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Curso Para Dirigentes De Louvor

Ministério de louvor Missão Ceifa


ÍNDICE
Aula 1 – A Música no Projeto Divino
Aula 2 – Separados Para Deus
Aula 3 – Relacionando-se Com a Palavra
Aula 4 – A Ministração De Louvor No Culto
Aula 5 – Características de um Salmista
Aula 6 – As Responsabilidades dos Salmistas
Aula 7 – O Ministro de Louvor Como Sacerdote
Aula 8 – O Ministro de Louvor Como Profeta
Aula 9 – O Ministro de Louvor Como Servo
Aula 10 – Serviço X Estrelato
Aula 11 – Louvor e Adoração
Aula 12 – Dinâmicas de Grupo
Aula 13 – Unção e Propósito Profético
Aula 14 – Composição
Aula 15 – Gestos Musicais
Aula 16 – Música Expontânea e Congregacional
Aula 17 – Expressões de Adoração
Aula 18 – Vocabulário Bíblico
Aula 19 – A Adoração e os Sentidos
Aula 20 – Prática do Dirigente x Prática da Adoração
Aula 21 – O Dirigente de Louvor X Preparo
Aula 22 – Os Efeitos da Adoração
Aula 23 – A Adoração na Igreja Contrastada com a do Antigo Testamento.
Aula 24 – Como Reger os Músicos no Perído de Louvor
Aula 25 – ENTENDENDO A TRIBO DE LEVI E SUAS FUNÇÕES
Aula 26 – A IMPORTÂNCIA DOS CÂNTICOS COMO UM MINIST. DO ESPÍRITO
AULA 27 – A NATUREZA DOS CÂNTICOS NEO-TESTAMENTÁRIOS
AULA 28 – HISTÓRIA DOS CÂNTICOS DO ANTIGO TESTAMENTO
AULA 29 – OS CÂNTICOS NA ÉPOCA DO NOVO TESTAMENTO
AULA 30 – O CÂNTICO DE SALMOS
AULA 31 – O CÂNTICO DE HINOS
AULA 32 – CANTANDO-SE CÂNTICOS ESPIRITUAIS

Objetivo do Curso: Formar Dirigentes de Louvor


Duração do Curso: 1 ano e 6 meses
Dia das aulas: 1 vez por mês com 4 aulas ( duração 4 horas )
Biografia: Material do INFORM E Canzion MG , Livros : Adoração Bíblica, O Tabernáculo de
Moisés, O Tabernáculo de Davi, O Ministério de Louvor e O poder do Louvor ( Adhemar de
Campos), O Coração do Artista, Falando de Adoração (Ap Dawid Alves) etc...
A MÚSICA NO PROJETO DIVINO
AULA Nº1

Alguém já disse que seria impossível compreendermos as Sagradas Escrituras se não tivéssemos
comunhão com a Pessoa que a inspirou. Da mesma forma, tenho que afirmar que a música é indissociável
da pessoa do próprio Deus, uma vez que ela nasceu eu Seu coração. Em toda a Bíblia de Gênesis a
Apocalipse, Deus se revela um Ser musical, como veremos nos exemplos a seguir:

Dt 31:19 - Agora, pois, escrevei-vos este cântico, e ensinai-o aos filhos de Israel: ponde-o na sua
boca, para que este cântico me seja por testemunha contra os filhos de Israel.

Perceba que o Senhor “dita as palavras” de um cântico que se tornaria um testemunho ao povo de
Israel. Deus, na verdade, o escreveu com o objetivo de comunicar-se com o Seu povo, para servir como
testemunho de Sua soberania no curso da história daquele povo.
Não sem razão, encontramos na Bíblia o livro de Salmos, livro este que possui o maior número de
capítulos: de 150 poemas musicados, retratando a vida de alguns homens de Deus, assim como poderosos
feitos do Senhor na história do povo de Israel.

No livro de Jó, vemos a presença da música na própria criação do universo:

Jó 38:6-7 - Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?

Entendemos que como no Israel antigo, Deus separou a tribo de Levi dentro de um propósito de
preparação e purificação (santificação) para auxiliar os sacerdotes na ministração da música (louvor e
adoração), no serviço do templo, e no cumprimento das suas responsabilidades para com o povo (Números
3. 5-7). Deus tem nos levantado nessa geração para que com a mesma responsabilidade e seriedade
possamos como levitas (servos), ministrarmos diante de Dele e da congregação, e darmos todo o suporte
necessário aos nossos líderes no propósito do reino.

Cremos que a Música é um projeto divino. Desde o Antigo Testamento observamos que Deus separou
por intermédio de seu servo Davi, ministros (servos na essência da palavra) para atuarem no serviço da casa
do Senhor em diversas funções. Davi destaca os procedentes da linhagem de Levi, para o ministério da
música (1 Crônicas 25. 1 -7).
Percebemos que estes não apenas tocavam instrumentos musicais ou cantavam, mas profetizavam através
de seus instrumentos a palavra de Deus que é VIDA.

"Davi, junto com os comandantes do exercito, separou alguns dos filhos de Asafe, de Hemã e de
Jedutum para o ministério de profetizar ao som de harpas, liras e címbalos. Esta é a lista dos escolhidos
para essa função".(1 Crônicas 25.1)

A exemplo dos filhos de Asafe, Hemã e Jedutum, precisamos aprender a cantar e profetizar a palavra.
Deus não nos convocou apenas para tocarmos instrumentos musicais, mas tocarmos seu coração, de forma a
abençoá-lo. E qual a melhor forma de abençoar o coração de Deus? Cremos que é liberando, ensinando,
tocando pessoas com o coração Dele através de nós, lembrando que somos seu templo e fomos separados
para seu louvor e adoração e, para isso, é necessário nascer de novo para assim liberar seu Reino (João 3.3).

Em Apocalipse, a música e a adoração são inseparáveis, Os santos louvam ao Cordeiro, que está
assentado no trono, revelando, assim, uma atitude de reverência Àquele que é o próprio Senhor do universo.
A música, nesse contexto, é um aroma suave a Deus: um sacrifício de amor e reconhecimento de Sua
majestade sobre todos os poderes cósmicos.

Ap 5:13-14 - E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está
no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro,
sejam dadas acções de graças, e honra, e glória, e poder, para todo o sempre.
E os quatro animais diziam: Ámen. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao
que vive para todo o sempre.

Poderíamos mencionar ainda outras expressões de louvor e adoração através da música, registrada
nas Escrituras, são amostras de tais manifestações:

1 – O cântico de Miriã – Ex 15
2 – O cântico da espada ( de lameque) – Gn 4:23-24,
3 – O cântico do poço – Nm 21:17-18
4 – O cântico de Débora – Jz 5
5 – O cântico de Davi – 2 Sm 22
6 – O cântico de Lucas – Lc 1:46-55
7 – O cântico de Zacarias – Lc 1:67-69
8 – O cântico dos anjos – Lc 2:14

Precisamos considerar, também, que o objetivo e o propósito de Deus, com relação à música não
incluem somente os cultos e as reuniões, uma vez que ela está ligada ao plano glorioso e incomensurável a
respeito da redenção do homem, da natureza e de todo o mundo criado. A música está ligada ao propósito
eterno de Deus e ao projeto divino para a História.
SEPARADOS PARA DEUS
AULA Nº2

Lv 27:28 - Todavia, nenhuma coisa consagrada, que alguém consagrar ao Senhor de tudo o
que tem, de homem, ou de animal, ou do campo da sua possessão, se venderá nem resgatará; toda a
coisa consagrada será uma coisa santíssima ao Senhor.

Todo aquele que é um autêntico ministro, instruído no canto do Senhor, foi separado por Deus para
esta tarefa. A partir do instante em que o Senhor nos escolhe para sermos ministros em Sua casa, devemos
nos abster de tudo aquilo que desvia a nossa atenção de Sua santa e maravilhosa presença. Deus não nos
chamou apenas para tocarmos em uma equipe de música.
Ele nos chamou para profetizarmos, para ministrarmos Sua graça redentora e a Sua unção, a fim de
darmos o melhor Àquele que é o Senhor de toda a terra. Fomos separados exclusivamente para Ele, para o
Seu louvor e para a Sua glória.

SEPARADOS

Para sermos ministros de música, portanto, é primordial que tenhamos a convicção de que, de fato,
fomos separados por Deus para esta tarefa específica. Devemos também procurar auxiliar os nossos
companheiros de ministério, cooperando com eles ao máximo a fim de que alcancem a revelação necessária
da dimensão espiritual do seu chamado. Vale lembrar que mesmo aqueles que já estão conscientes do seu
chamado e de sua vocação precisam de aconselhamento pessoal, orientação em áreas específicas, como
família, finanças, sexo etc.

CANTANDO O QUE VIVE E VIVENDO O QUE CANTA

Paulo escrevendo aos irmãos de Roma, nos exorta:

Rm 15:18 - Porque não ousaria dizer coisa alguma que Cristo por mim não tenha feito, para
obediência dos gentios, por palavra e por obras;

Aquilo que cantamos, via de regra, deve ser também o que vivemos e experimentamos em nossa
própria caminhada. Se numa ocasião cantamos: “eu tenho em mim um canto de vitória” , esse verso deve
expressar a nossa experiência real.
A Autenticidade na vida cristã é um precioso tesouro que devemos buscar com intensidade e
primazia. O nosso cântico é um instrumento através do qual Deus se manifesta, trazendo cura, libertação e
redenção.

1Cr 25:1 - E DAVID, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os
filhos de Asaf, e de Heman, e de Jedutun, para profetizarem com harpas, com alaúdes, e com
saltérios: e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério.
O rei Davi estava consciente dessa realidade e, por isso, chamou aqueles homens para profetizar com
harpas, alaúdes e címbalos. Não os convocou apenas para tocar: escolheu levitas que já haviam sido eleitos
por Deus para o serviço no tabernáculo diante do Senhor. Nós também precisamos, a exemplo dos filhos de
Asafe, Hamã e Jedutum, aprender a cantar e a profetizar a Palavra.

Sl 138:4 - Todos os reis da terra te louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua
boca;

Sl 56:10-11 - Em Deus, louvarei a sua palavra: no Senhor, louvarei a sua palavra. Em Deus
tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem.

O louvor que Deus espera de mim, de você, dos músicos e de toda a congregação é um louvor da
Palavra. Aqueles que são responsáveis por este ministério na igreja do Senhor devem profetizar a Palavra
através da música, do louvor, da adoração, porque assim, além de glorificar a Deus, a igreja é edificada.
Precisamos, por conseguinte, nos levantar contra toda superficialidade com que, muitas vezes, tratamos o
caráter de nossos músicos. Precisamos nos consagrar a Deus, a fim de realmente ministrarmos em Sua santa
presença!

AS EVIDÊNCIAS
A evidência clara que alguém possui um chamado divino são os frutos que seguem o seu serviço e o
seu ministério. Essa é a credencial do discípulo: dar muito fruto. O que legitima o nosso ministério, a nossa
vocação, são os frutos do nosso serviço, os frutos do Espírito que evidenciamos e que se manifestam na
nossa vida cotidiana. O próprio Senhor nos advertiu de que é isso que glorifica ao Pai:

João 15:8 - Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.

Uma pessoa, portanto, que deseja ministrar na casa de Deus, não estará apta ao serviço se não estiver
dando frutos e testemunhos de sua comunhão com Deus. O nosso ministério só terá um reconhecimento
legítimo diante de Deus e das pessoas se dermos frutos que honrem e glorifiquem ao Pai que estás nos céus,
e a condição fundamental para que isso ocorra é a nossa total sujeição à ação de Deus em nossa caminhada
de fé, por intermédio do Espírito. No evangelho de João, Jesus afirma que:

João 12:24 - Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não
morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.

Para uma vida frutífera, é necessário morrermos a cada dia para os nossos velhos hábitos,
renunciando a tudo o que possa vir a comprometer o desenvolvimento do nosso serviço na casa de Deus e a
nossa aliança com o Senhor. Só assim realmente teremos condições de ter um ministério capaz de produzir
muito fruto.
RELACIONANDO-SER COM A PALAVRA
AULA Nº3
O fator preponderante na vida do músico é a sua relação com a Palavra de Deus e com o Deus da
Palavra. Essa deve ser a ênfase principal na formação e na vida daqueles que ministram. A cada instante
precisamos ser encorajados a ajudar uns aos outros a termos um relacionamento diário com Deus e com a
Sua Palavra.
Devemos insistir, estimular, exortar aqueles que trabalham no ministério da música a terem uma
relação íntima e profunda com a Palavra.

Sl 119:97 - Oh! quanto amo a tua lei! é a minha meditação em todo o dia.

Costumo comparar a importância da santidade e o entendimento da palavra de uma equipe de louvor


e principalmente do dirigente de louvor com um sistema de encanamento. É importante saber que para um
sistema de encanamento funcionar corretamente, os canos devem estar livres de sujeira, devem estar
desobstruídos. Se ocorrer o contrário, podem ocorrer vazamentos, quebra de canos, e toda a água pode
perder-se. Sendo assim, o lugar de destino se tornará seco pela falta de água. Ambos, os canos e o lugar de
destino sairiam prejudicados, devido a este problema de entupimento.

Se for passar esta ilustração para a realidade, podemos entender que os músicos, os dirigentes de
louvor são os canos, Deus é a fonte, a água constitui as bênçãos e a igreja é o lugar de destino da água.

Os levitas são os canos que ligam a fonte (Deus) ao lugar de destino (igreja). Os canos servem para
levar água ao lugar de destino, assim como os músicos servem para ligar Deus à Igreja no "período de
louvor", trazendo ministração, revelações de Deus, bênçãos de toda sorte, alegria, júbilo, paz, amor, perdão,
comunhão etc. Mas para este sistema funcionar corretamente, os canos não podem estar sujos, os levitas não
devem estar em pecado, senão as bênçãos poderão se perder pelo caminho. A fonte (Deus) está sempre
disponível para nos enviar água, mas nós devemos trabalhar em comunhão com ela, mantendo os canos
sempre limpos (santidade). Se ocorrer o contrário, o lugar de destino ficará seco (a igreja não receberá o que
Deus preparou para ela naquela ocasião).

Por isso precisamos ter o entendimento e o conhecimento da Palavra de Deus para que possamos, ter
sensibilidade e ouvidos espirituais para sentir o que Deus está querendo fazer através de nossas vidas.

Um relacionamento de amor com a Palavra não é algo imposto por uma cobrança externa. A leitura
diária da Bíblia não deve ser feita para aliviar a consciência, mas antes deve ser uma expressão de amor e
paixão à Palavra, como afirmou o salmista. Você ama a Lei do Senhor? Então medite nela, todos os dias de
sua vida!

Sl 119:111 e 140 - Os teus testemunhos tenho eu tomado por herança para sempre, pois são o
gozo do meu coração. A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama.

A base de qualquer ministério bem-sucedido está relacionada diretamente ás Sagradas Escrituras. Se


desejamos ter bom êxito como músico, pastor, evangelista, mestre , dirigente de louvor, precisamos estar
comprometidos com a Palavra. É o relacionamento coerente, verdadeiro e constante com a Palavra de Deus
e com o Deus da Palavra que nos remete a um ministério autêntico, profundo e frutífero. Paulo, ao estimular
o seu filho na fé, Timóteo, exorta-o.

II Tm 2:15 - Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

Deuteronômio 6.6-9 - E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as
ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao
levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; E as
escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas."

Estes versículos falam do relacionamento que devemos ter com a Palavra de Deus. Temos que a
conhecer tão bem, que usá-la em qualquer situação do nosso dia-a-dia se tornará o passo mais simples e
mais seguro. A palavra de Deus é eficaz. Ela não traz confusão, é clara, simples, e nada a substitui em
ocasião alguma.

O dirigente de louvor precisa ter a consciência de que a Palavra de Deus é um instrumento divino
que o torna apto para o ministério. O Senhor não usa qualquer obreiro mas, sim, aqueles que são tementes a
Ele e qualificados no conhecimento das Escrituras, aprovados nas mais diversas funções que venham a
exercer por intermédio da Sua Palavra.

Ex: 18:19 - Ouve, agora, a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo: Sê tu pelo povo
diante de Deus, e leva tu as coisas a Deus.

Um dos passos principais para conhecer a Bíblia, é ler. Sem a ler, não a podemos conhecer. Podemos
ouvir, e é muito bom, há até um versículo que diz que “a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus”, (Rm 10.17)
- mas temos que ler, meditando, para que a Palavra se possa alojar na nossa mente. A Palavra tem que
“morar” na nossa mente. Por isso é que Paulo escreveu aos Romanos, dizendo: “transformai-vos pela
renovação do vosso entendimento” - (Rm 12.2), que significa que temos que renovar o nosso modo de
pensar, ou seja, temos que pensar como Deus pensa, a partir daí torna-se mais fácil, pois o nosso
pensamento já está direcionado para a palavra de Deus. Não se trata de uma lavagem ao cérebro, não,
porque ninguém nos obriga a mudar o nosso pensamento, mas sim que isso é primordial para a nossa
maneira de viver, para os nossos valores morais, e para os nossos valores espirituais.

Não há nenhum segredo, há é a disposição para ler, com a intenção de estudar, aprender, memorizar,
em suma, saber lidar com a Palavra de maneira eficaz e deixá-la habitar na nossa mente, alojar-se na nossa
mente, e renovar a nossa mente.

Assim, de uma maneira que muitas vezes não entendemos, o Senhor nos fala e guia através da
Palavra, segundo cada necessidade. Os nossos ouvidos espirituais têm que estar atentos, para que não
tenhamos dúvidas. Deus não é de confusões, e não desmente a sua palavra.

Sendo assim, a Palavra é tudo na vida de um ministro: ele deve maneja-la bem, conhecê-la, e lê-la,
meditar nela, decorar, cantar, respirar, viver e amá-la. Sem um amor ardente e profundo pela Palavra não
podemos, de maneira alguma, ser ministros aprovados diante de Deus.
O ministro de música é o ministério da palavra cantada, é a profecia em forma de música. Como diz
o salmista:
Sl 138:4 - Todos os reis da terra te louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua
boca

HOMENS DA PALAVRA

Os levitas eram aptos porque eram homens da Palavra e lhes cabia a responsabilidade de ensina-la ao
povo, profetizar com os seus instrumentos. Eles possuíam a revelação e a visão da glória de Deus por meio
da Palavra e é por essa razão que, frequentemente, quando ministravam, a glória do Senhor enchia o templo:

II Cr 5:13-14 - Eles uniformemente tocavam as trombetas e cantavam, para fazerem ouvir


uma só voz, bem-dizendo e louvando ao Senhor: e, levantando eles a voz com trombetas, e címbalos, e
outros instrumentos músicos, e bem-dizendo ao Senhor, porque era bom, porque a sua benignidade
durava para sempre, a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do Senhor.
E não podiam os sacerdotes ter-se em pé para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória
do Senhor encheu a casa de Deus.

Curioso é o que o texto nos afirma que os levitas cantavam e tocavam suas trombetas uniformemente
para fazer ouvir uma só voz. Tal expressão nos dá idéia de unidade, e de canto e ministração ocorridos no
mesmo nível de intensidade, anelo, alvo e visão. É uma benção quando a equipe musical está afinada não
apenas musicalmente mas, sobretudo, espiritualmente, e o louvor e a adoração fluem sem nenhuma ação ou
esforço humano. O desejo de Deus é nos usar para que Sua glória venha sobre a Sua casa e todos sejam
cheios da Sua santa e maravilhosa presença. Meu querido leitos, Deus deseja encher a Sua casa com a Sua
glória por seu intermédio.
A glória de Deus é o efeito ou o resultado de algo que os sacerdotes e os levitas primeiramente já
haviam experimentado, como pudemos ver versículos acima.

O músico e a qualidade do seu trabalho estão sempre condicionados ao fato de ser ele um justo. Veja
o que o salmista afirma:

Sl 33:1-3 - REGOZIJAI-VOS no Senhor, vós, justos, pois aos rectos convém o louvor. Louvai a
Senhor com harpa, cantai a ele com saltério de dez cordas. Cantai-lhe um cântico novo: tocai bem e
com júbilo.

E quem é o justo segundo o ponto de vista bíblico? É aquele que nasceu de novo, é o regenerado, o
que já teve uma experiência de novo nascimento. Muitos músicos estão demasiadamente preocupados com a
técnica; é verdade que quem toca o seu instrumento deve fazê-lo bem, conhecer os acordes e as notas exatas,
deve tocar com arte, com graça e apuro técnico, como nos afirma o salmo. Precisamos, no entanto,
compreender que esses elementos são secundários, pois a técnica é sempre algo complementar e a vida do
músico fundamental.

A MINISTRAÇÃO DE LOUVOR NO CULTO


AULA Nº4

Temos aqui um tema que merece toda a nossa atenção. Para alguns, ele representa um terreno
desconhecido e, mesmo para aqueles que possuem uma experiência nessa área, creio que este capítulo será
bastante enriquecedor. Pois cada culto é uma desafio e uma experiência nova, de onde extraímos lições que
vão de alguma forma nos moldando e aperfeiçoando em nós o perfil de verdadeiros adoradores.
A ministração de louvor exige total responsabilidade, entrega e dedicação do dirigente, por tratar-se
de um ministério com peso pastoral. A administração desse serviço deve ser exercida a partir de princípios
divinos que o dirigente não deve jamais negligenciar. Esses princípios nos livram da mediocridade e
contribuem para que busquemos a excelência nesse ministério, em louvor ao nosso Deus!

Fp 1:10-11 – Para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia
de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de
Deus.

O VALOR DO CULTO

1 Pd 2:5 – Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa
espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação.

Mt 4:10 – Jesus disse: “Retire-se Satanás! Pois está escrito: “adore o Senhor, o seu Deus, é só a
ele preste culto.

Tomey Tenney diz em seu livro : “A adoração é mais importante que a pregação, porque a pregação
é para o homem, mas a adoração é para Deus”

O momento do culto é o momento de grande celebração ao Senhor. É quando a congregação se reúne


para celebrar o milagre da ressurreição de Jesus, da nova vida em Cristo, da comunhão no Espírito e das
conquistas espirituais.

PREPARAÇÃO DOS MINISTROS

II Tm 2:15 – Procura apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem que se
envergonhar e que maneja corretamente a palavra a verdade.

1. Aspecto espiritual

 Oração e leitura bíblica diária


 Jejum pelo menos uma vez por semana
 Oração e compartilhamento no grupo de louvor

2. Aspecto musical

 As reuniões de ensaios para aprendizado treinamento e entrosamento musical devem iniciar


sempre com um texto bíblico e oração.
 Ter uma lista definida de cânticos, quando forem novos, providenciar cifras e partituras.

 Manter a ordem no ensaio evitando distrações, brincadeiras e conversas paralelas que só servem
para roubar a unção.

 É necessário total concentração durante o ensaio, observando as orientações do líder,


informações sobre arranjo, rítmica, métrica etc.

 O tempo do ensaio deve ser também um tempo de ministração, cedendo espaço para a
manifestação do Espírito.

REPERTÓRIO

Sl 96:1 - CANTAI ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todos os moradores da terra.

 Elaborar um repertório adequado ao tipo de reunião como, por exemplo de jovens, evangelismo,
ceia etc. O repertório de um culto dominical pode ser diferente de um lançamento de um cd.

 Elaborar um repertório adequado ao tempo de duração do louvor, que pode varias entre 25 e 50
minutos.

 De acordo com o tipo de culto, facilita bastante alinhar o tema dos cânticos.

 É importante que o período de louvor seja iniciado com cânticos de celebração e de guerra,
seguido de cânticos de adoração.

OBS: É importante lembrar, que devemos estar primeiramente dependentes de Deus, e do Espírito
Santo. É Ele quem da a direção. Mas nós também precisamos ter algo já programado.

QUANTO AO DIRIGENTE

II Cr 29:30 - Então disse o rei Ezequias, e os maiorais, aos levitas, que louvassem ao Senhor,
com as palavras de David, e de Asaf, o vidente. E o louvaram com alegria e se inclinaram e adoraram.

Ele tem uma função importante no processo de culto coletivo. É responsável em conduzir a
congregação na adoração ao Senhor. Para isso precisa estar consciente da sua missão e devidamente
preparado. Vejamos alguns exemplos princípios que facilitam sua tarefa.

1. Sensibilidade
Sl 43:3 - Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e
aos teus tabernáculos.

Sensibilidade fala da percepção, de revelação e luz. Sem ela o dirigente terá poucas chances de ser
bem sucedido em sua tarefa, pois trata-se de uma ferramenta facilitadora e essencial ao bom dirigente de
louvor. Essa virtude é indispensável no momento do culto, na relação como Espírito, com os músicos e com
as pessoas de modo geral.

O dirigente deve se estar atento à maneira como o louvor está transcorrendo e explorar um
determinado cântico quando receber que está fluindo profeticamente. Também, deve evitar deixar “brancos”
entre um cântico e outro; para isso é indispensável desenvolver um bom entrosamento com os músicos,
combinar sinais etc.

2. Dependência do Espírito

At 15:28 - Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo, e a nós, não vos impor mais encargo
algum, senão estas coisas necessárias.

A dependência do Espírito deve ser geral, total e irrestrita. Paulo, em sua Carta aos Coríntios, nos
afirma que onde está o Espírito do Senhor, aí á liberdade ( II Cor 3:17) . O dirigente de louvor dever estar
consciente de que o culto é do Espírito Santo, e Ele sabe o que é melhor para cada pessoa na congregação,
em cada reunião específica ( Rm 8:26-27) Ele deve inspirar e indicar os cânticos, as expressões, a oração e
ser feita, enfim tudo, absolutamente tudo no culto deve ser feita, enfim tudo, absolutamente tudo no culto
dever ser inspirado, dirigido e movido pelo Espírito Santo.

3 . Inspiração ( Palavra de Deus)

Sl 138:4 - Todos os reis da terra te louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua
boca.

O dirigente sempre dever estar inspirado no momento da ministração do louvor. A inspiração nasce
do nosso tempo diário com Deus e com a sua Palavra (34:1). A fonte principal de inspiração de um dirigente
de louvor é a Palavra de Deus. Quanto mais imerso na Palavra ele estiver, mais inspirado ele será. ( Cl 3:16)

4 . Expressão

Gl 5:22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança.

O dirigente deve sempre procurar refletir e expressar fisicamente aquilo que canta. Esse exercício
constante resulta numa expressão real de vida, que contagia toda a congregação. Salomão nos ensina que
o coração alegre aformoseia o rosto ( Pv 15:13). O dirigente que foi tocado e impactado pelo amor, pela
alegria, pelo entusiasmo do Espírito deve manifestar tal alegria à congregação a qual ministra.

5 . Segurança

II Cor 3:4-6 - E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por
nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus, O qual
nos fez, também, capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito;
porque a letra mata, e o espírito vivifica.

A congregação espera que o dirigente a conduza na ministração dos cânticos e da adoração. É


semelhantemente ao motorista de um coletivo cheio de passageiros. É natural que todos esperem que o
motorista saiba dirigir o ônibus e que tenha a habilidade necessária para conduzi-los ao destino desejado.
Cabe ao dirigente discernir o momento de orar, aplaudir, abraçar etc.

6 . Identificação ( sacerdote)

Hb 5:1 - PORQUE todo o sumo sacerdote, tomado de entre os homens, é constituído a favor
dos homens, nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados.

Cada dirigente é um sacerdote, um intermediário entre Deus e os homens. Portanto, deve estar
profundamente identificado com os interesses do Senhor e as necessidades dos homens. O momento de
louvor e adoração é um momento em que Deus deve ser honrado e o povo abençoado pela ministração.
Dessa forma a sua ministração será frutífera.

7 . O ministério de Jesus

Hb 2:12 - Dizendo: Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da
congregação.

O dirigente deve ter a visão de que Jesus está no meio da congregação.

“Deus abita no meio dos louvores do seu povo” ( Sl 22:3 )

Ao tomar conhecimento dessa verdade bíblica, o dirigente experimentará, junto com a congregação,
um poderoso mover do Espírito.

8 . Abertura do culto

O dirigente do culto deve procurar tratar o povo com amabilidade, encorajando-o com uma
promessa da Palavra, tomar cuidado com a maneira de falar, não ser grosseiro, indelicado etc. Esse primeiro
contato é a chave para o desenvolvimento de uma ministração abençoadora.

9 . Evitar

O dirigente deve evitar “pregações” durante o louvor, interromper a ministração para “ler a Bíblia”,
deixar o povo em pé por muito tempo ( temos idosos e senhoras grávidas que devem ser poupados)

OBS : Voltando ao ponto que devemos estar na direção de Deus.

10. Visual
Também devemos evitar vestimenta inadequada, roupa muito justa, transparente, cores chamativas,
enfim cuidarmos da nossa aparência de melhor maneira possível, lembrando que o púlpito é como uma
vitrine onde somos visto por todos, e que ali estamos como representantes do Senhor.

CARACTERÍSTICAS DE UM SALMISTA
AULA Nº5

Temos que definir em nossas em nossas vidas aquilo que desejamos ser nossa característica.

1 Sm 16 - ler

OBS: vs 17 – “Tragam alguém que toque bem” . Não questionamos o caráter dessa pessoa, suas
qualificações espirituais, sua trajetória no ministério, quem são seus pastores, nem qualquer outra
informação dessa natureza. “Contando que toquem bem”, é o suficiente. Como todo amor e respeito, líderes
e pastores, nisso temos falhado já que tem surgido em nosso meio uma quantidade de músicos, ministros,
cantores e pessoas que não reúnem as características de verdadeiro ministro de Deus.

Esquecemos-nos que muitos do que ocupam o púlpito que lhes entregamos deveriam ser pessoas
possuidoras das mesmas qualidades que esperaríamos de qualquer pastor convidado a tomar o mesmo lugar.
Mas infelizmente, muitas vezes este não é o caso ao convidar um músico ou cantor, precisamente porque
“toca bem”; sabemos que o mais provável é que ele vai nos dirigir alguns momentos de deleite com sua
grande habilidade de “tocar bem”. È tudo o que Saul pedia.
Para ele não interessava o resto, contanto que aquela pessoa tocasse bem. O que Saul nunca
imaginaria era se deparar com a pessoa que lhe trouxeram. Bem, um músico! Mas por sua vez era um
verdadeiro homem de Deus, alguém de quem as pessoas diziam o seguinte:

► 1 Sm 16:18 - Então respondeu um dos mancebos, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o
belemita, que sabe tocar, e é valente e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil
presença: o Senhor é com ele.

Simplesmente por Davi ter conhecido a Deus de perto, estas características fluíam de sua vida, e as
pessoas notavam que ele era um homem diferente dos outros.

Vamos estudar algumas dessas características que Davi tinha que são de utensílios para nossa vida
como dirigentes de louvor:

SABE TOCAR – SABE CANTAR

Durante muito tempo reinou uma mentalidade medíocre, em muitas de nossas igrejas, no que se
refere á música, baseado no pensamento de que : como é “para a honra e glória do Senhor”, então podemos
apresentar algo não bem tão preparado ou executado, porque afinal de contas o que mais interessa ao senhor
é o coração da pessoa que está tocando ou cantando. É certo que Deus olha para o coração ( e certamente lhe
interessa mais esse aspecto de nossa oferta musical), mais isso não diminui a importância daquilo que
trazemos ao Senhor; deve ser uma oferta excelente em todos os sentidos, incluindo o de apresentação e
execução impecáveis. Não devemos usar o fato de ser para a honra e glória do Senhor com uma desculpa da
não fazer bem as coisas.

Temos que ter consciência de que a Palavra ensina que o que trazemos ao Senhor deve ser algo
excelente em todos os aspectos.

► Sl 33:3 - Cantai-lhe um cântico novo: tocai bem e com júbilo.

O Senhor nos ordena que ao cantar ou tocar ( tanger significa tocar ), temos que fazê-lo bem. A
palavra em hebraico usada nessa passagem é yatab e significa “fazer algo bem, fazer algo bonito, agradável,
e bem feito, fazer algo de maneira completa, detalhada e meticulosa”.
Note-se que existe uma atitude muito desleixada com respeito ao ensaio, preparação e organização
da música. Reina mais uma atitude de improviso e desordem, em alguns casos, que o de ordem, preparação
e organização da música em muitos lugares.

Muitos crêem que se alguma música é muito ensaiada e preparada não existirá lugar para o mover do
Espírito Santo. Mas podemos ver na Bíblia que isso não é verdade. Havia muita ordem e muita preparação
na área musical. O Senhor se movia de uma maneira extraordinária. O ensaio e preparação só nos ajudam a
estar prontos e preparados para o fluir do Espírito .

► 1 Tessalonicenses 5:19 - Não extingais o Espírito

Muitas vezes vimos como o Espírito Santo é apagado, exatamente pela falta de preparação do grupo
de louvor ou por um louvor mal tocado, mal executado, fomentando dessa maneira a confusão e o caos no
momento de ser interpretada. Tudo porque os músicos e os cantores não investiram o tempo necessário para
se preparar, porque afinal de contas era “para a honra e glória do Senhor”. Se você quer ser usado por Deus,
então deve ser uma pessoa responsável, diligente e fiel com o dom que Deus lhe deu.
É VALENTE

O dicionário descreve a palavra valente como: quem tem valor, corajoso, intéprido, esforçado.
Agora isso não pode ser confundido com outra palavra que também está no dicionário, que é “valentão” e
que significa “fanfarrão”. São duas coisas muito diferentes. A palavra usada no texto hebraico original
“gibbowr” significa forte, poderoso, um homem forte, valente e poderoso.

É indispensável reconhecer , assim como Davi seguramente fez, que a única força que temos vem de
uma fonte divina. Estou convencido de que Davi não era um “caçador de leões”, ou um “caçador de ursos”,
mas, que por ter passado tanto tempo com Deus, estava cheio do Espírito do Senhor, e portanto, sabia que
quando o perigo se aproximasse poderia enfrentá-lo no poder e na força do Senhor lhe dava. Não havia o
que temer, porque tinha o Deus do universo ao seu lado. O temor não podia permanecer em Davi, por saber
que maior é o estava no Senhor que qualquer outra coisa.

► Sl 25:4-5

È necessário observar que Davi não estava á procura de algum gigante para matá-lo, mas quando
menos pensou, estava frente a frente com este monstro que media ao redor de 3 metros de estatura. Davi não
chegou ao acampamento terminando de se vestir, com seu capacete e suas botas, cavalo e armas ao seu lado,
gritando: “onde estão esses gigantes de que me falaram? Davi chegou ao acampamento de Israel para levar
alguns grãos torrados e pães aos seus irmãos mais velhos, que a propósito não gostavam muito dele.

Chegou direto do campo, onde tinha estado com suas ovelhinhas, muito provavelmente ainda
cheirando a ovelha, e se encontra com a realidade de que um inimigo do Senhor está desafiando os
esquadrões do Senhor dos Exércitos... e se indigna como que vê. “Como é possível que ofendam ao meu
Deus dessa maneira? Deve ter perguntado. “Quem é este Filisteu incircunciso que nos desafia? Sua
preocupação, mais que qualquer coisa, era que “toda terra soubesse que há Deus em Israel” 1 Sm 17:46 .

Exatamente aí é onde se encontra a verdadeira valentia: confiar no Senhor e conhecê-lo, de tal


maneira que mesmo que apareça um leão poderemos estar confiantes que Ele estará conosco e nos dará a
vitória. Da mesma maneira quando aparecer um urso ou até mesmo um Golias. A verdadeira força, o
verdadeiro poder vem daquele que deu tudo de Si por nós para que pudéssemos dar tudo de nós a Ele. Sl
18:32

► Js 1:7-9 – ler

É VIGOROSO

A palavra, vigoroso, fala de uma maneira de ser que sempre procurei para minha própria vida e para
aquelas pessoas que me cercam. Fala do entusiasmo, entrega, ousadia e dinamismo, entre outras coisas mais.
No dicionário a palavra vigoroso significa: força física, vitalidade energia. Também, o texto original
hebraico: “chayil”, que significa cinco coisas principalmente:

1 – força
2 – poder
3 – eficiência
4 – riqueza
5 – força como de um exército
Devemos ser ministros de louvor cheios de força, entusiasmo e cheios dessa energia façam as coisas
com grande empenho e entrega. Não sejamos preguiçosos!

Uma das palavras contidas na descrição de “vigoroso” é “eficiência”. Isto me chamou a atenção
porque á algo que sempre quis assimilar para minha própria vida. Há uma grande necessidade entre os
músicos de ter eficiência naquilo que fazem, e a melhor maneira de começar é colocando nossas vidas em
ordem e sendo disciplinados em nossas atividades e hábitos.

HOMEM DE GUERRA

Existem centenas de relatos de, como através da música, Deus trouxe libertação, cura e restauração a
muitas vidas.

► Is 30:32 - E a cada pancada do bordão do juízo, que o Senhor der, haverá tamboris e harpas; e
com combates de agitação combaterá contra eles.

Cada vez que cantamos ou pegamos nosso instrumento para tocá-lo na presença do Senhor, algo
poderoso acontece no reino das trevas: a vara da justiça do Senhor vem sobre o inimigo! Cada vez que
tocamos os instrumentos, ou aplaudimos, ou levantamos nossas voz para declarar a grandeza de nosso
Senhor, inicia-se uma guerra! Devemos ministrar para causar destruição no reino das trevas.
Com essa atitude, estamos possibilitando que o Senhor acerte o inimigo com sua vara de justiça. Que
importante é para o músico reconhecer seu papel, e que os pastores e líderes entendam que é por isso que o
ministério da música deve ser assumido por pessoas às quais possa-se dizer serem “homens de guerra”,
como disseram sobre o salmista Davi aqueles que entenderam a importância do seu papel nesta guerra
espiritual.
Os músicos da bíblia quase sempre eram os primeiros a serem enviados quando saíam para a guerra.
Hoje em dia, a grande maioria dos que estão no front da guerra de oração, intercessão e jejum, é formada
por aquelas irmãzinhas fiéis que por anos têm sustentado a obra do Senhor com suas poderosas e constantes
orações.
Músicos e cantores, é chegado o tempo de sermos homens e mulheres de guerra. Exercitando-nos
espiritualmente para nos tornamos soldados capazes de lutar nesta guerra.

PRUDENTE EM SUAS PALAVRAS

Tg 3;2,5-6.8-10

A bíblia dá um valor altíssimo ás palavras que proferimos. No livro dos Provérbios está escrito que
“a morte e a vida estão em poder da língua” ( Pv 18:21)

É incrível como reconheciam Davi como uma pessoa prudente em suas palavras. Ele falava demais.
A palavra que utilizam para dizer “prudente” é “biyn”, que significa “entender, discernir, considerar,
perceber, conhecer ( com a mente), observar, distinguir, ter discernimento, discrição, e inteligência. Ou seja,
alguém que pensava antes de falar. 2 Tm 2:16-17 – ler Ef 4:29 – ler

Nossas palavras devem ser de edificação ás pessoas que nos escutam. Também devem trazer graça
aos ouvintes. Lembre das palavras que você falou no dia de hoje. Pense .... foram de edificação.
Muitos de nós temos o espírito de análise( para não dizer o que realmente é : crítica). Ao estudar
outra música começamos a analisá-la com detalhes, ressaltando todos os defeitos, e mostrando que se nosso
grupo a tivesse tocado, teríamos feito melhor isto ou aquilo.

Alguns cuidados que devemos ter :

1 .Tenhamos cuidado com as nossas brincadeiras, histórias e piadas contadas entre nós. Depois que algumas
pessoas convivem por muito tempo juntas, o nível de confiança entre elas aumenta muito, e existem
ocasiões em que nossas piadas não são edificantes, nem para o nosso homem natural, muito menos o
espiritual.

2 .Cuidado com as comparações ( daqueles que ridicularizam e possuem espírito de zombaria) e os apelidos
que damos aos nossos amigos e parentes. Mesmo que muitas vezes eles reclamem disso, continuamos a
chamá-los dessas maneiras pois nos parece engraçado, mas esta diversão é obtida a um custo muito alto.
Lembremos que amizade não se compra, principalmente a das pessoas que o Senhor, em sua graça, colocou
ao nosso redor para nos amar, cuidar e nos proteger.

3. Cuidado com o conceito que você tem de si mesmo. Ninguém deve ter um conceito mais alto de si do que
o que deve ter, de acordo com o Ap Paulo em Romanos 12.3 . È bom termos um conceito saudável ao nosso
respeito, mas que isso não se chegue a nenhum dos dois extremos. E qual são estes extremos? 1) orgulho e
2) auto-estima.
Qualquer um dos dois é prejudicial. Cuidado ao falar muito bem de você, porque o orgulho vem
antes da queda( Pv 16:18) Da mesma maneira, cuidado ao falar demasiadamente mal de você mesmo,
porque é criação de Deus e Ele nunca fez algo que não fosse bom.

JEOVÁ ESTÁ COM ELE

Quantas vezes não dizemos ao Senhor: “porque queres me usar, Senhor, se eu não tenho a metade
das características que outros têm? Usa outro”. Mas o Senhor, com amor e paciência, toda vez que lhe
falamos isso, nos lembra que não é por nossas próprias forças nem pelas nossas próprias
habilidades, para que nenhum homem se gloria ( Ef 2:9), mas que é através do seu Espírito
que poderemos sair confiantes e fazer o trabalho que nos chamou a realizar. 1 Cor 1:25-31

As Responsabilidade Dos Salmistas


AULA Nº6

Como sabemos o Antigo Testamento serve para nosso exemplo e aprendizado ( 1 Cor 10:11)

NO TABERNÁCULO

A primeira coisa que disse Deus a Moisés foi que Ele queria os levitas “no” tabernáculo. É
significativo para nós, ao fazermos este estudo, entendemos que o tabernáculo referia-se a esse lugar, onde
habitava a presença do próprio Deus. No tempo de Moisés, o Senhor ordenou que se fizesse o tabernáculo
no deserto, para que o povo pudesse realmente ver o lugar na terra onde descansava Sua presença. De fato, a
bíblia ensinava que entre as asas dos querubins no altar da aliança morava a mesma essência da presença de
deus, a glória Shekinah do próprio Deus ( Êxodo 25;17-21 ; Sl 99:1 ). Hoje em dia, para nós, sacerdotes da
Nova Aliança, o Senhor afirma que Ele já não habita em templos feitos por mãos de homens, mas que nossa
própria vida vem a ser o seu templo, habitação e morada de Deus ( At 7:48 / 17;24 e 1 Cor 6:19)
Para nós o “ tabernáculo é qualquer lugar onde nós reconhecemos a presença do Senhor. Embora
seja certo que o Senhor é Onipresente, e portanto, habita em todos os lugares, não é em todas as partes que
se “reconhece” se dá um lugar para que Ele possa trabalhar com liberdade; por isso é importante que
vivamos em um estado de reconhecimento constante da Sua presença para que Ele nos enontre.

Por meio do seu Espírito que nos foi dado, podemos ser extraordinários e sobrenaturais ( Atos 1:8),
mas isto não significa que devemos ser místicos e estranhos. As características que Ele colocou em nossas
vidas têm uma razão de ser. Precisamos santificá-las diariamente a Ele, para que não nos tornemos
estranhos.

Habitar no tabernáculo é uma atitude , um estado de espírito, um modo de viver que podemos
desenvolver em nossas vidas. É possuir uma consciência constantemente sensível à presença do Espírito de
Deus em tudo o que fizemos. Esta é uma de nossas responsabilidades como salmistas, sacerdotes destes
tempos. Sejamos como aquela pessoa do Sl 34:4 - Busquei ao Senhor e Ele me ouviu, e me liberou de todos
os meus temores ( ênfase minha ).

EM TODOS OS UTENSÍLIOS

Outra tarefa que pertencia aos levitas era a de cuidar de todos os utensílios utilizados no tabernáculo.
Tinham sido encarregados de mantê-los em ótimas condições e prontos para ser usados a qualquer
momento. Imagino que isto significava lavar, limpar e polir estas ferramentas, feitas de ouro, prata e pedras
preciosoas. Ao utilizar qualquer desses utensílios, estes tinham que estar prontos, limpos e bem cuidados.

Qual será a aplicação atual disto para nossa vida e nosso ministério? Bom, os utensílios eram
ferramentas e instrumentos que serviam para auxiliar o culto ao Senhor. Estavam no tabernáculo exatamente
para atender em tudo relacionamento ao ministrar ao Senhor, e por isso era importante que estas ferramentas
estivessem sempre prontas, dispostas e preparadas para quando um dos sacerdotes precisasse utilizar
qualquer uma delas.

Os utensílios são aquelas coisas que temos para nos ajudar e nos auxiliar no culto ao Senhor. Visto
deste modo, acredito que agora seja fácil entendermos quais os “utensílios” de hoje em dia: os dons, as
habilidades, os “presentes” que Deus tem nos dado para nos ajudar a servir-lhe melhor. Devemos sempre
nos lembrar que nossos dons são para que Ele possa receber a glória através deles. Por isso é importante
que, como sacerdotes da Nova Aliança, você e eu tenhamos um compromisso de manter em ótimas
condições nossos utensílios, de forma que no momento em que tenhamos que dispor deles, estejam podidos,
brilhantes, limpos e prontos para dar realce ao serviço do Senhor. Por exemplo, um dos utensílios mais
bonitos e valiosos que temos é poder cantar louvores ao Senhor, e estarmos prontos no momento em que
isso for necessário.

Como Sacerdotes da Nova Aliança, nossos instrumentos, nossos dons e nossas habilidades, dados
pelo próprio Deus, devem estar sempre preparados em condições perfeitas, capazes para oferecer nossos
“sacrifícios de louvor” ( Hb 13:15).
Uma das coisas que mais me desconcerta ao falar dos dons e ministérios é a negligência, ou o
desprezo pelos mesmos. Quantas vezes vimos ou ouvimos certas pessoas dizerem: “Ai TENHO que dirigir o
louvor novamente” ou TENHO que ir a reunião para tocar e etc.. quando deveria existir uma mentalidade de
PRIVILEGIADO.
O fato de Deus ter depositado estes dons e ministérios em vasos tão feios como nós ( 2 Cor 4:7) , é
uma benção, um presente, um verdadeiro privilégio que nunca deveríamos desperdiçar nem desprezar, por
qualquer coisa do mundo. Deveríamos ter uma atitude de dizer : È UM PRIVILÉGIO .
Quando o ministro de louvor entende que isso não é Dever mas um Privilégio, então podemos nos
dar conta de que este é um salmista que entendeu os utensílios preciosos que o Senhor lhe entregou para
cuidar com toda atenção. Quando prevalece a outra mentalidade descrita, é porque o salmista ainda não
entendeu quão valiosos são os utensílios ou os instrumentos que o Senhor lhe deu.

Todas as habilidades e capacidades que existem no Corpo de Cristo são os meios que Deus deu a sua
Igreja, de forma a podermos serví-lo melhor. Poderíamos falar de muitos irmãos com diferentes dons, mas
não haveria espaço suficiente para poder enumerá-las. O fato é que sempre devemos nos lembrar que se nos
deram estes dons como instrumentos para os serviço do Senhor, temos que mantê-los em boas condições, e
prontos para serem usados para Ele.
Falando em utensílios, existe outra questão que devemos nos lembrar: ele diz para que nós o
administremos cuidadosamente e com mãos limpas.
Exemplo: um filho que vai para a mesa comer, com as mãos sujas.

Existe uma tremenda analogia a esta verdade: quando você e eu pegamos os instrumentos do Senhor,
devemos fazê-lo com as mãos limpas! É uma desonra fazer uso dos dons e das habilidades que o Senhor em
Sua graça nos deu, se nossas mão estiverem limpas.

► Is 52:11 - Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda: saí do meio dela, purificai-
vos, os que levais os vasos do Senhor.

Não podemos sujar nossas mãos com as coisas que contaminam os utensílios, porque ao dar de
“comer” ( figurativamente) ao Corpo de Cristo, poderemos enchê-lo de coisas que podem fazê-lo adoecer. E
mais, creio que em muitos lugares o Corpo de Cristo está doente, porque os sacerdotes não tem limpado as
mãos antes de tomar os utensílios para ministrar ao Corpo.

ELES LEVARÃO O TABERNÁCULO

Outra responsabilidade dos levitas era a de levar o tabernáculo para todos os lados. Quando a
presença do Senhor começava a se mover, para ir a outro local, os levitas tinham a tarefa de preparar o
tabernáculo para a viagem. Tinham que empacotar todas as coisas relacionadas com ele, os utensílios, a
mobília, as cortinas, as varas, os postes, a cerca, Tudo.

As aplicações para nós são fáceis de ver: você e eu temos a tarefa surpreendente de levar a presença
de Deus para onde quer que fomos. Deus habita em cada um de nós. Agora você e eu somos o tabernáculo, a
habitação, a casa do nosso Deus. È a nossa responsabilidade levarmos Sua presença para todo o lugar. Já
não temos que desmontar uma tenda com milhares de coisas e empacotá-las em malas e caixas, mas como
tabernáculo do Espírito Santo tenda vai conosco por todos os lados; devemos ter cuidado para que as
pessoas sempre vejam em nós o precioso e doce testemunho do Senhor em nossas vidas.

1 2 Sm 6:1-11 - E TORNOU David a ajuntar todos os escolhidos de Israel, em número de trinta mil. E
levantou-se David, e partiu com todo o povo que tinha consigo, de Baalim de Judá, para levarem dali para
cima a arca de Deus, sobre a qual se invoca o nome, o nome do Senhor dos Exércitos, que se assenta entre
os querubins. E puseram a arca de Deus num carro novo, e a levaram da casa de Abinadab, que está em
Gibea: E Uza e Aío, filhos de Abinadab, guiavam o carro novo. E levando-o da casa de Abinadab, que está
em Gibea, com a arca de Deus, Aío ia diante da arca. E David, e toda a casa de Israel, alegravam-se perante
o Senhor, com toda a sorte de instrumentos de pau de faia: como com harpas, e com saltérios, e com
tamboris e com pandeiros e com címbalos. E, chegando à eira de Nacon, estendeu Uza a mão à arca de
Deus, e teve mão nela; porque os bois a deixavam pender. Então a ira do Senhor se acendeu contra Uza, e
Deus o feriu ali, por esta imprudência: e morreu ali, junto à arca de Deus.E David se contristou, porque o
Senhor abrira rotura em Uza; e chamou aquele lugar Perez-uza, até ao dia de hoje. E temeu David ao Senhor
naquele dia; e disse: Como virá a mim a arca do Senhor? E não quis David retirar para si a arca do Senhor,
para a cidade de David; mas David a fez levar à casa de Obed-edom, o geteu. E ficou a arca do Senhor em
casa de Obed-edom, o geteu, três meses: e abençoou o Senhor a Obed-edom, e a toda a sua casa.

Esta passagem diz algo muito interessante: “ Puseram a arca de Deus NUM CARRO NOVO...
(ênfase minha). Estes não era o modo correto de mover a arca! Não sei quem teria esquecido deste detalhe,
mas a forma correta de levar a arca de Deus era sobre os OMBROS dos sacerdotes da Tribo de Levi (1 Cr
15:2). Muitas vezes você e eu estamos tentando levar a presença de deus em “carros novos”, ou em outras
palavras, métodos e modos de fazer como Ele nos mandou: sobre nossos ombros.

ELES SERVIRÃO NELE

Nós como dirigentes de Louvor, precisamos aprende a servir na presença do Senhor. É interessante
ver a quantidade de pessoas que não entendem que a palavra “ministério” significa “serviço”, porque em
vez de serem servos no Reino de Deus vemos muitos que estão no “ministério” para ser “senhores”.
Pensam equivocadamente que por estar no ministério possuem certos direitos e privilégios, os quais lhes
permitem exercitar algum tipo de “autoridade” sobre o rebanho, em vez de ter o compromisso que teve
Cristo de servir e dar sua vida pelas ovelhas (Mt 20:28)

A palavra Servir que dizer no Dicionário Larousse entre outras coisas: “desempenhar certas funções
ou cumprir com os deveres para um pessoa ou coletividade”. ( Ef 6:7 ) Quando servimos aos de se Corpo, é
como se estivéssemos servindo a Ele ( veja Mateus 25:31-46)

Quantas vezes escutamos as pessoas que estão na obra do Senhor dizerem “ MEU ministério,
MINHA igreja, MEUS membros, MINHAS ovelhas, MEUS JOVENS, MEU grupo de louvor, MINHA
posição, MEU Isto ou MEU aquilo?”

Não podemos nos esquecer que Cristo é o cabeça da igreja. Não podemos nos apropriarmos do
Corpo de Cristo em vez de o servirmos.

ACAMPARÃO AO REDOR DO TABERNÁCULO

A última tarefa recomendada aos levitas neste versículo é o de acampar ao redor do tabernáculo. Na
organização do acampamento ao redor do tabernáculo. Na organização do acampamento das 12 tribos de
Israel era determinado aos levitas ao lugar de mais rápido e fácil acesso ao tabernáculo de Deus.

Isso tinha o propósito de permitir a eles que pudessem estar o mais perto possível para poder
desempenhar todas as tarefas relacionadas a ele. Era importante que suas casas ( ou melhor tendas),
estivessem o mais próximo possível do seu trabalho. Isto tem lógica! Deus, ao ordenar que os levitas
vivessem o mais próximo possível de sua presença, estava liberando-os de outras tarefas para que
focalizassem cem por cento em suas responsabilidades. Eliminava-lhes qualquer possibilidade de desculpa
para “chegar tarde” ou então “ me atrasei porque o tráfego estava muito intenso nesta manhã, porque moro
do outro lado do acampamento...” mas ao morar próximo ao lugar de Sua presença, os levitas eram capazes
de se concentrar totalmente em suas tarefas e responsabilidades. Sua vida e atividade giravam em torno da
presença de Deus.

Nossa vida e atividade devem girar em torno da presença do Senhor. Devemos ter uma sensibilidade
tamanha à Sua presença, que quando Ele começar a se mover poderemos nos mover junto com Ele. Que não
haja distrações nem outras coisas a fazer, só viver completamente conscientes da Sua presença e da
atividade que ocorre dentro do tabernáculo.

Você e eu devemos ter uma sensibilidade máxima à presença de Deus e ao Seu mover. Quando no
deserto a coluna de fogo à noite ou a nuvem de durante o dia pousava sobre o Lugar Santíssimo e começava
a se mover, os levitas tinham a tarefa de avisar ao resto do acampamento que Deus estava se movendo e
estava na hora de empacotar malas e mover-se junto com Ele.

Não podiam se dar ao luxo de dormir como todos os demais; tinham de estar alertas, preparados para
se mover de Deus na terra, alertando aos outros, preparando o terreno nos corações de mais homens e
mulheres em que Deus deseja estabelecer morada.

Somos criados para o louvor de Sua glória ( Ef 1:14), e fomos criados para Ele ( Cl 1:17, Is 43:7 e
21).

LEVARÃO SUS INIQUIDADE ( Nm 18:23)

Esta ocasião diferem um pouco da primeira passagem estudada, pois depois de mencionar que farão
o serviço, diz “que levarão sua iniqüidade”. Existe um efeito interessante, pois dá outro significado à
palavra “serviço”. Isto também é parte do que se tem de fazer: levar a iniqüidade dos pecados que se
apresentam no tabernáculo da presença de Deus. “ a palavra de Deus diz assim: levarão até o fim o serviço
de Tabernáculo e responderão por suas faltas...”

Ao estudar esta passagem, a maioria dos comentaristas diz que isto se refere ao que o Senhor disse a
Arão e a seus filhos no capítulo 18:1 “tu e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis o pecado do
santuário. E tu e teus filhos contigo levareis o pecado de vosso sacerdócio”. Para entender isto, temos que
recordar o tabernáculo de Moisés como um lugar que oferecia sacrifícios em reconhecimento e
arrependimento de pecado.

O sumo sacerdote, nesta ocasião Arão, representaria o nosso Senhor Jesus Cristo; nesta passagem,
vemos que
Jeová está respondendo a pergunta que fizeram em !7:12-13, porque queriam saber como fazer para
aproximar-se do tabernáculo, já que Deus lhe dissera que todo o que se aproximasse morreria. Então o
Senhor explica que a maneira de se aproximar e não morrer é por meio dos sacerdotes, aqueles que levariam
os pecados apresentando no santuário, por todas gente que se arrependesse. Aqui é calar a comparação que
existe com Cristo, já que Ele levou os pecados de todos nós na cruz do Calvário, ao se oferecer como o
último e perfeito sacrifício.

Uma de novas tarefas é “levar” esta iniqüidade que se apresenta no tabernáculo, mesmo sabendo que
Cristo levou todos nossos pecados e todas as nossas enfermidades.

Ao servir na presença do Senhor, ao dar nossa vida à obra do reino como devemos, já que todos
fomos feitos reis e sacerdotes, estamos entregando nossas vidas para que, aqueles que não conhecem a
Cristo e também os que o conhecem, possam ter alguém do Corpo de Cristo com quem falar sobre seus
problemas, angústias, pecados, etc. Isto é parte da função do Corpo: ser representantes de Jesus aqui na
terra; ser o braço do Senhor que se estende em misericórdia pelos desamparados, ser a boca do Senhor que
fala palavras de verdade, sabedoria e justiça aqui na terra, ser os pés do Senhor, levando as boas novas do
evangelho a todas as pessoas por todas as partes.

Amém .. Deus te abençoe.

O Ministro de Louvor como Sacerdote


AULA Nº 7

Por muito tempo muitos de nós, músicos, tivemos a idéia de que “só” tocamos ou cantamos.
Ao estudar mais de perto o ministério da música percebemos que existem muito mais
responsabilidades do que alguns de nós gostaríamos de aceitar. Como em tudo, o Senhor espera que
levemos muito a sério os dons e habilidades que Ele depositou em nós. Não é algo que devemos
levar apressadamente, mais com absoluta seriedade. Ao estudar algumas tarefas que se esperavam
dos sacerdotes do Antigo Testamento, percebemos o quanto é sério nosso ministério
neotestamentário.
A palavra “sacerdote” tanto no hebraico kohen como no grego hierus e no latino sacerdos “
denota alguém que oferece sacrifícios”. O Senhor fala que nós, os sacerdotes do Novo testamento,
temos a responsabilidade de oferecer “sacrifício de louvor” (Hb13:15) .
Esta é nossa tarefa e uma de nossas responsabilidades. Já não se oferecem animais e
sacrifícios de sangue como se fazia no Antigo Testamento; agora nossos sacrifícios são espirituais;
e se oferecem do altar nosso coração com toda a humildade , sinceridade e seriedade ao Senhor com
gratidão, submissão, e humilhação e seriedade ao Senhor com gratidão, submissão, e humilhação
diante d’Ele. Fez-nos a todos os reis e “sacerdotes” por meio de Jesus Cristo ( I Pd 2:9) Ap 1:6 e
5:10.
Devemos considerar isto um privilégio, uma felicidade e uma responsabilidade. Não
devemos esquecer que na antiga aliança só se permitia entrar o sumo sacerdote diante do trono de
Deus. Mas agora, por meio do sangue precioso do Cordeiro perfeito, você e eu podemos entrar e ter
comunhão com Ele e estar com Ele.

Ao lhe oferecer sacrifícios durante esses momentos, muito intensos por estar na presença de
Deus, podemos ver vários exemplos na Bíblia nos quais a música fazia parte fundamental naquilo
que celebravam . Poderíamos falar da ocasião em que estavam dedicando o templo de Salomão ( II
Cr 5:13,14), um momento maravilhoso e íntimo na presença de Deus e onda a música teve um papel
fundamental naquilo que acontecia. Em outra ocasião, quando o Rei Josafá esteve diante do Senhor
para pedir-lhe conselho sobre partir ou não para a batalha contar os moabitas a amonitas, houve
cântico e música sobremaneira ( II Cr 20:18-20). A música é parte fundamental na expressão do
povo do Senhor e no desenvolvimento dos sacrifícios que fazemos nós, seus sacerdotes, a Ele.

A maneira Correta para entrarmos na Sua presença é com ação de graças e com louvor ( Sl
100:4). Esta é a regra para estarmos diante d’Ele. Da mesma maneira vimos ocasiões que, por causa
de alguns músicos mal preparados e com pouco entendimento de seu papel na presença de Deus,
nos perdemos totalmente, acabando tudo em total confusão e caos embora esse devesse ser um
tempo íntimo e maravilhoso com o Senhor. Por isso é muito importante que nós músicos
encaremos nosso lugar no Corpo com muito mais seriedade e entrega, porque como todos os outros
irmãos e irmãs, somos sacerdotes do Novo Testamento.

Ezquiel 44:15-16

O livro de Ezequiel é dividido em quatro partes principais:

1. Primeiras visões e chamamento de Ezequiel( 1:1 a 3.21)


2. Profecias e visões da destruição de Jesusalém (3.22 a 24:27)
3. Oráculos de condenação contra as nações circunvizinhas ( 25:1 a 32:32)
4. Profecias de restauração (33:1 a 48:35)

A passagem que vimos se encontra na seção das profecias de restauração. Na realidade isso é o que
Cristo pretendia ao dar sua vida na cruz do Calvário: restaurar a relação quebrada entre Deus e o homem e
restaurar o pecador, dando-lhe o perdão e a vida eterna. A obra de Jesus quase pode ser resumida nesta
única palavra: restauração. As profecias e as visões de Ezequiel foram dadas por Deus para mostrar ao povo
quais as coisas que Ele restauraria depois de libertá-las da escravidão. Nisso aprendemos algo: Deus quer
restaurar certas coisas ao seu povo, que se perdeu por causa da escravidão. Lembre-se que por meio de
Jesus, Ele não só restaurou isso que veremos em seguida mas muito mais, a ponto de podermos viver uma
vida em abundância ( João 10:10). Veremos alguns detalhes da passagem que acabamos de ler.

1) Os levitas, eram descendentes de Zadoque, o Sacerdote que durante a rebelião relatada no capítulo
1 de Reis, quando Adonías quis usurpar o trono do Rei Davi, manteve-se firme e fiel ao lado do rei e não
abandonou sua posição no templo, mas protegeu-o e continuou ao serviço no mesmo. Deus reconheceu a
fidelidade de Zadoque por recompensar seus filhos com uma benção muito especial: o privilégio de
ministrar perto d’Ele. A lição clara para nós é que Deus recompensa aos que permanecem fieis no lugar em
que foram postos, e que não estão seguindo aos outros rebeldes, cujo único desejo é ter autoridade e
esplendor que não lhes corresponde. Quer ter o lugar de privilégio e de benção, perto do coração de Deus?
Sê fiel! Deus recompensará a fidelidade.

2) “ Se chegarão para ministrar a mim, e diante de mim; estarão para me oferecer gordura e o
sangue... eles entrarão no meu santuário.” Nossa tarefa como sacerdotes é nos achegarmos e ministrar a Ele.
Devemos Lhe oferecer a “gordura e o sangue”, em outras palavras, os sacrifícios, que agora como ministros
da Nova Aliança sabemos e entendemos são os sacrifícios espirituais de louvor, de acordo com a passagem
que lemos em Hb 13.15.

Temos no compromisso em tantas outras coisas que têm a ver com nosso sacerdócio, que enchemos
nossos dias e noites, nossas semanas e meses com muitas coisas que provavelmente nos impedem de termos
o tempo necessário e suficiente para estar diante d’Ele como devemos.
O santuário é qualquer lugar onde habita a presença do Senhor; como sacerdotes nos deu a felicidade
de poder estar em todos os lugares, como então é isto, de estar onde Deus está? Bom, simples. É certo que
Deus está em todos os lugares porque é onipresente, mas nem me todos os lugares o reconhecem e dão um
lugar de importância. O subir ao seu santuário ou morada é uma maneira figurativa para dizer que
reconhecemos Sua presença e lhe damos um lugar para que possa trabalhar com liberdade em nossas vidas.
Simplesmente é ter comunhão com Ele, e estar com Ele, como tanto deseja.

3) “Se achegarão à minha mesa para me servirem”. Esta é uma das partes que mais gosto desta
passagem, porque traz à mente a imagem de nosso Senhor sentado em uma grande mesa e nós ao seu redor,
assegurando-nos que nada lhe falte. Quando uma pessoa é bem servida fica contente. Quando não, há
conseqüências ruins. Pensemos, por alguns momentos, que servimos na mesa do Senhor como “garçons”,
“camareiros”, “mordomos” ou o nome que estiver em seu país. Ele está sentado ante um grande jantar e nós
temos a responsabilidade de servir aos que estão na mesa.
Existem alguns que servem extraordinariamente bem, em compensação outros prestam um péssimo
serviço. Todos nós tivemos boas e más experiências sobre isso.
4) “Guardarão os meus estatutos”. Não podemos desfrutar dos privilégios do Senhor, sem cumprir as
responsabilidades. Este é um princípio de vida em geral, e especialmente da vida espiritual. Lembre-se que
no contexto da passagem que estamos estudando, os privilégios que vimos eram para aqueles que tinham
sido sacerdotes fiéis. Você e eu necessitamos estabelecer em nossa vida as ordenanças do Senhor, ser fiéis a
elas para poder entrar em Seu santuário e servir à mesa. Não há nenhum privilégio sem responsabilidade.

Concluindo: Dirigentes de Louvor, nós somos sacerdotes iguais a todos irmãos e irmãs no Senhor.
Mas temos um lugar muito mais visível, principalmente aqueles que se encontram na assembléia dos santos.
É por isso que devemos encarar muito seriamente nosso papel. Podemos ser instrumentos de benção ao
participar dos “sacrifícios de louvor”. Por isso tenho a convicção pessoal que colocar um músico novato
ou recém convertido sobre o púlpito, para ajudar na oferta dos sacrifícios de louvor ao Senhor, é um erro
que só trará problemas à liderança e confusão para aquele músico, porque nem teve a instrução ou tempo
necessário para poder aprender o que é ser um ministro de louvor consagrado ao serviço do Senhor.
O dirigente de louvor precisa crescer e conhecer a Palavra, da mesma forma que todos os outros
membros do Corpo de Cristo, antes de ser colocado em cargos da liderança ( I Timóteo 3:6)
Um problema é que em muitas congregações existe escassez de músicos bons; no momento em que
algum aparece, a primeira coisa que querem fazer é subir para tocar. È preferível ter uma música não tão
bem executada por uma pessoa, com o coração correto, do que ter uma música extraordinariamente tocada
por alguém que não entende o que é ministrar na presença do Senhor os sacrifícios de louvor. Se esse
músico se converter, a glória a Deus! Mas não coloque em lugar visível até que tenha ido a oportunidade de
discípula-lo e de passar muito tempo com ele, ensinando-lhe ser um sacerdote da Nova Aliança, fazendo-o
ver e entender que o dom e a capacidade que Deus lhe deu na música não servem para “entreter” as pessoas,
mas para ministrar diante do Senhor e para trazer resultados poderosos no Espírito.

O Culto a Deus Auxílio ao Dirigente


AULA Nº 8

Algumas pessoas não acham válido haver na igreja alguém responsável pela direção das
reuniões, com receio de que o culto seja produto do gosto pessoal do dirigente. Esse perigo é bem
latente nas congregações renovadas, onde não há mais uma ordem pré-estabelecida para as
reuniões, o que dá lugar à predominância de gosto pessoal, onde tendem a se destacar aqueles de
personalidade mais forte. Mas também não deixa de haver um certo perigo quando as reuniões têm
livre curso, onde todos têm liberdade de opinar, pedir cânticos e testemunhar, pois alguns irmãos de
ânimo mais forte tendem a dominar o culto. Isto é comum em reuniões nos lares ou de pequenos
grupos. Pode até mesmo ocorrer quando o dirigente acha que deve haver liberdade para que os
irmãos peçam seus cânticos. O gosto pessoal de cada um acaba predominando e alguns cânticos
são solicitados no momento impróprio.

Por isso sou da opinião de que a direção do culto, sempre que possível, deve ser plural.
Vários irmãos se aconselham mutuamente, e um deles toma a frente, sempre assessorando pelos
demais, que podem a qualquer momento usar da palavra, sem que o dirigente se sinta ofendido.
Assim, qualquer irmão que dirija a reunião disporá de conselho e orientação segura. Partindo do
pressuposto de que alguém deve ser responsável pela direção das reuniões da igreja, segue aqui
algumas sugestões ao dirigente.

Em primeiro lugar, há fundamento escriturístico para que haja liderança ou alguém dirigindo
uma reunião. Nesse sentido, creio, não será necessário tecer comentários e, sim, usar de alguns
exemplos bíblicos já mencionados neste livro. É o caso de Miriã, que saiu liderando as mulheres
em danças e louvor a Deus, logo após a passagem pelo mar vermelho. Outro exemplo é o de
Davi instituindo uma ordem de culto em Israel que perdurou por centenas de anos.

No culto a Deus, por menor que seja o número de pessoas, é bom haver alguém
coordenando, do contrário os louvores serão dispersos e os cânticos serão cantados conforme cada
um deseja. Às vezes costumo perguntar numa reunião pequena que cântico soou durante aquele dia
no coração de cada um. As respostas são diferentes. Uma pessoa passou todo o dia com um cântico
de júbilo no coração, outra com um cântico de contrição. Além disso, há pessoas que têm os seus
hinos preferidos que são solicitados nas horas impróprias. Assim, um irmão deve coordenar,
mesmo num pequeno grupo, os louvores, e ser, diante da congregação e diante de Deus, o
responsável pelo andamento da reunião.

Em segundo lugar, uma pessoa que não adora a Deus não pode levar outros a
adorarem. Existe uma maneira correta de nos chegarmos a Deus. A adoração deve fazer parte
da vida de toda pessoa que tem responsabilidade congregacional, seja na direção do culto,
liderança de grupos e, principalmente, na vida daquele que ministra diante do Senhor na
congregação.

O dirigente do louvor e adoração é, pois, uma pessoa que ministra ao povo de Deus. Ministra ao
povo quando, recebendo de Deus, conduz a congregação à sua presença. Ministra ao Senhor,
porque esse é o conteúdo de todo o serviço e adoração. Aquele que não possui uma vida
intensa de comunhão e adoração, não poderá guiar outros na adoração e louvores ao Senhor.
Como saber se a pessoa é um adorador? Ela transmite vida não só à frente da reunião, mas
também na sua vida íntima e pessoal.

O dirigente do Culto

1) O dirigente do culto deve estar bem preparado - corpo, alma e espírito. Quando ele
está fisicamente cansado, o cansaço poderá transparecer e afetar a congregação. Da mesma forma,
se sua alma e espírito não estiverem íntegros e retos diante do Senhor, isto afetará o louvor
congregacional. Muitas vezes temos que ser sinceros e dizer aos nossos colegas de ministério
que não estamos preparados nesse dia para levar o povo à presença de Deus. Se o dirigente
bocejar, apoiar-se no púlpito e descansar sobre uma das pernas, toda a congregação notará. Com
seu físico descansado e seu espírito avivado, ele ajudará os que estão cansados e abatidos a
terem um encontro com Deus, no louvor e adoração.

2) Em segundo lugar, o dirigente da reunião não pode estar nervoso. Se discutiu em


casa, no trabalho, ou se algo não está bem com ele, isto poderá deixá-lo sem condições de dirigir a
reunião. Deve ter uma boa disposição bem antes do início do culto. Se seu estado de saúde não o
favorece, como uma dor de dente, dor de cabeça ou canseira, é melhor ser bem sincero e pedir que
os presbíteros ou, na ausência destes, outros irmãos ministrem a ele, para então ter condições de
ministrar ao povo. Muitas vezes o dirigente ou os músicos podem estar sob opressão maligna
e, ao serem ministrados antes de ministrarem aos outros, ficarão libertos e purificados de todo
o mal.

3) Em terceiro lugar, o dirigente da reunião deve ser uma pessoa sensível ao Espírito
Santo, procurando saber dele o que mais agradará ao Rei Jesus naquele dia. A Bíblia diz que o
Espírito glorifica a Jesus. Assim, o Espírito sabe se o Pai quer júbilo ou prostração. Se o Senhor
quer ser exaltado como Rei ou como um pai amoroso, como Deus forte, como um guerreiro ou um
amigo. O Espírito é quem dirigirá o louvor nesta ou naquela direção. A adoração é o
“alimento” de Deus, disse certo pregador. E ele poderá conduzir a reunião, através do
dirigente, a profundas experiências.
4) Outrossim, o dirigente deve pensar previamente como começar, tendo em vista que o início é
muito importante. O primeiro cântico é a chave que abre a reunião. Se a unção de Deus na
reunião é para levar a congregação a glorificar a Jesus como Rei e o primeiro cântico apresenta
como Salvador, no seu amor, na obra da cruz, então o dirigente demorará um pouco a direcionar
a reunião para cumprir a vontade do Espírito. Muitas vezes, somente depois do terceiro ou
quarto cântico é que se descobre a “mente” do Espírito.

Quando procuramos, contudo, saber a vontade do Espírito, podemos entrar em adoração logo
no primeiro cântico. Se o dirigente não está certo do que o Espírito quer para a reunião, deve
procurar seus colegas pastores, e, na falta destes, os irmãos mais chegados, e perguntar-lhes
com que cântico ou de que maneira deve-se começar uma reunião. Nunca é recomendável
começar uma reunião com adoração, principalmente quando a reunião tem caráter público,
isto é, aberta a pessoas não cristãs.

Quando todos somos comprometidos com Cristo, a adoração flui logo, tal a unidade de
espírito e fé. Ao contrário, quando há a presença de muitos incrédulos, é necessário começar
com louvor e júbilo, e assim todo o espírito de incredulidade será dominado na reunião. A
experiência tem mostrado que, muitas vezes, é ainda necessário parar o louvor, e a
congregação, como um todo, numa oração de autoridade, repreender toda a potestade
maligna.
É muito comum ficarmos, mesmo os crentes, contaminados pela “fuligem” do mundo, do
ambiente da escola, do trabalho, dos coletivos urbanos, dos meios de comunicação, etc. Daí a
necessidade de uma purificação de nossa vida diante do Senhor. Isto também poderá ser feito
começando-se a reunião com pequenos grupos de oração, de forma que um irmão ministre a
outro, e assim sejam todos mutuamente purificados nos amor, paz e relacionamento com
Cristo. Com isso o caminho para a adoração fica livre.
A Palavra de Deus diz que devemos ter “intrepidez para entrar no Santo dos Santos” (Hb
10:19). Intrepidez significa ousadia, com força, coragem e sem temor. Assim, uma reunião pode
ser iniciada com todos orando em grupos ou todos saudando uns aos outros.

5) O dirigente deve sempre incentivar os irmãos à santificação. “Animador” de culto não


existe. O animador está nos clubes, emissoras de rádio e TV. No culto há o ministro. Seu papel é
motivar e exortar os irmãos a uma vida de santificação. Animador de corinhos para “esquentar”
o ambiente é obra puramente carnal. Os irmãos devem ser ajudados e exortados a se
santificarem para uma adoração profunda diante do Senhor.

6) O dirigente deve facilitar as manifestações simultâneas e espontâneas das pessoas. Nem


sempre isso é necessário, pois há momentos quando a congregação espontaneamente expressa seu
louvor e adoração. Não é preciso pedir. Elas fluem. Irmão após outro irrompe em expressões de
agradecimento, de júbilo, de contentamento, de engrandecimento do nome do Senhor. Mas cabe ao
dirigente facilitar essas expressões. Quando o dirigente do culto se limita a cânticos após cânticos,
sem parar, inibe as expressões espontâneas.
O dirigente que somente se preocupa em cantar com o povo e a falar todo o tempo, limita o
louvor aos cânticos. Depois de algum tempo de louvor, o dirigente poderá ficar em atitude de
adoração, ou com as mãos levantadas ou de cabeça baixa. A congregação se acostumará aos
gestos do dirigente e saberá que é o momento para se expressarem diante do Senhor, não
somente em palavras e frases curtas, mas também em cântico espiritual.

7) O dirigente deve também cuidar do comportamento congregacional. Ele deve sentir o


ambiente e o povo. Pode ser que o dirigente queira adorar, mas o clima entre o povo é de júbilo e de
danças. Ou poderá ser que o dirigente queira jubilar-se e louvar a Deus, mas o ambiente na
congregação é de adoração e de prostração. Se ele não sentir a reação do povo, demorará muito a
entrar num fluir dinâmico do Espírito. Isto não quer dizer que o estado emocional da congregação é
que deve ditar o rumo do culto. Muitas vezes, contudo, quem está dirigindo a reunião precisa ouvir
o Espírito através da congregação.

8) Depois de descobrir o fluxo do Espírito no culto, o dirigente deve procurar a nota


dominante da reunião. Esta pode ser sobre o amor, cura, libertação, exaltação da santidade de Deus,
etc. Uma vez conhecido o tema, dirigir a reunião com segurança e firmeza. Um dirigente que fica
titubeando, que deixa transparecer indecisão, transmite tudo à congregação. Esta se sente segura,
quando o dirigente é firme e seguro. Ele deve ser prudente para não dar a palavra ao pregador
depois que o povo já ouviu muitos testemunhos e teve um longo tempo de louvor. Muitas vezes
ficamos comprometidos com pregadores que têm de falar ao povo.

Mas, se na reunião houve louvor e adoração, testemunhos, palavra profética e ministração


individual, quando o pregador for pregar o povo se sentirá cansado. Se o pregador convidado à
reunião for uma pessoa compreensiva, também entenderá que não há lugar para uma pregação
longa. Podemos limitar a obra de Deus num culto, quando comprometidos em dar a palavra a
pregadores convidados. Recordo-me de uma ocasião, quando o louvor e adoração fluíram no meio
do povo com muitas palavras proféticas, e tínhamos um pregador de uma outra cidade que nos fora
recomendado por colegas. Por estar fora da sintonia da reunião e interessado em divulgar seu
programa de evangelização, o culto tomou uma direção contrária à que todos esperavam.
Quando os pastores da congregação acompanham o fluxo da reunião, aquele que será o
pregador saberá ficar calado e deixar o culto tomar os rumos que Deus deseja. Os pregadores
precisam ser restaurados, para saberem quando devem falar e quanto tempo devem usar.

9) O dirigente deve atuar em fé. Ele deve conduzir as pessoas a Deus. Muitas vezes, o muito
falar prejudica o fluir do Espírito na reunião. Há dirigentes que costumam ficar falando durante um
período de silêncio e adoração ou mesmo no meio júbilos. Deve-se falar para levar pessoas a Deus,
mas somente o necessário. Falar demais torna a reunião cansativa.
Também é necessário que ele inspire fé. No meio dos louvores e da adoração poderá ocorrer
salvação, cura, batismo no Espírito, distribuição de dons entre os irmãos, etc. Basta uma palavra de
fé do dirigente para que Deus transforme muitas vidas.

Os músicos e o Dirigente do Culto

Os músicos devem se harmonizar com o fluir da unção e adoração. Já dissemos que um


músico não convertido pode tornar “profano” aquilo que deveria ser santo. Em regra geral, os
músicos de nossas igrejas são jovens, e é necessário que eles tenham a vida purificada. Se eles
tocam seus instrumentos apenas por acompanhamento, não estão desempenhando seu papel no
culto. Os músicos devem se harmonizar de tal forma com o Espírito que levem a reunião a um
clímax de adoração, colaborando assim com o dirigente. Eles podem ter a inspiração de começar
um outro cântico antes que o dirigente se aperceba; e, se começarem a tocá-lo, acabam dirigindo a
reunião. Os músicos, quando unidos em Deus, podem dar a vibração certa na bateria ou deixar de
tocá-la; dar o toque certo na guitarra ou parar e deixar somente o órgão tocando. Ou, todos podem
parar de tocar e ficar em adoração. O guitarrista, o organista podem com seus acordes, executar
cânticos espirituais. O trompetista pode, no espírito, tocar um solo com seu instrumento de sopro.
Quando os músicos se harmonizam com o fluir da adoração, o culto flui no mover de Deus!
E, para finalizar, o culto programado na orientação do Espírito Santo é melhor que o
programado pelo homem. Os cânticos comunicam o que estamos vivendo. A congregação que vive
uma verdade, prega e canta sobre ela. Assim, quando uma congregação entoa somente hinos de
exaltação ao governo de Deus, seu Reino e seu poderio, é porque está vivendo intensamente essa
verdade. Se seus cânticos forem somente de cura ou salvação, estas serão as verdades vividas por
ela de forma mais intensa. Precisamos ter nossa hinologia restaurada. O dirigente é quem tem a
responsabilidade de trazer essa mudança. Que Deus levante muitos dirigentes cheios do Espírito, de
poder e de sabedoria!
Conclusão
CONVITE À ADORAÇÃO
Uma igreja local que mantém cultos de adoração como atividade normal, é uma igreja
vitoriosa na comunidade onde vive! Vemos pessoas sendo salvas, batizadas, integradas ao Corpo
de Cristo e se tornando um canal de bênçãos às pessoas que estão ao seu redor. O esforço
evangelístico, assim normalmente expresso, dá lugar a uma evangelização natural, fruto da vida
normal da igreja. As campanhas de oração dão lugar a uma vida normal de oração. Não é
necessário fazer cultos para cura divina porque elas ocorrem de forma habitual nas reuniões e na
vida diária do povo.
Uma congregação que aprende a adorar carregará também o peso pelos perdidos; terá a carga
da intercessão e viverá intensamente a comunhão mútua entre os irmãos.
Nesse livro tratamos basicamente da adoração corporativa, contudo não haverá igreja forte
no louvor e adoração, se na vida particular de seus membros a adoração for relegada a segundo
plano. O cristão que anda pela casa com cânticos de ações de graça em seus lábios, certamente
contagiará a reunião da igreja e o próprio Deus! A adoração começa dentro de cada vida, de cada
família, de cada grupo de discipulado, tornando-se, conseqüentemente, o fluir normal na vida da
igreja.
Não cabe aqui um ponto final neste livro; certamente muitos capítulos serão acrescentados
por você; suas experiências encorajarão a que se restaure a adoração na vida da igreja.

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