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pelos professores
da ESA-Escola
Studio de Artes
ISBN- 978-85-432-0696-7
G971
ISBN 978-85-432-0696-7
01/04/2016 04/04/2016
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Fausto Lopes • DESENHOS: Bernardo Furlanetto • DIAGRAMAÇÃO: Fausto Lopes • COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: TEXTOS: Henrique Silvério • Impresso por PROL • Distribuição
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970 – São Paulo – SP.
4
Índice
Casarios - A arte de Luzes e sombras - teoria ............24
desenhar casas ..........................................6 Luz natural.....................................24
Sombra própria ............................24
Materiais ............................................. 9 Sombra projetada ........................24
Mareriais para desenhar.............10 Luz artificial ...................................24
Papel ...............................................10 Luz refletida ..................................24
Lápis ...............................................10 Efeito da luz e da sombra ...........25
Lapiseiras e canetas ....................10 Luz artificial projetada
Exercícios de adestramento ......10 paralela...........................................25
Borracha......................................... 11 Projetada cônica ...........................25
Esfuminho ...................................... 11 Projetada triangular ....................25
Régua .............................................. 11 Projetada oblíqua.........................25
Apontador e estilete ................... 11 Luz natural projetada - manhã..25
Exercícios e traços .......................12 Projetada - tarde ..........................25
Exercícios de coordenação .........12 Projetada - anoitecer ..................25
Tipos de linhas e traços ..............12 Efeito da luz e da sombra ...........25
As texturas ....................................26
As figuras geométricas e o A madeira.......................................26
desenho da perspectiva................. 13 O tijolo ............................................26
As figuras geométricas ...............14 O metal e o vidro ..........................26
O desenho da perspectiva .......... 15
Perspectiva elementar................16 As proporções e a construção dos
Perspectiva oblíqua .....................16 elementos......................................29
Perspectiva aérea ........................ 17 As proporções para casas ..........30
A equidistância .............................18 O desenho do farol.......................30
Sólidos geométricos ....................19 As duas casas ................................ 31
Desenhe dentro do cubo ............20 Elementos das casas ...................34
Casa com três janelas ..................20 As portas ........................................34
Casa sobre a L.H. ..........................21 As janelas .......................................35
Casa tradicional. ...........................21 Os telhados ....................................36
Construção por cubos .................38
Luzes, sombras e o efeito da luz
e da sombra....................................... 23 Passo a passo....................................43
5
Curiosidades
A lém da representação de
rostos e da anatomia hu-
mana, um dos motivos mais
procurados pelos amantes do
desenho é a casa, seja infan-
til, abstrata ou concreta, feita
tanto artisticamente como em
arquitetura.
Divulgação/Pixabay/cocoparisienne
6
Divulgação/Pixabay/Chezbeate
Divulgação/Pixabay/Screamenteagle
7
Materiais
Materiais
Lápis Exercícios
de adestramento Lapiseira e canetas
O segundo material de desenho
é o lápis preto. Com classificações manual
diversas, varia entre os duros, A lapiseira garante um traço uni-
médios e macios. Os mais utiliza- forme ao desenho. Já as canetas
dos são os médios e os macios, Variação da série B técnicas, descartáveis ou não, são
que são o HB, o B e do 2B ao 8B. utilizadas na arte-final.
Treinar os traços permite "calibrar"
A classificação HB significa Hard/ sua mão para fazer desenhos com
Brand, algo entre o duro e o macio. tranquilidade e liberdade. Use lá-
pis HB e 6B e exercite com seu
ritmo, experimentando diversas
velocidades. Mova o braço inteiro
e não somente a mão.
10
Esfuminho
Apontador e estilete
Os melhores instrumentos para
moldar a ponta do lápis são o
apontador e o estilete. Dependen-
do de sua necessidade, o aponta-
dor faz uma ponta mais técnica. Já
com o estilete, é possível afinar o
grafite, que pode fazer desde tra-
ços mais grossos e escuros até os
mais finos e muito claros.
Régua
A régua é utilizada para traçar
linhas retas em várias direções
diferentes para desenhos que os
traços sejam bem retílineos, irre-
gulares de formas. A régua é im-
portante para determinar medidas
no desenho. Existem réguas de 15,
20, 30, 40 e 50 centimetros para
desenhos de mesa, e até maiores
para outras utilizações como qua-
dros negros.
11
Exercícios
Exercícios e traços
Exercícios de
coordenação
A gora, vamos treinar os tra-
ços com o objetivo de do-
minar a coordenação motora
a exercitar tanto o ritmo como
a velocidade e a pressão exer-
cida pelo lápis sobre o papel,
enquanto se desenha ou faz o
sombreamento, que é respon-
sável pela beleza e qualidade
do trabalho. Procure fazer va-
riações de traços com os lápis
HB, B, e do 2B ao 6B. Vá do tom
claro para o escuro e vice-ver-
sa, e mova o braço por inteiro, e
não apenas a mão.
Tipos de linhas
e traços
Treine linhas retas horizontais, in-
clinadas e verticais. Fazer formas
circulares também é importante
para desenhar à mão livre. Já a
trama é útil para fazer o efeito de
claro e escuro do desenho.
12
As figuras geométricas
e o desenho da perspectiva
Perspectiva
As figuras geométricas
A pós realizar o estudo das li-
nhas, é necessário se aten-
tar às figuras e formas geomé-
tricas básicas. O desenho, em
geral, é construído a partir das
seguintes formas: círculo, cilin-
dro, cone, oval, quadrado, re-
tângulo e triângulo.
2º Passo - Com linhas retas fe- 2º Passo - Com linhas curvadas 2º Passo - Com linhas curvadas
che as arestas de modo a for- feche as pontas de modo a for- feche as pontas de modo a dar
mar o quadrado. mar o círculo. forma para a elípse.
2º Passo - Com linhas retas, feche 2º Passo - Feche as extremidades 2º Passo - Una as extremidades
as pontas, de modo a traçar o re- com linhas inclinadas, de modo a com duas linhas inclinadas para
tângulo. formar o trapézio. fechar o triângulo.
14
O desenho da perspectiva
P erspectiva é uma técnica
de desenho que, mesmo
em plano bidimensional, como
no caso do papel, transmite a
ideia de profundidade a partir
de fundamentos básicos, como
o nível do olho, a linha do hori-
zonte, a linha de terra, os pon-
tos de fuga e as linhas fugantes.
O nível do olho: Refere-se à altura direcionamento do olhar para a três dimemsões do elemento:
a partir da qual o desenhista linha do horizonte, onde a visão altura, largura e comprimento.
observa a figura a ser desenhada. do observador está focada. Estes Estas linhas parecem se unir
Linha do horizonte: Trata-se pontos poderiam ser em números umas às outras à medida que se
de uma linha imaginária que se de um ou dois em qualquer parte convergem para o ponto de fuga.
distancia do observador para o da linha ou de suas extremidades. Fundamento da perspectiva: Em
elemento observado. Um exemplo Além destes, há o terceiro ponto geral, o ponto de vista fica entre
mais comum é estar em uma praia de fuga ou ponto de fuga falso, a linha do horizonte e uma linha
e olhar para o mar. A distância que se encontra algumas vezes vertical, também imaginária,
entre o observador e o mar cria a acima, outras abaixo do horizonte que cruza o local para o qual o
ilusão de uma linha onde o a água perspectivo. observardor estáolhando.
e o céu se encontram. Linha Fugantes: São linhas que, Assim, em cada ângulo existe
Ponto de fuga: A perspectiva partindo das arestas do objeto, um ponto de vista diferente,
de maneira a relacionar todos
cônica criada por Brunelleschi foi direcionam-se ao ponto do fuga, os elementos que compõem a
elaborada a partir de pontos de criando um efeito ilusório de perspectiva.
Nível
do olho
Ponto de fuga
Ponto de fuga
15
Perspectiva
Perspectiva elementar
Perspectiva oblíqua
Linhas fugantes
Ponto de fuga 2
Ponto de fuga
Linha do horizonte
Linhas fugantes
16
Podemos posicionar diversos
pontos de fuga na linha do ho-
rizonte, a fim de gerar ângulos
diferentes.
Linha do horizonte
Ponto de fuga 1
Ponto de fuga 2
Perspectiva aérea
Ponto de fuga 2
Ponto de fuga 1
17
Perspectiva
A equidistância
E m perspectiva, pelo efeito da
equidistância, à medida em
que observador se afasta da fi-
Para as distâncias
Para encontrar a distância de um
objeto para o outro, utilize o re-
gura observada, ela parece ficar curso das linhas diagonais. Cruze o
menor, contudo, sua proporção eixo da figura e marque a distância
está mantida. dele na base. Depois, trace a altura
e assim por diante.
O quadrado
1º Passo - Desenhe um quadrado e, 2º Passo - Trace uma linha diago- 3º Passo - No ponto onde a linha
em seguida, estique a linha do topo nal na parte superior do “X”, de diagonal toca a base, trace uma
e da base, e ache o centro pelo “X”. forma a cruzar o eixo feito pelo linha vertical, de modo a formar o
Estique a linha de eixo horizontal quadrado. desenho de outro quadrado.
em paralelo à linha de base.
O quadrado perspectivo
1º Passo - Desenhe um quadrado 2º Passo - Pela parte superior do 3º Passo - No ponto em que a linha dia-
e leve-o ao ponto de fuga. Ache o “X”, trace uma linha diagonal, de gonal toca a base, trace uma linha vertical,
centro pelo “X”. Depois, leve o cen- forma a cruzar a linha de eixo de modo a formar o desenho de outro
tro do quadrado ao ponto de fuga. perspectivo até a linha de base. quadrado. Repita o processo para achar
outros quadrados perspectivos.
18
Sólidos geométricos
O s sólidos geométricos, como o
cilindro, o cone, o cubo, a esfe-
ra e a pirâmide possuem três di-
Exemplo prático
19
Perspectiva
20
Casa sobre a L.H.
Casa tradicional
21
Luzes, sombras e o efeito
da luz e da sombra
Luz e sombra
Luz natural
Sombra A
Luz direta É a luz emitida pelo Sol, ou, no
caso de casarios, também se apli-
ca a luz da Lua. Note que ambas
sofrem a ação de seu movimento.
Sombra B
Sombra própria
É a sombra que se encontra no
objeto ou elemento. Ela ocorre em
degradês, da área mais clara para
a mais escura, e pode ser entendi-
da da seguinte forma: A - primeira
sombra, que representa o período
da manhã, por ser muito clara; B-
representa a meia tonalidade do
meio-dia; C - um tom mais escu-
ro, similar ao final da tarde; D - É
o crepúsculo intermediário entre
Sombra C a tarde e a noite; E- É a sombra
Sombra E
mais escura do anoitecer.
Luz rebatida Sombra D
24
Efeito da luz e da sombra
Como se aplicam as sombras em um desenho-
Luz Artificial Efeito da Luz e Sombra
Projetada Paralela Observe sempre a direção da luz, mais claras, feitas pelo rebatimen-
seja ela natural ou artificial. O de- to da luz. Já a extensão da sombra
Quando o foco de luz e objeto têm
senho de luz e sombra exige uma é feita pelas linhas tangentes ou
relativamente o mesmo tamanho,
sutil observação, já que as áreas de projeção sobre o objeto, o que
sua projeção é igual ao objeto.
de sombras são alteradas pela luz pode variar conforme a distância,
Projetada Cônica refletida, uma vez que a luz é refle- a altura do objeto em relação ao
tida por uma superfície no mesmo foco de luz e a forma do mesmo.
O foco de luz se apresenta menor ângulo que incide sobre ela. Con- Como regra, uma fonte de luz fra-
que o objeto. Um exemplo é a vela, sidere esse ponto ao definir como ca ou distante do objeto produz
cuja sombra produzida é mais es- e em qual área da sombra própria sombras com pouca definição.
treita junto ao objeto e mais larga ou projetada deverá ter sombras
no restante do plano.
Manhã
Projetada Triangular Manhã
É oposta à anterior. Por ser maior
ou mais alto, o foco de luz projeta a
sombra mais larga junto ao objeto e Noite
mais estreita no restante do plano.
Projetada Oblíqua
A sombra se projeta em dois ou
mais planos diferentes, conforme
a quantidade de elementos ao seu
redor. De maneira mais simples,
ela pode ser observada ao mes-
mo tempo no plano horizontal e a
prosseguir para o vertical.
Projetada - Tarde
Neste período, o Sol está no zênite,
então, a sombra fica ao redor dos Tarde
elementos, em meia tonalidade.
Projetada - Anoitecer
Já no fim da tarde, a sombra se
torna escura e sua projeção é mui-
to longa devido ao ocaso do Sol no
crepúsculo.
25
Texturas
As texturas
E xistem muitas opções de tex-
turas no desenho de casarios,
entre as quais madeira, vidro, me-
trabalhada de forma diferente. Vi-
dros e metais, apesar da aparên-
cia distinta, possuem textura lisa.
aspéro. Esses aspectos são atin-
gidos por meio da aplicação das
tonalidades em degradês.
tal e tijolos, sendo que cada uma é Já a madeira é rugosa e o tijolo,
A madeira
Assim como em troncos de árvo-
res, a madeira, quando rústica,
tem suas rugosidades marcadas.
As irregularidades dos traços lon-
gos e curtos definem seus sulcos,
sendo que todos têm partes mui-
to escuras devido à profundidade.
Note que o desenho da tábua
mostra os sulcos e os nós comple-
tamente lisos.
O metal e o vidro
O metal apresenta muitas varia-
ções de tonalidades em degradês,
com espaços em branco feitos pela
luz e pelos brilhos. Desenhado de
forma homogênea, deve transmitir
sua solidez. O vidro também feito
com variações de degradês, a fim
de mostrar sua transparência, ape-
sar das áreas mais escuras em sua
superfície.
O tijolo
O tijolo possui textura áspera, ca-
racterística que pode ser obtida por
meio do trabalho com hachuras.
26
Procure treinar as texturas, apli-
cando-as em retângulos com
degradês e, também, em linhas
horizontais. Hachuras são bons
recursos para demarcar as som-
bras e ter resultados interessan-
tes no desenho.
Parede de tábuas
27
As proporções,
a construção e
os elementos
Proporções
O Desenho do Farol
Edificações como faróis, celeiros,
prédios e afins também são con-
sideradas como uma paisagem
urbana, rural ou marinha. Faça uma Linha de Terra. Marque
uma medida qualquer para a base
do farol. E repita esta medida mais
uma vez e meia. A altura do farol
deve ter três vezes e um quarto
Dê uma forma cônica ao farol. Aci- desta medida.
ma, na medida de 1/4, faça o triân-
gulo. Logo abaixo, desenhe um
quadrado e um retângulo. Três li-
nhas verticais na medida de 1/4 da
linha de base marcam a altura do
farol. Formas triangulares fecham
o telhado.
30
A composição agora é elaborada
com duas figuras de casas em
paralelo à linha de terra.
As duas casas
31
Proporções
32
E xistem diversos tipos de edifica-
ções diferentes que seguem um
padrão estético segundo os perío-
dos e movimentos artísticos. Estes
padrões alteram as formas que
passam de retangulares para côni-
cas ou circulares.
33
Elementos
A porta
É o elemento que permite o aces-
so ao interior da casa, sendo
que permite, também, passar
de cômodo a cômodo.
34
A janela
São feitas, principalmente, para
que a casa receba a iluminação
natural e ventilação.
35
Elementos
Os telhados
A cobertura, parte principal da Há telhas do tipo romanas, fran- co, ou em caimento com inclina-
casa, transmite uma sensação de cesas e holandesas, com encaixe ção, quase retilíneo, para evitar o
abrigo e segurança aos residen- ou retangulares. Em países em acúmulo e o peso da neve.
tes. A representação de suas te- que a neve é constante, o telha-
lhas é feita de diferentes formas. mento é liso, em formato esféri-
36
O telhamento de três águas é uti-
lizado principalmente em casas
maiores, porém, isoladas de ou-
tras edificações. É a solução de
cobertura de edificações de áreas
triangulares, onde se definem três
tacaniças unidas por linhas de es-
pigões. Quanto mais quadrada e
maior for a casa, maior será a ne-
cessidade de criar alternativas de
escoamento.
Uma casa poderá ter 4 ou até
mais águas, dependendo do ta-
manho da mesma e da necessida-
de do escoamento da chuva. Feito
com quatro águas de caimento,
este tipo de telhamento é muito
utilizado em mansões ou galpões
que ficam em locais isolados, por
tornarem fácil a tarefa de criar um
cômodo debaixo deles.
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Construção
38
Desenhe à mão livre uma casa com ante-sala
39
Construção
40
Desenhe à mão livre uma casa com edícula
41