Acaiaca / Minas Gerais

Inventário de Proteção ao Acervo Cultural

Estruturas arquitetônicas e urbanísticas

1. Município: Acaiaca Ficha No 71

2. Distrito: Sede
3. Designação: residência
4. Endereço: Rua São Gonçalo n.º 245
5. Propriedade: Geraldo Isidoro de Souza
6. Responsável: Efigênia Silira de Souza
7. Situação de Ocupação: cedida
8. Histórico:
De acordo com relatos da senhora Efigênia Silira de Souza, atual moradora da casa localizada na rua São Gonçalo
n.º 245, a edificação em questão pertence ao seu irmão, Geraldo Isidoro de Souza. A moradora não sabe precisar a
época de construção, mas, relembra que a casa é antiga e data, provavelmente dos anos 1940.

Sabe-se que em meados de 1980 morou na residência, como inquilinos, o casal Zé Machado e Dona Tita (não há
informações sobre o sobrenome da família). Logo após o Sr. Geraldo adquiriu a casa e desde então sua irmã reside
no imóvel (desde 1987), inicialmente com as duas filhas, Cibele Cristina de Souza, Gisele Helena de Souza e o pai,
sr. José Fortino de Souza. Foi relatado, ainda, que há dois anos houve reforma na edificação: execução de nova
pintura e reparos no telhado. Atualmente a senhora Efigênia Silira de Souza reside sozinha na casa em tela.
9. Descrição:
A casa localizada na rua São Gonçalo n.º 245 foi implantada em um terreno com leve declive lateral, junto ao
alinhamento frontal, com reduzidos afastamentos laterais e generoso afastamento posterior, destinado ao quintal.
Apresenta partido em dois blocos, sendo que o frontal possui cobertura em quatro águas com cumeeira paralela ao
alinhamento frontal e o posterior apresenta cobertura em meia-água. O sistema construtivo adotado foi o de
alvenaria de tijolos autoportantes e a cobertura é estruturada por engradamento em madeira sobre o qual se
assentam as telhas em barro.

O acesso à edificação é feito por meio de pequena varanda central, responsável pela marcação da transição entre
o espaço público e o privado. A varanda possui piso cimentado, guarda-corpo em alvenaria de tijolos, paredes
revestidas em argamassa com pintura e forro em réguas de madeira. Após a varanda localiza-se a sala, em ponto
central da composição, e para ela voltam-se os dormitórios (nas laterais) e a cozinha (em seqüência à sala). Todos
os pisos internos são em cimento natural, as paredes em argamassa com pintura e os forros em réguas de
madeira. As portas internas possuem folhas e alisares em madeira com pintura na cor verde.

A fachada principal apresenta tratamento simplificado, com acabamento em argamassa com pintura na cor bege e
moldura em ressalto, nas extremidades da fachada, feita em massa com pintura na mesma cor do pano da
fachada. As demais fachadas também receberam acabamento em argamassa com pintura na cor bege. Há
predominância dos planos cheios sobre os vazados, estes constituídos por vãos em verga reta. As janelas
encontram-se vedadas por esquadrias com duas folhas em tábuas de madeira, de giro para dentro, pintadas e
emolduramento em massa pintado na mesma cor da fachada. Este tratamento ornamental foi utilizado também no
vão de acesso à varanda e tais molduras constituem os únicos elementos de ornamentação existentes. A
edificação possui influência do colonial, percebida em sua concepção – solução formal simplificada, com partido
regular formado por dois volumes principais: o anterior destinado aos dormitórios e sala e o posterior, com
cobertura independente, destinado à cozinha e banheiro. A implantação adotada é influenciada também pelas
soluções normalmente utilizadas no período de produção da arquitetura colonial. Como característica de concepção
arquitetônica do século XX, destaca-se a incipiente ornamentação dada pelo emolduramento dos vãos da fachada
principal com elementos de massa em ressalto.
10. Documentação Fotográfica: 11. Documentação Cartográfica (esquema):
Planta de localização do bem, sem escala.
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12. Uso 13. Proteção legal 14. Proteção legal proposta: 15. Estado de
(X) Residencial existente: ( ) Tombamento Federal Conservação:
( ) Institucional ( ) Federal ( ) Tombamento Estadual ( ) Excelente
( ) Industrial ( ) Estadual ( ) Tombamento Municipal ( ) Bom
( ) Serviço ( ) Municipal ( ) Entorno de bem tombado ( x ) Regular
( ) Comercial ( x ) Nenhuma ( ) Restrições de uso e ( ) Péssimo
( ) Outros: ocupação
( x ) Inventário

16. Análise do Entorno – Situação e Ambiência:

O bem em questão localiza-se na Rua São Gonçalo, nas imediações da Praça Rabelo Alvim, local em que foi
construída a Igreja Matriz da cidade. O entorno imediato caracteriza-se pela predominância de edificações de uso
residencial, construídas junto ao alinhamento frontal e com afastamento posterior e reduzidos afastamentos laterais.
A volumetria predominante é de um e dois pavimentos com tendência incipiente de construção de coberturas
conformando “varandões paulistas”.

Os passeios possuem largura estreita e receberam materiais de acabamento diversificado com predominância,
entretanto, do revestimento cimentado. Não é verificada a existência de mobiliários urbanos como lixeiras e bancos
na calçada.
A rua São Gonçalo, com topografia praticamente plana, apresenta reduzido fluxo de veículos e apresenta
pavimentação em blocos sextavados de concreto. A arborização existente no logradouro público é escassa, com
espécies plantadas na via junto ao meio-fio. A iluminação pública é feita por postes de concreto com cabeamento
aéreo.

17. Análise do Estado de Conservação:

A edificação apresenta telhas mofadas e o revestimento, em argamassa com pintura, apresenta vários pontos
deteriorados por microorganismos. Há vários pontos de infiltração que se iniciam próximo ao embasamento do
imóvel, indicando umidade ascendente. As ferragens estão danificadas com pontos de ferrugem e o portão em
madeira, de fechamento da pequena varanda central, apresenta-se danificado por microorganismos, cupins e
ressecamento. Há algumas trincas superficiais no revestimento das fachadas. O reboco se soltou junto ao
embasamento das fachadas laterais, deixando os tijolos maciços à vista.

Internamente, os pisos em cimento encontram-se trincados, os portas e alisares em madeira com pintura
descascando. Os forros encontram-se bastante danificados pelo ressecamento das peças.

18. Fatores de Degradação:

Falta de manutenção periódica e intempéries.

19. Medidas de Conservação:

Manutenção periódica da edificação, recomposição do reboco e execução de nova pintura, revisão das instalações
elétrica, hidráulica e dos elementos da cobertura e de vedação dos vãos. Identificação das causas e isolamento da
umidade ascendente.
.

20. Intervenções:

Há cerca de dois anos foi executada nova pintura e algumas telhas foram trocadas.

21. Referências Documentais/ Bibliográficas:

 Fonte oral: Entrevista com a senhora Efigênia Silira de Souza em 14 de setembro de 2007.
 Diretrizes para a proteção do Patrimônio Cultural de Minas Gerais. Belo Horizonte: Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG.

22. Informações Complementares:

Não existem informações complementares para este bem.
23. Levantamento/elaboração: Karime Gonçalves Cajazeiro Data: setembro de 2007
24. Fotógrafo: Karime Gonçalves Cajazeiro Data: setembro de 2007
25. Revisão: Andrea Zerbetto Data: outubro de 2007