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"Esperávamos que os líderes das "feitas para vencer" fossem começar com a
definição de uma nova visão e uma nova estratégia. Em vez disso,
descobrimos que eles primeiro puseram as pessoas certas no barco, tiraram as
pessoas erradas, e colocaram as pessoas certas nos lugares certos. Só depois
é que decidiram para onde o barco deveria rumar. O velho adágio "as pessoas
são seu ativo mais importante", na verdade, está errado. As pessoas não são o
seu ativo mais importante. As pessoas certas é que são."*
Em outras palavras, as pessoas certas nos lugares certos pelas razões
certas. Esse ditado faz muito sentido. Mas como encontrar as pessoas certas?
Voltemos ao nosso mestre, Jesus, para ver o que ele fez. Ele tinha de acertar
na sua escolha, porque não tinha tempo para errar e então fazer uma segunda
tentativa. Deixe-me comentar cinco processos na seleção que ele usou e que
nós também devemos usar.**
1. Encontros divinos.
2. Padrões divinos.
3. Altas exigências, que levam as pessoas a se auto-excluírem
por não quererem pagar o preço.
4. Discernir quem responde à sua voz, mostrando uma ligação
espiritual.
5. Oração, direção e confirmação do Pai.
Encontros divinos são encontros pessoais nos quais a vida de alguém é
marcada por receber sabedoria, direção ou poder de Deus através da ajuda de
outra pessoa. André, Pedro, Tiago e João tiveram pelo menos três encontros
divinos onde seus nomes foram registrados individualmente antes de serem
escolhidos como parte dos doze (Jo 1.35-42; Mc 1.16-20; Le 5.1-11; Mc 1.29-
31,35-38). Os encontros iniciais da parte de Jesus com Mateus (Mt 9.9-13)
com Filipe (Jo 1.43-45) e Natanael (Jo 1.45-51) também são registrados e
claramente foram encontros marcantes.
Uma chave para termos encontros divinos com outras pessoas é estar
intimamente ligados a Deus. Esses momentos marcantes, em geral, acontecem
se discernirmos o que Deus está fazendo na vida de outra pessoa e
conseguirmos acompanhá-lo. Nem todo encontro divino indica que alguém
deve ser parte de nossa equipe ou discipulado por nós. Apenas é um dos cinco
processos.
Em segundo lugar, Jesus procurou encontrar as pessoas que entrariam num
padrão divino com ele. Esse padrão é quando três áreas coincidem: a visão, o
compromisso e o ritmo de vida (disponibilidade). Demora-se para descobrir
isso. Assim, Jesus passou um ano e meio com os discípulos antes de escolher
os doze. Se você vir um cronograma do ministério de Jesus, perceberá quanta
coisa aconteceu nesse tempo.
Para que a visão de um líder realmente encaixe no coração de um seguidor,
é preciso fazer ajustes de ambos os lados, mas, em especial, da parte do
seguidor. Muitos dos conflitos de Pedro, ou momentos em que falhou, tinham a
ver com o fato de ele se ajustar à visão de Jesus. Visão mais visão traz divisão.
Esses ajustes incluem sobretudo mudanças de valores, mudanças internas.
OswaldChambers o expressa assim:
"Deus nos dá uma visão, e depois nos faz descer até o vale para , mediante os
embates, nos moldemos à forma da visão, e é no vale que muitos de nós
desfalecem e desistem. Todas as visões se tornarão reais se tivermos
paciência. Pense em quanto tempo Deus tem! Ele nunca se apressa. Nós é
que vivemos sempre numa pressa frenética. Entramos logo em ação, apenas à
luz da glória davisão que temos, sem primeiro ter a visão real em nós; aí Deus
tem que nos levar ao vale e fazer-nos passar pelo fogo e pela água, para
moldar-nos até que cheguemos ao ponto em que ele possa confiar-nos a
realidade espiritual. Desde que recebemos a visão, Deus tem estado operando,
tentando dar-nos a forma do ideal,
mas nós estamos sempre escapando de sua mão e tentando moldar-nos a nós
mesmos à forma que achamos melhor."***
Algumas pessoas vibram com a visão, mas, no fim das contas, não estão
dispostas a pagar o preço para alinhar sua vida com ela,
deixando outras coisas para segui-la de verdade.
A terceira característica do processo de seleção que Jesus usou
foram suas altas exigências. Ele procurava o tipo de pessoa que valesse a
pena reproduzir. Não procurou um grande número de pessoas. Já pudemos ver
que Jesus exigia bastante. Ele também ensinou repetidamente que ninguém
poderia ser seu discípulo se não entregasse tudo (Lc 9.23-26,57-62; 14.25-35).
No processo de formação de equipe, os critérios de que você
precisa nas pessoas que andarão com você vão ficando claros. À
À medida que você conseguir articular esses critérios, as pessoas se
esforçarão para crescer nessas áreas, ou desistirão. Precisamos deixar
pessoas saírem da equipe, mantendo a porta aberta para isso. As vezes, é
porque a visão deles mudou; outras vezes, Deus os chama para outro papel ou
função; e outras vezes ainda, não querem to-
mar decisões difíceis de serem alinhadas com os critérios do que
precisam ser ou fazer para ficar na equipe. Jesus nunca rogou a
ninguém para ficar ao seu lado. Ao contrário, repetidas vezes deixou
claras suas exigências e permitiu à pessoa escolher. Ao mesmo tempo, Jesus
nunca mandou ninguém embora. Apenas esclarecia os
critérios para segui-lo, e as pessoas foram se auto-eliminando.
1. Aquela que não o leva a sério, não faz a tarefa e não o procura
mais. Aleluia!
2. Aquela que o leva a sério, faz a tarefa, mas não precisa mais
de ajuda. Aleluia!
3. Aquela que o leva a sério, faz a tarefa e volta para o encontro
com você. Vale a pena investir nessa pessoa. Aleluia!
1. Que proporção de seu sucesso como líder você acha que depende de
selecionar bem sua equipe? si uso
Para aprofundar-se
*P.32