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GUIA DE

SOBREVIVÊNCIA NA
SELVA ACADÊMICA

Carla Appollinario de Castro


EXEMPLO DE RESUMO
(MÁXIMO DE 20 LINHAS !!!)
AZEVEDO, Thaís Maria Lutterback Saporetti. Estatização do puxirum: uso coletivo da terra no
projeto estadual agroextrativista Sapucuá-Trombetas, em Oriximiná (PA). Dissertação de
mestrado. Orientação do Prof. Dr. Wilson Madeira Filho. Coorientação da Profa. Dr.a Ana Maria
Motta Ribeiro. Niterói: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da Universidade
Federal Fluminense, 2012.

O objeto do presente estudo é analisar o modo de vivência e os contornos sociojurídicos do


Projeto Estadual Agroextrativista Sapucuá-Trombetas, localizado no município de Oriximiná, no
Pará, e criado pela Portaria ITERPA n. 729. Tem-se nestas comunidades ribeirinhas uma
experiência político-social que possibilita um nicho fecundo de investigação sob a hipótese de
tratar-se de um modo de vida alternativo aos padrões dominantes de propriedade, assentado
em modelo de regularização fundiária nos moldes coletivos. Neste cenário, parece possível
entrever a possibilidade de um discurso sobre essa realidade e, por conseguinte, problematizar
a relação entre indivíduo e comunidade, alicerçando-se nos atributos de solidariedade social,
fundamental à temática da confiança no direito. Os métodos de pesquisa pretendidos nesta
dissertação partem de verificação empírica através da observação participativa, associada ao
caráter descritivo do campo sociológico e da enunciação dos conflitos a serem perquiridos, na
medida em que contornem a questão do direito à terra dessas comunidades. A estrutura do
texto está disposta a partir dos seguintes eixos principais: a questão da territorialidade na
Amazônia e as particularidades espaciais, a formação do projeto agroextrativista em estudo e a
sociologia dos meios de vida praticados pelos comunitários. Como resultado, aponta-se a tutela
para-estatal dos direitos ditos das minorias como estratégia política de solidariedade na noção
de uso coletivo no Lago Sapucuá.

Apoio: Capes

PALAVRAS-CHAVES: Amazônia; Populações ribeirinhas; Regularização fundiária; Projeto


agroextrativista; Conflitos socioambientais. (5 PALAVRAS)

Roteiro:

Amarelo = objetivo;

Verde = justificativa;

Azul = Metodologia utilizada;

Lilás = desenvolvimento (estrutura dos capítulos);

Cinza = Conclusões
SE FOR RESUMO PARA ARTIGO:
Quanto às palavras-chave, sugiro atenção aos seguintes aspectos:

1. As palavras-chave consistem em palavras ou expressões curtas que conseguem representar o


conteúdo integral da pesquisa científica.

2. Devem ser informadas entre 3 e 5 palavras-chave.

3. Escolha palavras que definam exatamente os assuntos abordados.

4. Prefira utilizar termos padronizados pela comunidade científica da área que trata a sua
pesquisa.

5. Separe as palavras entre si por um ponto.

6. É fundamental que as palavras-chave tenham ligação direta com os temas centrais da


investigação. A partir desses termos, o leitor pode ter uma noção do que irá encontrar no
desenvolvimento da pesquisa.
INTRODUÇÃO

1. O tema (objeto) de estudo


2. Contextualização
3. Problema de pesquisa
4. Objetivos
5. Hipóteses
6. Relevância
7. Justificativa
8. O ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado;
9. Trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema;
10. O quadro metodológico
11. As razões objetivas e subjetivas da escolha do objeto
12. A estrutura do trabalho
13. Síntese das considerações finais
ERROS MAIS COMUNS: Conferir nas páginas seguintes!!!
Citação de matéria de jornal:

ARTIGO DE JORNAL COM AUTOR :

Exemplo 1:

OTTA, Lu Aiko. Parcela do tesouro nos empréstimos do BNDES cresce 566 % em oito anos. O
Estado de S. Paulo, São Paulo, ano 131, n. 42656, 1 ago. 2010. Economia & Negócios, p. B1.

Como citar no texto:

ou ...Otta (2010)
ou ...(OTTA, 2010)
ou ...(OTTA, 2010, Economia & Negócios, p. B1)

Exemplo 2:

OLIVEIRA, W. P. Judô: Educação física e moral. O Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mar.
1981. Caderno de esporte, p. 7.

Como citar no texto:

ou ...Oliveira (1981)
ou ...(OLIVEIRA, 1981)
ou ...(OLIVEIRA, 1981, Caderno de esporte, p. 7)

Exemplo 3:

CRÉDITO à agropecuária será de R$ 156 bilhões até 2015. Jornal do Commercio, Rio de
Janeiro, ano 97, n. 156, p. A3, 20 maio 2014.

Como citar no texto:

ou ...Crédito... (2014)
ou ...(CRÉDITO..., 2014)
ou ...(CRÉDITO..., 2014, p. A3)
Entrevista:

Entrevista concedida à [nome do(a) pesquisador(a). Mês de ANO, em Município, Estado.

Foto:

Foto X – Título/Legenda da foto. Foto: Autor(a) da foto. Data: xx de mês de ANO.

LIVE:
Nas CONSIDERAÇÕES FINAIS, sugiro abordar os seguintes aspectos:

a) Reforce a justificativa da pesquisa, podem ter surgido informações novas ao longo da


pesquisa, como, por exemplo, às relacionadas a dificuldade de acesso às informações;

b) Retome os objetivos (geral e específico) para esclarecer em que medida eles foram
atendidos, bem como se a(s) hipótese(s) foi(ram) confirmadas ou não.

c) Discorra rapidamente sobre todos os resultados. Eles já foram apresentados no texto (na
etapa apresentação e discussão dos resultados), mas, na conclusão, eles devem ser
informados de forma sintética para facilitar a leitura por quem não poderá ler o trabalho
inteiro; e
d) Sugira novas perspectivas para o debate acadêmico acerca do seu tema que não puderam
ser explorados pela sua pesquisa.

FORMATAÇÃO ON-LINE DE REFERÊNCIAS:

http://www.more.ufsc.br/

Para adicionar a referência do MORE ao seu trabalho acadêmico basta inserir: MORE:
Mecanismo online para referências, versão 3.0. Florianópolis: UFSC Rexlab, 2020. Disponível em:
http://www.more.ufsc.br/. Acesso em: XX XXX XXXX.

https://referenciabibliografica.net/a/pt-br/ref/abnt

Para distintos formatos (ABNT / VANCOUVER / NLM / MLA8)

http://facilis.uesb.br/

https://menthor.co/
ERROS MAIS COMUNS EM TRABALHOS ACADÊMICOS

1) O título não ser coerente com o trabalho efetivamente realizado.

2) O resumo não trazer todas as informações da pesquisa (justificativa / metodologia


utilizada / desenvolvimento [estrutura dos capítulos] / conclusões).

3) Não observar a formatação do sumário e das subseções no trabalho

Exemplo:
1. SEÇÃO PRIMÁRIA
1.1. SEÇÃO SECUNDÁRIA
1.1.1 Seção terciária
1.1.1.1 Seção Quaternária
1.1.1.1.1 Seção Quinária
a) alínea;
b) alínea,
- subalínea

4) Não explicitar o problema de pesquisa na introdução.

5) Não explicitar os trabalhos anteriores que trataram do mesmo tema/objeto e em


que medida o trabalho atual se diferencia dos anteriores.

6) Antecipar a discussão teórica ou a apresentação de dados na introdução. Podem e


devem ser citados autores caso sejam utilizadas categorias analíticas, chaves de
compreensão ou expressões que foram cunhadas por alguém. Os dados podem ser
citados apenas se estiverem sendo utilizados para contextualizar o tema e o objeto.

7) Achar que os trabalhos jurídicos devem ter obrigatoriamente três capítulos, a


saber: i) histórico (sem que sejam manuseados instrumentos de pesquisa histórica
ou historiográfica); ii) legislação (em que são realizadas apenas reproduções da
legislação em vigos ou revogada, mas sem nenhuma reflexão); e iii)
jurisprudências (que são apenas transcritas, sem nenhuma interpretação ou
método de estudo de caso).

8) Manualismo, Reverencialismo, falta de tempo e impureza metodológica, nos


termos da crítica elaborada por Luciano Oliveira (OLIVEIRA, Luciano. Não fale
do Código de Hammurabi! A pesquisa sócio-jurídica na pós-graduação em
Direito. in: Sua excelência o comissário e outros ensaios de Sociologia
Jurídica. Rio de Janeiro: Letra Legal, 2004. Disponível em:
http://www.esmape.com.br/downloads/Luciano_Oliveira_Nao_fale_do_codigo_
de_Hamurabi.rtf).

9) Não incluir, pelo menos, um parágrafo introdutório de temas que serão abordados
no capítulo e em que medida eles auxiliam na compreensão do problema e do
objeto. Trata-se de um vício que reproduz a forma dos manuais do direito.
Exemplo:

CAPÍTULO I: O PROCESSO DE INCLUSÃO DAS PCD’S NO SERVIÇO


PÚBLICO

1.1 As deficiências humanas

1.1.1-Contexto histórico.

10) Não observar as regras de citação: direta, indireta ou citação da citação (apud).
Absolutamente todos os argumentos, afirmativas, interpretações, dados extraídos
de trabalhos anteriores, que não sejam expressões comuns, devem ser citados, sob
pena de o(s) trecho(s) ser considerado plágio.

11) Nas citações diretas, não observar a regra das três linhas:
- Citações com até 3 linhas = devem ser inseridas no próprio parágrafo, o trecho
citado deve ser informado entre aspas e a referência deve ser informada após o
fechamento das aspas (para que o leitor identifique que apenas aquele trecho foi
retirado do autor informado);

- Citações com mais de 3 linhas = devem ser informadas no texto, com recuo de
4,0cm, parágrafo simples, tamanho de letra 10 ou 11. A fonte deve ser informada
em nota de rodapé ou entre parênteses (caso tenha sido adotado o Sistema Autor-
Data) seguida de um ponto final. O ponto final deve ser acrescido apenas após o
fechamento dos parênteses.

Exemplo:

(...) Já temos no Brasil um acervo considerável, e em acelerado


crescimento, de recursos tecnológicos que permitem aperfeiçoar
a qualidade das interações entre pesquisadores, clínicos,
professores, alunos e pais na área da Educação Especial, bem
como de aumentar o rendimento do trabalho de cada um deles.
(CAPOVILLA, 1997, p. 130). {ERRADO)

(...) Já temos no Brasil um acervo considerável, e em acelerado


crescimento, de recursos tecnológicos que permitem aperfeiçoar
a qualidade das interações entre pesquisadores, clínicos,
professores, alunos e pais na área da Educação Especial, bem
como de aumentar o rendimento do trabalho de cada um deles
(CAPOVILLA, 1997, p. 130). {ERRADO)

12) Confundir figura extraída da internet ou de outros trabalhos com gráfico ou tabela.
Quando as tabelas e gráficos são extraídos de outros trabalhos ou de artigo
disponível na internet, ou seja, quando apenas se copia a imagem, trata-se de
figura (e não, de gráfico ou tabela) e a fonte (local de onde a imagem foi extraída)
deve ser informada em baixo da figura. A figura deve ser enumerada e ter título
(descrição do que se trata).

EXEMPLO

FIGURA 1 – Dados do desemprego nacional (2000 – 2010)


Índice %

IMAGEM

FONTE: (SOBRENOME DO AUTOR, ano, p. xx).

13) Não retomar os aspectos principais da pesquisa nas considerações finais ou, ainda,
citar outros autores que tenham tratado do mesmo tema. As considerações finais,
assim como a introdução, são as partes mais autorais do texto, em que o autor
deve apresentar a sua perspectiva/contribuição original para o debate que envolve
a temática pesquisada. Logo, sugere-se que sejam retomados os objetivos, as
hipóteses para demonstrar em que medida eles foram alcançados ou confirmados.
Se você chegou até aqui pode se considerar um sobrevivente, kkk.
Agora, lembre-se da dica final:

Com afeto,

Carla Appollinario de Castro!

Cher e Beyoncé no comando!

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