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ÍNDICE

MÓDULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1 Introdução .................................................................................................... 5

MÓDULO 2 – CONCEITOS TÉCNICOS


2.1 Conceitos Técnicos, ..................................................................................... 8

MÓDULO 3 – COMPONENTES
3.1 Processador ............................................................................................... 13

3.2 Barramento,................................................................................................ 22

3.3 Memória ..................................................................................................... 29

3.4 Placa Mãe .................................................................................................. 43

3.5 Armazenamento de Dados ......................................................................... 46

MÓDULO 4 – MONTAGEM DE MICROCOMPUTADOR


4.1 Montagem de Microcomputador ................................................................. 56

MÓDULO 5 – SETUP
5.1 Introdução .................................................................................................. 72

5.2 Objetivo do Curso ....................................................................................... 73

MÓDULO 6 – MANUTENÇÃO DE MICROCOMPUTADOR


6.1 Superaquecimento ..................................................................................... 61

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ORIENTAÇÕES AO ALUNO

Caro(a) aluno(a),
Este é o curso Montagem e Manutenção de Equipamentos, na modalidade a
distância. Preparamos este pequeno roteiro com orientações que o ajudarão a
organizar seus estudos ao longo do curso.

Objetivo do curso
O objetivo deste curso é capacitar os alunos a conhecer determinados
equipamentos, de forma, a montá-los e manter constantemente sobre
manutenção. O desenvolvimento sobre o assunto possibilitará ao aluno obter
oportunidades para aplicar seus conhecimentos.

Estrutura do curso

Módulo I – Introdução

Módulo II – Conceitos Técnicos

Módulo III – Componentes

Módulo IV – Montagem de Microcomputador

Módulo V – Setup

Módulo VI – Manutenção de Microcomputador

Carga horária e dedicação diária


A carga horária do curso é de 4 horas. Para que você tenha um bom
aproveitamento, será necessária a dedicação de 20 min por dia.

Dicas
Ao estudar, procure:

Cumprir o tempo – Dedique-se e se esforce para manter a meta de 20 min


por dia. Se você não conseguir cumpri-la algum dia, cuide para compensar, no
dia seguinte, o tempo que faltou;

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Evitar distrações – Procure fazer o curso em momentos de silêncio, para que
você não perca sua concentração;

Ler todas as orientações – Antes de fazer as atividades, leia todas as


orientações com atenção;

Não ficar com dúvidas – Antes de seguir em frente, procure tirar todas as
dúvidas com seu tutor. Fazendo isso, você garantirá o seu aprendizado.

Exercícios, Avaliações e Certificado

9 Exercícios de Fixação
Os exercícios de fixação estão distribuídos ao longo de todo o conteúdo. Eles
irão auxiliá-lo na compreensão teórica e prática do curso. Não deixe de realizá-
los, pois são um importante instrumento para verificar sua aprendizagem e
ajudá-lo a compreender o conteúdo. Consulte o gabarito dos exercícios ao final
da apostila.

9 Avaliação de Aprendizagem
A avaliação de aprendizagem está disponível ao final do curso. Você deverá
acertar 70% desta avaliação. Caso você não consiga a pontuação necessária,
você não poderá repeti-la. Então, estude todo o conteúdo, revise-o e faça a
avaliação final!

9 Certificado
Ao final do curso, atingido um aproveitamento de 70%, você receberá o
certificado de conclusão de curso.

Vale lembrar que o seu papel como aluno é o mais importante, pois você é o
principal responsável por sua aprendizagem, uma vez que terá autonomia para
explorar seus limites, investigar suas curiosidades e interagir com os colegas e
tutores.

Bons estudos!

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MÓDULO 1- INTRODUÇÃO

1.1 Introdução

A
arquitetura básica de qualquer computador
completo, seja um PC, um Machintosh ou um
computador de grande porte, é formada
basicamente por apenas 5 componentes: processador, memória RAM, disco
rígido, dispositivo de entrada e saída e softwares.O processador é o "cérebro"
do sistema. Ele fica encarregado de processar todas as informações geradas.
No entanto, ele não é capaz de fazer tudo sozinho.

Para termos um computador funcional, precisa-se dos demais


componentes: a memória, ou melhor, a memória RAM, é usada pelo
processador para armazenar os dados que estão sendo processados, servindo
como uma espécie de mesa de trabalho, na qual você armazena todos os seus
recursos disponíveis. A quantidade de memória RAM disponível determina a
quantidade de recursos que o processador poderá executar. Caso a memória
disponível seja insuficiente, o computador não será capaz de rodar aplicativos
mais complexos. O IBM PC original, lançado em 1981, por exemplo, possuía
apenas 64 Kbytes de memória, e por isso era capaz de executar apenas
programas muito simples, baseados em texto. A memória RAM é capaz de
responder às solicitações do processador em uma velocidade muito alta. Seria
perfeito se não fossem dois problemas: o alto preço e o fato de ser volátil, ou
seja, de perder todos os dados gravados quando desligarmos o
microcomputador.

Já que a memória RAM serve apenas para armazenamento temporário,


um rascunho, usamos um outro tipo para guardar arquivos e programas: a
"memória de massa". Seu principal dispositivo é o disco rígido, onde ficam
guardados programas e dados enquanto não estão em uso ou quando o micro
é desligado. Disquetes, CD-ROM's e outras mídias de armazenamento também
são representantes dessa categoria de memória.

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Para permitir a comunicação entre o processador e os demais
componentes do micro , assim como entre o micro e o usuário, temos os
dispositivos de I/O "input/output" ou "entrada e saída". É por meio desses
dispositivos que o processador recebe e transmite as informações.

Existem duas categorias desses dispositivos. A primeira é destinada a


fazer a comunicação entre o processador e os demais componentes internos
do micro, como a memória RAM e o disco rígido. Esses são os dispositivos
que, geralmente, o usuário não tem contato, sendo que na maioria das vezes
ele encontra-se interno, na placa mãe, assim como placas controladoras e
chipset's.

Já a segunda categoria é composta pelos dispositivos destinados a fazer


a comunicação entre o usuário e o micro. Nessa categoria podemos enquadrar
o teclado, mouse, monitor, impresso, caixas de som, etc. Desses, alguns são
para entrada e outros são para saída de dados RAM, dispositivos para entrada
e saída de dados, como no caso da placa de rede ou do mais popular modem.

O computador, por mais avançado que seja, é ''burro“, pois não é capaz
de raciocinar ou fazer nada sozinho. Ele precisa ser orientado a cada passo. É
justamente por esse motivo que temos os programas ou softwares.Eles
orientam o processador para gerenciar o funcionamento dos componentes
físicos do micro, fazendo com que ele execute as mais variadas tarefas, desde
jogos até cálculos científicos.

Toda a parte física do microcomputador (processadores, memória,


discos rígidos, monitores, entre outros) é chamada de hardware, enquanto os
programas, juntamente com os dados armazenados, são chamados de
software.

Existem dois tipos de programas, os chamados de software de alto nível


e o de baixo nível. Essas designações não indicam o grau de sofisticação dos
programas, mas sim o seu envolvimento com o Hardware do Microcomputador.

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O processador não é capaz de entender nada além de linguagem de
máquina, instruções relativamente simples, que ordenam a ele que execute
operações matemáticas, como soma e multiplicação, além de algumas outras
tarefas, como leitura e escrita de dados, comparação, etc. Como é
extremamente difícil e trabalhoso fazer com que o processador execute
qualquer coisa escrevendo programas diretamente em linguagem de máquina,
usamos pequenos programas, como o BIOS e os drivers de dispositivos, para
executar as tarefas mais básicas, funcionando como intermediários ou
intérpretes entre os programas de alto nível e o hardware. Esses programas
são chamados de software de baixo nível. Eles são responsáveis pelo
funcionamento de todos os dispositivos do microcomputador.

Quanto aos demais aplicativos - processadores de texto, planilhas, jogos


- não executados sobre esse programa de baixo nível, por isso não precisam
acessar diretamente ao hardware. Por essa razão, são chamados de software
de alto nível.

O sistema operacional
processa como base sólida para o
bom funcionamento dos programas.
Apesar de estar abaixo deles, ele
depende dos de baixo nível para
funcionar. Com o sistema
operacional, temos uma maior liberdade de programação, abrangendo maior
número de casos (veja a figura A.1 ao lado)

Exercício

1) Qual é o real significado do termo memória volátil?

( ) Memória na qual grava os dados por ela armazenados de forma


permanente.

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( ) Memória na qual se pode tirar e colocar com o microcomputador ligado.

( ) Memória na qual perde todos os dados por ela armazenados todas as


vezes em que desligamos o microcomputador.

( ) Memória cujo a sua utilização é restrita a Notebooks.

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MÓDULO 2 – CONCEITOS TÉCNICOS

2.1 Conceitos Técnicos

Antes de começarmos a discutir sobre hardware, vamos falar sobre


alguns conceitos técnicos de grande utilização no material. Mesmo que você já
tenha ou não alguma noção de microcomputadores, é de grande importância a
leitura desse módulo.

ANALÓGICO X DIGITAL

Atualmente as informações na natureza podem assumir infinitos valores,


por exemplo, quando você visualiza uma cor é capaz de distinguir seus
diferentes tons; ao entrar em diferentes ambientes, você é capaz de perceber
se um está mais luminoso do que o outro. Esse tipo de informação é conhecido
com analógica e se caracteriza principalmente por assumir infinitos valores. A
princípio parece interessante a idéia de não se ter limite de valores a serem
utilizados.

O grande problema é que, ao transmitir e/ou captar dados com esse tipo
de transmissão, os valores podem sofrer alterações, como é provável de
acontecer com qualquer tipo. No entanto, quando o sinal for analógico, o dado
corrompido poderá assumir qualquer outro valor, sendo assim o receptor é
obrigado a aceitar qualquer valor, dessa forma, se chegar para ele "90" ao
invés de "80", ele aceitará essa informação como verdadeira.

Esse fato é muito fácil de se observar quando uma pessoa pega aquela
fita cassete velha e coloca no som para escutar uma bela música, no entanto
ele percebe uma grande quantidade de "estalos" e "chiados", resumindo,
roídos. Isso é fácil de se explicar, porque o aparelho de som está programado
para reproduzir qualquer valor que estiver contido na fita, como as informações
desta eram analógicas e foram corrompidas devido a diversos fatores, os sons
reproduzirão informações erradas.Os circuitos eletrônicos em geral deveriam
utilizar esse mesmo tipo de informação, de maneira a se obter os resultados

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mais reais possíveis. No entanto, como já foi visto, a transmissão analógica
não apresenta resultados confiáveis quando as mensagens estão sujeitas a
interferências de qualquer tipo. Imagine um processador recebendo e
entregando informações para um programa qualquer, certamente, por menor
que fosse a interferência, os dados chegariam com erro.

No sistema digital, as informações podem ser tratadas, independentes


de qual seja a natureza dos dados, na forma de "uns" (1) ou "zeros" (0). Nesse
sistema, seja um sinal, um alerta, um texto, um programa, uma figura, ou
qualquer outro tipo de dado, eles estão sendo processados, armazenados e
transmitidos na formal de bit's.

A utilização de apenas dois valores para transmitir os dados é que faz


com que o sistema digital seja mais confiável, uma vez que a possibilidade de
se alterar um valor 1 para um valor 0 e o oposto é menor do que no sistema
analógico. Além disso, tem-se a verificação de erros que no sistema é possível.

Para se fazer um comparativo com o sistema analógico, imagine, ao


invés de uma fita cassete, uma fita DAT ou um CD. Quando houver algum erro
nas unidades de armazenamento, o dispositivo de reprodução apresentará os
valores corrompidos, ao invés de apresentar valores errados. No entanto, como
já foi dito, no sistema digital é possível utilizar métodos de correção de erros.

SISTEMA BINÁRIO

Na matemática e no dia-a-dia em geral, o sistema mais utilizado é o


decimal, na base 10, representada pelos números 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9, como já
conhecemos. Na linguagem de computadores, o sistema utilizado é o binário,
representado pelos números 0 e 1. Cada valor binário é chamado de"bit", que
vem de "binary digit" ou "digito binário".

Para se transformar o número de base 2 (binário) para a base 10


(decimal), basta multiplicar cada um dos algarismos pela base, que nesse
caso é 2, elevado pela casa do algarismo e somar todas as parcelas.

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Exemplo:
110 (binário) = 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 2º = 6 (decimal)
10110 (binário) = 1 x 24 + 0 x 2³ + 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 2° = 22 (decimal)

O processo inverso, ou seja, transformar um número


decimal em binário, consiste em realizar sucessivas
divisões do número decimal por dois, sempre
deixando o resto à direita do quociente. Após
realizadas todas as divisões, você deverá pegar os
Nesse exemplo, o número 14 em
decimal equivale ao número 1110
"1 "s e “0"s da direita para a esquerda, incluindo o
em binário.
último quociente. (Veja o exemplo da figura abaixo).
As formas de se transformar de uma base para outra seguem o mesmo
padrão. Um sistema que também é muito utilizado é o hexadecimal (base 16),
presente mais nas linguagens de baixo nível e de máquinas.

TRANSMISSÃO PARALELA X TRANSMISSÃO SERIAL

Em uma transmissão de dados entre dispositivos, os bits dependem da


capacidade do canal de comunicação, ou seja, a troca de informação só é
possível se os dispositivos manipularem a mesma quantidade de bits. A
classificação entre o tipo de transmissão - serial ou paralela - está justamente
relacionada ao número de bits que um dispositivo transmite ou recebe de cada
vez.

A transmissão paralela dá-se pela


transmissão de um conjunto de bits
simultâneos. Nesse caso, o número deste que
se é capaz de transmitir é que caracteriza o
barramento, ou seja, se o barramento é de

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8,16,32,64 bits. Nesse tipo transmissão, além da quantidade de bits, a
velocidade da transferência é também determinada pelo clock do barramento.
Geralmente, essa taxa de transferência é dada em bytes por segundo. Devido
à interferência eletromagnética causada por um fio ao outro do barramento, é
que vemos às vezes certas limitações desse tipo de transmissão. No entanto,
métodos de correção de erros diminuem um pouco os danos causados pela
perda de dados pela interferência e por ruídos. No geral, a transmissão
paralela é muito utilizada em circuitos, principalmente, os internos de
microcomputadores.

Já a Transmissão em série, ou serial, difere-se pela transferência de um


bit de cada vez. Logo vemos que, utilizando o mesmo clock, uma transmissão
paralela será D vezes mais rápidas que uma paralela, em que n é a quantidade
de bits que o barramento é capaz de transmitir por pulso. O fato de possuir
apenas uma via para transmitir os dados faz com que a transmissão em série
sofra menos perdas de dados com problemas de ruídos e atenuações. A taxa
transferência é dada em bits por segundo.

Existem dois tipos de transmissão em série: síncrona e assíncrona. A


principal diferença é que
a síncrona utiliza um fio
exclusivo para transmitir
o sinal de clock. Veja a
figura 1.3.2.

Esse sinal de clock é utilizado para que o receptor saiba onde começa e
termina cada dado que está sendo transmitido. Já na transmissão assíncrona,
a sincronização é feita no próprio fio, no
qual são transmitidos os dados
adicionando-se bits de controle. Esse
sincronismo é feito através por meio de
dois sinais, chamados start bit e stop
bit, que indicam respectivamente o
inicio e o fim de cada palavra. Veja a figura 1.3.3.

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CLOCK

Clock é um pulso eletrônico gerado periodicamente por um oscilador,


geralmente de cristal, usado para sincronizar o funcionamento dos diversos
dispositivos e placas de sistema.

Por meio do clock é que o receptor é capaz de identificar os dados, uma


vez que por meio dele se determina onde começa e termina um bit (veja a
figura 1.4.1). Genericamente, o clock determina a velocidade de transferência.
O clock é utilizado em transmissões síncronas. Isso é lógico, tendo em vista
que a função dele é sincronizar a transmissão. O funcionamento dele baseia-se
basicamente no fato de se determinar onde começa e termina um bit. Isso é
feito da seguinte forma: quando o sinal de clock vai para nível alto, ou seja,
nível '1', significa que o bit começa a ser transferido; já quando vai para nível
baixo, ou seja, nível 'O', significa que o bit acabou de ser transmitido (veja a
figura 1.4.1).

O ato de determinar que um bit foi transferido significa que se passou


um pulso do clock. A quantidade de pulsos que são gerados por segundo é que
determina a freqüência do clock. Esta é medida em Hertz (Hz). Por exemplo, se
você tiver um processador cujo clock seja de 100 MHz (100 x l0 Hz), significa
que o seu processador é capaz de transferir até 100 milhões de bits por
segundo.

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Exercício:

Complete a frase abaixo, completando a palavra adequada para o espaço


em destaque:

1 ) A transmissão de dados em série ou (transmissão serial) é dada em


__________________________________________________________

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MÓDULO 3 – COMPONENTES

3.1 Processador

Como já foi dito, os microprocessadores são o cérebro do computador.


Eles são circuitos integrados, que podem ser previamente programados,
manipulando o processamento dos
dados. Para simplificar, o
processador basicamente executa
a seguinte rotina: pega os dados,
processa-os mesmos conforme foi
programado e entrega os
resultados (veja figura 2.1.1).

Atualmente todo sistema eletrônico que possa ser programado tem um


processador para efetuar esse controle. Quando falo em processadores, não
estou me referindo especificamente a processadores de microcomputador, mas
de processadores em geral, como por exemplo um de um robô, de um vídeo
cassete, som, máquina de lavar, etc.

FUNCIONAMENTO

Os processadores são programados por meio de instruções. Estas são


comandos elou rotinas especificas que o processador consegue "entender".
Cada modelo possui uma quantidade determinada (finita) de instruções
especificas para cada aplicação. Estas formam o conjunto de instruções que o
processador possui. No caso dos processadores de microcomputador, a
programação é mais livre, ou seja, é feita de maneira que se execute diversas
tarefas, e não as estritamente específicas.

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No entanto, o funcionamento do processador no microcomputador não
se resume apenas em ler, processar e escrever. São também funções de um
processador: fazer leitura e escrita em uma memória, comunicar-se com o
dispositivos de entrada e saída (I/O Input/Output), entre outros (veja a Figura
2.1.2).

Figura 2.1.2

Só para exemplificar uma das funções do processador, vamos analisar


um exemplo clássico. Quando você executa um programa, as instruções são
transferidas de uma unidade de grande capacidade (HD) para a memória RAM,
que repassa as instruções para a memória cache (nos processadores mais
novos, a memória cache é integrada ao processador). Esta, finalmente, passa
os comandos para que o processador possa executá-las. Após ter sido
executada, é bem capaz que o resultado dessas instruções seja direcionado
para algum dispositivo de saída.

DESEMPENHO

Deve ficar bem claro que o desempenho do processador não está


relacionado apenas com o clock no qual ele trabalha, muito menos a qualquer
outro fator. O desempenho, não só do processador, mas também de outros
dispositivos e até mesmo do microcomputador, deve ser avaliado como um
conjunto e não apenas por um único fator. Por exemplo, é muito comum se
caracterizar microcomputadores pelo modelo e clock do processador.Melhor
dizendo, quando aquele amigo chega para você e diz que acaba de comprar
um computador Athlon XP 2.0GHZ, a principio você se acharia desatualizado

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por possuir apenas um Athlon 1. 5 GHZ, no entanto pode ser que seu pc
apresente um melhor desempenho que do seu amigo.

O número de instruções que se tem no conjunto é um fator importante,


que influencia no desempenho do mesmo. Outro fator interessante, que está
mais ligado à transmissão dos dados do que com o desempenho do
processador propriamente dito, é o tamanho do barramento o qual o
processador suporta elou no qual irá "trabalhar". Só para se ter uma idéia,
imagine um processador recebendo e entregando dados de um barramento de
8 bits e outro em um de 64 bits. Como é de se esperar, o segundo irá
apresentar um desempenho melhor, caso o restante das configurações seja o
mesmo. Deve-se salientar que o processador possui barramento interno e
externo, sendo que o número de bits de ambos pode ser igual ou diferente.

CLOCK DO PROCESSADOR

É muito comum ouvir falar em clock interno, externo e multiplicador de


clock do processador. O interno é aquele no qual o processador "trabalha"
internamente. Já o externo, na realidade, é o clock do barramento, ou seja, o
que no qual o processador acessa a memória e os demais dispositivos. O
multiplicador de clock consiste em um esquema configuração, no qual o
interno do processador que "trabalha" será igual ao clock externo vezes um
número multiplicador. Este é chamado de multiplicador de clock. Só para
entender melhor, imagine um microcomputador que possui um clock externo de
l00MHZ e um interno de 800MHZ. Nesse caso, o multiplicador será de 8. Em
microcomputadores antigos essa configuração era feita por meio de jumpers
elou dip-switchs. Já em computadores mais novos, o mesmo é realizado
automaticamente elou via software (bios).É lógico que quanto maior o clock do
processador, mais veloz ele será. No entanto, existem vários outros itens a
serem avaliados para determinar o desempenho do mesmo.

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Entre esses, podemos citar:

Quantidade de instruções presentes no Conjunto de Instruções;

Número de ciclos que o processador leva para executar uma instrução;

Tamanho da memória cache, se for interna ao processador;

Número de bits do barramento.

IRQ

Entre outros sinais de entrada do processador, um que tem grande


utilização dos usuários é a INT (Interrupção). Esta serve para que dispositivos
externos interrompam o processador, de maneira que se realize uma tarefa
urgente.

Por exemplo, quando você aciona uma tecla enquanto um programa


está sendo executado, um pedido de interrupção é gerado. Esse pedido
interrompe tudo que o processador está fazendo para, então, ler as instruções
que estão sendo enviadas pelo
teclado.Como a entrada INT é
apenas uma e os dispositivos
são muitos, o processador opera
com um conjunto, com um chip
chamado Controlador de
Interrupções (veja figura 2.1.3).

Alguns usuários devem estar bem acostumados com o termo IRQ


(Interrupt Request, Pedido de Interrupção). Esses IRQ's são os pedidos de
interrupção do Controlador de Interrupção. Atualmente, este é dividido em dois
controladores, em cascata. As IRQ' seguem uma seqüência de prioridade, ou
seja, caso cheguem dois pedidos de interrupção simultaneamente, o
processador atenderá o de maior importância e descartará o outro.Por
exemplo, caso IRQ1 e IRQ5 forem pedidos ao mesmo tempo, o processador

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atenderá o IRQ1 e descartará o IRQ5. É comum que dispositivos não
funcionem por apresentarem IRQ's iguais.

Cada um deve ter seu


número de IRQ. Então,
quando algum dispositivo que
você acabou de instalar,
principalmente se não for plug-
and-play, não funcionar,
verifique se ele não está apresentando conflito de IRQ.Abaixo segue um mapa
de interrupções do PC original e um guia de prioridade de IRQ11.

DMA

Como já foi dito, o processador recebe as instruções e dados da


memória e envia os resultados depois de processados para ela. O trabalho de
leitura e escrita na memória é exclusivamente realizado pelo processador.
Imagine um programa querendo carregar na memória alguns dados, cujo
tamanho seja de aproximadamente 5MB. O processador teria que interromper
o seu "trabalho" para gerenciar essa transferência de dados. No entanto, existe
um circuito de apoio chamado controlador de DMA (Direct Memory Access -
Acesso direto à memória). Este é responsável por todo o acesso à memória.
Com isso, é possível melhorar o desempenho, uma vez que não se intetrompe
o processador para executar a tarefa de transferência de arquivos para a
memória.

Assim como ocorre com os endereços de IRQ, cada dispositivo irá


possuir um endereço de DMA, sendo este exclusivo. Caso existam dois com o
mesmo endereço de DMA, o dispositivo também não irá funcionar. Por isso é
importante a verificação desses e de mais alguns endereços configuráveis,
caso o dispositivo instalado não funcione, principalmente se ele não possuir a
tecnologia plug-and-play. O acesso de dispositivos à memória, realizada
através do Controlador de DMA, é típico do barramento ISA.

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O barramento PCI utiliza um esquema de transferência de dados
conhecido como bus mastering. Veremos melhor como funciona esse recurso
em Discos Rígidos, uma vez que as arquiteturas mais novas utilizam os
mesmos para transferência de dados.

ENDEREÇOS I/O (LNPUT/OUTPUT - ENTRADALSAÍDA)

Durante o funcionamento do microcomputador, o processador necessita


acessar determinados periféricos (placa de som, vídeo, rede, entre outros),
tanto para enviar dados como para recebê-los. Não é difícil de se pensar que é
necessária a utilização de algum sistema de identificação, tendo em vista que
são vários os periféricos utilizados. Imagine o processador enviando um dado
para a placa de som, sem nenhum tipo de identificação,apenas encaminhando
os dados para o barramento. Isso seria o mesmo que se você quisese enviar
uma carta para uma pessoa, apenas colocando os seus recados e a
entregando para o correio. Com certeza a informação não chegará no destino.

O sistema de identificação realizado no microcomputador consiste em se


dar um endereço para cada periférico. Os endereços são arquivados em uma
área de armazenamento do processador. Essa é de 1KB, tendo-se assim
disponíveis 1024 endereços, identificados de 000H a 3FFH. Cada dispositivo
utiliza um ou mais para se identificar, sendo que dois não podem ter o mesmo
número. Por exemplo, a porta paralela do seu microcomputador utiliza o
endereço 378H.

Quando o processador envia ou recebe dados para periféricos, o


endereço do respectivo dispositivo é enviado junto com os dados, porém em
outro barramento, o de endereços. Veremos sobre barramento mais
detalhadamente no próximo tópico.

Como era de se esperar, alguns conflitos também podem ser


ocasionados por dispositivos apresentarem endereços iguais. O procedimento
para solucionar é o mesmo descrito para IRQ e DMA. Também, como já foi

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dito,caso o dispositivo a ser instalado apresente suporte para a tecnologia
Plug-and-Play, essa configuração passa a ser desnecessária.

RESET

O sinal de reset serve basicamente para reinicializar o microcomputador.


Este é responsável por parar tudo o que o processador está fazendo e começar
novamente todo o processo de iniciação do microcomputador.

Há basicamente duas formas de se dar um reset no microcomputador:


por meio da chave reset do frontal do gabinete (essa chave está ligada à placa-
mãe, que por sua vez está conectada ao terminal de reset do processador) ou
via software (isso pode ser feito pelo sistema operacional ou pelo
pressionamento simultâneo das teclas Ctrl, Alt e DeI).

É recomendado que o usuário utilize a opção de reset ao invés de


desligar e ligar o microcomputador, pois o mesmo pode acabar danificando a
fonte de alimentação.

CO-PROCESSADOR

Os co-processadores foram projetados para diversas tarefas. Entre


esses podemos citar: co-processador dedicado para operação de E/S (entrada
e saída), co-processadores gráficos, no entanto, o mais conhecido é o
numérico ou unidades de ponto flutuante (FPU).

Os mais antigos não eram avançados quanto a recursos matemáticos,


sendo capazes apenas de fazer as quatro operações fundamentais: adição,
soma, multiplicação e divisão. Alguns, como 4004, 8008 e 8080, nem sequer
faziam multiplicação ou divisão. Além disso, via-se a necessidade de recursos
mais avançados, assim como números complexos, operações tangenciais
(senx, cosx, logx, e, até o número ||). Isso porque os processadores utilizavam
apenas números inteiros.

21
De maneira que se pudesse suprir essa necessidade, os fabricantes de
microprocessadores lançaram co-processadores matemáticos," que ficaram"
conhecidos apenas como co-processadores. Quando falarmos em co-
processador sem nos especificarmos, estaremos falando do matemático.

A função do co-processador aritmético é justamente auxiliar o


processador principal no cálculo dessas funções complexas, cada vez mais
utilizadas, principalmente em jogos. É como um matemático profissional que
ajuda o processador a resolver os problemas mais difíceis, que ele demoraria
muito para resolver sozinho. A partir dessa época, todos os processadores
tinham o seu respectivo co-processador. Contudo, após avanços, dos
microprocessadores 80486 em diante esse co-processador passou a ser uma
unidade do processador, ou seja, interno a ele.

RISC x CISC

Os processadores apresentam basicamente dois tipos de arquitetura


interna de funcionamento: RISC e CISC.

CISC (Complex Instruction Set Computer - Computador de Conjunto de


Instruções Complexo).

Como o próprio nome diz, trata-se de processadores com muitas


instruções, sendo que estas são bastante complexas, tomando-os mais lentos.
Geralmente as instruções de um processador do tipo CISC levam muitos ciclos
pra serem executados. A maioria dos fabricantes de processador utiliza esse

22
tipo tecnologia, como: a Intel, AMD, Cyrix, etc. A evolução de um processador
do tipo CISC, entre outros, está relacionado com o tipo e o número de
instruções presentes no conjunto do processador. A única vantagem da
tecnologia CISC é para o programador, que já possui uma série de instruções
bastante complexas no processador, não necessitando escrever várias sub-
rotinas para executar a mesma função daquelas presentes no conjunto de
instruções.

Existe ainda os processadores do tipo CRISC que não apresentam uma


tecnologia inovadora de processadores. Na realidade, esse tipo é apenas a
junção das tecnologias já existentes, de maneira que o desempenho do
microcomputador melhorasse, sem ele se tomasse incompatível com os
programas e sistemas operacionais já existentes.

Os processadores CRISC apresentam o núcleo do tipo RlSC. Entretanto,


eles possuem um decodificador externo que converte as instruções CISC em
RlSC, tornando esse tipo de processador mais rápido do que os puramente
CISC.

Contudo, por ter que efetuar todo o processo de decodificação de CISC


para RISC, os processadores do tipo CRISC apresentam um desempenho
inferior ao dos demais, puramente RISC. Mesmo assim, os do tipo CRISC já
abriram as portas para a popularização da tecnologia RISC. O objetivo dos
fabricantes é futuramente produzir apenas processadores RISC para
microcomputadores.

3.2 Barramento

Responsável pela conexão e ligação entre os diversos dispositivos do


microcomputador. Ele é conectado pelos Slots aos dispositivos.

23
Tradicionalmente divide-se o barramento do
microcomputador em três tipos:

Barramento local: é aquele que liga o


processador à memória cache, à RAM e ao chipset
(circuito de apoio) da placa-(mãe).

Barramento de expansão: é o que liga o


barramento local aos slots de expansão utilizados
para se colocar novos periféricos no miem (vídeo,
disco, placa de rede, etc.).

Barramento de extensão: é uma extensão de expansão, utilizada para


acrescentar periféricos externos ou mesmo quando sé tem placas de som e
vídeo "onboard".

O barramento pelo qual viemos falando anteriormente é o local. Sempre que


referir a barramento sem nenhuma especificação, estarei falando do local.
Entre os barramentos de expansão, temos:

ISA (Industry Standard Architecture);

EISA (Extend Industry Standard Architecture);

VLB (VESA Local Bus);

PCI (peripheral Component Interconnect);

AGP (Accelerated Grnphics Port);

AMR (Audio and Modem Riser);

CNR (Communicantions and Network Riser);

USB (Universal Serial Bus);

Fire Wire;

IrDA (Inftared Developers Association).

24
Barramento local

Esse é o principal barramento do microcomputador. Como já foi citado,


ele é responsável pela conexão do
processador com os principais circuitos
da placa-mãe. O barramento local é o
mais rápido daqueles presentes no
microcomputador, por isso cada um
necessita de uma placa-mãe especifica,
de maneira a se obter o desempenho
máximo.

Por exemplo um processador que "trabalha" com 64 bits e freqüência de


100MHZ deve ser acoplado a uma placa-mãe cujas características sejam
compatíveis. O barramento local é dividido em três grupos:

Barramento de dados: caminho pelo qual circulam os dados.

Barramento de endereços: percurso no qual circulam as informações


de endereços;

Barramento de controle: trajeto pelo qual circulam informações


complementares, de forma que se possa controlar a transferência de dados.
Entre essas está a informação de que a operação é de leitura ou de escrita e
clock do barramento, ou seja, freqüência na qual os dados trafegam.

Para se obter o desempenho máximo ou a taxa de transferência máxima


do seu barramento, basta você multiplicar a freqüência de operação pelo
número de bits e dividir por 8, assim se obtém essa taxa máxima de
transferência em Bytes. A fórmula é a seguinte:

25
Essa taxa de transferência é para processadores que utilizam a
transferência de um dado por pulso de clock. Por exemplo, se o barramento do
seu microcomputador suporta 64 bits e 100 MHz, a sua taxa de transferência
máxima será de 800MB/s -(64 x 100 x 106 + 8). E se o processador transferir 4
dados por pulso de clock, a taxa de transferência máxima será de 3,2GB/s (800
x 106 X 4). Quando falamos em taxa de transferência máxima, é porque existe
a exigência de vários fatores para que se atingir a velocidade calculada, sendo
assim, nem toda transferência se dá nessa velocidade.

O desempenho do barramento local é um dos fatores que influenciam no


desempenho do microcomputador, pois por meio dele é que o processador
acessa, além de outros dispositivos, a memória. É claro que o processador não
acessa diretamente a memória RAM do microcomputador, mas sim a cache. E
também sabemos que processadores mais novos possuem a cache interna. No
entanto, os dados são acessados, a partir da memória RAM, por meio do
controlador de memória.

Com isso explicamos o fato de a velocidade do barramento influenciar


no desempenho final do microcomputador.No entanto, se a memória não for
compatível com barramento elou processador, o desempenho de ambos ficará
limitado ao da memória. Um bom exemplo sobre esse assunto é sobre o Duron
e o Atlhon que apresentavam a transferência de dois dados por pulso de clock,
só que na época não existiam as memórias DDR-SDRAM, ou seja, memórias
compatíveis. Com isso, o processador apresentava desempenho igual ao de
um microcomputador que utiliza um que transfere apenas 1 dado por pulso de
clock. É claro que com as mesmas características.

Barramento ISA (Industry Standard Architecture)

Este é o barramento original do PC e se mantém até os dias atuais, por


razões de compatibilidade com placas antigas. É lento e pode ser utilizado com
periféricos lentos. É importante ressaltar que, na época do PC e do PC XT o

26
810t IS, era conectado diretamente ao barramento local, uma vez que os
processadores apresentavam baixos desempenhos.

Dentre as características básicas do barramento ISA, podemos citar:

Freqüência de operação de 8MHZ;

Barramento de dados de 16 bits, sendo que inicialmente de 8 bits;

Barramento de endereços de 24 bits;

Taxa de transferência máxima de 16 MB/s;

Suporte a tecnologia Plug-and-Play, sendo que os dispositivos que não


tinham suporte a essa tecnologia
eram chamados de Legacy ISA.

Como já dissemos, os
primeiros slots ISA utilizavam
apenas 8 bits. O padrão da época é
visto na figura 2.2.3.Já as placas
posteriores ao XT, apresentavam slots ISA com suporte a 16 bits,

Os slots 16 bits são totalmente compatíveis com dispositivos de 8 bits,


sendo, dessa forma, possível você adicionar um dispositivo de 8 bits em um
slot de 16 bits. Para que houvesse compatibilidade, o slot ISA foi dividido em
dois, em que o primeiro módulo é totalmente compatível com o slot ISA de 8
bits e o segundo composto pelos contatos especificas do barramento de 16 bits
(veja a figura 2.2.4).

Como já foi dito, a comunicação do processador com os demais


dispositivos requer uma série de parâmetros a serem confirmados. Entre

27
esses, podemos citar: endereços de entrada e saída, pedidos de interrupções,
e canais de DMA . A funcionalidade de cada parâmetro já foi exemplificada na
seção anterior, Microprocessadores.

Quando o dispositivo é Plug-and-Play, esses parâmetros são


automaticamente configurados pelo sistema operacional. Já com o padIão
Legacy ISA, esses parâmetros
devem ser configurados
manualmente.

Muitos vão se perguntar o porquê


de algumas placas-mãe atuais ainda
apresentarem slots ISA, sendo que
sua velocidade de "trabalho" é bem
limitada. Veja no quadro ao lado.

Barramento CNR (Communicantions and Network Riser)

O Barramento CNR é compatível


com o barramento AMR, tendo como
diferença o fato do primeiro suportar
placa de rede. Uma diferença de
disposição física de ambos é que o slot
AMR fica entre o slot AGP e PCI, já o
CNR fica na extremidade da placa (veja a
figura 2.2.18).

Barramento USB (Universal Serlal Bus)

28
O barramento USB foi uma tentativa
de se criar um novo padrão para dispositivos
externos. Antes dele, tínhamos para a
conexão de dispositivos externos apenas
portas paralelas e seriais. Além de len, o
número de portas disponíveis é limitado.
Com o barramento USB podemos conectar
até 127 dispositivos em cada porta. Alguns
possuem apenas um conector para
conectar. Outros já possuem , além desse conector , urna ou mais portas para
conectar outros dispositivos, permitindo cascateamento. Existe até um hub
(concentrador) USB, para conexão de vários dispositivos (veja o esquema
Figura 2.2.19). No entanto, cada cabo USB pode ter no máximo 5 metros.

Barramento FireWire

O barramento FireWire é um padrão que , entre outros,veio para


substituir o padrão SCSI. Basicamente ele é bastante parecido com o USB, só
que "turbinado". O fato de apresentar altas taxas de transferência faz com que
seja concorrente do padrão SCSI. Só para se ter uma idéia, a primeira versão,
IEEE 1394, apresenta taxas de transferência de até 400 Mbps. Já a nova
versão, IEEE1394b, atinge taxas de até 800 Mbps (100 Mps/s), a maior taxa de
transferência de barramentos externos.

Com ele, podemos conectar até 63 dispositivos ao barramento e seu


cabo pode ter no máximo 4,5 metros. O conector utilizado também é bem
parecido com o do USB (veja a figura 2.2.24). Assim como no USB, o
barramento FireWire possui uma controladora que ou já vem on-board,ou deve
ser instalada em uns dos slots (Veja a figura 2.2.25).

29
Barramento IrDA (Infrared Deve/opers Assoclation)

O barramento IrDA, fisicamente, não é um barramento, uma vez que


utiliza luz infravermelha para realizar a comunicação. Sua utilização é indicada
para notebooks, tanto para utilizar periféricos com para transferir arquivos.
Além disso, é utilizado em casos que se quer evitar muitos cabos.

Com esse tipo de barramento, você pode ter até 126 periféricos
comunicando com uma mesma porta. Quanto à transferência, impõe-se uma
exigência de posicionamento, na qual existe um ângulo de abertura de no
máximo 30 graus (veja a figura 2.2.26). Além disso, temos um limite de 1
metro. Existe uma diferença entre os dois padrões existentes IrDA 1.9 e 1.1. O
primeiro atinge taxa de transferência de no máximo 115.200 Mbps. Já segundo
consegue transferir arquivos com uma velocidade de até 4 Mbps.

Além da transferência de arquivos, como já foi citado, encontramos esse


padrão em periféricos, como: mouse, teclado e impressora.

30
3.3 Memória

Como já vimos, o processador busca as informações a serem


processadas e entrega os resultados para a memória. Além disso, esta
armazena instruções, dados, resultado de processamento intermediário e final.

Geralmente quando falamos memória de um computador, estamos nos


referindo a memória RAM (Random Access Memory - Memória de Acesso
Randômico). Também encontramos em um microcomputador outros tipos de
memória, como a ROM, cache, entre outras. Antes de falarmos dos tipos de
memórias, desempenho e suas características, vamos comentar um pouco
sobre o funcionamento.

FUNCIONAMENTO

O processador acessa a memória para buscar e entregar dados, assim


como ocorre com os demais dispositivos. É de se esperar que haja um
esquema de organização para que não se acesse dados errados na memória.
Por isso a memória é dividida em pequenos espaços internos, chamados
endereços.Cada um deles armazena um dado de 8 bits ou 1 byte. Por
exemplo, se você possui uma memória de 64 MB, isso quer dizer que ela
possui 64 M de endereços, sendo que cada armazena 1 byte.

É provável que você esteja se


perguntando como o processador faz para
identificar um determinado endereço. O
sistema de identificação consiste em um
numerar os endereços de memória na
base hexadecimal. Veja como funciona o
esquema de endereçamento de memória
na figura 2.3.1. ao lado.

É importante salientar que quando


dissemos que um determinado processador suporta até certa quantidade de

31
memória, quer dizer que o processador é capaz de endereçar até aquela
quantidade de endereços. Por exemplo, o processador 386 suporta até 4 GB
de memória, sendo assim ele é capaz de endereçar até 4 G de endereços.

Como já foi dito, é de grande importância para o desempenho do


rnicrocomputador o tamanho do barramento de comunicação de dados, ou
seja, a quantidade de bits por pulso que ele é capaz de transmitir para acessar
a memória e/ou os demais dispositivos. Para que se atinja o desempenho
máximo de um microcomputador, é necessário que a memória ''trabalhe'' com o
mesmo número de bits que o processador. Por exemplo, se você possui um
processador que "trabalha" externamente com 32 bits, é necessário que a
memória do seu pc também "trabalhe" com 32 bits, caso contrário você nunca
conseguirá atingir as taxas de transferência máximas suportadas. Continuando
no mesmo exemplo, se a memória do seu computador "trabalhar" com apenas
16 bits, a comunicação entre o processador e a memória se dará em apenas
16 bits, tendo-se assim a taxa de transferência máxima dividida pela metade.

ROM (Read Only Memory)

A memória do tipo ROM é apenas de leitura. Ela possui um circuito


eletrônico que não permite que seus dados sejam alterados. Sendo assim,
mesmo que o dispositivo esteja sem alimentação (desligado), com esse tipo de
memória não se perde os dados nela armazenado. Entretanto, esse tipo
apresenta um tempo de acesso inferior a outros tipos, por isso são mais
lentas.É muito comum se utilizar esse tipo de memória para armazenar
programas, nos quais não se deseja realizar modificações. Quando temos um
programa (software) gravado em uma memória ROM, denominamos o mesmo
como firmware.

No microcomputador encontramos alguns firmwares gravados em


memória ROM. Entre esses podemos citar o BIOS, POST e o Setup. Todos
eles são armazenados em uma mesma memória. É muito comum chamarem-
na de BIOS, o que leva a muitos a pensar que esse circuito contém apenas a

32
BIOS, o que não é verdade. Ao ligarmos o microcomputador, o processador
busca as informações necessárias para inicialização nessa memória, lendo e
executando os firmwares.

Esses firmwares executam as seguintes funções:

BIOS (Basic Input I Output System - Sistema básico de Entrada I Saída):


Esse programa auxilia o processador a gerenciar os periféricos mais básicos
do sistema, tais como circuitos de apoio, unidade de armazenamento e vídeo
em modo texto.

POST (Power - On Self - Test I Auto teste ao ligar): Esse auto - teste é
realizado sempre que ligamos o microcomputador. Dentre os realizados,
podemos citar:

Identificação da configuração instalada;

Inicialização de todos os circuitos de apoio (chipset) da placa-mãe;

Inicialização do vídeo;

Teste de memória;

Teste de teclado;

Carregamento do sistema operacional para a memória,ou seja, cópia dos


Kernel do sistema operacional e de arquivos importantes par ao funcionamento
do sistema operacional;

Entrega do controle do microprocessador para o sistema operacional.

Existem outros periféricos que também utilizam memória ROM, como a


placa de vídeo e a de rede. Na ROM da placa de vídeo são armazenados o

33
firmwares e informações para o funcionamento do dispositivo. Já na memória
ROM da placa de rede, encontramos informações para realização de um boot
remoto.

O termo ROM é genérico para determinação desse tipo de memória.


Atualmente, encontramos outras tecnologias que se baseiam no princípio de
somente leitura. Dentre elas podemos destacar:

Mask - ROM: é um tipo de memória no qual as informações são gravadas


na fábrica do circuito integrado, não podendo ser apagada ou
regravada pelo usuário. Geralmente esse tipo é fabricado sob
encomenda e em grandes quantidades. (Veja a figura 2.3.2)

PROM (Programmable ROM): é um tipo de memória que é vendido


virgem, sendo assim o usuário (fabricante do dispositivo) é responsável pela
gravação das informações. No entanto, uma vez gravada as informações na
memória, não se conseguirá apagar ou regravar. A memória PROM é idêntica
à Mask ROM, diferenciando-se apenas pelo fato de uma ser comprada virgem
e a outra já gravada. (Veja a figura 2.3.2)

EPROM (Erasable Programmable ROM): Esse tipo de memória é vendido


do mesmo modo como ocorre com a PROM, a diferença é que a EPROM pode
ser apagada por meio de luz ultravioleta. Esta possui uma
janela transparente para que se possa apagar os dados.
Normalmente, coloca-se uma fita adesiva por cima da
janela após a gravação, de maneira que não se perca as
informações. De um modo gera, podemos dizer que
podemos regravar esse tipo de memória. Veja a detalhes na figura 2.3.3.

34
EEPROM (Electric Erasable Programmable ROM):
Esse tipo de memória é bem parecido com a memória
EPROM, no entanto o apagar dos dados da memória
EEPROM é feito por meio de impulsos elétricos, e não por
uma luz ultravioleta, como ocorre com a memória EPROM.
Outra diferença entre a EPROM e a EEPROM, é que na primeira conseguimos
apagar toda a memória, ou seja, todos os endereços são zerados. Já com a
memória podemos apagar apenas um endereço, reprogramar apenas um
determinado dado.

Flash - ROM : Na realidade, a Flash - ROM é uma


EEPROM, só que a Flash - ROM utiliza tensões de
apagar mais baixas e uma maior velocidade de gravação,
daí é que vem o nome Flash.

Agora, vamos comentar um pouco mais sobre a BIOS, afinal, sem esse
chip de memória, seu microcomputador não inicializará. Como dissemos,
dentro desse chip de memória, popularmente conhecido como BIOS,
encontramos os três firmwares responsáveis pela inicialização do
microcomputador: BIOS, POST e Setup. Os dois primeiros não são
modificados, ou seja, executam a mesma rotina durante a inicialização. No
entanto, o Setup apresenta opções de configuração para o funcionamento do
microcomputador. Essas configurações são armazenadas em uma memória
CMOS, que geralmente fica situada no chipset da placa mãe.

Ao utilizarmos a memória RAM, perdemos todos os dados nela contidos


quando desligamos a alimentação. Para não perdermos as configurações do
Setup, encontramos nos microcomputadores uma bateria que garante a
integridade das informações, mesmo quando desligamos o pc. Nas placas-mãe
mais antigas, era utilizado um chip da BIOS do tipo PROM ou MASK-ROM.
Com isso, ficava difícil atualizar a BIOS, pois era necessário gravar outra

35
memória com a nova versão da BIOS. Já nas placas-mãe mais atuais são
utilizadas memórias do tipo Flash-ROM para gravar a BIOS. Com isso, basta
que se tenha o programa de gravação e a nova versão para atualizar sua
BIOS. Isso é feito sem precisar retirar a memória, e com o computador em
funcionamento.

RAM (Random Access Memory)

Como dissemos, normalmente quando utilizamos o termo memória,


estamos nos referindo à RAM do microcomputador, utilizada pelo processador
para buscar instruções, guardar dados e entregar resultados.

A memória RAM (Random Access Memory - Memória de acesso


randômico) é um tipo que permite tanto a escrita com a leitura de dados, ou
melhor, a qualquer momento pode-se escrever, ler ou apagar dados nela
contidos. No entanto, ela é do tipo volátil, isto é, ela perde todo o seu conteúdo
na ausência de energia elétrica. Por isso é que utilizamos os sistemas de
memória de massa (disco rígidos, CDsROM, disquetes, etc.) para armazenar
informações, como o sistema operacional, programas de dados. Dizemos que
as Ram's são usadas para armazenamento temporário de informações.

Acesso randômico ou aleatório quer dizer que se pode ler ou gravar


dados em qualquer um dos endereços de memória disponíveis, com tempo de
acesso constante.

Memória RAM Dinâmica (ORAM)

Esse tipo de circuito de memória armazena informações, ou melhor, os


bit, por meio de minúsculos capacitores, utilizando o seguinte esquema de
identificação: um capacitor carregado equivale a um dado "1" e um
descarregado a um dado “0".

36
O capacitor é um componente fácil de ser construído. Consiste
basicamente em duas placas condutoras paralelas. Com isso, conseguimos
construir um circuito com muitas células capacitivas em um espaço físico
reduzido. Essa facilidade de integração é que reduz o custo de
produção.Porém, o grande problema é que, após algum tempo, os capacitores
se descarregam.Com isso, existe um período de inoperância desse tipo de
memória denominado Refresh. Este é gerenciado pela controladora de
memória, que ''varre'' todas as posições da memória, recarreegando os
capacitares que apresentam bit "1".

O processo de refresh evita que um capacitor com valor "1" se


descarregue e apresente erroneamente o valor "0". Ele é efetuado entre
períodos de tempo, na ordem de alguns milissegundos (geralmente em
intervalos de 4 ou 8 milissegundos).Dentro
desse tipo de memória, os capacitores são
organizados em matrizes. Como se sabe,
estas são compostas por linhas e colunas.
Os endereços dentro da matriz crescerão da
esquerda para a direita e de cima para baixo,
assim como o exemplo simplificado da figura
2.3.6.

Quando o processador precisa escrever ou ter algum dado na memória,


primeiro ele envia o de maior prioridade, que é o da linha, depois ele envia o de
menor prioridade, que é o da coluna. Esses sinais de controle são
denominados de RAS (Row address Strobe) e CAS (Column Address Strobe),
sendo que o primeiro indica a linha e o segundo indica a coluna.

A memória DRAM é a memória principal do microcomputador. Nela são


armazenados os programas a serem executados. Como características
principais da memória DRAM, podemos citar então:

Baixo custo de fabricação;

37
Fácil integração, isto é, muita capacidade de armazenamento em pouco
espaço físico;

Baixo consumo de energia;

Tempo de acesso limitado devido ao processo de refresh.

Memória RAM Estática (SRAM)

Esse tipo de memória é muito mais rápida que a dinâmica. Isso deve-se
principalmente ao fato delas não necessitarem de Refresh, uma vez que
utilizam outra tecnologia de armazenamento. Ao invés de minúsculos
capacitores, a memória SRAM (Static RAM) utiliza circuitos digitais - chamados
Flip-Flops - para armazenar os bits.

Apesar dos Flip-Flops não necessitarem de refresh, uma vez que são
circuitos mais completos, eles ocupam um espaço físico bem maior que os
capacitares. Por apresentar uma tecnologia mais completa e uma difícil
integração, as memórias SRAM são mais caras.

Sendo assim, utiliza-se apenas uma pequena quantidade de memória


SRAM no microcomputador. Geralmente essa SRAM recebe o nome de
memória Cache no Microcomputador, tendo em vista que ela funciona como
intermediária, ou seja, recebe os dados da memória principal e os entrega ao
processador.

Como características principais da memória DRAM, podemos citar


então:

Alto custo se comparado com outros tipos de memória;

Difícil integração (pouca capacidade de armazenamento em muito


espaço físico);

Alto consumo de energia;

38
Rápida.

O processador executa sua tarefa de leitura e escrita de dados na


memória RAM em um determinado tempo, chamado tempo de acesso. Para o
processador fazer a leitura ou escrita na memória, vários sinais elétricos são
ativados, assim como já foi visto: sinais de dados, de endereço e de controle. O
tempo de acesso é o período que demora entre o início da ativação de leitura
ou escrita até a entrega efetiva dos dados. O tempo de acesso é uma
característica inerente a todas as memórias, ou seja, uma característica física
de cada uma. Como já comentamos, a memória SRAM apresenta tempo de
acesso bem menor que a DRAM. Geralmente as memórias SRAM apresentam
tempos de acesso da ordem de 20 ns. Já as DRAM apresentam períodos de
acesso da ordem de 60 ou 70 ns. Sendo assim, lembre-se de que quanto
menor for o tempo de acesso de sua memória, melhor!

CicIo de Acesso

O processador demora em tomo de dois pulsos de clock para acessar a


memória RAM. Sendo assim, a memória do microcomputador deve ser capaz
de entregar ou armazenar um dado em um período de tempo que seja menor
ou igual ao período de dois pulsos de clock do processador. É claro que o clock
que estamos nos referindo é o do barramento local.

Para entender melhor, imagine que o microcomputador tenha um


processador que acesse a memória com uma frequência de 25 MHZ. Nesse
exemplo, o período de cada pulso será de 40 ns. Sendo assim, a memória
desse microcomputador deverá ter um tempo de acesso igual ou inferior a 80
ns segundos. Caso se queira utilizar uma memória com tempo de acesso
superior aos 80 ns, é bem provável que o microcomputador comesse a travar
ou até mesmo que ele nem ligue.

À medida que o clock do barramento local, menor deverá ser o tempo de


acesso da memória.

39
Wait States

Muitos devem ter se perguntado sobre o que fazer caso a memória


apresente um tempo de acesso superior ao ciclo de acesso. A solução para
esses casos é a utilização de pulsos de clock extras, chamados de wait states.

Esses pulsos extras são adicionados ao ciclo de leitura e tem como


objetivo tornar o ciclo de acesso à memória compatível com o tempo de
acesso. Assim, conseguimos "trabalhar" com memórias que apresentam
tempos de acesso superiores aos de ciclo de acesso. Por exemplo, se
utilizarmos um processador que "trabalhe" externamente a 66 MHZ e uma
memória com tempo de acesso de 60 ns, será necessário adicionar 2 wait
states para que o processador consiga comunicar com a memória.

O grande problema é que durante esse período de wait states, o


processador fica ocioso, fazendo com que haja queda no desempenho do
microcomputador. Melhor dizendo, o processador ficará parado, enquanto a
memória grava ou entrega algum dado.

A solução para que o microcomputador não sofra tanto impacto no


desempenho é a utilização da memória cache. Com esse recurso, na maioria
das vezes o processador não precisará utilizar wait states e,
conseqüentemente, não comprometerá o desempenho do microcomputador,
mesmo porque, em 80% do tempo, o processador acessa apenas a memória
cache.

A memória cache é uma memória intermediária, utilizada pelo


processador para evitar o acesso à lenta memória RAM do microcomputador.
Como o objetivo é melhorar o desempenho, a cache utilizada é do tipo estática.
A principal função da memória cache é evitar que o processador tenha que
acessar à memória convencional do microcomputador. Esse acesso direto
normalmente é realizado com Wait States, deixando o processador OCIOSO.
Como já comentamos, a memória estática possui um custo elevado em relação
às dinâmicas, por isso utiliza-se apenas uma pequena quantidade de memória

40
cache. Nos microcomputadores atuais, essa quantidade varia de 256 KB a 2
MB.

O esquema de funcionamento da memória cache é simples, ela tem um


caráter antecipativo, ou seja,antes do processador precisar de uma
determinada informação, a memória cache as busca e as deixa armazenadas
em seu espaço disponível, para que ,quando o processador necessite das
mesma, ele possa acessá-Ias com bastante velocidade. Todo esse
funcionamento da memória cache é gerenciado por uma controladora, assim
como ocorre com a memória do microcomputador. No entanto, não é sempre
que a controladora consegue disponibilizar na memória cache todos os dados
que o processador necessita. Quando ele precisa de uma informação e não a
encontra na memória cache,ele precisa buscá-las diretamente na memória do
microcomputador. Geralmente, de 80 a 90% das vezes, o processador acessa
apenas a memória cache. A utilização de memória cache foi introduzida a partir
do uso dos processadores 80386. Esta ficava na placa-mãe e era acessada na
mesma freqüência do barramento local.

A partir do486, os processadores passaram a ter uma pequena


quantidade de memória cache interna. Esta recebeu o nome de LI (leveI 1).
Nos 486's, essa memória cache LI era utilizada tanto para armazenar dados
como para armazenar instruções. Já a partir dos processadores de 58 geração,
esse LI era dividido em dois, um para dados e outro para instruções. Isso fez
com que o rendimento do microcomputador aumentasse ainda mais.

Na época do 486, o cache LI também era chamado de interno, porque a


memória cache L2 ficava situada na placa mãe. Esta é uma memória estática
com maior capacidade de armazenamento. Antigamente ela recebia o nome de
cache externo. Atualmente, ela fica localizada internamente ao processador, o
que faz com que aumente bastante o desempenho, pois o acesso a cache L2 é
realizado com a freqüência interna do processador.

41
Em computadores mais novos encontramos a memória cache L3, que
fica localizada na placa-mãe. Ela ainda pode ser encontrada em um
barramento dedicado de 128 bits em processadores com os da linha Itanium.

A linha de processadores ltanium ainda permite a utilização de um cache


L4 com grande capacidade de armazenamento.

Detecção de erros (Paridade ou ECC)

Os dados armazenados em uma memória, apesar de serem controlados


por uma controladora, não apresentam uma confiabilidade muito alta. Não é
muito difícil um ‘0’ ou um “1“ trocarem de valor, fazendo com que a informação
perca seu sentido, prejudicando a execução de um programa ou até mesmo a
execução do sistema operacional. Por isso, os microcomputadores utilizam
métodos de detecção de erros.

O método mais antigo de detecção de erros chama-se Paridade. Ele


acompanha o microcomputador desde seu surgimento. O esquema de
detecção de erros por Paridade consiste em se acrescentar um bit de controle
a cada grupo de 8 bits (1byte). Esse bit adicional é denominado bit de paridade.
A função dele é fazer com que o número de “1” s da seqüência seja par. Por
exemplo, se o byte 01111010b (b = bit de paridade) for armazenado em uma
memória, o bit de paridade deverá ser 1, de maneira que haja seis “1" s, que é
um número par. Caso o byte fosse 01011010b, o bit de paridade deveria ser 0,
para que o número de “1”s continue sendo par, ou melhor, no caso desse
exemplo quatro.

Quando o sistema for ler esses dados, um circuito testador confere o bit
de paridade para verificar se algum dado corrompeu-se. Caso tenha ocorrido
algum erro, o circuito informará ao sistema. Esse método é bastante
rudimentar, pois não detecta erros mais graves, como no caso de dois números
alterarem seus valores. Além disso, o circuito não aponta o bit defeituoso e
nem tenta corrigir o erro.

42
Já o ECC (Error Correction Code) é um sistema de correção de erros
bem mais confiável, podendo até corrigir erros automaticamente. No entanto, o
esquema ECC necessita de alguns bits a mais que o método de paridade para
detectar erros. Essa maior confiabilidade e segurança tem suas desvantagens
também. No caso no esquema ECC, além do preço, tem o fato do sistema ficar
mais lento, pois leva-se mais tempo para conferir a integridade dos dados e
corrigir o necessário. Esse método não é muito utilizado em memórias RAM, no
entanto é imprescindível para unidades de armazenamento em massa (discos
rígidos, Cd-rom'sJ Fita DATJ etc.).

Módulos, encapsulamentos e sockets de Memória

Antigamente era muito difícil um usuário comum ou até mesmo um


técnico instalar memória em um microcomputador. Além dos problemas
comuns como maus contatos - terminais partidos ou instalação errada dos
circuitos integrados - havia o problema de soldagem de circuitos integrados em
superfície, sem contar dos cálculos realizados para saber como deveria ser
formado um banco de memória. Atualmente já encontramos encapsulamentos
de memória que não exigem tanto do instalador.

É importante ressaltar que o módulo de memória (SIMM, DIMM, DDR-


DIMM) é uma coisa e circuito de memória (FPM, EDO, BEBO, SDRAM, DDR-
SDRAM, VCM, RDRAM) é outra. Por exemplo, existe módulos SIMM que
utilizam circuitos FPM e EDO.

Instalação da Memória

Quando você for instalar memórias em um microcomputador, você


deverá prestar atenção quanto ao número de bits da memória e do
processador. O número de bits que o processador é capaz de manipular
externamente deverá ser igual ao número de bits que a memória é capaz de
manipular.

43
Por exemplo, se você tem um 486 DX4-100, que apresenta um
barramento de 32 bits, a memória deverá ser igualmente de 32 bits. No caso
dos processadores Pentium e superiores, ela deverá ser de 64 bits, uma vez
que eles "trabalham” externamente com 64 bits.

No entanto, caso sua memória não apresente o mesmo número de bits


do processador, você deverá utilizar um banco de memórias. Este é um
conjunto de memórias que perfaz o mesmo número de bits do barramento de
dados do processador, ou seja, a soma dos bits de cada módulo de memória
do banco deverá ser igual ao número de bits do processador. Esse recurso é
utilizado em microcomputadores mais antigos. Voltando ao exemplo anterior,
caso a sua placa-mãe suporte apenas módulos SIMM-30,serão necessários 4
módulos para formar o banco de memória, uma vez que os módulos SIMM-30
"trabalham” com 8 bits. Se a placa-mãe do mesmo processador utilizar
módulosSIMM-72, não haverá necessidade de se instalar mais que um módulo,
tendo em vista que os SIMM-72 trabalham com 32 bits.

No caso dos processadores Pentium e superiores, o banco de memória


deverá ser de 64 bits. Sendo assim, se você estiver utilizando módulos SIMM -
72, serão necessários dois módulos.

Instalação de Módulos SIMM-30 e SIMM-72

Os módulos SIMM-30 e SIMM-72 seguem os seguintes passos para sua


instalação(Veja a demonstração de procedimento na figura 2.3.13):

1. Insira o módulo diagonalmente ao


soquete. O módulo só irá encaixar
na posição correta, portanto não
há risco de inversão.

2. Após o encaixe do módulo,


empurre-o de maneira que o
módulo fique perpendicular ao soquete

44
Instalação de Módulos DIMM, DDR-DIMM e RIMM

Os módulos DIMM e DDR-DIMM são mais fáceis de instalar que os


SlMM. A instalação dos módulos segue os seguintes passos (veja a figura
2.3.14):

1. Libere as Presilhas laterais do


soquete.

2. Insira o módulo de memória


perpendicularmente ao soquete. Não se preocupe pois o módulo não irá
se encaixar caso a memória esteja invertida.

3. Empurre o módulo até o final do soquete. Com isso, as presilhas irão se


prender automaticamente.

3.4 Placa Mãe

Fundamentos

A placa-mãe é uma das placas presentes no microcomputador,


entretanto ela merece uma atenção especial, uma vez que nela são
conectados todos os componentes vitais para o funcionamento do
microcomputador.

Encontramos outras denominações para essa placa, tais como:


Motherboard (fuglês), Placa Principal, Placa de Sistema ou Placa de Cpu.
Assim como no caso de outras placas, ela influencia muito no desempenho
geral do microcomputador.

Assim como ocorre com os demais componentes do microcomputador,


as placas-mães também possuem marca. Dentre os principais fabricantes,

45
podemos citar: Abit, Asus, Soyo, FIC, PCChips, MSI, Gigabyte, A-trend, ECS.
Existem inúmeros fabricantes no mercado. É muito comum pessoas
confundirem a marca da placa-mãe com a marca do chipset. Isso pode ser até
aceitável no caso de fabricantes de chipsets que também fabricam placas,
como é o caso da Intel e da VIA.

Existem algumas maneiras para você identificar qual o fabricante e


modelo da sua placa mãe. Veja a seguir.

A principal maneira para se descobrir o modelo e fabricante da placa-


mãe é por meio do manual da mesma ou pela escrita serigráfica na placa.

Caso você não possua o manual e/ou a placa mãe não apresentar
nenhuma descrição, você poderá descobrir a marca por meio do número de
série da BIOS. Isso se deve ao fato dos fabricantes definirem um número ou
código para cada tipo de BIOS encomendado. Como já foi dito, cada placa-mãe
possui uma BIOS especifica. Essa escrita serigráfica pode ser observada na
BIOS ou na parte inferior da tela durante o POST. Com posse dela, você
poderá identificar a placa mãe e saber informações sobre a mesma em sites da
internet, como no site http://www.ping.belbios.

Outra maneira de identificar a placa- mãe é por meio de programas,


como o Ctbios e o Hwinfo que "lêem" automaticamente o número de série da
BIOS e informam na tela qual a marca e as informações da mesma.

Componentes Básicos da Placa Mãe

Para se entender melhor o funcionamento da


placa mãe e sua funcionalidade, iremos descrever
os principais componentes encontrados nas placas-
mãe. Veja uma delas, na figura 2.3.1, com alguns
componentes mais comuns.

46
Modelos de Placa Mãe

Como já comentamos, até a época do 386, os processadores vinham


soldados diretamente sobre a placa. Entretanto, a partir do 486, com a adoção
de um soquete padronizado, viu-se possível a utilização diversos modelos de
processadores para o mesmo processador, disponibilizando ao usuário a
escolha da placa mãe e do processador a ser utilizado.

A tabela abaixo tem os soquetes existentes no mercado e seus


respectivos processadores.

Dessa forma é que classificamos a placa-mãe, de acordo com o tipo de


soquete. Por isso, quando formos realizar um up-grade de processador, é
necessário que o novo seja compatível com o soquete existente na placa mãe.
Caso não seja, será necessário a substituição da placa mãe.

Outra consideração importante quanto à compatibilidade na hora de se


fazer up-grade, ou até mesmo na hora da montagem do microcomputador, é a
faixa de freqüência do processador que o chipset da placa mãe suporta
"trabalhar". Isso é importante, pois caso você compre um processador cuja
freqüência supere o limite do chipset, o computador não irá funcionar.

Placas mãe Multiprocessadas

47
Como já comentamos, encontramos no mercado placas-mãe que
aceitam mais de um processador. Nesse casso, aqueles como os da Intel e o
Atlhon MP, da AMD, permitem que o computador "trabalhe" com esquema de
processamento simétrico, ou seja, todo o conteúdo a ser processado é dividido
pelos processadores existentes no microcomputador. Isso só é possível caso
os processadores instalados na placa-mãe sejam absolutamente iguais.

Esse tipo de configuração é recomendado para servidores e para


workstations de alto desempenho. Além disso, é necessário utilizar um sistema
operacional que suporte o multiprocessamento simétrico (SMP), como é o caso
do Wndows Nf Server, Windows 2000 server, Windows 2003, Linux e Unix.

3.5 Armazenamento de Dados

O sistema operacional deve ser capaz de rapidamente identificar e


recuperar dados da unidade de armazenamento em massas utilizada. Para que
isso aconteça é necessário que o sistema operacional utilize um esquema de
endereçamento para localizar e armazenar os dados na unidade de
armazenamento. Esse esquema é genericamente chamado de formatação.

Todos as unidades de armazenamento (HD, disquete, Zip disks, etc.)


possuem discos que são divididos magneticamente em círculos concêntricos
chamados trilhas. Estas são subdivididas em setores. Cada um possui uma
capacidade de armazenar 512 bytes.

Cada disco possui uma formatação diferente. Quanto maior o número de


trilhas e setores, maior será a capacidade de armazenamento dele. Essa
unidade também possuirá uma capacidade de armazenamento baseada no
número de discos, ou seja, quanto maior o número de discos, maior será a
capacidade de armazenamento da unidade.

As mídias removíveis (disquete, Zip disks) possuem o esquema de


formatação apresentado, ou seja, setores de 512 bytes. Esse esquema é
padronizado, de maneira que você possa utilizar a sua mídia removível em

48
qualquer computador. Entretanto, apenas discos rígidos, por serem sistemas
selados, podem utilizar formatações físicas diferentes.

Para se calcular a capacidade de armazenamento de um disco, basta


você utilizar a seguinte fórmula. Por exemplo: se você possui um disco cujo
formato seja de 80 trilhas, 18 setores por trilha, duas faces no disco e um disco,
você terá uma capacidade de armazenamento de 1.474.560 bytes ou 1.44MB.
Essa formatação é a do conhecidíssimo disquete 1.44MB

Por exemplo: se você possui um disco cujo formato seja de 80 trilhas, 18


setores por trilha, duas faces no disco e um disco, você terá uma capacidade
de armazenamento de 1.474.560 bytes ou 1.44MB. Essa formatação é a do
conhecidíssimo disquete 1.44MB.

Após a formatação física, feita pelo próprio fabricante do disco rígido nas
etapas finais da produção, temos um HD dividido em trilhas, setores e cilindros,
toda a infra estrutura básica para permitir que a cabeça do leitor possa ler e
gravar dados. Porém, para que esse disco possa ser reconhecido e utilizado
pelo sistema operacional, é necessária uma nova formatação, a chamada
formatação lógica. Esta consiste em escrever no disco a estrutura do sistema
de arquivos utilizado pelo sistema operacional. Um sistema de arquivos é um
conjunto de estruturas lógicas e de rotinas, que permitem ao sistema
operacional controlar o acesso ao disco rígido. Diferentes sistemas
operacionais usam variados sistemas de arquivos.

Com exemplo, imagine uma empresa com duas secretárias, ambas com
a função de organizar vários documentos, de modo que possam localizar
qualquer um deles com facilidade. Como as duas trabalham em departamentos
diferentes, cada uma iria organizar as papeladas da maneira que achasse
pessoalmente mais conveniente, e ,provavelmente, uma não entenderia a
forma de organização da outra. .

49
Do mesmo modo que as secretárias, os sistemas operacionais
organizam o espaço do disco rígido de modo que se permita armazenar e
acessar os dados de maneira mais eficiente, de acordo com os recursos,
limitações e objetivos do sistema.

Diferentes sistemas operacionais existem com diversos propósitos. O


Windows 98, por exemplo, é destinado basicamente para uso doméstico, tendo
como prioridade a facilidade de uso e a compatibilidade. Sistemas baseados no
Unix já têm como prioridade a estabilidade e segurança. Claro que com
propósitos tão diferentes, esses sistemas usam de vários artifícios para
organizar os dados no disco, de modo a melhor atender seus objetivos.

Depois dessas várias páginas de explicações técnicas, talvez você


esteja achando que este é um processo difícil, mas é justamente o contrário.
Para formatar um disco a ser utilizado pelo Windows 98, por exemplo,
precisamos apenas dar boot através de um disquete, e rodar o programa
FDISK, seguido do comando FORMAT c: (ou a letra da unidade a ser
formatada).

Outros sistemas operacionais algumas vezes incluem até mesmo


"Wizzards", que orientam o usuário sobre a formatação lógica do disco durante
o processo de instalação. O Conectiva Linux, a partir da versão 6 (assim como
outras distribuições atuais do Linux), possui até mesmo uma opção de
particionamento automático, dada durante a instalação.

Para os que preferem a particionar o HD manualmente, existe um


programa gráfico muito fácil de usar.

No Windows 200, o particionador é igualmente fácil, apenas com a


diferença de rodar em modo texto. Os sistemas de arquivos mais usados
atualmente são: a FAT16, compatível com o DOS e todas as versões do
Windows; a FAT32, compatível apenas com o Windows 98 e Windows 95
OSR/2 (uma versão "debugada" do Windows 95, com algumas melhorias,
vendida pela Microsoft, em apenas um conjunto com computadores novos); o

50
NTFS, compatível com o Windows NT; o EXT2, usado pelo Linux; e o HPFS,
compatível com o OS/2 e versões antigas do Windows NT.

UNIDADES DE ARMAZENAMENTO

Unidade de Disquete

A unidade de disquete é o elemento responsável pela leitura/gravação


em um disquete. Encontramos diversos formatos diferentes, sendo assim,
encontramos diferentes unidades de disquete.

Encontramos unidades de 3 ¹/2" e 5 ¹/4". A primeira apresenta disquetes


com capacidades de armazenamento de 720 KB e l.44KB. Já a segunda, de
360 KB e 1,2MB. Tanto a unidade como os disquetes de 5 ¹/4" já caíram em
desuso há anos. Existe ainda um disquete de 2,88 MB para unidade de 3 1/2”,
no entanto são muito raros de serem encontrados.

Formatação

Como já comentamos, os disquetes possuem um padrão fixo de


formatação, de maneira que o usuário possa utilizá-lo em qualquer
microcomputador, e não apenas naquele que foi formatado. Abaixo veremos a
formatação dos disquetes disponíveis para PC:

Uma técnica interessante, que não poderia deixar de ser mencionada, é


a formatação de um disquete fora dos seus padrões. O objetivo disso é obter
mais espaço para armazenar dados no disquete. Para isso, é necessária a
utilização de programas como Fdformat, FDRead e Diskcopy. O problema é

51
que, para o usuário ter acesso aos dados de um disquete que foi formatado
fora do padrão, será necessário que ele tenha instalado no microcomputador
um desses programas.

Disco Rígido

O Hard Disk, ou simplesmente Disco Rígido, é um sistema de


armazenamento de alta capacidade, que por não ser volátil, é destinado ao
armazenamento de arquivos e programas. Apesar de não parecer à primeira
vista, o HD é um dos componentes que compõem um PC que envolve mais
tecnologia. Neste capítulo, vamos examinar o funcionamento dos discos
rígidos, tanto a nível físico, quanto a nível lógico.

Sem dúvida, o disco rígido foi um dos componentes que mais evoluiu na
história da computação. O primeiro foi construído pela IDM em 1957, e era
formado por um conjunto de nada menos que 50 discos de 24 polegadas de
diâmetro, com uma capacidade total de 5 Megabytes, algo espantoso para a
época. Comparado com os discos atuais, esse pioneiro custava uma
verdadeira fortuna: 35 mil dólares. Porém, apesar de inicialmente serem
extremamente caros, eles foram tornando-se populares nos sistemas
corporativos, pois forneciam um meio rápido de armazenamento de dados.

O primeiro disco rígido foi chamado de RAMAC 350 e, posteriormente,


apelidado de Winchester, termo muito usado ainda hoje para designar HD's de
qualquer espécie. Winchester era um modelo de espingarda de dois canos, na
época muito popular nos EUA. Alguém então relacionou isso ao fato de o
RAMAC ser composto por vários discos, surgindo o apelido.

Com o passar do tempo, os discos foram crescendo em capacidade,


diminuindo em tamanho, ganhando em confiabilidade e tomando-se mais
baratos. Os primeiros usados em computadores pessoais, no inicio da década
de 80, eram compostos de 5.25 polegadas de diâmetro, possuíam capacidades
entre 5 e 20 MB e custavam a partir de 1500 dólares. Hoje em dia, cerca de 20

52
anos depois, é possível encontrar discos de 13 GB ou mais, por menos de 150
dólares, mesmo aqui no Brasil.

Dentro do disco rígido, os dados são gravados em discos magnéticos,


chamados em Inglês de platten. A denominação "disco rígido" vem justamente
do fato de os discos internos serem lâminas metálicas extremamente rígidas.
Os platters são compostos de duas camadas.

A primeira é chamada de substrato e nada mais é do que um disco


metálico, geralmente feito de ligas de alumínio. Esse disco é polido em salas
limpas, para que se tome perfeitamente plano. A fim de permitir o
armazenamento de dados, ele é recoberto por uma segunda camada, agora de
material magnético. A aplicação dessa cobertura é feita dos dois lados do
disco, e o método varia de duas maneiras. A primeira chama-se eletroplating
e é bem semelhante à eletrólise usada para banhar bijuterias à ouro. Essa
técnica não permite uma superfície muito uniforme e, por isso, só é usada em
HD's antigos, em geral os com menos de 500 MB. A técnica utilizada
atualmente é muito mais precisa, chama-se sputtering e usa uma tecnologia
semelhante à usada para soldar os transistores dos processadores.

Como a camada magnética tem apenas alguns mícrons de espessura, é


recoberta por uma fina camada protetora, que oferece alguma proteção contra
pequenos impactos. Esta é importante, pois apesar de os discos serem
encapsulados em salas limpas, eles internamente contêm ar, com pressão
semelhante à ambiente. Como veremos adiante, não seria possível um disco
rígido funcionar, caso internamente houvesse apenas vácuo.

Os HD's são hermeticamente fechados, a fim de impedir qualquer


contaminação proveniente do meio externo, porém, nunca é possível manter
um ambiente 1000,10 livre de partículas de poeira. Um pequeno dano na
camada protetora não interfere no processo de leitura/gravação, que é feito de
forma magnética.

Os discos são montados em um eixo também feito de alumínio, que


deve ser sólido o suficiente para evitar qualquer vibração dos discos, mesmo a

53
altas rotações. Esse é mais um componente que passa por um processo de
polimento, já que os discos devem ficar perfeitamente presos e alinhados.

Finalmente, temos o motor de rotação, responsável por manter uma


rotação constante. Este é um dos maiores responsáveis pela durabilidade do
disco rígido, pois a maioria das falhas graves provém justamente do motor.

Os HDs mais antigos utilizavam motores de 3,600 rotações por minuto,


enquanto que , atualmente, são utilizados motores de 5,600 ou 7,200 RPM,
que podem chegar a mais de 10,000 RPM nos modelos mais caros. A
velocidade de rotação é um dos principais fatores que determinam a
performance.

Para ler e gravar dados no disco, usamos cabeças de leitura


eletromagnéticas (heads em Inglês) . Estas são presas a um braço móvel
(arm), o que permite seu acesso a todo o disco.

O braço de leitura é uma peça triangular feita de alumínio ou ligas deste,


pois precisa ser, ao mesmo, tempo leve e resistente. Um dispositivo especial,
chamado de atuador, ou "actuator” em Inglês, coordena o movimento das
cabeças de leitura.

Nos primeiros discos rígidos, eram usados


antiquados motores de passo para movimentar os
braços e cabeças de leitura. Porém, além de muito
lentos, eles eram muito susceptíveis a problemas de
desalinhamento, além de não serem muito
confiáveis. Os discos contemporâneos (qualquer
coisa acima de 40 MB) utilizam um mecanismo bem mais sofisticado para essa
tarefa, justamente o atuador, composto por um dispositivo que atua por meio
de atração e repulsão eletromagnética. Basicamente temos dois eletroímãs, um
de cada lado do braço móvel. Alterando a intensidade da corrente elétrica e,
conseqüentemente, a potência de cada imã, o braço e as cabeças de leitura se
movimentem. Apesar de parecer suspeito, esse sistema é muito mais rápido,
preciso e confiável os motores de passo.

54
Outro dado interessante é a maneira como as cabeças de leitura lêem
os dados, sem tocar na camada magnética. Se você tiver a oportunidade de
ver um disco rígido aberto, verá que, com os discos parados, as cabeças de
leitura são pressionadas levemente em direção a ele, tocando-o com uma certa
pressão. Porém, quando os discos giram à alta rotação, forma-se uma espécie
de colchão de ar, pois eles são fechados o hermeticamente, mas não à vácuo,
temos ar dentro deles. Esse colchão de ar repele a cabeça de leitura, fazendo
com que fique sempre a alguns mícrons de distância dos discos.É mais ou
menos o mesmo principio utilizado nos aviões.

Veja que enquanto o HD está desligado, as cabeças de leitura ficam em


uma posição de descanso, longe dos discos magnéticos. Elas só saem dessa
posição quando os discos já estão girando à velocidade máxima. Para prevenir
acidentes, as cabeças de leitura voltam à posição de descanso sempre que
não estão sendo lidos dados, apesar de os discos continuarem girando.

É justamente por isso que, às vezes, ao sofrer um pico de tensão ou o


micro ser desligado enquanto o HD é acesso, surgem setores defeituosos. Ao
ser cortada a energia, os discos param de girar e é desfeito o colchão de ar,
fazendo com que as cabeças de leitura possam vir a tocar os discos
magnéticos.

Para diminuir a ocorrência deste tipo de acidente, nos HD's modernos é


instalado um pequeno imã em um dos lados do atuador, que se encarrega de
atrair as cabeças de leitura à posição de descanso toda vez que a eletricidade
é cortada (tecnologia chamada de auto-parking). A camada de proteção dos
discos magnéticos também oferece alguma proteção contra impactos, mas
mesmo assim, às vezes, os danos ocorrem, resultando em um ou vários
setores defeituosos. Por isso, é sempre bom desligar o micro apenas na tela "o
seu computador já pode ser desligado com segurança" do Windows.

Apesar do preço, um no-break será uma excelente aquisição, não só por


aumentar sua tranqüilidade enquanto está trabalhando (já que mesmo se a
eletricidade acabar, você ainda terá tempo suficiente para salvar seu trabalho e

55
desligar tranqüilamente o micro), mas por prevenir danos aos discos rígidos.
Atualmente, os modelos mais baratos custam menos de 200 reais, menos de
15% do valor total de um micro simples.

Placa Controladora

Todo o funcionamento do disco rígido, a movimentação da cabeça de


leitura, a velocidade de rotação, a leitura e gravação dos dados, o envio e
recebimento de dados através da porta IDE, etc. é coordenado pela placa
controladora. Nos HD's mais antigos esta era uma placa separada, conectada a
um slot ISA e ligada ao HD por dois cabos de dados. Esse arranjo era muito
ineficiente, pois a distância tomava a comunicação muito susceptível a
interferências e corrupção de dados.

A partir do advento dos discos IDE, a placa controladora passou a fazer


parte do próprio disco rígido. Nada mais lógico, pois ela precisa ser construída
de acordo com a arquitetura física do disco, e jamais funcionaria em outro
modelo, sendo assim, não existiria motivo para mantê-los separados. Além da
praticidade,esse arranjo permite uma comunicação de dados muito mais
eficiente, já que são usados cabos muitos mas curtos. É por isso que não
dizemos "controladoras IDE" e sim "interface IDE", pois ela funciona apenas
como um meio de comunicação, já que a controladora faz parte do próprio
disco rígido.

Apesar de pequena, a placa controladora de um disco atual é muito mais


sofisticada do que um micro antigo inteiro (um 286 por exemplo). Ela possue
mais poder de processamento e até mesmo mais memória - na forma do cache
ou buffer, por sinal um dos grandes responsáveis pelo desempenho dos HD's
atualmente. Os HD's atuais podem trazer até 2 MB de cache, que armazena os
dados acessados, diminuindo bastante o número de leituras. Dados
armazenados no cache podem ser transferidos quase que instantaneamente,
usando toda a velocidade permitida pela interface IDE, enquanto um acesso a
dados gravados nos discos magnéticos demoraria muito mais tempo.

56
Condições básicas para Instalação de computadores e periféricos

1. O microcomputador e seus periféricos deverão ser instalados em um


local adequado com as mínimas condições necessárias para seu uso:
ventilação, iluminação e espaço para possíveis visitas do técnico de
manutenção;

2. Desaconselha-se instalação em pisos revestidos com carpete ou produto


similar, devido a problemas com eletricidade estática;

3. A temperatura ideal para a operação do computador situa-se na faixa de


18 à 25 graus centígrados;

4. Faixa admissível para umidade do ar de oito por cento a oitenta por


cento;

5. A rede elétrica deve fornecer uma tensão de 127V ou 220V (tolerância


de +/ - 10);

6. Se não houver, providenciar malha de aterramento que poderá ser do


tipo isolada, ponto único ou malha de referência (SRG). A impedância que uma
boa malha de aterramento deve apresentar é de no máximo 5 Ohm;

7. O neutro e o terra nunca podem estar interligados (em curto) na tomada


de alimentação. Entre ambos não pode exceder a faixa de 0,3 a 3 Volts(para a
malha de aterramento isolada);

8. O circuito da rede de alimentação elétrica deve ser independente para


os microcomputadores e periféricos;

9. Para locais onde exista flutuação na


tensão da rede de alimentação elétrica, é
obrigatório o uso de um estabilizador elétrico
de tensão.

57
Exercícios:

Como é feito o cálculo para a taxa de transferência?

( ) Freqüência de operação x número de bits.


( ) Freqüência de operação x número de bits / 4.
( ) Freqüência de operação x número de bits / 8.
( ) Freqüência de operação x número de bits / 6.

2) Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:

(1) IRQ ( ) Composto pela memória ROM.

(2) Disco rígido ( ) Interrompe todos os processos que estão sendo

executados pelo processador.

(3) Firmware ( ) Armazena dados.

58
MÓDULO 4 - MONTAGEM DE MICROCOMPUTADOR

4.1 Montagem de Microcomputador

Montagem de Microcomputadores tem se mostrado uma área bastante


rentável, na qual o técnico compra todas as peças, monta o microcomputador e
revende o mesmo.

Neste capitulo, mostraremos todos os passos para montagem de um


microcomputador, desde os procedimentos de segurança e ambiente, até a
conexão do cabo de força na tomada para teste.

Ambiente de trabalho

O ambiente de trabalho deve ser bastante limpo, arejado e organizado.


Nada de computadores e peças para todo o lado. Um bom profissional deve
ser organizado. Um ambiente confortável auxilia o profissional a executar um
bom trabalho.

Evite trabalhar em ambientes cujo chão seja de carpete, pois o mesmo


acarreta na geração de eletricidade estática. Mesmo que você utilize
equipamentos de segurança, como pulseira antiestática, quanto menor o risco
de danos para os componentes eletrônicos, melhor.

A bancada de trabalho deverá ter espaço suficiente pra caber todos os


componentes do microcomputador que será montado. Assim como no caso do
ambiente, a bancada deve ser recoberta com materiais que não acumulem ou
gerem eletricidade estática. De preferência, utilize borrachas próprias para
manutenção de equipamentos eletrônicos que dissipam a eletricidade estática.
Basta você conectar a borracha ao aterramento.

A alimentação da bancada de trabalho deve ser bastante planejada, de


maneira que não ocorram sobrecargas, curtos-circuitos ou fugas de corrente. O
número de tomadas deve ser levado em conta, para evitar a utilização de
conectores múltiplos de energia (T).

59
O aterramento da bancada deve
ser realizado assim como descrita no item
energia elétrica. Todas as tomadas devem
possuir aterramento, assim como
borrachas de revestimento da bancada e
pulseira antiestática devem ser
conectadas ao aterramento.

Para montar um microcomputador, você precisa de um Kit de


ferramentas. Nesse Kit não pode faltar:

• Jogo de chaves de fenda;

• Jogo de chaves Philips;

• Pinça;

• Parafusos;

• Isolantes;

• Pistola de cola quente;

• Ferro de solda, sugador e solda;

• Alicate de bico.

Como era de se imaginar, para se montar um microcomputador seria


necessário adquirir todo o material, ou seja, as peças e os componentes de um
microcomputador. O primeiro passo será definir todo o material de acordo com
a configuração escolhida, não se esquecendo dos componentes básicos de um
microcomputador:

• Gabinete com fonte de alimentação, deverão ser do mesmo padrão da


placa-mãe (AT, ATX, NLX, ete.);

• Processador;

60
• Placa-mãe compatível com o processador, ou o inverso, o processador
compatível com a placa-mãe;

• Memória RAM compatível com o processador e a placa-mãe;

• Placa de vídeo ISA (no caso de microcomputadores mais antigos), PCI e


AGP (caso a placa-mãe possua slot AGP). No caso de placas-mãe com
vídeo on-board, não será necessário adquirir este componente;

• Monitor de vídeo;

• Disco Rígido;

• Unidade de disquete;

• Teclado;

• Mouse.

Esses são os componentes básicos a serem adquiridos. Contudo você


poderá adquirir ainda outros periféricos, tais como: unidade de CD-ROM,
placas de som, placa de fax-modem, placa de rede, impressora, scanner, etc.

Outro componente importante que devem ser adquirido caso o micro


seja antigo (até a época dos primeiros 486), é a placa IDE plus ou super IDE.
Isso se deve ao fato de que essas placas mãe antigas não tinham integrado
interfaces para unidade de disquete, interface para portas IDE portas seriais e
paralela.

Todo procedimento de montagem deve seguir um roteiro. Na montagem


do microcomputador não é diferente. Estamos propondo um roteiro de
montagem que facilita muito o processo de montagem. No entanto, você
poderá. encontrar situações nas quais esse roteiro terá que ser modificado um
pouco.

O roteiro proposto segue os seguintes passos:

61
1. Preparar o gabinete;

2. Fixar as unidades de disquete, disco rígido, CD-ROM, e outras unidades


de disco que se queira instalar;

3. Instalar o processador na placa mãe;

4. Configurar a placa mãe;

5. Instalar os módulos de memória RAM na placa mãe;

6. Fixar a placa mãe no chassi metálico do gabinete;

7. Instalar o dissipador de calor e a ventoinha;

8. Instalar os conectores da fonte de alimentação;

9. Instalar os flat cables;

10. Conectar as portas seriais, paralela e periféricos on-boam (somente


quando a placa mãe for do tipo AT);

11. Instalar os conectores do gabinete na placa mãe;

12. Instalar a placa de vídeo;

13. Instalar os demais periféricos, caso existam;

14. Instalar o mouse, teclado e monitor de vídeo;

15. Ligar o microcomputador pela primeira vez;

16. Configurar o Setup do microcomputador;

17. Instalar e configurar o sistema operacional e os demais softwares e


periféricos.

Assim como já vimos, o gabinete é a parte do microcomputador em que


serão instaladas todas as placas e periféricos. É importante observar a
potência da fonte de alimentação do gabinete, ela deverá ser capaz de suportar
todos os periféricos a serem instalados no gabinete. Geralmente essa potência

62
varia de 200 a 300W. No entanto, encontramos fontes com potências
superiores a 300W devido ,principalmente, ao número de periféricos
disponíveis no mercado.

Como já comentamos, você deverá escolher o gabinete e a fonte de


alimentação compatível com o layout da placa mãe, ou ao contrário, a placa
mãe compatível com o gabinete e a fonte de alimentação.

O tipo mais comum de gabinete que encontramos atualmente no


mercado é do tipo minitorre. Sendo assim, utilizaremos esse tipo de gabinete
como modelo do nosso curso. Com isso, todas nossas descrições de
montagem de microcomputadores se basearão nesse tipo de gabinete. Existem
outros tipos de gabinete, como: torre média, torre "full" e slim. O procedimento
para montagem de um microcomputador é basicamente o mesmo para todos
os tipos de gabinete.

Como já vimos, em placas mãe do tipo ATX e NLX, os conectores


externos são soldados diretamente sobre a placa mãe. O gabinete do tipo ATX
apresenta uma ranhura na parte traseira, destinada a esses conectores. Como
a disposição desses conectores varia de acordo com a quantidade de
conectores e o modelo da placa mãe, essa ranhura possui acabamento fixo,
isto é, o gabinete apresenta apenas um recorte retangular vazado na sua parte
traseira. De acordo com a placa mãe a ser instalada, você deverá aprender o
acabamento correspondente, que evitará a entrada de poeira e de pequenos
objetos dentro do gabinete. Esse acabamento é fornecido pelo fabricante da
placa mãe e consiste, basicamente, em uma chapa metálica das mesmas
dimensões da ranhura do gabinete e com furos destinados exclusivamente
para aquela placa mãe.

Junto ao gabinete vem diversos parafusos e outros utensílios que serão


utilizados durante o processo de montagem do microcomputador, como
espaçadores, arruelas e isolantes. Durante o processo de montagem do
microcomputador, iremos comentar mais sobre esses utensílios.

63
No entanto, não podemos deixar de comentar sobre os tipos de
parafusos que encontramos no gabinete:

Parafuso Philips com cabeça sextavada e rosca grossa: Utilizado na


fixação de partes metálicas (como a tampa externa do gabinete) e das
unidades de disquete de 5 ¹/4" e discos rígidos.

Parafuso Philips com cabeça sextavada e rosca fina: utilizado na


fixação de interfaces periféricas ao gabinete (placa de vídeo, placa de
som, etc.), na fixação de unidades de disquete 3 ¹/2", unidades de CD-
ROM, DVD e gravadoras.

Parafuso Philips com cabeça redonda e rosca fina: Utilizado na


fixação da placa mãe no gabinete. Isso é feito por meio de um conjunto
de parafusos previamente fixados no gabinete.

Parafusos de fixação: Utilizado para fixar os parafusos de cabeça


redonda. Esses são fixados no gabinete.

Instalação dos pés do gabinete

O gabinete vem com uns pés de borracha ou plástico que devem ser
instalados na parte de baixo. Geralmente, esses pés são fixados de duas
formas: ou são auto-adesivos ou então são presos por um pino que os prende
ao gabinete, por meio de um orifício existente na parte inferir do gabinete e do
pé. Encontramos, ainda, em gabinetes do tipo "full", pés com rodinhas que são
parafusados na parte inferior do gabinete.

Remoção do Chassi Metálico

É recomendável e, em alguns casos, necessário remover o chassi


metálico do gabinete para fixar a placa mãe e periféricos.

64
A maioria dos gabinetes possui esse fundo removível,no qual a placa
mãe é presa.Para remover esse chassi metálico, você terá que desparafusá-Io
do gabinete. Em alguns casos, após desparafusar o chassi você terá que
deslizar o mesmo no sentido de trás para frente.Existem gabinetes cujo chassi
não é removível, ou seja, fixo. Nesse caso devemos remover a parte inferior do
gabinete para podermos fixar a placa mãe no chassi do gabinete.

Chave Liga/Desliga

Esse tipo de chave só é encontrado em gabinetes do tipo AT. É


extremamente importante ligarmos corretamente os fios, pois caso contrário,
você poderá danificar a sua fonte de alimentação.

Antes de conectar os fios na chave, você deverá passar os mesmos pela


ranhura superior do gabinete, até onde a chave liga/desliga será encaixada no
painel frontal do gabinete. Prenda corretamente o cabo, de maneira que não
fique solto dentro do gabinete podendo
esbarrar na ventoinha, danificando a mesma e
provocando aquecimento e posteriormente
travamento do microcomputador.

As cores padrão dos fios desse tipo de


fonte AT são: azul, branco, marrom e preto.

A correta instalação dos fios está


ilustrada na figura.

65
Fixação das Unidades de Disco

Antes de fixar a placa mãe no gabinete, é recomendável que você


instale todas a unidades de disco a ele ao gabinete, pois com a placa mãe
instalada ao microcomputador fica um pouco mais difícil fixar a unidades de
disco. Por isso é que estamos demonstrando esse passo antes da fixação da
placa mãe. Não se esqueça de prender as unidades com o maior número
possível de parafusos de fixação. As ilustrações seguintes demonstram a
instalação de uma unidade de disquete,de um disco rígido e de uma unidade
de CR-ROM.O procedimento de fixação de uma unidade de DVD, gravadora de
CD-R ou DVD e unidades de Zip drive interna seguem o mesmo procedimento
de fixação de uma unidade de CD-ROM.

Os passos de instalação do processador irão variar de acordo com o tipo


de processador, se você estiver utilizando um processador do tipo soquete -
como o Celeron,Pentium, Pentium fi FC-PGA, Duron, Atlhon, etc. - ou se você
estiver utilizando um processador do tipo cartucho (Slot)- como o Pentium n,
Pentium fi SECC-2, Atlhon, etc.

66
Instalação de um processador em soquete

A instalação de um processador em soquete (por


exemplo soquete 3, soquete 7, soquete 370, soquete 423,
soquete A, etc.) é bastante simples. O primeiro passo é
levantar a alavanca do soquete 90° e encaixar o
processador. Em seguida, após ter encaixado
corretamente o processador, você deverá baixar a alavanca. Apesar de ser
bastante simples a instalação de um processador, você deverá observar bem a
posição do pinol , de maneira que se encaixe na posição correta do soquete. O
pino 1 do processador possui uma marcação ou o canto do pino 1 possui um
chanfro. Já o pino 1 do soquete possui um lado com chanfro. No entanto, para
microcomputadores mais novos não é necessário preocupar-se com pinagem,
pois o mesmo não pode ser encaixado de maneira errada.

Instalação de processadores em cartucho

Antes de instalar os processadores do tipo cartucho, você deverá


instalar o suporte de fixação de processadores SEC à placa mãe.

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Configuração da placa mãe

Todos os parâmetros de configuração de uma placa mãe já foram


apresentados no capítulo sobre placa mãe. Com isso, torna-se desnecessária a
apresentação do mesmo. Basta apenas salientar que as principais
configurações em uma placa mãe são:

• Freqüência do barramento local;

• Tensão de alimentação do processador;

• Multipticador de clock.

Outro detalhe importante é que esses parâmetros citados acima não são
configurados em placas mãe mais novas, pois eles são automaticamente
configurados. Não podemos deixar de lembrar que placas mãe novas
costumam vir com o jumper de clean Cmos habilitado, com isso os

68
microcomputadores não partem. Sendo assim, você deverá desabilitar essa
opção.

Instalação dos módulos de memória na placa mãe

Todos os parâmetros de configuração e instalação de módulos de


memória já foram vistos no capítulo sobre memória. Com isso, basta salientar
que, ao adquirir um módulo para instalar em uma placa mãe , você deverá
observar a compatibilidade dos módulos e da freqüência do barramento local.

Fixação da placa mãe no gabinete

Assim como já citamos, a placa mãe deve ser fixada no gabinete como o
maior número possível de pontos de fixação. Quando a placa mãe não é bem
fixada, poderemos nos deparar com problemas de travamento e resets
aleatórios, devido a curtos circuitos.

Outro problema ocasionado por causa de curtos circuitos, quando a


placa mãe encosta-se ao chassi do gabinete, é o de apagamento da memória
de configuração da CMOS.

É muito comum encontrar microcomputadores com um plástico ou


espuma antiestática (uma espuma colorida que vem junto com a placa mãe)
entre o chassi do gabinete e a placa mãe. Se você reparar bem, existem alguns
pontos de fixação da placa mãe que são metalizados. Esses pontos existem
para que haja contato entre o terra da placa mãe e o chassi metálico do
gabinete, fazendo com que todas as partes metálicas do microcomputador
tenham o mesmo potencial. Além disso, esses plásticos e espumas impedem a
ventilação dos componentes da placa mãe, provocando algumas vezes
aquecimento dos componentes da mesma, ocasionando travamentos e resets
aleatórios.

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É de grande importância salientar que existem pontos de fixação que
são metalizados (como já foi citado) e pontos de fixação que não são
metalizados. Os pontos metalizados podem e devem fazer contato com o
chassi do gabinete. No entanto, os
pontos não metalizados não podem
fazer contato com o chassi do gabinete.

Caso você tenha seguido todos


os passo até o momento, é provável
que tenha aberto todo o gabinete. A
chapa metálica , na qual será fixada a
placa mãe, possui dois tipos de furos:
furo ovalado e furo redondo. Nos ovalados iremos utilizar espaçadores
plásticos. Já nos redondos iremos utilizar parafusos de fixação.

Você deverá posicionar a placa mãe sobre a chapa metálica, de maneira


que coincidam o maior número possível de furos da placa mãe com os furos da
chapa metálica. Não se esqueça de posicionar a placa mãe de maneira que os
conectores de periféricos e portas fiquem posicionados na parte traseira do
gabinete, e que os mesmos coincidam com seus respectivos furos ou
orientações.

Nos furos redondos que coincidirem com os furos da placa mãe, você deverá
colocar parafusos de fixação. Já nos furos ovalados da chapa metálica que
coincidirem com os furos da placa mãe, você deverá colocar espaçadores
plásticos.

Como dissemos, você deverá fixar a placa mãe com o maior número
possível de pontos. Após ter realizado todo esse processo, verifique se a placa
mãe esta bem fixada e se existe a possibilidade da mesma encostar-se na
chapa metálica. Caso a placa-mãe ainda não esteja bem fixada, e se os pontos
de fixação coincidentes acabaram, você poderá apoiar a placa mãe com
espaçadores plásticos. No entanto, você deverá cortar a base dos espaçadores

70
de maneira que eles sirvam apenas como suporte para que a placa mãe não
encoste na chapa metálica.

Com a placa mãe devidamente fixada, o próximo passo é parafusar a


placa mãe no gabinete. Para tal, você deverá utilizar parafusos de cabeça
redonda e rosca fina, que deverão ser aparafusados nos parafusos de fixação.
No caso dos furos metalizados, você apenas irá aparafusar conforme descrito
acima. Já no caso dos furos não metalizados, que não podem apresentar
contato com a chapa metálica, você deverá utilizar arruelas isolantes tanto
sobre a placa mãe como sobre o parafuso de fixação, formando um sanduíche.

Após ter colocado todos os parafusos possíveis, você deverá colocar a


chapa metálica na sua posição original e parafusá-la novamente no gabinete.

71
Instalação dos conectores da fonte de alimentação

Como não poderia deixar de ser, todo dispositivo eletrônico necessita de


eletricidade para funcionar. Assim como já vimos, essa eletricidade é fornecida
pela fonte de alimentação. O conector para alimentação da placa-mãe é
diferente de todos os demais conectores disponíveis na fonte de alimentação.
Esse conector dependerá do tipo de fonte de alimentação utilizada. Também,
como vimos, em fontes do tipo AT, a alimentação da placa-mãe é feita através
de dois conectores, que deverão ser ligados lado a lado. Não se esqueça de
que os fios pretos devem ficar posicionados para o centro do conjunto. Caso
contrário, você poderá danificar sua placa-mãe.

Já em gabinetes do tipo ATX, o conector de alimentação da placa-mãe é


único. Esse tipo de conector não permite a instalação errônea, evitando assim
possíveis danos para a placa-mãe.

O próximo passo deverá ser a instalação dos plugues de alimentação


das unidades de disco. Você encontrará dois tipos de conectores: um maior e
outro bem pequeno. O maior é utilizado para alimentar dispositivos como:
discos rígidos, unidades de CD-ROM, unidades de DVD, etc. Esse tipo de
conector não permite a instalação errada, evitando possíveis danos aos

72
dispositivos. Já o plugue menor é utilizado para alimentar unidades de
disquete, entre outros.

Instalação dos Flat Cables

Como já comentamos anteriormente, todas as unidades de disco interna

comunicam-se por meio de fIat cables, inclusive os dispositivos SCSI. Você


deverá seguir as instruções apresentadas no capítulo sobre disco. No entanto,
é interessante ressaltar o esquema de conexão dos mesmos. Quando você for
conectar o FIat Cable, tanto na placa-mãe (ou placas IDE, no caso dos
mesmos não serem on-board ) corno no próprio dispositivo, você deverá
posicionar o fio de coloração diferente do Flat Cable (geralmente vermelho)
com o pino 1 da unidade de disco ou da porta na placa-mãe. Existem ainda
alguns conectores que possuem um sistema que impede que o FIat Cable seja
instalado errado.

Caso o Flat Cable seja instalado errado, o dispositivo não irá funcionar
ou o microcomputador não inicializará.

73
Conexão das portas seriais, paralela e periféricos on-board

Esse procedimento só deverá ser


realizado, caso você esteja montando um
microcomputador com uma placa-mãe do
tipo AT, pois placas-mãe do tipo ATX
apresentam os mesmos soldados
diretamente sobre a placa-mãe.Todos os
dispositivos on-board em uma placa-mãe do tipo AT, com exceção do conector
do teclado, necessitam da instalação de uma extensão que liga os periféricos
integrados à placa-mãe, disponibilizando-os no lado de fora do gabinete. Essa
extensões vem junto com a placa-mãe. Geralmente essas extensões tem um
pequeno fIat cable. Assim como OCOtTC ,com os flat cables utilizados nos
discos rígidos e unidades de disquete, você deverá encaixar a extensão de
forma que o fio de cor diferenciada (geralmente vermelho) coincida com o pino
1 do conector na placa-mãe.

É interessante que você instale o conector de 9


pinos na porta serial COM1 e o conector de 25
pinos na porta serial COM2. Para fixar esses
conectores na parte traseira, você deverá utilizar
parafuso sextavado de rosca fina.

74
Exercício:

1)Complete a frase abaixo, escrevendo o grupo de palavras adequadas:

________________________ está diretamente ligada ao não funcionamento


do computador.

75
MÓDULO 5 – SETUP

5.1 Introdução

Conhecer bem todas as opções de BIOS Setup é mais do que


obrigatório para qualquer bom técnico ou para qualquer um interessado em
saber como solucionar problemas.

Neste módulo, você conhecerá as opções disponíveis no Setup e


aprenderá como resolver os problemas relacionados com configurações
erradas do Setup, além das opções que permitem otimizar o desempenho do
pc.

Dizemos que o Bios é a primeira camada de software do sistema quando


o micro é ligado, pois o Bios é a primeira coisa a ser carregada. A função dele
é configurar vários recursos da placa mãe, principalmente os endereços de IRQ
e DMA , usados pelos periféricos instalados. Em seguida , dá a partida no
micro, carregando o sistema operacional e passando para ele o controle do
sistema.

O Setup, por sua vez, é um pequeno programa que permite configurar o


Bios. A função da bateria da placa mãe é justamente manter as configurações
do Setup quando o micro é desligado. Para acessar o Setup, basta pressionar
a tecla DEL durante a contagem de memória. Em algumas placas mãe, é
preciso pressionar a tecla FI, F2, ou alguma outra combinação de teclas. Em
caso de dúvida, consulte o manual.

Se você, por exemplo, desabilitar a porta do mouse dentro do Setup, ele


não irá funcionar dentro do Windows. A porta será reconhecida, mas vai
aparecer com uma exclamação no gerenciador de dispositivos, indicando que
não estão funcionando, e assim por diante. Por aí, tem-se uma idéia de como
configurações erradas no Setup podem causar dor de cabeça.

Este curso destina-se a lhe apresentar as principais opções que podem


ser configuradas por meio do Setup, dando-lhe embasamento técnico para
resolver este tipo de problema. As opções do Setup variam muito de placa para

76
placa, por isso é provável que muitas das opções que cito aqui não estejam na
sua placa mãe ou mesmo que apareçam algumas opções que não estejam
aqui. De qualquer forma, este curso dará uma boa base para configurar
qualquer tipo de placa mãe. Na dúvida, consulte o manual da placa, quase
sempre ele traz descrições das opções, assim como algumas sugestões de
configuração.

5.2 Sessões do Setup

Abaixo estão dois screenshoots de telas principais de dois programas de


Setup, um com interface texto, o mais comum atualmente , e outro com a
interface gráfica da AMl:

77
Veja que apesar da diferença estética, ambos são divididos nas mesmas
seções básicas. Cada seção armazena as opções relacionadas com um tema
em especial.

- Standard CMOS Setup (Standard Setup): Configuração do drive de


disquetes, data e hora e do disco rígido.

- BIOS Features Setup (Advanced CMOS Setup): Aparece bem abaixo da


primeira opção. Este menu armazena opções como a seqüência de boot, se o
miC1'O inicializará pelo HD ou pelo drive de disquetes, por exemplo. E,
também , a opção de desabilitar os caches L 1 e L2 do processador. A opção
"CPU Internal Cache" aparece em alguns BIOS , como "CPU Levei I Cache" ou
"LI Cache".

- Chipset Features Setup (Advanced Chipset Setup): Esta seção armazena


opções relacionadas ao desempenho da memória RAM e da memória cache.
Nas placas atuais, em que a freqüência de operação do cache 12 diz respeito
apenas ao processador, as opções mais importantes localizadas nessa seção
dizem respeito à memória RAM.

- PCI I Plug and Play Setup: Nesta seção, você pode configurar manualmente
os endereços de IRQ e DMA ocupados pelos periféricos. Mas, se todas as
placas mãe atuais são plug and play, por que ainda existe este tipo de opção?
O problema surge se você for instalar uma placa de som, rede, modem, ou
qualquer placa antiga, que não seja plug and play. Essas placas antigas,
também chamadas de periféricos de legado, não aceitam que o Bios determine
quais endereços devem ocupar; elas simplesmente invadem o endereço para o
qual estejam configuradas.

78
- Power Management Setup: Aqui estão reunidas todas as opções
relacionadas aos modos de economia de energia. Essas opções, de
desligamento do monitor, disco rígido, modo standby, etc. podem ser
configurados dentro do Windows, por isso não existe necessidade de
configurá-Ias aqui no Setup.

Caso a sua placa mãe tenha sensores de temperatura do processador,


de rotação do cooler, ou das voltagem de salda da fonte dealimentação, todos
os dados aparecerão dentro dessa seção, do lado direito da tela.

- Integrated Perlpherab (Features Setup): Esta é uma das sessões mais úteis
atualmente. Aqui você pode desabititar qualquer um dos dispositivos da placa
mãe, incluindo as portas IDE, a porta do drive de disquetes, porta de
impressora, portas seriais etc., além de configurar algumas outras opções e os
endereços de IRQ ocupados por esses dispositivos.

- IDE BDD Auto Deteedon (Deteet IDE Master/Slave, Auto mE): Ao instalar
um disco rígido novo, não se esqueça de usar esta opção para que o Bios o
detecte automaticamente.

- Standanl CMOS Setup (Standanl Setup): Esta é a parte mais básica do


Setup. São confirmados aqui basicamente o tipo de drive de disquetes usado,
HD e a opção Halt On, que interrompe a inicialização do micro, caso seja
detectado algum dos problemas especificados.

- Hard Disks: Este item do Setup mostra os discos rígidos que estão instalados
no computador. Para detectar os discos instalados, basta usar a opção de IDE
HDD Auto-Detection, que se encontra na tela principal do Setup.

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Geralmente esse item não aparece exatamente com o nome ''Hard
Disks". Nos BIOS Award com interface modo texto , por exemplo, aparece na
forma de uma tabela que mostra os parâmetros de cada disco instalado.

Nos BIOS AMI com interface gráfica, geralmente temos esse item
subdividido em Primary Master, Primary Slave, Secondary Master e Secondary
Slave, cada um exibindo as informações de um disco em particular.

- Floppy Drlve A: Esta é a opção de configuração do drive de disquetes. Caso


o micro não tenha um, não se esqueça de configurá-lo como disabled.

- Halt On: Aqui podemos indicar qual procedimento o BIOS deverá tomar, caso
sejam detectados erros de hardware durante o POST. Ao ser encontrado
algum conflito de endereços (do modem com o mouse por exemplo), o sistema
poderá parar a inicialização e exibir na tela uma mensagem com o endereço
em conflito, para que possamos tentar resolvê-Io, ou mesmo ignorar o erro e
tentar inicializar o sistema, ignorando os problemas.

- All Erros: A inicialização será interrompida caso exista qualquer erro grave
na máquina: teclado não presente, configuração errada do tipo de drive de
disquetes instalado ou mesmo um conflito entre dois dispositivos.

- No Erros: O BIOS ignora qualquer erro e tentará inicializar o computador ,


apesar de qualquer configuração errada ou conflito que possa existir.

- All but Keyboard: A inicialização será interrompida por qualquer erro, menos
erros relacionados com o teclado. Mesmo que o teclado não seja encontrado, o
sistema inicializará normalmente.

80
- AlI but disk: Apesar da inicialização poder ser interrompida por qualquer
outro erro, serão ignorados erros relacionados com o drive de disquetes.

- All but disck/key: Serão ignorados erros relacionados tanto com o drive de
disquetes, quanto com o teclado.

Chegamos ao final de mais um módulo. Espero que estejam aprendendo


cada vez mais e que possam aplicar os conhecimentos adquiridos de forma
prática.

Exercício:

1) Qual a função da bateria encontrada na placa mãe de um


microcomputador?

( ) Alimentar o processador em seu start.

( ) Alimentação dos módulos de memória.

( ) Alimentação extra para a placa mãe.

( ) Alimentação mínima para a configuração de bios.

81
MÓDULO 6 – MANUTENÇÃO DE MICROCOMPUTADORES

6.1 Superaquecimento

A “arte" da manutenção de microcomputadores não consiste apenas em


corrigir o problema e deixar o microcomputador funcionando, mas sim
disponibilizar o microcomputador para o usuário no seu melhor desempenho
possível. Às vezes, o microcomputador já vem da loja sem estar no seu melhor
desempenho.

É de extrema importância o técnico seguir uma série de sequências que


iremos ver neste módulo.

Verão, sol, calor... Se o seu computador vive travando, o problema pode


ser superaquecimento, principalmente nestas épocas do ano. Mas por que o
micro superaquece? Existem diversas causas , e hoje iremos mostrar como
detectar e resolver os problemas mais comuns.

Problemas com a ventoinha do processador

Todos os processadores modernos necessitam de uma ventoinha (um


pequeno ventilador) para dissipar o calor que é produzido durante o seu
funcionamento. O problema é que muitos micros são montados com ventoinhas
subdimensionadas, isto é, que não conseguem refrigerar o processador
corretamente.Com isso, ele se aquece demais e acaba "travando".

As maiores vítimas desse problema são os processadores montados em


soquete, como o Pentium clássico, Pentium MMX, K6, K6-2, K6-ill e Celeron
PPGA, pois as ventoinhas antigas não conseguem resfriar corretamente
processadores mais novos, apesar de elas se encaixarem perfeitamente sobre
o processador. Em outras palavras, uma ventoinha criada na época do primeiro
Pentium não serve para um moderno K6-m, pois mesmo encaixando nele, a
ventoinha não conseguirá dissipar o calor emanado e acabará fazendo com
que o micro trave por superaquecimento.

82
Quanto maior o tamanho do dissipador de calor que vem acoplado à
ventoinha, melhor. As melhores ventoinhas para esses processadores são as
que têm lima presilha em forma de clipe metálico, que as prende firmemente ao
soquete do processador por meio de dois ganchos.

Uma solução utilizada por muitos técnicos é o uso da pasta térmica.


Esta, que é facilmente encontrada em casas de material eletrônico, é aplicada
entre o processador e o dissipador para melhorar a transferência térmica,
evitando o problema do superaquecimento - se você usar uma boa vento, é
claro. Na hora de aplicar a pasta térmica, use uma espátula, pois essa pasta é
bastante viscosa.

Uma dica importante é manter sempre a ventoinha limpa. Muitas vezes,


ao abrir o gabinete, você verá que a ventoinha está repleta de poeira grudada,
impossibilitando o seu perfeito funcionamento. Nesse caso, retire a ventoinha
do micro e limpe-a com o auxílio de um pincel elou uma escova de dente velha.

Problemas com a ventoinha da fonte

A ventoinha existente dentro da fonte de alimentação do miem (aquela


que você vê na parte de trás de seu PC) serve para ventilar a parte interna do
micro e não só a fonte de alimentação, ao contrário do que muitos pensam.
Como o ar quente sobe, a ventoinha "puxa" esse ar quente para fora do
gabinete. Como conseqüência , o ar frio entra por meio das ranhuras existentes
na parte da frente do gabinete. É por esse motivo que a ventoinha sopra o ar
para fora, e não o contrário.

Infelizmente, algumas fontes de alimentação são montadas de forma


errada, com a ventoinha invertida, jogando ar frio para dentro do gabinete.

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Quando isso acontece, há retenção de calor e o micro superaquece, pois o ar
quente existente dentro dele não consegue sair (veja o esquema da Figura
5.1.4). Se o seu micro possui a ventoinha invertida, você deve corrigir o
problema, abrindo a fonte e invertendo a posição dela. Se o micro ainda estiver
na garantia, peça ao vendedor para fazer essa correção para você, pois ,caso
contrário, você perderá a garantia do PC.

Instalando mais uma ventoinha

Se você quiser, pode instalar mais uma ventoinha em seu gabinete. A


maioria dos gabinetes existentes no mercado possui local apropriado para a
instalação dessa ventoinha. Na maioria dos gabinetes, esse espaço fica na
parte frontal inferior (abaixo das baias do disco rígido), como você pode ver na
Figura 5. Em alguns, esse espaço fica na parte traseira à meia altura, ver
Figura 5.1.5.

Micros mal montados

Alguns técnicos montam micros de forma errada, colocando uma


espuma anti estática entre a placa-mãe e o chassi metálico do gabinete (essa
espuma é normalmente cor de rosa, ver Figura 5.1.7). Ela impede que o ar
circule na parte inferior da placa-mãe, e o micro acaba travando por
superaquecimento. Se o seu miem tem essa espuma embaixo da placa-mãe,
remova imediatamente.

Outro fator que colabora para o superaquecimento é o excesso de fios e


cabos espalhados dentro do gabinete. Muitas vezes, os fios que ficam soltos
acabam prendendo a ventoinha, fazendo com que o micro trave. Por isso,
organize os fios que passam no interior do gabinete e prenda-os com presilhas
ao gabinete (você pode usar aqueles arames coloridos que vêm nos sacos de
pão de forma), para que não fiquem soltos. Uma dica para quem tem gabinetes
AT é passar o cabo - que liga a fonte de alimentação à chave liga - desliga no

84
painel frontal - pelo lado superior direito do gabinete, como mostra a Figura
5.1.8, em vez de deixá-Io completamente solto.

É muito comum ocorrerem problemas de mau contato. Esses ocorrem


mais quando o microcomputador está próximo da praia, por causa da maresia,
ou em locais quentes, devido à dilatação dos corpos metálicos.

Comentamos que a fonte de alguns problemas pode ter como origem um


mau contato.

Para resolver esse tipo de problema, você poderá utilizar os seguintes meios:

• Borracha branca macia para limpeza de contatos de bordas de placas e


de módulos de memória (Cuidado na hora de efetuar a limpeza de
maneira que não caiam resíduos de borracha sobre a placa-mãe,
podendo provocar problemas de superaquecimento).

• Pincel ou escova velha embebida de álcool isopropílico, que poderá ser


passado em slots, soquetes, módulos de memória e conectores em
geral.

• Limpa-contatos entre outros produtos para limpeza de equipamentos


eletrônicos, de maneira que se possa sanar problemas desse tipo.

Exercício:

1) Ao inicializarmos o setup e irmos para as configurações de bios,


encontramos dentro da opção Halt on a opção All But/Keu. Qual a
finalidade desta opção?

( ) Ignorar qualquer erro relacionado ao mouse.

( ) Ignorar qualquer erro relacionado ao teclado.

( ) Ignorar qualquer erro relacionado a drive de disquete.

( ) Ignorar qualquer erro relacionado a teclado/ disquete.

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Gabarito:

Módulo 1:

9 Memória na qual perde todos os dados por ela armazenados todas as vezes
em que desligamos o microcomputador.

Módulo 2:

9 Bits por segundo

Módulo 3:

Questão 1:

9 Freqüência de operação x número de bits / 8.

Questão 2:
9 3, 1, 2

Módulo 4:

9 Clean CMOS habilitado

Módulo 5:

9 Alimentação mínima para a configuração de bios.

Módulo 6:

9 Ignorar qualquer erro relacionado a teclado/disquete.

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