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Revista Brasileira de Recursos Hídricos


Versão On-line ISSN 2318-0331
RBRH vol. 21 no .2 Porto Alegre abr./ jun. 2016 pág. 377 - 390

DOI: http:// dx.doi.org/ 10.21168/ rbrh.v21n2.p377-390

Metodologias para geração de mapas indicadores de perigo e áreas propensas a


inundações: município de Ipojuca/PE.
Metodologias para Geração de Mapa Indicadores de Perigo e Áreas Inundáveis: Município de Ipojuca/PE

Alfredo Ribeiro Neto, Larissa Ferreira David Romão Batista e Roberto Quental Coutinho

Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil

alfredoribeiro@ufpe.br; larissafbatista@gmail.com; rqc@ufpe.br

Recebido: 27/08/2015- Revisado: 11/12/2015- Aceito: 03/03/2016

ABSTRATO

Estudos com foco nas vulnerabilidades urbanas devido às cheias dos rios precisam da construção de mapas de risco e definição de áreas potenciais de inundação. O objetivo
deste artigo é descrever o desenvolvimento de uma metodologia para mapeamento de riscos de cheias fluviais e mapear áreas susceptíveis a inundações em escala municipal.
A área de estudo é o município de Ipojuca – Pernambuco com área de 527,11 km2 e população de 80.637 habitantes. A primeira metodologia utiliza a simulação hidrológico-
hidráulica para o baixo curso do rio Ipojuca utilizando os modelos HEC-HMS e HEC-RAS. A vazão calculada no modelo chuva-vazão é utilizada como entrada para o modelo
hidráulico, para simular o perfil da superfície da água no rio. Isso permite calcular a profundidade da água e a velocidade do fluxo, elementos-chave para a definição de indicadores
de perigo. Os resultados do modelo hidráulico foram utilizados para gerar os indicadores de perigo: profundidade da água, velocidade do fluxo, combinação de profundidade e
velocidade, carga de energia, força e intensidade do fluxo (velocidade do fluxo x profundidade da água). A outra metodologia busca identificar áreas com potencial de inundação
considerando todo o território do município. Índice topográfico da região e uma matriz de custo de distância (que utiliza declividade e drenagem) são as variáveis auxiliares para a
determinação deste mapa. Ambas as variáveis usam o modelo de terreno digital. A análise de risco é essencial para o planejamento e intervenção em áreas susceptíveis a
inundações. Ambas as caracterizações de perigo e vulnerabilidade são necessárias para avaliar o risco. Os resultados do estudo em Ipojuca podem ser utilizados para a
caracterização do perigo.

Palavras-chave:Desastres naturais. Mapa de perigo. Modelagem hidrológica.

RESUMO

Estudos de vulnerabilidade de cidades à inundações presentes no mapeamento de perigo e das áreas com potencial para inundação. O objetivo do artigo é desenvolver metodologia
para mapeamento de indicadores de perigo e áreas inundáveis na escala de município. A área de estudo é o município de Ipojuca no Estado de Pernambuco com área de 527,11
km² e uma população de 80.637 habitantes. A primeira metodologia consiste na simulação hidrológi ca-hidráulica para o baixo curso do rio Ipojuca com uso dos modelos HEC-
HMS e HEC-RAS. A vazão gerada no modelo hidrológico do tipo chuva-vazão é utilizada como entrada do modelo hidráulico que simula o perfil da linha d'água no rio para a região
de interesse. Com o perfil da linha da água, pode-se determinar a profundidade e a velocidade da água, que são elementos chave para a definição de indicadores de perigo. Com
os resultados do modelo hidráulico, geraram-se seis indicadores de perigo: profundidade da água, velocidade do fluxo, combinação profundidade e velocidade, carga de energia,
força do fluxo e intensidade (velocidade x profundidade). A outra metodologia procura identificar as áreas inundáveis de todo o território do município. Para isso, faça-se uso do
índice topográfico da região e de uma matriz de custo de distância (que utiliza declividade e hidrografia), todos calculados com o modelo digital do terreno.

A análise de risco é essencial para o planejamento e intervenção em áreas sujeitas a inundações. Para se avaliar o risco, é necessária a caracterização do perigo e da
vulnerabilidade. Os resultados do estudo em Ipojuca podem ser utilizados para a caracterização do perigo principalmente.

Palavras chave: Desastres naturais. Mapa de perigo. Modelagem hidrológica.


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INTRODUÇÃO tenda da área alagada (a mais comum na geração de mapas)


(MOEL et al., 2009).
A proximidade de cursos de água determina a localização de Kreibich et ai. (2009) e Thieken et al. (2005) aplicaram indicadores
numerosos assentamentos humanos que evoluíram para as cidades de hoje. de perigo em uma grande enchente que ocorreu nos rios Elba e Danúbio em
Abastecimento de água, irrigação e transporte são apenas alguns exemplos agosto de 2002. Os períodos de retorno ultrapassaram 500 anos em alguns
de benefícios (TURRERO et al., 2013). A proximidade de cursos d'água , afluentes do rio Elba (THIEKEN et al., 2005). O estudo de Kreibich et al.
assim como outros fatores de risco mais modernos, como a urbanização (2009) buscou definir a relevância dos parâmetros de impacto para as perdas
desordenada, acaba por evidenciar e potencializar os riscos e desastres decorrentes da enchente. Os conjuntos de dados foram coletados a partir
(VIGLIONE et al., 2014). de entrevistas e pesquisas de campo pós-evento. Simulações hidráulicas 2D
A fundamentação teórica sobre o tema das doenças naturais para os eventos de 20, 50 e 100 anos de período de retorno foram projetadas
é vasto e diverso, constituído por inúmeros conceitos e práticas metodológicas. para fornecer informações sobre profundidade e velocidade da água usadas
Mas mesmo que não haja um padrão universal, é possível identificar algumas no mapeamento de riscos e análises de custo-benefício. Por outro lado, o
diretrizes para categorias qualitativas e quantitativas de desastres e seus estudo de Thieken et al. (2005) examinaram os danos às propriedades com
componentes. dados obtidos de entrevistas coletadas após a enchente de 2002. A pesquisa
O ponto de partida é o próprio desastre, que se caracteriza por alterações investigou uma série de indicadores, com ênfase no perigo, mas também
decorrentes da interação entre fenômenos naturais perigosos e as condições abrangendo a vulnerabilidade. Esses indicadores foram profundidade da
características de uma comunidade , resultando em impactos negativos água, velocidade, duração, contaminação da água, sistemas de alerta,
sobre as pessoas, a economia, o meio ambiente, a infraestrutura municipal e medidas de emergência, medidas de previsão, experiência de eventos
a saúde pública , entre outros fatores. A possibilidade de ocorrência desse anteriores e situação socioeconômica da população.
tipo de situação cria o risco (LAVELL et al., 2012), repetidamente definido
pela associação entre perigo e vulnerabilidade (BIRKMANN, 2006; BIRKMANN
et al., 2013; MERZ et al., 2010, GOERL e outros, 2012). Para Stephenson Merz et ai. (2007) propõem uma metodologia que divide a
(2002), o perigo é obtido pelo produto da profundidade da água e da vulnerabilidade em exposição e suscetibilidade. O estudo inclui elementos-
velocidade do fluxo; e risco é a probabilidade associada à ocorrência do chave para a classificação de risco. O primeiro componente, exposição , é
perigo. Na análise de risco, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças quantificado pelo número de elementos expostos, ou seja, a quantidade de
Climáticas (IPCC) também acrescenta o fator exposição à vulnerabilidade e edificações na área sujeita a inundações. O segundo item, suscetibilidade, é
ao perigo (LAVELL et al., 2012). caracterizado pelas funções de dano relativo , respondendo à pergunta
“Como os elementos afetados serão danificados?” A estimativa do grau de
dano das edificações é baseada na análise da perda financeira associada ao
A extensão das perdas que um elemento pode sofrer devido à uso da edificação e profundidade de inundação, traduzida em curvas de
localização geográfica define sua exposição. O perigo é definido pela profundidade-dano.
presença de um evento natural extremo e potencialmente perigoso (inundação No Brasil, vale citar os estudos de Goerl et al. (2012), que utilizou
no caso deste estudo). Para a classificação do perigo, além da ocorrência, dados censitários para definir um índice de vulnerabilidade; Monteiro e
deve-se levar em consideração também a possibilidade de lesão, perda e Kobiyama (2013), que utilizaram modelos hidrológicos e hidráulicos para
dano (LAVELL et al., 2012). A vulnerabilidade, por sua vez, é determinada estimar o perigo na bacia do Braço do Baú em Santa Catarina; Machado e
pelo perfil da população afetada. cols. (2005) com o desenvolvimento da função dano x profundidade para o
município de Itajubá em Minas Gerais; e Zonensein (2007), que propôs um
De acordo com Merz et al. (2010), a vulnerabilidade é descrita índice de risco de inundação aplicado à bacia do rio Joana, no Rio de Janeiro,
como o resultado da soma de exposição, suscetibilidade e capacidade de com base em indicadores como saneamento inadequado, tráfego, renda e
resposta. Birkman et ai. (2013) também definiu essa estrutura e destacou a densidade domiciliar.
natureza multidimensional, dinâmica, complexa e ampla do conceito e
componentes da vulnerabilidade. O objetivo do nosso estudo foi desenvolver uma metodologia
Isso é evidenciado pelo caráter intrínseco da vulnerabilidade na composição para mapeamento de indicadores de perigo e áreas propensas a inundações
da comunidade. Adger (2006) afirma que esses componentes são traduzidos em escala municipal. As metodologias foram aplicadas ao estudo das
nas habilidades de lidar, recuperar ou resistir a situações de perigo, enchentes no município de Ipojuca no estado de Pernambuco. A primeira
juntamente com um entendimento desenvolvido pelos Estados Unidos Nações metodologia consistiu na simulação hidrológico-hidráulica do baixo curso do
para o que se pode chamar de resiliência (UNISDR, 2009). Dada essa vasta rio Ipojuca utilizando os modelos HEC-HMS e HEC-RAS do Hydrologic
quantidade de componentes, variando de indivíduos a comunidades inteiras, Engineering Center (HEC) do US Army Corps of Engineers (USACE). A outra
Zhou et al. (2014) justificam a falta de uniformidade na definição do conceito metodologia foi projetada para identificar as áreas propensas a inundações
de vulnerabilidade e a dificuldade em estabelecer métodos de medição em em todo o município. Para isso, foram utilizados um índice topográfico da
análises de diferentes escalas. região e uma matriz de custo de distância (que utiliza declividade e
drenagem), ambos calculados a partir do modelo digital do terreno. Os
Um aspecto importante no mapeamento de perigos e principais aspectos que diferenciam este estudo são a avaliação de cinco
vulnerabilidades é a definição dos indicadores físicos. No que diz respeito indicadores para geração do mapa de perigo e a apresentação de uma
aos indicadores de perigo, mais especificamente, pode incluir profundidade técnica que permite o mapeamento de inundações
da água, velocidade do fluxo, duração, direção da inundação, taxa de aumento da água e ex

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inundações: município de Ipojuca/PE.

áreas propensas em escala municipal. Essas informações podem ser 1300 mm. O relevo com superfícies retrabalhadas de vales profundos
utilizadas no planejamento da expansão da ocupação do solo em é constituído basicamente por morros na região litorânea (MAS
documentos como cartas geotécnicas e planos diretores de drenagem CARENHAS et al., 2005). A Figura 1 mostra a localização do
urbana, principalmente em municípios pressionados pelo processo município de Ipojuca em Pernambuco e o limite da bacia do rio
de crescimento populacional e urbanização, como é o caso de Ipojuca. Ipojuca cobrindo uma área de 3.435,34 km2 . A Figura 2 destaca a
Este estudo foi desenvolvido por meio de convênio entre o bacia hidrográfica do rio Ipojuca considerada na simulação hidrológica,
Ministério das Cidades e o GEGEP/UFPE no projeto “Elaboração abrangendo uma área de 474,23 km2 .
de cartas geotécnicas de aptidão à urbanização do município de
Ipojuca na Região Metropolitana do Recife, Pernambuco” (COUTINHO,
2014).

METODOLOGIA

Área de estudo

O município de Ipojuca na Região Metropolitana do Recife


ocupa uma área de 527,11 km², tem uma população de 80.637
habitantes (IBGE, 2010), está localizado a 49 km da capital do estado
e tem em seus limites a foz do rio Ipojuca . Ipojuca possui um grande
potencial turístico e econômico, incluindo algumas das praias mais
badaladas do litoral sul de Pernambuco e o complexo industrial e
portuário de Suape.
Com relação aos aspectos ambientais e físicos do município,
o clima é tropical úmido com verões secos e estação chuvosa iniciada
nos meses de outono e inverno ( abril-agosto), com precipitação
média anual superior a Figura 2 – Área da bacia do rio Ipojuca simulada pelos modelos

Figura 1 – Localização do município de Ipojuca e bacia do rio Ipojuca

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Modelo Digital de Terreno (DTM) O modelo hidrológico HEC-HMS consiste na discretização e delimitação da
área em sub-bacias, determinando o comprimento do maior curso d'água,
A altimetria da área de estudo é necessária para delimitar as sub- comprimento do rio principal e diferença de cota entre o ponto mais distante
bacias para modelagem hidrológica, caracterizar a geometria do rio Ipojuca do maior curso d'água e a saída do sub -bacia. Essa informação
e gerar um mapa das áreas sujeitas a inundações. Dois tipos de dados de
altimetria foram usados. é usado para calcular o tempo de concentração de cada sub-bacia
A caracterização da geometria do rio Ipojuca foi baseada no DTM, usando a equação de Kirpich (TUCCI, 1998):
produzido com dados do Condepe/Fidem na escala 1/25.000, juntamente (1)
3 0,385
com levantamentos de campo. O DTM resultante tem uma resolução ÿ eu ÿ
t c57 ÿÿ
1
espacial de cinco metros.
H
O outro DTM é resultado do Shuttle Radar ÿÿÿ ÿÿÿ

Projeto Missão Topográfica (SRTM). O Instituto Nacional de Pesquisas


Espaciais (INPE) realizou um trabalho de correção e padronização dos onde
dados SRTM, eliminando pixels “NoData”, sombras e distorções. Os dados t é o tempo de concentração em min
c

corrigidos pelo INPE, denominados Topodata, também foram reamostrados L é o comprimento do maior curso d'água em km H é
para resolução de 30 metros, permitindo um melhor aproveitamento das a diferença de nível
0,1124 entre os pontos mais alto e mais baixo
ÿ

1423,97 T
informações (VALERIANO et al., 2009). O Topodata DTM foi utilizado como da bacia em metros i (2) t 21 ÿ Para o processo de
ÿ

ÿ
entrada para a discretização das sub-bacias e cálculo da declividade e delineamentoÿ de
0,7721
bacias hidrográficas, foi utilizado o
índice topográfico. Topodata com um medidor de 30 metros resolução. Nas operações
foi utilizado o pacote de geoprocessamento ArcGIS 10.1 juntamente
com a extensão ArcHydro 2.0 (MAIDMENT, 2002). A Figura 3 mostra
Energy
em sub-bacias
head = yáreas
+ v2/2g (3) aindicadas
área simulada com discretização
simulação hidrológica (cujas estão entre parênteses). Essas simulações
precisam do Indicador de projeto para força de fluxo = y. v2 (4)
O HEC-HMS (Sistema de Modelagem Hidrológica) (FELD precipitação como entrada para o período de retorno selecionado, que, para MAN, 2000)
simula a transformação da precipitação em escoamento superficial neste estudo, foi de 100 anos.
Intensidade
naturais e e =processos
v. y de propagação (5)
controlados (eg rios e canais com estruturas hidráulicas). O modelo HEC-
HMS é composto pelos seguintes componentes: i) cálculo das perdas simulação hidráulica
(interceptação na vegetação e na superfície do solo); ii) separação do fluxo
O modelo hidrodinâmico HEC-RAS (USACE, 2012) ; iii) fluxo de base, e iv) propagação do fluxo do rio. Os parâmetros facilitam a simulação de vazões em
canais naturais (rios) ou ÿ ÿ IT ln artificiais (por exemplo, canais de irrigação). Este software permite relacionados a esses métodos são a área da sub-bacia,
a ÿ

O modelotempo
eu

o cálculo e análise hidráulica de seções transversais e estacionárias unidimensionais de .concentração


HEC-HMS
6 ÿ ÿ ÿ tgusa
ÿ
, fatores
a curva
deeperda
o fluxopor
instável.
infiltração,
Na simulação
evapotranspiração
de
fluxocompletas
instável, o número do modelo e o hidrograma unitário triangular, desenvolvido pela aplicação das equações ÿÿÿ
de Saint-Venant e da Cellnorm de
eu

Preissmann = (Cell-MinValue)/(MaxValue-MinValue)

7
US National Resources Conservation Center, para determinar o hidrograma esquema de diferença finita implícita de quatro pontos (BRUNNER, 2010).
de projeto no trecho em estudo. Na simulação de fluxo permanente, o modelo calcula o perfil da superfície
As atividades de pré-processamento dos dados de entrada para o da água, resolvendo a equação de energia usando a Cellnorm = (MaxValue-
Cell)/(MaxValue-MinValue) 8

Figura 3 – Esquema de vazões de entrada no HEC-RAS: QET é a vazão máxima obtida a partir da análise estatística do Eng.
Tabocas série; QET-EM é a vazão incremental máxima da área entre Eng. Tabocas e Eng. Maranhão obtido da HEC-HMS e
QEM-FOZ é a vazão incremental máxima da área entre Eng. Maranhão e a foz, obtidos com o HEC-HMS

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município de Ipojuca/PE.

Método de Passo Padrão. A simulação neste estudo foi feita em regime Maranhão porque sua série é muito curta para uma análise estatística.
permanente e a condição de contorno a jusante é a opção “Profundidade A Tabela 1 mostra os valores de vazão da Figura 3 referentes à
Normal” calculada pela equação de Manning. recorrência de 100 anos.
Por se tratar de um modelo unidimensional, as variáveis hidráulicas
como profundidade e velocidade da água referem-se a condições
Tabela 1 – Vazões de entrada no modelo HEC-RAS
médias na seção transversal.
Os dados de entrada do modelo HEC-RAS são pré- Fluxo Valor (m3 /s)
processados no pacote ArcGIS 10.1. A extensão HEC-GeoRAS, também
QET 413,73
desenvolvida pelo USACE, permite a representação do canal principal
do rio e das margens do rio, além das seções transversais das quais
QET-EM 873,00
serão retiradas as características geométricas por meio do DTM.
O modelo hidrodinâmico HEC-RAS foi simulado no trecho
QET + QET-EM 1286,73
entre a calha do Engenho Maranhão e a foz do rio (~30 km). A condição
limite a montante deve ser a vazão na estação EngenhoTabocas 340,50
QEM-FOZ
(39360000) mais a contribuição lateral entre Eng. Tabocas e Eng.
Maranhão (ver Figura 3). Além disso, a descarga incremental no trecho
entre Eng. O Maranhão e a foz também tiveram que ser determinados. Após a simulação de fluxo permanente com o modelo HEC-
Em ambos os casos, a descarga incremental foi calculada com o modelo RAS, mapas de área inundada foram preparados para o período de
HEC-HMS. retorno de 100 anos. Para avaliar se os mapas produzidos são
consistentes com eventos passados, foi feito um levantamento de
A série de dados de vazões do medidor de vazão do Engenho campo para identificar diferentes pontos referentes aos limites da área
Tabocass foi utilizada para definir a vazão máxima anual neste trecho afetada pela enchente de junho de 2010. Foram levantados dezoito
para diferentes períodos de retorno. Foi utilizada a série, disponível no pontos ao longo do rio Ipojuca, com maior destaque para a região do
banco de dados da Agência Nacional de Águas, de janeiro de 1967 a município de Ipojuca. Os pontos foram identificados com a ajuda dos
dezembro de 2006. A série fornece 38 valores anuais de vazão máxima moradores dos locais atingidos.
diária. A função de distribuição de Gumbel foi adequada para calcular a Utilizando a série temporal da vazão do córrego Engenho
vazão correspondente ao período de retorno de 100 anos. Isso não foi Tabocas , confirmamos que a enchente de junho de 2010 teve um
feito para o Engenho período de retorno de aproximadamente 150 anos, com vazão registrada de 441

Figura 4 – Pontos identificados como limite da área alagada no evento junho de 2010 (em verde) e mapa produzido no ArcGIS
correspondente a Tr = 100 anos

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m3 /s. Os pontos levantados em campo foram comparados com o mapa Parâmetro CN


produzido, com base na simulação HEC-RAS com período de retorno de 100
anos. A distância entre cada ponto e o limite delineado pelo mapa foi considerada O parâmetro CN do método Curve Number é uma função do uso da
um erro. terra e do tipo de solo na área de captação. O uso da terra foi obtido a partir de
O erro médio dos 18 pontos foi de 48,11 metros de comprimento no plano. Há imagens Landsat. A imagem de satélite foi classificada por meio do software
alguns pontos onde não está claro se a enchente veio da calha principal do rio SPRING, onde foi utilizado o método da máxima verossimilhança. A partir do
Ipojuca ou de seus pequenos afluentes. Os pontos destacados na Figura 4 são resultado da classificação, foram identificadas as seguintes classes de uso da
exemplos dessa situação (círculo vermelho). Se esses pontos forem removidos terra: água, floresta, solo descoberto/área urbana e pastagem combinada com
do cálculo, o erro médio diminui para 18,59 metros. lavoura.
O tipo de solo, outra informação necessária para definir o parâmetro
CN, foi obtido do mapa na escala 1:100.000, produzido pelo projeto de
Zoneamento Agroecológico do Estado de Pernambuco (ZAPE). A classificação
Cruzamentos dos grupos de solos foi realizada com base no método apresentado por Sartori
et al. (2005), em que o grupo hidrológico do solo é definido com base no tipo de
A modelagem hidráulica requer informações batimétricas solo.
sobre as seções transversais do rio com um referencial altimétrico

ce, para possibilitar a determinação não só da área e perímetro úmido, mas O próximo passo foi combinar os mapas de uso da terra e grupos de
também do desnível longitudinal do leito do rio. Por este motivo, foi realizado um solos para definir o valor do parâmetro CN. Os EUA
levantamento altimétrico para determinar o nível de referência da estação O Boletim Técnico 55 do Departamento de Agricultura (USDA, 1986) apresenta
hidrográfica do Engenho Maranhão (mostrado na Figura 3). Pode-se determinar tabelas que relacionam os valores de CN com as classes resultantes da
a elevação do nível zero no córrego e, conseqüentemente, a elevação da seção combinação dos mapas de uso da terra e grupos de solos.
transversal em relação ao nível do mar. Nas áreas de água e mangue, o valor de CN é 100, assumindo que
nestas classes toda chuva causa escoamento superficial. A área das classes é
Além da estação Engenho Maranhão, foi necessário levantar outras utilizada como fator de ponderação para chegar ao CN final em cada sub-bacia
duas seções transversais para melhor representação da geometria e da (os valores variam entre 58,5 e 68,5).
declividade do fundo do rio, conforme mostra a Figura 2.

3 0,385 Mapeamento de áreas de perigo


ÿ eu ÿ
t c57
Tempestade de projeto
ÿÿ 1
H Segundo UNISDR (2009), perigo é descrito como a frequência de
ÿÿÿ ÿÿÿ
Ao invés de usar um conjunto de dados pluviométricos, a tempestade ocorrência de diferentes intensidades para diferentes áreas com base em dados
de projeto foi definida usando a equação intensidade-duração-frequência históricos. Tominaga et ai. (2009) afirmam que perigo refere-se à probabilidade
determinada por Ramos (2010), com dados pluviográficos do aeroporto de de um fenômeno ou processo natural potencialmente prejudicial ocorrer em um
Recife. A equação é a seguinte. determinado local durante um tempo especificado. Considerando esses
conceitos, a ideia é gerar um mapa de perigosidade para as áreas adjacentes
0,1124
ÿ (2) ao rio Ipojuca, utilizando indicadores baseados em profundidade de água e
1423,97 T ÿ
ÿ
(2)
eu

t 21 ÿ velocidade de fluxo fornecidos pelo HEC-GeoRAS (extensão do pré e pós-


ÿ 0,7721
processamento do modelo HEC-RAS ).
onde

i é a intensidade da chuva em mm/h Alternativamente, definimos indicadores que poderiam representar ou


T é o período de retorno em anos estar relacionados à energia hídrica. Kreibich et ai. (2009) defendem o uso de
Cabeça de energia
v2/2g
= yt +é a duração da (3)
chuva em minutos outras variáveis derivadas da profundidade da água e da velocidade do fluxo
Indicador para força
fluxode
Esta equação
= y. v2foi
(4)usada para calcular a tempestade de projeto. para relacionar com danos estruturais em casas, estradas, perdas financeiras
Segundo Porto Alegre (2005), uma tempestade de projeto é o evento crítico de e interrupção de negócios. O sugerido
estatísticas
Intensidade da
= v. y (5) natural
precipitação gerado eartificialmente
nos parâmetros com
debase nas características
resposta da bacia hidrográfica. Esses indicadores são os seguintes:
elementos são representados pelo período de retorno da tempestade de projeto
em anos e a duração crítica do evento (adotado aqui como o dobro do tempo de Cabeça de energia = y + v2 /2g (3)
concentração). A distribuição temporal das chuvas foi baseada na metodologia
Indicador para força de fluxo = y. v2 (4)
ÿÿ ÿ
um eu

TI ln ÿ ÿ
ÿ
6
ÿ
descrito por Porto Alegretg(2005). ÿOÿ ÿ chamado método de blocos alternados
Intensidade = v.y (5)
eu

distribui a precipitação ao longo do tempo para encontrar um cenário crítico de


chuva. Este cenário é baseado em precipitação leve e média no início e no final
do tempo e precipitação pesada Cellnorm = (Cell-MinValue)/(MaxValue-MinValue) onde
no meio
pico.
da duração, produzindo hidrogramas de alto fluxo de 7
yis profundidade da água
(m) vis velocidade do fluxo
8 (m/s) gis aceleração da gravidade = 9,81 m/s2
Cellnorm = (MaxValue-Cell)/(MaxValue-MinValue)

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Ribeiro Neto et al.: Metodologias para geração de mapas indicadores de perigo e áreas propensas a inundações:
município de Ipojuca/PE.

A Tabela 2 mostra qual indicador tem maior influência sobre os 0,6 e 1,2 metros e 0,6 e 1,2 m/s. Os dois mapas foram reclassificados
danos causados aos diferentes tipos de uso da terra (KREIBICH et al., 2009). atribuindo um valor de 1, 2 e 3 para profundidades de 0-0,6 m, 0,6-1,2 m e
acima de 1,2 m, respectivamente, e para velocidades de fluxo de 0-0,6 m/s,
Segundo Wright (2008), inundações com profundidade de água 0,6-1,2 m/ s e acima de 1,2 m/s, respectivamente. Para a profundidade da
superior a 0,60 metros ou velocidade de fluxo superior a 1,2 m/s resultam em água, o valor (0,60 m) e o dobro desse valor foram adotados como limiares
perigo definitivo para as pessoas. Esses valores foram usados para o rio para definição das classes. No caso da velocidade do fluxo, optou-se por
Ipo juca como base para definir três níveis de severidade da enchente usar o limite (1,2 m/s) e
relacionados à profundidade da água e à velocidade do fluxo. A Figura 5 sua metade. Esses limiares constituem uma classe com um equilíbrio bem
mostra os histogramas com valores simulados para profundidade da água e distribuição de frequência, conforme mostrado na Figura 5.
velocidade de fluxo na área de estudo, juntamente com os valores dos limiares: Um procedimento semelhante foi adotado para definir o limiar

Tabela 2 – Influência dos diferentes indicadores de perigo sobre os danos causados pelas inundações (adaptado de Kreibich et al, 2009)

Tipos de danos
Pa de impacto Danos estruturais
Danos estruturais Perdas monetárias em Perdas monetárias para Interrupção e duração
rametros
de edifícios
em estradas edifícios residenciais infraestrutura rodoviária do negócio
residenciais

Velocidade do fluxo Não Forte Fraco Não Não

Profundidade da água Forte Médio Médio Não Médio

cabeça de energia Forte Médio Médio Não Fraco


Força de fluxo Fraco Forte Fraco Não Não

Intensidade Fraco Forte Fraco Não Fraco

Figura 5 – Histogramas com valores dos indicadores

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ds dos demais indicadores da Figura 5. Segundo Kreibich et al. (2009), os matriz pode ser obtida em ESRI (2016).
valores que representam um aumento significativo dos danos na região Os mapas usados para identificar áreas propensas a inundações
atingida pela enchente são de dois metros para a queda de energia (Eq. 3), têm diferentes faixas de variação nos valores. Para superar essa característica
2 m3 /s2 para a força de fluxo (Eq. 4) e 1,5 m2 /s para a intensidade (Eq. 5). e permitir a combinação posterior desses mapas, eles foram normalizados
A Tabela 3 apresenta os limiares utilizados para definir as classes de para que a escala final indique que quanto mais próximo o pixel estiver de 1,
periculosidade baixa, média e alta para os indicadores adotados. mais suscetível a área é alagável, e quanto mais próximo de 0, menos
suscetível.
A equação 7 é utilizada para normalizar os valores do índice
Tabela 3 – Limiares de indicadores para construir um mapa de perigo topográfico (o aumento do valor da variável original indica maior
suscetibilidade a inundações).
Indicador Baixo Médio Alto

Profundidade da água (m) 0-0,60 0,60-1,20 > 1,20 Cellnorm = (Cell-MinValue)/(MaxValue-MinValue) (7)
Velocidade de fluxo (m/s) 0-0,60 0,60-1,20 > 1,20

Cabeça de energia (m) 0-1,0 1,0-2,0 > 2,0 A equação 8 é utilizada para normalizar os valores da matriz de

0-1,0 1,0-2,0 > 2,0 custos de distância (o aumento do valor da variável original indica menor
Força de fluxo (m3 /s2 )
suscetibilidade).
Intensidade (m2 /s) 0-0,36 0,36-1,50 > 1,50
0,385
ÿ eu3 ÿÿ Cellnorm = (Max Value-Cell)/(Max Value-MinValue) (8)
t c57
Definição das áreas propensas a
ÿÿ 1
H inundações ÿ ÿÿÿ
ÿ

onde
A segunda metodologia adotada fornece uma visão geral do Cellnorm é o valor normalizado
município de Ipojuca no que diz respeito à sua suscetibilidade a inundações. Cell é o valor original do pixel
Indicadores físicos são usados para ajudar a explicar em termos numéricos Max Valueé o pixel com valor mais alto
a extensão desse grau de suscetibilidade. Estudos realizados em outros Min Valueé o pixel com menor valor
países foram tomados como referência, 1423,97
0,1124 T
ÿ

com indicadores como uso do solo, tipo de solo, cobertura do solo, (2)
eu ÿ Pesos iguais foram usados para combinar os dois
t 21 ÿ
declividade, ÿ 0,7721 proximidade
ÿ de cursos d'água, acúmulo de vazão e mapas.
elevação do solo (PRADHAN, 2009; SANTANGELO et al., 2011; MORAES
et al., 2014).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na aplicação ao município de Ipojuca, as áreas propensas
a inundações
definidas
topográfico
queda com foram
de energiaa =índice
Indicador y de
+ v2/2g
força com
de fluxo
dois=mapas:
y. v2 (3)
mapa de perigo

(4)
matriz de custos de distância. Seis indicadores de perigo foram usados: profundidade da água,
velocidade do fluxo, combinação de profundidade e velocidade, cabeça de energia,
Intensidade = v. y (5)
O índice topográfico do Topmodel hidrológico (BEVEN et al., força e intensidade do fluxo. A Figura 6 mostra um mapa com o indicador de
2012) representa o potencial de saturação de um ponto da bacia. Esta é profundidade da água.
uma função do acúmulo de fluxo O indicador definido pela combinação da profundidade da água e
e inclinação no ponto. velocidade do fluxo é um raster com pixels que variam de 1 a 9. Uma nova
ÿÿ
um eu
ÿ reclassificação foi feita para ter um mapa com valores 1, 2 e 3. O valor é
TI lnÿ ÿ ÿ
ÿ
(6) 6 obtido fazendo a aritmética média das classes de profundidade e velocidade.
tg eu
ÿÿÿ
Quando o resultado é fracionado (por exemplo, (3 + 2 ÷ 2 = 2,5), adota-se o
valor imediatamente acima (neste exemplo, o valor resultante seria 3). A
onde Tabela 4 mostra como é definido o resultado da combinação para gerar o
7
Cellnorm = (Cell-MinValue)/(MaxValue-MinValue) IT é o mapa de indicadores de perigo como pode ser visto na Figura 7.
índice topográfico; ai é a área de drenagem acumulada a ,
montante em m2 tgbi é o gradiente topográfico dado pela Tabela 4 - Combinação de mapas de profundidade de água e velocidade de fluxo
inclinação de Cellnorm = (MaxValue-Cell)/(MaxValue- 8
MinValue)
graus. o terreno em
O segundo mapa utilizado - a matriz de custo de distância - dá a Profundidade Velocidade Combinação de Perigo 1
cada pixel um valor de custo de deslocamento para a hidrografia e o pondera 1 1 Baixo
2 1 2 Médio
com o valor do relevo do terreno. O custo tem relação direta com o desnível
3 1 2 Médio
do terreno e com a distância até o rio ou canal. O custo pode representar a
1 2 2 Médio
suscetibilidade a inundações, pois quanto menor o custo, mais fácil de
2 2 2 Médio
acumular água. O resultado da operação será uma matriz em que cada
3 2 3 Alto
célula contém o valor do menor custo de distância entre o ponto e o curso
1 3 2 Médio
d'água. Esta operação foi feita no pacote ArcGIS 10.1. Detalhes sobre o
2 3 3 Alto
cálculo do custo da distância 3 3 3 Alto

384 DOI: http:// dx.doi.org/ 10.21168/ rbrh.v21n2.p377-390


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Ribeiro Neto et al.: Metodologias para geração de mapas indicadores de perigo e áreas propensas a
inundações: município de Ipojuca/PE.

Figura 6 – Mapa de indicadores de perigo por inundação para o período de retorno de 100 anos: profundidade da água nos níveis baixo (0-0,60 m), médio (0,60-1,2
m) e alto (> 1,2 m)

Figura 7 – Mapa de indicadores de perigo por inundação para o período de retorno de 100 anos: combinação de profundidade e velocidade de fluxo

Figura 8 - Mapa de indicadores de perigos decorrentes de inundações para o período de retorno de 100 anos: Intensidade do indicador

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Para os últimos três indicadores, a álgebra de mapas foi usada Equação 7, onde o aumento do valor da variável original indica um aumento
para chegar ao resultado desejado. Assim como nos primeiros indicadores do nível de propensão a inundações (Figura 9).
de perigo, três classes foram definidas de acordo com o valor do indicador Para a matriz de custos de distância, o método utilizou como
conforme mostrado na Tabela 3. O mapa resultante do indicador variáveis a declividade do terreno e a proximidade de cursos d'água. O
“intensidade” (Eq. 5) é fornecido na Figura 8. custo da distância foi normalizado pela aplicação da Equação 8, onde a
diminuição do valor da variável original indica maior nível de propensão a
Definição de áreas propensas a inundações inundações (Figura 10).
Por fim, o mapa das áreas propensas a inundações foi obtido
O índice topográfico foi normalizado de acordo com adotando-se uma média ponderada dos valores normalizados do índice
topográfico e da matriz de custo de distância. Ambos os valores tiveram
peso igual a 0,5. Os valores resultantes foram agrupados em três classes
propensas a inundações com igual intervalo de variação: baixo, médio e
alto. A Figura 11 ilustra o mapa com o método adotado onde as classes
baixa e média são combinadas
(branco) para diferenciar da classe altamente propensa a inundações (verde).

Discussão dos resultados

Os resultados do mapeamento dos indicadores de perigo


ajudaram a identificar na várzea do rio Ipojuca as áreas com maior potencial
de dano à população. Na área próxima ao centro do município, por exemplo,
o mapa com o indicador de profundidade da água mostra um alto nível de
perigo. Em todos os indicadores avaliados, o nível de periculosidade alto
predomina no trecho do rio a montante do centro da cidade de Ipojuca,
principalmente devido às altas declividades do leito do rio resultando em
alta velocidade de vazão e profundidade da água. As áreas com risco médio
e baixo a jusante do centro da cidade prevalecem devido às baixas
declividades do leito do rio. Essa análise só é possível graças à capacidade
do modelo HEC-RAS de produzir mapas de profundidade da água e
velocidade do fluxo, além do mapeamento de áreas alagadas.

Figura 9 – Índice topográfico normalizado A área correspondente à classe de risco alto é muito semelhante
nos diferentes mapas produzidos com os indicadores. No entanto, uma
diferença significativa é encontrada entre
as classes de risco médio e baixo. Isso se deve à escolha
do limite inferior que define a separação dessas duas classes. Os testes
podem ser realizados com outros valores limite para profundidade da água
e velocidade do fluxo.
Uma similaridade razoável também é encontrada entre quatro
mapas de indicadores de perigo: profundidade da água, velocidade do
fluxo, profundidade-velocidade combinada e intensidade. A escolha de um
ou outro indicador pode seguir as orientações fornecidas por Kreibich et al.
(2009), que relacionam tipos de danos (prédios e estruturas rodoviárias,
danos financeiros, interrupção de negócios e assim por diante) aos
indicadores de perigo. Nesta análise do município de Ipojuca, o indicador
de lâmina d'água é uma boa escolha, pois o uso do solo é predominantemente
residencial, associado a uma infraestrutura viária.
A profundidade da água também foi o indicador adotado por Monteiro e
Kobiyama (2013) quando áreas de risco de inundação no município de
Ilhota (SC) e por Masood e Takeuchi (2012) e Gain et al. (2015) para
determinar índices de risco em Dhaka, capital de Bangladesh.

O resultado do mapeamento das áreas propensas a inundações


em todo o município mostra o potencial positivo do método para identificar
locais que podem sofrer danos causados por inundações. Juntamente com
as áreas propensas a inundações, a Figura 11 ilustra o limite do
Figura 10 – Custo de distância normalizado

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Ipojuca/PE.

Figura 11 – Mapa resultante da aplicação do método de identificação de áreas propensas a inundações no município de Ipojuca

Área inundada do rio Ipojuca para um período de retorno de 100 anos (Tr = 100 planejar a expansão da ocupação do solo, visando reduzir danos e prejuízos para
anos) obtida a partir do modelo HEC-RAS. Nota-se uma razoável proximidade a população e poder público em decorrência de desastres naturais (COUTINHO,
entre o resultado do modelo hidráulico e a área propensa a inundações. Assim 2014). Nos casos em que as áreas já estão ocupadas, por exemplo, em parte do
como outras abordagens, a metodologia aplicada a Ipojuca se mostrou eficaz na centro do município de Ipojuca, o resultado pode ser útil para definir as medidas
identificação de áreas propensas a inundações usando o DTM como informação necessárias para enfrentar eventos potencialmente danosos.
básica. Moraes e cols. (2014) testaram técnicas de cálculo para acumulação de
fluxo e associaram isso ao potencial de inundação do terreno. O modelo HAND, No Brasil, poucos estudos envolvem mapeamento para avaliar danos
desenvolvido por Nobre et al. (2011) para definir classes relacionadas ao nível potenciais causados por enchentes. Os detalhes espaciais dos indicadores de
freático, tem sido utilizado para identificar áreas susceptíveis a inundações perigo são uma ferramenta valiosa para a gestão do risco de inundação, uma vez
(NOBRE et al., 2016; SCHLAFFER et al., 2012; SILVA et al., 2013). que o mapa fornece uma avaliação mais direta e rápida do que outros métodos.
No estudo, chamou a atenção a vazão de pico simulada na área de
estudo quando comparada com a vazão gerada no alto e médio rio Ipojuca. Para
reduzir as incertezas,
precisaríamos fazer uma avaliação mais detalhada do
CONCLUSÕES regime de chuvas intensas nos cursos superior, médio e inferior do rio Ipojuca
para verificar a influência do clima nas magnitudes dos eventos pluviométricos.
A análise de risco é essencial para o planejamento e intervenção em Além disso, a adequação dos métodos usados no modelo HEC-HMS precisa ser
áreas propensas a inundações. Conforme enfatizado anteriormente, para avaliada

avaliação de risco é necessário caracterizar tanto o perigo quanto a no que diz respeito à sua aplicação em bacias hidrográficas próximas que possuam
vulnerabilidade. Os resultados do estudo de Ipojuca podem ser usados séries de vazões para comparação.
principalmente para caracterizar o perigo. Isso poderia auxiliar, por exemplo, na No entanto, a comparação entre a área inundada e um levantamento
elaboração de cartas geotécnicas para identificar as áreas mais propícias à de campo mostrou um desempenho adequado de ambos os modelos usados para
ocupação no município. As cartas geotécnicas são essenciais para representar os processos hidrológicos e hidráulicos.

DOI: http:// dx.doi.org/ 10.21168/ rbrh.v21n2.p377-390 387


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Vale ressaltar que as metodologias desenvolvidas e aplicadas COUTINHO, RQ (Coord.). Elaboração de cartas geotécnicas de oferta à
no município de Ipojuca podem ser reproduzidas em outros municípios urbanização no município do Ipojuca, localizado na Região Metropolitana
do Brasil. A metodologia de mapeamento de áreas propensas a do Recife, Estado de Pernambuco. Ministério das Cidades Projeto
inundações pode ser particularmente útil para regiões com falta de GEGEP/UFPE, Relatório Técnico Final, 2014.
dados hidrográficos (nível d'água, vazão, batimetria), onde o uso de
modelagem hidrodinâmica é difícil. Em geral, o fator mais limitante que ESRI.ArcGIS Help Library.2016. Disponível em: <http://
pode ser considerado para a adoção dos métodos atualmente é a resources. arcgis.com/en/help/main/10.1/index.html#/
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relevo em rios impactados por eventos de inundação. fevereiro de 2016.

Esses resultados são o primeiro passo para chegar a uma


análise de risco de inundação , que requer mapeamento de perigo, FELDMAN, AD (USACE). Sistema de Modelagem Hidrológica HEC
exposição e vulnerabilidade. Esforços devem ser feitos para caracterizar HMS: Manual de Referência. Davis, Califórnia, EUA: US Army Corps of
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em Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: http://wwwp.coc.ufrj.br/
teses/ mestrado/rh/2007/Teses/ZONENSEIN_J_07_t_M_rhs.pdf
Acesso: 20 fev. 2015.

Contribuição dos autores:

Alfredo Ribeiro Neto: dados de entrada pré e pós-processamento dos modelos


HEC-HMS e HEC-RAS; simulação de modelos; mapeamento da área inundada,
profundidade da água, velocidade do fluxo, indicadores de perigo e áreas
propensas a inundações; pesquisa de campo; revisão da literatura; escrita de texto.

Larissa Ferreira David Romão Batista: dados de entrada pré e pós-


processamento dos modelos HEC-HMS e HEC-RAS; simulação de
modelos ; mapeamento de área inundada, profundidade da água,
velocidade de fluxo e indicadores de perigo; revisão da literatura; escrita de texto.

Roberto Quental Coutinho: mapeamento da área alagada, profundidade da


água, velocidade do fluxo, indicadores de perigo e áreas propensas a
inundações; revisão da literatura; redação de texto; coordenação do projeto.

390 DOI: http:// dx.doi.org/ 10.21168/ rbrh.v21n2.p377-390

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