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Aprovada por:
________________________________________________
Profª. Laura Maria Goretti da Motta D.Sc.
________________________________________________
Prof. Jacques de Medina, L.D.
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Profª Lídia da Conceição Domingues Shehata, D.Sc.
________________________________________________
Prepredigna Delmiro Elga Almeida da Silva, D.Sc.
Às vezes me pergunto,
o que seria “tudo” para uma pessoa...
E penso... Saúde! Paz! Humildade!
Sabedoria! Amor! Fraternidade!
Honestidade! Perseverança!
ALEGRIA!
Para vocês, minhas filhas,
Beatriz, Luíza e Júlia
e minha companheira amada
Andréa
Obrigado por serem tanto do meu “tudo”.
iv
AGRADECIMENTOS
À Holcim (Brasil) S.A., que me proporcionou esta oportunidade ímpar de realizar este
trabalho, mesmo nos meus momentos de plena atividade profissional na equipe de
Assessoria Técnica, me facultando horas e horas para dedicar a ele. Especialmente, a
três amigos da Holcim (Brasil) S.A., meu eterno chefe Eng. José Eduardo Kattar, que
mesmo nos momentos finais de sua vida em nenhum momento deixou que algo
afetasse o desenvolvimento deste trabalho. Espero algum dia, receber mais uma vez a
graça de com ele conviver.
Ao meu amigo e incentivador das minhas idéias e projetos, Amauri Ribeiro de Barros,
que sempre esteve ao meu lado, me incentivando e me dando todo o tipo de apoio.
À incrível Profª Laura Maria Goretti da Motta, que consegue passar a todos os seus
alunos, além de seu vasto conhecimento acadêmico e técnico, uma lição de
humildade, capacidade de coordenação, liderança e afeto. Agradeço por seu apoio e
paciência nos momentos mais difíceis da preparação deste trabalho.
À Profª Lídia Shehatta, que me permito chamar de uma grande amiga. Foi responsável
direta por minha entrada na COPPE para a realização desta especialização.Agradeço
por seus exemplos de determinação, competência e fraternidade.
Ao Fábio Aurélio Augustin, Luiz Carlos Marques e Regis Moura da Rocha meus
amigos de batalha no laboratório da Holcim – Rio de Janeiro. Com esta maravilhosa
equipe conseguimos o impossível, fizemos o trecho experimental, todos os traços na
fábrica da Pavibloco, executamos quase 9.000 ensaios e analisamos estes dados.
Somente com confiança, competência, profissionalismo e entusiasmo pudemos juntos
desenvolver todo esse trabalho.
v
A minha mãe, Neiva Maia Cruz, minha luz divina, de quem, com meu querido e
inesquecível pai, Juniel da Silva Cruz, recebi ensinamentos de honestidade, humildade
e fraternidade. Foi difícil para eles educarem os filhos, mas sempre com amor e
carinho, proporcionando o que nunca sonharam e puderam ter nesta vida terrena. O
exemplo deles tem sido fundamental para mim e meus quatro irmãos.
À minha mulher amada Andréa e minhas queridas filhas Beatriz, Luíza e Júlia, a quem
peço desculpas pela ausência durante o tempo que dediquei a este trabalho e que
dedico à minha vida profissional objetivando proporcionar-lhes além de amor, carinho,
caráter, honestidade, alegria, as condições para que sejam mulheres felizes.
vi
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Junho / 2003
June / 2003
CAPÍTULO 1................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO................................................................................................................ 1
CAPÍTULO 2................................................................................................................... 4
O PAVIMENTO INTERTRAVADO.................................................................................. 4
2.1 Breve histórico da pavimentação......................................................................... 4
2.2 A estrutura do pavimento PPC .......................................................................... 11
2.3 Influência do tipo de máquina na fabricação das PPC............ .......................... 29
2.4 Estágio atual das normas internacionais e brasileiras....................................... 31
CAPÍTULO 3................................................................................................................. 46
PRINCIPAIS MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO
INTERTRAVADO.......................................................................................................... 46
3.1 Introdução .......................................................................................................... 46
3.2 Critérios gerais utilizados nos procedimentos de dimensionamento ................. 48
3.3 Métodos utilizados pela Inglaterra (BSI) e Estados Unidos (AASHTO)............. 54
3.4 Modelo Mecanístico ........................................................................................... 59
3.5 Dimensionamento para tráfego leve .................................................................. 68
CAPÍTULO 4................................................................................................................. 72
METODOLOGIA DE DOSAGEM.................................................................................. 72
4.1 Considerações gerais ........................................................................................ 72
4.2 Materiais Constituintes....................................................................................... 76
4.3 Proposta de Metodologia de Dosagem para a fabricação de PPC ................... 80
CAPÍTULO 5................................................................................................................. 88
PROGRAMA EXPERIMENTAL REALIZADO............................................................... 88
5.1 Introdução .......................................................................................................... 88
5.2 Ensaios Tecnológicos dos Materiais.................................................................. 88
5.3 Ensaios Realizados ........................................................................................... 94
5.4 Vibroprensas utilizadas na confecção das PPC ................................................ 95
5.5 Materiais Utilizados – Características físicas/origem......................................... 97
5.6 Definição das Dosagens .................................................................................. 101
5.7 Resultados Obtidos.......................................................................................... 110
5.8 Trecho Experimental Realizado....................................................................... 140
CAPÍTULO 6............................................................................................................... 155
ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................. 155
ix
6.1 Considerações Iniciais ..................................................................................... 155
6.2 Análises realizadas de resistências obtidas .................................................... 155
6.3 Resistência a Abrasão ..................................................................................... 164
Capítulo 7 ................................................................................................................... 170
CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS ................................ 170
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 173
ANEXOS..................................................................................................................... 181
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 5. 1 - Fotografia do tipo de cura das PPC, do tipo A, que foram acondicionadas
em câmara de cura por 24 horas .......................................................................... 91
Figura 5. 2 - Fotografia do tipo de cura das PPC, do tipo B, que foram acondicionadas
em câmara de cura por 24 horas e envolvidas por plástico preto por 07 dias ...... 91
Figura 5. 3 - Fotografia do tipo de cura das PPC, do tipo C, que foram curadas em
ambiente natural.................................................................................................... 92
Figura 5. 4 - Colocação de equipamento termohigrógrafo na câmara de cura (Tipo A)
para acompanhamento de temperatura e umidade relativa do ar (URA).............. 93
Figura 5. 5 - Diagrama da família de dosagens elaboradas na etapa 1, em função do
tipo de vibroprensa utilizada......................................................................................
Figura 5. 6 – Exemplo da etapa de desmoldagem das PPC na vibroprensa de
desforma imediata. ................................................................................................ 96
Figura 5. 7 - Curva granulométrica dos agregados utilizados neste estudo............... 100
Figura 5. 8 - Gráfico dos feixes de granulometria dos concretos, .............................. 106
Figura 5. 9 - Gráfico dos feixes de granulometria dos concretos, .............................. 106
Figura 5. 10 – Foto ilustrativa do ensaio de umidade por aparelho de microndas ..... 110
Figura 5. 11 – Medição do desgaste de abrasão do corpo de prova após percurso de
1000 metros no disco de Amsler-Laffon.............................................................. 128
Figura 5. 12 – Vista do equipamento para realização do ensaio de abrasão............. 128
Figura 5. 13 – Amostra da rocha de Traquito para realização do ensaio de Abrasão 130
Figura 5. 14 – Preparação da amostra de rocha para ensaio de Abrasão................. 130
Figura 5. 15 – Corpo de prova preparado para realização do ensaio de Abrasão..... 131
Figura 5. 16 – Detalhe do equipamento Pêndulo Britânico, com dispositivo de
aplicação de água. .............................................................................................. 133
xii
Figura 5. 17 – Detalhe do ensaio no aparelho Pêndulo Britânico sob aplicação de
água. ................................................................................................................... 133
Figura 5. 18 – Ensaio de Compressão Axial, com placas cilíndricas– Método Brasileiro
NBR 9780 ............................................................................................................ 138
Figura 5. 19 – Ensaio de Tração por Compressão Norma pr EN 1338...................... 138
Figura 5. 20 – Ensaio de Compressão direto na PPC – Método Americano ASTM
C140. ................................................................................................................... 139
Figura 5. 21 – Peso submerso da PPC, realizado na balança hidrostática para cálculo
da área líquida..................................................................................................... 139
Figura 5. 22 – Entrada principal da fábrica da Holcim - RJ, unidade de Cantagalo,
mostrando a posição das duas balanças rodoviárias em sua portaria................ 142
Figura 5. 23 – Local de construção do trecho experimental....................................... 146
Figura 5. 24 – Etapa de escavação do trecho experimental e vista do perfil do corte do
terreno. ................................................................................................................ 147
Figura 5. 25 – Compactação do Subleito com rolo pé-de-carneiro e placa vibratória 147
Figura 5. 26 – Detalhes do espalhamento, compactação e verificação do nível da sub-
base..................................................................................................................... 148
Figura 5. 27 – Espalhamento e moldagem de corpos de prova do material da base
tratado com cimento. ........................................................................................... 149
Figura 5. 28 – Compactação final da base do segundo sub-trecho para receber as
PPC de 8,0 cm. ................................................................................................... 149
Figura 5. 29 – Espalhamento do colchão de areia ..................................................... 150
Figura 5. 30 – Colocação das PPC de10,0 cm – Sub-trecho 1 .................................. 150
Figura 5. 31 – Vista geral dos sub-trechos e preparação das espessuras finais da
camada de base .................................................................................................. 150
Figura 5. 32 – Assentamento do sub-trecho 2, PPC de 8,0 cm ................................. 151
Figura 5. 33 – Assentamento do sub-trecho 3, PPC de 6,0 cm ................................. 151
Figura 5. 34 – Junta de transição entre os sub-trechos 2 e 3 .................................... 151
Figura 5. 35 – Perfil vertical das PPC de 8 cm e 6 cm na região da junta de transição
............................................................................................................................ 152
Figura 5. 36 – Colocação do sub-trecho 4, de PPC de 4,0 cm .................................. 152
Figura 5. 37 – Perfil vertical das PPC de 6 e 4 cm ..................................................... 152
Figura 5. 38 – Etapa de Compactação das PPC........................................................ 153
Figura 5. 39 – Vista geral do trecho experimental concluído...................................... 153
xiii
Figura 6. 1 – Desempenho de resistência à compressão axial (MPa) em função do
consumo de cimento por m³ ................................................................................ 157
Figura 6. 2 – Desempenho resistência à compressão axial em função do total de finos
passante na # 0,300 mm ..................................................................................... 157
Figura 6. 3 – Influencia do tipo de CURA na resistência a compressão .................... 159
Figura 6. 4 – Correlação de resistência Compressão / Tração .................................. 162
Figura 6. 5 – Desempenho de resistência à compressão axial (MPa) em função do
consumo de cimento por m³ ................................................................................ 163
Figura 6. 6 – Desempenho resistência a tração por compressão em função do total de
finos passante na # 0,300 mm ............................................................................ 163
xiv
ÍNDICE DE TABELAS
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Smith (2003) relata que, nos Estados Unidos, a cada cinco anos dobra a quantidade
em metros quadrados de área aplicada de Peças Pré-moldadas de Concreto. O que
era 4 milhões de metros quadrados em 1980, em 2000 já atingia a marca de 40
milhões a mais de metros quadrados aplicados. Para 2005, o mesmo autor prevê que
serão utilizados mais 60 milhões de metros quadrados. O mesmo crescimento tem
sido registrados na Bélgica, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.
No Brasil, este consumo tem sido registrado pela Associação Brasileira de Cimento
Portland como um dos mais expressivos dos produtos pré-moldados que utilizam o
cimento portland. Na cidade do Rio de Janeiro, programas de urbanização como o Rio
Cidade e Favela Bairro já assentaram mais de 1.000.000 de metros quadrados de
pavimentos de peças pré-moldadas na área urbana da cidade, nos últimos cinco anos.
2
Diante da importância deste material de pavimentação, e por ainda haver limitado
estudo em nosso país deste tema, este trabalho visa inicialmente a promover uma
discussão geral dos métodos de dimensionamento, materiais, técnicas de produção e
execução dos pavimentos de peças pré-moldadas e as normas brasileiras atuais em
relação às especificações internacionais.
Os povos Etruscos dominaram a Itália no período compreendido entre 800 e 350 a.C.
É creditado a estes povos o pioneirismo na construção de caminhos específicos com
fins de transporte de pessoas e cargas entre as vilas e colônias da época. As técnicas
utilizadas pelos Etruscos visavam ligar distâncias longas, com a preocupação de
garantir conforto e resistência através de uma superfície mais plana possível,
utilizando os materiais disponíveis e conhecidos na época. As ruas das cidades
Etruscas chegavam a 15 metros de largura e no seu revestimento era adicionada
pedra de mão, juntamente com um material mais fino, objetivando permitir às pessoas
maior segurança quanto ao escorregamento, na presença de água na superfície.
A maioria dos caminhos era construída, inicialmente, com propósitos militares, a fim de
garantir o rápido deslocamento das tropas. A política de desenvolvimento das colônias
conquistadas pelo Império Romano levou estes caminhos a serem utilizados para
propósitos civis e de cunho econômico, transportando os tesouros e riquezas para
Roma.
A técnica das escavações dos canais foi disseminada pelas vias Romanas o que muito
facilitou a criação dos aquedutos de Roma e implantou o conceito de drenagem nas
vias principais.
6
Os Romanos também já reconheciam a importância dos tipos de areia utilizada na
construção dos caminhos. Existem relatos de classificação das areias como as de rio,
as extraídas dos canais e do solo natural. Havia uma proposta de mistura entre elas,
juntamente com cal ou calcário, formando assim um tipo de argamassa na qual
posteriormente era adicionado seixo rolado ou mesmo pedras de mão espalhadas
sobre o caminho. Esta experiência já demonstrava a preocupação com a capacidade
estrutural das camadas.
Com o passar dos séculos, cada vez mais se utilizavam os caminhos para fins
mercantis, onde as composições das cargas transportadas foi se modificando,
exigindo cada vez mais da camada de revestimento.
Shackel (1990) relata que a pavimentação de peças segmentadas vem sendo aplicada
pelo homem desde a Idade Média. A natureza das peças utilizadas era basicamente
função da oferta dos materiais locais aliada ao desenvolvimento das técnicas de
execução. O processo evolutivo dos tipos de peças de pavimentação segmentadas é
representado basicamente por 4 tipos de materiais. Algumas características destes
materiais são descritas resumidamente a seguir.
7
Blocos de tijolos de argila
Revestimento de pedras talhadas foi o preferido pelos Romanos, quando era exigida
grande resistência ao desgaste. Porém, sua utilização dependia essencialmente da
disponibilidade de materiais. Para executar 1 quilômetro de revestimento com 8 metros
8
de largura (8.000 m²) deste tipo de pavimento eram necessários aproximadamente
70 homens por um período de 1 mês (Knapton, 1996).
No século XX, foi instituída a prática de selar as juntas com argamassa de cimento ou
com uma mistura de asfalto e areia. Esta prática visava principalmente atenuar o
barulho sob a ação do tráfego.
As figuras 2.1 e 2.2 ilustram este tipo de pavimento no caminho entre Paraty e as
cidades mineiras e na área urbana da cidade de Paraty, no chamado “Caminho do
Ouro”.
9
Passar destes tipos de soluções descritas anteriormente para a PPC parece ser uma
evolução natural. A primeira peça pré-moldada de concreto foi fabricada no final do
século XIX e algumas patentes foram registradas antes da primeira guerra mundial.
Rapidamente foi reconhecido que as PPC forneciam melhor uniformidade que as
peças aparelhadas e obviamente não necessitavam re-aparelhamento antes do
assentamento como acontecia com as pedras naturais.
Passado este período, foi incorporado um refinamento maior nas formas das peças,
disponibilizando outros modelos de peças com formatos dentados, principalmente. O
conceito de intertravamento e um melhor controle de espessuras das juntas começava
a ser implantado. Benefícios práticos para o assentamento das peças eram facilmente
detectados permitindo a utilização correta de mão de obra pouco especializada.
Além de grande parte dos países europeus, em meados dos anos 1960, o pavimento
de PPC já estava consolidado comercialmente nas Américas Central e do Sul e África
do Sul. Na década de 1970 cresceu o uso nos Estados Unidos, Austrália, Nova
Zelândia e Japão.
11
No final da década de 1970, proliferaram os sistemas de fabricação de PPC em
todo o mundo e pelo menos 200 tipos de formas e diversos tipos de equipamentos de
fabricação eram comercializados.
O pavimento de PPC tem sua estrutura típica formada pelas camadas de revestimento
e base sobre o subleito. A figura 2.3 ilustra esta condição.
A metodologia de execução das camadas bem como sua qualidade deverá ser a
utilizada em outro tipo de pavimento, desde a especificação dos materiais até o tipo e
grau de compactação dos materiais constituintes das camadas (Shackel, 1991).
Este tipo de pavimento para funcionar adequadamente deve contar com confinamento
lateral e com o intertravamento das peças. Uma seção típica de um pavimento de PPC
é mostrada na figura 2.3.
Hallack (2000) define o intertravamento das PPC como sendo a capacidade que as
PPC possuem de adquirir resistência aos movimentos de deslocamento individual,
seja ele vertical, horizontal, de rotação ou giração em relação às peças vizinhas.
Shackel (1991), Knapton (1996), Hallack (2000) e Burack (2002) descrevem que no
pavimento de PPC existem três tipos de intertravamento que atuam simultaneamente
em serviço detalhados a seguir.
Intertravamento Horizontal
Intertravamento Vertical
Pode ser obtido utilizando PPC especiais com formatos e encaixes reentrantes uma a
uma. Assim, quando é aplicada uma carga vertical sobre as PPC existe um contato do
tipo macho-fêmea distribuindo os esforços para as peças vizinhas.
Peças Pré-moldadas
de Concreto
Confinamento lateral
Camada de
colchão de areia
São do tipo de PPC mais utilizadas em todo o mundo. Seus custos de fabricação são
menores em relação aos outros e possibilitam um sistema de assentamento bem
simplificado. Neste grupo, Hallack (1998, 2001) divide as peças, em função de seu
formato, em três classes. A figura 2.5 apresenta esta classificação.
Hallack (1998) e Shackel (1990) divergem com relação à influência da espessura das
PPC no desempenho final do pavimento. Enquanto Knapton (1976) preconiza que a
espessura não tem influência no comportamento estrutural dos pavimentos, Shackel
(1991) apresenta resultados de ensaios realizados na África do Sul, com o simulador
de Veículos Pesados, que mostram que as deformações permanentes no pavimento
eram consideravelmente menores com PPC de 80 mm que com peças de 60 mm,
para um mesmo nível de solicitação. Isto é mostrado na figura 2.6.
Shackel (1991) relata que este tipo de peças tem uma geometria geralmente
complexa, sendo, conseqüentemente, mais difíceis de executar e dispendiosas que
aquelas de intertravamento horizontal. Geralmente suas dimensões são grandes, e
seu manuseio necessita utilizar as duas mãos. Atualmente são pouco utilizadas.
As peças tipo grelha são para uso em áreas gramadas e não possuem nenhum tipo de
intertravamento. São utilizadas quando são requeridos efeitos arquitetônicos e
permeabilidade, como em calçadas e área de entrada de garagem. São mais
conhecidos como pisograma, por serem utilizados para proteger as áreas gramadas
18
da ação do tráfego de pedestres ou veículos. A Figura 2.8 mostra alguns modelos
destes tipos de peças.
Beaty (1996) define o colchão de areia como a camada responsável por fornecer
regularidade final ao pavimento, acomodando, quando necessário, as possíveis
variações dimensionais de altura das PPC e irregularidades da camada de base.
Esta camada faz a ligação entre as PPC e a base do pavimento, atuando como uma
barreira de proteção à propagação de fissuras às camadas inferiores do pavimento
(Shackel, 1990).
A seleção da areia que irá compor o colchão e o rejunte das peças deverá levar em
consideração a disponibilidade local, porém em nenhuma hipótese deverá
comprometer a função estrutural do pavimento, mesmo que onere o orçamento inicial
da obra. É importante fazer um estudo de viabilidade local com diversos tipos de
areias.
22
Beaty (1996) cita que no Porto de Rotterdan, na Holanda, foi utilizada uma mistura
de agregados artificiais com areia natural de graduação de 0 a 8 mm sobre uma
camada estabilizada de areia-cimento.
É consenso entre alguns autores (Shackel, 1990, Beaty, 1996, Yaginuma, 2000) que a
forma dos grãos interfere diretamente no comportamento e deformação do pavimento,
sendo que as partículas angulares possuem maior coeficiente de atrito, o que provoca
melhor distribuição dos esforços.
Beaty (1996), relata que em países como Inglaterra, Austrália, Canadá e Estados
Unidos é comum especificar agregados com diâmetro máximo de grão de 5,0 mm e
material passante na peneira nº 200 (75µm) ≤ 3,0 %, e em locais de tráfego pesado
não admitir nenhum material passante na peneira de nº 200.
Yaginuma (2000) indica outros dois tipos de ensaio para avaliar a degradação da
areia: o ensaio de Impacto e o ensaio de Viscosidade Seca da areia.
Como mencionado, a forma dos grãos da areia utilizada no colchão influi diretamente
no fenômeno do endurecimento progressivo do colchão (Hardening), o que provoca o
fenômeno de flutuação de peças da camada de revestimento (Shackel, 1990; Knapton,
1997; Beaty, 1992; Yaginuma et al, 2000; Karasawa, 2000).
27
A tabela 2.5 relaciona os ensaios que devem ser utilizados para análise da areia a
ser usada na camada de assentamento e rejuntamento das PPC.
Tabela 2. 5 - Resumo dos ensaios de areia para a camada de assentamento das PPC
Ensaio Tipo do Método Utilizado Objetivo
Verificar limites físicos de
Granulometria através de peneiras
tamanho dos grãos em
normalizadas de
todas as peneiras;
Granulometria 4,75/2,36/1,18/0,6/0,3/0,15/0,075 mm);
Módulo de finura;
Faixas granulométricas pré-
Percentual na peneira
estabelecidas
0,075mm
Massa Verificar a densidade real
Frasco de Chapman
específica dos grãos
Massa unitária Caixa retangular normalizada Conhecer volume aparente
Presença de substâncias
Matéria Ensaio Qualitativo com solução de indesejáveis que possa
Orgânica ácido tânico comprometer a estabilidade
da camada ou junta
Verificar capacidade de
Absorção Saturação dos grãos em água
absorção de água
Verificar o comportamento
Teste de Durabilidade (Lilley-Dowson)
do material sob condições
Testes de Ensaio Degradação Micro-Deval
de desgaste;
Durabilidade Ensaio de Atrito Modificado
Presença de partículas
Teste de impacto
inferiores a 75 µm
Forma dos
Teste de Viscosidade Seca Verificar a forma dos grãos
grãos
Shackel (1991) cita que, em duas pesquisas em pistas de ensaios acelerados, foram
estudadas correlações entre deformação permanente, deflexões plásticas e tensões
no subleito em relação à espessura da PPC. Conforme já mostrado nas figuras 2.6 e
2.12, a variação da espessura na camada de revestimento, mais precisamente na
espessura das PPC, é mais significativo que a variação da espessura da base,
confirmando a importância estrutural da camada de revestimento. Por outro lado, o
custo da camada de base e sub-base é menor que o da espessura da camada de
PPC, em termos de m³ de material.
Os processos de moldagem das PPC são divididos em dois grandes grupos: manual e
mecânico.
Desde a década de 1970, vários tipos de equipamentos têm sido patenteados em todo
o mundo. Uma classificação inicial destes tipos de equipamentos é quanto ao seu
processo de desforma.
• Vibroprensa tipo poedeira
• Vibroprensa com desforma sobre paletes
• Vibroprensa com desforma de multi-camada
30
As vibroprensas tipo poedeira são equipamentos dotados de pneus ou trilhos para
se movimentarem livremente. Utilizam o próprio piso onde se movimentam para fazer
a desforma das PPC. Este tipo de equipamento é pouco utilizado em nosso país nos
dias de hoje, devido a necessidade de grandes espaços horizontais para atender a
sua capacidade produtiva. Geralmente, o período de endurecimento inicial das peças
recém desmoldadas é em torno de 24 horas, o que dificulta e/ou impede os
procedimentos de cura. Existem pouquíssimos equipamentos deste tipo operando em
nosso país, pois necessitam de grande mão de obra nas etapas de transporte para a
estocagem final das peças, além das resistências variarem bastante quando os
cuidados de cura não são tomados.
A capacidade produtiva dos equipamentos com desforma sobre paletes é definida pelo
seu tamanho, tipo de acionamento de vibração e prensagem (pneumático e/ou
hidráulico), potência e tipo de vibradores empregados. Um fator diferenciador é o
sistema de alimentação do concreto à máquina que permite manter a constância e
homogeneidade de produção. Estas características levam os equipamentos a definir
sua produtividade por unidade de ciclo de produção, definida como sendo a
capacidade do equipamento de produzir um número de paletes por minuto em função
do tipo de produto fabricado.
Usando-se esse equipamento a cura fica muito facilitada, pois desde a desmoldagem
as peças protegem umas as outras evitando perder a água de amassamento. Existe
também o sistema que permite pré-organizar o modelo de assentamento com a
possibilidade de inserir peças de cores distintas automaticamente no mesmo palete.
Na verdade, este sistema é um grande paletizador automático integrado à máquina de
multicamada.
Imazu (1996) diz que as principais vantagens do sistema de arranjo automático com
cores distintas são:
• Possibilita combinar peças de três diferentes cores e três diferentes formas
geométricas concomitantemente;
• Possibilita a montagem de quatro arranjos de assentamento;
• Mistura modelos de peças no mesmo palete;
• Produz uma bandeja de até 1,14 m² de peças por palete.
2.4.1 Introdução
Na Bélgica, por exemplo, nos anos de 1970 e 1980 a pavimentação de PPC ganhou
grande importância. Sua utilização se deu principalmente na reurbanização
arquitetônica das cidades, com ênfase nas áreas e ruas residenciais, calçadas,
praças, etc.. A produção de PPC passou de 742.000 m² em 1970 para 4.800.000 m²
em 1989 (Decramer, 1992).
a) Materiais
Faz-se necessário a especificação dos tipos de materiais que podem ser utilizados na
fabricação e execução dos pavimentos de PPC.
O tipo de cimento, agregados miúdos e graúdos, aditivos, pigmentos e água
normalmente seguem as mesmas especificações relativas ao concreto, sendo usadas
as normas nacionais de cada país. Em alguns casos é especificada, por exemplo, a
faixa granulométrica do agregado graúdo para a fabricação das PPC.
33
O objetivo principal de estabelecer padrões de qualidade para materiais utilizados é
garantir a durabilidade das PPC, nas condições ambientais e de utilização onde o
pavimento será construído.
Existe uma forma simplificada de verificar o aspecto dimensional das PPC em uma
área já assentada, através da seguinte fórmula:
L = n ⋅ B + (n − 1 ) ⋅ X (2.1)
onde:
L : Segmento de reta escolhido sobre uma área qualquer do pavimento de PPC
B: Largura de uma peça aleatória contida no segmento (L)
n : número inteiro que corresponde ao total de peças contidas no segmento (L)
Caso a expressão 2.1 não seja satisfeita, existem grandes variações nas dimensões
das PPC. Neste caso, não será possível manter o alinhamento de juntas para o
modelo de assentamento utilizado.
A outra importância do aspecto dimensional das peças está relacionada com sua
espessura, o que afeta o nivelamento final do pavimento após um determinado
período de tráfego.
De acordo com Morrish, apud. Shackel (1991), a experiência alemã mostra que uma
variação considerável na altura das peças provoca uma perda progressiva de
nivelamento da superfície do pavimento, conforme ilustra a figura 2.14.
34
c) Resistência
As PPC devem ter resistência suficiente para garantir seu manuseio durante a sua
fabricação e execução do pavimento, além de ter capacidade estrutural suficiente para
resistir às ações do tráfego e quaisquer outras formas de utilização. Na maioria das
especificações internacionais o controle de resistência das PPC é um dos ensaios
mais requeridos. A incidência de problemas registrados nos pavimentos devido a uma
resistência baixa das PPC é muito pequena.
Na África do Sul foi realizada uma pesquisa em pistas experimentais onde concluiu-se
não haver correlação entre a resistência da PPC e o comportamento estrutural do
pavimento. Foram investigadas PPC com resistências à compressão variando entre 25
e 55 MPa (Shackel, 1990). Esta experiência sugere que uma alta resistência da PPC
não é necessária para garantir uma boa performance do pavimento de PPC.
35
Apesar disso, a maioria das especificações mundiais estabelece que as PPC devem
apresentar resistência à compressão maior que 40,0 MPa ou resistência à flexão
maior que 3,5 MPa, independentemente do método de ensaio utilizado.
Entretanto, uma pesquisa realizada em vários países apontou que é norma geral
estabelecer um valor mínimo de resistência à compressão para resultado individual
dentro de uma faixa de 45,0 MPa a 50,0 MPa independentemente da metodologia de
ensaio utilizada (Shackel, 1990).
d) Durabilidade
Shackel (1990) relata que entre as décadas de 1970 e 1980, foram observadas várias
patologias de desgaste nos pisos, independentemente do tipo de clima do país, ou
mesmo da resistência da PPC. Deste fato, resultou que as revisões das normas
internacionais em geral, têm indicado a necessidade de se realizar ensaios de
abrasão.
Uma das características que mais diferencia os pavimentos de PPC dos de outros
tipos de materiais é seu aspecto estético. Apesar deste ser um fato importante, não se
observa nas especificações internacionais algum tipo de controle para estas
características. Geralmente, a uniformidade, textura e cor da superfície da PPC são
especificadas apenas de maneira subjetiva.
Cabe destacar que, no Brasil, o CB18, Comitê Técnico Normativo responsável por
criar e atualizar as normas técnicas vigentes no país para cimento, concreto e
argamassa, criou um grupo de trabalho para fazer a revisão das normas nacionais de
pavimentação de PPC.
De acordo com a norma NBR 9781, PPC é definida como uma peça pré-moldada de
formato geométrico regular, com comprimento máximo de 400 mm, largura mínima de
100 mm e altura mínima de 60 mm.
37
No capítulo de condições específicas, a resistência característica estimada à
compressão é calculada de acordo com a seguinte expressão:
f pk = f p − t ⋅ s , onde:
Dutra (1998) recomenda utilizar, para o colchão de areia, areia com uma fração de
silte< 5,0 % e no máximo 10% de material retido na peneira 4,8 mm. A granulometria
recomendada é apresentada na Tabela 2.7.
38
Tabela 2. 7– Granulometria da areia para o colchão de areia para pavimento de
PPC (Dutra, 1998).
Abertura peneira % que passa
(mm) em massa
9,5 100
4,8 95 – 100
1,2 50 – 85
0,6 25 – 60
0,3 10 – 30
0,15 0,5 – 15
0,0075 0 - 10
Outro importante projeto de norma, que atualmente está em fase final de aprovação, é
o da União Européia (UE), que abrange os tópicos de controle de qualidade de
produção de PPC e ensaios de escorregamento com pêndulo britânico, além de
sugerir rotinas de controle de qualidade, através de ensaios de verificação já durante o
processo de fabricação das PPC, objetivando principalmente garantir a
homogeneidade das peças produzidas.
39
Na América do Norte, destaca-se a utilização de procedimentos específicos para
recepção das PPC na obra, e a existência do ICPI (Interlocking Concrete Pavement
Institute), órgão que disponibiliza manuais e folhetos técnicos concisos visando a
correta aplicação de PPC. Estes folhetos técnicos passam a ser, na prática, anexos à
norma da ASTM nos Estados Unidos e CSA no Canadá.
Aqui no Brasil, o que se observa é que as normas existentes não conseguem cobrir as
necessidades do mercado que utiliza as PPC. Um exemplo recente é a adoção pela
Prefeitura do Rio de Janeiro de PPC de 40 mm de espessura para praças, ciclovias,
calçadas, etc., apesar da norma NBR 9781 especificar 60 mm como espessura
mínima de utilização. Segundo levantamento realizado pelo autor deste trabalho,
existem mais de 600.000 m² de PPC aplicadas na cidade do Rio de Janeiro em áreas
como calçadas, praças, ciclovias, áreas residenciais e comerciais, com espessura de
40 mm. Pelo menos 20 % das áreas identificadas possuem mais de 8 anos em
serviço, apresentando excelente desempenho. O problema neste tipo de produto
reside no fato de não existir regulamentação, os parâmetros de qualidade são
acordados entre fabricante e consumidor sem nenhum compromisso formal.
Van der Vring (1992) aponta a data de 01 de janeiro de 1993 como o marco histórico
da unificação Européia (UE) para a criação de uma área de livre comércio para os
produtos fabricados pelos países participantes do bloco de unificação. Assim, foi
criado como o órgão máximo de normalização, o Comitê Europeu de Normalização
(CEN – “Committee European Standardization”). Desde então, seu objetivo principal
vem sendo construir um sistema harmonizado das inúmeras normas e especificações
locais, independentes, dos produtos produzidos em cada país, aceito em toda a
comunidade participante.
40
Resumidamente, a figura 2.15 representa a organização hierárquica do CEN. Nesta
estrutura existem centenas de comitês técnicos (TC), responsáveis por cada tipo de
assunto.
CEN
Assemblléia Geral
CEN
Diretores do Conselho
CEN
Secretaria Central
CEN (BT)
Diretoria Técnica
TC BTS
Comitês Técnicos Secretaria de Comitê
Legenda:
BTS1 = Mecânica TG1 = Projetos de Norma
BTS2 = Construção TG2 = Resistência Gelo-Degelo
BTS3 = Saúde, Segurança e Meio Ambiente TG3 = Estatísticas
TC178 = Peças Pavimentação e Meio-fio
WG1 = Peças pequenas de pavimentação
feitas com concreto pré-moldadas
WG2 = Produtos de pedra Natural
WG3 = Produtos de Argila
No caso das PPC, este ensaio tem uma vantagem quando comparado com o ensaio à
compressão, pois não é necessário utilizar nenhum tipo de capeamento, apenas um
espaçador de madeira. A figura 2.16 mostra um esquema do ensaio, e a figura 2.17
uma foto do dispositivo para a realização do ensaio.
2
a
1 3
a
onde:
1 – Espaçador de madeira (Espessura 4 ± 1 mm; Largura 15 ± 1 mm)
2 – PPC
3 – Viga de metal semi - esférica (raio 75 ± 5 mm)
Smith (1992) relata que em 1980 já era registrado um grande crescimento dos
pavimentos de PPC na América do Norte, porém as aplicações se concentravam em
áreas residenciais, comerciais e programas de reurbanização de cidades onde
somente os requisitos estéticos e arquitetônicos eram especificados. Nos segmentos
onde se exigia a comprovação de desempenho estrutural do pavimento não era
indicado por não existir experiência anterior de utilização naqueles países.
Limites aceitáveis
Norma
Requisitos Norma Canadense
Americana
CSA A231.2-95
ASTM C 936
Área da PPC < 0,065 m²
Dimensões Relação
das peças comprimento/ ≤4
espessura
Comprimento ± 1,6 mm - 1,0/+ 2,0 mm
Tolerância
Largura ± 1,6 mm - 1,0/+ 2,0 mm
Dimensional
Altura ± 3,2 mm ± 3,0 mm
Média ≥ 55,0 ≥ 50,0
Individual ≥ 50,0 ≥ 45,0
Resistência à
Cubo ou cilindro extraído
Compressão
Corpo de prova da peça – relação
(MPa) Peça inteira
para o ensaio comprimento ou diâmetro /
altura = 1/1
Área considerada no ensaio de Área da seção de aplicação
Área Líquida*
Resistência à Compressão da carga
Média ≤ 5,0 %
Absorção __
Individual ≤ 7,0 %
Média de 3 amostras
Perda de massa <
Depois de 25 ciclos ≤ 200
1,0 %
Resistência ciclos gelo-degelo g/m²
(depois de 50
Depois de 50 ciclos ≤ 500
ciclos)
g/m²
Resistência Abrasão
≤ 15 cm³/50 cm² __
(Perda de Volume)
3.1 Introdução
Dados sugerem que para cargas de 70kN ou menos, nem a magnitude da carga nem
o número de repetições tem efeito substancial na resposta do pavimento de PPC e
não seriam aplicáveis os FEC. Porém, pela facilidade de tratar situações distintas
quanto a número de veículos e cargas, este conceito acaba sendo usado também nos
pavimentos intertravados.
O ideal seria considerar todos os eixos e suas proporções na frota para cálculo das
tensões, como se faz no dimensionamento de pavimentos de concreto, admitindo um
valor abaixo do qual não teria importância no dimensionamento, ou seja, o número de
repetições para estas cargas seria ilimitado.
Quanto aos fatores ambientais, o pavimento de PPC não apresenta evidências de que
sua condição estrutural seja afetada por temperatura; ao contrário dos pavimentos de
48
concreto, os PPC não apresentam expansão nem empenamento (Shackel,
1990).Quanto ao critério de desempenho ligado à deformação elástica, normalmente
nos pavimentos asfálticos a deflexão admissível está por volta de 0,5mm, mas os
pavimentos intertravados admitem maiores deflexões sem ficarem inservíveis, quando
têm base granular. Portanto, neste caso, não se deve utilizar diretamente um método
de dimensionamento de pavimento flexível para PPC, pois as exigências são maiores.
Caso o pavimento de PPC seja com camada cimentada, esta exigirá deflexões até
menores do que o pavimento asfáltico, e, de novo, o método não se aplica.
A deformação permanente nos pavimentos de PPC deve ser controlada como no caso
dos pavimentos asfálticos pois afeta a segurança e o conforto ao rolamento e gera
acúmulo de água. O valor do afundamento admissível depende da seção transversal
do pavimento. Nos pavimentos asfálticos, esta deformação permanente em geral se
situa entre 10 e 40mm. Na Holanda, admite-se para os pavimentos de PPC até 25mm
de afundamento para nível de serventia e até 35mm para limite estrutural
(Shackel,1990). Nos blocos, a presença das juntas das peças permite ter “referência”
visual para os desalinhamentos, o que leva a se ter maior crítica ao PPC do que ao
CBUQ com mesmo afundamento.
No caso dos pavimentos de PPC, a análise global das tendências dos métodos
automáticos de dimensionamento indica que a maioria dos métodos “oficiais”, ou seja,
aqueles métodos indicados por alguma entidade ou órgão de governo:
- Trata o pavimento intertravado como um pavimento flexível, passando a
empregar métodos de cálculo de tensões originalmente desenvolvidos para
pavimentos asfálticos.
49
- Usa a relação linear para representar o comportamento tensão - deformação
dos materiais das camadas e subleito, inclusive admitindo que a camada
composta pela PPC e colchão de areia trabalha como uma camada equivalente
ao revestimento asfáltico composto de concreto betuminoso quanto ao valor
modular, quando vai-se considerar as características gerais da estrutura para a
distribuição de tensões.
- Admite que a existência das juntas entre as peças pré-moldadas dispensa que
se considerem as tensões de tração nesta camada quando se faz o
dimensionamento, ou seja, a analogia com o revestimento asfáltico de uma
camada contínua só “vale” na hora da modelagem numérica da distribuição de
tensões, mas o comportamento real está longe de ser contínuo. As juntas
funcionam como descontinuidades para tensões de tração, ou seja, não
transmitem esforços de tração entre peças e a pequena dimensão das peças
em relação à área de contato das cargas não leva ao desenvolvimento de
flexão na própria peça.
- Considera que a utilização de base estabilizada com cimento é quase uma
imposição da maioria das considerações de carga.
- Considera a espessura e forma das peças pré-moldadas são consideradas
fixas em muitos dos métodos.
Alguns destes métodos serão discutidos a seguir.
Outra linha de ação que também vai ajudar muito na determinação de modelos de
desempenho estrutural dos pavimentos de PPC é o uso de equipamentos de medição
de deflexão em campo, conhecidos como FWD (Falling Weight Defletometer), de uso
corrente em pavimentos asfálticos há uma década, inclusive no Brasil. O FWD é
utilizado para avaliação da capacidade de intertravamento dos vários tipos de
pavimento de PPC, da eficiência relativa dos tipos de peças e de métodos
construtivos. Sendo um ensaio não destrutivo permite medições repetidas em várias
épocas, num mesmo trecho.
Baba et al (2000) e Geller (1996) realizaram trabalhos com uso de FWD, mostrando a
alta potencialidade deste equipamento na avaliação sistemática de pavimentos de
PPC no campo, ao longo da vida útil, permitindo também inferir os módulos de
elasticidade por processo de retroanálise.
A equivalência dos materiais entre as PPC e mistura asfáltica tem sua origem em uma
pesquisa realizada pela Associação de Concreto e Cimento da Inglaterra iniciada em
1974 cujos resultados foram publicados em 1976. Nesta pesquisa foi utilizado um
carregamento estático aplicado em vários tipos de pavimentos de PPC e pavimentos
asfálticos, medindo-se a tensão normal na direção vertical gerada abaixo do colchão
de areia e assim estabelecendo a equivalência entre os materiais.
Construção 10.000
Tráfego N
PPC em MPa
3200 - Segmentados
Intertravamento
2500 - Retangular
Final
Rada (1992) aproveitou a revisão da norma da AASHTO de 1986 para propor uma
adaptação para aplicações em pavimentos de PPC. Na adaptação do método,
estabeleceu as seguintes premissas para considerar o conceito de equivalência de
camada estrutural entre o asfalto e as PPC:
54
• As PPC devem possuir 8,0 cm de espessura, ser do modelo segmentado (ou 16
faces), e estarem assentadas no modelo de espinha de peixe.
• O valor do módulo da camada de PPC e colchão de areia varia de 350 MPa até
3.100 MPa.
• A partir de 10.000 solicitações do eixo padrão o pavimento atinge o
intertravamento total, atingindo a equivalência estrutural comparada com a massa
asfáltica de mesma espessura.
Calcularam –se as tensões médias de tração na base e admitiu-se que estas são as
tensões admissíveis para quaisquer outras situações. Parece ser uma situação bem
simplificadora da questão, mas assim foi feito no método inglês e americano.
O manual estabelece que não se pode usar base de brita graduada nem que tenha
CBR=100% quando a carga de roda for maior que 11,4tf.
Pode-se constatar que este método da ICPI, como o inglês, calcula tensões e
especifica os materiais por E e µ, mas é muito aproximado.
Os materiais são considerados elásticos lineares, sendo que para os PPC considera-
se uma camada elástica equivalente isotrópica, com módulos variando de 900MPa a
61
7.500 MPa, o mais comum sendo 3.200 MPa. Estes valores foram estimados
através de FWD, por retroanálise, tendo, portanto, um grau de incerteza. Também se
admite que o módulo do “revestimento” de PPC tem um valor inicial que é próximo do
módulo resiliente da base granular e que vai crescendo gradualmente, aumentando
sua rigidez durante a passagem do tráfego até 10.000 ciclos aproximadamente, por
ação da rotação progressiva e do intertravamento, conforme mostrado na figura 3.1
(Shackel, 1992).
A carga de projeto é obtida de uma combinação de cargas, quer para rodovias, quer
para área industrial e aeroportos. A resposta do pavimento é obtida considerando a Lei
de Miner. A pressão de contato é de 0,70 MPa.
Para estrutura com a base de camada granular, considera-se somente ruptura por
deformação permanente, ou seja, afundamento, sendo considerada a seguinte
equação para a deformação admissível no subleito:
2800
εv = (2)
N 0, 25
ε v = Deformação vertical do subleito (MPa)
Caso a estrutura tenha base tratada com cimento, a expressão utilizada para calcular
a fadiga é:
'
993500 ⋅ f c
ε t = 1, 022 0, 0502 (3) onde:
Eb ⋅ N
Através dos ensaios triaxiais dinâmicos, são obtidos os módulos resiliente (Mr), e o
coeficiente de Poisson para as camadas de base e sub-base e subleito. Quando não
for possível realizar os ensaios triaxiais, o Mr poderá ser estimado através do sistema
64
de classificação de solos, como o da AASHTO e FAA. Para o subleito, na ausência
de ensaio do Mr, poderão ser usadas relações empíricas entre Mr e CBR tais como:
• E = 10 ∗ CBR , ou
• E = 17,6 ∗ CBR 0,64 , com E em MPa e CBR em %.
A Tabela 3.2 apresenta valores típicos dos módulos de PPC medidos por FWD e em
laboratório por vários autores e a Tabela 3.3 mostra os fatores de drenagem que são
considerados
Uma avaliação de custo pode ser realizada pelo programa, inclusive cálculo de taxa de
retorno.
sim VARIÁVEIS
Melhorar ENTRADA
Sub-Leito?
não
Tipo de PPC
Formato da PPC ?
Tipo de Base ou Sub-Base DECISÕES
Espessura ?
Colchão de Areia ?
Módulo do
Sub -Leito ? Módulo da PPC ? Módulo da Base ou Sub -Base
Taxa Desconto
Análise Tensão/Deformação
ANÁLISES
Análise Econômica Custos
não sim
Tentar outra estrutura ?
São fornecidas quatro equações para rodagem simples (uma roda) e rodagem dupla
(duas rodas), onde suas variáveis respostas são a tensão máxima na fibra inferior da
camada de base e a deformação vertical no topo do subleito.
As variáveis de entrada das equações são:
• Módulo de elasticidade da camada
• Espessura da camada – neste modelo somente é arbitrada a H2 da base,
uma vez que o sistema é de três camada e é conhecido o H1
• Carga do pneu
• Pressão de contato do pneu
• Espessura da camada
• Distância entre pneus (para a modelagem de roda dupla)
onde:
f ctMk = Resistência à tração na flexão da BGTC;
N = Número previsto de repetições de carga
σ max
= 0,961 − 0,060 log N , Trichês (1993),
f ctMk
onde:
f ctMk = Resistência à tração na flexão do concreto compactado com rolo
N = Número previsto de repetições de carga
Apesar de ser um dos segmentos em que mais se utiliza o pavimento de PPC em todo
o mundo, muito pouco existe sobre o dimensionamento de pavimentos de PPC em
áreas de tráfego leve. Estas áreas são as preferidas pelos arquitetos e paisagistas,
que utilizam a potencialidade de formatos e cores que este tipo de pavimento oferece.
69
As áreas de tráfego leve são, geralmente, estacionamentos, pátios, calçadas,
praças, ciclovias e ruas secundárias.
Na maioria dos projetos deste tipo, é mais importante a prática do projetista e sua
habilidade que outras classes de pavimentos. São em geral projetos pequenos que
devem ser bem baratos, e o pavimento deve precisar de pequena ou nenhuma
manutenção durante sua vida útil.
A Associação Espanhola de PPC (1997) propõe uma classificação dos tráfegos leves
em 5 categorias, conforme mostrada na tabela 3.4.
70
Tabela 3. 4– Categorias de Tráfego para pavimentos
(Euroadoquin, 1997)
CATEGORIA TRÁFEGO DE PROJETO (Veículos pesados por dia)
50 a 150
Ruas ou artérias principais de elevado tráfego
Parada de ônibus
C0
Estações de serviço
Terminais para caminhões e áreas de armazenamento que não
superam 150 veículos por dia
25 – 49
C1 Ruas comerciais, Ruas com lagura > 6 metros, sem parada de ônibus
Travessias de carretas com tráfego até 49 veículos por dia
15 – 24
C2 Ruas de grande atividade comercial, Ruas com largura > 6 metros e
Serviço de ônibus
25 – 49
C3 Ruas comerciais com largura maior que 6 metros, sem serviço regular
de ônibus
0–4
Áreas de pedestres, ruas com largura menor que 6 m sem tráfego
C4
comercial, ruas exclusivamente comerciais. Aparecimento esporádico
de veículos.
Condições do subleito
Sem nenhuma
Forte impressão Marca normal do
imressão ou
de marcas de pé pé e calcanhar
marca de pé
CAPÍTULO 4
Metodologia de Dosagem
Apesar da dosagem dos concretos ser governada por sólidos princípios técnicos,
pode-se dizer, por várias razões plausíveis, que o processo da dosagem não está
inteiramente no campo da ciência. Assim, apesar de muitos engenheiros não ficarem à
vontade no trato de matérias que não possam ser transformadas num conjunto de
números exatos, com o entendimento dos princípios básicos e com alguma prática, a
arte do proporcionamento das misturas de concreto pode ser dominada (Metha, 1994).
Abreu (2002) relata que a dosagem dos concretos secos é geralmente executada pelo
método do menor volume de vazios, ou seja, consiste em encontrar a melhor
proporção entre os agregados de maneira a proporcionar o menor volume de vazios
possíveis entre os agregados e demais componente do concreto. Além disso, é
conseguido um ganho de resistência para uma mesma energia de vibração e
compactação, através do aumento relativo do teor de água na mistura, beneficiando a
acomodação das partículas, e redução no volume de vazios.
• onde:
Rmédia = Resistência média ou de dosagem na idade de j dias;
Definir para execução pelo menos 3 traços de concreto, com consumo de cimento
variável, chamados de traço rico, médio e pobre. Estes traços deverão estar dentro
dos limites esperados de resistência média a j dias;
Utilizando o teor agregado / traço médio, deve-se confeccionar blocos variando o teor
de argamassa seca (alfa), optando pelo traço que ofereça:
Bom aspecto visual;
Massa unitária mais elevada;
Boa trabalhabilidade;
75
alfa = (1 + a ) /(1 + a + p ) ,
onde: a = água, p = pedra.
A quantidade de água deverá ser suficiente para que os blocos não se esboroem, e
não tão grande que faça com que os mesmos tenham dificuldade de desforma por
aderência da mistura aos moldes, ou perda de formato adequado.
De posse dos dados definidos nos passos anteriores, confeccionar concretos com os
traços rico, médio e pobre, em quantidade suficiente para a moldagem das amostras
necessárias aos ensaios pré-estabelecidos.
m = k3 + k4 ⋅ a / c
76
Consumocimento = (k 5 + k 6 ⋅ m )
−1
a) Cimento Portland
b) Adições Minerais
As patologias de eflorescência são mais notadas nas peças coloridas, mas isto de ser
considerado um problema de pequenas proporções que não afeta diretamente a
durabilidade das PPC.
77
Shackel (1990), descreve o fenômeno da reação do hidróxido de cálcio (Ca(OH)2)
presente na matriz cimentícia, com o dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera
e até com sais como carbonatos sulfatos e cloretos contidos no ambiente ou na água
de amassamento. O tipo mais comum observado é através da formação de um filme
branco na superfície da PPC, originado da reação entre Ca(OH)2 e CO2, que será um
pó branco insolúvel de carbonato de cálcio (CaCO3).
c) Agregados
Dentre os materiais utilizados na produção das PPC, são os agregados que merecem
maior atenção nos procedimentos de controle de recebimento na fábrica e verificação
da homogeneidade de suas características físicas. Os seguintes ensaios são
recomendados no dia a dia de produção, através de plano de amostragem
previamente definido.
• Na chegada dos materiais na fábrica;
• Inspeção visual no momento da descarga
• Cubagem de volume
• Presença de materiais carbonosos no agregado natural miúdo
• Excessiva presença de materiais finos (< 0,30 mm) no agregado graúdo
• Umidade da areia – influência no controle de estoque devido à variação do
coeficiente de inchamento.
d) Aditivos Químicos
e) Pigmentos
Existe no mercado uma gama grande de cores, mas as mais utilizadas são o cinza,
ocre, vermelho e amarelo. O azul e o verde são originados de cobalto e têm seus
preços na maioria das vezes inviáveis.
80
4.3 Proposta de Metodologia de Dosagem para a fabricação de PPC
Segundo Abreu (2002), no caso do concreto de consistência seca, como, por exemplo,
concreto compactado com rolo, projetado via seca, para estaca tipo Franki, para tubos
de água pluviais, para blocos de alvenaria e PPC, devem ser tomados certos cuidados
quando da elaboração de sua dosagem.
Algumas características comuns que são observadas nestes tipos de concreto são:
• Concretos com consistência de terra úmida, cuja trabalhabilidade não pode
ser caracterizada pelo abatimento do tronco de cone;
• Concretos com tendência à segregação quando de seu transporte,
lançamento e adensamento;
• Precisam necessariamente ser adensados com auxílio de energia mecânica
adequada à sua trabalhabilidade ou simplesmente compactados com
máquina;
• Características finais dependem sempre do equipamento utilizado na etapa
de adensamento;
• Permite um manuseio precoce em relação ao concreto plástico.
As figuras 4.1 e 4.2 mostram o fluxo de dados que alimentam o sistema de dosagem e
a tela de saída da planilha utilizada, com todos os dados de uma dosagem executada.
Tabela 4. 3 – Ensaios dos materiais constituintes que compõem a dosagem das PPC
ETAPA 1: Procedimentos de Controle dos Materiais Constituintes do Traço
DADOS DE ENTRADA: Ensaios de Laboratório e Controle Visual
Tipos de Ensaios de
Material Amostragem
Laboratório
A cada 10.000 m² produzido ou em
período máximo de 15 dias interruptos
1. Granulometria
ou quando se observar mudança na
textura da PPC
A cada 10.000 m² produzidos ou em
Areia 2. Massa Unitária
período máximo de 15 dias
(Todo o agregado 3. Massa específica
ininterruptos de produção
miúdo utilizado deverá
atender a especificação Duas vezes ao dia, na chegada de
da norma NBR – 7211) 4. Umidade da Areia nova carga ou quando se observar
variação na umidade da PPC
produzida
Um ensaio mensal ou quando se
5. Material
observar quebras de PPC nas etapas
Pulverulento
de estocagem e transporte
Em todo o recebimento de areia,
6. Inspeção Visual deve-se verificar o volume, umidade e
presença de materiais carbonosos
Brita A cada 10.000 m² produzido ou em
(Todo o agregado 1. Granulometria período máximo de 15 dias interruptos
graúdo utilizado deverá 2. Massa Unitária ou quando observar mudança na
atender a especificação 3. Massa específica textura da PPC
da norma NBR – 7211)
Um ensaio mensal ou quando
4. Material
observar quebras de PPC nas etapas
Pulverulento
de estocagem e transporte
Em todo o recebimento de brita, deve-
5. Inspeção Visual
se verificar o volume
Solicitar ao fornecedor, havendo
Ensaios Físicos e
Cimento Utilizado dúvida enviar amostra a laboratório
químicos
competente
84
Ensaios de Agregados:
• Granulometria
• Massa específica
• Umidade
Execução da planilha
Testes de Concreto
Modificar
Fresco
parâmetros
SIM
PPC OK ? ESTOQUE
NÃO
SIM
NÃO
RESISTÊNCIA
OK ?
LOTE LIBERADO
DADOS DO
Consumo de cimento
417,5
TRAÇO
0,6 40,0% 16,0% (kg/m³)
0,3 29,0% 27,0% M 4,525 Ar incorporado
0,15 9,0% 35,0% ARG 76,00% 3,0%
FUNDO 1,0% 11,0% 1,0% A/C 0,26
SOMA 100% 100% 100% A% 4,74%
FORNECEDOR
Figura 4. 2 – Tela de Saída da Planilha de Cálculo da Dosagem – Método Proposto nesta tese
86
MÉTODO PROPOSTO
Fatores principais que determinam o desenvolvimento do método de ajuste de dosagem para produção de PPC por equipamento de
vibroprensa
Metodologia de Dosagem
Figura 4. 3 - Diagrama representativo dos fatores que interferem no desempenho das PPC
87
Tabela 4. 4 – Tabela de controle visual de umidade ótima durante a fabricação das
PPC proposta nesta tese.
Nível de umidade Observações visuais nas peças produzidas
Aparência seca
Não apresentam formação de canais de água em suas
Abaixo do ponto ótimo
paredes laterais após sua compactação
Desmoronam com facilidade quando manuseadas
Presença de ranhuras de água nas paredes
No ponto ótimo Formação de arestas vivas
Resiste a retirada do palete sem desmoronamento
Excesso de água nas paredes da peça
Acima do ponto ótimo Apresenta deformação lateral
A peça apresenta aderência ao palete
88
CAPÍTULO 5
Programa Experimental
5.1 Introdução
Dentro da linha de estudos dos materiais, foi feita análise dos métodos de execução
de ensaio de resistência à compressão que têm sido discutidos pela comunidade
técnica internacional.
Tipo de vibroprensa
1: 3,0 (+/- 0,3) 1: 3,0 (+/- 0,3) 1: 3,0 (+/- 0,3) 1: 3,0 (+/- 0,3)
cimento: 550 kg/m³ cimento: 550 kg/m³ cimento: 550 kg/m³ cimento: 550 kg/m³
1: 4,5 (+/- 0,3) 1: 4,5 (+/- 0,3) 1: 4,5 (+/- 0,3) 1: 4,5 (+/- 0,3)
cimento: 420 kg/m³ cimento: 420 kg/m³ cimento: 420 kg/m³ cimento: 420 kg/m³
1: 6,0 (+/- 0,3) 1: 6,0 (+/- 0,3) 1: 6,0 (+/- 0,3) 1: 6,0 (+/- 0,3)
cimento: 330 kg/m³ cimento: 330 kg/m³ cimento: 330 kg/m³ cimento: 330 kg/m³
1: 7,5 (+/- 0,3) 1: 7,5 (+/- 0,3) 1: 7,5 (+/- 0,3) 1: 7,5 (+/- 0,3)
cimento: 270 kg/m³ cimento: 270 kg/m³ cimento: 270 kg/m³ cimento: 270 kg/m³
Figura 5. 4 - Fotografia do tipo C de cura das PPC, que foram curadas em ambiente
natural
Para avaliar o desempenho das PPC, foram realizados os principais ensaios indicados
nas normas brasileiras e o novo projeto da norma da comunidade européia. Estes
ensaios estão relacionados na tabela 5.2.
Além dos dois estudos acima descritos, também foi avaliada a influência do estado de
umidade da PPC no momento do ensaio de resistência à compressão. Os ensaios
foram realizados utilizando os métodos Brasileiro e Europeu. A amostragem foi
realizada em vários fabricantes de PPC do Rio de Janeiro independentemente do tipo
de traço utilizado. O objetivo foi analisar a diferença percentual dos resultados
relativos entre os estados de umidade da PPC no momento do ensaio, para os
diversos tipos de traços, produzidos por equipe, equipamentos e materiais diferentes.
5paletes/minuto 4 paletes/minuto
Ciclo de produção PPC Ciclo de produção PPC
3600 PPC/hora 2400 PPC/hora
Vibradores 2x7,5 CV
Vibradores 2x12,5 CV
Vibrador gaveta frontal 0,5 CV
Agitador 1x 4 CV Agitador 1x 3 CV
Área útil de moldagem 940 x 480 mm Área útil de moldagem 640 x 480 mm
Está classificado como CP-V-ARI cimento portland de alta resistência inicial, segundo
a norma da ABNT NBR-5733. Sua composição típica é formada com cerca de 90 % de
clínquer portland, 5 % de material carbonático e 5% de gesso.
A Tabela 5.4 mostra as características química e física do cimento utilizado nos dois
períodos de teste. Os resultados foram fornecidos pelo fabricante.
O agregado graúdo foi caracterizado por meio dos ensaios de granulometria, massa
específica, massa unitária, de acordo com as normas NBR 7217, NBR 7251, NBR
9937. Foi empregada brita de gnaisse com dimensão máxima de 9,5mm. Os
agregados miúdos foram areias de origem natural, procedentes da região de Itaguaí,
RJ. Foram utilizados dois tipos de areia com dimensão máxima diferente, classificadas
quanto aos limites granulométricos da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) como média e fina.
100
90
% Retida Acumulada
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Fundo 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 6,3 9,5
Peneira (mm)
5.5.4-Água
A água utilizada em todo o trabalho foi a obtida de poço artesiano da fábrica da
Pavibloco.
PENEIRAS
MF1U7M3 MF1U7M4,5 MF1U7M6 MF1U7M7,5
0 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
0,15 25,9% 20,9% 17,5% 15,4%
0,3 33,9% 30,4% 28,9% 28,0%
0,6 49,9% 47,9% 48,0% 47,8%
1,2 69,6% 68,8% 70,1% 69,9%
2,4 77,7% 77,4% 79,1% 79,0%
4,8 86,0% 86,0% 87,3% 87,2%
9,5 99,0% 99,0% 99,1% 99,1%
19 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
25 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
32 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
38 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Os gráficos das granulometrias dos concretos são mostrados nas figuras 5.8 e 5.9.
Na figura 5.8 são plotados os dados das duas famílias de traços em função do módulo
de finura do concreto para uma umidade de massa de concreto fresco pré-
estabelecida de cerca de 6,0 %. No gráfico da figura 5.9, é feita a mesma coisa para
uma umidade estimada em torno de 7,0 %. A variação do consumo de cimento é
refletida na curva granulométrica do concreto apenas na peneira de 0,15 mm, devido à
granulometria dos cimentos que apresentam valores de diâmetros médios dos grãos
bem menores que 0,15 mm.
106
Comparando os dois feixes de curvas por módulo de finura do concreto, nas duas
situações de umidades verifica-se que existe uma diferença média percentual nas
peneiras 0,6 mm, 1,2 mm, 2,4 mm e 4,8 mm, de menos 3,6% de material retido
acumulado do MFC de 2,80 ± 0,2 para o MFC DE 3,0 ± 0,2.
100,0
90,0
80,0
% Retida Acumulada
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Fundo 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 9,5 19
Peneiras
MF2U6M3 MF2U6M4,5 MF2U6M6 MF2U6M7,5
MF1U6M3 MF1U6M4,5 MF1U6M6 MF1U6M7,5
100,0
90,0
80,0
% Retida Acumulada
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Fundo 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 9,5 19
Peneiras (mm)
MF2U7M3 MF2U7M4,5 MF2U7M6 MF2U7M7,5
MF1U7M3 MF1U7M4,5 MF1U7M6 MF1U7M7,5
Para a elaboração dos concretos foram utilizadas duas centrais dosadora de concreto,
uma para cada vibroprensa, dotadas de sistema especial de pesagem com células de
cargas instaladas nos silos de agregados e na balança de cimento. A água e o aditivo
também são medidos por instrumentos eletrônicos, comandados por painel central
informatizado e sincronizado com os ciclos de mistura do misturador. Apesar do
ambiente de medição da dosagem possuir controle digital de pesagem, admite-se uma
variação de materiais entre 1 a 3%, o que não prejudica a integridade dos parâmetros
da dosagem considerando o ambiente industrial.
A confecção dos concretos e das PPC foi acompanhadas por três profissionais de
laboratório: um nas áreas de dosagem no painel de comando da central, outro próximo
ao misturador coletando amostras do concreto fresco para medição de umidade da
massa o terceiro próximo à vibroprensa para acompanhamento da compactação,
pesagem aleatória das PPC recém-fabricadas e identificação das gaiolas de
armazenamento para cura.
Foram rompidos para cada determinação oito PPC para as idades de 07, 28, 90 e 180
dias. Na etapa 2, os resultados para a idade de 180 dias não foram apresentados por
não sido completada esta idade até a apresentação deste trabalho.
Para os ensaios de absorção, foram amostradas três PPC para cada tipo de traço e
cura. Os valores médios dos resultados dessas 3 peças e seu desvio padrão
encontram-se nas tabelas 5.39 a 5.44. Os resultados individuais dos ensaios de
absorção estão apresentados no Anexo III.
111
Para os ensaios de abrasão, foram amostradas 3 PPC somente da série do tipo de
cura A da etapa 1 e apenas na idade de 97 dias. Os valores médios dos resultados de
abrasão são também apresentados pelo resultado nas tabelas 5.45 a 5.47. Os
resultados individuais dos ensaios de abrasão estão apresentados no Anexo IV.
Os ensaios com o pêndulo britânico foram realizados para apenas uma série de cada
MFC da etapa 1. Isto porque a textura da PPC é função do MFC do traço utilizado,
mesmo variando o consumo de cimento.
Para cada traço analisado foram amostrados 2 PPC.
5.6.1 - Resultados de Resistência à Compressão Axial – Etapa 1 / Abril 2002 – Máquina BLOCOPAC 900
Tabela 5. 15 - Resultados de Resistência à Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 2,8,
Tipo de Cura = A (Norma Brasileira – NBR 9780)
Tipo de Cura CURA EM ESTUFA 24 HORAS
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 2,8 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 5,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 1 2 3 4
07 23,6 1,6 26,0 1,8 24,8 1,3 25,1 1,7
Idade (dias)
Tabela 5. 28 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 2,8,
Tipo de Cura = A (Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura CURA EM ESTUFA 24 HORAS
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 2,8 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 7,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 5 6 7 8
07 2,11 0,36 2,41 0,44 2,75 0,35 2,01 0,26
Idade (dias)
Tabela 5. 29 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 3,0,
Tipo de Cura = A (Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura CURA EM ESTUFA 24 HORAS
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 3,0 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 5,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 9 10 11 12
07 1,41 0,27 1,72 0,35 1,78 0,35 1,74 0,32
Idade (dias)
Tabela 5. 30 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 3,0,
Tipo de Cura = A (Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura CURA EM ESTUFA 24 HORAS
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 3,0 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 7,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 13 14 15 16
07 2,89 0,33 2,84 0,36 2,29 0,32 2,16 0,54
Idade (dias)
Tabela 5. 32 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 2,8, Tipo de Cura = B
(Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura CURA EM ESTUFA LONADO ATÉ 7DIAS
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 2,8 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 7,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 5 6 7 8
07 2,21 0,46 2,91 0,34 2,36 0,64 1,87 0,36
Idade (dias)
Tabela 5. 33 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 3,0, Tipo de Cura = B
(Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura CURA EM ESTUFA LONADO ATÉ 7DIAS
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 3,0 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 5,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 9 10 11 12
07 1,41 0,23 2,65 0,42 2,35 0,29 1,83 0,37
Idade (dias)
Tabela 5. 34 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 3,0, Tipo de Cura = B
(Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura CURA EM ESTUFA LONADO ATÉ 7DIAS
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 3,0 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 7,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 13 14 15 16
07 2,97 0,43 2,70 0,28 2,53 0,34 2,02 0,34
Idade (dias)
Tabela 5. 35 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 2,8, Tipo de Cura = C
(Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura SEM CURA
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 2,8 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 5,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 1 2 3 4
07 1,28 0,19 1,73 0,20 1,68 0,26 1,78 0,21
Idade (dias)
Tabela 5. 36 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 2,8, Tipo de Cura = C
(Norma Européia – EN 1338)
Tipo de Cura SEM CURA
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 2,8 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 7,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 5 6 7 8
07 1,80 0,24 1,96 0,55 1,95 0,31 1,68 0,31
Idade (dias)
Tabela 5. 37 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 2,6, Tipo de Cura = C
(Norma Européia – EN 1338) DATA 17/02/2003
Tipo de Cura SEM CURA
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 2,6 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 7,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 1M3,0 2M4,5 3M6,0 4M7,5
07 3,18 0,42 2,98 0,54 2,30 0,28 1,86 0,22
Idade (dias)
Tabela 5. 38 - Resultados de Resistência à Tração por Compressão Axial (MPa), para MFC ≅ 2,6, Tipo de Cura = C
(Norma Européia – EN 1338) DATA 21/02/2003
Tipo de Cura SEM CURA
Características gerais de Módulo de Finura do Concreto(MFC) = 2,6 ±0,2 e
MFC e U% Umidade da massa do Concreto Fresco(U%) = 5,0±1,0%
Traço 1:m m=3 m = 4,5 m = 6,0 m = 7,5
Consumo Cimento (Kg/m³) 550 420 330 270
Identificação do traço 5M3,0 6M4,5 7M6,0 8M7,5
07 1,70 0,38 1,93 0,25 1,35 0,21 0,79 0,15
Idade (dias)
Média
ETAPA 1
Média
ETAPA 1
Média
(3 valores) 5,91 6,22 4,69 6,16 4,34 5,74 4,81 5,86
ETAPA 1
Média
ETAPA 1
(kg/m³)
Média
(3 valores) 3,36 3,61 3,88 4,95 7,60 8,97 9,40 11,31
Absorção PPC (%)
(%) Desvio
0,04 0,02 0,18 0,79 0,36 0,50 0,56 0,49
Padrão (%)
Média
(3 valores) 3,20 2,92 2,93 2,87 2,06 1,65 1,48 1,13
Umidade PPC (%)
(%) Desvio
0,10 0,16 0,17 0,27 0,07 0,04 0,03 0,07
Padrão (%)
127
Para fins de comparação dos resultados obtidos com os da rocha mãe do agregado
graúdo foi realizado ensaio de uma amostra natural de rocha de traquito, coletada na
pedreira Vignê, localizada na cidade de Nova Iguaçu. Foi coletada na pedreira uma
amostra de rocha de aproximadamente 300 mm de diâmetro, que depois foi
convenientemente transformada em cubos de 7x7x7 cm.
As figuras 5.14, 5.15, 5.16 mostram a preparação dos corpos de prova da rocha de
traquito.
Também para auxiliar a analise dos resultados de abrasão, além dos valores
encontrados na rocha de traquito, Na ausência de parâmetros comparativos para PPC
deste ensaio, a Tabela 5.49 mostra os valores encontrados por Almeida (1990), em
concretos de Alta Resistência.
O formato escolhido foi o mais utilizado pelo mercado, conhecido como modelo de 16
faces e com espessura de 80 mm, minimizando o efeito dos fatores de correção de
altura nos resultados obtidos. A única preocupação com a idade para o rompimento
dos corpos de prova foi que estas deveriam possuir pelo menos 28 dias.
Idade
AMOSTRAGEM 18 PPC Normal Seca Saturado
(dias)
Desvio Desvio Desvio Desvio
Peso Média Média Média
Padrão Padrão Padrão Padrão
1 123 4084,9 117,5 30,4 3,0 36,8 3,6 30,1 3,8
2 45 3926,3 260 29,5 4,3 33,4 6,4 29,0 7,5
3 51 3931,3 85,4 13,9 2,1 18,0 2,7 10,7 3,0
4 66 4161,6 96,8 26,5 9,4 30,0 4,5 21,8 3,0
5 64 4141,9 110,3 37,4 2,3 42,2 4,6 35,6 7,6
5.6.10- Resistência obtida por meio dos métodos brasileiro, americano, europeu
A norma ASTM C 936 define as PPC como peças que são capazes de ser
manuseadas com apenas uma das mãos e possuir uma área exposta para rolamento
máxima de 0,065 m² e a relação comprimento / espessura ≤ 4.
A determinação da área líquida pode também ser calculada de acordo com a norma
Brasileira MB 3459, seguindo basicamente os mesmos procedimentos da ASTM C140.
138
As figuras 5.17, 5.18 e 5.19 mostram a execução dos ensaios de resistência
descritas acima.
5.7.1 -Introdução
Para verificar o desempenho das PPC sob condições reais de tráfego, foi construído
um trecho experimental de pavimento, no acesso à fábrica de cimento da empresa
Holcim (Brasil) S.A., localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro, próximo à
cidade de Cantagalo, e a aproximadamente 185 km da cidade do Rio de Janeiro.
141
A unidade industrial de Cantagalo é uma fábrica de cimento de aproximadamente
30 anos de existência, sendo que no ano de 2000 sofreu uma ampliação no seu
sistema de moagem, elevando consideravelmente sua capacidade de produção de
cimento portland. Atualmente a fábrica produz mensalmente cerca de 50.000
toneladas de cimento, podendo chegar nos próximos cinco anos em 70.000 toneladas.
A fábrica também é uma grande importadora de insumos que complementam as
matérias primas existentes na fábrica, como as jazidas de calcário e argila, para a
produção final do clínquer portland. Dentre estes insumos, os mais importantes são
escória granulada de alto forno, gesso natural, minério de ferro, areia, combustíveis e
resíduos alternativos que são processados nos fornos da unidade industrial,
empregando-se para isto alta tecnologia de co-processamento destes resíduos. Em
uma avaliação aproximada, a fábrica recebe mensalmente cerca de 25.000 toneladas
de insumos.
Para receber e expedir todos esses materiais é utilizado transporte rodoviário. Assim,
a fábrica dispõe de dois acessos principais, sendo um deles exclusivamente destinado
ao tráfego dos caminhões. Conceber um trecho experimental nestas condições pode
ser considerado como ideal, em relação à determinação precisa do tráfego e das
cargas que o compõe, pois todos os veículos de carga, passam obrigatoriamente por
balança na portaria de entrada da fábrica, o que possibilita o conhecimento das
massas quando vazios (peso próprio) e carregados. Apesar disto, este sistema
somente possibilita a pesagem total dos caminhões com e sem carga, porém como
todo o tráfego e os tipos dos caminhões são conhecidos previamente, facilita a
aproximação para o cálculo dos fatores de carga e para o cálculo do número N para
fins de dimensionamento do eixo padrão de 8,2 tf.
A figura 5.22 mostra a vista da entrada principal, onde estão localizadas duas balança
rodoviárias para aferição das cargas recebidas e expedidas.
Hallack (1998) relata que o método da PCA (1984) para pavimentos de PPC é
aplicado em áreas industriais, como portos, por exemplo. Na verdade este método é
uma versão adaptada do método de dimensionamento para pavimentos flexível
desenvolvido pelo USACE.
O local onde foi executado o trecho experimental tinha sido construído originalmente
há cerca de 20 anos, e existe registro de pelo menos 4 intervenções de reconstrução
básica da base e colocação de capa asfáltica. A fábrica não dispõe de um relatório
técnico das intervenções executadas.
O trecho foi construído entre os dias 23/01/2003 e 26/01/2003, com uma equipe de
trabalho composta por 1 engenheiro, 02 laboratoristas, 01 pedreiro e 01 ajudante.
Foram utilizados os seguintes equipamentos para o preparo e lançamento das
camadas:
• 1 Retro-escavadeira
• 1 Rolo Pé de Carneiro vibratório
• 1 Moto Niveladora
146
• Caminhão de aspersão de água
• 1 Placa vibratória para compactação das PPC
• 1 Caminhão Betoneira para espalhamento das BGTC
• Equipamentos de pequeno porte como, níveis, réguas, enxadas, pás, etc.
b) Regularização do subleito
O subleito foi nivelado com auxílio de uma moto niveladora e compactado com rolo
pé-de-carneiro. Nos cantos da área, foi realizada a compactação final com a placa
vibratória. A Figura 5.26, mostra a compactação do subleito com rolo pé-de-
carneiro,e o acabamento com placa vibratória.
.
Figura 5. 25 – Compactação do subleito com rolo pé-de-carneiro e placa vibratória
O nivelamento do colchão de areia foi realizado com auxílio de uma mestra, no sentido
do comprimento do pavimento. A areia utilizada no colchão apresentava uma umidade
de 4,0%. Os ensaios de caracterização da areia são mostrados na tabela 5.60.
Todas as PPC foram assentadas manualmente, uma a uma. As PPC utilizadas foram
de um fabricante da cidade do Rio de Janeiro, da sem a preocupação de especificar
150
uma resistência característica para a PPC, objetivando usar o que se encontra no
mercado. Os resultados de resistência à compressão axial pelo método brasileiro, das
peças utilizadas no trecho experimental estão apresentados na tabela 5.61. As figuras
5.30 a 5.39 mostram a seqüência do assentamento e compactação das PPC.
Axial (MPa)
da PPC (g)
Idade Umidade da PPC
(cm)
AMOSTRAGEM 8 PPC
(dias) (Ambiente Natural)
Desvio
Peso Média Desvio Padrão
Padrão
10 5203,7 109,7 41,8 4,9
8 4232,0 49,0 43,8 3,2
> 28
6 3436,2 67,8 36,2 4,0
4 1078,9 16,7 26,6 3,1
155
CAPÍTULO 6
Neste capítulo são analisados os fatores que influenciaram os resultados dos ensaios
realizados e as correlações existentes entre estes. Considera-se como família de PPC
o conjunto de peças onde se manteve constante o módulo de finura do concreto (±
0,2) no momento da moldagem (± 1%). Estas variações são comuns no processo de
fabricação de PPC, onde os equipamentos utilizados não possibilitam precisão maior,
apesar de dispor de sistemas de pesagem eletrônica. Por outro lado, estas variações
não afetam o desempenho relativo de cada família de traço.
60,0
Resistência à Compressão Axial (MPa)
50,0
40,0
30,0
7 28 90 180
50,0
Resistência à Compressão Axial (MPa)
45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
R7 = -0,0003x2 + 0,3663x - 100,01 R90 = -0,0014x2 + 1,9865x - 654,27
R2 = 0,8351 R2 = 0,9342
20,0
R28 = -0,0006x2 + 0,9163x - 287,92
R180 = -0,0009x2 + 1,2613x - 402,17
R2 = 0,8616
15,0 R2 = 0,6798
600 620 640 660 680 700 720 740 760 780 800
Finos totais ( passante na 0,30 mm) por m³ de concreto
7 28 90 180
As peças que foram armazenadas em câmara de cura por 24 horas e após este
período recolhidas à área de estoque (cura TIPO A) apresentaram os maiores
resultados, seguidos, com pequena diferença, pelas peças que após as 24 horas na
câmara de cura ficaram acondicionadas sete dias em ambiente coberto com lona preta
(cura TIPO B). As PPC que não sofreram nenhum tipo de cura obtiveram valores de
resistência em média 20% menores que as que tiveram cura.
Percebe-se que o tipo de cimento utilizado interferiu nos resultados. A hidratação dos
compostos do cimento de alta resistência inicial, é definida nas primeiras horas da fase
de seu endurecimento. Para este tipo de cimento não é necessária cura prolongada
(períodos até sete dias). Estas observações são específicas para o tipo de concreto,
com consistência seca, produzido no ambiente industrial das PPC.
159
A figura 6.3 mostra a influência do tipo de cura na resistência à compressão das
PPC em função do consumo de cimento.
50
Resistência à compressão axial
45
40
35
(MPa)
30
25
TIPO A TIPO B TIPO C
20 R2 = 0,9638 R2 = 0,8746 R2 = 0,7476
15
250 350 450 550
Consumo de cimento por m³
Para esta análise, optou-se por considerar como família de referência de PPC a com
tipo de cura A, fabricadas na etapa 1 do estudo experimental com o equipamento
BLOCOPAC 900. Os resultados correspondentes as idades de 28 e 180 dias estão na
tabela 6.2.
O tipo de curva parábola é observado em todas as famílias que foram estudadas, com
exceção de algumas famílias de maior MFC e umidade. Neste caso observou-se que
para atingir a máxima compacidade e conseqüentemente valores maiores de
resistência à compressão axial, necessitaria aumentar o consumo de cimento por m³.
Apesar do cimento utilizado no estudo ser um cimento de alta resistência inicial, houve
um crescimento médio de resistência de 26,5 % entre as idades de 28 para 180 dias,
para o caso de cura tipo A.
Com o equipamento (2), não foi obtido o ponto ótimo de compacidade para a faixa de
consumo de cimento e a quantidade de finos (< 0,300 mm) da família de traços
analisados, devidos existir potencial de incremento de resistência com a energia de
compactação da vibroprensa (2).
161
Tabela 6. 3 – Influência da compactação na resistência à compressão (MPa)
MFC = 2,8 ± 0,2
MODELO DA Resultados de resistência à compressão (MPa) - 28dias
VIBROPRENSA Umidade = 5,0 ± 1,0 % Umidade = 6,5 ± 1,0 %
Cimento (kg/m³) 550 420 330 270 550 420 330 270
BLOCOPAC 900 (1) 32,7 35,0 34,5 31,2 34,8 44,6 39,2 34,4
BLOCOPAC 700 (2) 36,8 32,0 20,1 15,4 57,3 51,0 43,7 27,9
A execução deste ensaio é mais simples do que a NBR 9780, devido as PPC não
necessitarem de capeamento.
Para algumas famílias dos traços estudados, aos resultados de resistências de tração
por compressão, em função da idade não conseguiu-se ajustar curva que que
apresentasse boa correlação. Este fato pode estar relacionado com o estado de
umidade do corpo de prova no momento do ensaio.
A figura 6.4 mostra a relação existente entre as resistências à tração por compressão
em função das idades de 28 e 90 dias. Esta correlação foi feita com as famílias de
traço de MFC = 2,8 e umidade de 7,0%.
162
3,00
2,00
1,00
0,00
0 5 10 15 20 25
Compressão / Tração
Módulo de Finura do Concreto = 2,8 / Umidade = 6,5% / Tipo de CURA = A (24 horas)
4,0
Resistência à Tração (MPa
3,5
3,0
2,5
2,0
R7 = -4E-05x2 + 0,0353x - 4,7002
1,5 R2 = 0,9721
1,0 2
R28= -2E-05x + 0,0115x + 0,9001
0,5 2
R = 0,9411
0,0
250 300 350 400 450 500 550
Cimento (kg/m³)
7 28 90 Polinômio (90)
Módulo de finura do Concreto = 2,8 / Umidade = 6,5% / Tipo de CURA A (24 horas)
4,0
Resistência à Tração po
3,5
Compressão (MPa)
3,0
2,5
2,0
R7= -0,0002x2 + 0,2435x - 83,269
1,5 R2 = 0,9998 R90 = -3E-05x2 + 0,0417x - 11,822
1,0 R2 = 0,9025
R28 = -6E-05x2 + 0,0747x - 22,307
0,5 R2 = 0,9794
0,0
550 600 650 700 750 800
Finos Totais( passante na # 0,300 mm) por m³ de concreto
7 28 90
Bullen (1992), em seu estudo de correlação de durabilidade das PPC, dentro de uma
produção controlada de PPC utilizando o mesmo processo de cura, aponta apenas
uma linha de tendência entre abrasão e resistência a compressão, mostrando que com
o aumento da resistência a compressão há de fato uma tendência de aumento da
resistência à abrasão. Os ensaios de abrasão feitos por Bullen, foram utilizados a
norma Australiana MA20.
50,0
Compressão Axial (MPa)
45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0 Correlação = -2,3225x + 35,189
15,0 R2 = 0,0133
10,0
5,0
0,0
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20
Abrasão (MB 3379)
O controle de absorção das PPC faz-se importante em áreas úmidas, devido a que
acelera o processo de eflorescência entre as PPC. O valor típico de controle utilizado
pelas normas internacionais é de no máximo 5%.
Bullen (1992) relata que a absorção fornece uma medida de durabilidade da PPC, pois
indiretamente aponta o volume de vazios existentes na PPC e com isso sua
permeabilidade. Reduzindo a permeabilidade da PPC aumentará sua resistência a
carbonatação e ataque de sais.
Dowson (1996), relata que a classificação do Grande Conselho Inglês, para os índices
BPN em relação ao coeficiente de fricção, são mostrados na tabela 6.6.
Na execução dos ensaios de pêndulo foram escolhidos quatro traços variando a sua
umidade de MFC, por estas características influírem na textura final da PPC. Os
valores obtidos, descritos na seção 5.7.8, demonstram o excelente desempenho das
PPC de acordo com as classificações acima.
Para verificar a correlação entre o ensaio de pêndulo e a abrasão, a figura 6.7 mostra
uma excelente correlação entre as duas características tanto para as superfícies secas
quanto úmidas.
80 R2 = 0,9093
78
76
74
BPN úmido = -6,1441x + 76,892
72 R2 = 0,8833
70
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Desgaste de Abrasão (mm)
Índice BPN Seco Índice BPN úmido
CAPÌTULO 7
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181
ANEXO I
Metodologia de Ensaio:
Metodologia de Ensaio:
ANEXO II
Nas planilhas deste anexo, a identificação do traço que foi realizado, o ensaio de Absorção e Umidade é a seguinte:
UMIDADE ABSORÇÃO
DATA DO ENSAIO COMPRIMENTO PESO
Nº PISO LARGURA (mm) ALTURA (mm) PESO (g) PESO SECO (g) Individual MÉDIA DESVIO Individual MÉDIA DESVIO
(mm) SATURADO (g)
A 235 108 78 3914,9 3796,2 4035,1 3,13% 6,29%
06/05/02 B 236 108 78 4074,6 3944,0 4171,8 3,31% 3,28% 0,10% 5,78% 6,18% 0,27%
5 08/05/02 B 232 109 77 3935,9 3848,5 4032,2 2,27% 2,19% 0,12% 4,77% 4,28% 0,61%
8 08/05/02 B 231 112 79 4320,0 4243,7 4377,3 1,80% 2,01% 0,21% 3,15% 3,92% 0,52%
U M ID A D E ABSO RÇÃO
C O M P R IM E N T O PESO
N º P IS O D A T A D O E N S A IO LA R G U R A (m m ) A LT U R A (m m ) P E S O (g) P E S O S E C O (g) Individual M É D IA D E S V IO Individual M É D IA D E S V IO
(m m ) S A T U R A D O (g)
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C O M P R IM E N T O PESO
N º P IS O D A T A D O E N S A IO L A R G U R A (m m ) A L T U R A (m m ) P E S O (g ) P E S O S E C O (g ) In d ivid u al M É D IA D E S V IO In d ivid u al M É D IA D E S V IO
(m m ) S A T U R A D O (g )
A 232 113 81 4 3 1 9 ,0 4 1 1 0 ,6 4 3 5 4 ,0 5 ,0 7 % 5 ,9 2 %
9 2 2 /0 5 /0 2 B 232 110 80 4 3 1 8 ,8 4 0 4 9 ,4 4 2 6 4 ,2 6 ,6 5 % 5 ,1 7 % 0 ,9 9 % 5 ,3 0 % 5 ,7 3 % 0 ,2 9 %
C 233 114 80 4 3 0 8 ,7 4 1 5 1 ,2 4 3 9 9 ,2 3 ,7 9 % 5 ,9 7 %
A 232 109 79 4 0 4 3 ,6 3 9 1 2 ,9 4 2 0 5 ,9 3 ,3 4 % 7 ,4 9 %
10 2 2 /0 5 /0 2 B 232 107 80 4 0 7 8 ,2 3 9 3 1 ,8 4 1 7 5 ,6 3 ,7 2 % 3 ,3 9 % 0 ,2 2 % 6 ,2 0 % 6 ,9 3 % 0 ,4 9 %
C 232 114 78 4 1 2 8 ,4 4 0 0 3 ,5 4 2 8 8 ,0 3 ,1 2 % 7 ,1 1 %
A 233 109 81 4 3 6 7 ,5 4 2 5 6 ,4 4 4 6 6 ,3 2 ,6 1 % 4 ,9 3 %
11 2 2 /0 5 /0 2 B 233 109 79 4 1 2 9 ,8 4 0 0 4 ,4 4 1 9 7 ,7 3 ,1 3 % 2 ,9 0 % 0 ,1 9 % 4 ,8 3 % 4 ,9 9 % 0 ,1 5 %
C 232 107 79 4 0 4 5 ,1 3 9 2 9 ,4 4 1 3 4 ,6 2 ,9 4 % 5 ,2 2 %
A 232 115 80 4 3 0 1 ,8 4 1 4 1 ,5 4 4 2 3 ,3 3 ,8 7 % 6 ,8 0 %
12 2 2 /0 5 /0 2 B 231 110 82 4 3 7 1 ,3 4 2 1 4 ,5 4 4 9 8 ,1 3 ,7 2 % 3 ,6 4 % 0 ,2 1 % 6 ,7 3 % 6 ,5 5 % 0 ,2 9 %
C 232 111 83 4 5 1 2 ,1 4 3 6 6 ,7 4 6 3 3 ,5 3 ,3 3 % 6 ,1 1 %
A 232 111 76 4 1 1 9 ,0 3 9 8 2 ,3 4 2 4 7 ,4 3 ,4 3 % 6 ,6 6 %
13 2 7 /0 5 /0 2 B 232 109 79 4 3 4 4 ,5 4 1 5 4 ,0 4 3 9 4 ,2 4 ,5 9 % 4 ,0 5 % 0 ,4 1 % 5 ,7 8 % 5 ,9 8 % 0 ,4 5 %
C 233 109 78 4 3 3 2 ,1 4 1 6 0 ,4 4 3 8 9 ,0 4 ,1 3 % 5 ,4 9 %
A 232 108 77 4 1 8 9 ,6 4 0 2 9 ,8 4 2 7 0 ,9 3 ,9 7 % 5 ,9 8 %
14 2 7 /0 5 /0 2 B 231 110 78 4 2 0 2 ,8 4 0 2 5 ,0 4 2 7 9 ,5 4 ,4 2 % 4 ,3 9 % 0 ,2 8 % 6 ,3 2 % 6 ,3 6 % 0 ,2 7 %
C 232 108 78 4 1 8 3 ,8 3 9 9 2 ,8 4 2 6 3 ,0 4 ,7 8 % 6 ,7 7 %
A 232 108 83 4 4 3 0 ,0 4 2 5 6 ,5 4 4 8 6 ,0 4 ,0 8 % 5 ,3 9 %
15 2 7 /0 5 /0 2 B 232 111 81 4 4 1 1 ,4 4 2 3 4 ,0 4 4 8 3 ,7 4 ,1 9 % 4 ,0 9 % 0 ,0 7 % 5 ,9 0 % 5 ,5 7 % 0 ,2 2 %
C 232 109 80 4 3 2 9 ,7 4 1 6 3 ,5 4 3 8 9 ,6 3 ,9 9 % 5 ,4 3 %
A 232 110 80 4 2 7 9 ,6 4 0 7 1 ,5 4 3 2 8 ,8 5 ,1 1 % 6 ,3 2 %
16 2 7 /0 5 /0 2 B 233 110 81 4 3 2 0 ,6 4 1 4 0 ,2 4 4 0 5 ,7 4 ,3 6 % 4 ,5 2 % 0 ,3 9 % 6 ,4 1 % 5 ,9 8 % 0 ,5 2 %
C 233 109 81 4 3 8 0 ,2 4 2 0 8 ,1 4 4 2 6 ,7 4 ,0 9 % 5 ,1 9 %
17/02/2003
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LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,065 2,327 1,963 2,767 2,531 -
500 metros 1C 1 2,229 1,65 1,744 2,297 1,980 0,297
1000 metros 1,958 1,403 1,604 1,769 1,684 0,847
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,662 3,772 4,213 4,048 3,924 -
500 metros 1C 2 - - - - - -
1000 metros 3,446 3,583 3,802 3,860 3,673 0,251
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,336 2,790 2,595 2,778 2,875 -
500 metros 1C 3 2,185 2,729 2,845 1,776 2,384 0,771 Quebrou o tardoz(lasca)
1000 metros 1,479 2,106 1,774 1,093 1,613 1,262
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,245 2,942 3,932 4,336 3,614 -
500 metros 2C 1 2,886 2,718 3,325 3,600 3,132 0,602
1000 metros 2,318 2,385 2,705 2,713 2,530 1,084
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,860 4,093 4,578 4,372 4,226 -
500 metros 2C 2 - - - - - -
1000 metros 3,243 3,362 3,752 3,605 3,491 0,735
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,967 3,722 4,122 4,437 4,062 -
500 metros 2C 3 - - - - - - Broca superficial
1000 metros 3,631 3,523 3,644 3,659 3,614 0,44775
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,988 3,798 4,226 4,535 4,137 -
500 metros 3C 1 3,861 3,258 3,064 3,701 3,471 0,059
1000 metros 3,711 3,167 3,077 3,694 3,412 0,725
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,274 4,350 4,104 3,688 4,104 -
500 metros 3C 2 3,426 3,691 3,741 3,580 3,610 0,127
1000 metros 3,296 3,626 3,610 3,397 3,482 0,622
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,230 4,106 4,717 4,814 4,467 -
500 metros 3C 3 3,240 3,364 3,381 3,155 3,285 0,575
1000 metros 2,142 2,902 3,186 2,130 2,710 1,757
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,251 3,828 4,165 4,385 4,157 -
500 metros 4C 1 3,543 3,308 3,139 3,498 3,372 0,549
1000 metros 2,898 2,643 2,946 2,807 2,824 1,334
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Serie Amostra OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,400 4,137 3,757 4,202 4,124 -
500 metros 4C 2 - - - - - -
1000 metros 3,328 3,302 3,694 3,446 3,443 0,682
MATERIAIS INORGÂNICOS - DETERMINAÇÃO DO DESGASTE POR ABRASÃO - MB 3379
( equipamento AMSLER )
Data de Moldagem: 19/04/2002
Data do Ensaio: 18/07/2002
Idade: 90
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,272 4,631 4,612 4,262 4,444 -
500 metros 4C 3,842 3,764 4,063 3,977 3,912 0,413
1000 metros 3,659 3,295 3,528 3,512 3,499 0,946
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,824 4,257 3,889 3,659 3,907 -
500 metros 5A - - - - - -
1000 metros 3,288 3,181 3,248 3,367 3,271 0,636
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,754 4,790 4,081 4,610 4,559 -
500 metros 5B 3,911 3,807 4,175 4,279 4,043 0,404
1000 metros 3,672 3,709 3,710 3,464 3,639 0,920
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,366 4,377 4,294 4,017 4,264 -
500 metros 5C 3,700 3,614 3,586 3,634 3,634 0,456
1000 metros 3,154 3,273 3,212 3,073 3,178 1,086
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,887 3,806 3,460 3,781 3,734 -
500 metros 6A 3,132 3,134 3,235 3,101 3,151 0,444
1000 metros 2,589 2,700 2,736 2,800 2,706 1,027
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,516 4,420 4,268 4,095 4,325 -
500 metros 6B - - - - - -
1000 metros 3,454 3,500 3,139 3,078 3,293 1,032
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,456 4,480 4,238 4,189 4,341 -
500 metros 6C - - - - - -
1000 metros 3,582 3,648 3,624 3,575 3,607 0,733
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,549 4,758 4,250 4,250 4,452 -
500 metros 7A - - - - - -
1000 metros 3,240 3,454 3,436 3,486 3,404 1,048
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,115 3,048 3,043 3,076 3,071 -
500 metros 7B - - - - - -
1000 metros 2,221 2,314 2,098 2,221 2,214 0,857
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,302 4,365 4,514 4,695 4,469 -
500 metros 7C - - - - - -
1000 metros 3,634 3,389 3,327 3,515 3,466 1,003
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,088 4,708 4,395 4,086 4,319 -
500 metros 8A - - - - - -
1000 metros 3,714 3,608 3,347 3,479 3,537 0,782
MATERIAIS INORGÂNICOS - DETERMINAÇÃO DO DESGASTE POR ABRASÃO - MB 3379
( equipamento AMSLER )
Data de Moldagem: 19/04/2002
Data do Ensaio: 18/07/2002
Idade: 90
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,366 4,000 3,850 4,074 4,073 -
500 metros 8B - - - - - -
1000 metros 3,174 2,839 2,867 3,273 3,038 1,034
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,811 4,241 4,408 3,975 4,109 -
500 metros 8C - - - - - -
1000 metros 3,234 2,956 3,102 3,219 3,128 0,981
CURA 24 HORAS
MATERIAIS INORGÂNICOS - DETERMINAÇÃO DO DESGASTE POR ABRASÃO - MB 3379
( equipamento AMSLER )
Data de Moldagem: 19/04/2002
Data do Ensaio: 18/07/2002
Idade: 90
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,802 2,785 3,123 3,125 2,959 -
1A
1000 metros 2,474 2,642 3,076 2,955 2,787 0,172
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,157 4,256 4,548 4,383 4,336 -
1B
1000 metros 3,115 3,138 3,315 3,192 3,190 1,146
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,467 2,669 1,850 2,598 2,646 -
1C
1000 metros 3,200 2,653 1,844 2,617 2,579 0,067
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,084 3,535 3,015 2,684 3,080 -
2A
1000 metros 2,610 2,568 2,503 2,457 2,535 0,545
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,139 3,557 3,038 3,613 3,587 -
2B
1000 metros 3,158 2,888 2,705 2,947 2,925 0,662
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,117 3,505 3,725 3,200 3,387 -
2C
1000 metros 3,105 3,354 3,327 3,147 3,233 0,154
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,175 3,625 2,971 3,443 3,554 -
3A
1000 metros 3,996 3,300 2,950 3,415 3,415 0,138
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,788 3,223 3,096 3,679 3,447 -
3B
1000 metros 3,468 3,216 3,006 3,477 3,292 0,155
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,380 3,010 3,480 3,602 3,368 -
3C
1000 metros 3,133 2,932 3,298 3,165 3,132 0,236
MATERIAIS INORGÂNICOS - DETERMINAÇÃO DO DESGASTE POR ABRASÃO - MB 3379
( equipamento AMSLER )
Data de Moldagem: 19/04/2002
Data do Ensaio: 18/07/2002
Idade: 90
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,884 3,642 3,398 2,770 3,174 -
4A
1000 metros 2,677 2,798 2,808 2,669 2,738 0,436
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,442 2,267 2,647 3,061 2,604 -
4B
1000 metros 2,027 2,106 2,414 2,169 2,179 0,425
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,079 3,106 3,878 3,663 3,432 -
4C
1000 metros 2,980 3,085 3,355 3,281 3,175 0,256
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,328 2,510 3,409 3,168 2,854 -
5A
1000 metros 2,019 1,902 2,105 1,980 2,002 0,852
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,854 4,079 4,263 3,181 3,594 -
5B
1000 metros 2,712 3,274 3,086 2,270 2,836 0,759
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,03 2,785 3,289 2,375 2,620 -
5C
1000 metros 1,560 2,122 2,189 1,594 1,866 0,754
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,208 2,745 2,669 3,150 2,943 -
6A
1000 metros 2,901 2,680 2,641 2,913 2,784 0,159
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,945 2,403 2,610 3,171 2,782 -
6B
1000 metros 2,835 2,367 2,529 2,807 2,635 0,148
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,787 3,427 3,091 2,407 2,928 -
6C
1000 metros 2,171 2,227 2,407 2,210 2,254 0,674
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,658 3,119 3,637 3,083 3,124 -
7A
1000 metros 2,660 3,106 3,345 2,913 3,006 0,118
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,087 3,261 2,963 2,735 3,012 -
7B
1000 metros 2,780 2,544 2,485 2,451 2,565 0,447
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,982 3,363 3,020 2,478 2,961 -
7C
1000 metros 2,304 2,428 2,449 2,213 2,349 0,612
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,320 3,019 2,426 2,813 2,895 -
8A
1000 metros 1,820 1,872 1,815 1,865 1,843 1,052
MATERIAIS INORGÂNICOS - DETERMINAÇÃO DO DESGASTE POR ABRASÃO - MB 3379
( equipamento AMSLER )
Data de Moldagem: 19/04/2002
Data do Ensaio: 18/07/2002
Idade: 90
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,672 2,883 2,765 2,705 2,756 -
8B
1000 metros 2,095 2,134 2,183 1,988 2,100 0,656
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,898 3,204 3,437 3,165 3,176 -
8C
1000 metros 2,365 2,887 2,632 2,542 2,607 0,570
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,345 3,746 3,563 2,939 3,398 -
9A
1000 metros 3,207 3,355 3,111 2,365 3,010 0,389
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,676 3,052 2,76 3,455 3,236 -
9B
1000 metros 3,010 2,765 2,600 2,673 2,762 0,474
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,519 3,385 3,340 3,363 3,402 -
9C
1000 metros 2,754 2,761 2,660 2,608 2,696 0,706
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,216 3,112 3,227 2,715 3,068 -
10A
1000 metros 2,572 2,537 3,140 3,250 2,875 0,193
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,862 3,17 3,498 3,096 3,157 -
10B
1000 metros 2,512 2,895 3,433 3,100 2,985 0,172
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,227 3,573 3,114 2,632 3,137 -
10C
1000 metros #DIV/0! #DIV/0!
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,128 2,44 2,543 2,533 2,411 -
11A
1000 metros 1,844 1,702 1,863 1,733 1,786 0,626
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,237 3,69 4,078 3,828 3,708 -
11B
1000 metros 2,681 2,792 2,957 2,693 2,781 0,928
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,532 3,208 3,437 3,634 3,453 -
11C
1000 metros 2,726 2,430 2,633 2,785 2,644 0,809
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,293 3,801 4,365 3,861 3,830 -
12A
1000 metros 2,612 2,998 3,068 2,845 2,881 0,949
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,895 2,77 3,157 3,248 3,018 -
12B
1000 metros 2,163 2,186 2,241 2,273 2,216 0,802
MATERIAIS INORGÂNICOS - DETERMINAÇÃO DO DESGASTE POR ABRASÃO - MB 3379
( equipamento AMSLER )
Data de Moldagem: 19/04/2002
Data do Ensaio: 18/07/2002
Idade: 90
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,789 2,719 3,051 3,457 3,004 -
12C
1000 metros 2,711 2,622 2,892 3,422 2,912 0,092
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,235 2,652 2,495 3,207 2,897 -
13A
1000 metros 2,218 2,258 2,266 2,293 2,259 0,639
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,805 2,436 2,995 3,523 2,940 -
13B
1000 metros 2,152 2,016 2,088 2,337 2,148 0,792
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,196 3,617 4,005 4,007 3,956 -
13C
1000 metros 3,902 4,030 3,506 3,641 3,770 0,187
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,371 4,634 4,383 4,129 4,379 -
14A
1000 metros 3,336 3,377 3,460 3,333 3,377 1,003
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,958 3,648 3,445 4,008 3,765 -
14B
1000 metros 2,902 2,764 2,735 2,688 2,772 0,993
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,528 3,139 2,683 2,920 3,068 -
14C
1000 metros 2,686 2,647 2,866 2,881 2,770 0,298
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,699 3,603 3,404 3,236 3,486 -
15A
1000 metros 2,991 2,199 2,638 2,694 2,631 0,855
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,815 4,232 3,824 3,786 3,914 -
15B
1000 metros 2,509 2,769 2,703 2,556 2,634 1,280
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,012 3,448 3,720 4,257 3,859 -
15C
1000 metros 2,853 2,674 2,607 2,929 2,766 1,094
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 4,640 3,708 3,755 4,724 4,207 -
16A
1000 metros 3,833 3,616 3,701 3,848 3,750 0,457
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,347 3,96 4,282 3,789 3,845 -
16B
1000 metros 2,894 3,203 3,022 2,824 2,986 0,859
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 3,660 4,114 4,273 3,688 3,934 -
16C
1000 metros 2,944 3,005 2,899 2,947 2,949 0,985
ROCHA
MATERIAIS INORGÂNICOS - DETERMINAÇÃO DO DESGASTE POR ABRASÃO - MB 3379
( equipamento AMSLER )
Data de Moldagem: 19/04/2002
Data do Ensaio: 18/07/2002
Idade: 90
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 1,873 2,050 2,836 2,536 2,324 -
A
1000 metros 1,575 1,708 2,166 2,007 1,864 0,460
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,663 2,243 3,152 3,562 2,905 -
B
1000 metros 2,202 2,028 2,628 2,762 2,405 0,500
LEITURAS (mm)
Desgaste aos Identificação do cp OBSERVAÇÕES
1 2 3 4 Média Desgaste
0 metros 2,935 2,241 2,383 3,015 2,644 -
C
1000 metros 1,897 1,601 1,634 1,924 1,764 0,880
ANEXO V