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São Paulo
2013
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação
São Paulo
2013
C186c Cambur, Aline Cristini
Catalogação de documentos musicais impressos : um estudo comparativo /
Aline Cristini Cambur. – Sâo Paulo, 2013.
f. ; cm.
CDD 22 025.3488
Autora: Aline Cristini Cambur
Conceito:
Banca Examinadora:
Beethoven
RESUMO
Study that addresses the cataloging of musical documents printed. This uniqueness
of this type of document and the complexity of their treatment, as well as the need
for specific knowledge in music by the librarians. Conceptualized from a bibliographic
elements belonging to musical notation and the various types of music, in order to
demonstrate their importance as a source of information. Sets cataloging and lists
their advantages. Makes an exhibition of Anglo American Cataloguing , dedicated to
printed music, explaining its rules and regulations, and presents the Répertorie
Internationale des Sources Musicales, explaining each of their fields. Apply both
models to score Poem Singelo, Heitor Villa -Lobos, and points their fields in
common, their differences, advantages and disadvantages. Presents the problems
encountered in the search for literature, since the topic is rarely addressed in
courses Cataloguing and stresses the importance of Library and Information Science
to interact with music.
FIGURA 1 – PARTITURA...........................................................................................19
FIGURA 2 – PAUTA....................................................................................................21
FIGURA 3 – LINHAS SUPLEMENTARES.................................................................21
FIGURA 4 – CLAVE DE SOL.....................................................................................21
FIGURA 5 – CLAVE DE DÓ.......................................................................................22
FIGURA 6 – CLAVE DE FÁ........................................................................................22
FIGURA 7 – OPUS.....................................................................................................24
FIGURA 8 – POEMA SINGELO – PÁGINA 1............................................................28
FIGURA 9 – CONSTRUÇÃO DO TÍTULO UNIFORME.............................................37
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 MÚSICA
4.1 Partitura
Figura 1 – Partitura1
mesmo intervalo;
• Orquestração: arranjo ou transcrição para orquestra de obra original para
outro instrumento;
• Adaptação: obra que representa alteração de outra ou parafraseia partes de
várias obras ou que se baseia em outra música.
Podemos compreender que notação musical é o modo com que os sons são
expressos através da escrita, numa série de sinais e códigos que representarão as
notas, seus valores, o andamento da música, sua tonalidade, ritmo, elementos que
serão explicados mais adiante e indicam a velocidade e modo de execução de uma
obra. Em resumo, é a música manifesta em sua forma escrita. O Dicionário Grove de
Música (1994) a define como “um equivalente visual do som musical, que se
pretende um registro do som ouvido ou imaginado, ou um conjunto de instruções
visuais para intérpretes.”
A notação como conhecemos hoje tem origem no sistema desenvolvido pelos
monges medievais a partir do século IX. Foi o monge Guido d'Arezzo que
desenvolveu o sistema de notação precisa de linhas, alturas e espaços
representando alturas definidas por letras, que hoje conhecemos como claves.
Porém, a notação só assumirá sua forma definitiva no século XVIII. Segundo o
Dicionário Grove (1994), a notação em algumas músicas experimentais do século
XX se faz em “termos não-convencionais e o intérprete tem a liberdade de
improvisar sobre padrões musicais, (…).”
4.4 Pauta
Figura 2 – Pauta2
Fonte: www.wikipedia.com
Fonte: www.wikipedia.com
Pautas de quatro e seis linhas foram utilizadas na Idade Média por copistas,
porém, pela facilidade de leitura, popularizou-se o formato de cinco linhas.
4.5 Clave
Fonte: www.wikipedia.com
A clave de sol é usada, segundo Bennet (1990, p. 9) para indicar a altura das
notas que se encontram acima do dó central do piano. É usada por instrumentos de
sonoridade agudo, como violino e flauta.
Fonte: www.wikipedia,com
Fonte: www.wikipedia,com
4.6 Andamento
• Lento: lento;
• Largo: largo e muito vagaroso;
• Larghetto: não tão largo;
• Adagio: calmo e muito vagaroso;
• Andante: andando em passo tranquilo;
• Andantino: andando, porém menos vagaroso que o anterior;
• Moderatto: moderadamente;
• Allegro: animado e depressa;
• Allegretto: não tão rápido quanto o anterior;
• Vivace: com vivacidade;
• Presto: muito depressa;
• Prestissimo: o mais depressa possível;
• Accelerando: aumentando a velocidade;
• Stringendo: apressando;
• Allargando: alargando;
• Rallentando: afrouxando;
• Ritardando: atrasando;
• Ritenuto: retardando de súbito;
• Meno mosso: menos movimentado;
• Più mosso: mais movimentado;
• A tempo ou tempo primo: retoma o andamento original.
4.7 Opus
Figura 7 – Opus7
Fonte: www.classicalarchives.com
4.8 Instrumentos
4.9 Villa-Lobos
5 CATALOGAÇÃO
1 Permitir ao usuário:
• localizar um item específico;
• escolher entre as várias manifestações de um item;
• escolher entre vários itens semelhantes, sobre os quais, inclusive, possa não
ter conhecimento prévio algum;
• expressar, organizar ou alterar sua mensagem interna.
2. Permitir a um item encontrar seu usuário;
3. Permitir a outra biblioteca:
• localizar um item específico;
• saber quais os itens existentes em acervos que não o seu próprio.
6 AACR2
O Anglo American Cataloguing Rules 2th edition, rev. 2002 (AACR2r) foi publi-
cada no Brasil em 2004 pela Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários,
Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB) a tradução do AACR2, sob o título
de Código de Catalogação Anglo Americano (CCAA2, revisão 2002) e designado in-
ternacionalmente como AACR2r.
Os capítulos da parte 2 subdividem-se em escolha de pontos de acesso, re-
gras para forma de representação de nomes pessoais, nomes geográficos e entida-
des, além dos títulos uniformes, ou seja, o título pelo qual se reúne as várias edições
ou manifestações de uma obra em catálogo, e regras para entradas de remissivas.
Apresenta também apêndices que contém a indicação para uso de maiúsculas e mi-
núsculas, abreviaturas, numerais, glossário, artigos iniciais e um anexo dedicado
aos cabeçalhos de nomes pessoais de língua portuguesa.
6. 2 Pontos de acesso
O AACR2r define como pontos de acesso “o nome, termo ou código etc. sob o
qual um registro bibliográfico pode ser procurado” (CÓDIGO..., 2004, p. D-11).
Os pontos de acesso basicamente são: de responsabilidade de autoria, títulos,
incluindo títulos de séries, uniformes e de assuntos Como mencionamos anterior-
mente, os pontos de acesso de assuntos não serão tratados neste trabalho porque
necessitam instrumentos próprios para sua abordagem.
É ainda o próprio Código que declara na regra 25.1 a função do título uniforme
como segue:
Para reunir todas as entradas de uma obra, quando aparecem
apresentações diferentes (por exemplo edições, traduções) dessa
obra sob vários títulos, para identificar uma obra, quando o título pelo
qual é conhecida difere do título princiapl do item que está sendo
catalogado; para distinguir entre duas ou mais obras publicadas sob
títulos principais idênticos, para organizar o arquivo. (CÓDIGO...,
2002, p. 25-5)
Os critérios para formação de título uniforme para obras musicais com títulos
individuais ou coletivos bem como os acréscimos pertinentes são descritos nas re-
gras 25.26-25-35 do Código de Catalogação Anglo-Americano (2004, p. 25-34 a 25-
36).
Com a finalidade de ilustrar o processo de construção de título uniforme apre-
sentamos na figura XX um fluxograma elaborado por Jonas Borges Castro:
37
1. Assunto (s) I. Nome (s) Pessoa, Entidade II. Título (s) III. Serie
(s)
Fonte: Teodósio, 2012, anotações de aula
39
Debido a la enorme cantidad de información que hoy, más que nunca, se ge-
nera un trabajo serio de catalogación de los fondos musicales siempre será
un asunto pendiente. La naturaleza flexible del proyecto RISM está en conso-
nancia con esta problematica y, por ello, su programa está abierto y está en
constante revisión, es decir, es un programa vivo. Las normativa que ahora
publicados no tiene carácter cerrado, sino que habrá de perfeccionarse cons-
tantemente con nuevas indicaciones, fruto de las sugerencias que se vayan
planteando. (RISM, 1995: 21)8
8 “Devido à enorme quantidade de informação que hoje, mais do que nunca, se gera, qualquer
trabalho sério de catalogação de fundos musicais será sempre um trabalho inacabado. O caráter
flexível do projeto RISM está em consonância com essa problemática e, por isso, seu programa é
aberto e está em constante revisão, ou seja,é um programa vivo. A legislação que agora publicamos
não tem caráter fechado, ao contrário, deverá aperfeiçoar-se constantemente com novas indicações,
fruto das sugestões que possam surgir” (Tradução nossa).
41
Ainda que apresente 94 campos de descrição, o RISM propõe oito campos bási-
cos para que a catalogação seja realizada (COTTA, 2000, p. 157), sendo os outros
opcionais. Os campos básicos são:
O primeiro campo básico, RISM 50, conforme nos instrui Cotta (2000, p. 158),
deve ser preenchido pelo nome do autor na sua grafia internacionalmente reconheci-
da (nome normalizado), na seguinte disposição: sobrenome em maiúsculas seguido
de vírgula, nome com a inicial maiúscula e demais minúsculas. Caso a autoria da
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obra seja anônima, preencher-se-á o campo apenas com “anônimo”. Caso a obra
descrita seja uma coletânea do mesmo autor, o campo deverá ser preenchido com o
nome do autor, mas o campo de incipt não deverá ser preenchido, e cada peça terá
sua própria ficha de descrição. Caso a obra seja um manuscrito com peças de auto-
res diferentes, preencher-se-á o campo apenas com “Manuscrito coletivo”.
Cotta (2000, p. 159) diz que os campos RISM50 e RISM60 são separados na
ficha, mesmo que sejam adjacentes na ordem de código dos campos. Isto ocorre
porque a informação do campo seguinte, o título uniforme, é uma informação
importante para o RISM depois do nome do compositor normalizado.
O campo de título uniforme, RISM 100, já mencionado anteriormente, tem o
objetivo de agrupar sob um único título uma composição com diferentes nomes. A
composição do título uniforme segue a ordem estabelecida pelo RISM (COTTA,
2000, p. 159):
• Obras com título literário normalmente aceito: deve-se citar o título literário em
sua versão original, normalizado. Aparece em óperas, cantatas, dentre outros;
• Incipt literário normalizado: o incipt do texto serve como título uniforme na
música vocal que não tem título literário. No caso de música litúrgica não se
utiliza o incipt do texto como título uniforme, e sim o nome da forma musical.
Em óperas e oratórios com título literário desconhecido, usa-se “ópera” e
“oratório”, respectivamente;
• Gênero ou forma: caso não se possa recorrer nem a título literário nem a um
incipt literário, a forma ou o gênero musical servirão como título uniforme. Se
não for possível saber de que forma se trata, utilizar-se-á a indicação de
tempo no singular.
Se a obra a ser descrita for um manuscrito, o campo RISM 540 deverá ser
preenchido com a data do documento, e não a de composição, que tem seu próprio
bloco, o RISM942. Caso outras datas apareçam no documento, deverão ser
indicadas nos campos RISM962 (outas informações da fonte) ou
RISM972(informações de fontes secundárias). No caso dos impressos, a data da
edição deverá ser transcrita no campo RISM948.
Deve-se indicar ainda o número de partituras de que o documento é composto,
o número de exemplares e/ou volumes e seu número fólios ou páginas, sendo o
RISM600, RISM610 e RISM620 para as partituras, o RISM630, RISM640 e
RISM650 para as reduções, o RISM660, RISM670 e RISM680 para os livros de
coro, o RISM700 e RISM710 para as partes.
Os incipts musicais, que devem ser transcritos no campo RISM826, possuem
campos tanto para sua identificação quanto para sua redação. O RISM apresenta as
seguintes regras para a redação do incipt (COTTA, 2000, p. 187):
Por fim, o campo RISM982 deve ser preenchido com a sigla do país, cidade e
da biblioteca em que se encontra o documento (COTTA, 2000, p. 186).
Logo abaixo vemos a aplicação das regras do AACR2r para música, aplicado à
partitura Poema Singelo de Heitor Villa-Lobos.
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AACR2 RISM
Área 1 – Título principal e indicação RISM100
de responsabilidade
Título principal RISM320
Nome do compositor RISM70
Área 4 – Publicação e distribuição -
Data da publicação RISM948
Nome do publicador RISM956
Local de publicação RISM942
Data da composição RISM942
Área 5 – Descrição física RISM620
Dimensão do material RISM750
Área 7 - Notas -
Forma de execução RISM140
Variações do título principal RISM150
Data de estreia RISM944
Nota de edição e histórico RISM972
Fonte: elaborado pela autora
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9 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BENNET, Roy. Como ler uma partitura. Tradução Maria Teresa de Resende Costa.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990. 104 p.
______. Uma breve historia da música. Tradução Maria Teresa de Resende Costa.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986. 80 p. Tradução de: History of music.