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INTRODUÇÃO

A Flauta Doce é um instrumento de sopro direto e tem sua origem nos antigos instrumentos folclóricos como
o Czakan na Hungria (seis furos) ou a Flauta Dupla na antiga Iugoslávia. Sua história está ligada à origem de
seu nome em inglês (RECORDER), que vem do latim RICORDARI que significa lembrar, recordar, trazer a
memória.

A flauta doce foi um dos instrumentos musicais mais populares na Idade Média e no Renascimento (séculos
XV e XVI), sendo construídas de madeira. No período barroco (século XVII), grandes músicos compuseram
obras para flauta doce, entre eles Handel, Vivaldi e Bach.

Foi no século XV que a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada “flauta da renascença”
alcançando seu apogeu em meados do século XVI. Durante o século XVII foi mais usada como instrumento
solo. Antes, seu corpo era composto de uma ou duas partes (soprano), depois passou a ter o seu corpo
dividido em três partes (contralto), possibilitando produzir som com mais intensidade e com mais
possibilidade de expressão. Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso
ou em museus. A flauta foi usada no século XVIII como instrumento profissional e posteriormente quase que
substituída pela flauta transversal porque, com o surgimento da orquestra clássica, os compositores procuram
instrumentos com maiores recursos dinâmicos (forte/piano). Assim começa o declínio da flauta doce que, por
volta de 1750, praticamente desaparece do repertório de qualquer compositor.
Somente no final do século XIX é que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento
novamente por meio de pesquisa de músicas antigas. Atualmente as flautas doces fabricadas possuem um
som mais suave do que as flautas do século XVII, nas quais são baseadas. Ela produz um som melodioso e
extremamente confortante. Há a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais
como, por exemplo, as japonesas Yamaha, que são instrumentos mais acessíveis financeiramente e são
bastante utilizadas como instrumento musicalizador. No ensino, pode-se encontrar flautas doces sopranino,
soprano, contralto, tenor, baixo. A extensão sonora de cada uma depende do seu tamanho e espessura.
Quanto maior a flauta mais grave será sua produção sonora e, quanto menor, mais agudo será seu som.

Estrutura da Flauta Doce


É um instrumento musical de sopro direto, com um tubo cilíndrico aberto contendo dez furos, que são
fechados com os dedos da mão do instrumentista ou deixados abertos, no qual o som é produzido pela
vibração do ar no tubo oco. Para que ocorra a vibração do ar é necessário soprar no bocal que contem um
apito dirigido a uma aresta que, ao passar o ar, este vibra e produz o som. Para se alcançar as diversas alturas
do som é necessário abrir ou fechar os orifícios existentes no corpo da flauta doce.
Aspectos da postura no uso da Flauta Doce
A flauta doce é um instrumento de sopro. Para tocá-la sopramos na boquilha. O que sopramos passa pela
abertura dos orifícios e produz o som. Para segurá-la fique com as costas retas e com os braços afastados do
corpo. Aspire o ar pelo nariz e solte-o pela boca suavemente. A boquilha da flauta doce deve ficar apoiada
sobre o lábio inferior. Não é preciso enfiá-lo dentro da boca. Feche bem os lábios em torno da boquilha,
comose fosse mandar um beijinho, para que o ar não escape pelos lados.
Atenção!!!
Os dentes não encostam na flauta.
Não morda a flauta.
Não deixe a flauta cair.
A flauta tem dez orifícios (pois os furos perto dos pés da flauta são duplos). Os dedos tomam conta desses
orifícios. Cada dedo cuida de um orifício. Os dedos da mão esquerda posicionam-se nos três primeiros
orifícios, na parte superior da flauta, perto da cabeça da flauta, e os dedos da mão direita nos
orifícios seguintes (abaixo). O dedo polegar da mão esquerda vai posicionar-se no
orifício de trás. Quando começar a tocar, sempre faça a articulação “tu”, como se fosse
falar esta sílaba. A sua língua vai ficar na posição correta para assoprar. Lembrese de assoprar suavemente.
CUIDADOS COM O INSTRUMENTO: Para manter a flauta doce sempre em bom estado, é conveniente
que ao terminar de tocar, se deve secar a umidade. Com tal objetivo deve-se separar as partes e limpar por
dentro com um pano suave, tendo sempre o cuidade de não danificar a embocadura.

Notas musicais na flauta

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