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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


ADMINISTRAÇÃO MUNICÍPAL DA QUIÇAMA

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Introdução

A presente Memória Descritiva e Justificativa, refere-se ao Projecto de Construção de uma escola


de 7 salas, que a ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DA QUIÇAMA, pretende levar a efeito.

CRITÉRIOS DE CONCEPÇÃO

Na concepção e dimensionamento do edifício, tomamos em consideração de um projecto desta


natureza.

Com efeito, alguns factores considerados imprescindíveis, tais como: o local de implementação a
topografia do terreno, economia, funcionais, factores técnicos, sociais e a envolvente, devem ser
levados em conta aquando da implementação do referido projecto.
Os três corpos, são constituídos por pisos únicos e acima da cota de soleira.

ENQUADRAMENTO DO EDIFÍCIO NO CONTEXTO URBANO

Do ponto de vista urbano, o terreno onde se insere o edifício de forma regular, deverá apresentar-
se plano, tendo a fachada principal voltada para a via directa.
O edifício a ser erguido será de piso térreo, com uma cota de soleira de 0.60m
com relação a linha de terra e com um pé direitos de 3.00m, permitindo assim
uma melhor ventilação, e iluminação natural no seu interior.

Procurou-se que a imagem do edifício, transmitir um impacto marcante e actual


através da articulação dos seus volumes e da diferenciação de cores, ritmo dos
vãos da fachada e da sua morfologia arquitectónica.

1. ANÁLISE ARQUITECTÓNICA DO EDIFÍCIO

A concepção do projecto teve-se em consideração a sua funcionalidade, tomando


como referência básica à inter-relação entre as diferentes dependências.
Privilegiamos a separação lógica, criando deste modo um fluxo bastante eficaz entre
as dependências.

O recurso à Corredores e Hall permitiu a ampliação das dependências internas e


grandes áreas de sombreamento às paredes contíguas, evitando deste modo à
incidência directa dos raios solares sobre os panos das fachadas principal.

Do mesmo modo, adoptaram-se amplos rasgamentos verticais, janelas e portas, de


modo a haver uma transparência dos compartimentos para o exterior desfrutando
assim das vistas panorâmicas do local.

Todo o restante espaço que circundam o edifício serão constituídos por áreas
pavimentadas de circulação e jardins com o objectivo de se criar um microclima da
zona.
O edifício encontra-se perfeitamente orientado, em relação ao sol e aos ventos,
permitindo uma perfeita ventilação transversal em toda sua extensão.
Em obediência a uma das condicionantes básicas do programa, a planta foi concebida de forma a
satisfazer os interesses do Dono da Obra, ocupando uma Área Coberta de 1600 m2, e possui as
seguintes dependências:

 EDIFÍCIO ADMINISTRATIVO --------------------------- Área 113.45 m2

 Circulação/Espera
 Gabinete do Direitor
 Gabinete do Vice-Direitor
 I.S.D
 I.S.F
 I.S.M
 I.S.P
 Recepção
 Secretaria

 SALAS ----------------------------------- Área 373.55 m2

 Sala 1
 Sala 2
 Sala 3
 Sala 4
 Sala 5
 Sala 6
 Sala 7
 Sala de Reuniões
 Sala de Professores
 Sala Polivalente
 ÁREA TÉCNICAS E AUXILIARES-------------- 441.46 m2

 Galeria

OBS: A Área de Estacionamento, bem como todas as Áreas de Arranjos Exteriores,


poderão variar em função das dimensões do lote disponíveis.

O CORTE

O corte é definido transversalmente por paredes-mestras, passando pelos, elemento


de circulação vertical, na qual permite um acesso fácil\, permitindo uma construção
tecnicamente simples e económica.

O ALÇADO

Os alçados foram criados a partir de uma tipologia de edifício moderno, respeitando


a construção, com valores arquitectónicos e ambientais.

Procurou-se uma composição plástica coerente, valorizado pela verticalidade e


horizontalidade de vãos e a intersecção de volumes, assim como a utilização de
cores e selecção de matérias de revestimento característicos, de um estilo moderno,
criando uma integração edifício cidade e paisagem.

SISTEMA TÉCNICO CONSTRUTIVO

Materiais de Acabamento
Pretende-se que a construção esteja enquadrada num padrão médio de construção.
Face a esta condicionante económica, os materiais a eleger não devem de modo
algum onerar os custos de construção nem os inevitáveis trabalhos de manutenção.

Para tal, propomos que a construção seja feita em tecnologia tradicional.

Fundações: Irão à profundidade que o terreno exigir e serão constituídas por


sapatas e viga de travamento em betão armado.

A ausência do estudo do Geotécnico o empreiteiro fará o estudo de cargas, para


conformar as solicitações das cargas, no caso de não se confirmar, o empreiteiro
poderá propor a fiscalização da obra de forma adequar o solo encontrado.

Os elementos estruturais proposto no projecto de Arquitectura, como Pilares, Vigas


de travamento e Vigas de Fundação deverá ser utilizadas armaduras propostas pelo
empreiteiro e aprovada pela Fiscalização da obra visto tratar-se de uma obra de piso
térreo.

Elevação de Paredes: As paredes terá as dimensões que o projecto indica e serão


construídas em bloco de betão ou tijolo assentes com argamassas de cimento e
areia com o traço 1:4.

Pavimento: O pavimento será constituído com um massame de betão C25 e


posteriormente revestido com mosaico Ceramico em todas os compartimentos do
edifício e mosaico hidráulico nas áreas húmidas.

Cobertura: A cobertura será em telha lusa ou Marselha, com revestimento térmico


assente sobre madres em perfis metálicos. Nas Celas a cobertura será Mista, em
Lage de betão Armado a uma altura de 3,00m (tecto Falso) e posteriormente
revestida com telha lusa.

Materiais de Revestimento

Rebocos e Revestimentos: Todas as paredes levarão um reboco de areia pico fina


e cimento ao traço de 1:6, as Instalações sanitárias terão azulejos a uma altura
2,30m,e tecto falso será em pladur.

Pintura: As paredes serão pintadas com tintas plásticas de boa qualidade, as


demão necessárias até ao seu perfeito acabamento nas cores tradicionais da Policia
Nacional de Angola.

As grades de ferro e elementos de madeira tais como portas e janelas serão


pintadas com tintas de esmalte após tratamento adequado. As cores a aplicar serão
de acordo com as utilizadas nos postos de Policia.

Esquadrias (Vãos): Toda a caixilharia exterior – portas e janelas – será em


caixilharia de boa qualidade.

As janelas serão envidraçadas, bem como a parte superior das portas


exteriores.
As portas exteriores serão em madeira, pintadas com tinta de esmalte.

Caixilharia: As caixilharias de portas e janelas poderão ser de madeira de boa


qualidade, isentas de defeitos que possam prejudicar os acabamentos, poderão ser
também em alumínio. Os vidros das janelas e portas e bandeiras deverão obedecer
as especificações dos respectivos fornecedores.
Ferragens: As dobradiças e as fechaduras aplicar serão nas dimensões adequadas
às diferentes finalidades.

Serrilharia: As portas, janelas e grades serão em ferro de boa resistência.

Louça sanitária: O I.S terá louça de melhor qualidade e distribuída conforme


mostra o projecto.

SOLUÇÃO ESTRUTURAL ADOPTADA

A estrutura definida será realizada em betão armado, do tipo porticada na sua


envolvente, de lajes maciças que apoiam na zona central directamente nos pilares,
para o que deverá ser dada especial atenção á execução das armaduras de
punçoamento na área adjacente aos mesmos.

As escadas exteriores serão executadas em estrutura de betão armado, as


varandas e consolas serão executadas em laje maciça de betão armado.

ESTRUTURA DE BETÃO ARMADO

A verificação da segurança das estruturas de betão armado será feita em relação


aos estados limites últimos (de resistência e de deformação) e aos estados limites
de utilização (de fendilhação e de deformação), ou seja deverão ser respeitadas os
prazos mínimos de desmoldagem em, 14 dias para as vigas e Pilares, podendo
os moldes das faces laterais ser retiradas apôs três dias de betonagem.
O aço a aplicar será limpo de ferrugem ou de qualquer outro material que possa
afectar a sua durabilidade.

Os inertes serão limpos e isentos de argila, matéria orgânica ou de qualquer


substancia que possa afectar a resistência do betão sendo a brita de dimensão
inferior.

REDES TÉCNICAS.

5.1 - REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Com o objectivo de se obterem as condições mínimas de higiene, segurança e a


que devem obedecer as edificações e respectivas redes, tendo-se evitar a
passagem em zonas estruturais do edifício, desenvolveram-se as soluções
apresentadas no projecto.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

A rede de água será ligada à rede geral predial, e por sua vez abastecerá um
reservatório de água enterrado com capacidade de 20m3 minimo, que abastecerá o
edifício, com uma electrobomba intercalado entre o depósito e a rede predial.

No projecto não se prevê nenhum sistema de tratamento de água, pelo que a água
usada servirá apenas para uso doméstico e nunca consumo próprio.

REDE DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS

DESCRIÇÃO GERAL
A rede de águas residuais domésticas foi dimensionada de acordo a assegurar
todos os dispositivos de utilização e uma drenagem em boas condições.

A rede de águas residuais domésticas será constituída por ramais de descarga


individuais, tubos de queda e caixa de visitas.

Os ramais de descarga dos diversos dispositivos são directamente ligados às


caixas de visita que encaminham as águas residuais de cada instalação para uma
fossa séptica e posterior ao posso roto.

O sistema projectado será devidamente ventilado, por tubos que serão prolongados
até acima da cobertura terão como única função a ventilação da rede predial
doméstica.

As caixas de visita em alvenaria serão rebocadas e afagadas interiormente,


disporão de tampas em betão armado e terão acabamento igual ao pavimento em
que se inserem.

Todos os dispositivos serão sifonados, as redes projectadas serão em PVC .

O traçado da rede de águas residuais domésticas do edifício encontra-se


representado nos desenhos anexos.

5.6 - REDE DE ÁGUAS PLUVIAIS

DESCRIÇÃO GERAL

A rede de águas pluviais da cobertura do edifício será constituída por caleiras


(rebaixamentos na zona limítrofe da cobertura), ralos de pinha e tubos de queda.

As águas pluviais através de pendentes executadas para o efeito serão recolhidas


nas caleiras e encaminhadas para os tubos de queda e daí para o exterior.
6- INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

A instalação baseou-se com o seguinte Regulamento de Segurança de Instalação


de utilização de Energia Eléctrica.

O presente Regulamento destina-se a fixar as condições técnicas a que devem


obedecer o estabelecimento e a exploração das instalações eléctricas com vista à
protecção de pessoas e coisas e a salvaguarda dos interesse colectivos.

- Características da instalação de edifício

 Tensão de serviços: a tensão será de 380/220V.

 Tipo de canalização: canalização embebida. Os condutores só


deverão ser enfiados nos tubos, depois dos roços serem tapadas.

- Discrição da secção dos condutores

Os condutores do circuito de iluminação não podem ser superior a 2*1,5mm² e dos


circuitos de tomadas superiores a 2*2,5mm².

- Discrição dos tubos

Os tubos usados para o enfiamento dos condutores derão de VD.

Os tubos deverão ter diâmetro ou dimensões da secção recta tais que permitem o
fácil enfiamento dos condutores isolados.

- Tipo de Iluminação
Recorreu-se basicamente a iluminação fluorescente e incandescente, devendo a
qualidade das armaduras propostas ter em consideração, o tipo de armadura
instalada nos outros posto policial.
Serão sempre consideradas caixas de derivação acessíveis, nas derivações entre
os circuitos de iluminação e as respectivas luminárias.

O comando dos circuitos de iluminação será feito:


 Localmente por interruptores, comutadores e/ou botões de pressão.

- Tipo de tomadas

Estão abrangidas por esta designação as tomadas e caixas terminais cujos circuitos
têm origem nos barramentos dos quadros eléctricos e destinam-se a alimentar
equipamentos.
Serão próprias para instalação mural em paredes e/ou junto ao tecto

A sua identificação far-se-á recorrendo à utilização de tomadas de cor normal


branca ou creme.

Em função do índice de protecção, do tipo de tomada e respectivo modo de


instalação, as tomadas poderão ser instaladas da seguinte forma:

 Embebidas;
 Encastradas em painéis de gesso cartonado no tecto e paredes
 No interior de caixas de telecomunicações e quadros eléctricos em calha.

- Climatização

Obs.: O numero de A.C.s a utilizar em cada compartimento, é obtido apartir da


potencia minima a climatizar, devendo esta ser menor que a potencia do A.C. Caso
a potencia do A.C. disponivel for inferior podemos usar dois ou mais A.C.s de
acordo a necessidade.

- Generalidade geral

A cor dos condutores a utilizar, será identificado pelas seguintes cores:


 Fase: cor preto
 Neutro: azul claro
 Terra: verde e amarelo

- Alimentação de Energia

A alimentação do edifício será assegurada a partir de 1 ramal executado pela


entidade distribuidora de energia eléctrica em baixa tensão, a partir da rede pública.
O ramal deverá ser dimensionado.

- Localização das aparelhagens

Os interruptores ou comutadores devem ser colocados na posição, tal que não


fiquem tapados pela porta quando abrem, e devem estar situados a uma altura
uniforme compreendida entre: 1,10m á 1,20m.

As tomadas em locais sem riscos especiais devem ser montadas a uma altura
uniforme situada entre: 0,5 á 0,3m e, em locais temporariamente húmidos devem
ser montadas a uma altura uniforme situadas entre: 1,50m á 1, 60m.

O quadro eléctrico é uma estrutura de suporte que alberga as aparelhagens


eléctricas de proteção e comanda a instalação eléctrica.

O quadro eléctrico deve ser instalado em local adequado e de fácil acesso e de


forma que os aparelhos nele montados fiquem em relação ao pavimento, em
posição facilmente acessível.

Reclame luminoso

Fornecimento e montagem de reclame luminoso a ser executado de acordo com o


modelo aprovado pela PN – Polícia Nacional de angola.

Diversos: Em todos os casos omissos não constantes desta memória descritiva e


justificativa serão aplicadas as disposições do regulamento geral de construção Civil
vigentes bem como as disposições regulamentares aplicáveis na Republica de
Angola.

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