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ORIENTAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DO PROJETO BÁSICO DE ARQUITETURA:

A importância:
As técnicas de controle de infecção têm evoluído nos últimos
anos. Com isso, a arquitetura não poderia deixar de
acompanhar esse conhecimento. Neste sentido, os ambientes
bem dimensionados, seguindo as normas de engenharia
sanitária, proporcionam uma grande influência do edifício no
controle de infecções e/ou contaminações, logo intervindo nos
problemas decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à
saúde.
Se você irá construir algum estabelecimento que necessite ser
licenciado pelo DVISA, contrate primeiramente um Arquiteto
ou Engenheiro Civil para elaboração projeto arquitetônico e
apresente na VISAMANAUS.
A Gerência de Engenharia Sanitária (GENGS) do DVISA tem
como função de orientar, analisar e aprovar os Projetos
Básicos de Arquitetura (PBA) de estabelecimentos de saúde e
de alguns estabelecimentos de interesse da saúde de acordo
com os critérios sanitários estabelecidos em normas, portarias e resoluções federais, estaduais e municipais.

O que é o Projeto Básico de Arquitetura (PBA)?


Conjunto de informações técnicas, composto pela representação gráfica e
relatório técnico, necessárias e suficientes para caracterizar os serviços e
obras, elaborado com base em estudo preliminar, e que apresente o
detalhamento necessário para a definição e a quantificação dos materiais,
equipamentos e serviços relativos ao empreendimento. O PBA deverá ser
apresentado conforme as informações descritas no Anexo 1.

Qual é o objetivo da análise e aprovação do PBA?


Assegurar que os edifícios dos estabelecimentos de saúde ou de interesse da saúde
a serem construídos, reformados ou ampliados em Manaus possuam estrutura
física e equipamentos seguros para a realização de suas atividades, atendimentos
e fabricação de seus produtos.
Em uma análise é possível identificar os aspectos técnicos de arquitetura e de
engenharia adotados no PBA que podem comprometer ou impedir a realização de
um dado projeto com suas respectivas proposições de solução. Após análise pelos
Fiscais do GENGS ocorre a emissão da Certidão de Aprovação de PBA, informando
que o projeto físico analisado e avaliado está em conformidade com os critérios e
normas estabelecidas para este tipo de estabelecimento. Dessa forma evitamos o
surgimento de riscos sanitários relacionados basicamente a fluxo de trabalho e ao
edifício.

A análise do PBA consiste em verificar:


• Documentação de Projeto;
• Adequação do projeto arquitetônico às atividades a serem licenciadas;
• Funcionalidade do edifício;
• Dimensionamento dos ambientes;
• Instalações Ordinárias e Especiais;
• Especificação básica dos materiais e equipamentos.

Embasamento legal:
Lei 6437 de 1977 - De acordo com Art. 10 Inciso I e II da Lei 6437 de 1977, construir, instalar ou fazer funcionar
estabelecimentos assistenciais de saúde e de interesse à saúde, sem a prévia aprovação dos projetos arquitetônicos
antes do início das obras e serviços de construção, reforma e/ou ampliação são infrações sanitárias.
LEI COMPLEMENTAR Nº. 70 DE 03 DE DEZEMBRO DE 2009 - INSTITUI, no âmbito do Estado do Amazonas o
Código de Saúde e dá outras providências.
Art. 185. Os projetos de construção, instalação, funcionamento, reforma ou ampliação de estabelecimento de saúde
ou de interesse à saúde ficam condicionados à prévia autorização da autoridade sanitária competente, nos termos
definidos em regulamento.
§ 4º. A concessão da licença de funcionamento para estabelecimento de interesse à saúde e para estabelecimentos
de assistência à saúde é condicionada à aprovação dos respectivos projetos nos termos do caput deste artigo e
regulamento.
RDC Nº 50 de 21/02/2002 e 51 de 06/10/201 da ANVISA - Dispõe sobre os requisitos mínimos para a análise, avaliação
e aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos de saúde no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e
dá outras providências.

Laudo de Vistoria:
Após o término da obra é realizada a vistoria de prédio. Consiste em verificar “in
loco” a obra executada se foi elaborada em conformidade com o Projeto Básico de
Arquitetura aprovado pela VISAMANAUS.

Apresentação do PBA no Protocolo do DVISA/SEMSA:


Encaminhar via e-mail (visamanaus.engenharia@gmail.com) os seguintes documentos listrados abaixo:
• Formulário Requerimento padrão (ANEXO 2):
• Cartão CNPJ ou CPF se for autônomo
• PBA em PDF em conformidade com as informações do ANEXO 1.
• Documento de Arrecadação Municipal – DAM

Apresentação do PBA no SLIM:


O SLIM está parametrizado apenas para emissão de da Certidão de Aprovação de PBA de estabelecimento de saúde
que possuem atividades consideradas de Alto Risco Sanitário, conforme Anexo A do Decreto Nº 4.648, de 12/11/2019,
que dispõe sobre a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios –
REDESIM no Município de Manaus e Regulamenta os procedimentos para o licenciamento da atividade mercantil e
concessão de Alvará de Funcionamento, nos termos da Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, e dá outras
providências.
Após o cadastro inicial da empresa no SLIM, considerando que a solicitação está relacionada a primeira licença
sanitária, será necessário ter o PBA aprovado pelo DVISA.
Na Tela do SLIM abaixo, clique no Clipe para anexar o PBA. Irá abrir a tela abaixo com 11 campos para anexar o PBA.
Os 11 arquivos devem ser em PDF e estarem
assinados pelo responsável legal do estabelecimento
e pelo responsável técnico (arquiteto ou engenheiro
civil que elaborou o PBA). Os 11 arquivos devem
conter o PBA com as informações descrita no ANEXO
1.
ANEXO 1

INSTRUÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DAS INSTALAÇÕES FÍSICAS DE


ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE JUNTO AO DVISA PARA ANÁLISE E APROVAÇÃO.

O PBA será composto da representação gráfica + relatório técnico, contendo as informações descritas a seguir:

Relatório técnico:
1. Dados cadastrais do estabelecimento de saúde, tais como: razão social, nome fantasia, endereço, CNPJ,
número da licença para funcionamento anterior, caso existente;
2. Resumo descritivo das atividades que serão executadas na edificação do estabelecimento de saúde;
3. Memorial do projeto de arquitetura descrevendo as soluções adotadas no mesmo, inclusive considerações
sobre os fluxos internos e externos;
4. A listagem de atividades que serão executadas na edificação do estabelecimento de saúde, por unidade
funcional (por ambiente) e no seu conjunto (proposta assistencial);
5. Número de funcionários, separados por turno e sexo;
6. Previsão do número de pacientes atendidos por turno de trabalho;
7. Listagem de atividades de apoio técnico ou logístico que serão executadas fora da edificação do
estabelecimento em análise, isto é, Resumo das atividades de apoio que serão realizadas fora do
estabelecimento ou por empresa terceirizada (esterilização, processamento de roupas etc.) quando aplicável;
8. Especificação básica dos equipamentos de infraestrutura e, quando aplicável, dos equipamentos necessários
para a execução das atividades fins do estabelecimento de saúde;
9. Especificação básica dos materiais de acabamento por ambiente, que poderá também constar na
representação gráfica, isto é, demonstrar por ambiente o acabamento de teto, piso, paredes, material de
bancadas, modelo de funcionamento de torneiras e especificação técnica dos aparelhos hidráulicos;
10. Descrição sucinta da solução adotada para: o abastecimento de água potável;
11. Descrição sucinta da solução adotada para o fornecimento de energia elétrica;
12. Descrição sucinta da solução adotada para a climatização das áreas semicríticas e críticas;
13. Descrição sucinta da solução adotada para a coleta e destinação de efluentes de esgoto;
14. Descrição sucinta da solução adotada para os gases medicinais, quando aplicável;
15. Descrição sucinta da solução adotada para as águas pluviais, quando aplicável;
16. Descrição sucinta da solução adotada para o gerenciamento (coleta, segregação, armazenamento e destino
final) dos resíduos de serviço de saúde (RSS);
17. Descrição da proteção radiológica, quando aplicável;
18. Caso existam instalações radioativas, apresentar o licenciamento de acordo com as normas do Conselho
Nacional de Energia Nuclear – CNEN;
19. Quadro de número de leitos, quando houver;
20. Para estabelecimentos totalmente novos, ou partes a serem ampliadas, deverá ser observado a aplicação total
do Regulamento Técnico aprovado pela RDC/ANVISA nº 50, de 2002, ou a que vier a substitui-la, e da
legislação em vigor;
21. Para obras de reforma e adequações, quando esgotadas todas as possibilidades sem que existam condições
de cumprimento integral do Regulamento Técnico aprovado pela RDC/ANVISA nº 50, de 2002, ou a que vier
a substituí-la, deverá ser apresentada declaração do projetista e do responsável pelo EAS de que o projeto
proposto atende parcialmente às normas vigentes para o desenvolvimento das atividades assistenciais e de
apoio previstas, relacionando as ressalvas que não serão atendidas e o modo como estão sendo supridas no
projeto em análise, privilegiando os fluxos de trabalho/material/paciente (quando houver);
22. Assinatura do autor do projeto e do responsável técnico do estabelecimento de saúde – identificados e com
número do registro de classe.
23. Paginação e rubrica em todas as páginas.

Representação Gráfica:
1. As plantas baixas, cortes e fachadas, com escalas não menores que 1:100, exceto as plantas de locação, de
situação e de cobertura, que podem ter a escala definida pelo autor do projeto ou por legislação local pertinente;
2. Planta de todos os pavimentos com todas as dimensões (medidas lineares, aberturas e áreas internas dos
compartimentos, Quadro de áreas de todos os ambientes, espessura das paredes e tamanho das esquadrias);
3. Utilizar Nomenclatura em todos os ambientes, conforme listagem contida na RDC/ANVISA nº 50, de 2002, ou
a que vier a substitui-la, e demais normas federais;
4. Planta de situação do imóvel(terreno) em relação ao seu entorno urbano;
5. Planta de locação da edificação no terreno ou do conjunto de edificações e acessos de pedestres e veículos
com indicação dos níveis de referência e inclinação de rampas;
6. Condições de acessibilidade conforme NBR 9050/15 - Apresentar: sanitário para Pessoa com Deficiência,
conforme NBR 9050/15, sanitários para pacientes e sanitários para funcionários;
7. Planta de Cobertura da edificação com todas as indicações pertinentes (quando houver);
8. Planta de Cortes e Fachadas, com escalas não menores que 1:100.
9. Planta de dos leitos (quando houver);
10.Planta dos equipamentos não portáteis médicos-assistenciais e de infraestrutura;
11.Planta dos equipamentos de geração de água quente e vapor (quando houver);
12.Planta dos equipamentos de exaustão (quando for necessário);
13.Planta dos equipamentos de telefonia e/ou mídia;
14.Planta dos locais para armazenamento e de tratamento (quando houver) dos resíduos de serviço de saúde
(RSS); Planta de Layout demonstrando a locação das louças sanitárias, das bancadas, armários e móveis;
15.Planta das instalações prediais: de água fria (reservatório e pontos de consumo de água);
16.Planta das instalações prediais de esgoto (ralos, caixas sifonadas, caixa de gordura, caixas de inspeção e
localização da ETE quando existir);
17.Planta das instalações prediais de energia elétrica (quadro de comando, interruptores, tomadas, luminárias);
18.Planta das instalações prediais de elétrica de emergência (luminárias);
19.Planta das instalações prediais de climatização e ventilação mecânica (equipamentos e demais dispositivos);
20.Planta das instalações prediais de gases medicinais, gás, vácuo e vapor (quando couber, indicando
armazenamento dos cilindros e respectivos pontos de consumo);
21.Planta das instalações prediais de águas pluviais (quando houver);
22.Planta do sistema de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico em conformidade com a Portaria do
Ministério da Saúde do ambiente proposto para esta atividade (quando couber - anexar declaração que não
desenvolve este tipo de atividade que necessita de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico).
23.Planta Baixa demonstrando dimensionamento dos ambientes: análise das áreas e dimensões lineares dos
ambientes propostos em relação ao dimensionamento mínimo exigido pela RDC/ANVISA nº 50, de 2002, ou a
que vier a substitui-la;
24.Em se tratando de reforma e/ou ampliação e/ou conclusão, as plantas devem conter legenda indicando área a
ser demolida, área a ser construída e área existente;
25.Todas as peças gráficas devem conter a identificação e endereço completo do estabelecimento, identificação
do autor do projeto com respectivo número de registro nacional no Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Confea), escala gráfica, data da conclusão do projeto, número sequencial das
pranchas, área total construída e do pavimento;
26.Margens, linhas, selo/carimbo, todas as inscrições conforme normas técnicas de apresentação de projeto.

Responsabilidades:
1. Só serão analisados projetos elaborados por técnicos ou firmas legalmente habilitadas pelo CREA-AM ou CAL-
AM. O autor ou autores dos projetos devem assinar todas as peças gráficas dos projetos respectivos,
mencionando o número do CREA ou CAL e providenciar sempre a ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica) correspondente.
2. O autor ou autores do projeto de arquitetura e o responsável técnico pelo estabelecimento de saúde devem
assinar o Relatório Técnico, mencionando o seu número de registro no órgão de classe. ART/RRT (Anotação
de Responsabilidade Técnica) do autor Responsável Técnico pelo projeto básico de arquitetura do
estabelecimento, registrada no CREA-AM se for Engenheiro(a) Civil ou no CAU-AM se for Arquiteto(a). O
projeto deve ter responsável registrado no Estado do Amazonas, onde a obra será executada.

Orientações Básicas para elaboração do PBA, de acordo com o embasamento legal:

Todos os ambientes onde pacientes são tratados, manipulados, medicados ou tocados devem apresentar lavatório
para mãos com torneiras que dispensem o contato das mãos para o fechamento da água.

Circulações:
Com relação às portas:
- Todas as portas de acesso a pacientes: no mínimo 0,80 (vão livre) x 2,10m, inclusive sanitários;
- Todas as portas de passagem de macas: no mín. 1,10(vão livre) x 2,10m;
- Todas as portas de salas de exame ou terapias: no mín. 1,20 (vão livre) x 2,10m;
- As portas dos sanitários devem abrir para fora ou possuir dispositivo que permita a retirada da folha pelo lado de
fora.

Com relação aos corredores:


- 2,00m largura para maiores de 11m, unidades de emergência, urgência, centro cirúrgico e obstétrico;
- 1,20m largura para os demais, inclusive para circulação exclusiva de funcionários.

Com relação às escadas:


- 1,50m largura para uso de pacientes.
- 1,20m largura para uso de funcionários.
- Proibido degraus em leque.
- Proibido degraus vazados.
Com relação a rampas:
- Largura mínima 1,50m (RDC 50). Em caso de reformas verificar NBR 9050;
- Não é permitido abertura de porta sobre a rampa.
- Inclinação de acordo com NBR 9050.

Com relação a elevadores:


- De acordo com normas técnicas vigentes.
- Cabine mínima de 1,10m x 1,40m e porta com abertura 80cm para pacientes não transportados em maca.
- Cabine mínima de 2,10m x 1,30m para pacientes transportados em maca.

Nas áreas críticas, os materiais das bancadas, piso, paredes e forro devem ser monolíticos com índice de absorção
menor que 4%.

Nas áreas críticas e semicríticas as tubulações devem ser embutidas.


O estabelecimento de saúde deve apresentar depósito de material de limpeza dotado de tanque.

Os ambientes que possuem equipamento que emitem radiação ionizante devem ter blindagem calculada por
profissional legalmente habilitado. Apresentar no relatório técnico a garantia que existirá proteção radiológica de teto,
piso, paredes e aberturas nos locais onde existem equipamentos que emitem radiação.

O compressor de ar deve estar instalado em ambiente com tomada externa de ar e possuir proteção para combater a
repercussão acústica causada pelo motor.

Os ambientes que não possuem abertura para o exterior devem apresentar sistema de renovação de ar especificado
em projeto.

O estabelecimento deve apresentar abrigo para resíduos de serviços de saúde (RSS) – em área externa da edificação.
Este abrigo deve estar de acordo com a RDC 222/18 ANVISA: tamanho adequado para a demanda do estabelecimento,
fechado e identificado, revestimento de teto, piso e paredes lisos, laváveis e impermeáveis; iluminação, ponto de água
e ralo ligado ao sistema de esgotamento sanitário; aberturas para ventilação com telas.

O estabelecimento deve apresentar abrigo para resíduos comuns e recicláveis.

A edificação apresenta recuo junto ao alinhamento frontal da propriedade para apresentação dos resíduos comuns
para coleta pública (Plano Diretor de Manaus).

A central de gases deve estar de acordo com RDC 50/02 e demais legislações vigentes.

O sistema de energia elétrica de emergência deve estar de acordo com RDC 50/02 e demais legislações vigentes.

O sistema de climatização deve estar de acordo com RDC 50/02 e demais legislações vigentes.

Os projetos complementares Hidrossanitário, Climatização, Gases Medicinais, Energia Elétrica, entre outros, devem
ser elaborados e executados por profissionais habilitados. Estes projetos não fazem parte da análise do projeto básico
de arquitetura. Porém, no momento de vistoria de conformidade estes projetos, bem como as respectivas ART/RRTs,
poderão ser exigidos.

A GENGS/DVISA, no exercício de suas atribuições, poderá exigir além dos itens relacionados nestas orientações,
outros que se fizerem necessários para garantia da Saúde Pública, bem como os que constam em normas aplicáveis
ao caso.

Em função das características do Estabelecimento de Assistência à Saúde outras legislações podem ser utilizadas pelo
Fiscal de Saúde Engenheiro.

Estas orientações poderão ser revistas de acordo com as determinações da VISAMANAUS.

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