Memoria Descritiva – TEMPLO

INTRODUÇÃO

A presente Memória refere-se à construção a edificar um Templo de dois pisos a ter efeito
no bairro da Zona Verde, Província de Maputo, Moçambique.
O projeto segue uma linguagem modernista, procurando apresentar melhores soluções
funcionais e formais, a relação entre os espaços acompanhada com a estética do volume. As
soluções apresentadas vão também ao encontro de melhores propostas de qualidade,
durabilidade e custos, os materiais apresentados foram a princípio estudados para o
correcto funcionamento, podendo ser ajustados para as preferências do cliente passando
pela aprovação do arquitecto.

CONCEITO ARQUITECTÓNICO

O projeto desenvolve-se em um volume sendo que este abrange diversas áreas, que por sua
vez estão directamente ligadas entre si. O edifício principal neste caso o templo é composto
por um espaço de culto com capacidade para 268 pessoas, uma zona comummente
designada altar e outra intitulado Assembleia.

O edifício, neste caso da parte dos anexos e composto pelos seguintes compartimentos:

No primeiro piso

- Uma sala de reuniões

- Duas salas de aula

- Duas casas de banho distribuídas tanto para homens assim como para mulheres.

No segundo piso

- Dois gabinetes

- Sala de reuniões

O edifício terá aberturas em três faces, que facilitarão também o acesso entre as suas
respectivas áreas, que também será de grande valia para a circulação de ar e entrada de luz
natural dentro do edifício.

Outro aspecto relevante a considerar e a orientação do edifício que favorece a protecção

contra a incidência directa dos raios solares no seu interior.

O edifício segue um traço projetual revestido de simplicidade.

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LOCALIZAÇÃO DO EDIFÍCIO

O volume a edificar localizar-se-á no bairro de Zona Verde, Província de Maputo,

Moçambique. O lote segue uma geometria regular com a dimensão de 20x25 (500 m²).

ENQUADRAMENTO GERAL

O volume a edificar e os respectivos alinhamentos teve em conta os edifícios envolventes,

respeitando as condicionantes impostas pelo Regulamento Municipal.

O projeto apresentado resulta da apresentação muito clara e precisa das intenções do Dono
da Obra.
Pretende-se com este projeto por um lado valorizar o elevado valor da sua localização desde
os de ordem paisagística até aos de ordem financeira. Por outro, pretende-se também, mas
sem descurar as questões urbanísticas e desrespeito pelo ambiente, rentabilizar ao máximo
a construção.
Em seguida se apresenta, um edifício de 2 pisos que apresenta na sua organização funcional
os seguintes espaços e áreas em m²:

PISO 1 N° ESPAÇO ÁREA (m²)

1 Templo 172, 71
2 Casa de Banho M 9,12
3 Casa de Banho F 9,12
4 Sala de Aulas 1 10,23
5 Sala de Aulas 2 10,23

PISO 2 N° ESPAÇO ÁREA (m²)

6 Galeria 45,48
7 Circulação 10,68
8 Sala de Reuniões 11,62
9 Gabinete Pastoral 8,45
10 Gabinete Pastoral 8,45
11 6,51

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DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS ESPAÇOS

O edifício proposto adapta-se ao programa, adoptando um esquema e uma organização

espacial elementar.
O edifício estará disposto de forma a obter um melhor aproveitamento do espaço. Na zona
frontal do terreno encontra-se as entradas de pedestres e veículos seguido por um espaço
aberto.

Logo em seguida temos o acesso ao edifício do Templo, feito através de 2 degraus de escada
e uma rampa para o seu nível de pavimento por onde dá-se o acesso ao nível do interior do
edifício.

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DESCRICÃO TÉCNICA GERAL

DESCRIÇÃO TÉCNICA GERAL
NORMAS CONSTRUTIVAS

ARQUITECTURA

O edifício será construído segundo as técnicas e normas de construção e regulamentos em

vigor na República de Moçambique e utilizando os materiais e procedimentos habituais. As
principais características da construção são:

TRABALHOS PRELIMINARES

Limpeza do terreno – Limpeza da parcela destinada à construção de forma a conseguir uma

compensação exacta entre a terra a escavar e aterros a efectuar.

Implantação da obra - Com o auxílio da fita métrica procede-se a demarcação das partes da
obra a construir e tomando como base a planta geral de implantação e as medidas nelas
contidas.

Construção do cangalho – Construção de estrutura auxiliar de madeira periférica e exterior

aos caboucos para a demarcação dos eixos de alvenaria e marcação de cotas do projecto.

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MOVIMENTO DE TERRAS

Escavação de caboucos para fundações - Serão abertas até a profundidade indicada no

projeto de Estruturas, mas não inferior a 80 cm e largura 60 cm para todas paredes (de 20 e
15 cm) ver projeto de estrutura. E será importante proteger as encostas e paredes das
fundações para evitar o desabamento dos solos. VER PROJECTO DE ESTRUTURA.

Aterro das fundações - Serão colocadas umas camadas de areia limpa, com espessura
indicada no projecto, regada e batida a maço manual ou mecânico.

Aterro em caixas de pavimento com terras de empréstimo – No caso de ser necessário

aterrar, será feito por colocação de camadas sucessivas de solos limpos, sendo cada camada
de no máximo 20 cm de espessura regada e batida a maço manual ou mecânico. Os solos
removidos dos caboucos se estiverem isentos de impurezas podem ser reutilizados com
aprovação da fiscalização para enchimento das caixas de pavimento.

ESTRUTURAS

Alvenaria de fundações - A alvenaria de fundação será composta por uma alvenaria de

blocos maciços de cimento com 40x20x20cm, assentes com argamassa cimento com areia
no traço 1:4.

Pavimento - O pavimento do piso térreo será em Betão simples, que assentará em dois
substratos, sendo o substrato inferior de 10cm de espessura de areia limpa compactada a
maço e um substrato intermédio constituído por enrocamento em pedra mediana com
espessura de 5cm devidamente compactada e regularizada para mais detalhes ver os
desenhos de pormenores.

BETÕES

Materiais

Cimento - cimento a utilizar na obra será o Portland normal e respeitar o regulamento de

recepção deste material na obra.

Agregados – todos os agregados deverão cumprir com as condições de qualidade expressas

nos regulamentos. Estes deverão ser limpos, sem poeiras e outras impurezas ou matéria
vegetal.

Brita - Deverá ser rija, não fendida, não margoso nem quebradiça, bem lavada, isenta de
materiais que afectam cimento e ter dimensões variadas, não lamelar, de forma que,
juntamente com a areia, dê maior compacticidade ao Betão.

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Areia - Agregados finos e areias para betões, devem ser areia do rio lavada ou areia da
britadeira. Os grãos devem ser de tamanho uniforme mas deve conter uma mistura
equilibrada de grãos finos e grossos, antes de misturada com os agregados e brita, a areia
deve ser crivada e lavada.

Água - A água a usar na fabricação dos betões, argamassas e betonilha, será limpa, fresca
livre de impurezas vegetais ou minerais ou qualquer outra substância em suspensão ou
dissolvida.

Betão ou betonilha, em pavimento - Esta camada de betonilha será nivelada com ajuda de
uma régua que assentar sobre os tacos ou guias montados antes do enchimento e será nela
onde assentara o material a decidir e de preferência material de boa qualidade e
devidamente seleccionado para o pavimento.

BETÃO EM PILARES, VIGAS, LAJES

O edifício será em estrutura convencional de pilares e pórticos.

Lajes de pavimento: A laje de piso terá uma espessura máxima de 11cm e camadas como
indicado nos desenhos de pormenor e realizadas com dimensões de acordo com o cálculo
de engenharia.

Vigas, Pilares e lintéis de portas e janelas: As vigas e pilares serão executados em Betão
armado nas dimensões indicadas nos cálculos de Betão.

Alvenaria: As alvenarias em bloco de cimento, terão a espessura de 10, 15 cm, consoante

indicado nos desenhos de pormenor, o bloco será assente com juntas contra fiadas e será
demolhado antes de ser assente. O bloco será assente com juntas de 15mm de espessura
máxima, e alinhado verticalmente apesar do contra-fiamento, sendo as paredes rebocadas
com argamassa de cimento, areia e cal.

SERRALHARIA

Aço – todo o aço a usar deverá suportar tensões de segurança estabelecidos como mínimas,
no regulamento de estruturas de aço para edifícios, em vigor em Moçambique.

COBERTURA

A cobertura será em chapas IBR e laje devidamente impermeabilizada e com as pendências

indicadas nos desenhos.

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Madeiras - Serão utilizadas para caixilharia.

Tratamento da madeira - Toda madeira empregue na obra, deverá ser devidamente tratada
contra o ataque de insetos e fungos, através de produtos químicos.

Portas - Serão em madeira e também em alumínio, sendo as de madeira em favo de

contraplacado e as de alumínio com a estrutura feita no mesmo material e com o corpo em
vidro temperado de 6mm, todas as portas com dimensões indicadas nos desenhos.

Janelas - Serão em alumínio de primeira qualidade, com dimensões indicadas nos desenhos
dos vãos.

FERRAGENS

As ferragens serão de latão maciço sempre que possível e recomendável. Todas as ferragens
a utilizar na obra serão dos tipos, dimensões e acabamentos como descritos nestas
especificações, mapas de acabamentos e desenhos. Todas as peças serão montadas com
parafusos adequados quer no tamanho, quer no material, quer no formato da cabeça,
sendo a regra que os parafusos serão do mesmo metal que as peças que fixam. Todas as
peças deverão ser perfeitamente limpas para a entrega da obra.

OBRA DE VIDRACEIRO

Vidro liso transparente: Será aplicado na obra vidro liso e transparente, sem defeitos, tipo
FLOAT GLASS, nas espessuras indicadas nos mapas de vãos, sendo a espessura mínima
aceitável de 4 mm.

REVESTIMENTOS

REVESTIMENTOS E ALVENARIAS DE PISO

- Reboco em parâmetros verticais interiores e exteriores.

- Reboco em argamassa de cimento e areia sobre parâmetros verticais no traço 1:4.

Pinturas - As tintas a aplicar será de primeira qualidade apropriada aos fins a que se
destinam. As superfícies a pintar deverão ser previamente preparadas, e levarão as demãos
necessárias para que fiquem devidamente cobertas.

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Azulejo – nas casas de banho, ate a altura indicada no

projeto, será aplicado um azulejo cerâmico vidrado de
25x50.

Cerâmica - o revestimento do piso do interior do templo, até à altura indicada no projeto,

será cerâmica cinza claro 60x60.

EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS

Bacia de retrete - Fornecimento e assentamento de bacia de retrete com reservatório de

descarga acoplada, com queda no piso, fixa no piso.

- A bacia de retrete é cerâmica, pintada com esmalte branco polido.

Lavatório – Fornecimento e assentamento de lavatório suspenso fixa em parede.

Mictório - Fornecimento e assentamento de mictório suspenso fixa em parede.

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PROJECTOS DE ESPECIALIDADES

ESTRUTURA

Será objecto de projeto próprio elaborado por especialista, e submetido a aprovação das
autoridades competentes.

INSTALAÇÃO ELÉCTRICA

A instalação eléctrica, tanto do interior do edifício como do exterior será o mais adequado
para o tipo de construção e será objecto de projeto próprio elaborado por especialista, e
submetido o aprovação das autoridades competentes.

INSTALAÇÕES DE AGUA E SISTEMAS DE ESGOTO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

GERAL

O presente projeto está elaborado na base do projeto de arquitectura, acordado com as

restantes especialidades interveniente.

REDE GERAL ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

O abastecimento de água realizar-se-á a partir de um furo de abastecimento de água nas

proximidades da parcela.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO

A rede exterior será executada por tubos enterrados no solo e a rede interior será aplicada
dentro da alvenaria.

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CONCLUSÃO

Todas as instalações propostas serão construídas para que não haja descaracterização do
meio ambiente, mantendo-o o mais natural possível.

No final dos trabalhos, serão removidos todos os materiais de construção e entulhos,

ficando o edifício regularizado e limpo. Serão também limpos os vidros.

Em tudo que não foi referido nesta memória descritiva, a obra deverá ser executada de
acordo com o projeto, o regulamento geral das edificações urbanas, o regulamento de
segurança de instalações de utilização de energia eléctrica e todas outras normas de
construção e regulamentos em vigor na República de Moçambique.

Maputo, Agosto de 2023

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