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Descrição e Ilustração das Principais

Atribuições do Auditor Fiscal

Elaboração: Departamento de Estudos Técnicos

Brasília-DF, novembro de 2016


Diretoria Executiva Nacional

Presidente Diretor-Suplente
Cláudio Márcio Oliveira Damasceno Genidalto da Silva Paiva
a
1 Vice-Presidente Diretor-Suplente
Maria Cândida Capozzoli de Carvalho Leonardo Picanço Cruz
2º Vice-Presidente
Luiz Henrique Behrens França
Secretário-Geral Conselho Fiscal
Rogério Said Calil
Diretor-Secretário Membros Titulares
Pedro Egídio Alves de Oliveira João Luiz dos Santos
Diretor de Administração e Finanças Armando Domingos Barcelos Sampaio
Albino Dalla Vecchia Elias Carneiro Júnior
1º Diretor-Adjunto de Administração e
Finanças
César Araújo Ramos Membros Suplentes
2º Diretor-Adjunto de Administração e Marchezan Albuquerque Taveira
Finanças Pérsio Rômel Macedo Ferreira
Cloves Francisco Braga Roney Sandro Freire Correa
Diretor de Assuntos Jurídicos
Sebastião Braz da Cunha dos Reis DIRETORIA DE ESTUDOS TÉCNICOS
1º Diretor-Adjunto de Assuntos Jurídicos
Carlos Rafael da Silva Wagner Teixeira Vaz
2º Diretor-Adjunto de Assuntos Jurídicos Diretor de Estudos Técnicos
Sérgio Santiago da Rosa Edison de Souza Vieira
Diretor de Defesa Profissional Diretor-Adjunto de Estudos Técnicos
Daniel Saraiva Magalhães
Diretor-Adjunto de Defesa Profissional Equipe Técnica:
Dagoberto da Silva Lemos Álvaro Luchiezi Júnior
Diretor de Estudos Técnicos Economista, Gerente de Estudos Técnicos
Wagner Teixeira Vaz Alexandre Rodriguez Alves Coelho
Diretor-Adjunto de Estudos Técnicos Economista, Assessor de Diretoria III
Edison de Souza Vieira
Diretora de Comunicação Social
Pedro Delarue Tolentino Filho
Diretor-Adjunto de Comunicação Social
Mário Luiz de Andrade
Diretora de Assuntos de Aposentadoria,
Proventos e Pensões
Nélia Cruvinel Resende
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da
Diretor-Adjunto de Assuntos de
Receita Federal do Brasil
Aposentadoria, Proventos e Pensões
SDS - Conjunto Baracat - 1º andar - salas 1 a 11
José Castelo Branco Bessa Filho
Brasília/DF - CEP 70392-900
Diretor do Plano de Saúde
Fone (61) 3218 5200 - Fax (61) 3218 5201
Roberto Machado Bueno
www.sindifisconacional.org.br
Diretor-Adjunto do Plano de Saúde
e-mail: estudostecnicos@sindifisconacional.org.br
Agnaldo Neri
Diretor de Assuntos Parlamentares
José Devanir de Oliveira É permitida a reprodução deste texto e dos
Diretor-Adjunto de Assuntos Parlamentares dados nele contidos, desde que citada a fonte
Maíra Giannico
Diretor de Relações Internacionais e
Intersindicais
Luiz Gonçalves Bomtempo
Diretor de Defesa da Justiça Fiscal e da
Seguridade Social
Assunta di Dea Bergamasco
Descrição e Ilustração das Principais Atribuições do Auditor Fiscal

1. Introdução

Em decorrência das atribuições de seu cargo efetivo, o Auditor Fiscal da


Receita Federal do Brasil desenvolve atividades exclusivas de Estado e
essenciais ao seu funcionamento, prestando serviços que envolvem poder de
decisão do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar e fomentar. A cobrança
e a fiscalização de tributos são exemplos das atividades exercidas pelo Auditor
Fiscal.

A atual Carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil é


indispensável à manutenção do Estado. Os Auditores Fiscais, conforme lhes
reputa inúmeras vezes o Código Tributário Nacional, são as autoridades que
exercem as atribuições privativas de lançamento do crédito tributário, de
decisão em processos fiscais e de desembaraço aduaneiro, dentre outras.

2. Combate à Sonegação Mediante a Fiscalização de Tributos e


Lançamento do crédito tributário

Cabe à autoridade administrativa constituir o crédito tributário, isto é, o


procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da
obrigação tributária, identificar o sujeito passivo, determinar a matéria tributável
e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível.

Em 2015, 10.398 auditores fiscais promoveram 277.369 procedimentos


de fiscalização, constituindo créditos tributários que totalizaram R$ 125 bilhões
(valor do principal não declarado, mais juros e multas) decorrentes dos autos
de infração.

3. Combate à Corrupção, à Lavagem de Dinheiro e ao Tráfico de


Mercadorias e de Drogas Ilícitas

Auditores Fiscais participam diversas operações de investigação e de


fiscalização, isoladamente ou em conjunto com outras instituições como o

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Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Algumas são conhecidas do
grande público, como as Operações Lava Jato, Zelotes e Greenfield. A atuação
do Auditor Fiscal nessas operações contribui para identificar contribuintes com
ativos financeiros no exterior não declarados no Brasil, identificar vícios em
decisões judiciais de cunho tributário e cercear ações de investimento
temerário de agentes públicos e privados. Na Operação Lava Jato, até 30 de
junho de 2016, foram instaurados 963 procedimentos fiscais, com cerca de R$
1,54 bilhão de crédito tributário constituído. Somente na Operação Zelotes, a
Equipe Especial de Fiscalização conta com 19 Auditores-Fiscais executando as
auditorias. No segundo semestre de 2016 estavam em andamento 66
procedimentos fiscais. Em outras operações de cunho interno, igualmente
importantes, como Muralha e Muro Alto; Pecúlio; Fazenda de Lama; Piratas
do Brás; Miragem II, Tantum Charta, a atuação do Auditor Fiscal contribuiu
para: coibir a circulação de produtos potencialmente nocivos à saúde e ao meio
ambiente, que geram desemprego, sonegação de impostos e concorrência
desleal; identificar irregularidades em processos licitatórios de prestação de
serviços; desarticular organização suspeita de lavagem de dinheiro de fraudes
em licitações; combate à importação de produtos piratas; combater esquema
de fraudes em compensação de tributos fazendários e previdenciários;
combater esquemas de emissão de notas frias. Essas operações ajudaram o
Governo Brasileiro a recuperar, entre janeiro e agosto de 2016, mais de R$ 73
bilhões de créditos sonegados.

Os Auditores Fiscais, no curso de sua atuação, apreenderam, em 2015,


mercadorias no total de R$ 1,88 e no apenas primeiro semestre de 2016, R$
1,2 bilhão. Estas mercadorias são, posteriormente, leiloadas e/ou doadas a
instituições de caridade, revertendo o resultado da ação fiscal em benefício
direto à sociedade.

4. Julgadores Administrativos

Os Auditores-Fiscais desempenham a atividade de juízes nos


contenciosos administrativos-fiscais, tanto nas Delegacias de Julgamento
quanto no Conselho de Contribuintes. Nesta função, elaboram e proferem
decisões ou delas participam em processos administrativo-fiscal, bem como em
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processos de consulta, restituição ou compensação de tributos e de
reconhecimento de benefícios fiscais.

As Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento – DRJs,


julgaram cerca de 26 mil processos, entre lançamentos de créditos tributários e
pedidos de ressarcimento, restituição, reembolso e compensação, que
representam mais de R$ 100 bilhões, superando em mais de 100% os
resultados aferidos no semestre imediatamente anterior.

5. Fiscalização Tributária e Controle Aduaneiro

O Auditor Fiscal executar procedimentos de fiscalização tributária,


promovendo a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior e o controle
aduaneiro, com apreensão de mercadorias, livros, documentos, materiais,
equipamentos e assemelhados.

No comércio exterior 1.625.689 declarações foram desembaraçadas no


primeiro semestre de 2016, número levemente inferior a todo o ano de 2015.

No 1º semestre de 2016, foram encerradas 1.555 ações fiscais na área


aduaneira com um total de créditos tributários e apreensões próximo a R$ 1,2
bilhão, resultado 20% superior ao mesmo período do ano passado.

Nos primeiros seis meses de 2016, 92,4% das fiscalizações foram


encerradas com resultados positivos. Foram 4.657 procedimentos de
fiscalização encerrados neste período, sendo 26% deles resultando
representações fiscais para fins penais ao sistema Judiciário, e 11% listaram
bens dos envolvidos para garantir a execução do crédito tributário. Também
nesse período nossa aduana apreendeu 7,68 toneladas de drogas ilícitas,
volume 50% superior ao registrado em 2015,.

6. Exame de Documentos Contábeis

Cabe ao Auditor Fiscal, no exercício de suas atribuições, examinar a


contabilidade de sociedades empresariais, órgãos, entidades, fundos e demais
contribuintes.

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7. Orientação ao Contribuinte e na Execução Fiscal

Cabe ao Auditor Fiscal proceder à orientação do sujeito passivo no


tocante à interpretação da legislação tributária e supervisionar as demais
atividades de orientação ao contribuinte.

O Auditor-Fiscal é responsável por dar ao contribuinte orientação


tributária e previdenciária e também resolve as suas consultas sobre a correta
interpretação e aplicação da legislação tributária.

A orientação ao contribuinte contribui para a redução de erros em


declarações e recolhimentos. Por conseguinte, ações de fiscalização, ao invés
de se concentrarem em corrigir erros, podem ser mais bem direcionadas para o
combate às fraudes e sonegações. A combinação entre a responsabilidade de
guarda e uso apropriado do sigilo fiscal, aliados à capacitação do ocupante do
cargo, permite ao Auditor-Fiscal identificar com maior rapidez os casos de
fraude e sonegação durante as fiscalizações.

Sem o trabalho do Auditor Fiscal, a Procuradoria da Fazenda Nacional


não conseguiria cobrar os processos inscritos em dívida ativa, pois é a Receita
Federal que, na maioria das vezes, fornece os subsídios para esse trabalho.

O Auto Atendimento Orientado da RFB, ambiente físico instalado nas


unidades de atendimento da Receita Federal com estrutura para que os
contribuintes possam, sob orientação de Auditores Fiscais, obter serviços e
informações na Internet e do ambiente virtual de atendimento e-CAC, vem
ampliando grandemente seus atendimentos: 203.678 em 2013; 883.901 em
2014; 1.330.374 em 2015 e 837.018 apenas no primeiro semestre de 2016.

Em 2015 foram cerca de 17 milhões de atendimento presenciais e até


setembro de 2016 este serviço atingiu 11,8 milhões de registros.

8. Arrecadação Previdenciária

O Auditor Fiscal também é responsável por manter a arrecadação


previdenciária e por assegurar o equilíbrio do sistema previdenciário. Em última
análise, garante a sobrevivência do sistema previdenciário e a aposentadoria
de milhões de brasileiros

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Com o seu trabalho na área previdenciária o Auditor-Fiscal defende os
preceitos da Constituição Federal e participa de um dos maiores programas
sociais do planeta: a Previdência Social Pública brasileira, um patrimônio dos
trabalhadores brasileiros.

A receita previdenciária correspondeu a 29,44% das receitas


administradas pela RFB em 2015. Este trabalho requer um grande esforço do
Auditor Fiscal, principalmente quando associada a ações de fiscalização.

9. Preparo de Ações Penais

O Auditor Fiscal é a autoridade responsável pela representação fiscal


para fins penais, instrumento pelo qual o Ministério Público oferece denúncia
contra sonegadores de tributos e praticantes de outros ilícitos, como evasão de
divisas e lavagem de dinheiro.

Além destas atribuições, outras responsabilidades e competências foram


definidas nas legislações que estruturaram a carreira ao longo do tempo. A
legislação tributária é uma excelente fonte para aferir as competências dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal. Os regulamentos de Imposto de Renda,
de IPI e o Aduaneiro, bem como toda a legislação que lhes serve de matriz
legal, inclusive o Código Tributário Nacional, remetem ao Auditor-Fiscal as
competências relativas ao exercício da atividade de arrecadação, fiscalização,
tributação e julgamento. Algumas das principais responsabilidades e
competências, extraídas desta legislação, estão a seguir destacadas.

 Efetuar a representação fiscal para fins penais sempre que constatar,


no exercício de suas atribuições, fato que configure, em tese, crime
contra a ordem tributária, crime de contrabando ou de descaminho, ou
crimes em detrimento da Fazenda Nacional ou contra a administração
pública federal.

 Supervisionar e executar as atividades de fiscalização de tributos


incidentes sobre as operações de comércio exterior.

 Presidir e executar os procedimentos fiscais.

 Lavrar autos de infração.

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 Examinar das escritas fiscal e geral das pessoas sujeitas à
fiscalização.

 Reter livros e documentos.

 Lacrar móveis, caixas, cofres ou depósitos onde se encontram


arquivos e documentos.

 Recolher, mediante termo e demais cautelas legais, espécimes dos


produtos marcados por meio de punção.

 Verificar a mercadoria no curso da conferência aduaneira.

 Examinar informações relativas a terceiros, constantes de


documentos, livros e registros de instituições financeiras e de entidades
a elas equiparadas, inclusive os referentes a contas de depósitos e de
aplicações financeiras.

 Disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de


pessoas, veículos, unidades de carga e mercadorias nas áreas de
portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem
como em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de
mercadorias.

 Proceder a buscas em veículos para prevenir e reprimir a ocorrência


de infração à legislação aduaneira.

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