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Cálculo Diferencial e Integral I

3ºMAP60 - LEIC-T, LEE, LETI, LEGI - versão B


23 de janeiro de 2023 - 13 horas - duração: 60 minutos

Apresente todos os cálculos e justificações relevantes

1. Determine o valor dos integrais:



Z 1 Z e
ln x
i) (x + 4) x + 1 dx , ii) dx .
0 1 x3

1 √ 1 1 √
Z Z p Z
i) (x + 4) x + 1 dx = (x + 1)3 dx + 3 x + 1 dx =
0 0 0
Z 1 Z 1  1  1
3 2 5 2 3 1
(x + 1) dx + 3 (x + 1) dx =
2 (x + 1) 2 + 3 (x + 1) 2 = 2

0 0 5 0 3 0
2 5   3 
= 22 − 1 + 2 22 − 1 .
5
e  e Z e  e
− ln x −1 −1 −2
Z
ln x 1
ii) dx = − dx = − = +1
1 x3 x2 1 1 x3 e2 x2 1 e2

2. Designe-se por A a região limitada pelas linhas de equação:

y = x2 + x − 6 e y = x − 2.

Esboce graficamente a região A e calcule a sua área.

-2 -1 1 2

-1

-2

-3

-4

-5

-6

−2 2
x3
Z 
2
 32
x − 2 − (x + x − 6) dx = 4x − =
2 3 −2 3

3. Seja a função
Z x2 √
f (x) = sen t dt , x ∈ R+
0 .
0
i) Defina a função derivada de f .
Satisfeitas
R x as√condições do teorema fundamental do cálculo para o integral indefi-
nido 0 sen t dt, f é diferenciável pois resulta da composição de funções diferen-
ciáveis, e tem-se !0
Z x2 √
f 0 (x) = sen t dt = 2x sen(x) .
0


ii) Determine, usando a mudança de variável u = t, o valor de f ( π4 ).
π
π√ √
Z
π 4 π
f( ) = 2u sen(u) du = [−2u cos(u) + 2 sen(u)]04 = − 2 + 2.
4 0 4
pois usando a primitivação por partes P (2u sen(u)) = −2u cos(u) + P (2 cos(u)) =
−2u cos(u) + 2 sen(u)

4. Sendo g : R → R uma função contı́nua mostre que


Z π Z π/2
g(sen x) dx = 2 g(cos x) dx
0 0

Sendo g : R → R uma função contı́nua g, g(sen x) e g(cos x) são integráveis. Usando a


mudança de variável x = π2 − t tem-se
−π π
Z π Z Z
2 π 2
g(sen x) dx = − g(sen( − t)) dt = g(cos(t)) dt =
0 π
2
2 − π2

π
Z
2
Z 0 Z π/2
= g(cos(t)) dt + g(cos(t)) dt = 2 g(cos x) dx .
0 − π2 0

pois, usando agora a mudança de variável t = −x tem-se


Z 0 Z 0 Z π/2
g(cos(t)) dt = − g(cos(−x)) dx = g(cos x) dx .
− π2 π/2 0

5. Seja an a sucessão definida por


(n + 2)!
an =
n3 + n(n + 1)!
+∞
X
Determine lim an e indique a natureza da série, an . Justifique.
n=1
Como lim an = 1 6= 0 e não é satisfeita a condição necessária para a convergência de
+∞
X
séries, a série, an é divergente.
n=1

6. Estude a natureza as séries seguintes:


∞ √ 2 ∞
X n +1 X 2n+1
, .
n=1
n2 + n n=1
n!

2
+∞ √
X n2 + 1
A série é divergente, do critério de comparação, pois é satisfeita a condição
n=1
n2 + n
do critério

n2 +1 +∞ +∞
an n2 +n
X X 1
lim = lim √ =1>0 e bn é uma série de Dirichlet divergente .
bn n2
n=1 n=1
n
n2

+∞
X 2n+1
A série é convergente, do critério de D’Alembert, pois pois é satisfeita a
n=1
n!
condição do critério
2n+2
an+1 (n+1)! 2
lim = lim 2n+1
= lim =0=l<1.
an n!
n+1

7. Considere a série de potências



X (x + 1)n
.
n=1
2n+1

i) Determine para que valores de x ∈ R a série converge absolutamente, converge


simplesmente ou é uma série divergente.
1
Seja an = 2n+1 . Determinemos o raio de convergência da série de potências, R,

an 2n+2
R = lim = lim n+1 = 2 .
an+1 2

A série converge absolutamente para x ∈] − 3, 1[ (i.e. |x + 1| < 2) e diverge para


x ∈ ext(] − 3, 1[). Falta ainda a análise a x = −3, x = 1.
Para x = −3, a série numérica é divergente, pois não satisfaz a condição necessária
para a convergência de séries
∞ ∞
X (−3 + 1)n X (−1)n
= =
n=1
2n+1 n=1
2

Para x = 1, a série numérica é também divergente, pois não satisfaz a condição


necessária para a convergência de séries
∞ ∞ ∞
X (1 + 1)n X 2n X 1
= =
n=1
2n+1 n=1
2n+1 n=1
2

ii) Determine a soma da série para x = −2.


Para x = −2, para obtermos a soma desta série geométrica tem-se
∞ ∞ n
(−1)n 1 −1

X 1X −1 2 1
= = 1 = −
n=1
2n+1 2 n=1 2 21+ 2 6

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