Você está na página 1de 34

Estruturas Metálicas

Rui Simões
Aldina Santiago
António Adão da Fonseca

MÓDULOS 9 a 11 – Modelação e Análise de Estruturas Metálicas

2023/2024
Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 2

Análise global de estruturas metálicas

- A análise global de uma estrutura em aço deve permitir obter com rigor suficiente os
esforços internos e os correspondentes deslocamentos da estrutura;

- A análise deve ser baseada em modelos de cálculo apropriados;

- O modelo estrutural e as correspondentes hipóteses devem refletir o comportamento


estrutural.

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 3

Análise global de estruturas metálicas

Análise global elástica Estruturas Isostáticas

Análise global plástica


- rígido-plástica,
Estruturas Hiperestáticas
- elástica perfeitamente plástica,
- elasto-plástica.

NOTAS (EC3, Cláusula 5.4):


- Mesmo que os esforços internos sejam obtidos através de uma análise global elástica, os esforços
resistentes (dependendo da classe) podem ser calculados com base na resistência plástica da secção.
- Em análise global elástica é permitida a redistribuição de esforços.
- Análise global plástica – implica capacidade de redistribuição de esforços - requisitos: material dúctil,
secções compactas, contraventadas e simétricas.

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 4

280 kN
Análise global de estruturas metálicas B D 50 kN
Exemplo – Pré-dimensionamento de um pórtico, S275, secção IPE. C

a) Análise global elástica e dimensionamento elástico. 4m


b) Análise global plástica e dimensionamento plástico.
A E
247.0 kNm 189.9 kNm
M  341.6 kNm  M el  Wel , y f y  Wel , y  275  103
C
a) 4m 4m
B D

 Wel , y  1242.2  10 6 m 3  1242.2 cm 3 . Pórtico metálico


341.6 kNm

A 142.9 kNm E Solução: IPE 450, com Wel,y = 1500 cm3.


Diagrama de momentos fletores elástico

b) 280 kN
M   M pl  4  H E   M pl H E  70 kN
dir
Mpl D

M  M pl   4  H E  4  VE  M pl  VE  140 kN
dir
C 50 kN C
Mpl
M   M pl M pl  280 kNm
dir
B D
B  4  H E  8  VE  280  4   M pl
Mpl
Equações de equilíbrio vertical, horizontal e de momentos: HA = 120 kN;
Rótulas Plásticas
HA A E HE VA = 140 kN e MA = 200 kNm (Mpl = 280 kNm) - mecanismo correto.

MA VA
VE
M  280 kNm  M pl  Wpl, y f y  Wpl, y  275  103
Solução: IPE 360, com Wpl,y = 1019 cm3.
6
Mecanismo de colapso  Wpl, y  1018  10 m  1018 cm .
3 3

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 5

Análise global de estruturas metálicas:


Análise de 1ª ordem vs análise de 2ª ordem
Análise de 1ª ordem – Os esforços internos e os deslocamentos são calculados em relação à estrutura
indeformada (EC3, cláusula 5.2.1(1)).
Análise de 2ª ordem – A deformação da estrutura é tida em conta no cálculo dos esforços e deslocamentos
(procedimentos de cálculo iterativos).
Estruturas sensíveis a efeitos de 2ª ordem – estruturas com elementos com compressão elevada e
estruturas pouco rígidas (ex.: estruturas com cabos).


Efeitos de 2ª ordem P P

Efeitos P- (efeitos locais).


Efeitos P- (efeitos globais).


Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 6

Análise global de estruturas metálicas


Necessidade da consideração de análise de 2a ordem - EC3 - cláusula 5.2.1(3):

 cr  Fcr FEd  10 (análise elástica)

 cr  Fcr FEd  15 (análise plástica)

FEd: carregamento de cálculo para uma dada combinação de ações;


Fcr: carga crítica de instabilidade global da estrutura, avaliada com base na rigidez elástica inicial.

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 7

Análise global de estruturas metálicas: carga crítica elástica


i) Cálculo analítico
ii) Cálculo numérico
iii) Métodos aproximados (Horne, Wood, …)

cr

NEd a) b)

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 8

Análise global de estruturas metálicas: carga crítica elástica


iii) MÉTODOS APROXIMADOS (EC3, cláusula 5.2.1(4)B) (Horne, Wood,…)

MÉTODO DE HORNE

Obtenção do parâmetro cr

Em pórticos planos e em pórticos com vigas de inclinação reduzida (  26º ), não contraventados e
A fy
esforço axial reduzido (   0,3 ):
N Ed H,Ed

 H Ed (topo) hi  HEd
 cr   

 VEd (base)  H , Ed
hi
 VEd

O parâmetro cr é determinado para cada andar, sendo o menor o cr do pórtico.

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 9

Análise global de estruturas metálicas: carga crítica elástica


MÉTODO DE WOOD – o cálculo das cargas críticas baseia-se N

num sistema equivalente viga-pilar. K1


1
K11

K c  K1 Para os pilares considera-se ki = I / L K12

1  LE Kc

K c  K1  K11  K12 K22

K21 2
Kc  K2
2 
K2

K c  K 2  K 21  K 22
N

Sem deslocamento lateral

 2 EI N cr N

N cr   cr  K1
1
L2e N Ed K11

K12
Kc
Coeficientes de rigidez Kij em vigas (em regime elástico, sem esforço axial) K21
Restrição à rotação na extremidade oposta Coeficiente Kij K22

2
Encastrada 1.0 I/L K2
N
Rotulada 0.75 I/L
Com deslocamento lateral
Igual rotação (curvatura simples) 0.5 I/L
Igual rotação mas em sentido contrário (dupla curvatura) 1.5 I/L Bases de pilar - 2 = 0 no caso de a ligação ser encastrada e 2 = 1.0 no caso de a
Caso geral (a junto ao pilar e b na extremidade oposta) 1+0.5(b /a))I/L ligação ser rotulada.

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 10

Análise global de estruturas metálicas: imperfeições


- Na análise global de uma estrutura tem de considerar explicitamente imperfeições, quer a nível global
(pórticos e sistemas de contraventamento), quer a nível dos elementos.
- Procedimentos simplificados podem ser utilizados para evitar a modelação direta de imperfeições.

Imperfeição geométrica equivalente

Imperfeições globais: falta de verticalidade da estrutura (EC3, cláusula 5.3.2(3)a)   0  h  m 0  1 200


NEd NEd NEd NEd
2 2
 NEd  h e0
8 N Ed
mas
4 N Ed e0   h  1.0
h L 3
L2

 1

L e0  m  0.5 1  
h h  m
h é a altura total da estrutura em metros;
   NEd
m é o número de pilares 4 Nnum
Ed e0 alinhamento, com
N Ed  50 % do valor médio do esforço axial dos
L

NEd NEd NEd NEd


pilares no plano vertical considerado.

- As imperfeições devem ser aplicadas em todas as direções horizontais relevantes, mas não em simultâneo.
- Em estruturas porticadas as imperfeições podem ser desprezadas se (cl. 5.3.2(4)B): H Ed  0.15 VEd
Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering
Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 11

Análise global de estruturas metálicas: imperfeições


Imperfeições dos elementos: A imperfeição geométrica inicial é traduzida por uma curvatura inicial e0/L

NEd NEd
Curva de encurvadura Análise elástica e0/L Análise plástica e0/L 4 N Ed e0
8 N Ed e 0
a0 1/350 1/300 L
L2
a 1/300 1/250
b 1/250 1/200 L e0

c 1/200 1/150
d 1/150 1/100
4 N Ed e0
L

NEd NEd

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 12

Análise global de estruturas metálicas: análise de 2ª ordem


i) Métodos numéricos (procedimento iterativo)
ii) Métodos simplificados

MÉTODOS NUMÉRICOS (”EXATOS”) carga, F iterações


- Modelação
- Convergência

iterações
F2
- Validação

F1

deslocamento, w

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 13

Análise global de estruturas metálicas: análise de 2ª ordem


MÉTODOS NUMÉRICOS (”EXATOS”)

VIGA = IPE 500

COLUNAS = HEA 280

S355

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 14

Análise global de estruturas metálicas: análise de 2ª ordem


MÉTODOS NUMÉRICOS (”EXATOS”)

Pv = 3840 kN

UDL = 1920 kN/m

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 15

Análise global de estruturas metálicas: análise de 2ª ordem


MÉTODOS NUMÉRICOS (”EXATOS”)

Elástico linear Elástico de 2ª ordem

Mmax,b = 11798 kNm vmax = 217 mm Mmax,b = 14422 kNm vmax = 756 mm
Mmax,c = 3562 kNm umax = 181 mm Mmax,c = 4509 kNm umax = 317 mm

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 16

Análise global de estruturas metálicas: análise de 2ª ordem


MÉTODOS NUMÉRICOS (”EXATOS”) Convergência
– nº de elementos (1 vs 5 nas colunas e 8 na viga)
– nº de incrementos
– algoritmo

Pv = 800 kN
Ph = 320 kN
UDL = 400 kN/m

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 17

Análise global de estruturas metálicas: análise de 2ª ordem


MÉTODOS NUMÉRICOS (”EXATOS”)

Elástico linear Elástico de 2ª ordem

Mmax,b = 2508 kNm vmax = 114 mm Mmax,b = 5070 kNm vmax = 445 mm
Mmax,c = 1542 kNm umax = 259 mm Mmax,c = 5070 kNm umax = 1618 mm

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 18

Análise global de estruturas metálicas: análise de 2ª ordem


MÉTODOS SIMPLIFICADOS (APROXIMADOS) 1
II
M ap  M NS
I
 M SI
- Método da amplificação dos momentos; 1
1
- Método dos comprimentos de encurvadura.  cr .S
Método da amplificação dos momentos 1
II
N ap  N NS
I
 N SI
1
R3 R3 1
 cr .S
R2 R2
1
R1 R1
II
d ap  d NS
I
 d SI
1
1
 cr .S
Distribuição de esforços “non sway”
I
ENS Distribuição de esforços “sway” ESI

 Em estruturas porticadas regulares, o EC3-1-1 (cláusula 5.2.2), permite a inclusão dos efeitos de segunda
ordem associados às cargas verticais, através de um processo simplificado. Este processo consiste em
amplificar os efeitos de primeira ordem devidos às ações horizontais (incluindo os devidas às imperfeições),
multiplicando-os pelo factor: 1 1  1   se cr >3.0 cr

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 19

Análise global de estruturas metálicas:


Verificação da estabilidade de estruturas metálicas

MÉTODO 1: Análise global com todas as imperfeições geométricas e materiais (globais e locais) e todos os
efeitos de 2ª ordem (P- e P- .

MÉTODO 2: Análise global com imperfeições globais e os efeitos de 2ª ordem globais (P-. A estabilidade
individual de cada elemento é verificada de acordo com o cap. 6.3 do EC3 (inclui efeitos P- e imperfeições
locais). Os elementos devem ser dimensionados à encurvadura (comp. de encurvadura = comp. real);

MÉTODO 3: Estabilidade individual de cada elemento equivalente de acordo com o cap. 6.3 do EC3,
utilizando comprimentos de encurvadura apropriados. Os esforços são obtidos através de uma análise de 1ª
ordem, sem imperfeições (método não permitido no anexo nacional).

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 20

Análise global de estruturas metálicas:


cr ≥10 (ou ≥15) cr <10 (ou <15)

Análise global Análise de 1ª Análise de 2ª Análise de 1ª ordem


ordem ordem
Amplificação dos Comp. de encurvadura para
momentoscr ≥3 modo c/ desl. laterais

Verificação da Estabilidade dos elementos com comprimentos de Estabilidade dos


estrutura e dos encurvadura iguais aos comprimentos reais (no plano) elementos com
comprimentos de
elementos
encurvadura
Verificação da resistência das secções
correspondentes ao modo
Verificação da resistência das ligações com deslocamentos
laterais
Verificação da estabilidade dos elementos no plano
perpendicular
Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering
Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 21

EXEMPLO 1: Considere o pórtico em aço S355 (E = 210 GPa) sujeito aos seguintes casos de carga:
AP – carregamento permanente (gG = 1.35);
AV1 – carregamento variável 1 (gQ = 1.50, y0,1 = 0.7, y1,1 = 0.5, y2,1 = 0.3);
AV2 – carregamento variável 2 (gQ = 1.50, y0,2 = 0.6, y1,2 = 0.2, y2,2 = 0.0).
Utilizando o EC3-1-1, calcule os esforços internos para os estados limite últimos (ULS) e os deslocamentos para os estados limite de
utilização (SLS). Efectue uma análise global elástica e assuma que as ligações viga-pilar e base de pilar são rígidas e de resistência total.

AV1 = 55 kN AV1 = 55 kN

AP = 90 kN AP = 90 kN

AV1 = 8 kN/m
AP = 16 kN/m Combinação de esforços:
AV2 = 15 kN

IPE 400
AV1 = 70 kN AV1 = 70 kN Combinação 1:
Ed1  g G AP  g Q AV1  y 0, 2 AV2 
HEA 260 HEA 260

AP = 110 kN AP = 110 kN 5m
AV1 = 12 kN/m

AV2 = 12 kN AP = 20 kN/m

IPE 400
Combinação 2:

HEA 260 HEA 260 5m Ed 2  g G AP  g Q AV2  y 0,1 AV1 

10 m

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 22

Cálculo das forças horizontais equivalentes:


Cálculo das imperfeições geométricas equivalentes:
Combinação 1 – 1º piso:

1.35  20  10  2  110   1.50  12  10  2  70   957.0 kN


  0  h  m
AV1 = 55 kN AV1 = 55 kN

AP = 90 kN AP = 90 kN Fi1,comb1  0.0029  957.0  2.8 kN


Assuma:
0  1 200 AV1 = 8 kN/m

AV2 = 15 kN
AP = 16 kN/m Combinação 1 – 2º piso:

1
2 2
 h AV = 70 kN  HEA 260  0.63 
2
IPE 400
 0.67HEA  h  0.67
AV = 70 kN 1 1.35  16  10  2  90   1.5  8  10  2  55  744.0 kN
260
h 10 3
AP = 110 kN AP = 110 kN 5m Fi 2,comb1  0.0029  744.0  2.2 kN
AV1 = 12 kN/m
AP = 20 kN/m
 1  1
AV2 = 12 kN

 m  0.5 1    0.5IPE400
1    0.87 As forças horizontais totais para a combinação 1 são:
 m  2 FH 1,comb1  1.50  0.6 12  2.8  13.6 kN
HEA 260 HEA 260 5m

  0  h  m  1 200  0.67  0.87  0.0029 rad FH 2,comb1  1.50  0.6 15  2.2  15.7 kN

10 m
Utilizando o mesmo procedimento para a combinação 2:

FH 1,comb 2  1.50 12  2.4  20.4 kN


FH 2,comb 2  1.50 15  1.9  24.4 kN

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 23

Ações atuantes na combinação 1 Ações atuantes na combinação 2

179.3 kN 179.3 kN
204.0 kN 204.0 kN
30.0 kN/m
33.6 kN/m
24.4 kN
15.7 kN

222.0 kN 39.6 kN/m 222.0 kN 5m


253.5 kN 45.0 kN/m 253.5 kN 5m
20.4 kN
13.6 kN

5m 5m

10 m 10 m

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 24

Esforços na estrutura - combinação 1 – devido às cargas verticais (análise elástica linear)


200.9 kNm 200.9 kNm 168.0 kN

200.9 kNm 200.9 kNm


309.0 kNm 309.0 kNm -78.0 kN
225.0 kN 78.0 kN
-372.0 kN -372.0 kN
219.1 kNm 168.0 kN
78.0 kN 41.9 kN
119.9 kNm 119.9 kNm
189.0 kNm 189.0 kNm

-850.5 kN -850.5 kN
253.5 kNm
225.0 kN

60.3 kNm 60.3 kNm 36.0 kN 36.0 kN

Momentos fletores Esforço transverso Esforço axial

Esforços na estrutura - combinação 1 – devido às cargas horizontais (análise elástica linear)

23.1 kNm 23.1 kNm

7.8 kN 4.6 kN 7.9 kN


-7.9 kN
45.9 kNm 4.6 kN -4.6 kN

29.7 kNm 29.6 kNm


16.2 kNm
16.2 kNm
9.2 kN
45.9 kNm -6.8 kN

13.8 kN -13.8 kN

43.5 kNm 14.7 kN 14.6 kN


43.6 kNm

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 25

Análise de 2ª ordem – combinação 1 (método simplificado)


Método de Horne (cálculo do cr)

1º piso: HEd = 29.3 kN, VEd = 1701.0 kN, h = 5.00 m e dH,Ed = 10.9 mm.
20.6 mm
 29.3   5.00 
 cr    3 
 7.9
 1701.0   10.9 10 
2º piso: HEd = 15.7 kN, VEd = 744.0 kN, h = 5.00 m e dH,Ed = 9.7 mm

 15.7   5.00 
 cr    3 
 10.9
 744.0   9.7 10  10.9 mm

1 1
cr < 10   1.14
1  1  cr 1  1 7.9

Análise de 2ª ordem

Forças horizontais amplificadas (únicas com efeitos horizontais)

FH 1,amp.  1.14 13.6  15.5 kN


FH 2,amp.  1.14 15.7  17.9 kN

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 26

Análise de 2ª ordem – combinação 1 (método simplificado)


Método de Amplificação dos Esforços 174.6 kNm
227.2 kNm

204.0 kN 204.0 kN
174.6 kNm 227.2 kNm
33.6 kN/m
361.3 kNm
17.9 kN 256.6 kNm
219.1 kNm

253.5 kN 45.0 kN/m 253.5 kN 5m 86.0 kNm 153.7 kNm

15.5 kN 170.6 kNm 207.5 kNm

253.6 kNm

5m
109.9 kNm
10.5 kNm

Momentos fletores (2ª ordem aprox.)


10 m

162.7 kN
-86.9 kN
-366.7 kN -377.3 kN

34.2 kN
214.5 kN 69.0 kN

173.3 kN

-834.8 kN -866.2 kN
86.9 kN

Esforço axial (2ª ordem aprox.)


235.5 kN

19.3 kN 52.7 kN
NOTA: para a combinação 2 proceder-se-ia ao mesmo estudo
Esforço transverso (2ª ordem aprox.)

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 27

Comparação de resultados (combinação 1): AL – Análise 2ª ordem – Análise 2ª ordem simplificada

Análise Análise Método de


1ª 2ª amplificação dos
ordem ordem momentos
My My
My (kNm)  (%)
(kNm) (kNm)
1 16.7 10.5 10.5 +0.0
6 7 8
2 -103.8 -109.9 -109.9 +0.0 4 6
6’ 8’
3 -263.1 -257.2 -256.6 -0.2 5
3’ -90.2 -85.8 -86 +0.2
5m
3’’ 172.8 171.4 170.6 -0.5
4 253.5 253.5 253.5 +0.0 3’’
3 5
5’’
4
5 -354.9 -360.7 -361.3 +0.2 1 3’ 5’ 3
5’ 149.5 153.9 153.7 -0.1 2
5’’ -205.2 -206.8 -207.5 +0.3 5m
6 -177.8 -175.3 -174.6 -0.4
6’ -177.8 -175.3 -174.6 -0.4
1 2
7 219.1 219.1 219.1 +0.0 10 m
8 -224.0 -226.4 -227.2 +0.4
8’ 224.0 226.4 227.2 +0.4
Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering
Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 28

11.6 mm

Deslocamentos na estrutura (comb. característica – SLS) 29.8 mm

Combinação 1:
Ed1  AP  AV1  y 0, 2 AV2  AP  AV1  0.6  AV2 6.1 mm

30.9 mm
Combinação 2:

Ed 2  AP  AV2  y 0,1 AV1  AP  AV2  0.7  AV1

Deslocamento vertical máximo para a comb. 1:


 v  30.9 mm  10000 / 250  40 mm
19.3 mm
Deslocamento vertical máximo para a comb. 2:
26.9 mm
 v  27.4 mm  10000 / 250  40 mm

Deslocamentos horizontais máximos para a combinação 2:


Deslocamento relativo: 10.1 mm

 h  10.1 mm  5000 / 300  16.7 mm 27.4 mm

Deslocamento absoluto:
  19.3 mm  10000 / 500  20.0 mm

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 29

EXEMPLO 2: Cálculo do parâmetro de carga crítica cr do pórtico usando o Método de Wood e através de Software:

Método de Wood (cálculo do cr)

Para um pórtico com deslocamentos laterais, os coeficientes de rigidez para os pilares são dados por:

I c 10450
Kc    20.9
Lc 500
4
I 10450 3
K1 (ou K 2 )  c   20.9
Lc 500
onde Ic é o momento de inércia da secção do pilar (Iy = 10450 cm4 para um HEA 260) e
Lc é o seu comprimento.
1 2

Os coeficientes de rigidez das vigas adjacentes (dupla curvatura) são dados por:

Ib 23130
K12  K 22  1.5  1.50   34.70 1º modo de instabilidade global
Lb 1000

em que Ib é o momento de inércia da secção das vigas (Iy = 23130 cm4 para um IPE 400) e Lb é o seu comprimento.

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 30

Método de Wood (cálculo do cr)

h1 ) e base (
Os coeficientes de distribuição para o topo ( h2 ) dos pilares 1 e 2 são dados por:
Kc K1 20.9  20.9
1    0.55
K c  K 1  K 12 20.9  20.9  34.70

2  0 (base encastrada).

N
A partir do ábaco para estruturas de nós móveis, obtém-se: K1
1
K11
LE
 1.26  LE  1.26  5.00  6.30 m K12
L Kc
K21

K22

K2 2

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 31

Método de Wood (cálculo do cr)

Da mesma forma, os coeficientes de distribuição para o topo (1 ) e base (2) dos pilares 3 e 4 são dados por:

Kc 20.9
1    0.38
K c  K 12 20.9  34.70
Kc K2 20.9  20.9
2    0.55
K c  K 2  K 22 20.9  20.9  34.70

N
A partir do ábaco para estruturas de nós móveis, obtém-se: K1
1
K11

K12
LE
 1.40  LE 1.40  5.00  7.00 m K21
Kc

L
K22

K2 2

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 32

Método de Wood (cálculo do cr)

As cargas críticas Ncr dos pilares dos dois níveis são dadas por:

Nível 1 (pilares 1 e 2):

 2 EI  2  210 106 10450 10 8


N cr    5457.0 kN
L2e 6.32
Nível 2 (pilares 3 e 4):

 2 EI  2  210 106 10450 10 8


N cr    4420.17 kN
L2e 7.0 2

Com os esforços axiais máximos em cada nível, antes determinados NEd12 = 864.3 kN e NEd34 = 376.6 kN, vem:

N cr 5457.0
 cr ,12    6.3
N Ed 846.3 Logo, de acordo com o Método de Wood

 cr ,34 
N cr

4420.17
 11.7
a cr = 6.3
N Ed 376.6

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 33

Software de análise - Robot

Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4


cr = 7.6 cr = 15.4 cr = 42.8 cr = 72.7

Logo de acordo com o software Robot, cr = 7.6.

(Método de Horne cr = 7.9.

(Método de Wood cr = 6.3.)

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering


Estruturas Metálicas_2023_2024_Módulos 9 a 11 RS, AS, AAF | 34

EXEMPLO 3: Considere o pórtico 2D em aço S 355 representado na figura, onde a viga e os pilares são constituídos pela
mesma secção IPE. As ligações viga-pilar são rígidas e as ligações de base dos pilares são rotuladas.

Dados adicionais:
- Para o carregamento indicado, o deslocamento horizontal ao 200 kN 200 kN
nível do topo dos pilares é dado por H = 2880.4/EI, em metros 30 kN/m
considerando a rigidez de flexão EI em kNm2.
40 kN
- Não considere o efeito das imperfeições globais. B IPE C

- Considere as reações de apoio indicadas na figura.


IPE 6.00
IPE
a) Utilizando o Método de Horne, determine a secção mínima de
forma que os esforços para dimensionamento possam ser HA = 25 kN
A D
obtidos através de uma análise elástica de primeira ordem,
12.00 HD = 65 kN
segundo o Eurocódigo 3, Parte 1.1. m
VA = 360 kN VD = 400 kN
b) Considerando que é adotada uma secção com uma inércia de
cerca de 60% da obtida na alínea a), determine os diagramas de
esforços no pórtico.

Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering

Você também pode gostar