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Renata Ribeiro Alves Barboza Vianna

PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710431/CA

Avaliação dos níveis de ansiedade de uma


amostra de escolares no Rio de Janeiro
através da Escala Multidimensional de
Ansiedade para Crianças

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


graduação em Psicologia como requisito parcial para
a obtenção do grau de Mestre em Psicologia.
Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo
assinada.

J. Landeira- Fernandez

Rio de Janeiro
Março de 2009
Renata Ribeiro Alves Barboza Vianna

Avaliação dos níveis de ansiedade de uma


amostra de escolares no Rio de Janeiro
através da
Escala Multidimensional de Ansiedade para
Crianças (MASC-VB)

Dissertação apresentada como requisito parcial para


obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-
Graduação em Psicologia Clínica do Departamento de
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710431/CA

Psicologia do Centro de Teologia e Ciências Humanas da


PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo
assinada.

Prof. Jesus Landeira Fernandez


Orientador
Departamento de Psicologia - PUC-Rio

Profª. Helenice Charchat Fichman


Departamento de Psicologia – PUC-Rio

Prof. Bernard Pimentel Rangé


Departamento de Psicologia - UEFJ

Prof. Paulo Fernando Carneiro de Andrade


Coordenador Setorial de Pós-Graduação
e Pesquisa do Centro de Teologia
e Ciências Humanas – PUC-Rio
Rio de Janeiro, ___/___/2009.
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total
ou parcial do trabalho sem autorização do autor, do
orientador e da universidade.

Renata Ribeiro Alves Barboza Vianna


Graduou-se em Psicologia pela PUC-Rio em 2003,
especializou-se em Psicoterapia Psicodinâmica Integrada e
Saúde Mental e Desenvolvimento Infanto-juvenil pela Santa
Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Área de interesse e
atuação Psicologia Clínica e Neurociência com enfoque na
Infância e Adolescência.

Ficha Catalográfica

Vianna, Renata Ribeiro Alves Barboza

Avaliação dos níveis de ansiedade de uma


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710431/CA

amostra de escolares no Rio de Janeiro através


da escala multidimensional de ansiedade para
crianças / Renata Ribeiro Alves Barboza Vianna
; orientadora: J. Landeira-Fernandez. – 2009.
139 f. : il. ; 30 cm

Dissertação (Mestrado em Psicologia)–


Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
Inclui bibliografia

1. Psicologia – Teses. 2. Ansiedade. 3.


Escala psicométrica. 4. Crianças. 5.
Adolescentes. I. Landeira-Fernandez, J. II.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro. Departamento de Psicologia. III. Título.

CDD 150
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Aos meus pais, Antonio Carlos e Helena e ao meu marido Lucas, grandes
incentivadores e fontes de inspiração.
Aos meus irmãos Eduardo, Daniela e Daniel, pela certeza de poder
sempre contar com eles.
Às minhas amigas, Vera, Roberta Salomão, Michele, Roberta Montez,
Patrícia e Vanessa pelo apoio, encorajamento e carinho de sempre.
Às minhas amigas, Angela e Denise pela disponibilidade, generosidade,
carinho e força que tanto me ajudaram ao longo de todo processo.
Agradecimentos

Ao meu orientador, J. Landeira-Fernandez por me encorajar a explorar a


área acadêmica, como campo de trabalho e me fa zer questionar
“verdades”.
A todas as crianças e adolescentes e aos seus pais por se
disponibilizarem a participar do estudo.
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Aos diretores, professores e funcionários administrativos das escolas, por


terem colaborado, cedendo o espaço e tempo de seus horários para a
pesquisa.
À Santa Casa e ao CIPIA, por permitirem que uma parte do estudo fosse
realizado em seus espaços.
À professora Regina Pontes, pelo apoio e encorajamento constantes, que
me fazem querer ir mais longe.
Aos professores Guilherme Guttman e Helenice Charchat, por
compartilharem seus conhecimentos.
Às alunas de iniciação científica: Denise Greca, Monique Cabral e
Luciana Viana, pela ajuda na coleta de dados.
Aos amigos do LAND: Ana Carolina Fioravanti-Basots, Bruno Galvão,
Bruno Larrubia, Emmy Uehara, Fabiano Castro, Flávia Paes, Marta
Borshaw, Tânia Neto e Vitor Gomes, pelo apoio e aprendizado.
Às amigas e psicólogas, Marcela Cavalcanti e Suzana Rodrigues, pelo
carinho e paciência para ouvir meus questionamentos.
Ao CNPQ e a PUC-Rio, pelos auxílios concedidos, imprescindíveis para
que este trabalho pudesse ser realizado.
Resumo

Vianna, Renata Ribeiro Alves Barboza, Landeira-Fernandez, Jesus.. Avaliação


dos níveis de ansiedade de uma amostra de escolares no Rio de Janeiro
através da Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças. Rio de
Janeiro, 2009. 139p. Dissertação de Mestrado – Departamento de Psicologia,
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Introdução: Transtornos de ansiedade representam uma das mais comuns e


debilitantes formas de psicopatologia na infância e adolescência. O
desenvolvimento de instrumentos psicométricos voltados para a identificação de
sintomas ansiosos precocemente pode se configurar em um interessante
investimento na prevenção de prognósticos desfavoráveis ao longo do tempo.
Objetivo: Avaliar o nível de ansiedade em crianças e adolescentes do Rio de
Janeiro. Método: A escala MASC-VB foi aplicada juntamente com a escala
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RCMAS e o CDI em uma amostra composta por 317 sujeitos, com idades entre 8
e 16 anos, sendo 48 pacientes ambulatoriais e 269 estudantes, moradores da
Rocinha e de outras localidades. Resultados: A escala mostrou características
satisfatórias de consistência interna, validade discriminante, validade convergente
e validade de critério. Os resultados apresentados são compatíveis com os obtidos
no estudo de validação da escala no Brasil e com os estudos realizados com a
versão original. Foram observados escores elevados de ansiedade em crianças e
adolescentes moradores da Rocinha, compatíveis ou superiores aos encontrados
na amostra de pacientes ambulatorias. Conclusão: A MASC é uma das escalas
mais difundidas mundialmente para avaliar a presença de sintomas de ansiedade
em crianças e adolescentes. Os dados obtidos com este estudo confirmam o bom
desempenho psicométrico da escala para uso na população brasileira. Novos
estudos se fazem necessários para melhor explicar os níveis elevados de ansiedade
identificados na população geral, em especial na amostra extraída da Rocinha.

Palavras-chave:
Ansiedade; escala psicométrica; crianças; adolescentes.
ABSTRACT

Vianna, Renata Ribeiro Alves Barboza, Landeira-Fernandez, Jesus. Evaluation of


anxiety levels in a sample of school age children in Rio de Janeiro using The
Multidimensional Anxiety Scale for Children. Rio de Janeiro, 2009. 139p.
MSc. Dissertation– Departamento de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro.

Anxiety disorders represent one of the most common and debilitating forms of
psychopathology in children and adolescents. A way to prevent from a bad
prognosis is to develop assessment tools that are able to identify the anxious
phenomenon as soon as possible, at any time or culture. Objective: To evaluate
the anxiety levels in children and adolescents from Rio de Janeiro. Method:
Using a clinical sample of 48 outpatients and a community sample of 269 children
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and adolescent (8-16 years old) who lived in Rocinha and other localities, the
MASC-BV and other psychometric tools were completed. Results: The MASC-
BV exhibited strong internal reliability, demonstrated good discriminative
validity, good convergent validity and good criterion validity. The results are
comparable to those presented in the validation study of the MASC in Brazil and
to the first studies of the scale. As expected, high levels of anxiety symptoms were
found in girls. Not expected, the higher scores in MASC-VB in the sample from
Rocinha. Conclusion: The MASC is one of the most world-wide used scale to
measure anxiety in children and adolescents. The results indicate good
psychometric properties that shows it can be a useful measure to Brazilian
population. New studies are necessary to better understand the high levels of
anxiety in the community sample, specially in the Rocinha group.

Key-words:
Anxiety; psychometric scale; children; adolescent
SUMÁRIO
1 Introdução ........................................................................................................................13

1.1. Ansiedade Infanto-juvenil ............................................................................................16

1.1.2. Breve histórico............................................................................................... 17

1.1.3. Transtornos ansiosos na infância e adolescência: diagnóstico e

epidemiologia ......................................................................................................................20

1.1.3.1. Transtorno de Ansiedade de Separação .........................................21

1.1.3.2. Transtorno de Ansiedade Generalizada ..........................................25

1.1.3.3. Fobia Específica .............................................................................28

1.1.3.4 Transtorno de Ansiedade Social......................................................31


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1.1.3.5. Transtorno de Pânico ......................................................................35

1.1.3.6. Transtorno Obsessivo Compulsivo .................................................37

1.1.3.7. Transtorno de Estresse Pós-Traumático .........................................39

1.1.4. Avaliação e tratamento ..................................................................................41

1.2 Escalas que medem ansiedade em crianças ...................................................................46

1.2.1. Breve histórico...............................................................................................47

1.2.2. Escalas de ansiedade infantil no Brasil .........................................................50

1.2.3. Uma visão crítica sobre o uso de escalas.......................................................59

1.3. A Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças .............................................63

1.4. Objetivo ........................................................................................................................71

2. Método.............................................................................................................................72

2.1. Amostra ........................................................................................................................72

2.2. Instrumentos de mensuração ........................................................................................72

2.3. Procedimento ................................................................................................................76


2.4. Análise estatística dos dados ........................................................................................78

3. Resultados........................................................................................................................82

3.1. Resultados das características da amostra da população clínica...................................82

3.1..2. Resultados das características psicométricas da escala MASC-VB na população

clínica....................................................................................................................................90

3.1.3. Resultados das características da amostra da população geral.................................. 94

3.1.4. Resultados das características psicométricas da escala MASC-VB na população

geral.....................................................................................................................................105

3.1.5. Resultados das características psicométricas da escala MASC-VB na amostra da

população geral e clínica: consistência interna...................................................................107

4. Discussão........................................................................................................................109
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5. Conclusão........................................................................................................................116

6. Referências Bibliográficas..............................................................................................118
Lista de Tabelas

Tabela 1 Número de estudos referentes a escalas de ansiedade infantil por décadas..........49


Tabela 2 Escalas de ansiedade infantil mais usadas em estudos científicos .......................50
Tabela 3 Panorama atual das escalas de ansiedade infantil no Brasil .................................51
Tabela 4 População clínica segundo idade e sexo ...............................................................82
Tabela 5 Prevalências de diagnósticos de acordo com o DSM-IV na população
clínica (n=48).......................................................................................................................83
Tabela 6 População clínica segundo diagnóstico de ansiedade..........................................84
Tabela 7 Características sociodemográficas da população clínica segundo a
presença de ansiedade..........................................................................................................85
Tabela 8 Estatísticas descritivas relativas ao WISC-III-red na população clínica,
segundo diagnóstico ............................................................................................................86
Tabela 9 Estatísticas descritivas relativas ao MASC-VB na população clínica,
segundo diagnóstico ............................................................................................................86
Tabela 10 Estatísticas descritivas relativas ao RCMAS na população clínica,
segundo diagnóstico ............................................................................................................87
Tabela 11 Estatísticas descritivas relativas ao CDI na população clínica, segundo
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diagnóstico...........................................................................................................................88
Tabela 12 Escore CDI na população clínica, segundo diagnóstico de ansiedade,
utilizando como ponto de corte 17 ......................................................................................89
Tabela 13 Validade convergente e validade divergente entre as escalas MASC-VB
total, RCMAS total e CDI na população clínica (n=48) .....................................................90
Tabela 14 Coeficientes de correlação de Spearman (rs) entre as escalas e
subescalas de ansiedade na população clínica (n=48) .........................................................90
Tabela 15 Coeficientes de correlação de Spearman (rs) entre as escalas e
subescalas de ansiedade na população clínica, segundo diagnóstico de ansiedade ............91
Tabela 16 Análise da capacidade discriminativa das escalas MASC-VB e RCMS
para diagnósticos de TA (n=25) e outros (n=23) na população clínica pela curva
ROC.....................................................................................................................................91
Tabela 17 Comparações das escalas de ansiedade MASC-VB e RCMAS na
população clínica, utilizando ponto de corte .......................................................................93
Tabela 18 Sensibilidade e especificidade das escalas MASC-VB e RCMAS ....................93
Tabela 19 População geral segundo idade e sexo ...............................................................95
Tabela 20 Características sociodemográficas da população geral, segundo moradia .........96
Tabela 21 Estatísticas descritivas relativas ao WISC-III-red na população geral,
segundo moradia..................................................................................................................96
Tabela 22 Estatísticas descritivas relativas ao MASC-VB na população geral,
segundo moradia..................................................................................................................97
Tabela 23 Escore MASC-VB na população geral, segundo moradia, utilizando
como ponto de corte 56 .......................................................................................................98
Tabela 24 Estatísticas descritivas relativas ao RCMAS na população geral, segundo
moradia ................................................................................................................................99
Tabela 25 Escore RCMAS na população geral, segundo moradia, utilizando como
ponto de corte 17 .................................................................................................................100
Tabela 26 Comparações das escalas de ansiedade MASC-VB e RCMAS na
população geral, utilizando ponto de corte ..........................................................................101
Tabela 27 Estatísticas descritivas relativas ao CDI na população geral, segundo
moradia ................................................................................................................................101
Tabela 28 Escore CDI na população geral, segundo moradia, utilizando como
ponto de corte 17 .................................................................................................................102
Tabela 29 Estatísticas descritivas relativas às subescalas do MASC-VB na
população geral, segundo moradia ......................................................................................103
Tabela 30 Estatísticas descritivas relativas ao MASC e do RCMAS na população geral
segundo sexo ......................................................................................................................104
Tabela 31 Estatísticas descritivas relativas ao MASC e do RCMAS na população geral
segundo sexo,utilizando ponto de corte..............................................................................104
Tabela 32 Estatísticas descritivas relativas ao MASC e do RCMAS na população geral
segundo idade......................................................................................................................105
Tabela 33 Validade convergente e validade divergente entre as escalas MASC-VB total,
RCMAS total e CDI na população clínica (n=269) ...........................................................106
Tabela 34 Coeficientes de correlação de Spearman (rs) entre as escalas e subescalas de
ansiedade na população geral (n=269)................................................................................106
Tabela 35 Consistência interna da escala MASC-VB nas populações clínica e geral........108
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Lista de Gráficos
Gráfico 1 Prevalência de diagnóstico de acordo com o DSM-IV na população
clínica (n=48).......................................................................................................................83
Gráfico 2 População clínica segundo diagnóstico de ansiedade .........................................84
Gráfico 3 Estatísticas descritivas relativas ao MASC-VB na população clínica,
segundo diagnóstico ............................................................................................................86
Gráfico 4 Estatísticas descritivas relativas ao RCMAS na população clínica,
segundo diagnóstico ............................................................................................................88
Gráfico 5 Escore CDI na população clínica, segundo diagnóstico de ansiedade,
utilizando como ponto de corte 17 ......................................................................................89
Gráfico 6 Análise da capacidade discriminativa das escalas MASC-VB e RCMS
para diagnósticos de TA (n=25) e outros (n=23) na população clínica pela curva
ROC.....................................................................................................................................91
Gráfico 7 Comparações das escalas de ansiedade MASC-VB e RCMAS na
população clínica, utilizando ponto de corte .......................................................................94
Gráfico 8 Estatísticas descritivas relativas ao MASC-VB na população geral,
segundo moradia..................................................................................................................98
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Gráfico 9 Escore MASC-VB na população geral, segundo moradia, utilizando


como ponto de corte 56 ........................................................................................................99
Gráfico 10 Escore RCMAS na população geral, segundo moradia, utilizando
como ponto de corte 17 .......................................................................................................100
Gráfico 11 Escore CDI na população geral, segundo moradia, utilizando como
ponto de corte 17 .................................................................................................................102
Gráfico 12 MASC na população geral, segundo o sexo.....................................................105

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