Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
38
Mão dupla Via Local Via Arterial
39
Ponto de ônibus Taxi Via de transporte público/Avenida Principal
40
Legislação
Setor Eixo Ferroviária parte alta Setor Eixo Boa Esperança Setor Entre Morros
Setor jardim Público Setor Eixo Ferroviária parte baixa Poligonal de tombamento
41
Para fins de novas construções e reformas de VII – Será permitido o uso de telhas de vidro em até
20% da superfície do telhado sempre que o impacto
construções históricas ou de interesse de preservação neste das visuais das coberturas do edifício seja o menor
possível se observado, em primeiro lugar, a partir das
setor, o CEC prevê algumas diretrizes a serem seguidas, e vias que conformam a quadra onde está inserida a
edificação e, em segundo, dos pontos notáveis como
são elas: os adros das igrejas, capelas e mirantes naturais.
Coberturas
42
Tombamento, objetivando a manutenção da leitura II – Não será permitido o uso de cores fortes e/ou
urbana e da tipologia arquitetônica: vibrantes em qualquer porção das fachadas dos
imóveis, seja de interesse de preservação ou não;
I – manutenção dos revestimentos originais das
alvenarias externas, dos ornamentos, elementos d) As fachadas das edificações novas deverão receber,
integrados externos, muros e gradis externos segundo obrigatoriamente, pintura sem brilho não sendo
as características históricas e estilísticas dos imóveis permitido o uso de acabamentos brilhantes de tintas,
históricos de interesse de preservação; vernizes, esmaltes ou outros, bem como a imitação de
pedras, tijolos ou de qualquer outro revestimento por
II – A composição das fachadas nas novas construções meio de pintura;
deverá obedecer as particularidades dos imóveis do
entorno como: o ritmo constante de distâncias entre os
vãos, a simetria e as proporções entre os elementos, a
altura das coberturas, a constância na combinação de Esquadrias
certos elementos, a simetria na sua composição e as
proporções entre as diferentes medidas da fachada; Art.62º. O material e o revestimento das esquadrias
das edificações nas Poligonais de Tombamento,
III - É vedado o revestimento, acabamento e deverão se enquadrar em uma das categorias:
ornamentação das fachadas, frontal, laterais e de
fundos, com materiais reflexivos, tais como, panos de II – As esquadrias das edificações novas deverão ser,
vidro, alumínio, aço inox e similares, nas suas preferencialmente, em madeira, devendo ser justificado
diferentes composições industriais, assim, como a a utilização de outro material, o qual deverá ser
aplicação de película reflexiva ou a construção de compatível com a linguagem estética dos imóveis
revestimentos anti-reflexo; protegidos por esta Resolução.
IV – As fachadas voltadas para o Rio Muqui deverão III – Fica vedado o uso de panos de vidro do tipo “pele
receber a mesma importância das fachadas voltadas de vidro”, com ou sem montantes, em qualquer imóvel
para o logradouro, devendo receber tratamento estético dentro das Poligonais de Tombamento;
e estilístico qualitativo em harmonia com o Sítio
Histórico de Muqui IV – O uso de gradil de proteção deverá ser em ferro
ou aço galvanizado pintado, sendo proibida a sua
Art.60º. A utilização de cores nas fachadas das instalação em imóveis históricos de interesse de
edificações deve objetivar a manutenção da leitura preservação quando implicar na mutilação de qualquer
urbana e da tipologia arquitetônica e estilística, e estará parte ou elemento arquitetônico, sendo recomendado,
condicionada aos seguintes critérios: sempre que possível, a instalação dentro da caixa do
vão a ser protegido;
43
V – A proporção, as dimensões e a tipologia das §3º. Deverão ser mantidos os elementos e
esquadrias das novas construções deverão respeitar acabamentos originais de pisos, forros, escadas,
aquelas das edificações históricas da Face da Quadra; paredes e outros, sempre que possível.
44
NT(Norma Técnica) – 10 Saídas de emergência. NBR 9050/2004 - Acessibilidade a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos
Para fins de adequar o projeto quanto às normas de
combate e prevenção a incêndio foi utilizada a Norma Técnica Para a adequação do projeto em relação á
10/2013 do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que acessibilidade foi utilizada a NBR 9050/2004. Esta norma
trata das de emergência em edifícios. Esta norma garante das garante o acesso de pessoas portadoras de necessidades
condições necessárias que uma edificação deve possuir que especiais, permanentes ou temporárias, ao edifício.
em caso de incêndio a população do edifício possa sair em
segurança do local e também prevê o fácil acesso dos
bombeiros para o combate ao fogo e retirada da população.
Para atingir estes objetivos devem-se projetar as saídas
comuns da edificação para que possam servir como saídas
de emergência ou saídas de emergência, quando exigidas
(NT - 10).
45
Manifestações culturais locais denominação Grupo Infantil e em 2 de março , foi fundado o
“Club Carnavalesco Vencedores” (RAMBALDUCCI, 2013). Os
Carnaval
primeiros registros fotográficos do carnaval datam da década
O carnaval em Muqui sempre foi caracterizado pelos de 1920, de acordo com Machado (2012) um dos blocos mais
desfiles pela rua principal da cidade, Avenida Vieira Machado. famosos era o “Fazendo Inferno” (Fig. 34), presidido por
Inicialmente era brincado através de blocos, ranchos, corsos Catília Rizzo Costa e um bloco composto só por homens, “Os
e escolas de samba. Credores que Esperem” (Fig. 35).
46
O Boi Pintadinho ou Boi Malhado
47
“O boi malhado quando sai na rua, olhando lá ruas, entrando debaixo dele e promovendo a brincadeira. Á
pra lua
sua frente a/o espadeira (o) tem a responsabilidade de guiar o
Quem nunca viu, vem ver, vem ver,
boi para que ele não faça movimentos que possam machucar
O boi malhado brinca com você”
os foliões (Fig. 36).
E na volta, o refrão mudava:
feita com o crânio de boi e quando não é possível, faz-se com Fonte: http://www.carnavaldoboi.com.br/o-carnaval.php
48
Atrás do boi, um grupo de bateria faz a trilha sonora de brincar o carnaval. Surgiu da década de 1970 quando os
cada boi. Com batidas características de cada grupo, trazem moradores da Rua Fortunato Fraga, no Bairro São Pedro
alegria e divertem os foliões. resolveram criar um boi que os representassem nos dias de
carnaval (Fig. 37).
O boi tem de 40 à 50 minutos para passar pelo
Corredor da Boiada, neste tempo ele desfila fazendo
movimentos de dança, rodopios e um dos movimentos mais
famosos é quando o boi para e abaixa no chão simulando a
sua morte. Neste momento a bateria diminui o ritmo da batida
e os foliões se reúnem em volta dele e gritão: “E o boi morreu,
e o boi morreu”, até que o boi começa a levantar levemente
ao som crescente da bateria, e recomeça toda a brincadeira.
Neste embalo ele passa por toda avenida, sem pontos de
paradas pré-definidas, fazendo-a de acordo com a
necessidade de cada grupo e os foliões que os acompanham.
possuem destaque especial por sua história, como o “Boi Fonte: http://www.carnavaldoboi.com.br/o-carnaval.php
Fortunato Pé Queimado” ou somente “Boi Fortunato”. Este
grupo foi um dos primeiros a aderir a figura do boi para
49
Nesta época também surgiu o “Boi do Fulô”. Segundo O boi “Ás de Ouro” tem origem nos antigos carnavais
Machado, anos mais tarde a família deu continuidade à de rancho (Fig. 39). Representando a comunidade de
tradição, porém com um novo boi, batizado “Boi Chapado” Camará, distrito de Muqui. Esse boi sempre faz a alegria de
(Fig. 38). quem participa do carnaval. Sua batida é irreverente e
animada e a organização do grupo é uma característica
marcante.
50
Além do próprio Boi Ás de Ouro (Fig. 40), o grupo Atualmente novos bois surgem, sempre buscando
conta com o Jaguará, figura do folclore brasileiro que é um inovar alguma característica. Neste contexto, surgiu a “Vaca
tipo de boneco com a cabeça de um cavalo (CARNAVAL DO Mocha” (Fig. 41), caracterizada por se tratar de um grupo
BOI, online). formado só por mulheres, onde todas se vestem de rosa-
choque, inclusive a própria vaca (CARNAVAL DO BOI,
online). Este grupo é um dos mais elitizados do carnaval.
Representa o Centro da cidade e possui marchinha própria:
Fonte: http://www.carnavaldoboi.com.br/o-carnaval.php
51
jovens do bairro San Domingos. Este boi trás a animação das
batidas de sua bateria em ritmo de funk e apesar de ter pouco
tempo, se comparando aos outros, este boi já arrasta
multidões atrás dele e é um dos bois mais aguardados do
carnaval muquiense.
O Boi “Cyclone” (Fig. 42) é outro grupo que merece Fig. 42– Boi Cyclone, carnaval 2013.
52
Acima de tudo, esse é um grupo que representa não Folia de Reis
uma ruptura da tradição, mas a capacidade de compreender o
No documentário “Folia de Reis: costumes, crença e
seu tempo e assimilar outras formas de se enxergar e fazer
tradição” (EULER LUZ TELEPRODUÇÕES E FERNANDA DE
cultura popular (CARNAVAL DO BOI, online).
PAULA, online), o autor fala sobre a folia de reis como
Atualmente, o carnaval de Muqui conta com 17 grupos representante da manifestação cultural mais autentica da
de bois, e os esforços para manter a tradição são muitos. O espiritualidade cristã. A manifestação iniciou-se na Península
que se percebe é que apesar das dificuldades, no final tudo é Ibéria por volta do séc. XVI, onde em Portugal e Espanha, os
válido, mantendo viva a tradição do carnaval, que se poetas cantadores da idade média, homenageavam os santos
transforma em alegria quando o boi sai na rua. reis com tambores, gaitas, pandeiros, etc (EULER LUZ
TELEPRODUÇÕES E FERNANDA DE PAULA, online).
53
a 6 de janeiro, dia de Santos Reis, quando se encerram os
festejos natalinos. Tornou-se popular durante o século XIX em
locais onde a produção cafeeira prosperava, como em
cidades do interior de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, entre outras (GOVERNO DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO, online).
54
bênção. Acompanhados de seus instrumentos, como o violão,
pandeiro e outros levam a boa nova por onde passam e ao
final da jornada pedem aos moradores das casas que ofertem
dinheiro a eles. De acordo com o Inventário de Ofertas
Turísticas de Muqui, este dinheiro é utilizado para a festa do
arremate que acontece sempre após o dia 20 de janeiro.
55
Fonte: http://cecpdesaojose.blogspot.com.br/2013/01/museu-do-folclore- As roupas utilizadas pelos foliões são geralmente de
recebe-folias-de-reis.html
cores variadas, principalmente as que contêm na bandeira de
Santos Reis. Eles vestem calças e camisas de cetim, o
De acordo com o documentário “Folia de Reis: chapéu muitas vezes é confeccionado por eles mesmos e
costumes, crença e tradição” (EULER LUZ utilizam espelhos para decorá-lo (Fig. 45). Os palhaços
TELEPRODUÇÕES E FERNANDA DE PAULA, online), é normalmente usam roupas coloridas feitas de chitão ou outro
possível observar também na bandeira de Santos Reis que as tecido (Fig. 46) (INVENTÁRIO DE OFERTAS TURÍSTICAS
cores e flores contidas nela representam a alegria de anunciar DE MUQUI, 2005).
o nascimento de Cristo. As fitas penduradas também
possuem uma simbologia para cada cor, sendo elas:
56
Fig. 45– Chapéus decorados. 63º Encontro Nacional de Folia de Reis/ Em 1950, o então prefeito Dr. Dirceu Cardoso,
Muqui – 2013. Foto: Bruno Lima
demostrando seu grande apreço pela Folia de Reis, assinou
Fonte: http://www.guiacuca.com.br/evento/encontro-nacional-de-folia-de-
reis-de-muqui-2013 na cidade a lei que decretava Dia de Reis, seis de janeiro,
feriado na cidade, e marcou em Muqui o primeiro Torneio de
Folias. Não se tem registros de como ocorreram estes
torneios, sabe-se que nos dois primeiros anos a participação
foi somente de Folias locais, sendo realizado em 1952 um
torneio maior, com mais premiações e mais organizado, o que
atraiu Folias de várias regiões (CIRILLO, online).
Fonte: http://www.es.gov.br/Noticias/164241/encontro-nacional-de-folias- oito horas da manha acontece a acolhida com café da manhã
de-reis-deixou-muqui-mais-colorida.htm
e o cadastramento das folias, que normalmente é feita no
ginásio da escola Marcondes de Souza, localizada no centro
57
da cidade. Posteriormente acontece a abertura oficial do
evento no mesmo lugar, seguida da assembleia dos foliões.
Na parte da tarde acontece a reunião dos mestres das Folias,
realizada no Centro Cívico Municipal, situado em frente ao
Jardim Público. Às três horas da tarde os foliões saem em
marcha para apresentação pelas ruas do sítio histórico (Fig.
Fig. 47– Marcha das Folias. 63º Encontro Nacional de Folia de Reis/
47), onde são apreciados por turistas e moradores. Nesta
Muqui – 2013. Foto: Romero Mendonça/Secom-ES
apresentação não fazem muitas paradas, pois às quatro
horas da tarde já se inicia a marcha para a manjedoura, nome Fonte: http://www.es.gov.br/Noticias/164241/encontro-nacional-de-folias-
de-reis-deixou-muqui-mais-colorida.htm
dado para as visitas nas casas programadas para receber as
folias. Nestas casas os foliões se apresentam e lhes é
oferecido um lanche pelos moradores. Ás cinco horas da
tarde acontece na Igreja Matriz de Muqui a benção das folias
(Fig. 48), nesta ocasião, somente os mestres e tocadores
entram na igreja, os palhaços aguardam do lado de fora. Após
a missa é feito o encerramento do evento na Praça Geraldo
Viana, onde recebem os agradecimentos, premiações, etc
(RAIZ CULTURA DO BRASIL, Online).
58
Fig. 48– Benção das Folias. Igreja Matriz São João Batista. 61º encontro
nacional de Folias de Reis/ Muqui – 2011. Foto: Gilson Borba
Fonte:http://www.soues.com.br/plus/modulos/estabelecimento/
index.php?cdgrupo=14&cdmunicipio=1942&cdbairro=
59
De acordo com o Inventário de Ofertas Turísticas de
Muqui (2005), os encontros de folias favoreceram muito para
a manutenção desta manifestação cultural, haja vista que
muitos grupos de folias que estavam extintos voltaram à ativa
impulsionada por este evento, além do interesse de crianças
e adolescentes ter aumentado, gerando maior perspectiva de
Folia de Reis “Estrela do Oriente” – Localidade do continuação deste folguedo de geração para geração (Fig.
Desengano
49).
Folia de Reis “Estrela do Norte” – Localidade do
Sumidouro
60
Associação de afrodescendentes de Muqui
Fonte: http://www.secult.es.gov.br/?id=/noticias/materia.php&cd_matia=
Gostava de ser chamada de “mãezinha velha
3236
caxambuzeira” e reunia sempre a família para contar histórias
e cantar o jongo (MOTA, 2013) (Fig.50), manifesto que
envolve canto, dança e percussão de tambores (GOVERNO
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, online), tocar o
61
caxambu, uma espécie de tambor utilizado para tocar o jongo. A família Rosa é
Gostava também de servir pratos que servia para a “Sinhá”. responsável não só
pela preservação de
documentos, como
cartas de alforria e
documentos de
doações de terras, mas
também pela
Fig. 5
preservação de histórias da família, cantos de jongo,
Fonte
caxambu e jaguará. Também são responsáveis pelas
manifestações religiosas na casa Ile Ache Oba Ayra Loni,
onde acontecem encontros de candomblé e umbanda (Fig.
51), e pela escola de samba Rancho Tradição (Fig. 52), que
leva para o Corredor da Boiada a história do negro em Muqui.
Fig. 50 – Jongo
62
Fig.
negra está em decadência no município. As manifestações
pouco acontecem. No ultimo ano, por falta de recursos, a
escola de samba Rancho Tradição não conseguiu sair nas
ruas durante o carnaval. A manifestação do jongo e caxambú
também não acontecem mais com tanta frequência, ficando
somente o candomblé como elemento ativo na cultura da
família Rosa.
63
computador como instrumentos de trabalho. Já que a maioria
dos jovens ainda estava no ensino médio, este projeto foi
concluído durante as férias escolares e teve o nome de
“Floresta Encantada”. Esta ação foi o início das práticas
audiovisuais na cidade.
Fonte: http://etccultural.blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01-
01T00:00:00-08:00&updated-max=2012-01-01T00:00:00-08:00&max-
results=50
64
Em 2012 aconteceu a primeira edição do FECIM, O evento inclui oficinas de poesia, literatura,
Festival de TV e Cinema Independente de Muqui. apresentações para crianças, apresentação de curtas e
longas metragens e shows na praça da cidade, atraindo todo
Idealizado por jovens da cidade, o evento busca
tipo de público, tornando o evento uma ação cultural de
envolver a cidade em um ambiente cinematográfico, com o
importância na região (Fig. 55).
objetivo de tornar o Sítio Histórico de Muqui um novo pólo de
referência nesta área (Fig. 54).
65
Para concorrer com vídeos, basta enviá-los com Neste ano o evento mudou o nome de FECIM para
antecedência a equipe do FECIN. Os vídeos são exibidos FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior, a fim de tornar
durante o evento e ao final é realizada a cerimônia para a mais abrangente o evento.
premiação dos melhores (Fig. 56).
Fonte: http://www.muquiemfoco.com/2013_09_01_archive.html
66
Muqui na passarela
Fonte: http://auroradecinema.wordpress.com/2014/02/18/multipliqui-faz-
grande-festa-cultural-em-muqui/
67
A primeira edição do evento ocorreu em 2012 e contou Este ano aconteceu a segunda edição do projeto,
com a participação da modelo internacional Marcelia Freesz, realizado no Jardim Público Municipal, utilizando os casarios
que é natural de Muqui, e da ex-modelo nacional Bia Furtado em volta como cenário para o desfile.
que também é da cidade. Nesta ocasião, segundo Wander, os
De acordo com o autor, esta coleção foi apresentada
modelos produzidos inspirados no patrimônio histórico da
com menos traços carnavalescos, apesar de estes estarem
cidade.
presentes no dia a dia da comunidade na história dos bois,
cultivo do café, etc.(Fig. 59).
Fig. 58 – Muqui na passarela, 2012. Fig. 59– Muqui na passarela, 2014. Foto:Olavo Macedo, Lente em poesia.
Fonte:https://www.facebook.com/media/set/? Fonte:https://www.facebook.com/muqui.napassarela?
set=a.691123137573739.1073741829.687921771227209&type=1
fref=photo&sk=photos
68
As roupas produzidas não tem finalidade comercial. Este projeto representa a não ruptura, atualização e
São confeccionadas através de trabalho artesanal, adquirindo modernização da cultura muquiense, mostrando que é
um caráter alegórico, podendo vir a ser motivo de mostras e possível envolver a cultura e arte local em diferentes ações e
exposições, tornando-se assim verdadeiras obras de arte manifestações.
(Fig. 60).
Fonte:https://www.facebook.com/muqui.napassarela?
fref=photo&sk=photos
69
Logomarca – Centro de Cultura e Folclore
A ideia era de criar uma skyline utilizando os elementos
A logomarca do projeto foi idealizada a partir da junção
que estão presentes no cotidiano da população local (Fig. 62).
dos aspectos topográficos (Fig. 61) em que a cidade está
O rolo de fita – Representa a renovação cultural
inserida, manifestações folclóricas/culturais e arquitetura da
voltada para a produção cinematográfica.
mesma.
O boi – O famoso carnaval folclórico da cidade.
Fonte:http://www.folhavitoria.com.br/entretenimento/blogs/elogoali/
2013/11/25/bem-vindo-a-muqui-ciscuito-turistico-da-morubia/ Fig. 62 – Logomarca.
70
Referências projetuais
Ficha técnica
Arquitetos: Anagrama
Ano: 2013
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-143568/biblioteca-infantil-e-
centro-cultural-por-conarte-anagrama/5236abb5e8e44eef790000b6
71
auditórios, parques temáticos e espaços culturais como o espaço dinâmico para brincadeiras e aprendizado.
Conarte (Conselho para a Cultura e Artes de Nuevo León). (ARCHDAILY, online)
Fig. 64 – Auditório
72
Proposta Vencedora para o Centro de Arte e
Cultura Étnica Internacional do Sudoeste
Ficha técnica
Ano: 2013
Fig. 66 – Auditório
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-143568/biblioteca-infantil-e-
centro-cultural-por-conarte-anagrama/5236abb5e8e44eef790000b6
73
Arte e Cultura Étnica Internacional do Sudoeste, localizado
em Kunming, China.
74
os seguimentos podem funcionar individualmente, porém protegem o edifício e criam uma comunicação do interior com
interligados com passarelas. o exterior.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-137956/proposta-vencedora-
para-o-centro-de-arte-e-cultura-etnica-internacional-do-sudoeste-tongji-
architectural-design-and-research-institute
75
Centro Cultural Cais do Sertão
Ficha técnica
Local: Recife, PE
Ano: 2010
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-137956/proposta-vencedora-
para-o-centro-de-arte-e-cultura-etnica-internacional-do-sudoeste-tongji-
architectural-design-and-research-institute
76
O projeto cria uma relação direta com o bem tombado
ao abrir um vão ao nível do pedestre conectando o prédio
novo ao antigo.
Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/brasil-arquitetura-
museu-recife-05-04-2011 Fig. 72 - Centro Cultural Cais do Sertão
Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/brasil-arquitetura-
museu-recife-05-04-2011
O projeto dialogará com o único bem tombado do
entorno, a torre Malakoff. A ideia era ocupar um galpão No térreo, rio São Francisco indica o caminho, levando
existente e construir outro volume ao lado, porém decidiu-se o visitante a diversas experiências relacionadas ao sertão.
erguer outro edifício no lugar onde será demolido o galpão e Um mezanino indica o fim do percurso, nele contem um
utilizando elementos do antigo. estúdio que pode ser usado para gravações de musicas de
Gonzaga.
77
O fechamento do prédio é feito com elementos
vazados de concreto, que tem o objetivo de proteger e criar
efeitos internos de acordo com a luz solar.
Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/brasil-arquitetura-
museu-recife-05-04-2011
78
Centro Cultural de Eventos e Exposições de Cabo Formado por dois edifícios, que se conectam por um
Frio - Menção Honrosa corpo articulador, o Centro Cultural e de Eventos de Cabo
Frio foi projetado o intuito de promover a aproximação entre
Ficha técnica as margens do terreno – tecido urbano e Laguna – criando
Arquiteta: Luciana Dornellas Pio Magalhães assim novos enquadramentos da paisagem gerando praças e
Local: Cabo Frio, RJ, Brasil. pátios, em uma distribuição dinâmica do programa e dos
Ano: 2014 usos.
79
No edifício Noroeste foi instalado o foyer receptivo e o Pavilhão austríaco – Expo 2015
centro de feiras, ambos com pés direitos generosos e que
Ficha técnica
possibilitam os mais variados eventos.
No edifício Sudeste, o restaurante panorâmico, a Arquitetos: Bence Pap e Mario Gasser
comedoria, as salas multiuso e as salas de apoio são a
Local: Milão, Itália
companhia do amplo teatro e auditório.
exposicoes-de-cabo-frio-mencao-honrosa
80
Impulsionado por uma abordagem conceitual de
destacar a diversidade cultural e de artesanato local dentro
das regiões austríacas, o pavilhão é uma representação
desses conhecimentos em conjunto com topografia
diversificada da Áustria, que produz uma grande variedade
dentro do cultivo de culturas agrícolas e de bens.
Fonte: http://aasarchitecture.com/2014/01/austrian-pavilion-expo-2015-by-
bence-pap-and-mario-gasser.html
81
Programa de necessidades básicas
Setor cultural
81
relativos a um grupo de folia, um grupo de boi e
demais instrumentos.
Lanchonete fast-food. Ambiente interno para
Bar/cafeteria atendimento ao público com instalação contendo área 150 m²
de atendimento, cozinha, DML e lixo.
82
Estúdio de imagem e som Ambiente equipado para produção audiovisual 100 m²
Setor administrativo
83
Ambiente Descrição Metragem quadrada
Recepção 30 m²
Sala da direção 15 m²
Sala da coordenação 15 m²
Setor de serviço
84
Vestiário feminino Instalações sanitárias compostas por 15 m²
duas bacias, dois chuveiros e duas
cubas. Destinada aos funcionários.
85
Referências MACHADO, A.M.B. L. Muqui…suas gentes, suas
tradições! 1ª ed. Muqui: edição do autor. 2012.
85
<http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php? vencedora-para-o-centro-de-arte-e-cultura-etnica-
lang=&codmun=320380&search=espiritosanto|muqui| internacional-do-sudoeste-tongji-architectural-design-
infograficos:-historico>. Acessado em 10/03/2014. and-research-institute>. Acessado em 04/05/2014.
YOUTUBE. Folia de reis - Costumes, Crença e POLATI, W. “Muqui na passarela” Disponível em <
Tradição. Disponível em http://movimentohotspot.com/projeto/muqui-na-
<https://www.youtube.com/watch?v=SaXO2KmwiCQ>. passarela/>. Acessado em 04/05/2014.
Acessado em 24/04/2014.
GRUPO CULTURAL ETC. “Histórico do Grupo”.
PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO Disponível em
SANTO. Principais manifestações folclóricas do <http://etccultural.blogspot.com.br/2011/04/historico-
Espírito Santo. Disponivel em do-grupo.html>. Acessado em 04/05/2014.
<http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/folclore.as
px>. Acessado em 25/04/2014. SERAPIÃO, F. “Brasil Arquitetura: Centro cultural Cais
do Sertão”. Disponível em
CARNAVAL DO BOI. O boi. Disponível em < <http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/brasil-
http://www.carnavaldoboi.com.br/o-carnaval.php>. arquitetura-museu-recife-05-04-2011>. Acessado em
Acessado em 29/04/2014. 04/05/2014.
86
http://www.ipog.edu.br/uploads/arquivos/55d81f6d4bcb
86ffeb259195254b6ff5.pdf>. Acessado em 07/05/2014.
87
Anexo 1 - Controle urbanístico
SETOR GABARIT ALTURA AFASTAMENT AFASTAMEN AFASTAMEN USOS PERMITIDOS2
O TO LATERAL TO
O MÁXIMA1
FRONTAL FUNDOS
MÁXIMO
Eixo da 10m para Sem 3,00m Comércio e serviço local, 1 Incluindo a cobertura.
Ferrovi edificações afastamento atividades culturais e recreativas
a na face do frontal para 15,0m da e uso institucional compatíveis
2 Desde que não acarretem fluxo demasiado
Parte lote edificações na margem do com o uso residencial: R. de veículos/ pessoas.
face do lote
baixa
7m para
Rio Bernardino Monteiro; R. Vieira 3 Nos casos onde o lote permita novas
Muqui nos Machado;
2 pav. edificações 3,0m da 1,50m no lotes que - R. Getúlio Vargas; R. Hitler
construções, sendo vetado novos
acima do
no fundo do edificação caso
fazem limite Acha Ayub. desmembramentos.
existente para de haver
lote3 com o Rio. * Residencial: 4 Idem.
nível da edificações abertura para
- todos os logradouros.
no fundo do ventilação e
rua
iluminação
Eixo da lote4 Comércio e serviço local,
Ferrovi atividades culturais e recreativas
a e uso institucional compatíveis
Parte 7m com o uso residencial: R. Vieira
3,0m na
alta lateral em que Machado; R. Getúlio Vargas;
3,00 m
houver Residencial:
varanda de - todos os logradouros.
edificação
Eixo histórica no Comércio e serviço local,
boa imóvel vizinho atividades culturais e recreativas
Espera Sem e uso institucional compatíveis
afastamento com o uso residencial: R. João
nça
frontal Jacinto;
Residencial:
- todos os logradouros.
89
A volumetria do edifício é simples, sendo composta de
apenas um bloco retangular com inserção de elementos
decorativos circulares abaixo da janela e na sacada da
fachada principal. Apesar de possuir alguns elementos
verticais inclinados as marquises e a distribuição das
aberturas marcam uma horizontalidade na construção (Fig. 7).
90
Anexo 3 - Diagnóstico dos danos
Fachadas
96
Fachada Sudeste
Fachada Sudoeste
Fachada Noroeste
Fachada Nordeste
97
Interior – térreo
Hall
98
Circulação
99
Paredes: revestimento em azulejo hidráulico branco a 1,45 m
do piso. Apresenta fissuras em alguns pontos e
apodrecimento por umidade. No restante da parede a pintura
em tinta branca encontra-se em bom estado de conservação.
100
Piso: Revestimento cerâmico novo.
101
Paredes: Revestimento cerâmico novo a 1,45 m do piso. No
restante da parede a pintura em tinta branca encontra-se em
bom estado de conservação.
102
Esquadrias: Porta de entrada com perfil metálico e vidro, de
correr, duas bandeiras. Portas de madeira para áreas internas
com aplicação de verniz em bom estado de conservação.
Loja 2
103
Piso: Revestimento
cerâmico. Apresenta
instabilidade, trincas, fissuras e ausência de peças.
104
Esquadrias: portas metálicas com vidro e pintura cinza.
Apresenta desbotamento de pintura e ferrugem em alguns
pontos.
105
Piso: Piso de cimento. Apresenta
instabilidade, trincas, fissuras e alguns pontos a ausência total
Salão
deles.
106
sobre emboço fino encontra-se em bom estado de
preservação e a parede não apresenta trincas ou fissuras.
107
Piso: Revestimento cerâmico novo. Camarim
108
Banheiro Feminino
109
Anexo 4 - A proposta
110
comércio, passa a abrigar a galeria de exposições No pavimento superior, a proposta é de fazer o mínimo
temporárias. de alterações possíveis, a fim de preservar as características
do salão existente.
Na residência, buscando voltar à originalidade do
projeto, são retiradas as paredes criando outro ambiente, A partir da análise das normas de combate e
unindo a antiga circulação e área de bar à antiga residência, prevenção de incêndio, foi constatada a necessidade de criar
onde abrigará as exposições permanentes. A entrada uma saída de emergência, visto que a escada existente não
continua sendo utilizada para fazer o acesso a parte externa. atende às medidas mínimas de segurança. Para isto, foi feita
As esquadrias foram alongadas para proporcionar melhor uma escada externa ao edifício, com acesso através da área
iluminação e ventilação natural ao ambiente. em que se situava a cozinha, tornando-se esta uma área de
circulação.
Para se cumprir a legislação de acessibilidade (NBR
9050) utiliza-se de plataforma elevatória para fazer o acesso No camarim foi feito um rebaixo de parte do piso que
de uma área de exposições para a outra, um elevador dando se encontrava no nível do palco, deixando-o no nível do
acesso ao pavimento superior e uma rampa aos fundos da salão. O acesso do camarim pelo salão foi fechado, ficando
edificação faz o acesso para a parte externa do edifício. somente com o acesso pelo palco.
Os banheiros também estão situados no térreo e serão Onde fica o banheiro feminino, foi proposto a
adaptados às normas de acessibilidade. adaptação para uma área técnica de suporte para os eventos
realizados no salão, com acesso pelo palco e pelo salão.
111
No restante do salão serão mantidas as características
originas na estrutura e revestimentos.
112
Com o objetivo de manter o Para que se cumpra a
O terreno está localizado à legislação vigente é aplicado os
Avenida Vieira Machado, no alinhamento existente,
respeitando os limites de afastamentos previstos em lei e
centro histórico de Muqui outros destinados a viabilidade
gabarito do entorno construído
e preservando a vivencia da do volume
cidade é erguido um único
volume, aproveitando toda área
livre do terreno. A forma valoriza
tanto dos espaç
quando do espa
comunicação vi
feita, facilitando
do publico de de
edifício.
115
No interior do projeto a comunicação visual no térreo
pode ser feita através de grandes esquadrias de vidro
voltadas para o interior do lote, dando uma maior visibilidade
do que acontece na área externa para quem está dentro do
Anexo 7 – memorial Justificativo edifício. De igual forma esta comunicação é feita do segundo
pavimento através da biblioteca e da área comum de
circulação.
Para a realização do projeto do Centro de Cultura e
Folclore, foi feita uma análise cuidadosa da cidade e da O acesso ao edifício acontece no interior do lote,
legislação pertinente ao patrimônio histórico. através da praça multiuso. O setor administrativo situa-se em
um bloco separado, visando maior conforto e privacidade para
O conceito utilizado foi o próprio entorno e a forma foi
trabalho.
pensada de modo que impactasse o mínimo possível nas
características urbanísticas existentes, como os alinhamentos A área de guarda de instrumentos e montagem de
de lote existentes e gabarito. figurinos ficou localizada no térreo com o objetivo de
favorecer aos foliões e artistas que se apresentarão na praça
A abertura frontal criada na forma funciona como
e anfiteatro.
elemento atrativo, que convida as pessoas para o interior do
lote onde se encontra uma praça e um anfiteatro voltados No pavimento superior, ficou situada a área
para apresentações culturais, desta forma elas podem educacional, fornecendo maior tranquilidade e conforto para
participar diretamente da cultura local. as pessoas que utilizarão dela.
116
Como fechamento do projeto, foi utilizada a alvenaria,
conforme indicado na legislação. Na cobertura será utilizada
telha de fibrocimento ondulada, pintada em cor que se
assemelhe a da telha cerâmica.
Circulações verticais
Setor administrativo
Ambiente Metragem
quadrada
Recepção 30 m²
Sala de arquivos 15 m²
Sala da direção 15 m²
Sala da coordenação 15 m²
117
Sala de reuniões 15 m²
Setor de serviços
Ambiente Metragem
quadrada
Vestiário feminino 15 m²
Vestiário masculino 15 m²
Lixo 20 m²
Cozinha/copa 10 m²
DML 10 m²
Segurança 10 m²
Depósito 10 m²
Banheiros 25 m²
118
Setor cultural
Subsetor - Lazer
Ambiente
Metragem quadrada
60 m²
Recepção
Área de vivência
70 m²
Sala de exibição 60 m²
Área de exposições
300 m²
Guarda de instrumentos 20 m²
Camarim 30 m²
Atelier de criação 30 m²
Atelier de costura 30 m²
119
Sala de estar 50 m²
Figurino 25 m²
Subsetor - Comum
Ambiente Metragem
quadrada
Bar/cafeteria 150 m²
Loja de souvenir 15 m²
120
Subsetor - Educação
Sala de oficinas 90 m²
Sala multiuso 50 m²
Laboratório de imagem 50 m²
Sala de aula 80 m²
Auditório 150 m²
121
Parecer do orientador
131
115