteção à propriedade intelectual de
desenvolvedores e pessoas jurídicas criadoras de conteúdo digital, eles
apresentaram-se polêmicos entre os consumidores, o que acarretou em séries de
tentativas de quebras dos sistemas em 2015 e 2016, tornando-os ineficazes contra
métodos de hack e crack em menos de três anos [26].

26
9- CONCLUSÃO

A pirataria é um crime insidioso, pois o cidadão que a consome


acredita estar levando vantagem pelo menor valor, sem enxergar o problema de
forma macroscópica.

Há também a romantização do camelo, um indivíduo marginalizado que


recorreu a este tipo de comércio para não se tornar criminoso, como ladrão. Mas
ainda sim prejudica a sociedade, e muito, uma vez que muitos produtos estão ao
crime organizado.

Mas o Estado também tem sua parcela de culpa, uma vez que não
incentiva a educação contra este tipo de produtos e seus perigos, além de manter
impostos extremamente altos e um salário-mínimo insuficiente para as necessidades
básicas da população.

Portanto, acredito que com as medidas citadas acima, poderemos


reprimir a pirataria que coloca em risco o nosso país, alterando a cultura do bem
mais barato ser o mais benéfico, protegendo nossas fronteiras das importações
ilegais, melhorando assim a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros que teriam
produtos de qualidade por menor preço, uma vez que as empresas nacionais não
teriam a concorrência injusta oferecida pela pirataria e com maior arrecadação, o
governo poderia reduzir os impostos. Mais empregos formais, pois haveria maior
consumo, gerando necessidade de mão-de-obra. E por final, teríamos mais
segurança, já que o crime organizado se utiliza das falsificações para ajudar a
sustentar sua rede criminosa.

27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]JARDES, Tamara “A evolução histórica dos Direitos Autorais” (2015) Disponível


em: https://thajardes.jusbrasil.com.br/artigos/163165791/a-evolucao-historica-dos-
direitos-autorais. Acesso em 20/05/2022

[2] Rev. “SJRJ, Rio de Janeiro” ver .21 n° 40 pag.211. Agosto de 2014

[3] UTINO, Sergio “Lei de proteção de cultivares” Disponível em:


https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/feijao/arvore/CONTAG01_118_13112
0039558.html Acesso em 20/05/2022

[4] Miró Neto Advogados “Lei do software: entenda os principais pontos dessa
norma!” Disponível em: https://www.mironetoadvogados.com.br/lei-do-
software/ Acesso em 20/05/2022

[5] FURLAN, et al., “ASPECTOS PENAIS, PROCESSUAIS PENAIS DO CRIME DE


VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL E A REDE PEER-TO-PEER, (2007), pag. 2364
São Paulo

[6] Governo Federal, “Conselho Nacional de Combate à Pirataria” (Atualizado


em 2019) Disponível em:
https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-protecao/combate-a-pirataria/historico
Acesso em 20/05/2022

[7] MAXIMO, Wellton, “Ministério da Economia e da Justiça Firmam Acordo


Contra a Pirataria” (2022) Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/ministerios-da-economia-e-da-
justica-firmam-acordo-contra-pirataria Acesso em 20/05/2022

[8] ELLIS, Nick, “No dia antipirataria, conheça algumas ações contra fraudes e
produtos ilegais” (2021) Disponível em
https://olhardigital.com.br/2021/12/03/reviews/no-dia-antipirataria-conheca-algumas-
acoes-contra-fraudes-e-produtos-ilegais/ Acesso em 20/05/2022

[9] Tecmundo, “Bomba, Toda a Repercussão das Explosões do Galaxy Note 7”


(2017) Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/bomba-toda-a-repercussao-
das-explosoes-do-galaxy-note-7 Acesso em 20/05/2022
28
[10] MEDEIROS, Luiz Antônio, Livro “A CPI da pirataria: os segredos do
contrabando e da falsificação no Brasil” (2005) 1ª edição pag. 21

[11] Governo Federal “Anvisa alerta para a falsificação de medicamentos” (2020)


Disponível em:
https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2020/06/anvisa-alerta-
para-a-falsificacao-de-medicamentos Acesso em 20/05/2022

[12] PINTO, Aurimar José, “Pirataria e Produtos Médicos” (2008) Disponível em:
https://www.etco.org.br/etco-na-midia/pirataria-e-produtos-medicos/ Acesso em
20/05/2022

[13] KADANUS, Kelly, “Como você financia o crime organizado e o terrorismo sem
saber” (2019) Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/como-
voce-financia-crime-organizado-e-o-terrorismo-sem-saber/ Acesso em 21/05/2022

[14] RAMALHO, et al., “A FALTA DE FISCALIZAÇÃO E O ABANDONO DAS


FRONTEIRAS BRASILEIRAS” (2018) pag. 3 e 4

[15] MENDES, et al. “Pirataria: Entenda como os produtos falsificados chegam ao


Brasil” (2021) Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/pirataria-
entenda-como-os-produtos-falsificados-chegam-ao-brasil/ Acesso em 21/05/2022

[16] LAVAL, Victor, “O que é pirataria na Internet?” (2020) Disponível em:


https://laval.jusbrasil.com.br/artigos/788976345/o-que-e-pirataria-na-internet Acesso
em: 21/05/2022

[17] Tecmundo Noticias, “O que é torrent e como funciona?” (2015) Disponível em:
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Acesso em: 21/05/2022

[18] MOSCA, Ana, “Pirataria digital na música ainda ocorre” (2019) Disponível em:
https://anaclaudiazandomenighi.jusbrasil.com.br/artigos/765685659/pirataria-digital-
na-musica-ainda-ocorre Acesso em: 21/05/2022

29
[19] EBSBLOG, “O que é o Stream Ripping?” (2021) Disponível em:
https://ebstomasborba.pt/o-que-e-o-rasgo-do-riacho/ Acesso em: 21/05/2022

[20] GAIDARGI, Juliana, “entenda sobre pirataria de software” (2018) Disponível em:
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22/05/2022

[21] MENDES, et al., “Pirataria: prejuízo do Brasil com comércio ilegal ultrapassa R$
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22/05/2022

[22] UOL, “Classe AB consome mais produto pirata que a classe média” (2013)
Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2013/08/20/classe-
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%20PAULO%20%2D%20Uma%20pesquisa%20realizada,produto%20falsificado
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[23] TERRA, “Mulheres compram mais por impulso emocional que os homens”
Disponível em:
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/mulher/comportamento/mulheres-compram-
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%20os%20homens. Acesso em: 22/05/2022

[24] EXAME, “Salário mínimo ideal deveria ser R$ 5.900, diz Dieese” (2022)
Disponível em: https://exame.com/economia/salario-minimo-ideal-deveria-ser-r-5-
900-diz-dieese/ Acesso em: 22/05/2022

[25] NATHÁLIA, Tameirão, “PIRATARIA DIGITAL: O QUE É E COMO PROTEGER


SEUS VÍDEOS” Disponível em: https://sambatech.com/blog/insights/pirataria-digital/
Acesso em: 22/05/2022

[26] VIDAL, Lucca Abraão. “Pirataria digital nos dias de hoje: estudo de possíveis
formas para seu controle” Disponível em: https://www.gedai.com.br/pirataria-digital-
nos-dias-de-hoje-estudo-de-possiveis-formas-para-seu-controle/ Acesso em
22/05/2022

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