Você está na página 1de 1

Maria Doroteia Joaquina de

Seixas Brandão

Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão


(Vila Rica, 8 de novembro de 1767 - Vila Rica, 9
de fevereiro de 1853)[1][2] foi uma das
mulheres envolvidas na Inconfidência Mineira,
e noiva do inconfidente, jurista e poeta Tomás
Antônio Gonzaga, de quem supostamente
recebeu a homenagem registrada nos versos
da obra Marília de Dirceu.[1][3]

Maria Doroteia

Selo postal, estampa de Marília de Dirceu

Nome completo Maria Doroteia


Joaquina de Seixas
Brandão

Nascimento 8 de novembro de
1767
Vila Rica, Minas
Gerais, Portugal

Morte 9 de fevereiro de 1853 (85 anos)


Vila Rica, Minas Gerais

Nacionalidade brasileira

Biografia

Filha de Baltazar João Mayrink, Capitão do


Regimento de Cavalaria, e de Maria Doroteia
Joaquina de Seixas, Maria Doroteia nasceu em
Vila Rica (atual Ouro Preto), onde foi batizada
na Matriz de Nossa Senhora do Pilar no dia 8
de novembro de 1767, com o mesmo nome de
sua mãe.[4] Tinha dois irmãos mais novos, José
Carlos Mayrink, que seria senador do Império,
e Francisco de Paula Mayrink, tenente-coronel
de Cavalaria, e duas irmãs, Anna Ricarda de
Seixas Mayrink e Emerenciana Evangelista de
Seixas Mayrink.[4] Ficou órfã de mãe em 24 de
agosto de 1775, fato que levou o pai a se casar
em segundas núpcias, com Maria Madalena de
São José.[5] Depois da orfandade, passou a
residir com seus tios, Antônia Cândida de
Seixas e seu marido, José Luis Sayão.[6]

Casa em que residiu o poeta Tomás


António Gonzaga, da última janela a
direita, contemplava ele a sua noiva a
célebre Marilia de Dirceu, Maria Doroteia
Joaquina de Seixas Brandão.

Aos 15 anos conheceu o poeta e jurista Tomás


Antônio Gonzaga, 38 anos de idade, de quem
tornou-se noiva aos 22 anos, em 1789.
Envolveu-se no movimento que desejava a
emancipação do Brasil, mas não foi presa
durante a devassa promovida pelo Visconde de
Barbacena. Em compensação, viu seu noivo
ser preso em 23 de maio de 1789, sendo
conduzido ao Rio de Janeiro de imediato.[7][1]

Após o degredo do noivo, retirou-se para a


fazenda da família, Fundão das Goiabas, em
Itaverava,[8] retornando para a cidade somente
em 1815, quando da morte de seu pai. Maria
Doroteia tornou-se reclusa, pouco saindo de
casa, vindo a morrer em 9 de fevereiro de
1853, aos 85 anos, na mesma casa onde
nasceu, em Vila Rica.[1]

Em 1955 os restos mortais de Maria Doroteia


foram retirados da Matriz de Nossa Senhora da
Conceição e levados para o Museu da
Inconfidência, onde está junto dos restos
mortais de Tomas Antonio Gonzaga, após o
esforço de Antônio Augusto de Lima Júnior.[4]
[9]

Marília de Dirceu

Retrato de Tomás Antônio


Gonzaga - feito com base em
gravura do século XIX.

Maria Doroteia é apontada por alguns autores


como sendo Marília, personagem presente na
obra de Tomás Antonio Gonzaga Marília de
Dirceu. Para alguns, Tomás usa seus versos
para expressar seu amor por Maria Doroteia;
para outros, ela servia apenas como inspiração
para os versos, sem ser exatamente a mesma
pessoa dos versos.[10] Porém, não há
consenso em apontar que Maria Doroteia e
Marília sejam a mesma pessoa. Para o
historiador Tarquínio José Barbosa de Oliveira,
grande estudioso das Cartas Chilenas de
Tomás Antônio Gonzaga, a pessoa a quem
Tomás dedica os seus versos era, na verdade,
uma abastada viúva de Vila Rica, Maria
Joaquina Anselma de Figueiredo.[1] A tese é
considerada também por Letícia Malard, que
não reconhece Maria Doroteia como a musa
dos versos do poeta.[11]

O suposto filho

Outra polêmica envolvendo Maria Doroteia


trata de sua suposta maternidade, que resulta
em especulações, com poucas fontes
confiáveis. Uma teoria aponta que ela nunca foi
mãe, e o suposto filho, chamado Anacleto,
seria na realidade seu sobrinho, filho de
Emerenciana com o Tenente Coronel Manuel
Teixeira Queiroga, também conhecido como
Dr. Queiroga.[4] Entre os que defendem a
maternidade de Maria Doroteia está o escritor
Adelto Gonçalves, grande conhecedor da obra
de Tomás Antônio, que em seu livro Gonzaga,
um Poeta do Iluminismo apoia a tese.[9]

Representações na cultura

Referências

Última modificação há 4 anos por Ca…

PÁGINAS RELACIONADAS

Tomás António Gonzaga

Marília de Dirceu
livro de Tomás António Gonzaga

Ponte de Antônio Dias

Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-SA


4.0 , salvo indicação em contrário.
Política de privacidade • Versão desktop
Condições de utilização •

Você também pode gostar