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Regularização e Documentação Sanitária para Espaço de Estética, Beleza, Clínicas e

Consultórios
3 PILARES DA ÁREA DE ESTÉTICA
GESTÃO E PLANEJAMENTO
TREINAMENTO (qualificação)
PARTE SANITÁRIA

MOD. 2 – COMO ESCOLHER SEU ESPAÇO


2.4 Como adequar seu espaço
2.4.1 Acessibilidade
A  acessibilidade  é direito que garante à  pessoa com deficiência  ou com mobilidade reduzida
viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação
social; constituindo um atributo essencial do ambiente que garante uma melhoria da qualidade
de vida das  pessoas .

Atenção: Rampas com inclinações indiretas acarretam em quedas e impossibilitam a circulação


de cadeiras sem o auxílio de outras  pessoas . Banheiros sem as barras de apoio e sem pisos
antiderrapantes também  podem  gerar acidentes graves.

 - Sanitários :
As edificações de uso coletivo que são destinadas às atividades de natureza comercial,
hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social, religiosa,
educacional, industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação de serviços de
atividades da mesma natureza , deve dispor, pelo menos, de um sanitário acessível para
pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
 Os sanitários acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida, devem possuir equipamentos e acessórios distribuídos de acordo com a NBR
9050, da ABNT.

 Os estabelecimentos localizados em Shopping Center, Galerias ou Centro Comercial


podem ser dispensados dos sanitários acessíveis, desde que o local possuía essa área de
uso comum.

2.4.2 Projeto Básico de Arquitetura


Quais estabelecimentos estão sujeitos à análise e aprovação de projeto básico de arquitetura
(PBA) pela Vigilância Sanitária?

 Todo estabelecimento de saúde sujeito à Vigilância Sanitária está sujeito à apresentação


de projeto básico de arquitetura para análise e aprovação pela autoridade sanitária
competente, conforme RDC 63/2011 da ANVISA.
 As atividades que exigem de projeto básico de arquitetura aprovadas previamente pela
Vigilância Sanitária são, geralmente, definidas pelas vigilâncias sanitárias de cada
município/estado. 
 Vale destacar que a dispensa de aprovação prévia do projeto básico de arquitetura (pela
vigilância da sua cidade) não te dispensa de manter a estrutura física nos termos da
legislação vigente.
 Neste sentido, se verificada irregularidade na estrutura física durante a notificação
sanitária, a autoridade sanitária poderá solicitar a apresentação de projeto básico de
arquitetura.

Posso iniciar as obras de construção, reforma ou ampliação do meu estabelecimento de saúde


antes de aprovar o projeto básico de arquitetura na Vigilância Sanitária?

 Não. A avaliação e aprovação do projeto básico de arquitetura de estabelecimentos de


saúde deve ser previamente ao início das obras de construção, reforma ou ampliação. O
descumprimento deste dispositivo constitui-se infração sanitária.

Qual profissional pode elaborar o PBA e submeter para aprovação na Vigilância Sanitária?
 A elaboração do projeto básico de arquitetura cabem a profissionais habilitados pelo
Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) ou pelo Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia (CREA).
 Ressalta-se que nem todas as profissões regulamentadas pelos Conselhos de Classe
mencionados acima, possuem habilitação para analisar e aprovar projeto básico de
arquitetura. Em caso de dúvida, recomenda-se que o profissional consulte formalmente
seu Conselho sobre a sua situação certificando-se que sua formação é compatível com a
atividade.

Quais são os documentos necessários para pedidos junto à Vigilância Sanitária a análise e
aprovação do projeto básico de arquitetura?

 A documentação pode mudar de região para região, sendo o Relatório Técnico um


documento exigido, conforme detalhado na RDC 50/02 da ANVISA. A documentação
mínima para análise do projeto básico de arquitetura, geralmente, é composta por:
o - Requerimento conforme a legislação da vigilância sanitária de cada região.
o - Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica referente à elaboração do
projeto arquitetônico.
o - Relatório técnico.
o - Representação gráfica (pranchas).
 Em função das especificidades ou da complexidade do estabelecimento a serem
analisados poderão ser exigidos documentos complementares conforme a legislação de
vigilância sanitária de cada região.

REFERÊNCIAS:

- ANVISA, Resolução-RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 - Dispõe sobre o Regulamento


Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde .

- ANVISA, Resolução-RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011 - Dispõe sobre os Requisitos de


Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde .

- Divisão de Análise de Projetos de Estabelecimentos de Saúde - DAPES - Secretaria da Saúde


do Paraná

Nos arquivos abaixo, você vai encontrar o modelo do "Memorial Descritivo do Projeto Básico
de Arquitetura" de diversas regiões (é importante sempre verificar se não existe seu município
ou não esse modelo a ser seguido, combinado?).

2.4.3 Projeto Básico de Arquitetura


A Adequação Física é o requisito básico  que deve ser garantido nos projetos de construção,
evolução e/ou extensão de área física de um estabelecimento de saúde e de interesse da
saúde. Essa evolução física será verificada durante uma vigilância sanitária no seu
espaço. Importante ressaltar que em algumas cidades, são poucos, esse projeto de
construção/adequação/ampliação deve ser protocolado para análise e posterior aprovação pelo
setor de Projetos da Vigilância Sanitária, da Diretoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria
Municipal de Saúde de sua região, como é o caso do município do Rio de Janeiro e de
Divinópolis, por exemplo.

Os estabelecimentos de interesse sanitário devem ter seus Projetos Arquitetônicos Sanitários


elaborados de acordo com a legislação sanitária vigente, leis municipais e demais normas
pertinentes:
• RDC nº 50/2002 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)

RDC nº 63/2011 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária )

• Código de Saúde do seu município

• Lei de Uso e Ocupação do Solo do seu município

• Código de Obras do seu município

• Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - NBR


9050/2004. Acessibilidade a edificações, móveis, espaços e equipamentos urbanos

• Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - NBR 16280/2014. –


Sistema de gestão de reformas – Requisitos. 

• Norma Regulamentadora 24 - (NR 24) / Condições sanitárias e de conforto nos locais de


trabalho

Observação: Importante enfatizar que o autor ou supervisor do projeto deve considerar o


requisito mais exigente, que eventualmente poderá não ser a do órgão de autoridade superior,
garantindo todos os outros requisitos pertinentes ao objeto em análise protegida em códigos,
leis, decretos, portarias e normas federais, estaduais e municipais.

Áreas de Apoio ao Estabelecimento:

São as áreas que fornecem condições de trabalho aos funcionários do estabelecimento. 

− Abrigo temporário de recipientes de resíduos sólidos: 

• Nos estabelecimentos de menor porte, onde seja inviável a existência de um ambiente


específico para o Abrigo Temporário de Resíduos Sólidos, deve ser previsto, no mínimo um
local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, dotado de
coletores utilizados para acondicionamento dos resíduos, fornecidos de tampas acionadas sem
contato manual. 

− Vestiários: 

• Todos os estabelecimentos em que a atividade exija troca de roupas, ou seja, imposto o uso de
uniforme ou vestimentas devem ser dotados de vestiários, com área compatível com o número
de atendidos. 

• Devem ser disponibilizados armários individuais para todos os trabalhadores. 

− Copa/refeitório: 

• Nos estabelecimentos com número inferior a 30 trabalhadores, devem ser previstos ambientes
destinados ao abastecimento de água e ao preparo de sucos e lanches para funcionários (copa
para funcionários), com área mínima de 2,60m2 e menor dimensão de 1,15m, dotada de
bancada com pia, fogão ou microondas e geladeira. 

• Os estabelecimentos precisam garantir condições suficientes de conforto para a ocasião das


refeições, com os seguintes requisitos mínimos: 

▪ em local adequado, fora da área de trabalho; 

▪ mesas e assentos em número correspondente ao de usuários; 

▪ lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local; 

▪ fornecimento de água potável; 

▪ equipamento seguro, para aquecimento das refeições. 

Ficam dispensados de copa ou refeitório para funcionários, os estabelecimentos comerciais e


afins que interrompem suas atividades por duas horas, não significando período às refeições e
não realizarem nenhum tipo de lanche no local.

− Depósito de material de limpeza: 

• Devem ser previstos local para guarda de aparelhos, utensílios e material de limpeza, dotado
de tanque e armário, com área mínima de 2m2 e menor dimensão de 1m (Depósito de Material
de Limpeza – DML). 

• Em estabelecimentos de pequeno porte em imóveis adaptados, na impossibilidade de


instalação do tanque, poderão ser substituídos por ponto de água e armário exclusivo, com
indicação de local para descarte da água de limpeza. Não é permitido descartar em vias
públicas .

- Sala de esterilização

 Observação: Este documento tem a intenção de contribuir. Questões nele sugeridas


devem ser aprofundadas, aperfeiçoadas, completadas, adaptadas a cada realidade local
municipal. O que importa é o caminho andado no sentido de se oferecer cooperação
técnica conforme preceitua a Constituição e a Lei Orgânica de Saúde, com a maior
participação e intenção de acertar .

Requisitos técnicos para Estética (não invasiva e minimamente invasiva):

Veja no documento abaixo os itens que precisam constar nos estabelecimentos que prestam
serviços de estética (não invasivos ou invasivos não cirúrgicos) para garantir a segurança para o
profissional e para os clientes.

2.4.3.2 Adequação física: Odontologia


 Requisitos Técnicos para Odontologia: 

Veja nos documentos abaixo os itens que precisam constar nos estabelecimentos que prestam
serviços odontológicos para garantir a segurança para o profissional e para os clientes .

 Perguntas e Respostas do CRO: 

Você também pode consultar as principais perguntas e respostas disponibilizadas pelo site do
CRO sobre vigilância sanitária para serviços odontológicos através do
site  https://crosp.org.br/portal-informativo/faq/faq-sa  ...

Observação sobre o uso correto do CNAE para HARMONIZAÇÃO OROFACIAL:

Ultimamente estamos vendo a orientação dos CROs para os estabelecimentos que realizaram
somente as atividades de harmonização orofacial, o que está gerando grande confusão nas
vigilâncias sanitárias também. Ao utilizar o CNAE de odontologia (CNAE 8630-5/04), o
profissional complicado-dentista que não realiza serviços odontológicos acaba tendo que
atender os itens sanitários exigidos para fisioterapia dentária, o que não se aplica para as
atividades de harmonização orofacial. Logo, minha sugestão é que você tenha esse parecer por
escrito (por e-mail) do seu CRO para conseguir mostrar ao fiscal da vigilância sanitária e assim
não precisar atender os requisitos técnicos exigidos para enfermeiros odontológicos,
combinados? 

Sugiro também que utilize o CNAE 8630-5/04 (serviços odontológicos) ao invés do CNAE
9602-5/02 (estética), conforme orientação dos CROs, mas tenha o e-mail do CRO com essa
informação

2.4.3.7.1 Adequação física: Clínica de Imagem Médica

 Requisitos Técnicos para Clínica de Imagem Médica: 

Veja nos documentos abaixo os itens que devem constar nos estabelecimentos que prestam
serviços de imagem para garantir a segurança do profissional e dos pacientes.

O Registro de Qualificação de Especialista (RQE) é uma formalidade que permite ao médico


divulgar a sua especialidade/área de atuação após o registro junto ao Conselho Regional de
Medicina de sua jurisdição, em conformidade com a Resolução CFM Nº1.974/2011. O Decreto
Lei 8.516, de 10 de setembro de 2015, que criou o Cadastro Nacional de Especialistas,
estabeleceu que título de especialista "[...] é aquele concedido pelas sociedades de especialistas,
por meio da Associação Médica Brasileira – AMB, ou pelos programas de residência médica
credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica – CNRM." Verifica-se, assim, que
a obtenção do título de especialista é contemplada por dois caminhos: aprovação nos exames
promovidos pelas associações médicas/AMB ou nos programas de residência médica
credenciada pelo MEC. A regulamentação das especialidades médicas no Brasil é estabelecida
em conjunto pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira
(AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), sendo que a Resolução CFM nº
2.162/2017 contempla a lista de todas as especialidades médicas e respectivas áreas de atuação
atualmente reconhecidas – lista essa que é atualizada com alguma frequência. Frise-se, por fim,
que caracteriza infração ética a divulgação de medicina médica que não pode ser comprovada,
nos termos do artigo 114 do Código de Ética Médica vigente. 162/2017 contempla a lista de
todas as especialidades médicas e respectivas áreas de atuação atualmente reconhecidas – lista
essa que é atualizada com alguma frequência. Frise-se, por fim, que caracteriza infração ética a
divulgação de medicina médica que não pode ser comprovada, nos termos do artigo 114 do
Código de Ética Médica vigente. 162/2017 contempla a lista de todas as especialidades médicas
e respectivas áreas de atuação atualmente reconhecidas – lista essa que é atualizada com alguma
frequência. Frise-se, por fim, que caracteriza infração ética a divulgação de medicina médica
que não pode ser comprovada, nos termos do artigo 114 do Código de Ética Médica vigente.

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