Introdução: A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) se tornou uma das
principais biotecnologias reprodutivas de impacto econômico na produção de bovinos, possibilitando o melhoramento genético do plantel, de forma que o cruzamento industrial em regiões tropicais aumenta a produção de carne por hectare, otimizando o manejo reprodutivo, além de aumentar os lucros. Objetivo: Apresentar a IATF como estratégia de manejo reprodutivo em bovinos visando ganhos na qualidade dos animais no rebanho, a máxima produtividade e a maior lucratividade. Metodologia: Refere-se a uma revisão bibliográfica de literatura, realizada por meio de trabalhos científicos, encontrados no Scielo e Pubvet, referentes ao ano de 2019 a 2023. Resultados: A IATF permite a sincronização do estro e da ovulação sem a necessidade de observação do cio; inseminação das matrizes a partir de 60 dias após o parto, nascimentos em épocas programadas; redução do intervalo entre partos favorecendo ao produtor uma otimização no manejo da propriedade; diminuição da mão de obra, sendo possível separar as desmamas seguindo um padrão e concentrar as atividades; diminuição dos investimentos com touros e as chances de contaminação das fêmeas com doenças reprodutivas que são mais comuns na monta natural, além de reduzir os problemas no parto com a escolha do touro. Os protocolos de sincronização para IATF objetivam induzir uma nova onda de crescimento folicular, controlar a duração do crescimento folicular até o estágio pré-ovulatório, sincronizar a inserção e a retirada da fonte de progesterona exógena (implante auricular ou dispositivo intravaginal) e endógena (prostaglandina F2α) e induzir a ovulação sincronizada em todos os animais simultaneamente. A escolha do sêmen é fundamental, pois permite elevar a produção da propriedade, com uma genética de qualidade. Conclusão: Portanto, a IATF pode ser utilizada na multiplicação de rebanhos de genética superior ou em rebanhos comerciais, favorecendo a aceleração do melhoramento genético.