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mentoria

ORGANIZADO POR CRIS BELONI

CULTURA DA
COMUNICAÇÃO
MÊS 5 MENTORIA 10
ENCONTRO DO DIA 15.04.21
LEITURA
Pregação – Timothy Keller

AVISOS
Já estamos com o Instagram fechado somente para a mentoria. Por
lá teremos as lives extras.

A partir deste mês, teremos encontros semanais. Na 1º e 3º


quinta-feira pelo Zoom e 2º e 4º quinta-feira pelo Instagram.
Lembrando que há meses com 5 quintas-feiras [abril, julho,
setembro, dezembro]. Segue o esquema do mês de abril:

1º quinta-feira [01.04.21] - Mentoria | Tema: Cultura da


Comunicação I - 20hs
2º quinta-feira [08.04.21] - Live sobre discipulado, com Artur
Marques - 21hs
3º quinta-feira [15.04.21] - Mentoria | Tema: Cultura da
Comunicação II - 20hs
4º quinta-feira [22.04.21] - Live sobre propósito, com Thiago
Marques - 21hs
5º quinta-feira [29.04.21] - Resenha do livro “Pregação”, com Leo -
21hs

A data da próxima mentoria será 6 de maio, com o tema Cultura do


Discipulado. Livro: A formação de um discípulo, de Keith Phillips. O
convidado do mês de maio será o pastor Lipão.

Enviar um testemunho sobre a mentoria, no máximo 3 minutos, pelo


WhatsApp (11) 99511 6367

Os PDF´s da mentoria serão disponibilizados na semana seguinte,


ou seja, sempre na próxima quinta-feira.

Tire uma foto em qualquer momento da mentoria e divulgue em


suas redes sociais. Quando postar, acrescente alguma frase dita
durante a aula, que você considerou impactante e marque o
JesusCopy nas redes sociais.

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Na segunda rodada de indicações para a Conferência Lidere como
Jesus, o vencedor foi Carlos Eduardo Santana Rebouças, com 167
líderes.

5 CARACTERÍSTICAS DE UM SERMÃO
QUE TRANSFORMA

Todo líder precisa ter noção do que é uma boa pregação. Segue mais
uma indicação de livro: Comunicação que transforma, de Andy
Stanley. O livro usa uma ilustração muito legal de um caminhoneiro,
como se a pregação fosse “dirigir um caminhão”. O primeiro
entendimento importante é conhecer o destino final. É necessário
conhecer o objetivo da viagem e saber o que é preciso entregar.

1. OBJETIVO FINAL: TRANSFORMAÇÃO

Qual é o objetivo final da sua fala ou da sua pregação? Por exemplo,


eu quero que a sua vida seja transformada. Por que um pastor sobe
no púlpito para pregar ? Pelo menos em minha opinião, é para
transformar as vidas daqueles que o estão ouvindo. Porque, de que
adianta saber muitas coisas ou acumular informações? De que
adianta saber de soteriologia, escatologia, eclesiologia, as
doutrinas da salvação? De que adianta saber detalhes sobre anjos,
demônios e principados e não ter a vida transformada?

Por isso que primeiro quero falar sobre isso: qual o destino final?
Onde você quer chegar com a sua pregação? Tem uma frase no livro
que me provocou muito e eu quero provocar você também? O que
você espera da sua pregação - quer se sentir bem no domingo ou
quer que as pessoas se sintam bem na segunda-feira? (Eu usei o
domingo como exemplo porque é quando a maioria das pessoas
pregam).

Você prefere ficar satisfeito com seu conteúdo da pregação ou


prefere transformar a vida das pessoas através do que pregou? Me
lembro de uma ocasião que teve uma pregação na igreja do meu pai
e, por algum motivo, eu não estava presente. Um grande amigo meu,
o pastor Salomão, que me discipulava, estava no culto. O pregador
era de fora. Eu estava empolgado para saber como havia sido a

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pregação, então, quando encontrei o pastor Salomão perguntei a
ele. E ele me disse que a pregação havia sido profunda e que o
pregador havia levado alguns significados das palavras no original.
Porém, ele também disse que na segunda-feira não tinha nada para
fazer com aquela pregação.

Por isso, é necessário tomar uma decisão. Você quer ser uma
pessoa incrível ou quer que as pessoas tenham uma vida incrível em
Deus? Eu quero te desafiar a pensar em pregação com um único
objetivo: transformação de vidas. Se o objetivo fosse somente
informar e passar conhecimento, muitas coisas que iremos ver
nesta aula não faria sentido.

2. ESCOLHA UM PONTO
Lembre-se de que só se pode chegar a um lugar. Já parou para
pensar nisso quando você faz uma viagem? Só existe um lugar de
destino. O mesmo ocorre quando você está dirigindo e usando o
Waze, só dá para adicionar um destino. Ao tentar colocar outro
destino, o Waze pergunta se você quer adicionar uma nova viagem.
Isso porque o segundo lugar é realmente uma nova viagem. Quero te
desafiar a fazer uma pregação de um ponto. Eu já preguei várias
vezes com 3, 4, 5, 7 e até 10 pontos. Mas as pessoas não se lembram
desse tipo de pregação, sendo assim não há transformação.

E de que adianta pregar se as pessoas não vão se lembrar depois? É


melhor você falar de uma coisa só, e as pessoas se transformarem
através da sua pregação. Não será a sua única pregação, pois na
próxima semana você vai pregar de novo para as mesmas pessoas,
e nas demais semanas também. Se você for pregar sobre perdão e
tiver quatro pontos, faça então uma série de pregações sobre
perdão, mas use apenas um ponto por vez, assim a pessoa terá a
chance de praticar.

Outra dica é que a sua pregação seja resumida em uma frase.


Mesmo que dure 40 minutos por conta do desenvolvimento da
mensagem, a sua pregação precisa ser resumida numa única frase.
O único ponto deve ser real, bíblico e uma verdade de Deus.
Vou deixar como exemplo uma das pregações que mais deram
frutos e através da qual ouvi mais testemunhos.
É uma pregação de um ponto só. A frase é: agradece que cresce. Se

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a frase rimar é melhor ainda.

Essa pregação era sobre gratidão. Eu mostrei através da Bíblia que


um dos segredos da vida abundante em Deus é a gratidão. E a frase
que resume a pregação permite que as pessoas se lembrem do
conteúdo no dia seguinte. Uma frase pode marcar a vida de uma
pessoa.

Outra pregação com uma única frase é: Não fomos feitos para ser
“eu” e sim “nós”. Ou seja, o ser humano não foi feito para viver e sim
conviver. No decorrer da pregação eu provo que essa frase é
verdadeira através de um texto bíblico, de uma pesquisa e uso
exemplos e ilustrações.

Em outra pregação recente falei sobre Abraão, quando ele estava


caminhando em direção à Terra Prometida. A frase era uma
pergunta e uma resposta: “Quem vai habitar na Nova Jerusalém? Os
justos que vivem pela fé”. Esse é o único ponto da pregação. No
desenvolvimento do sermão, eu apresento três formas de como ser
um justo que vive pela fé, mas o centro da pregação é apenas um.
Esse tipo de pregação marca muito. A sua introdução é a sua tese.
A sua tese é esse único ponto para pregar. Conhecer o objetivo da
viagem e saber qual é o destino, é levar a “carga” para um único
ponto.

3. CRIE UM MAPA

Na semana passada falamos sobre o “esboço” e eu quero dar um


novo nome: mapa! A estrutura é muito parecida com a do esboço,
mas o mapa nos remete a levar as pessoas a um destino. Você
primeiro pega a rua “Eu”, entra na esquina do “Nós” e entra na
estrada de “Deus”. Depois, entra na rua “Vocês” e chega ao local
chamado “Jesus”.

Explicando cada parada:


Eu - introdução. Este é o tema que eu escolhi falar ou que Deus
ministrou ao meu coração. É a tese ou o tema.
Nós - Pergunta: por que isso é importante para nós? É preciso se
colocar no lugar das pessoas que vão ouvir a sua pregação e saber
quais são suas principais perguntas. Por que as pessoas ficariam

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40 minutos ouvindo você falar ?

Deus - Palavra. Essa é a hora de mostrar bíblicamente porque a sua


tese é verdadeira. É o desenvolvimento da sua pregação.

Vocês - Aplicação. É a hora de dizer como a pessoa vai aplicar a


palavra à própria vida.

Jesus - Como Cristo nos ajuda a viver essa palavra? Quem não
termina a viagem em Jesus corre o risco de criar legalistas através
da pregação. A pessoa precisa entender que não consegue chegar a
lugar algum através do próprio esforço, daí a importância do
Evangelho. O Evangelho é o poder de Deus para a salvação. E
salvação não é o dia que se levanta a mão, mas é a própria vida.
Somos salvos todos os dias, aprendendo a andar em santidade, com
Cristo. Nele nós podemos.

Vou dar alguns exemplos de pregações minhas que estão


disponíveis no YouTube. Na mensagem sobre gratidão, falei que
creio na transferência de unção. Quando oro por alguém e depois
compartilho algo que Deus me deu, um dom espiritual. Eu sei que
sou feliz em todas as áreas da vida, com a família, no trabalho, com
os amigos e em tudo o que faço, mas eu sei que existe um segredo,
que é a gratidão. Quando falo disso estou transferindo uma unção.

Creio que uma das palavras que eu mais falo na vida é “obrigado”,
até mesmo nas orações, percebo que mais agradeço do que peço.
Então descobri um princípio na palavra de Deus. Por que a gratidão
é algo relevante para nós? Porque existe um princípio no reino de
Deus - tudo o que você agradece, cresce.

Na prática
Eu (introdução) - nós vamos falar sobre gratidão e eu explico o
motivo do meu tema.

Nós - por que é importante para nós? Porque a nossa vida pode
estar travada e parada e muita coisa diminuindo por não termos um
coração grato. E tudo o que a gente agradece, cresce. É relevante
porque a gratidão é um princípio do reino de Deus.

Deus - é a hora de abrir a Palavra. No caso da gratidão, falei da

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multiplicação dos pães. Havia 15 mil pessoas sem nada para comer.
Um menino com cinco pães e dois peixes. A Bíblia diz que Jesus
pega aquele alimento, levanta ao céu e agradece. Enquanto os
discípulos murmuravam e se questionavam, achando que aquela
quantidade era insignificante perto do número de pessoas com
fome. Em minha pregação eu comparei com as pessoas que pegam
seu salário e questionam: o que é esse dinheiro perto de tantas
dívidas que eu tenho?

Outro exemplo é dos dez leprosos que Jesus curou. A cura não foi
instantânea. Jesus mandou que eles fossem falar com o sacerdote
e, durante o caminho, a pele deles começou a ficar limpa, lisa e
perfeita como pele de criança. Todos foram curados, mas nove
correram para suas casas, provavelmente para ver suas esposas e
filhos. Somente um samaritano não age como os outros, ele corre
para a fonte do milagre que era Jesus, se lança aos pés dele, o
adora e agradece. Jesus fala para o homem: vá, a tua fé te salvou.

Agora faça uma reflexão: o que aqueles homens ganharam de


Jesus? Alguns anos a mais de vida. Porém, um voltou para
agradecer e quando você agradece, cresce. Enquanto os outros
nove ganharam 20 ou 40 anos a mais de vida, aquele que agradeceu
ganhou vida eterna.

Vocês (aplicação) - Mas como faz para agradecer ? Existe uma cena
no livro de Números, quando as pessoas chegam na Terra
Prometida, e Moisés chama doze homens para espiar a terra, um
representante de cada tribo. Na volta, dez daqueles homens
murmuram e chegam com um relatório trágico e dois voltam
animadíssimos com o que viram. Minha pergunta é: como é que
doze enxergam a mesma coisa e apresentam relatórios diferentes?
Dez disseram: “estamos lascados, tem gigantes na terra, somos
como gafanhotos diante deles, vamos morrer”. E dois disseram: “É
tudo verdade o que Deus falou. É preciso dois homens para
carregar um cacho de uva. Deus nos dará a terra que mana leite e
mel”.

Perceba que somente dois têm o coração grato e dez têm o coração
de murmuração. Provavelmente, quando os dez saíram do Egito,
eles caminharam murmurando e reclamando. Reclamar é uma
intercessão demoníaca. Porque reclamar é treinar o cérebro para

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provar que Deus é mentiroso. Pare de reclamar. Perceba que Josué
voltou grato e feliz, pois ele morava na porta da tenda e ele ouvia
tudo o que Moisés dizia e esteve presente em muitos encontros de
Moisés com Deus. Josué estava exposto à promessa. Faça o mesmo
que ele, pegue a Palavra de Deus, sente-se diante da “tenda” e ouça
todas as promessas. Quem ouve as promessas treina o cérebro para
encontrar evidências de que o que Deus disse é verdade. Desligue o
noticiário, esqueça o Whatsapp, saia do Instagram e concentre-se
nas promessas.

Jesus (conclusão) - E Calebe? Como ele conseguiu se não morava


na porta da tenda? Porque ele era o representante da tribo de Judá.
Ele carregava a semente, a representação de Cristo. Ou seja, só dá
para ter um coração grato em Cristo, quando você toma
conhecimento do que Ele fez por você. Saber disso torna você uma
pessoa cheia de gratidão.

Quero dar mais um exemplo porque essa parte é a parte mais


importante.
Eu - Vou falar sobre a pregação de Abraão. Expliquei que Abraão foi
o pai da fé. Deus o chamou para sair de sua terra e do meio da sua
parentela. Ele foi chamado para uma jornada com Deus e, depois de
alguns dias, ele chega na Terra Prometida, mas a jornada não havia
terminado. Quer dizer que não era uma jornada geográfica, mas de
transformação. O desafio dele não era chegar até a Terra
Prometida, mas se tornar o tipo de pessoa capaz de morar nela.

Nós - Isso é importante para nós porque devemos entender que


precisamos entrar numa jornada para nos tornarmos o tipo de
pessoa que vai morar com Deus, na cidade prometida. Deus é o
arquiteto e construtor de uma cidade. A Nova Jerusalém vai descer
do céu e haverá um tipo de pessoa que vai morar nela. Como essa
cidade ainda não chegou, é importante para nós saber que tipo de
pessoa devemos ser: o justo que vive pela fé.

Deus - Como é ser um justo que vive pela fé? Primeiro, a pessoa
recebe um futuro de Deus. Abraão estava preso num calendário
cíclico de idolatria, em Ur dos caldeus, e Deus o chama para fora e
ele ganha um futuro, ele tem um destino, um lugar para chegar.
Viver pela fé é viver em tendas. Abraão não constrói uma casa.
Pense que Abraão deveria ser um homem muito rico, ele tinha

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muitos ser vos. Podemos compará-lo com um empresário dos dias
de hoje, que tem uma multinacional. Porém, Abraão não construiu
uma moradia permanente porque era um peregrino. Mas não um
peregrino geográfico, e sim temporal, porque ele não era desse
século.

Por exemplo, eu moro em Bragança, mas eu sou um peregrino no


tempo, porque eu não pertenço a esse tempo, eu pertenço à era do
por vir, eu sou eterno. Outra coisa, onde ele chegava construía um
altar. Estou mostrando através da palavra que Abraão ganhou um
futuro, viveu em tendas e construiu altares.

Vocês - Na aplicação perguntamos: como se tornar um justo que


vive pela fé? A resposta é: se casando com Deus. Porque na
continuação do texto que li na pregação, Deus aparece a Abraão e
fala de um ritual de aliança. Só é possível ter uma aliança com
Deus, casando com Ele.

Jesus - Agora é hora de explicar como se cumpre essa aliança e


esse casamento com Deus. Somente através de Jesus. O texto
aponta para o cordeiro que seria esmagado. Deus mostrou a Abraão
que cumpriria a aliança sozinho e que ela seria incondicional. Só
entendemos o valor dessa aliança através do amor que Deus tem
por nós. Eu termino em Jesus porque só no poder do Evangelho é
possível viver essa aliança.

O ideal é não usar nenhum papel durante a pregação. Isso será


possível porque agora você sabe fazer um mapa. Antes da “viagem”
você abre o mapa e verifica as ruas e avenidas para chegar até lá.
Se você não consegue internalizar e se lembrar da sua pregação,
como você quer que as pessoas se lembrem e apliquem? Eu consigo
me lembrar das pregações que fiz e que me transformaram,
moldando o meu próprio pensamento. Quando Jesus falou sobre o
vinho novo, ele terminou com um versículo muito louco: o vinho
velho é melhor.

“E ninguém põe vinho novo em vasilhas de couro velhas; se o fizer, o


vinho novo rebentará as vasilhas, se derramará, e as vasilhas se

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estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em vasilhas
de couro novas. E ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o
novo, pois diz: ‘O vinho velho é melhor!.” (Lucas 5:37-39)

O que ele quis dizer ? Que você (o odre) precisa estar preparado para
receber o vinho novo, mas precisa esperar ele ficar velho para
ser vir às pessoas. Porque o vinho novo provoca dor de barriga nas
pessoas.

Resumindo, é preciso “internalizar” a parada. Eu já preguei depois


de ficar um mês internalizando a mensagem, e aquilo ia mexendo
comigo, como um vinho novo expandindo o odre, fazendo doer a
minha barriga, para que só depois eu pudesse ser vir. Acredite,
assim a mensagem sai de forma totalmente diferente. A dica é que
você prepare um sermão sem saber se vai pregar ou não, e deixar a
mensagem dentro de você. Um dia, Deus vai dizer: chegou a hora de
falar sobre isso.

Como internalizar ? Fale da sua pregação a várias pessoas, e fale


naturalmente, conversando com elas. Não fale em formato de
pregação, aliás, não existe formato de pregação, as pessoas que
inventaram isso. Não é preciso mudar a entonação da voz enquanto
prega, nem usar palavras diferentes das que você costuma usar.
Seja você. Pregação é falar, conversar. O autor Andy Stanley diz
assim: Imagine que seu filho de 18 anos está na sua frente,
correndo o risco de ir para o inferno, e você tem a chance de pregar
para ele. O que você falaria?

A outra dica para internalizar a mensagem é escrevendo à mão, isso


ajuda a memorizar. Hoje em dia, eu tenho a disciplina de passar
para o computador para não perder, mas eu sempre escrevo
primeiro. É provado cientificamente que, quando escrevemos, é
mais fácil de fixar. Eu faço o meu mapa da seguinte forma, escrevo
tudo num caderno e pinto a parte da ilustração com marca-texto.
Quando estou pregando, olho para o papel e sei que está chegando
a hora da ilustração.

Também é bom treinar na frente do espelho, várias vezes. Leve o


seu mapa, mas esteja preparado o suficiente para não precisar
olhar muito para o papel. O púlpito pode virar um esconderijo, então
saia detrás dele e comece a andar. Resumindo, internalize sua

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mensagem para que ela saia de você como um vinho velho, ótimo de
ser ser vido.

5. ENVOLVA OS OUVINTES
A pregação precisa ser uma conversa. É como um diálogo, mas você
faz a sua própria fala e a dos ouvintes. Peça a Deus para que você
pense no que as pessoas estão pensando. Você pode usar a frase:
“Você deve estar se perguntando...”. Assim, mesmo que a pessoa
não esteja realmente falando, você está mantendo um diálogo com
ela. Você mesmo faz as perguntas e já responde. Daí a importância
de conhecer o público. Use histórias que se conectem com as
pessoas.

Eu usei um exemplo do que acontece muito em casa, com meus


filhos. Um dia o Davi perguntou: Como eu faço se eu chegar perto
de Deus e ele disser: “Vá para longe de mim, porque eu não te
conheço?” Esse exemplo tinha a ver com a minha pregação sobre
Noé, que Deus havia destruído tudo, mas olhou para um homem e
decidiu salvá-lo. Os olhos de Deus estão sempre em busca de um
tipo de pessoa - aqueles que andam com Deus. E Noé andava com
Deus. A minha resposta ao meu filho Davi começou assim: Davi,
quem é que você deixa entrar na sua casa? Para quem você abre a
porta para entrar no seu quarto? Os seus amigos, aqueles que
andam com você. Então, se você quer ouvir Deus dizendo: “Entre no
meu Reino”, é preciso andar com Deus e ter amizade com Ele.

Essa foi uma história que conectou as pessoas, porque no meu


público havia muitos pais, e eles entenderam do que eu estava
falando. Quanto mais forte a conexão, maior a transformação.

REPASSANDO

1. Destino final - Qual é o objetivo da sua pregação? Transformar


pessoas. Saberemos se sua pregação foi boa se a galera foi
transformada. Porque não se trata de uma boa oratória ou da
capacidade de ler palavras no original, nem sobre a ótima teologia.
A pergunta é: as pessoas estão se parecendo mais com Jesus?

2. Qual é o ponto? - Em que ponto seremos transformados hoje?

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3. Crie um mapa - Eu, Nós, Deus, Vocês e Jesus. Eu (nosso tema),
Nós (Por que isso é importante para nós?), Deus (Como eu provo
isso através da palavra de Deus), Vocês (Como aplicar) e Jesus
(Como é possível cumprir o seu tema em Cristo).

4. Internalize - Faça com que a pregação fique dentro de você, para


falar de coração e do fundo da alma.

5. Envolva - Faça com que as pessoas se envolvam com o seu


conteúdo, através do diálogo, levantando as perguntas que as
pessoas fariam.

LIÇÃO DE CASA

Vou enviar a vocês as duas pregações (Abraão e Noé) para que


assistam e identifiquem o mapa, mais os esboços. Vou também
compartilhar uma pregação do Tim Keller para mostrar como se
deve finalizar a pregação com Jesus.

Para quem já fez um sermão, revisar e fazer os devidos ajustes,


conforme a aula de hoje.

Gravar uma pregação de até 10 minutos, postar em algum lugar e


compartilhar o link no mentoria@jesuscopy.com

É possível postar na conta do YouTube, como “não listado”.

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