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Pr. Leandro B.

Peixoto

Segunda Igreja Batista em Goiânia

www.sibgoiania.org

26 de fevereiro de 2023

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[ATOS DOS APÓSTOLOS]

Msg. 58

EVANGELISMO E DISCIPULADO
[Atos 18.18-28] 18Paulo ainda permaneceu em Corinto por algum tempo. Então se
despediu dos irmãos e foi a Cencreia, onde raspou a cabeça, de acordo com o cos-
tume judaico para marcar o m de um voto. Em seguida, partiu de navio para a Síria,
levando consigo Priscila e Áquila. 19Chegaram ao porto de Éfeso, onde Paulo os dei-
xou. Enquanto estava ali, foi à sinagoga para debater com os judeus. 20Eles pediram
que casse mais tempo, mas ele recusou. 21Ao despedir-se, Paulo disse: “Voltarei
depois, se Deus quiser”. Então zarpou de Éfeso. 22A parada seguinte foi no porto de
Cesareia, de onde subiu a Jerusalém e visitou a igreja. Em seguida, voltou para Anti-
oquia. 23Depois de passar algum tempo ali, voltou pela Galácia e pela Frígia, visitan-
do e fortalecendo todos os discípulos. 24Enquanto isso, chegou a Éfeso vindo de
Alexandria, no Egito, um judeu chamado Apolo. Era um orador eloquente que conhe-
cia bem as Escrituras. 25Tinha sido instruído no caminho do Senhor e ensinava a res-
peito de Jesus com profundo entusiasmo e exatidão, embora só conhecesse o ba-
tismo de João. 26Quando o ouviram falar corajosamente na sinagoga, Priscila e Áqui-
la o chamaram de lado e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus. 27A-
polo queria percorrer a Acaia, e os irmãos de Éfeso o incentivaram. Escreveram uma
carta aos discípulos de lá, pedindo que o recebessem bem. Ao chegar, foi de grande
ajuda àqueles que, pela graça, haviam crido, 28pois, em debates públicos, refutava
os judeus com fortes argumentos. Usando as Escrituras, demonstrava-lhes que Je-
sus é o Cristo.

A MELODIA DO DISCIPULADO

O estudo do livro de Atos nos remete às origens da igreja cristã, e nos coloca cara a cara
com os primeiros crentes e suas práticas – dentro e fora da igreja. Como isso é importan-
te, e relevante! Se há um modelo a ser copiado (nesta época de tantas opções e de cur-
sos e de in uenciadores e de coachs e de modelos diversos… se há um modelo a ser
copiado), esse é o que nós tempos estampado nas páginas deste livro que neste mo-
mento temos em tela. A relevância que a igreja e os crentes precisam ter na sociedade
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Evangelismo e discipulado Atos 18.18-28 [26 de fevereiro de 2023]

deverá se ajustar aos moldes do que temos em Atos dos Apóstolos, nem mais, nem me-
nos; sob pena de se produzir uma entidade completamente distinta do que Jesus cha-
mou de igreja e que se acha estampada aqui no Novo Testamento.

O livro de Atos é como uma obra-prima sinfônica. Já nas notas de abertura se


ouve a respeito de seu tema principal: evangelismo – soando através das palavras dirigi-
das aos primeiros crentes pelo próprio Jesus Cristo, o edi cador da igreja:

Atos 1.8 Vocês receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e se-
rão minhas testemunhas em toda parte: em Jerusalém, em toda a Judeia, em Sama-
ria e nos lugares mais distantes da terra.

“Serão minhas testemunhas...” NO PRIMEIRO MOVIMENTO (nos caps. 1—7), a


melodia foi crescendo, a princípio por meio de apenas um punhado de crentes em Jeru-
salém, os quais foram progressivamente enchendo a cidade com a música do evangelho.

O SEGUNDO MOVIMENTO (nos caps. 8—12), dentre outros músicos, destacou-se


um trio especí co: Filipe, Pedro e Saulo, na medida em que eles entoavam o refrão do
evangelho por toda a Judéia e Samaria.

Caminhando para o nal, O TERCEIRO MOVIMENTO (nos caps. 13-28) atingiu um


crescendo completo, quando Saulo, agora chamado de Paulo, anunciou o evangelho por
todo o mundo, de Jerusalém a Roma, partindo de Antioquia da Síria.

E, como acontece com qualquer grande obra-prima musical, o tema principal é


apoiado por subtemas. Por exemplo: ao chegar a Atos 18, se você estiver com os ouvi-
dos a nados ou se ouvir com atenção, perceberá estar tocando uma dessas contra-me-
lodias (ouvirá uma melodia sendo tocada simultaneamente com a melodia principal). A
melodia principal de Atos dos Apóstolos é testemunho ou evangelização. Isto está claro
em Atos 1.8: “Serão minhas testemunhas…”. Evangelização, portanto, é a melodia prin-
cipal deste livro.

Só que há uma doce e sutil melodia sendo tocada em paralelo, a contra-melodia


da evangelização: — qual é? — o discipulado: O discipulado que Paulo fez com Áquila e
Priscila, e que esse casal, por sua vez, fez com Apolo, como vimos apenas de passagem
nas duas últimas mensagens desta série em Atos [Casais inteligentes servem juntos, par-
tes 1 e 2.]

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Evangelismo e discipulado Atos 18.18-28 [26 de fevereiro de 2023]

DISCIPULADO EXEMPLIFICADO

AGORA, você só perceberá a linha melódica do discipulado sendo tocada em Atos 18, se
primeiro estiver familiarizado com A ESTRUTURA DO DISCIPULADO. Antes de qualquer
coisa, portanto, ouça as palavras de Paulo sobre discipulado ditas a Timóteo:

2Timóteo 2.1-2 1Meu lho, seja forte por meio da graça que há em Cristo Jesus.
2Você me ouviu ensinar verdades con rmadas por muitas testemunhas con áveis.

Agora, ensine-as a pessoas de con ança [ eis] que possam transmiti-las a outros.

Paulo discipulou seu lho espiritual Timóteo, treinando-o para ter o tipo de caráter
necessário para se viver a vida cristã em plenitude. Timóteo, por sua vez, em vez de ab-
sorver apenas para si mesmo todas as verdades ensinadas por Paulo, deveria também
ensiná-las a pessoas de con ança [ eis] que pudessem transmiti-las a outros.

Quais “verdades” Paulo teria compartilhado com Timóteo para que ele, por sua
vez, pudesse ensinar a outros e assim por diante? Obviamente que era o que lhe fora
con ado pelo próprio Cristo, o tesouro do evangelho (2Tm 1.12, 14), as verdades objeti-
vas das Escrituras, as doutrinas bem de nidas da fé e os princípios para o desenvolvi-
mento do caráter e a construção de uma vida piedosa. Nas palavras de Judas: “a fé que,
de uma vez por todas, foi con ada ao povo santo” (Jd 3); e nas palavras do próprio Pau-
lo: “a tradição que receberam de nós (os apóstolos)” (2Ts 3.6); a mensagem do evange-
lho tal como os apóstolos a pregaram (1Co 15.3). Era isso que Timóteo deveria ensinar.

NA VERDADE, O DISCIPULADO REMONTA AO MINISTÉRIO DE JESUS. Cristo


mesmo determinou que seus seguidores mais próximos também reproduzissem na vida
de outros os ensinamentos que dele eles aprenderam. Preste atenção:

Marcos 3.13-16 13Depois, Jesus subiu a um monte e chamou aqueles que ele dese-
java que o acompanhassem, e eles foram. 14Escolheu doze e os chamou seus após-
tolos, para que o seguissem e fossem enviados para anunciar sua mensagem, 15e
lhes deu autoridade para expulsar demônios. 16Estes foram os doze que ele esco-
lheu: [a lista dos doze apóstolos]

Ora, trazendo esses homens para perto dele, Jesus derramou neles sua vida e a
verdade para que, quando ele partisse para o Pai (após a ressurreição), esses doze pu-
dessem pregar a outros com poder e autoridade. Cristo os escolheu para equipá-los com
o propósito de que seguissem seu exemplo e zessem discípulos, inserindo-os no reino
dos céus. De fato, Cristo os comissionaria mais tarde, nestes termos:

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Evangelismo e discipulado Atos 18.18-28 [26 de fevereiro de 2023]

Mateus 28.19-20 19Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizan-


do-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 20Ensinem esses novos discí-
pulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. E lembrem-se disto: estou
sempre com vocês, até o m dos tempos”.

E foi exatamente isso que Paulo havia feito com Timóteo (que estava pastoreando
em Éfeso, quando o apóstolo lhe escreveu 2Timóteo) – e Paulo havia feito o mesmo tam-
bém com um certo marido e mulher chamados Áquila e Priscila, que viviam em Corinto.

Normalmente nós NÃO PENSAMOS EM PAULO COMO UM DISCIPULADOR PES-


SOAL. Mais provavelmente, nós o imaginamos explorando novas fronteiras para Cristo,
pregando para grandes multidões e depois seguindo em frente. Só que a sua vida muitas
vezes soava mais a nota do discipulado pessoal do que qualquer outra nota. Preste
atenção à melodia — a do discipulado pessoal — no caso de sua chegada a Corinto:

Atos 18.1-3 1Algum tempo depois, Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. 2Ali en-
controu um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que havia chegado recente-
mente da Itália com sua esposa, Priscila, depois que Cláudio César expulsou todos
os judeus de Roma. 3Paulo foi morar e trabalhar com eles, pois eram fabricantes de
tendas, como ele.

NOTE:

O PASSO INICIAL que Paulo deu para discipular o casal Áquila e Priscila — qual
foi? — foi associar-se bem de perto com eles. O apóstolo iniciou uma amizade, traba-
lhou com o casal na fabricação de tendas e até morou com eles. Então, depois de ter de-
senvolvido um relacionamento, ele os treinou em assuntos espirituais. Esse treinamento
incluía [1.] momentos formais na sinagoga: Atos 18.4 — “Todos os sábados, Paulo ia à
sinagoga e buscava convencer tanto judeus como gregos.”; e [2.] momentos casuais em
sua casa: Atos 18.11 — “Então Paulo permaneceu ali um ano e meio, ensinando a pala-
vra de Deus.” Fosse atrás do púlpito ou descansando no conforto do lar, Paulo falava a
eles sobre Cristo. Seu ensinamento não estava envolto em mera retórica; era vestido de
vida real, e eles abraçaram avidamente o seu ensinamento.

O PASSO FINAL do discipulado de Paulo foi multiplicar-se por meio de Áquila e


Priscila. Isso está implícito em suas ações quando chegou a hora de deixar Corinto:

Atos 18.18-21 18Paulo ainda permaneceu em Corinto por algum tempo. Então se
despediu dos irmãos e foi a Cencreia, onde raspou a cabeça, de acordo com o cos-
tume judaico para marcar o m de um voto. Em seguida, partiu de navio para a Síria,
levando consigo Priscila e Áquila. 19Chegaram ao porto de Éfeso, onde Paulo os dei-

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Evangelismo e discipulado Atos 18.18-28 [26 de fevereiro de 2023]

xou. Enquanto estava ali, foi à sinagoga para debater com os judeus. 20Eles pediram
que casse mais tempo, mas ele recusou. 21Ao despedir-se, Paulo disse: “Voltarei
depois, se Deus quiser”. Então zarpou de Éfeso.

Depois de levar consigo Áquila e Priscila para Éfeso, Paulo decidiu que era mo-
mento de encerrar sua segunda viagem missionária, deixando o casal sozinho a ministrar
naquele local, enquanto ele próprio voltava para casa em Antioquia da Síria, passando
por Cesareia e Jerusalém para reforçar seu discipulado:

Atos 18.22-23 22[Tendo zarpado de Éfeso,] A parada seguinte foi no porto de Cesa-
reia, de onde subiu a Jerusalém e visitou a igreja. Em seguida, voltou para Antioquia.
23Depois de passar algum tempo ali, voltou pela Galácia e pela Frígia, visitando e

fortalecendo todos os discípulos.

Como vimos, os efésios queriam muito que Paulo tivesse cado com eles (v. 20),
mas a resposta do apóstolo foi: “Não. Vocês agora têm Áquila e Priscila. Não precisam
de mim neste momento. Esse casal poderá fazer o mesmo bom trabalho que eu z; para
isso eu discipulei os dois. Eu voltarei a vocês mais tarde (v. 21).” Realmente! Paulo havia
multiplicado sua e cácia ao dedicar sua vida a Áquila e Priscila, os quais seriam então
capazes de continuar o trabalho em Éfeso sem ele, com a mesma e ciência e a e cácia
do apóstolo.

Mas o subtema do discipulado em Atos 18 não termina aqui. Um novo tenor pega
o refrão na página seguinte da partitura: Apolo. Preste atenção:

Atos 18.24-26 24Enquanto isso, chegou a Éfeso vindo de Alexandria, no Egito, um


judeu chamado Apolo. Era um orador eloquente que conhecia bem as Escrituras.
25Tinha sido instruído no caminho do Senhor e ensinava a respeito de Jesus com

profundo entusiasmo e exatidão, embora só conhecesse o batismo de João. 26-


Quando o ouviram falar corajosamente na sinagoga, Priscila e Áquila o chamaram de
lado e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus.

Perceberam?

Áquila e Priscila caram instantaneamente impressionados com esse jovem. Ele


era de Alexandria no Egito, norte da África – uma cidade universitária com uma grande
biblioteca (a maior do mundo da época) e igualmente de reputação mundial pela sua eru-
dição. Esse jovem, Apolo, era “eloquente”, ou logios em grego, o que signi ca que ele
era um orador talentoso e um pensador profundo. A. T. Robertson informa que logios
pode signi car tanto que Apolo era um homem de palavras uentes quanto um homem
de ideias profundas, já que logos era usado tanto para a razão quanto para a fala.

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Além de “eloquente”, Apolo era bem versado nas Escrituras do Antigo Testamento,
bem como em alguns dos ensinamentos sobre Cristo. Mais signi cativamente, Apolo ti-
nha um coração ardente, posto que ensinava com “profundo entusiasmo” – que literal-
mente signi ca: “espírito fervoroso”.

Ora, Áquila e Priscila ouviram com atenção, ltrando tudo o que Apolo diza – mas
Áquila e Priscila o ouviram com o ltro doutrinário que Paulo lhes dera. E então: versícu-
lo 26 — “Quando o ouviram falar corajosamente na sinagoga, Priscila e Áquila o chama-
ram de lado e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus.”

Apolo estava familiarizado apenas com o batismo de João. Ele ainda não havia en-
tendido o todo do evangelho da graça que fora completado com a cruci cação e ressur-
reição de Jesus Cristo. Apolo também não sabia sobre o batismo do Espírito Santo no
Pentecostes. A poderosa presença do Espírito na vida do crente era um conceito estra-
nho para ele, por mais que tivesse conhecimento bíblico e falasse com eloquência e pai-
xão. Ou seja, por mais exato e fervoroso que fosse seu ensino a respeito Cristo, ainda era
incompleto e precisava de a nação. Apolo precisava ser discipulado. Assim, sem emba-
raçá-lo ou humilhá-lo publicamente, Áquila e Priscila, com amor, tato e verdade, estende-
ram a mão para ensinar esse discípulo de Cristo que ainda era um diamante bruto.

Uma vez que ele recebeu, absorveu e cresceu na verdade completa do evangelho,
não havia mais porquê detê-lo ou não usá-lo: versículo 17 — “Apolo queria percorrer a
Acaia, e os irmãos de Éfeso o incentivaram. Escreveram uma carta aos discípulos de lá,
pedindo que o recebessem bem…” Como em todos os relacionamentos de discipulado
saudável, chega o tempo (deve chegar o tempo) de deixar partir, de enviar. Discipular é
treinar, mas também é liberar o discípulo para que ele possa, por si só, formar outros dis-
cípulos. Foi isso que Apolo decidiu fazer quando partiu para a Acaia:

Atos 18.27b-28 27[…] Ao chegar, foi de grande ajuda àqueles que, pela graça, havi-
am crido, 28pois, em debates públicos, refutava os judeus com fortes argumentos.
Usando as Escrituras, demonstrava-lhes que Jesus é o Cristo.

Meses antes, Paulo havia discipulado Áquila e Priscila; então eles passaram seu
aprendizado para Apolo; e agora Apolo transmitiria a mesma mensagem para aqueles
que estavam na Acaia, onde Paulo mesmo havia começado com Áquila e Priscila (em
Corinto). TROCANDO EM MIÚDOS: por meio do processo de discipulado, o evangelho

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completou um ciclo e muitos mais estavam aprendendo sobre Jesus Cristo. Tudo isso
demonstrando a verdade que examinamos em 2Timóteo 2.2: “Você me ouviu ensinar
verdades con rmadas por muitas testemunhas con áveis. Agora, ensine-as a pessoas de
con ança [ eis] que possam transmiti-las a outros.” De fato: Paulo havia discipulado
Áquila e Priscila, que por sua vez abençoaram os coríntios e os efésios e discipularam
Apolo; e Apolo, por sua vez, abençoou a muitos na Acaia.

Ora, ao discipular outros e se multiplicar neles, Paulo foi capaz de expandir seu
ministério de maneiras imprevisíveis até mesmo para ele. Na nossa vida, quem é capaz
de prever a quem nós poderemos alcançar por meio do processo de discipulado?

DISCIPULADO APLICADO

Nesta passagem, Lucas usou músicos de apoio – os do segundo violino, por assim dizer
– em vez dos músicos da ponta – os do primeiro violino – para ilustrar alguns princípios
fundamentais; Lucas usou Áquila e Priscila e depois Apolo para revelar a mecânica e a
importância do discipulado cristão na vida dos crentes e da igreja.

PRIMEIRO, a melhor transmissão da verdade é o discipulado. Em um relacio-


namento de discipulado, podemos nos conhecer por fora e por dentro. Saímos da super-
cialidade e nos aprofundamos. E quanto melhor nos conhecemos e nos amamos a fun-
do, tanto mais aptos vamos cando para aplicar o evangelho aos problemas da vida real.
Em vez de à distância exibir um padrão cristão “perfeito” que ninguém pode alcançar, ou
de comunicar verdades genéricas demais para se aplicar individualmente no dia a dia, o
discipulado mantém a verdade ao nível dos olhos, tornando-a compreensível, acessível e
pessoalmente aplicável.

SEGUNDO, o melhor momento para começar a discipular é agora. Apenas ou-


vir sermões no domingo jamais é o bastante para a recarga espiritual necessária e que
ocorre de modo personalizado em um relacionamento de discipulado (ou discipulador).
Sim, aproximar-se de outra pessoa signi ca que você estará correndo riscos, mas eles
valerão a pena quando você sentir a maravilha do processo de multiplicação, a sensação
de satisfação por Deus ter usado você para transformar uma pessoa, que transformará
outra, que transformará outra, que transformará outra… Ora, comece agora, comece já a
discipular. Valerá a pena cada esforço. E no processo você se revigorará em Cristo.

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TERCEIRO, a melhor maneira de discipular é aplicar o que você está apren-


dendo. Você ouve sermões, lê a Bíblia, lê e estuda livros… e é a esta mesma fonte que
está alimentado e abençoado você que você levará seus discípulos para se alimentarem
e serem também abençoados em Cristo. E desse modo você poderá dizer como Paulo
dizia de boca cheia: “sede meus imitadores como eu sou de Cristo Jesus.” Veja:

1Coríntios 4.14-16 14Não escrevo estas coisas para envergonhá-los, mas para ad-
verti-los como meus lhos amados. 15Pois, ainda que tivessem dez mil mestres em
Cristo, vocês não têm muitos pais, pois eu me tornei seu pai espiritual em Cristo Je-
sus por meio das boas-novas que lhes anunciei. 16Portanto, suplico-lhes que sejam
meus imitadores.

1Coríntios 11.1-2 1Sejam meus imitadores, como eu sou imitador de Cristo. 2Eu os
elogio porque vocês sempre têm se lembrado de mim e têm seguido os ensinamen-
tos que lhes transmiti.

Filipenses 3.17-19 17Irmãos, sejam meus imitadores e aprendam com aqueles que
seguem nosso exemplo. 18Pois, como lhes disse muitas vezes, e o digo novamente
com lágrimas nos olhos, há muitos cuja conduta mostra que são, na verdade, inimi-
gos da cruz de Cristo. 19Estão rumando para a destruição. O deus deles é seu pró-
prio apetite. Vangloriam-se de coisas vergonhosas e pensam apenas na vida terrena.

1Tessalonicenses 1.6-7 6Assim, apesar do sofrimento que isso lhes trouxe, vocês
receberam a mensagem com a alegria que vem do Espírito Santo e se tornaram imi-
tadores nossos e do Senhor. 7Com isso, tornaram-se exemplo para todos os irmãos
na Grécia, tanto na Macedônia como na Acaia.

RECAPITULANDO:

A melhor transmissão da verdade é o discipulado.

O melhor momento para começar a discipular é agora.

A melhor maneira de discipular é aplicar o que você está aprendendo.

EVANGELISMO E DISCIPULADO, para a glória de Deus, no poder do Espírito San-


to e com a mensagem de Cristo revelada na Bíblia é o que se espera de crentes e igrejas.
Em tudo o que fazemos, devemos ser intencionais, para isto estamos ainda vivos e para
isto existe esta igreja, a SIB Goiânia: evangelizar e fazer discípulos de todos os lugares e
nações, espalhando assim paixão pela supremacia de Cristo em todas as coisas.

S.D.G. L.B.Peixoto

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