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Sociedade Luciferiana

de Estudos Esotéricos

Minicurso de Psicurgia
Introdução

Durante nossos trabalhos na Sociedade Luciferiana de Estudos Esotéricos


percebi que muitos dos membros não tem a possibilidade de desenvolver
trabalhos práticos dentro da magia. Esse curso tem como objetivo ajudar essas
pessoas, através de um método simples e efetivo para desenvolver suas
próprias capacidades internas.

Tenho ciência que muitos magos ditos tradicionalistas possuem dúvidas e até
mesmo preconceitos no que se refere aos métodos Psicurgicos, mas dentro de
minha experiência tenho tido bons resultados.

Não há duvidas que a mente humana é uma das mais poderosas ferramentas
que existem. Tudo que está ao seu redor nesse momento, surgiu da mente de
alguém.

A psicurgia é uma técnica incrível de empoderamento pessoal, através dela é


possível fortalecer o corpo físico, mental, astral e espiritual. Você pode utiliza-la
para fins diversos, como saúde, prosperidade, segurança, ataque e defesa e
muito mais. Em verdade, o único limite para a psicurgia são seus próprios
paradigmas mentais.

Ela pode ser uma porta de entrada para a magia e por ela você pode praticar
diversas técnicas ocultas utilizando-se apenas de sua mente e do seu poder
pessoal.

A Magia e a Psicurgia

A magia opera através do uso dos elementos naturais, já a Psicurgia opera


através do uso da mente dos seres humanos. Enquanto a Magia trabalha de fora
para dentro a Psicurgia funciona de dentro para fora.

A Psicurgia pertence ao Reino da Mente. Enquanto a magia não depende


necessariamente da consciência do Mago para causar resultados, para se
praticar Psicurgia, é necessário uso constante da mente humana. Isso implica
numa interação totalmente diferente com as entidades e com a própria Magia.

A magia da mente é muito eficiente para causar mudanças no Microcosmo, isso


não significa que ela seja incapaz de operar no Macrocosmo, porém os
mecanismos envolvidos são um pouco diferentes.

Digamos que você precise de dinheiro. O pensamento comum é recorrer há


alguma espécie de jogo, como por exemplo, as Loterias. No método psicurgico é
muito difícil obter resultado nesse intento, pois se trata de um objetivo com
muitas variáveis relacionadas ao Macro. Entretanto, através do método que
apresentarei a seguir é possível conseguir esse dinheiro operando com variáveis
relacionadas ao Microcosmo. Você pode utilizar sua Magia para conseguir ou
mudar de Emprego, desenvolver capacidades que te possibilitem conseguir um
aumento, criar empatia com pessoas que possam lhe financiar e etc...

Esse método psicurgico é ideal para aqueles que estão iniciando ou que
necessitam obter alguns sucessos antes de se comprometer definitivamente com
os caminhos da Magia.

O correto é que a medida que os resultados vão sendo alcançados o estudante


migre suas práticas e se aproxime cada vez mais do modelo magico tradicional.
Modelo este que pode alcançar resultados muito melhores, especialmente no
que tange as mudanças no Macrocosmo.

A Psicurgia está dentro da Magia, mas a Magia não depende necessariamente


da Psicurgia.

A maioria dos praticantes modernos adotaram a Psicurgia como prática


espiritual. Os círculos, altares e ferramentas são considerados projeções da
mente do magista, portanto, nos rituais dentro do templo, as entidades
evocadas são partes da psique do Mago.

A psicurgia pode ser praticada tanto dentro do templo pessoal do magista


quanto fora dele... Mas diferente da Magia que lida com os elementos do
Universo, ela é ativada através de símbolos.

A Meditação

Sendo a psicurgia uma magia mental, a primeira coisa que devemos fazer é
compreender, exercitar e controlar nossa mente.

A meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza
técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em
particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. Sua
origem é muito antiga, remontando as tradições orientais, especialmente a ioga,
mas o termo também se refere a práticas adotadas por alguns caminhos
espirituais ou religiões, como o budismo e cristianismo, entre outras. Textos
orientais consideram a meditação como instrumento que leva em direção à
libertação.

Como trata-se de um curso prático não perderei tempo com teorias ou mesmo
elaborarei técnicas muito sofisticadas. Segue um método simples e efetivo
retirado do site: https://pt.wikihow.com/Meditar-para-Iniciantes
Parte 1
Preparando-se para meditar

1 . Passo

Pense no objetivo que deseja alcançar por meio da meditação. As pessoas


começam a meditar por uma série de motivos diferentes – seja para melhorar a
criatividade, ajudar a visualizar metas, calar a voz interior ou estabelecer uma
conexão espiritual. Se o seu único propósito for passar alguns minutos diários
sentindo-se presente no corpo, sem preocupar-se com tudo o mais que tem para
fazer, isso já é o suficiente para começar. Tente não complicar demais os
motivos. O âmago da meditação é o relaxamento e a recusa a ser envolvido
pelas ansiedades do dia a dia.

2. Passo

Encontre um lugar sem distrações. Quando estiver iniciando, principalmente, é


importante eliminar do ambiente qualquer sensação que possa distraí-lo.
Desligue a TV e o rádio, feche as janelas para barrar os ruídos da rua e feche a
porta para deixar de ouvir colegas de quarto barulhentos. Se você dividir a casa
com amigos ou familiares, pode ser difícil achar um local silencioso onde possa
se concentrar na meditação. Fale com as pessoas com quem mora e pergunte a
eles se estão dispostos a ficarem quietos durante o tempo em que for meditar.
Prometa que vai avisá-los assim que terminar para que possam voltar às
atividades normais.

Uma vela aromática, um buquê de flores ou um incenso podem dar um toque


especial e incrementar a sua experiência na meditação.

Diminua ou apague as luzes para se concentrar com mais facilidade.

3. Passo

Use uma almofada de meditação. Estas almofadas são conhecidas como zafus.
O zafu é uma almofada circular que permite que você se sente no chão ao
meditar. Como não tem um encosto, diferentemente de uma cadeira, ela não
deixa que você solte as costas e perca o foco na energia. Se não tiver um zafu,
qualquer almofada ou travesseiro velho servem para impedir que fique com
dor durante períodos mais longos ao sentar-se com as pernas cruzadas.

Se achar que sentar sem se apoiar a um encosto provoca dor nas costas, sinta-se
à vontade para usar uma cadeira. Tente estar presente no corpo e manter uma
postura reta o máximo possível enquanto se sentir confortável e, então, encoste
um pouco na cadeira até estar pronto para retomar a postura anterior.

4. Passo

Use roupas confortáveis. Não é nada bom usar algo que o tire do estado
meditativo, então evite roupas apertadas, como jeans ou calças justas. Pense no
que pode usar para exercitar-se ou dormir – estes tipos de roupas, soltas e que
permitem a transpiração, são a melhor escolha.

5. Passo

Escolha um momento quando estiver se sentindo confortável. Quando estiver


mais acostumado com a meditação, é possível usá-la para se acalmar quando se
sentir ansioso ou sobrecarregado. Pode ser difícil se concentrar no início se você
for iniciante até que se encontre em um estado de espírito apropriado. Sendo
assim, no início, medite quando já estiver relaxado – talvez assim que acordar
ou após o expediente.

Remova todas as distrações de que se lembrar antes de sentar-se para meditar.


Faça um lanchinho se estiver com fome, use o banheiro se precisar e assim por
diante.

6. Passo

Tenha um alarme por perto. É bom assegurar que a prática de meditação dure
por um período suficiente, mas, ao mesmo tempo, não é legal interromper a
concentração para olhar as horas. Coloque um alarme com o período que quiser
para meditar – seja dez minutos ou uma hora. Seu celular já pode vir com
alarme, ou então você pode encontrar sites e aplicativos que façam o trabalho.

Parte 2
Meditando

1. Passo

Sente-se na almofada ou cadeira com a coluna reta. A postura ereta o ajuda a se


concentrar na respiração e na inspiração e expiração conscientes. Se a cadeira
tiver encosto, tente não se inclinar para trás ou relaxar a postura. Fique o mais
reto que conseguir.
Posicione as pernas da maneira que for mais confortável para você. É possível
estendê-las à frente ou cruzá-las se estiver com a almofada no chão. O mais
importante é que a postura permaneça reta.

2. Passo

Não se preocupe com as mãos. Nas imagens, sempre vemos pessoas com as
mãos sobre os joelhos enquanto meditam, mas, se for desconfortável, você não
precisa fazer isso. Você pode colocá-las no colo, deixá-las soltas ao lado do
corpo – escolha a posição que o permita esvaziar a mente e se concentrar na
respiração.

3. Passo

Incline o queixo como se estivesse olhando para baixo. Não importa se estiver
de olhos abertos ou fechados enquanto medita, embora muitos acreditem que é
mais fácil se livrar das distrações visuais de olhos fechados. De qualquer
maneira, inclinar a cabeça ajuda a abrir o peito e facilitar a respiração.

4. Passo

Programe o alarme. Quando tiver encontrado uma posição confortável e estiver


pronto para começar, programe o alarme com o tempo que deseja meditar. Não
se sinta pressionado a alcançar um estado transcendental por 1 hora na
primeira semana. Comece aos poucos, com sessões de 3 a 5 minutos, e vá
aumentando até chegar a um período de meia hora ou até mais, se quiser.

5. Passo

Mantenha a boca fechada ao respirar. Você deve inspirar e expirar pelo nariz na
meditação. Porém, não se esqueça de relaxar os músculos do maxilar, mesmo
com a boca fechada. Não pressione o maxilar ou ranja os dentes; simplesmente
relaxe.

6. Passo

Concentre-se na respiração. Este é o propósito principal da meditação. Ao invés


de tentar não pensar nas coisas que o irritem diariamente, tenha um foco
positivo: a respiração. Ao se concentrar totalmente na inspiração e expiração,
você vai ver que todos os outros pensamentos sobre o mundo exterior
desaparecem sozinhos, sem que tenha de se preocupar em ignorá-los.

Concentre-se na respiração da maneira mais confortável para você. Algumas


pessoas gostam de manter o foco no movimento de expansão e contração dos
pulmões, enquanto outras preferem pensar no modo como o ar passa pelo
nariz.
É possível até mesmo focar-se no som da respiração. Basta entrar em um estado
de espírito no qual você esteja exclusivamente concentrado em algum aspecto
da sua respiração.

7. Passo

Observe a respiração, mas não a análise. O objetivo é estar presente em cada


respiração, não descrevê-la. Não se preocupe em se lembrar do que estava
sentindo, nem em conseguir explicar a experiência em um momento posterior.
Apenas vivencie o presente. Quando ele passar, vivencie a próxima respiração.
Evite ocupar sua cabeça com a respiração – apenas tenha esta experiência por
meio dos sentidos.

8. Passo

Se a atenção se desviar da respiração, traga-a de volta. Mesmo depois de ganhar


bastante experiência com a meditação, você vai descobrir que os pensamentos
podem voar. Você começa a pensar no trabalho, nas contas ou nas coisas que
precisa resolver depois. Sempre que perceber o mundo exterior se infiltrando,
não entre em pânico e tente ignorá-lo. Em vez disso, volte sutilmente o foco
para a sensação da respiração no corpo e deixe os pensamentos esvanecerem
novamente.

Você pode achar mais fácil manter o foco na inspiração do que na expiração.
Tenha isso em mente se for assim mesmo. Tente se concentrar principalmente
na sensação do ar quando ele sai do seu corpo.

Tente contar as respirações se tiver dificuldade em recobrar a atenção.

9. Passo

Não se cobre em excesso. Aceite o fato de que se concentrar é difícil para


iniciantes. Não se censure – no começo, todos têm dificuldade com a voz
interior que não se cala. Na verdade, alguns dizem que este retorno contínuo ao
momento presente é "prática" da meditação. Além do mais, não espere que a
prática mude do dia para a noite. A atenção plena leva um tempo para começar
a exercer influência. Medite todos os dias por pelo menos alguns minutos,
aumentando as sessões sempre que possível.
Dicas
Não se esqueça de colocar o celular no modo silencioso.

Ouvir músicas suaves ajuda a relaxar mais.

A meditação não funciona como um passe de mágica; ela é um processo


contínuo. Continue a praticar todos os dias e você perceberá aos poucos um
estado de calma e paz se desenvolvendo internamente.
Meditar antes de dormir ajuda o cérebro a começar a se desligar e faz com que
você se sinta mais relaxado.

É comum se concentrar na respiração e entoar mantras como o OM, mas se


preferir ouvir música ao meditar, escolha apenas as mais calmas. Uma música
pode ser tranquila no início, mas depois mudar e virar um rock no meio – isso
não é apropriado, pois interrompe o processo meditativo.

A frustração é uma reação esperada nesta situação. Entenda e saiba lidar com
isso – ela ensina muito sobre você mesmo, tanto quanto o lado mais pacífico da
meditação. Deixe pra lá e torne-se um ser unificado ao universo.
Avisos
Suspeite de qualquer organização que peça quantias grandes de dinheiro
adiantado para cursos sobre meditação. Há muitas pessoas que apreciam os
benefícios da prática e que vão ficar muito felizes em poder ajudá-lo de graça.
Materiais Necessários
Roupas confortáveis.

Almofadas/travesseiros podem ser úteis.

Um alarme.

Referências
↑ http://www.sagemeditation.com/how-to-choose-a-meditation-cushion/

↑ http://www.onlinemeditationtimer.com/

↑ https://www.psychologytoday.com/blog/in-practice/201303/5-meditation-
tips-beginners

↑ http://breathmeditation.org/the-breath-of-life-the-practice-of-breath-
meditation

↑ http://alifeofproductivity.com/wp-content/uploads/2013/05/Meditation-
Guide.pdf

↑ http://alifeofproductivity.com/wp-content/uploads/2013/05/Meditation-
Guide.pdf
A Visualização

Retirado: http://tudosobremagiaeocultismo.blogspot.com/2014/04/a-visualizacao-
magia.html

A visualização dentro da magia pode ser vista como o ato de "materializar" algo
no plano astral ou pelo menos acumular energia nesse plano, isso tudo
dependendo da capacidade da pessoa. Os exercícios de visualização são muito
indicados tanto para os iniciantes como os mais avançados, mas dentre esses,
estranhamente poucos sabem o motivo de se treinar isso.

Antes de falar das utilidades da visualização eu tenho que dizer como, mais ou
menos, se visualiza algo. Visualizar não é imaginar, visualizar é ver, tendo
certeza que o objeto que você visualizou está lá e existe.

Esse ato exige muito do cérebro, logo é muito normal pessoas se queixarem de
dificuldades e até leves dores de cabeça.

Por exemplo: Quando você tem que visualizar um cubo na sua mão, você deve
saber que ele está lá e se convencer a ponto de que seus sentidos acreditem
também e sintam o objeto fisicamente lá.

Na teoria pode parecer fácil, mas não é, visualizar requer concentração e treino,
por isso é um dos primeiros treinos indicados em ordens de magia ou até
mesmo em livros.

Após você dominar a visualização, ela pode ser utilizada em diversos fatores na
sua vida, na magia ela é principalmente usada em rituais, a visualização é fator
decisivo entre o sucesso e o fracasso. O famoso banimento Ritual Menor do
Pentagrama, por exemplo, não vale de nada se a pessoa não souber visualizar
os símbolos dele.

A visualização pode ser usada em outros casos voltados para proteção como
por exemplo, você pode visualizar a runa de proteção Algiz no seu peito em
momentos que achar necessário.

Você também pode visualizar uma nuvem de fogo destruindo toda energia
densa em um ambiente onde você não pode não pode fazer algum ritual mais
complexo, como no ambiente de trabalho. Quando for fazer o lançamento de
algum sigilo, a visualização também vai ser muito útil.

Isso foi um pouco sobre visualização, o treino geralmente se dá visualizando


objetos e tentar cada vez mais aperfeiçoar, comece com objetos pequenos e
sólidos até chegar a objetos com diversas cores e que mudam de tamanho.
Liber Null

Não tem como falar de Psicurgia sem falar do Liber Null. Segundo o site da
editora Penumbra:

Diz a lenda que em 1976, quatorze magistas reuniram-se em um depósito de


munição abandonado. Desta reunião teria surgido o Pacto Mágico dos
Iluminados de Thanateros, popularmente conhecido como IOT. Logo depois
dessa reunião, um tornado teria atingido a região. Um sinal da mudança que
atingiria todo o mundo. A chamada Magia do Caos era ainda embrionária, e
com o tempo a Ordem tornou-se referência na exploração dessa corrente. Entre
os presentes nesse episódio estava Peter J. Carroll, um dos fundadores da
Ordem e autor de diversas obras seminais, inclusive Liber Null & Psiconauta,
que começa com o Liber MMM.

O Liber Null revolucionou o ocultismo do século XX. Foi o primeiro conjunto


de ensinamentos escritos da IOT, originalmente criado como um guia para as
obras de seus diferentes graus. Com o tempo, acabou sendo disponibilizado
para o público, na forma de publicações independentes, tornando-se um guia
de referência das técnicas mágicas empregadas na corrente da Magia do Caos.

Diferentes currículos, ou libri, compõem o Liber Null: Liber MMM, Liber LUX,
Liber NOX e Liber AOM.

Liber MMM

O Liber MMM é o primeiro dos libri apresentados no Liber Null. Traz as


técnicas fundamentais que precisam ser dominadas pelo magista para obter
qualquer nível de sucesso em magia prática.

É sugerido ao estudante do Liber MMM que experimente com uma prática de


cada vez antes de progredir para a próxima. Assim é possível, por conta
própria, desenvolver as competências essenciais para os trabalhos mais
complexos que vêm adiante.

Entre os temas abordados pelo Liber MMM estão as disciplinas de controle da


mente (da própria mente, não da mente alheia), técnicas básicas de sigilos e
controle de sonhos. As técnicas de controle da mente não são muito distintas de
outros programas de treinamento famosos. Por exemplo, o renomado Liber E.
Vel Exercitorvm, publicado no Equinox, traz instruções sobre Asana,
Pranayama e Dharana. Apenas nomes distintos para as mesmas coisas. As
técnicas de sigilos são um resumo extremamente conciso do método de Austin
Osman Spare. São o mínimo necessário para se obter sucesso, podendo ser
elaboradas à vontade conforme se acumula experiência.

As técnicas de controle de sonhos bebem também de fontes tradicionais, como


os ensinamentos xamânicos contidos nas obras de Carlos Castañeda.

Praticar o Liber MMM sob supervisão, por um período determinado, é até hoje
um requisito para ingresso na IOT. Os outros libri tratam dos programas de
trabalho mais avançados. O Psiconauta é um volume à parte. Falaremos de
todos eles em breve.

A prática do Liber MMM pode trazer benefícios a qualquer um, mesmo aqueles
que seguem outras correntes de magia. Afinal, aprender a controlar impulsos,
pensamentos, sensações e até sinhos certamente não faz mal a ninguém.

LIBER MMM segundo a IOT

Este curso é um exercício nas disciplinas de transe mágico, uma forma de


controle da mente semelhante ao yoga, metamorfose pessoal e técnicas básicas
de magia. O sucesso com estas técnicas é pré-requisito básico para qualquer
progresso real como iniciado do terceiro Syllabus. Um diário mágico é o mais
essencial e poderoso instrumento do mago. Devendo ser amplo o suficiente
para reservar uma página para cada dia. Os estudantes devem registrar o
tempo, a duração e o grau de sucesso de cada prática levada a cabo. Eles
deverão tomar nota dos fatores ambientais conducentes (ou de outra forma) do
trabalho.

Controle Mental

Para um trabalho mágico efetivo, a habilidade para se concentrar e a atenção


devem se fortalecer até que a mente possa entrar em estado de transe. Isto é
realizado nos seguintes estágios: absoluta imobilidade do corpo, regulação da
respiração, cessação do pensamento, concentração no som, concentração nos
objetos e concentração nas imagens mentais.
Imobilidade

Posicione o corpo de maneira confortável e tente permanecer nesta posição por


tanto tempo quanto possível. Tente não piscar ou mover a língua, dedos ou
qualquer outra parte do corpo em absoluto. Não deixe a mente embarcar nos
vagões dos pensamentos, mas ao contrário, observe-se passivamente. O que
parecia ser uma posição confortável passará a ser agonizante com o tempo, mas
persista. Coloque de lado algum tempo todos os dias para esta prática e tire
vantagem de qualquer oportunidade de inatividade que possa ocorrer. Registre
os resultados em seu diário mágico. Não se deve ficar satisfeito com menos de
cinco minutos. Quando tiver sido atingido o patamar de 15 minutos, proceda
então a regularização da respiração.

Respiração

Fique tão imóvel quanto possível e comece deliberadamente a fazer a respiração


mais lenta e mais profunda. O objetivo é utilizar a total capacidade dos
pulmões, mas sem qualquer esforço muscular excessivo ou tensão. Os pulmões
devem ser mantidos vazios/cheios, entre a inspiração/expiração, para
aumentar a duração do ciclo. O importante é que a mente esteja totalmente
direcionada para o ciclo da respiração. Quando isso puder ser feito com
sucesso, por um período de 30 minutos, proceda ao não-pensamento.

Não-Pensamento

Os exercícios de imobilidade e respiração podem melhorar a saúde, mas eles


não têm outro valor intrínseco, apenas servem como preparação para o não-
pensamento, que é o princípio e a condição do transe para a magia.

Enquanto imóvel e respirando profundamente, comece a retirar da mente


quaisquer pensamentos que possam ocorrer. A própria tentativa de fazer isso,
inevitavelmente, revela ser a mente um furor tempestuoso de atividade. Só
mesmo a maior determinação pode vencer até mesmo uns poucos segundos de
silêncio mental, mas mesmo isso já é um enorme triunfo. Mire na completa
atenção a pensamentos emergentes e tente prolongar os períodos de total
tranqüilidade. Assim como a imobilidade física, esta imobilidade mental deve
ser praticada a horas determinadas e também sempre que um período de
inatividade acontecer (por exemplo, num ônibus ou numa fila). Os resultados
devem ser registrados no seu diário.
Os Transes Mágicos

Magia é a ciência e arte de provocar mudança de ocorrência em conformidade


com a vontade. A vontade só pode se tornar magicamente efetiva quando a
mente é forçada a não interferir com a vontade. A mente deve estar disciplinada
a focar sua atenção em algum fenômeno insignificante. Se alguma tentativa é
levada a cabo para se focar em alguma forma de desejo, ocorre um curto-
circuito causado pelo interesse de um resultado investido de luxúria e cobiça.
Identificação egoísta, ou receio de fracasso e o desejo recíproco de não ter desejo
emergentes da nossa natureza dual, destroem o resultado. Portanto, quando
selecionar tópicos para a concentração, escolha assuntos que não possuam
significado espiritual, egóico ou de qualquer ordem utilitária, escolha assuntos
de pouca significância.

Objeto de Concentração

A lenda do olho-grande deriva da capacidade dos feiticeiros e dos magos de


darem uma olhada fixa mortal. Esta habilidade pode ser praticada em relação a
qualquer objeto, uma marca na parede, alguma coisa ao longe, uma estrela no
céu, qualquer coisa. Manter um objeto em mente com absoluta fixação, olhar
imperturbável, por mais do que alguns momentos é extraordinariamente difícil,
ainda assim, deve-se insistir nesta prática por horas. Toda tentativa do olho de
distorcer o objeto, toda tentativa da mente de procurar algo mais para pensar,
deve ser resistida.

Eventualmente, é possível serem desvendados segredos ocultos através desta


técnica, não obstante, faz-se mister que tal habilidade seja desenvolvida
tomando-se objetos de pouca significância.

Concentração no Som

A parte da mente na qual pensamentos verbais emergem é posto sob


domínio/controle mágico pela concentração nos sons mentalmente imaginados.
Qualquer simples som ou sílaba é selecionada, por exemplo, AUM ou OM,
ABRAHADABRA, YOD HE VAU HE, AUM MANI PADME HUM,
ZAZASZAZAS, NASATANADA ZAZAS. O som escolhido é repetido várias e
várias vezes na mente para bloquear todos os outros pensamentos. Não importa
quão inapropriada a escolha do som pareça ser, você deve persistir nele.
Eventualmente, pode parecer estar se repetindo automaticamente e pode até
ocorrer em estado de sono. Estes são sinais encorajadores. A concentração no
som é a chave para palavras de poder e certas formas de encantamento e
desencantamento.

Concentração na Imagem

A parte da mente na qual o pensamento pictórico emerge é posto sob controle


mágico pela concentração numa imagem. Uma simples forma, tal qual o
formato de um triângulo, um círculo, quadrado, cruz ou crescente é escolhida e
mentalizada, sem distorção, por tanto tempo quanto possível. Somente os mais
determinados são capazes de manter a forma imaginada e persistir
indeterminadamente. No início, a imagem deve ser buscada com os olhos
fechados. Com a prática, pode ser projetada contra qualquer superfície branca.
Esta técnica é a base para expulsão de poderes ocultos e a criação de formas de
pensamento independentes. Os três métodos de transe mágico só irão surtir
resultado se perseguidos com a mais fanática e mórbida determinação. Estas
habilidades são por demais anormais e, normalmente, inacessíveis à consciência
humana, uma vez que elas exigem tão supra-humana concentração, mas as
recompensas são enormes. No diário mágico registre o trabalho formal de cada
dia e quaisquer outras oportunidades extras que, por ventura, tenham sido
vivenciadas. Nenhuma página deverá ser mantida em branco.

Metamorfose

A transmutação da mente a uma consciência mágica tem, frequentemente, sido


chamada de A Grande Obra. Tem o propósito profundo de conduzir,
eventualmente, a descoberta da verdadeira vontade. Mesmo a mais
insignificante habilidade para alguém se mudar, se transformar é mais valorosa
do que qualquer outro poder sobre o universo exterior. Metamorfose é um
exercício da vontade para a reestruturação da mente. Todas as tentativas de
reorganizar a mente envolvem uma dualidade entre as condições que existem e
as condições que são preferíveis. Assim, é impossível cultivar qualquer virtude
como: espontaneidade, alegria, orgulho piedoso, graça ou onipotência sem
envolver-se em mais convencionalidade como: amargura, culpa ou pecado e
impotência no processo. Religiões são fundadas sob a falácia de que se pode ou
se deve ter uma sem a outra. A alta magia reconhece a condição dualista, mas
não se importa se a vida é agridoce, doce ou azeda, mais do que isso, procura
realizar qualquer perspectiva arbitrária perceptível da vontade.

Pode-se escolher qualquer estado mental, arbitrariamente, como um objetivo


para transmutação, mas existe uma qualidade específica nas virtudes
mencionadas.

A risada é um antídoto para o desequilíbrio e possível demência do transe


mágico.

A não-afeição é uma qualidade específica contra a obsessão com as práticas


mágicas.

A aquisição destes estados mentais é obtida por um processo de meditação


contínua. Tenta-se entrar dentro do espírito da condição, sempre que possível, e
pensar sobre o resultado desejado em outras vezes. Por este método, o hábito de
um novo e forte estado mental pode ser estabelecido.

Considere a risada, é a emoção mais forte, porque pode conter quaisquer das
outras, do êxtase ao lamento, não tem oposto. O choro é apenas uma forma
subdesenvolvida pela qual se limpa os olhos e as crianças chamam a atenção. A
risada é a única atitude sustentada num universo que é uma brincadeira, uma
piada sobre si próprio. O truque é ver esta piada praticada até mesmo em
eventos neutros ou horríveis que nos rodeiam. Não cabe a nós questionar a
aparência fatal de gosto do universo. Buscar a emoção da risada na sua delícia e
diversão, buscá-la no que for neutro ou insignificante, buscá-la mesmo no que
for horrível e revoltante. Ainda que pareça forçada, à primeira vista, pode-se
aprender a sorrir sempre, sobre tudo.

Não-afeição, desinteresse, melhor descrevem a condição mágica de agir sem


cobiça de resultado. É muito difícil para os homens decidirem sobre alguma
coisa e depois fazê-la puramente sem nenhum interesse. Ainda assim, é
precisamente essa habilidade que é requerida para a execução de atos mágicos,
somente uma atenção muito direcionada a conseguirá. Tendência é para ser
entendida tanto no sentido negativo como positivo, porque a aversão é o outro
lado. Uma fixação que se tenha na personalidade, na ambição, nos
relacionamentos, nas experiências sensoriais ou, igualmente, aversão, quaisquer
destes atributos se mostrarão limitados. Por outro lado, é fatal perder o
interesse nesses assuntos, uma vez que eles são o sistema simbólico ou a
realidade mágica de alguém. Porém, é mais do que isto, quando se está
tentando tocar mais delicadamente nas partes sensíveis da realidade de alguém,
a fim de evitar as garras destruidoras do desejo e do desânimo. Assim sendo,
deve-se tentar ganhar liberdade suficiente para agir magicamente.
Em acréscimo a estas duas meditações, há uma terceira forma mais ativa de
metamorfose, e esta inclui os hábitos do dia a dia. Por mais inócuos que eles
possam parecer, hábitos e pensamentos, palavras e ações são a âncora da
personalidade. O magista visa içar a âncora e se libertar dos mares do caos. Para
proceder, selecione qualquer hábito sem importância, ao acaso, e o retire de seu
comportamento, ao mesmo tempo, adote um hábito novo qualquer, ao acaso. A
escolha não deve envolver nada espiritual ou de significado egocêntrico ou
emocional, nem deve-se selecionar qualquer coisa que tenha possibilidade de
fracasso. Ao persistir com a meditação, você se torna capaz, virtualmente, de
qualquer coisa. Todos os trabalhos de metamorfose deverão ser apontados no
diário de magia.

Magia

O sucesso nesta fase do Syllabus, depende de algum grau de maestria nos


transes mágicos e na metamorfose. Esta instrução de magia inclui três técnicas:
O ritual, o sigilo e o sonho. Em acréscimo, o magista deve familiarizar-se, pelo
menos, com um sistema de adivinhação. Cartas, runas, cristais, pêndulo ou vara
adivinhatória. Os métodos são infindáveis. Com todas as técnicas, vise o
silêncio da mente e deixe a inspiração prover algum tipo de resposta. Seja lá que
tipo de sistema simbólico ou instrumento for utilizado, eles ajudam só para
prover um receptáculo ou amplificador para habilidades interiores. Nenhum
sistema de adivinhação deve ser excessivamente aleatório. A astrologia não é
recomendada.

O ritual é a combinação do uso de talismã, armas, gestual, sigilos ou senhas


visualizadas, palavras mágicas e transe mágico. Antes de proceder com sigilo
ou sonho, é essencial desenvolver um ritual de banimento. Um ritual de
banimento bem constituído tem os seguintes efeitos: prepara o magista mais
rapidamente para a concentração mágica do que qualquer exercício de transe
mágico; capacita o magista a resistir a obsessões, se forem aparecendo
problemas, com as experiências de sonho ou com os sigilos, tornando-os
conscientes e também protege o magista de quaisquer influências ocultas hostis
que, por ventura, o assaltem.

Para desenvolver um ritual de banimento, primeiro adquira uma arma mágica:


uma espada, uma adaga, uma varinha, ou, talvez, um anel largo. O instrumento
deve ser alguma coisa que impressione a mente e deve também representar as
aspirações do magista. A vantagem de forjar a mão o próprio instrumento ou
em descobrir neles algo de novo, de forma inusitada, não pode ser ignorada.
O ritual de banimento deve conter os seguintes elementos no mínimo:

Primeiro, o magista deve descrever um obstáculo sobre si próprio com a arma


mágica. A barreira do obstáculo é, também, fortemente visualizada. Figuras
tridimensionais são preferíveis.

Segundo, o magista focaliza sua vontade numa imagem visualizada; por


exemplo, a arma mágica ou seu terceiro olho ou uma bola de luz dentro de sua
cabeça. Uma concentração de som pode ser usada em acréscimo ou
alternadamente.

Terceiro, a barreira é reforçada com símbolos de poder desenhados com a arma


mágica. A tradicional estrela de cinco pontas pode ser usada ou a estrela de oito
pontas do Caos ou qualquer outra coisa. Palavras de poder também podem ser
usadas.

Quarto, o magista aspira ao vazio infinito, por um breve mas determinado


esforço, para parar de pensar.

Sigilos

O magista pode requerer algo que é incapaz de obter através dos canais
normais. É possível atrair a sorte requerida algumas vezes por uma intervenção
direta da vontade, contanto que isto não ponha uma tensão muito grande no
universo. O mero ato de querer é raramente efetivo, quando a vontade torna-se
envolvida em um diálogo com a mente. Isso dilui a habilidade mágica de
muitas maneiras. A vontade torna-se parte do complexo do ego; a mente torna-
se ansiosa das falhas; a vontade de não desempenhar o desejo surge para
reduzir o medo de falhar. Logo, o desejo original é uma massa de ideias
conflitantes. Freqüentemente, o desejado resultado surge apenas, quando ele é
esquecido. Este último fato é a chave para sigilos e muitas formas de
encantamento mágico.

Sigilos funcionam porque eles estimulam a vontade para trabalhar


subconscientemente, passando para a mente. Há três partes para a operação de
um sigilo. O sigilo é construído, perdido na mente, e carregado. Na construção
do sigilo o objetivo é produzir um símbolo do desejo, estilizado, para não
sugerir o desejo, imediatamente. Não é necessário usar sistemas de símbolos
complexos.
O exemplo abaixo mostra como os sigilos podem ser construídos de palavras e
de sons. Os objetos referentes destes encantamentos são arbitrários sendo
apenas exemplos e não recomendações.

Criação de um sigilo por:

A) Método da palavra

B) Método mântrico

Exemplo A) Eu desejo obter o Necronomicon


EUDESEJOOBTERONECRONOMICON (letras repetidas eliminadas)
EUDSJOBTRNCMI (letras rearranjadas para dar um sigilo pictórico).

Exemplo B) Eu quero encontrar um Sucubus em sonho. EUCURO ENCONTUM


SUKU BUSEM SANA’ EUCRO N’ CT M’ SKBA (reorganizado) ORCEU
TANC KASBAM (mantra finalizado).

Para perder o sigilo com sucesso, ambos, a forma do sigilo e o desejo associado,
devem ser banidos da consciência de vigília normal. O magista empenha-se
contra qualquer manifestação de cada um, por uma volta forçada de sua
atenção para outros assuntos. Às vezes, o sigilo pode ser queimado, enterrado
ou lançado no oceano. É possível perder uma palavra de encantamento pela
repetição constante dela, o que, eventualmente, esvazia a mente do desejo
associado. O sigilo é carregado no momento em que a mente alcança a
aquiescência, através do transe mágico ou quando a alta emotividade paralisa
seu funcionamento normal. Nestes momentos, o sigilo é concentrado ou como
uma imagem mental ou mantra ou como uma forma desenhada. Alguns dos
momentos em que os sigilos podem ser carregados são os seguintes: durante o
transe mágico, no momento do orgasmo ou grande exaltação, nos momentos de
grande medo, raiva ou embaraço, nos momentos de intensa frustração ou
desapontamento.

Alternativamente, quando outro forte desejo origina-se, este desejo é sacrificado


(esquecido) e o sigilo é concentrado em seu lugar. Depois de segurar o sigilo na
mente tanto tempo quanto possível, é prudente bani-lo pela evocação da
gargalhada. Um registro deveria ser mantido de todo o trabalho com sigilo, mas
não de um tal modo a causar deliberação consciente sobre o desejo sigiloso.
Sonho

O estudo dos sonhos provê um conveniente ingresso no campo divinatório de


entidades e exteriorização ou experiência de “ ausência do corpo. Toda a
humanidade sonha a cada noite de suas vidas, mas poucos podem,
regularmente, recordar suas experiências mesmo uns poucos minutos depois de
estarem acordados. Experiências de sonhos são tão incongruentes que o cérebro
aprende a prevenir-se, interferindo com a consciência de vigília. O objetivo do
magista é ganhar um total acesso ao plano dos sonhos e assumir o seu controle.
A tentativa para fazer isso, invariavelmente, envolve o magista numa batalha
implacável e bizarra com seu próprio censor psíquico, o qual usará quase
qualquer tática para negar a ele estas experiências. O único método de ganhar
acesso total ao plano dos sonhos é manter um caderno próximo ao lugar de
dormir, sempre. Neste, registra-se os detalhes de todos os sonhos, tão logo
possível, depois de desperto.

Para assumir o controle sobre o estado de sonho é necessário selecionar um


tópico para sonhar. O magista deveria começar com simples experiências tais
como o desejo de ver um objeto em particular (real ou imaginário) e dominar
isso antes de tentar a adivinhação ou a exteriorização.

O sonho é causado pela forte visualização do tópico desejado mentalmente de


modo silencioso imediatamente antes de dormir. Para experiências mais
complexas, o método de sigilo pode ser empregado. Um registro de sonhos é
melhor mantido separado do registro mágico já que ele tende a se tornar
volumoso. Contudo, qualquer sucesso significativo deveria ser transferido para
o diário mágico. Embora o tamanho do trabalho possa assustar, um registro
mágico mantido apropriadamente é a mais certa garantia de sucesso no
trabalho do Liber MMM: são ambos, um trabalho de referência com o qual se
avalia o progresso e, mais significativamente, um estímulo para o esforço
suplementar.
Operações Magisticas

Agora que já fizemos um apanhado geral das ideias básicas para se praticar a
psicurgia, vamos aos experimentos práticos.

Como criar um Diário Mágico


Jeff Alves | 25 de maio de 2018

Diário Mágico é algo simples de se fazer e um meio valioso de avaliar a nossa


evolução perante a nossa jornada. Ele é basicamente um registro de
experimentos, exercícios, insights, sonhos e demais experiências importantes
durante a jornada iniciática. Parte das nossas memórias é produto de nossa
imaginação, por isto registrar detalhadamente as nossas experiências nos priva
de armadilhas de nossa própria mente. Ele é pessoal, porém, embora somente o
autor tenha acesso a ele, deve-se escrevê-lo de forma a que outras pessoas
também possam entendê-lo.

Aleister Crowley, em seu Líber E vel exercitiorum, dá ênfase a criação do diário


mágico, onde lemos (adaptado):

1 – É absolutamente necessário que todos os experimentos sejam anotados


detalhadamente, durante ou imediatamente após a sua realização.

2 – É muito importante anotar as condições físicas e mentais do(s)


experimentador(es).

3 – A hora e o lugar de todos os experimentos devem ser anotados; também o


estado do tempo e, em geral, todas as condições que poderiam ter alguma
influência sobre os resultados dos experimentos, quer colaborando ou causando
diretamente o resultado, quer o inibindo, ou como fontes de erro.

4 – Nesse estágio não é necessário que declaremos por completo o propósito de


nossas pesquisas; nem seria este compreendido por aqueles que não se
tornaram peritos nestes cursos elementares.

5 – Ao experimentador se aconselha que use sua própria inteligência, e não


confie em qualquer outra pessoa, embora distinta, mesmo entre nós mesmos.

6 – O registro escrito dos experimentos deve ser feito de forma inteligível, para
que outros possam se beneficiar de seu estudo.
7 – Quanto mais científico for o relatório, melhor. Contudo, as emoções devem
ser anotadas, sendo parte das condições gerais. Que, então, o registro seja
escrito com sinceridade e cuidado; com a prática, ele se aproximará cada vez
mais do ideal.

Aqui temos um método de criação do Diário Mágico proposto pelo Veos


(traduzido pelo Bardonista), bastante conhecido para os que estudam Bardon.

Um bom diário é reconhecido por sua precisão e seu detalhe. Ele não deveria
ser os escritos desordenados de um homem louco, mas sim um registro
organizado dos acontecimentos kármicos e práticas espirituais em sua vida.
Existem coisas que deveriam estar presentes no diário do mago nessa ordem:

1. A data do calendário;

2. A data mágica (o dia da Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus, Saturno e Sol –
segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e
domingo respectivamente);

3. A data celestial, que é a localização do Sol e da Lua no zodíaco na hora da


primeira entrada;

4. A hora da entrada;

5. Os detalhes da prática, experiência, ou realização. No caso da prática, deve-se


ser muito preciso quanto à duração da prática, sua natureza, e seus resultados;

6. Acima de tudo, seja verdadeiro consigo mesmo e brutal em sua autocrítica. Se


você não praticar por um dia, deixe uma página inteira em branco e comece
uma pagina nova no próximo dia.

Eis um exemplo de uma entrada de diário, com algumas explicações em


parênteses:

25/05/09

Die Luna (Segunda-feira)


Sol 5Gem00 (O sol está no quinto grau de Gêmeos, zero horas e zero minutos)
Luna 27Gem16 (A lua está no vigésimo sétimo grau de Gêmeos, 16 horas)

08:00 – Acordei. Sem sonhos. Não me sinto com muita energia.


08:13 – Tomei banho e usei a magia da água para lavar o corpo astral. Sinto-me melhor.
08:30-08:50 – 10 malas de Japa em Om Namah Shivaya. Concentração foi ruim no
início, mas lá pelo sétimo ou oitavo mala a mente ficou focada. Terminei me sentindo
mentalmente leve e fresco, e sentindo alegria no Anahata Chakra.
09:00-09:10 – Sirshasana
09:10-09:20 – Sirvangasana
09:20-09:30 – Paschimottasana
09:30-09:35 – Matsyendrasana
09:35-09:40 – Bhujangasana. Todas as asanas foram boas, com boa concentração. Senti
shakti na espinha durante paschimottasana muito intensamente.
09:45-10:15 – 20 Sukha Purvaka Pranayama no ciclo 5:20:10, 3 rondas de 10 Bhastrika
Pranayama, 3 rondas de 50 Khapal Bhati Pranayama. Sinto a mente sutil e o corpo leve.
Muito suor durante Sukha Purvaka seguido por estremecimento.
13:00-13:10 – 30 acumulações respiratórias de força vital nas mãos e então de volta para
o universo. As mãos pareciam prestes a explodir com energia, e muito quentes.
20:00-20:30 – Controle do Pensamento. 20 interrupções menores, 3 interrupções
maiores.
22:00-22:20 – Meditação no Senhor Shiva no chakra do coração. Bastante feliz.
22:45 – Lembrar de falar com o professor sobre as visualizações durante Sukha Purvaka!

Notas do Tradutor

1 – Veos comete quase o mesmo erro de Aleister Crowley, que iniciava os


diários de maneira parecida. No caso de Crowley, ele escrevia a “data mágica”
da seguinte maneira (por exemplo): Die Saturn, misturando latim e inglês. Veos
tenta escrever a palavra latina correspondente a “dia” e o planeta
correspondente também em latim, mas, na verdade, o correto gramaticalmente
em latim seria:

Dies Solis (Domingo)

Dies Lunæ (Segunda-feira)

Dies Martis (Terça-feira)

Dies Mercurii (Quarta-feira)


Dies Jovis (Quinta-feira)
Dies Veneris (Sexta-feira)

Die Saturnii (Sábado)

Para algumas pessoas, o correto seria ter Diários Mágicos, pois cada um deve
ter uma finalidade diferente. Espero que os que perguntaram sobre como criar
um Diário Mágico tenham entendido. Apresentei apenas um método, criado
pelo Veos. Existem vários e o mais indicado é aquele que sua intuição indica ou
faz.

Banimento
Por Grant Morrison

Banimento é a maneira de preparar um espaço para uso ritual. Há muitos


elaborados rituais de banimento disponíveis, através de todo o espectro da
pomposidade. Pense no banimento como instalar um software de proteção
contra vírus. O banimento é um tipo de vacina contra infecções do Além.

Muitos banimentos têm a intenção de cercar o mago com um escudo


impenetrável de vontade. Isto usualmente toma a forma de um conhecimento
dos poderes elementais com os quatro pontos cardeais da bússola. Para alguns é
algo como visualizar a si mesmo cercado e protegido por colunas de luz ou
quatro anjos. Qualquer imagem de proteção servirá sejam elas espaçonaves,
super-heróis, monges lutadores, qualquer coisa. Eu não me importo com
nenhuma em particular e usualmente visualizo uma radiação borbulhante ao
exterior de meu corpo em todo espaço ao seu redor, acima e a baixo, tanto
quanto eu acredito que irei precisar.

Por que a necessidade de proteção?

Lembre-se que você pode estar abrindo alguma parte de si mesmo para um
influxo de informação não-ordinário, aparentemente de “Outras” fontes. Se
você realiza magia prática cerimonial e quer invocar formas divinas ou espíritos
(aguarde pelas continuações) essas coisas irão sem dúvida acontecer. Nossos
fundamentos serão testados. Há sempre o perigo de obsessão e loucura. Assim
que o trabalho com magia prosseguir, você será forçado a confrontar-se com
seus mais profundos e escuros medos e desejos. É fácil tornar-se assustado,
paranoico e estúpido. Permaneça fluído, não se apegue a nenhuma auto-
imagem e mantenha seu sendo de humor sempre.
Banimentos lembra-nos de que não importa quantos deuses se converse, você
continua tendo que pegar filas em bancos e estar hábil a cozinhar seu jantar e
conversar com as pessoas sem assustá-los.

Quando você completa qualquer trabalho em magia, dê a si mesmo uma boa


risada, uma boa refeição, uma boa transa, uma corrida ou qualquer coisa que
conecte-o ao mundo real. Banimentos realizados após seu ritual é como
terminar o trabalho com uma descompressão de volta ao mundo normal de
direitos, de paradas de ônibus e satisfação profissional. O trabalho do mago não
é para perder-se nos Outros mundos, mas para trazer deles tesouros para todos
usufruírem deles.

Exercícios Mágicos de Energia


Esse texto faz parte do Curso Básico de Demonolatria

Na demonolatria o poder pessoal é fundamental para o sucesso. Por isso,


resolvi propor alguns exercícios retirados do livro completo de Demonolatria
para ajudar nisso. Estas são algumas técnicas básicas para usar enquanto estiver
realizando o ritual mágico.

Sentindo as Energias

Sente-se em um lugar calmo. Na sua mão de poder (o com quem você escreve)
sente um curso de energia quente através dela. Projete a energia da sua mão,
através da visualização criativa, isto faz com que a sua mão fique formigando e
entorpecida, mas elétrica ao mesmo tempo. Segure sua mão receptiva ( com a
qual você não escreve) voltado para a outra mão.

Você pode sentir a energia do outro lado? Você vai sentir calor, mas isso é
apenas o calor do corpo. Você pode sentir uma energia pulsante? É eletrizante e
espinhosa. Se você fez isso com sucesso, você sentirá a energia.

Nota: Você pode fazer este exercício com outra pessoa se desejado. Você pode
compartilhar energia para frente e para trás das suas mãos.
Trabalhando com Energia

Agora podemos seguir em frente e trabalhar com a energia. Sente-se em um


lugar calmo. Entre a suas mãos, sinta a energia mais uma vez. Visualize-a como
uma bola de luz. Coloque a bola em suas mãos e levante-a acima da sua cabeça.
Visualize a bola de energia descendo para o topo da sua cabeça e distribuindo
por todo seu corpo. Desta vez, dê a energia um propósito, como cura ou
Energização. Você pode usar essa energia com outra pessoa. É especialmente
poderoso para vocês dois para trabalhar com o mesmo propósito.

Envio de energia

Enviar energia é muito pessoal e cada um tem sua própria técnica J. Thorp
sugere:

Sente-se em um lugar calmo. Realize sua operação mágica e certifique-se que


você acumula muita energia através do canto, dançando, rezando ou alguma
outra forma de construção técnica como as descritas acima. Quando você sentir
que energia suficiente se acumulou no seu círculo pegue-o com as mãos e
empurre-o para dentro universo. Você pode fazer isso com um empurrão
rápido método ou um método de ondulação lenta. Isso depende de seu
propósito. Se você está trabalhando com magia positiva, É melhor desembolsar
lentamente a energia. Se você está trabalhando com magia negativa, você pode
rapidamente desembolsar a energia. Use sua intuição sobre como enviar a
energia e qual melhor método para você.
Desenvolvendo um Templo Astral
deldebbio | 13 de novembro de 2014

Texto retirado do site Teoria da Conspiração

O Templo Astral é um dos principais exercícios magísticos de todas as Ordens


Iniciáticas, xamânicas, rosacruzes e até mesmo católicas… Por quê? Porque ele é
uma construção astral/mental que consegue transformar todo o seu
subconsciente em algo consciente e compreensível.

Explico: O Templo Astral de um mago representa sua própria mente,


organizada e moldada de uma forma onde os símbolos que ali surgem possam
ser interpretados conscientemente pelo nosso cérebro.
De acordo com Yuri Motta, “A construção do Templo Astral é um exercício que é
sempre indicado após você dominar a visualização e ter desenvolvido uma boa
concentração, fora isso é bom saber dominar um estado de relaxamento, que você pode
atingir fazendo respirações controladas ou atingindo o Estado Alpha.
Estando em um local confortável como sua cama ou uma poltrona, você se visualiza em
um espaço branco, esse é o papel branco da sua mente, lá você vai construir um o local
que vai ser ponto de partida para o seu templo astral inteiro, não existe regra, mas você
pode começar com um pequeno quarto e ir colocando as coisas que quiser, por exemplo
uma mesa, quadros, plantas e etc. Vai ser o lugar que você faria para ficar uma parte do
seu tempo e se não existisse limites na forma que você poderia decorar. Se você é
ocultista por exemplo, pode colocar estátuas de deuses, objetos com simbolismo, armas e
etc, objetos que só uma pessoa milionária poderia colocar”.
Cada um destes objetos pode e deve ter um simbolismo especial para o mago.
Por exemplo, no Xamanismo, somos ensinados a construir nosso “local de
meditação” como uma clareira dentro de uma floresta, com uma fogueira no
centro e uma grande árvore próxima”. Quando construímos esta cena mental,
nosso HOD (a bagagem de formas e conceitos de cada um) molda essa
descrição em símbolos que trazem certas correspondências. A primeira coisa
que o xamã vai pedir é para você identificar qual tipo de árvore é aquela… e
pelo tipo de árvore podemos compreender uma parcela de nossa
personalidade; pelo tipo de fogueira, podemos compreender como está nossa
Vontade (thelema), pelo estado da mata, nossos limites e assim por diante
(existe água próxima? é dia ou noite? há animais? quais? etc…).
O dia em que você está desanimado, sua fogueira está fraca, no dia em que você
está se sentindo poderoso, sua fogueira reflete isso (mesmo sem você comandar
isso! ela simplesmente muda seguindo o que o seu subconsciente faz da leitura
das vibrações e codifica isso em um símbolo que seu consciente pode
compreender – no caso, intensidade da fogueira). Ela está espiralada em
descontrole? sinal que sua vida espiritual está tumultuada… está pendendo ao
ateísmo? ela tende a apagar… você faz as regras quando cria os objetos, e eles
reagem à sua vontade de maneira inconsciente…
E cada ponto fixo desta construção fica ancorado em seu subconsciente. Ou seja,
se você plantou uma árvore para um relacionamento, por exemplo, quando seu
relacionamento vai bem, a árvore estará frondosa e saudável… se estiver ruim,
a árvore estará murcha, seca, ou até morta… podem aparecer cupins, ou dar
frutos… cabe ao mago estudar simbologia e correspondências para conseguir
compreender o que aqueles símbolos significam para ele e, com isso, ampliar
sua consciência).
Podem aparecer animais, criaturas, até mesmo monstros em seu templo…
objetos podem aparecer quebrados (mesmo que você os conserte cada vez que
entrar no Templo, eles teimam em continuar quebrados… isso significa alguma
coisa: seu inconsciente lhe mandando uma mensagem através de símbolos!)
E como pode ser esta construção básica? Yuri Motta nos descreve o seguinte:
“Obviamente como o espaço é seu, você pode imaginar, imaginar algo completamente
diferente como uma praia deserta, ou um castelo nas nuvens.
Por exemplo, uma parte do meu Templo Astral é uma ilha, com uma cabana de madeira
bem simples, com uma sala ao lado para meditar, fora dela eu coloquei locais para
representarem os 4 elementos, o mar é água, terra uma gruta, vento um penhasco e fogo
uma piscina de lava no fundo da terra. Também é possível colocar deuses personificados
para conversar ou estátuas desses para oferendar algo, emfim, o limite fica na
criatividade”.
A parte principal do Templo pode conter estátuas
protetoras, defesas mentais e gárgulas, algumas
Ordens mantém exércitos de servidores astrais
construídos pelos próprios membros de prontidão
para a defesa do templo astral de cada um deles.
Pode-se inclusive montar firmezas e construir
locais de poder para os guias e entidades que
trabalhem com o médium em um terreiro (uma
encruzilhada, uma cachoeira, um mar…) e você
verá como facilita o trabalho de conversar com
suas entidades nesse local.
Existem diversos motivos para se ter um templo astral,
é um lugar onde pode se relaxar a mente e ao mesmo
tempo treiná-la, pois a visualização é um exercício
também.
Dentro do templo astral, após deixar tudo “firme”
chega a parte mais interessante, enquanto você cria e
explora esse mundo criado por você, podem aparecer
coisas novas com o passar do tempo, muitas vezes
símbolos que sua mente cria e você deve desvendar o
significado, não podem aparecer apenas objetos, como
também seres vivos, como a mente trabalha com
símbolos é importante procurar colocar coisas que
tenham algum significado para você.
Quanto mais se pratica a construção e criação de
um Templo astral, mais se treina visualização e
criatividade e maior se torna sua capacidade de
moldar pensamentos no Plano Astral. Inclusive,
uma das perguntas que mais me fazem é a
seguinte: “eu faço parte das ordens X, Y e Z e cada
uma tem um Templo astral… devo fazê-los juntos
ou separados?” e a resposta é “Junte TUDO. Sua
mente deve ser unificada”. Você faz parte da
AMORC? tenha um templo da AMORC que possa
acessar dentro de seu Templo Astral, e portais que
o levem direto ao Colégio Invisível, faz parte da
demolay? tenha um Capítulo pronto com todos os
paramentos montados; tenha um templo maçônico, um círculo de pedra, as
quatro fortalezas elementais do AA, as firmezas de exu, caboclo, preto-velho…
tenha seus animais de poder livres para correr na floresta, próximos da
cachoeira!
Em níveis mais avançados você pode usar o templo para guardar informações, pode
lançar sigilos dentro do templo, realizar rituais. Se conseguir, pode personificar um
trauma, medo ou vicio e em uma batalha épica matar esse problema.
“Nasceu uma árvore dentro da minha biblioteca. O que isso significa?”
O templo pode ser usado para guardar informações, como uma biblioteca, pode
ser utilizado para treinar ações, rituais, treinos esportivos e eventos. Atletas
olímpicos costumam repassar suas formas mentalmente dezenas de vezes para
cada vez que a executam fisicamente, Tesla construía mecanismos em sua
mente e os deixava “funcionando” por semanas. Quando ia examiná-los, sabia
exatamente quais peças teriam qualquer gasto e que problemas
apresentariam… quando crio jogos de tabuleiro, costumo deixar as regras com
seres do templo astral jogando e, quando retorno, eles me mostram eventuais
defeitos ou modificações a serem feitas… com a mente treinada, as
possibilidades são infinitas!
O treinamento em Qlipoth, em NOX passa necessariamente por ter um Templo
Astral desenvolvido e as defesas prontas para se trabalhar seus próprios
monstros e demônios internos. É necessário ter todas as defesas, armas,
armaduras e preparos mentais e astrais para se poder solidificar um demônio
interno e dominá-lo… caso contrário, seus defeitos irão dominar você.
É importante esse exercício ser feito com frequência e diariamente para ter bons
resultados, você pode fazer também toda noite antes de dormir.
E não se preocupe com o tamanho dele… como costumo brincar: não se paga
IPTU no Astral. Facilita bastante desenhar, moldar, construir ou até, se você
tiver facilidade com arquitetura, desenhar a planta básica em CAD ou outro
Sketch.
Servidores Mágicos – Como criar Servos Astrais
Publicado Originalmente por Alannyë Daeris no site Sinfonia da Lua

Os servidores mágicos são seres feitos puramente de magia, criados pelo bruxo
ou magista para que atue em determinadas situações, desempenhe tarefas, que
podem ser as mais variadas possíveis. São formas-pensamento que se tornam
reais, dotadas de energias.

A noção de servo mágico provêm da Magia do Caos, e é como um sigilo que


toma forma, que torna-se um elemental criado pelo praticante. Ele pode ser
feito a partir de qualquer material, e designado para realizar qualquer função
escolhida pelo praticante.

Criando um servidor: Teoria!

É preciso levar em consideração muitos aspectos. O servidor se tornará um ser


mágico dotado de ação, e alguns cuidados devem ser tomados.

☽❍☾ Primeiramente, você deve delimitar para que ou onde este servidor
atuará. Ele será seu protetor? Atuará em cura? Trará prosperidade financeira?
Sucesso? Auxiliará em feitiços?

☽❍☾ Por quanto tempo este servidor lhe auxiliará? É para atingir um objetivo
único, ou para estar com você a maior parte do tempo? Este é um aspecto
importantíssimo, pois servidores não devem viver por mais de um ano, visto
que podem passar a prejudicar o criador. Depois de certo tempo, servidores
tomam consciência e podem acabar por prejudicar o magista propositadamente
ou sem querer, através do karma (que recairá todo sobre o criador).

☽❍☾ Muito bem, digamos que você escolheu no que seu servidor lhe auxiliará
e por quanto tempo. Agora, você precisa especificar como. Você deve deixar sua
intenção clara, específica e direta, sem margem para erros ou dúvidas. Seja
bastante claro, e lembre-se que se você direcioná-lo somente para uma
finalidade, será somente aquela finalidade, a menos que você o reprograme
(mais abaixo constará a reprogramação).

Por exemplo, se eu quiser que meu servidor realize minha proteção, ele
servirá somente para a minha proteção, e a de mais ninguém. É preciso
especificar neste momento como será a atuação, de uma forma que abranja tudo
o que você necessita com o servidor.

☽❍☾ Se você já escolheu o tempo de atuação, e no que seu servidor atuará,


então provavelmente já tem uma ideia de como ele será, de qual elemento será
feito. Você precisará escolher símbolos para definir e reforçar as funções do
servidor; por exemplo, um servidor de proteção pode ter um pentáculo como
símbolo. Um servidor para lhe auxiliar em filas (engarrafamentos, bancos) pode
ter um símbolo de rapidez, como um raio. Um servidor para a fortuna
financeira pode ter um cifrão como símbolo, por exemplo.

Além do símbolo para representar o servidor, escolha outro símbolo que lhe
represente e demonstre sua ligação/autoridade com o servidor, e há também a
possibilidade de criar um sigilo para representá-lo, se assim você desejar.

☽❍☾ Crie as frases que serão os comandos principais para o servidor. Por
exemplo, para um servidor para proteção frases como “Impeça energias
negativas de alcançarem a mim”, “Reforce meus escudos mágicos”, “Permita-
me perceber os perigos muito antes que aconteçam”, “Atue em todo o momento
que eu estiver vulnerável a perigos ou influências negativas” podem ser
utilizadas.

Depois de escolher as frases que serão os comandos do servidor, você as


transformará em sigilos para inseri-las no âmbito de atuação de seu servidor.
Para transformá-las em sigilo, você pode retirar as vogais repetidas nas
palavras e alterar a ordem, criar palavras desconhecidas.

Por exemplo, “Reforce meus escudos mágicos” pode tornar-se “Sedomaeres


Fogiaosce”. Utilize do método que você preferir, desde que reduza as ações
para sigilos.

☽❍☾ Selecione o material de que seu servidor será feito. O material geralmente
é escolhido através do que serão as funções do servidor. Por exemplo, posso
optar por definir que o corpo de meu servidor para proteção será uma faca.
Pode ser qualquer objeto, desde que sua finalidade seja restringida somente ao
servidor enquanto ele existir.

Este objeto deve ter algo relacionado à finalidade do servidor, podendo ser
qualquer coisa material: uma caneta, um frasco de perfume, um boneco, um
carro de brinquedo, um copo, enfim. Tendo relação com as atividades que seu
servidor desempenhará, pode utilizar.

☽❍☾ Você deve nomear seu servidor para conferir-lhe poder sobre ele,
autoridade e capacidade de controlá-lo. Escolha um nome qualquer, que
novamente tenha relação com a atividade que ele desempenhará.

Se meu servidor for para proteção, posso chamá-lo de “Guardião”, “Guarda-


costas”, qualquer nome que remeta à tarefa.

☽❍☾ É preciso definir qual a energia ele será feito. É com esta energia que você
o construirá, e moldará sua existência. Você pode retirar esta energia da
natureza – água, terra, fogo ou ar -, ou de arquétipos. Geralmente cria-se os
servidores com elementos, pois você precisará apenas acessar essas energias
puras e brutas e moldar. Veja mais abaixo para compreender como isto será
feito.

☽❍☾ Além de nomear, deve-se escolher como você alimentará seu servidor.
Você deve definir a energia para a alimentação do servidor pois se não o fizer,
ele se alimentará da sua própria energia. Escolha algo que nunca será escasso, e
de preferência, que você não precisará lembrar de realizar a alimentação, que
ele possa fazer sozinho.

Por exemplo, você pode alimentá-lo com luz solar, com elementos (vento,
chuva, vapor, fogo, terra), com sentimentos como amor e ódio, com as energias
negativas que lhe enviam, enfim. Pode ser algo mais abstrato ou algo físico, é de
sua escolha.

Criando um servidor: Prática!

Se você já fez todos os itens citados acima, é hora de criá-lo. Este será um
exemplo de ritual bem explicado para criar seu servidor da maneira mais
simples e funcional.

Você precisará de:

☽❍☾ Os sigilos com os comandos para o servidor, preferencialmente escritos;

☽❍☾ O objeto que será o corpo físico de seu servo astral;

☽❍☾ Um objeto que sirva para representar a energia que você utilizará para
moldar o servidor (vela para fogo, incenso para ar, copo d’água para água, um
cristal, sal ou terra para terra)

Comece fazendo uma purificação do local. Purifique a si mesmo também.


Utilize um incenso, ervas em ramalhete, enfim, o que você preferir. Depois de
purificado, trace o círculo mágico e convoque os elementos/quadrantes como
de costume.

Coloque o objeto que você escolheu para ser o corpo físico do servidor em seu
altar ou no local que estiver realizando o ritual, e atrás dele, o objeto que
represente o elemento. Se seu servidor será de elemento terra, coloque um
pouco de sal, um cristal ou a terra. Se ele será de fogo, coloque uma vela acesa, e
assim por diante.

Foque-se no objeto que está abrigando o elemento. Vamos dar um exemplo


que você esteja criando um servidor para proteção e quer a energia do elemento
fogo em seu servidor. Então, você se concentrará na chama da vela, e sentirá a
energia do fogo. Coloque suas mãos próximas, sinta o calor emanando. Quando
sentir que tem o controle e que já consegue manipular aquele elemento, puxe-o
para o objeto, preenchendo-o com as energias do fogo. Molde seu servidor com
aquela energia, da forma que você imaginar que ele deva se parecer.
Enquanto faz isto, diga ao servidor qual será seu nome, onde ele atuará, para
que você precisa dele, quando ele se ativará, por quanto tempo ele existirá,
como ele se alimentará, e todos os outros detalhes importantes. Tudo o que
estiver citado nos tópicos lá em cima deve ser citado para o servidor. Quando
terminar de moldá-lo, pegue os sigilos que você criou para os comandos que
seu servidor deve seguir.

Dite as palavras codificadas para seu servidor três vezes. No caso do exemplo
citado lá em cima, você concentraria-se em seu servidor, na forma que ele
tomou, e recitaria com firmeza “Sedomaeres Fogiaosce” três vezes. Se seu sigilo
estiver na forma de desenho, visualize-o sendo fixado no corpo físico de seu
servidor, como se o integrasse, fizesse parte dele.

Neste momento, seu servidor estará pronto para começar a agir. Defina os
últimos detalhes, caso ainda falte alguma coisa para acertar. Ao terminar,
agradeça ao elemento que você utilizou para criá-lo, e também pela presença de
todos os elementais/quadrantes. Desfaça o círculo no sentido contrário que
traçou, e faça um aterramento para livrar-se das energias que podem ter
permanecido ainda.

Considerações finais e dicas importantes sobre servidores:

☽❍☾ Servidores não são brinquedos! São uma ferramenta mágica, que deve ser
tratada com seriedade, como qualquer outra forma de magia. E como
ferramenta, tem um tempo de vida limitado, que não deve ser prolongado.

☽❍☾ Quando o tempo definido para que o servidor seja destruído chegar, faça-
o. Aumentar este tempo pode acabar trazendo prejuízos a você.

☽❍☾ Evite colocar cláusulas de auto-destruição para o servidor. Ele pode tentar
contornar isto, mudar as situações para não ser destruído. Quem deve fazê-lo é
você.

☽❍☾ “Posso criar um servidor sem delimitar na hora quais serão as funções
dele? Como um “faz-tudo”?” Sim, pode. Mas recomendo que o faça depois de já
ter uma afinidade com servidores, com os métodos de criação. Isto porque você
precisará programá-lo e reprogramá-lo de acordo com suas necessidades,
utilizando os sigilos.

☽❍☾ “E como eu reprogramo?” Crie uma cláusula em cada sigilo para


especificar isto. Por exemplo, quando for adicionar uma finalidade, defina que
ela pode ser anulada se você realizar uma ação – mais ou menos como seria
quando você fosse desativar o servidor, mas separadamente.
Se eu colocar uma ação como “Rebater energias negativas”, por exemplo, posso
definir que esta cláusula será anulada caso eu rasgue o papel com o sigilo,
queime-o, que eu fale o nome do servidor em voz alta uma vez, etc.

Observações Finais

Esse foi um pequeno guia introdutório a Psicurgia, espero que ele ajude os
membros que não podem efetivamente praticar a magia no plano físico a atingir
resultados concretos. Espero que vocês relatem seus sucessos e fracassos, bem
como, suas dúvidas para que possamos aprimorar esse sistema.

Atenciosamente,

Ricardo Chaicoski

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