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APRESENTAÇÃO

A metodologia adotada para a confecção deste diagnóstico partiu de uma


detalhada analise do prédio associada a minucioso levantamento documental e
iconográfico. O prédio tem seus espaços descaracterizados do original, apresentando
péssima conservação e uso inadequado pela Oficina Escola. A estrutura do prédio
mostrava-se incompatível com o uso de uma escola de artes, com aulas de balé,
teatro, que provocam choques excessivos na estrutura de piso e inadequação com o
uso mais antigo, no porão, do Centro de Artes. Tal uso poderia acarretar em possível
acidente visto a deterioração do madeiramento de piso.
Necessitando, assim, de grandes reparos e de um processo minucioso de
restauro em sua pintura mural; restauro e relocação dos quatro leões de ferro fundido
da Fundição Val D’Osne em seu lugar original (duas colunas de cada lado do casarão,
formando duas entradas); restauro da forma e do método de entelhamento original
(entelhamento à mourisca); restauro das escadarias entre outros.
O forro é de madeira no modelo saia e camisa, decorados com florões centrais.
Os forros decorados encontram-se em grave estado de deterioração, com forte ataque
de cupins e grande concentração de umidade. Estão seriamente comprometidos e
progressivamente degradados, e a falta de conservação provocou grandes rachaduras
e perdas de ornatos.
O forro mais ornamentado localiza-se no salão de jantar, onde existe
representação de frutas, ramos de trigo, folhas e flores, e os florões secundários
econtram-se com perda de um trecho. Os dos outros cômodos apresentam motivos de
flores e guirlandas, e estão em melhor estado de conservação. O forro da entrada da
escadaria está ancorado de forma indevida no madeiramento do telhado e deve ser
escorado de forma a não comprometer seu restauro. Os trechos originais dos florões
ornamentados devem ser mantidos e consolidados no próprio local, através de
ancoragem pontual. Os elementos ornamentais perdidos devem ser refeitos a partir dos
originais, através de refundição com o uso de fôrma de silicone.
Todo o piso da edificação é constituída por tabuado corrido. Os rodapés são de
desenho simples, apresentando boleados e caneluras. Os problemas mais graves
identificados nos pisos foram o ataque de cupim e a umidade, nos tabuados. Em
algumas áreas, os danos causados ao barroteamento faz ceder o piso sobre ele
estruturado. Após inspeção detalhada, verificou-se que os barrotes de sustentação do
piso estavam inteiramente comprometidos, o que determina sua substituição total por
novos. No caso de pequenos danos, a maioria das peças do barroteamento deve ser
restaurada e consolidada, com a utilização de Sikadur acrescido de areia de quartzo. O
piso do solar deve ser inteiramente retirado por seções, obedecendo a um
mapeamento detalhado para orientação da futura reutilização. Alguns trechos devem
ser substituídos e outros devem receber enxertos em suas partes faltantes,
conservando-se, assim, o maior número possível de peças originais. Após sua
regularização, deve-se realizar a calafetagem e a aplicação de resina poliuretânica com
acabamento acetinado. O piso sobreposto na ala direita deve ser retirado e o piso
original trocado por laje.
Nas áreas de sanitários, o piso é composto de cerâmica apresentando
desgastes motivados pelo uso e ausência de manutenção. Os banheiros devem ser
refeitos e o piso deve ser substituído de preferência por tabuados em madeira ipê
sobre barrotes ou ladrilho hidráulico, estabelecendo melhor integração com os demais
espaços adjacentes.
A escadaria do solar, em mármore, e as soleiras das portas de acesso, em
granito, devem também ser objeto de restauração pontual, com obturação das peças
quebradas, sem necessidade de sua remoção.
As janelas do edifício, em madeira, possuem verga reta, caixilhos envidraçados
e as portas externas são compostas de folhas almofadadas.
Uma análise criteriosa indicou ataque de cupins de solo e de madeira seca em
algumas esquadrias. Alguns vidros encontram-se quebrados e algumas folhas
deformadas. As superfícies das esquadrias pintadas estão bastante desgastadas e as
ferragens existentes encontram-se em mau estado de conservação. As folhas das
esquadrias devem ser retiradas e passarem por um processo mecânico de remoção
das sucessivas camadas de tinta, com o uso de soprador termo-elétrico. As peças
comprometidas devem ser substituídas por novas, de mesmas dimensões e tipologia.
Tendo em vista o grande número de vãos existentes, esse trabalho demandará
enorme empenho e longo período de intervenção. Para garantir a integridade das
peças, deve ser aplicada uma camada de selador antes do acabamento final de
pintura. As ferragens existentes são de primorosa engenharia e arte, e devem ser
submetidas a processos de limpeza, remoção de pintura. Novas ferragens devem ser
fundidas tendo como modelo as originais para completar as partes faltantes.
A parte de cantaria pode ser observada, no solar, nos requadros de portas e
janelas. Essas cantarias apresentavam pontualmente ataque de fungos e sujidades
diversas. As cantarias devem ser limpas com remoção química e água a baixa pressão;
os trechos danificados devem ser recompostos com aplicação de prótese em gnaisse e
as rachaduras foram coladas e reforçadas com grampos metálicos. O trabalho deve ser
concluído com aplicação de camada protetora com base em cera e silicone.
A cobertura do prédio é composta por telhas de barro, formando um telhado em
quatro águas. A cobertura apresenta-se em inclinação diferente do original, sem o
telhamento invertido que produziam listras ornamentais (entelhamento à mourisca), e
está em estado de degradação. A infestação de térmitas aliada à infiltração de águas
pluviais são responsáveis pelos danos causados às peças de madeira que estruturam
o telhado. O grande número de telhas quebradas e o alto grau de porosidade em que
se encontram não garantem a estanqueidade do conjunto.
Para a restauração da cobertura deve ser realizada, inicialmente, a retirada total
das telhas e a seleção daquelas que encontram-se em bom estado de conservação
para reaproveitamento. As telhas reaproveitadas devem ser higienizadas através de
aplicação de água a baixa pressão e limpeza mecânica, recebendo produto fungicida
na última lavagem e, finalmente, uma camada superficial de silicone aplicada por
aspersão mecânica, de modo a formar uma camada protetora.
Deve-se proceder uma intervenção no madeiramento da cobertura, orientada por
projeto de recuperação e reforço baseado em laudo de análise estrutural, realizado por
profissional de engenharia especializado. A estrutura principal deve ser analisada para
as devidas substituições do madeiramento por outras de mesma seção e tipologia e
todas, novas e originais, devem ser tratadas com cupinicidas. Uma subcobertura
deverá ser introduzida, composta por lâmina aluminizada com características de
isolamento térmico e impermeabilização, entre telhas e estrutura, para garantir a
estanqueidade necessária e a adequação climática.
O pavimento inferior que abriga o antigo Centro de Artes deve receber
acabamentos e revestimentos compatíveis com o uso. As galerias apresentam
manchas de umidades e infiltrações que vem do solo, e o teatro sinais de cupins e
degradação dos materiais de revestimento do piso e paredes.
DENOMINAÇÃO E LOCALIZAÇÃO: Solar Barão de Nova Friburgo e Centro de Artes,
Praça Getúlio Vargas, nº 75.
PROPRIETÁRIO: Prefeitura Municipal de Nova Friburgo
PROTEÇÃO Tombamento provisório; processo nº E-18/300.276/85; DORJ
EXISTENTE: 07.01.1988.
PROTEÇÃO Tombamento Municipal ou INEPAC. Proposição de área de
PROPOSTA: preservação no entorno da Praça Demerval Barbosa Moreira e
Getúlio Vargas; além do valor histórico e arquitetônico.

Figura 01: Planta de Localização

Figura 02: Solar Barão de Nova Friburgo

ASPECTOS HISTÓRICOS:

Casa nº 21. Em 1831 havia uma casa tipo modelo colonial, o terreno foi
aforado em 03 de abril de 1841, tendo 40,2 X 25 braças a Antônio Clemente Pinto.
A casa, hoje existente, foi construída em 1843 para ser residência urbana do
Barão. Foi um marco da construção civil, projeto do engenheiro Jacobus Gijsbertus
Paulus van Erven, e construída com pedra e óleo de baleia. Pertenceu a: Antônio
Clemente Pinto, Bernardo Clemente Pinto Sobrinho, Baronesa de São Clemente,
Spinelli e Firma, e a partir de 1921 a Prefeitura de Nova Friburgo.
Funcionou neste prédio: Prefeitura (1921-1969), Câmara (1922-2001),
Biblioteca (1941-2001), Fórum e Sala do Júri (1938-1941), Cadeia (1938-1940),
também foi depósito de materiais da prefeitura. Em maio de 1961, foi inaugurado o
Porão das Artes, atual Centro de Artes; hoje abriga também a Oficina Escola.
Esse prédio apresentava quatro colunas com quatro leões da Fundição Val
D’Osne que ladeavam o prédio formando duas entradas laterais. No fundo desta
casa havia um magnífico jardim que seguia até o Rio Bengalas. A área ajardinada
media aproximadamente 97 m X 130 m.

Figura 03: Foto datada de 1890. Figura 04: Registro dos jardins existentes atrás do Solar, sec. XVIII.
Fonte: acervo pessoal Fonte: acervo pessoal

DADOS TIPOLÓGICOS:
Construído no século XIX (1843), o prédio possui um estilo neoclássico,
sendo composto por dois pavimentos (térreo e porão). O prédio encontra-se
alinhado ao logradouro público (calçada) e possui recuos nas duas laterais e
posterior, de forma que encontra-se solto em todas suas fachadas.
Em sua planta, notamos que a circulação interna é distribuída por corredores
e entre cômodos dando acesso aos seus adjacentes, no térreo e uma configuração
interna sem corredores, no porão, de forma que cada cômodo dá acesso aos seus
adjacentes. No térreo, não identificamos hierarquização entre espaços, com
riqueza de detalhamentos e de materiais de acabamento em todos os ambientes.
No porão, embora que com intensas modificações, há simplificação dos
acabamentos.
O acesso principal se dá pelo centro da fachada frontal, com hall de entrada
volta ao logradouro público. A figura 03 (acima) mostra a escadaria em dois lances
que invadia a calçada e dava o acesso original a residência.
A cobertura e o sistema de escoamento de águas pluviais encontram-se
escondidos pela platibanda. O telhado é composto por telha colonial, distribuídas
em quatro águas. As inúmeras infiltrações no forro são indícios da deteriorização
da cobertura.
Os ornatos e distribuição dos elementos nas fachadas seguem o estilo de
construção da época, em estilo neoclássico. Sua fachada principal está voltada
para a Praça Getúlio Vargas.
PLANTAS TÉCNICAS:

Figura 05: Planta de Cobertura

Figura 06: Planta Baixa Térreo


(desenho esquemático – fonte: acervo do Palácio da Cultura)
Figura 07: Planta Baixa Porão
(desenho esquemático – fonte: acervo do Palácio da Cultura)

Figura 08: Fachada Frontal

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO:

Figuras 09 e 10: Desgaste do tempo e presença de vegetação na platibanda ao redor de todo o prédio
Figura 11: Pichação fachada frontal Figura 12: Rachadura, em vários trechos do prédio

Figura 13: Fiação poluindo as fachadas Figura 14: Falhas na argamassa de acabamento

Figuras 15 e 16: Ajustes inadequados a novas aberturas e degradação do reboco e da cantaria na


fachada posterior.

Figuras 17, 18, 19 e 20: Janelas de prospecção, no hall de entrada e sala de jantar.
Figura 21: Falha no revestimento cerâmico. Figura 22: Desgaste do piso original, em tabua.

Figura 23: Vidro quebrado, em várias esquadrias. Figura 24: Umidade e infiltração nas paredes.

Figuras 25e 26: Umidade, infiltração, desgaste do tempo e cupins nos forros.
Figura 27: Abertura na porta para passagem de Figura 28: Umidade, desgaste do tempo e cupins
fiação vinda da área externa. no rodapé.

Figura 29: Umidade, infiltração, desgaste do tempo Figura 30: Umidade, infiltração e desgaste do
e cupins nos acabamentos de madeira e tempo nas paredes.
esquadrias.

Figura 31: Ajustes inadequados à novos Figura 32: Umidade, infiltração, rachaduras e
equipamentos eletrônicos e degradação do desgaste do tempo nas paredes.
detalhamentos no forro.
Figuras 33, 34, 35 e 36: Umidade, infiltração e
degradação do tempo nas paredes de exposição,
no painel do artista plástico Nêgo e demais
paredes do Centro de Artes.

Figuras 37 e 38: Sinais de cupins e degradação da estrutura de suporte e forro (piso de tabua no
pavimento térreo), devido ao impacto das atividades desenvolvidas no térreo.
Figuras 39, 40 e 41: Umidade, infiltração, degradação do tempo e caminhos de cupins nas paredes do
teatro no Centro de Artes.

Figura 42: Degradação do tempo e material Figura 43: Falha do degrau (revestimento cerâmico
inadequado como piso do teatro. no piso e carpete no espelho) de acesso ao palco
do teatro.
DETALHES:

Figuras 44, 45 e 46: Leões em ferro fundido originais da Fundição Val D’Osne, relocados de seu lugar
original, em conjunto incompleto e apresentam-se descascados, com rachaduras e com pontos de
oxidação.
Figuras 47 e 48: Fechaduras nas portas externas são originais, em metal. A fechadura na porta posterior,
necessita de conserto, observar que foi improvisada outra ferragem para fechamento. Ambas as
fechaduras devem ser restauradas.

Figuras 49 e 50: Internamente são mantidas algumas das fechaduras originais; as quais devem ser
restauradas.

Figuras 51, 52 e 53: Alguns exemplares das ferragens de fechamento e travamento das esquadrias; que
devem ser restauradas.
Figura 54: Florão original danificado e lustre devem
ser restaurados.

PROPOSTA DE RESTAURAÇÃO
Em virtude do prédio apresentar um mau estado de conservação, causado
pelo desgaste do tempo e uso inadequado das estruturas; e tendo em vista a
manutenção das várias características originais (mantidas ou encontradas em
registros – como nas janelas de prospecção ou em arquivos históricos, por
exemplo), indicamos como solução adequada a restauração do prédio.
Justificamos para isso a importância histórica e arquitetônica do prédio em questão.
Diretrizes emergências:
 Restrição do uso, para atividades com menor agressão ao piso original, no
térreo;
 Elaboração de mapeamento de danos e desenvolvimento de projeto de
restauração;
 Manutenção, impermeabilização e adequação dos materiais de revestimento
com os usos, no porão.

DETALHAMENTO:

1. Execução do cadastramento da situação atual da edificação, incluindo os


levantamentos e os registros gráficos e fotográficos necessários.
2. Execução das prospecções, análises, testes e ensaios necessários, e
elaboração do diagnóstico do estado de conservação do imóvel, contendo as
alterações identificadas.
3. Elaboração do projeto de restauro e readaptação de uso do imóvel.
4. A elaboração e a execução dos projetos complementares (instalações elétricas e
hidráulicas, detecção e combate a incêndio, segurança, etc.) sob nossa
orientação, com base no projeto de restauro, os serviços de desinfestação e
imunização serão também executados.
5. Demolição e remoção de paredes e dos elementos inadequados (alvenarias,
carpetes, chapas de compensado e demais elementos introduzidos ao longo do
tempo), conforme projeto.
6. Recuperação das alvenarias originais, incluindo sua consolidação, para garantir
sua estabilidade, utilizando-se materiais compatíveis com os originais,
determinados através dos testes, ensaios e análises executados. As partes em
descolamento, identificadas por percussão, serão consolidadas através de
injeção de resina acrílica, perfurando-se o revestimento com brocas finas e
aplicando-se uma pressão uniforme e controlada.
7. Restauração dos forros em tabuado saia-e-camisa, da seguinte maneira:
- Desmonte dos forros, visando o aproveitamento máximo do
tabuado original;
- Remoção das várias camadas de tinta existentes, com
equipamento de calor, evitando o uso de produtos químicos
que possam causar reações adversas sobre a madeira;
- Recuperação da estrutura de sustentação dos forros,
substituindo-se as peças deterioradas e executando
reforços onde necessários;
- Recuperação das tábuas dos forros, substituindo-se as
peças irrecuperáveis por outras de iguais dimensões, com
os mesmos detalhes das originais, em madeira de lei seca e
desempenada, e restaurando as peças recuperáveis,
removendo os corpos estranhos e obturações inadequadas,
consolidando-as e complementando seus faltantes, através
de enxertos em madeira de lei e da aplicação de resina
epoxídica específica para madeiras;
- Recolocação dos forros, com o devido nivelamento do
tabuado;
- Regularização das superfícies e aplicação de pintura de
acabamento, de enceramento ou de envernizamento,
conforme os acabamentos originais, definidos nas
prospecções executadas.
8. Recuperação das argamassas de revestimento, utilizando argamassas de traço
e composição compatíveis com as originais, conforme determinado através dos
testes executados.
9. Restauração das pinturas decorativas detectadas (pinturas a estêncil e
marmorizadas):
- decapagem total das paredes, por processo manual,
removendo-se as camadas de tinta sobrepostas, de forma a
expor a pintura original;
- Execução da fixação das partes em descolamento da
camada pictórica e reintegração da pintura, com a
complementação das falhas e partes faltantes de acordo
com os motivos encontrados, sendo utilizados os processos
e materiais originais;
10. Execução da pintura lisa de acabamento das demais alvenarias, conforme as
tonalidades originais detectadas nas prospecções.
11. Restauração dos rodapés e pisos originais:
- Piso em mosaico de pastilhas cerâmicas/rodapé em
argamassa:
- Limpeza preliminar;
- Identificação, por percussão, e fixação, com injeção de
resina, das áreas em descolamento;
- Complementação dos faltantes com o material original;
- Recuperação do rejuntamento;
- Limpeza final e aplicação de acabamento em cera de
silicone.
- Pisos em tabuado corrido:
- Remoção do material aplicado sobre o assoalho original
(carpetes, assoalho em tabuado de 15 cm. assentado sobre
o tabuado antigo, etc.);
- Limpeza geral;
- Detecção e cadastramento do estado de conservação de
cada piso, assinalando-se todas as falhas, as partes a
serem substituídas e as partes irrecuperáveis;
- Recuperação das tábuas dos pisos, substituindo-se as
irrecuperáveis por outras de iguais dimensões, com os
mesmos detalhes das originais, em madeira de lei seca e
desempenada, e restaurando as tábuas recuperáveis,
- remoção dos corpos estranhos e obturações inadequadas,
consolidando-as e complementando seus faltantes, através
de enxertos em madeira de lei da mesma qualidade e da
aplicação de resina epoxídica específica para madeiras;
- Nivelamento do tabuado;
- Limpeza final e enceramento.
12. Restauração das esquadrias:
- Cadastramento e diagnóstico, incluindo todas as partes, tais
como almofadas, molduras e ferragens;
- Retirada de amostras e execução dos modelos das peças
faltantes, para execução das peças de reposição;
- Remoção da tinta, com a técnica descrita acima, do item 6;
- Remoção das peças empenadas e travadas das esquadrias
e de suas ferragens, recondicionamento das mesmas,
regulagem e recolocação no local;
- Substituição das partes irrecuperáveis por outras de iguais
dimensões, com os mesmos detalhes das originais, em
madeira de lei seca e desempenada, e restaurando das
recuperáveis, removendo os corpos estranhos e obturações
inadequadas, consolidando-as e complementando seus
faltantes, através de enxertos em madeira de lei da mesma
qualidade e da aplicação de resina epoxídica específica
para madeiras;
- Recolocação dos vidros das janelas, conforme projeto
(possivelmente vidro gravado com o logotipo ou brasão do
proprietário, conforme pesquisa iconográfica a ser
desenvolvida), assentados em massa de vidraceiro;
- Aplicação de cera, verniz ou pintura na tonalidade original,
conforme o resultado das prospecções executadas.
13. Restauração do lustre de cristal da sala de jantar:
- Remoção do lustre;
- Desmontagem do lustre, catalogando-se as peças e
retirando uma peça de cada como amostra para reprodução
das peças faltantes para a total complementação do lustre
(cristal importado, lapidado);
- Substituição de todos os fios de metal que interligam as
peças de cristal por fios de prata que constituem o sistema
original
- Limpeza das peças de cristal desmontadas, por imersão em
recipiente com detergente neutro até a total remoção de
poluentes;
- Substituição da fiação existente por fios anti-chama;
- Remontagem e recolocação do lustre.
14. Execução de dois lustres em cristal, menores do que o existente, para
complementação do conjunto original no Salão do Plenário.
15. Recuperação do lustre em bronze existente acima da escadaria de mármore:
- Retirada, substituição da fiação, limpeza, e tratamento da
pátina;
16. Execução de uma réplica, em ferro batido, do lustre de bronze, e instalação da
mesma no hall de acesso;
17. Restauração da balaustrada da escadaria, em ferro batido com corrimão em
latão, incluindo a remoção e o tratamento de toda a estrutura metálica, a
complementação dos faltantes, a recuperação das partes danificadas, aplicação
de fundo anticorrosivo e aplicação de pintura de acabamento na tonalidade
original; recuperação das partes soltas e quebradas do mármore dos degraus, e
limpeza geral dos mesmos;
18. Prospecções, projeto e orientação da execução das estruturas da claraboia, em
perfis de ferro, para a reabertura e restauração da claraboia originalmente
existente acima do corredor de acesso ao Plenário; fornecimento e colocação
dos vidros coloridos.
19. Restauração de quatro leões em ferro fundido, execução de quatro colunas de
concreto com acabamento apicoado, esteticamente semelhantes ao gnaisse da
escadaria; instalação dos leões e das colunas no local a ser definido no projeto.
20. Fornecimento e instalação de 50m2 de vidros Blindex, para vedação de vãos,
conforme o projeto.
21. Fornecimento e instalação de 22m2 de grade, incluindo dois portões duplos,
conforme definição de projeto.
22. Projeto e execução de acesso para deficientes físicos, incluindo o fornecimento
dos equipamentos necessários, da marca Montele (já instalados na PUC,
Bradesco, Caixa Econômica no Rio de Janeiro) ou similar.
23. Restauração das fachadas, incluindo a recomposição das argamassas
pigmentadas de revestimento, a recuperação dos relevos e demais elementos
decorativos e a limpeza da escada em gnaisse.
24. Restauração das pinturas artísticas a óleo, existentes nas paredes da sala do
Plenário, as quais serão objeto de análises mais detalhadas;

Luiz Fernando Folly


Fundação Dom João VI
Mestre em Urbanismo - UFRJ
Especialista em História – FSB – RJ

Jadde Azevedo
Fundação Dom João VI
Arquiteta e Urbanista

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