SÉRIE ITA - VÉSPERA

PROFESSOR(A) SOUSA NUNES SEDE

TC
REDAÇÃO
ALUNO(A) Nº ENSINO
TURMA TURNO DATA ___/___/___ MÉDIO

Tema 1

Redija uma dissertação argumentativa abordando os seguintes tópicos:

a coragem na história; feitos.

Item 1.
Forti nihil difficile

“Para os corajosos, nada é difícil demais”

Lema do 1º. Conde de Beaconsfield – Benjamin Disraeli – e

da Academia Cearense de Letras

Item 2.
Sapere aude

A máxima iluminista, “Ousa saber”, implica expandir a criticidade e a

criatividade, para garantir a autonomia, que é a saída da menoridade
(ignorância, prisão) para a maioridade (sabedoria, liberdade).

Item 3.

HINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Brava gente brasileira
Longe vá, temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
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NÚCLEO CENTRAL NÚCLEO ALDEOTA NÚCLEO SUL NÚCLEO EUSÉBIO NÚCLEO SOBRAL
(85) 3464.7788 (85) 3486.9000 (85) 3064.2850 (85) 3260.6164 (88) 3677.8000

fariasbrit o.com.br @fariasbrito @fariasbrito colegiofariasbrito canalfariasbrito

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REDAÇÃO EXEMPLAR

“Sapere aude”

A história é permeada por figuras emblemáticas que, graças à sua

audácia, determinação e coragem, superam barreiras aparentemente
intransponíveis. Elas não apenas desafiaram os limites de suas
capacidades, mas também reformularam o curso da história, inspirando
gerações a acreditar no poder do espírito humano. Entre esses
indivíduos, destacam-se Santos Dumont e Casimiro Montenegro.

Com efeito, Santos Dumont, o Pai da Aviação, é um exemplo

luminoso de como a coragem pode levar a inovações revolucionárias.
Nascido no Brasil, ele não se contentou em apenas sonhar com o céu.
Contra as opiniões céticas de muitos, ele acreditou que o homem
poderia voar e sua persistência o levou a projetar o 14 Bis, um dos
primeiros aviões a realizar um voo controlado diante de uma multidão
de testemunhas. Seu legado não se resume apenas às suas invenções,
mas também à sua capacidade de inspirar o mundo a olhar para o céu
com esperança e aspiração.

Ademais, é igualmente importante ressaltar Casimiro Montenegro.

Nome intrinsecamente ligado à história da aeronáutica brasileira, o
fundador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) visualizou a
necessidade de o Brasil ter uma instituição de ensino avançado dedicada
à formação de engenheiros aeronáuticos de alto calibre. Sua visão e
determinação estabeleceram as bases para o desenvolvimento
tecnológico do país no campo da aviação, demonstrando que, com
coragem, até mesmo os sonhos mais audaciosos podem tornar-se
realidade.

Em face disso, pode-se dizer que esses dois próceres, apesar de

suas diferenças, compartilham uma característica essencial: a coragem
de perseguir seus sonhos, independentemente dos desafios. Eles nos
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mostram que, para os corajosos, nada é impossível. Seu legado serve

como um lembrete de que, quando estamos determinados com firmeza
e coragem, somos capazes de transcender os limites e alcançar feitos
extraordinários.

Portanto, a trajetória de Santos Dumont e Casimiro Montenegro

serve como um testemunho do que é possível alcançar quando se tem
coragem. Eles nos lembram que os obstáculos são apenas oportunidades
disfarçadas e que, com determinação e paixão, podemos transformar o
impossível em realidade. Em um mundo frequentemente assolado por
dúvidas e incertezas, a coragem desses pioneiros serve como um farol,
iluminando o caminho para todos nós.
Sousa Nunes

Tema 2

Redija uma dissertação argumentativa abordando os seguintes tópicos:

a onipresença dos algoritmos no mundo contemporâneo; senso
crítico.

REPERTÓRIOS

A máxima “Sapere aude” é uma expressão latina que significa

“Ousa saber” ou “Atreve-te a conhecer”. Originalmente, foi utilizada
por Horácio e mais tarde adotado por Immanuel Kant, particularmente
no contexto da Ilustração ou Iluminismo, como um chamado à coragem
de usar a própria inteligência e raciocínio crítico para entender o mundo,
em vez de depender cegamente da autoridade ou da tradição.

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Na era da inteligência artificial e, em particular, de modelos como

o GPT (Generative Pre-trained Transformer), “Sapere aude” possui uma
relevância renovada por várias razões:

Estímulo ao Pensamento Crítico

Inteligência artificial pode fornecer informações, análises e até

mesmo formular argumentos, mas cabe aos humanos o dever de pensar
criticamente sobre essas saídas. Mesmo que um algoritmo possa gerar
uma resposta coerente, é imperativo questionar, validar e contextualizar
essa informação.

Autonomia Versus Dependência

Com o advento de IA sofisticada, existe o risco de tornar-se

excessivamente dependente dessas tecnologias para tomada de decisão,
o que poderia inibir o pensamento crítico e a autodeterminação que o
“Sapere aude” preconiza.

Responsabilidade Ética

O uso de IA traz consigo questões éticas complexas que exigem

uma aplicação cuidadosa do raciocínio humano. Seja no
desenvolvimento de algoritmos mais justos ou na avaliação de seus
impactos sociais, "ousar saber" é fundamental para navegar nesse
terreno ético de forma responsável.

Acesso ao Conhecimento

Um dos objetivos da IA, como o GPT, é democratizar o acesso ao

conhecimento e à informação. No entanto, cabe aos indivíduos fazer um
uso sábio e informado dessas ferramentas, alinhado com o espírito de
“Sapere aude”.

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Conhecimento Versus Sabedoria

Enquanto a IA pode armazenar e processar quantidades enormes

de informação, ela não possui sabedoria, no sentido humano do termo.
“Sapere aude” nos lembra que a verdadeira compreensão requer mais
do que apenas o acesso a dados; requer a habilidade e a coragem de
sintetizar, interpretar e aplicar esse conhecimento de forma
significativa.

Imaginação e conhecimento

A frase atribuída a Albert Einstein, “A imaginação é mais

importante que o conhecimento”, fala do poder que tem a criatividade
humana de transcender fatos e detalhes concretos. Para Einstein,
enquanto o conhecimento é limitado a tudo o que já conhecemos e
compreendemos, a imaginação abraça o mundo inteiro e tudo o que
ainda haverá para conhecer e entender. Eis, pois, o caminho que o
homem precisa percorrer para não ser superado pela máquina: expandir
sua imaginação e criatividade.

Quanto ao GPT (Gerador de Texto Previsível), ele não possui

imaginação ou consciência. O modelo gera texto com base em padrões
encontrados nos dados em que foi treinado. Ele pode simular uma
variedade de estilos de escrita e gerar texto que pode parecer "criativo",
mas isso é resultado de algoritmos e não de uma forma autêntica de
imaginação ou criatividade.

Em suma, “Sapere aude” serve como um lembrete poderoso da

importância da agência humana, do pensamento crítico e da
responsabilidade ética na era da inteligência artificial.

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Qual o principal desafio do homem na era da inteligência

artificial para não se tornar redundante?

O avanço rápido da inteligência artificial (IA) tem levantado

questões importantes sobre o futuro do trabalho, a ética da automação e
o papel do ser humano em um mundo cada vez mais dominado por
máquinas. Aqui estão alguns dos principais desafios e considerações
para o homem na era da IA:

Adaptabilidade e Aprendizado Contínuo

Com máquinas assumindo tarefas rotineiras e até mesmo algumas

atividades mais complexas, as pessoas precisarão focar em habilidades
que são intrinsecamente humanas, como criatividade, empatia, e
habilidades sociais. O aprendizado contínuo e a adaptação a novas
tecnologias serão cruciais.

Foco em Habilidades Humanas Únicas

Como mencionado, habilidades como criatividade, empatia, e

raciocínio estratégico são coisas que, atualmente, a IA tem dificuldade
em replicar. Profissões e tarefas que dependem fortemente dessas
habilidades tendem a ser menos suscetíveis à automação.

Regulação e Ética

Outro desafio será a criação de regulamentos que garantam que a

IA seja usada de forma ética e responsável. Isso pode incluir questões
como privacidade de dados, discriminação algorítmica e desigualdade
no acesso à tecnologia.

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Segurança no Emprego

A automação e a IA têm o potencial de deslocar trabalhadores de

seus empregos atuais, e é fundamental que haja redes de segurança,
como reciclagem profissional e programas de assistência social, para
ajudar aqueles que são afetados.

Bem-Estar Mental

A presença onipresente da tecnologia também levanta

preocupações sobre o bem-estar mental e emocional. A sobrecarga de
informações e a diminuição das interações humanas são aspectos que
precisam ser considerados.

Coexistência com a IA

Aprender a coexistir e colaborar com sistemas de IA será crucial.

Isso pode envolver tudo, desde a integração eficaz de assistentes virtuais
em nossas vidas diárias até a colaboração com sistemas de IA em
ambientes de trabalho complexos.

Em suma, para evitar tornar-se “redundante” em um mundo cada

vez mais automatizado, o ser humano deve investir nas qualidades que
o tornam único, ser adaptável e estar preparado para um aprendizado
contínuo. Também é crucial que haja um debate ético e regulatório
robusto em torno do uso da IA, para garantir que ela beneficie a
humanidade como um todo.

Stephen Hawking

A espécie humana só desaparecerá se macaquear as máquinas em

vez de se colocar como instigadora de uma existência baseada sobre a
resistência ao real, cuja função simbólica (a linguagem, a cultura, as
artes...) é desde sempre o fermento.
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IA e 4Cs

Além de informação, a maioria das escolas também se concentra

demasiadamente em prover os alunos de um conjunto de habilidades
predeterminadas, como a de resolver equações diferenciais, escrever
programas de computador em C++, identificar substâncias químicas
num tubo de ensaio ou conversar em chinês. Mas, como não temos ideia
de como o mundo e o mercado de trabalho serão em 2050, na realidade
não sabemos de quais habilidades específicas vamos precisar. Podemos
estar investindo muito esforço para ensinar às crianças como programar
em C++ ou como falar chinês para descobrir em 2050 que a IA pode
programar softwares muito melhor que humanos, e que um novo
aplicativo de tradução do Google o habilita a conduzir uma conversa
num mandarim, cantonês ou hakka quase impecáveis, mesmo que você
só saiba dizer “Ni hao”.
Então, o que deveríamos estar ensinando? Muitos especialistas em
pedagogia alegam que as escolas deveriam passar a ensinar “os quatro
Cs” — pensamento crítico, comunicação, colaboração e
criatividade.
Num sentido mais amplo, as escolas deveriam minimizar
habilidade técnicas e enfatizar habilidades para propósitos genéricos na
vida. O mais importante de tudo será a habilidade para lidar com
mudanças, aprender coisas novas e preservar seu equilíbrio mental
em situações que não lhe são familiares. Para poder acompanhar o
mundo de 2050, você vai precisar não só inventar novas ideias e
produtos — acima de tudo, vai precisar reinventar a você mesmo várias
e várias vezes.
(Em “21 lições para o século 21”)

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