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DE L’EUROPE OF EUROPE
2ª. SECÇÃO
SENTENÇA
ESTRASBURGO
24 de Abril de 2008
DEFINITIVA
24/07/2008
PROCESSO
1. Na origem do caso está a queixa (n.o 17107/05) apresentada contra a
República Portuguesa por um cidadão deste Estado, Eduardo José Campos
Dâmaso («o requerente»), a 4 de Maio de 2005, nos termos do artigo 34.º da
Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades
Fundamentais («a Convenção»).
OS FACTOS
I. AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO
qual, de acordo com esses escritos, era suspeito de ser o principal accionista
num sistema de facturas falsas a fim de não pagar ao Tesouro Público
determinadas quantias normalmente devidas a título de IVA e de
subvenções no Quadro do PEDIP, um programa de modernização da
indústria portuguesa financiado pelas Comunidades Europeias. Por último,
N.D. teria beneficiado de um tratamento de favor aquando da compra do
terreno onde fora construída a sua vivenda.
16. O artigo 371.º do Código Penal punia, então como hoje, a violação
do segredo de justiça com pena de prisão até dois anos ou com pena de
multa até 240 dias.
O DIREITO
A. Sobre a admissibilidade
B. Sobre o mérito
2. Apreciação do Tribunal
a) Fim legítimo
considerando a gravidade da sanção imposta (cfr. supra n.º 16; ver, mutatis
mutandis, Cumpănă e Mazăre, cit., § 114).
A. Danos
B. Custas e Despesas
C. Juros de mora
4. Decide
a) que o Estado requerido deve pagar, nos três meses posteriores a
contar da data em que a sentença se tornou definitiva, nos termos do
artigo 44.º, n.º 2, do Convenção, 1.750 euros (mil setecentos e
cinquenta euros) por danos materiais e 7.500 euros (sete mil quinhentos
euros) a título de custas e despesas;
b) que a contar do termo deste prazo até ao pagamento, as importâncias
serão acrescidas de um juro simples a uma taxa anual equivalente à taxa
de juro simples e uma taxa anual equivalente à taxa de facilidade de
empréstimo marginal do Banco Central Europeu aplicado durante este
período, acrescido de três pontos percentuais;