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Localização
Histórico
A Vila Operária da Gamboa foi projetada por Lucio Costa e Gregori Warchavchik em 1933 no
bairro do Santo Cristo, encontrando-se protegida pelo município desde 1986, através do
reconhecimento do projeto SAGAS, que preserva seu uso residencial, entretanto encontra-se
profundamente descaracterizado. (desenho das perpectivas vs fotos atuais)
Muito divulgada como umas das experiências inaugurais da arquitetura moderna brasileira, a
vila é comumente citada por ser precursora das habitações sociais modernas no Brasil pela
utilização da sua linguagem formal e dos agenciamentos espaciais da habitação mínima,
questão debatida nos círculos modernos europeus pelo 2 CIAM – Congresso Internacional de
Arquitetura Moderna. Foi construída por demanda de um empresário e seu programa era
comum no bairro, onde conjunto de pequenas casas para locação eram construídas para
atender as demandas da área industrial. Entretanto, sua concepção difere radicalmente da
maior parte das vilas operárias construídas ate então, em geral com uma rua interna e casas
do tipo sobrado
“Esta realização vem pra mostrar como se pode construir habitações para operários, isto é
casas para pequeno capital e renda, dotadas de conforto relativamente grande, como boa
separação e iluminação naturais. Isso só se obtém com o aproveitamento racional do espaço e
consequentemente do material.” Extraído de Revista de Arte, Técnica e Pensamento, Num 1,
1933.
As plantas de 30m2 é composta por dois quartos, sala, banheiro, cozinha e uma a´rea externa
contigua à essa. Ao centro da residência, há um quadrado que funciona como o ponto
nevrálgico de circulação. O acesso se dá por uma varanda que se comunica à circulação. Planta
setorizada
As plantas são quadradas, percebendo-se a rígida presença de uma modulação, que rege o
projeto, da divisão interna dos cômodos à implantação. (mostrar a implantação nos terços
como forma a encaixar de melhor maneira os volumes à conformação que a rua dá ao
terreno). As circulações entre as unidades são externas, acompanhando a curva da rua e eram
comuns a todas as unidades, sendo que hoje encontram-se individualizadas no térreo, cada
unidade com seu acesso individual a rua. Os acessos ao conjunto se realizavam pelas duas
extremidades do lote, onde se localizam as escadas para o segundo pav. A individualização é
igualmente pelo fato dos quadros de luz e agua serem separados. (desenho de modulação +
divisão da circulação)
Há um bloco com dois apartamentos nos fundos, cujo acesso se dá por uma escada
independente
É interessante notar a relação direta com a rua que as unidades tem em coparaçao as outra,
representando uma outra era de vivência na cidade. Percebe-se atualmente a existência de
grades, e a ausência de mobiliário nas varandas que indiquem que aquele espaço seja utilizado
como área social, o que seria de bom grado em uma planta tao pequena. Outra coisa que
indica a vontade de distanciamento da rua são as janelas que se encontram todas fechadas.
Por outro lado, em conversa com um morador ele disse que os vizinhos são bem unidos e que
as confraternizações se dão nessas varandas. (foto de grade e da varanda)
Não há nenhum espaço de lazer coletivo. Além disso, o numero de unidade foi alterado para
doze, visto que as antigas unidades de 10m2 foram incorporadas pelos proprietários dos
imóveis contíguos, adicionando uma suíte à planta original).