Você está na página 1de 1

Caso Prático

Suponha que, em 26 de abril de 2004, em face da investigação sobre a


corrupção nas arbitragens de jogos de futebol - denominada operação apito
dourado - o Governo faz publicar um decreto-lei a proibir a divulgação pelos
meios de comunicação social de informações sobre esse caso, por entender
que tal divulgação prejudica seriamente a imagem do país e do futebol
português em vésperas do Euro-2004. Além disso, invoca o segredo de justiça
e o imperativo de a função informativa se ater a factos absolutamente
comprovados, “não podendo assentar em meias verdades ou meros indicios”.
No mesmo diploma, preveem-se ainda outras medidas, “indispensáveis à
salvaguarda dos interesses publicos desportivo e turístico”.

Assim, dispõe o decreto-lei:

1. Fica proibida a divulgação de qualquer informação sobre o Apito Dourado.


2. Decreta-se o encerramento temporário do jornal semanário Rapídissimo
3. A partir do dia seguinte ao da publicação deste diploma, os meios de
comunicação social passarão a pagar uma taxa de 50 mil euros por cada
publicação de notícia sobre a corrupção nas arbitragens.

Você também pode gostar