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RESENHA II
Nicoly Glembotzky
WERLANG, Alceu. O oeste catarinense - uma longa disputa. In: WERLANG (Org).
Disputas e ocupação do espaço no oeste catarinense: A atuação da companhia Territorial
Sul Brasil. I edição. Chapecó: Argos, 2006. 17-29 p.
De maneira geral, o livro compõe-se de cinco capítulos que são: “O oeste Catarinense
Uma Longa Disputa”, “ O estado de santa catarina e as terras devolutas”, “Atuação da
Companhia Territorial Sul Brasil”, “A colonização Ítalo-brasileira, teuto-brasileira e
teuto-russa no oeste catarinense” e “A colonização e formação dos núcleos urbanos”.
Nesta resenha, será abordado o primeiro capítulo do livro "O Oeste Catarinense -
Uma Longa Disputa" que retrata sobre as contendas territoriais na região desde 1494. O autor
explora a complexidade dessas disputas, inicialmente entre Portugal e Espanha.
Posteriormente, são abordados conflitos territoriais envolvendo o Brasil e a Argentina, bem
como disputas entre os estados de Paraná e Santa Catarina. Além das contendas entre nações
e estados, o capítulo também aborda os confrontos entre diferentes grupos sociais, incluindo
indígenas, luso-brasileiros e colonos. Essas disputas, permeadas por questões territoriais,
revelam a complexidade histórica da região, marcada por uma série de conflitos que
moldaram a ocupação e a relação das comunidades com a terra ao longo do tempo.
Eesse tratado assinado pelos dois países, não incluía a Ilha que iniciava a medição e
nem a medida exata da légua a ser usada, o que gerou inúmeras discussões, fazendo com que
nenhum dos dois países respeitasse o tratado. Para a Espanha, a Ilha de Santa Catarina lhe
pertencia, assim como toda a região continental. Porém, para o rei de Portugal, a
interpretação era diferente.
Entretanto, as disputas de terra não param por aí, entre Brasil e Argentina o Brasil se
preocupava somente com a expansão, deixando de lado o desenvolvimento econômico do
oeste catarinense.
Até o final do século XIX, a região sul do Brasil, com exceção dos Campos de Palmas
e da erva-mate, não haviam riquezas atrativas para os colonos nessa época. No entanto, no
final desse século, o interesse econômico cresceu devido à exploração de madeira e terras,
levando à efetiva ocupação por colonos europeus. Em 1876, as pretensões territoriais da
Argentina, baseadas em interpretações da expedição de 1788, intensificaram as preocupações
com a posse do território por parte do Brasil.