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Dissertação
Caracterização de Rejeito de
Minério de Ferro por Meio
de Ensaios de Campo e
Laboratório Aplicada à
Análise de Susceptibilidade à
Liquefação
2021
PABLO DOS SANTOS CARDOSO COELHO
OURO PRETO
2021
SISBIN - SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO
CDU 624.13
FOLHA DE APROVAÇÃO
Caracterização de rejeito de de minério de ferro por meio de ensaios de campo e laboratório aplicada à análise de liquefação
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geotecnia do Núcleo de Geotecnia da Escola de Minas da Universidade Federal de
Ouro Preto, como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Geotecnia.
Membros da banca
Prof. Dr. Lucas Deleon Ferreira - Orientador (Universidade Federal de Ouro Preto)
Prof. Dr. Eleonardo Lucas Pereira - (Universidade Federal de Ouro Preto)
Prof. Dr. Enivaldo Minette - (Universidade Federal de Viçosa)
O Prof. Dr. Lucas Deleon Ferreira, orientador do trabalho, aprovou a versão final e autorizou seu depósito no Repositório Institucional da UFOP em
1º/09/2021.
Documento assinado eletronicamente por Lucas Deleon Ferreira, PROFESSOR DE MAGISTERIO SUPERIOR, em 02/09/2021, às
13:00, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.009152/2021-06 SEI nº 0215938
ii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Lucas Deleon pela competência, profissionalismo e orientação que se repetem desde
o nosso primeiro contato, no curso de graduação em Engenharia Civil. Estou certo de que sem
as oportunidades e estímulos que me foram dados, não só a conclusão deste trabalho, mas o
próprio interesse pelo fazer acadêmico não seriam possíveis.
Ao Eng. Roberto Filgueiras pelos conselhos, trocas de conhecimentos e pela sua enorme
solicitude e presença ao longo deste e de outros trabalhos. Sou imensamente grato pela porta,
sempre aberta, e pela possibilidade de aprendizado que se mostra em cada uma de nossas
conversas.
Aos meus amigos Hiago e Gustavo pelas trocas de ideias, avaliações, críticas, e
companheirismo ao longo do desenvolvimento dos nossos trabalhos. A sua contribuição para
o desenvolvimento desta dissertação é inestimável.
Aos meus pais pela compreensão, caridade e apoio, demonstrados de forma constante desde o
meu ingresso no programa de pós-graduação em geotecnia. Sou eternamente grato ao suporte
psicológico, às conversas decisivas e à confiança a mim doados.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente com a conclusão deste trabalho, meus
sinceros agradecimentos.
iii
RESUMO
iv
ABSTRACT
Mining dams built using the upstream elevation method currently existing in Brazilian
territory have recently become a serious geotechnical problem, establishing the context of the
recent ruptures caused by the liquefaction phenomenon of the Fundão dam, at Germano mine,
on November 5, 2015, located in Mariana-MG and the B1 dam, of the Córrego do Feijão mine,
on January 25, 2019, in Brumadinho-MG. Knowing the relationship between the occurrence
of ruptures and the liquefaction susceptible nature of mining tailings disposed in the dam,
acting as the foundation of the elevations, it is necessary to characterize the mining tailings in
order to measure the risks associated with the operation, maintenance and de-characterization
of these structures. In this context, the present work presents a flow of characterization of an
iron ore mining waste hydraulically disposed in a dam raised by the upstream method,
currently in the process of de-characterization, applied to liquefaction susceptibility analysis
of this material. Two tailings were perceived inside the structure: one of granular nature and
another of fine nature. Were analyzed: tests of physical characterization and laboratory
resistance of fine tailings, for which, due to their partial saturation, a more extensive
characterization campaign was necessary to elaborate the de-characterization project; SPT and
sCPTu assays performed on both tailings. From the data analysis it was possible to estimate
geotechnical parameters of resistance and susceptibility to liquefaction. In addition,
permeability and consolidation parameters were estimated for fine tailings.
This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001.
v
LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO 2
Figura 2.1 – Principais etapas do processo de beneficiamento de minérios............................. 24
Figura 2.2 – Média de produção de rejeitos por tonelada de minério beneficiado (Carvalho et
al., 2014). .................................................................................................................................. 24
Figura 2.3 – Exemplo de amostrador bipartido utilizado nos ensaios SPT (Schnaid e Odebrecht,
2012). ........................................................................................................................................ 26
Figura 2.4 – Curvas de obtenção de CN. .................................................................................. 30
Figura 2.5 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 100 kPa. .................. 33
Figura 2.6 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 800 kPa. .................. 34
Figura 2.7 – Sistema de cravação do Penetrômetro de Cone Mecânico holandês e croqui da
configuração geométrica do aparelho (Lunne et al., 1997). ..................................................... 36
Figura 2.8 – Configuração do cone elétrico desenvolvido pela Fugro em 1965 (Lunne et al.,
1997). ........................................................................................................................................ 37
Figura 2.9 – Posição mais comum da pedra porosa em amostradores CPTu (Lunne et al., 1997).
.................................................................................................................................................. 37
Figura 2.10 – Montagem de ensaio sCPTu para medição de ondas do tipo s (Lunne et al., 1997).
.................................................................................................................................................. 38
Figura 2.11 – Ilustração das áreas AN e AT (Schnaid e Odebrecht, 2012). .............................. 39
Figura 2.12 – Curva de dissipação de poropressões padronizada (Houlsby e Teh, 1988). ...... 44
Figura 2.13 – Proposta de Parez e Fauriel (1988) modificada por Mayne (2001) para a
estimativa da permeabilidade de materiais com base em t50. ................................................... 46
Figura 2.14 – (a) Deformações volumétricas sob o cisalhamento para areias fofas e compactas.
(b) Variação do índice de vazios durante o cisalhamento de areias fofas e compactas (Das e
Sobhan, 2017). .......................................................................................................................... 47
Figura 2.15 – Trajetória de estado de um solo cisalhado com p’ constante (Jefferies e Been,
2016). ........................................................................................................................................ 48
Figura 2.16 – Mobilização da resistência liquefeita em carregamentos não drenados. Adaptado
de Olson e Stark (2003). ........................................................................................................... 50
Figura 2.17 – Envoltórias de susceptibilidade à liquefação propostas por Olson (2001) (Olson
e Stark, 2003). ........................................................................................................................... 52
vi
Figura 2.18 – Ábaco de classificação SBTn (Robertson, 2016). .............................................. 54
Figura 2.19 – Ábaco para avaliação da presença de microestrutura em solos (Robertson, 2016).
.................................................................................................................................................. 56
Figura 2.20 – Regiões propostas por Schneider et al. (2008) com base no estudo de argilas. . 58
Figura 2.21 – Carta de classificação dos solos proposta por Schneider et al. (2008) e tabela
descrevendo os possíveis comportamentos dos solos de acordo com a classificação SBTn
(Robertson, 2016) ..................................................................................................................... 59
Figura 2.22 – Ábaco de Schneider et al. (2008) modificado (Robertson, 2016). ..................... 60
Figura 2.23 – Ábaco de Winckler et al. (2014). ....................................................................... 61
CAPÍTULO 3
Figura 3.1 – Croqui da planta de locação das investigações de campo realizadas. .................. 63
Figura 3.2 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-01...................................................... 64
Figura 3.3 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-04...................................................... 64
Figura 3.4 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-08...................................................... 65
Figura 3.5 – Frequências de NSPT observadas para a totalidade dos rejeitos analisados. ......... 66
Figura 3.6 – Frequências de NSPT observadas para os rejeitos predominantemente granulares
analisados. ................................................................................................................................ 67
Figura 3.7 – Frequências de NSPT observadas para os rejeitos predominantemente finos
analisados. ................................................................................................................................ 68
Figura 3.8 – Furos SPT-01, SPT-02, SPT-03, SPT-04 e SPT-05 realizados nos rejeitos
analisados. ................................................................................................................................ 69
Figura 3.9 – Furos SPT-06, SPT-07, SPT-08, SPT-09 e SPT-010 realizados nos rejeitos
analisados. ................................................................................................................................ 70
Figura 3.10 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-01. .. 72
Figura 3.11 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-02. .. 73
Figura 3.12 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-03. .. 74
Figura 3.13 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-04. .. 75
Figura 3.14 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-05. .. 76
Figura 3.15 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-06. .. 77
Figura 3.16 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-04. ............................................................. 78
Figura 3.17 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-05. ............................................................. 79
Figura 3.18 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-06. ............................................................. 80
Figura 3.19 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-01 e CPT-02. ......................... 82
vii
Figura 3.20 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-03 e CPT-04. ......................... 83
Figura 3.21 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-05 e CPT-06. ......................... 84
Figura 3.22 – Ensaio de compressão triaxial realizado para a amostra de rejeito fino: a) Curvas
tensão x deformação. b) Trajetórias de tensão e envoltórias de resistência. c) Curvas deformação
volumétrica x deformação axial. d) Comportamento da porosidade com a deformação axial. 90
Figura 3.23 – LEC e LCI para o rejeito fino. ........................................................................... 91
CAPÍTULO 4
Figura 4.1 – Valores de G0 obtidos para os furos CPT-04, CPT-05 e CPT-06. ....................... 93
Figura 4.2 – Análise de microestruturação dos rejeitos pelo método proposto por Robertson
(2016). ...................................................................................................................................... 94
Figura 4.3 – Perfis de classificação SBTn em profundidade para os furos CPT-01, CPT-02 e
CPT-03. .................................................................................................................................... 95
Figura 4.4 – Perfis de classificação SBTn (Robertson, 2016) em profundidade para os furos
CPT-04, CPT-05 e CPT-06. ..................................................................................................... 96
Figura 4.5 – Ábacos de classificação SBTn (Robertson, 2016) dos furos CPT-01, CPT-02, CPT-
03 e CPT-04, CPT-05 e CPT-06............................................................................................... 97
Figura 4.6 – Compartimentação dos rejeitos em profundidade para os furos CPT-01, CPT-02 e
CPT-03. .................................................................................................................................... 99
Figura 4.7 – Compartimentação dos rejeitos em profundidade para os furos CPT-04, CPT-05 e
CPT-06. .................................................................................................................................. 100
Figura 4.8 – Classificação dos rejeitos pelo sistema de classificação proposto por Schneider et
al. (2008) modificado por Robertson (2016) para os furos CPT-01, CPT-02, CPT-03 e CPT-04.
................................................................................................................................................ 101
Figura 4.9 – Frequências observadas por classe para os ensaios analisados de acordo com a
metodologia proposta por Robertson (2016). ......................................................................... 103
Figura 4.10 – Boxplot dos valores de φ’ obtidos com base nas correlações analisadas. ........ 105
Figura 4.11 – Estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na estrutura
analisada pelas correlações de Robertson e Campanella (1983), Kulhawy e Mayne (1990) e
Lunne et al. (1997). ................................................................................................................ 107
Figura 4.12 – Estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na estrutura
analisada pelas correlações de Kulhawy e Mayne (1990) e Lunne et al. (1997) modificadas por
Schnaid (2020). ....................................................................................................................... 108
viii
Figura 4.13 – Boxplot das estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na
estrutura analisada. ................................................................................................................. 109
Figura 4.14 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de ensaios SPT:
a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq. .............................................................................................................. 112
Figura 4.15 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares dispostos
na estrutura analisada.............................................................................................................. 113
Figura 4.16 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de ensaios
CPTu: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq. .................................................................................................. 114
Figura 4.17 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares. ........ 115
Figura 4.18 – Estimativas de feitas para o rejeito fino com base nos resultados de ensaios CPTu:
a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq . ............................................................................................................. 117
Figura 4.19 – Estimativas de su/σ’v e su/σ’v,liq feitas para o rejeito fino com base nos resultados
de ensaios CPTu. .................................................................................................................... 118
Figura 4.20 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos finos dispostos na
estrutura analisada. ................................................................................................................. 119
Figura 4.21 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-01. . 121
Figura 4.22 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-02. . 122
Figura 4.23 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-03. . 123
Figura 4.24 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-04. . 124
Figura 4.25 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-05. . 125
Figura 4.26 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-06. . 126
Figura 4.27 – Boxplot das estimativas de log(ch) realizadas para o rejeito analisado. ........... 129
Figura 4.28 – Boxplot das estimativas de log(k) realizadas para o rejeito analisado. ............ 129
Figura 4.29 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base nos
dados de ensaio SPT. .............................................................................................................. 131
Figura 4.30 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base nos
dados de ensaio CPTu. ........................................................................................................... 132
Figura 4.31 – Classificação SBTn (Robertson, 2016) dos rejeitos granulares. ...................... 133
Figura 4.32 – Estimativas de ψ para o rejeito granular. ......................................................... 134
Figura 4.33 – Boxplot das estimativas de ψ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na
estrutura analisada. ................................................................................................................. 135
Figura 4.34 – Análise do rejeito granular no espaço ψ x U2 proposto por Winckler et al. (2014).
................................................................................................................................................ 137
Figura 4.35 – Classificação SBTn (Robertson, 2016) dos rejeitos finos. ............................... 138
ix
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO 2
Tabela 2.1 – Valores de M (Teh, 1987). ................................................................................... 45
CAPÍTULO 3
Tabela 3.1 – Ensaios de dissipação realizados nos furos de sondagem CPTu. ........................ 71
Tabela 3.2 – Relação de amostras deformadas coletadas. ........................................................ 85
Tabela 3.3 – Características observadas em laboratório para o rejeito fino. ............................ 85
Tabela 3.4 – Caracterização adotada para o rejeito fino........................................................... 86
Tabela 3.5 – Parâmetros do ensaio de compressão triaxial realizado na amostra de rejeito fino.
.................................................................................................................................................. 87
CAPÍTULO 4
Tabela 4.1 – Descrição quantitativa das classes SBTn atribuídas aos rejeitos analisados. ...... 98
Tabela 4.2 – Quadro comparativo de frequências de classes observadas para os ensaios CPT-
01, CPT-02 e CPT-03. ............................................................................................................ 102
Tabela 4.3 – Quadro comparativo de frequências de classes observadas para os ensaios CPT-
04, CPT-05 e CPT-06. ............................................................................................................ 102
Tabela 4.4 – Resumo estatístico descritivo dos valores de φ’ estimados para o rejeito granular
estudado. ................................................................................................................................. 110
Tabela 4.5 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados para o
rejeito granular estudado em função dos ensaios SPT. .......................................................... 112
Tabela 4.6 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados para o
rejeito granular estudado em função dos ensaios CPT. .......................................................... 114
Tabela 4.7 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados para o
rejeito fino estudado em função dos ensaios CPT. ................................................................. 116
Tabela 4.8 – Valores calculados de ch e k para os rejeitos analisados. .................................. 127
Tabela 4.9 – Resumo estatístico descritivo das estimativas de parâmetros de permeabilidade e
adensamento para o rejeito fino. ............................................................................................. 128
Tabela 4.10 – Resumo estatístico descritivo dos valores de ψ estimados para o rejeito granular.
................................................................................................................................................ 135
x
LISTA DE SÍMBOLOS
a: constante
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
AN: área anterior da ponteira cônica do amostrador CPT, sujeita à ação de u2
ASTM: American Society for Testing and Materials
AT: área posterior da ponteira cônica do amostrador CPT
b: constante
Bq: parâmetro de geração de poropressão
c’: intercepto coesivo da envoltória de ruptura dos solos
Ca: fator de correção em função do OCR
CC: comportamento de argilas contráteis
Cc: índice de compressão da curva de adensamento
CCS: comportamento de argilas sensíveis
CD: comportamento de argilas dilatantes
CID: ensaio triaxial do tipo isotropicamente adensado e drenado
ch: coeficiente de adensamento horizontal
CN: fator de correção para NSPT em função do nível de tensões in situ
CNB: Cadastro Nacional de Barragens
CPTU: piezometric cone penetration test
Dr: compacidade relativa
e: índice de vazios
e0: índice de vazios inicial
ead: índice de vazios após ensaio de adensamento isotrópico
ecrit: índice de vazios crítico
ef: índice de vazios após cisalhamento triaxial
FR: razão de atrito normalizada
fs: atrito lateral
g: aceleração da gravidade
G0: módulo de cisalhamento a pequenas deformações
H: altura de queda do martelo SPT
xi
IB: índice de fragilidade
Ic: índice SBT
IR: índice de rigidez
ISO: International Organization for Standardization
K*G: índice de rigidez a baixas deformações modificado
k: coeficiente de empuxo lateral
k0:coeficiente de empuxo lateral no repouso
Kc: fator de equivalência para areias limpas
KG: índice de rigidez a baixas deformações
kh: coeficiente de permeabilidade horizontal
LCI: linha de compressão isotrópica
LEC: curva do estado crítico
LL: limite de liquidez
LP: limite de plasticidade
M:gradiente teórico da curva de dissipação
m:inclinação do trecho linear da curva de dissipação no espaço Δu/Δui x t0,5
M0: módulo de elasticidade a pequenas deformações
Mm: massa do conjunto de hastes SPT
Mm: massa do martelo SPT
Moed: módulo de deformação oedométrico
n: expoente de estresse
N1,60: contagem de golpes SPT corrigida para níveis de tensão e eficiência de 60%
N1: contagem de golpes SPT corrigida para níveis de tensão
N60: contagem de golpes SPT corrigida para a eficiência de cravação de 60%.
NA: normalmente adensado
NKT: fator de conversão da entre qn e su
NL: não líquido
NP: não plástico
NSPT: contagem de golpes SPT
OCR: razão de pré-adensamento do solo
p’: tensão octaédrica
p’c: tensão octaédrica de estado crítico
PA: pré-adensado
pa: pressão atmosférica
xii
qc: resistência de ponta
qn: resistência de rede
qt: resistência de ponta corrigida para efeitos de poropressão
Qt: resistência de ponta normalizada
Qtn,cs: resistência de ponta normalizada atualizada equivalente para areias limpas
Qtn: resistência de ponta normalizada atualizada
R: raio do amostrador CPTU
SC: comportamento de areias contráteis
SD: comportamento de areias dilatantes
SPT: standard penetration test
su,liq: resistência não drenada liquefeita
su: resistência não drenada de pico
T*: fator de tempo modificado
t50: tempo para processamento de 50% da dissipação das poropressões geradas na cravação do
amostrador CPTU
TC: comportamento transicional contrátil
TD: comportamento transicional dilatante
u0: poropressão hidrostática
u2,0: poropressão inicial
u2,max: poropressão máxima
u2,t: poropressão num tempo t
U2: diferencial de poropressão normalizado
u2: poropressão
vs: velocidade de onda cisalhante
αn: fator de conversão entre Moed e qn
Γ: valor teórico de ecrit à tensão p’ de 1 kPa
γw: peso específico da água
Δd: profundidade de cravação do amostrador SPT
ΔE: perda de energia na cravação SPT
Δu: excesso de poropressão
Δui: excesso de poropressão inicial
η: eficiência de cravação SPT
λ: inclinação da LEC no espaço e x log(p’)
ρ: massa específica do solo
xiii
σ’3: tensão principal menor
σ’v: tensão vertical efetiva in situ
σ’v0: tensão vertical efetiva inicial in situ
σv: tensão vertical in situ
σv0: tensão vertical inicial in situ
τp: tensão cisalhante de pico
τr: tensão cisalhante residual
φ’: ângulo de atrito interno efetivo do solo
φ’cr: ângulo de atrito do estado crítico
ψ: parâmetro de estado
xiv
LISTA DE ANEXOS
xv
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES
xvii
CAPÍTULO 1
1 INTRODUÇÃO
18
estabilidade da estrutura durante sua operação e durante as obras de
descomissionamento/descaracterização.
Ressalta-se que o presente trabalho tem viés exclusivamente acadêmico, não destinando-
se ao fim de subsidiar tomadas de decisões em projetos de engenharia.
1.2 JUSTIFICATIVA
Schnaid (2020) aponta como principal obstáculo para a caracterização laboratorial das
características de rejeitos de mineração de natureza não coesiva a garantia da boa
qualidade das amostras indeformadas. Mesmo com o emprego de técnicas pouco
difundidas nacionalmente, tais como gel push sampler e block sampler, a garantia de
eliminação do efeito de perturbação das amostras é de difícil alcance e tais métodos são
19
elevados custos. Por outro lado, aponta-se a importância da caracterização do estado
crítico (associado à contratibilidade dos materiais e, portanto, susceptibilidade à
liquefação) e da interpretação adequada de ensaios de campo como fonte de
entendimento do comportamento dos rejeitos.
Considera-se assim relevante o presente trabalho, uma vez que o mesmo propõe a
aplicação de metodologias consagradas de caracterização e avaliação da susceptibilidade
à liquefação de rejeitos a partir de ensaios de campo, apoiando-se em ensaios
laboratoriais. Estabelece-se ainda uma metodologia reprodutível de estudos para
estruturas similares, ressaltando-se a importância dos ensaios de campo na compreensão
de rejeitos.
1.3 OBJETIVOS
Hipótese
Objetivos principais
20
Objetivos específicos
Capítulo 4: Capítulo responsável pela exposição dos resultados das análises realizadas,
tal qual pela exposição da caracterização resultante das mesmas. Neste item são
apresentados os parâmetros e características definidas para o rejeito estudado.
21
Capítulo 5: Expõe as conclusões decorrentes da caracterização do rejeito estudado.
22
CAPÍTULO 2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
• sedimentares estratificados;
• gerados por soluções hidrotermais;
• decorrentes de vulcanismos;
• relacionados a processos de metamorfismo e/ou deformação;
• os resultantes de alteração e acúmulo na superfície terrestre;
Dado o teor de ferro observado nas referidas reservas, Chaves (2002) aponta o
tratamento mineral como o conjunto de operações necessárias para a obtenção de
concentrados aceitáveis pelo mercado. Desta maneira, os minérios lavrados são sujeitos
a operações que envolvem, de modo geral, as transformações apresentadas na Figura
2.1. Observa-se, ao fim do ciclo, a produção de rejeitos.
23
Elevação dos
Redução do Eliminação de
teores de
tamanho de elementos
elementos
partículas indesejáveis
úteis
24
Arnez (1999) apresenta o fenômeno de liquefação, ao qual estão sujeitos parte
significativa dos rejeitos dispostos hidraulicamente, como causa de ruptura de 46,7%
das 45 barragens investigadas em seu estudo.
A liquefação dos solos, apresentada com maior rigor no item 2.5, consiste num
fenômeno de fluidificação de uma massa de solo decorrente da perda abrupta de
resistência ao cisalhamento. Neste processo, tem-se, após a mobilização de uma
resistência não drenada de pico (su), o seu decaimento para uma resistência residual
liquefeita (su,liq). Uma série de gatilhos é responsável pela mobilização do fenômeno
(Jefferies e Been, 2016). De acordo com Robertson (2010), o problema de liquefação é
extremamente comum em rejeitos de mineração, devido às suas características e por se
apresentarem, comumente, dispostos em condições favoráveis à ocorrência do
fenômeno.
Com base no apresentado por Schnaid (2020), são introduzidos a seguir os ensaios SPT
e CPTu, tal qual as metodologias empíricas para a avaliação do comportamento
resistente dos rejeitos estudados no presente trabalho.
25
A normatização do ensaio SPT foi introduzida em 1958 pela American Society for
Testing and Materials (ASTM), existindo atualmente diversas normas nacionais que
preconizam procedimentos para a execução do ensaio. No Brasil, a norma vigente para
a execução do ensaio SPT é a NBR 6484 (ABNT, 2020).
Figura 2.3 – Exemplo de amostrador bipartido utilizado nos ensaios SPT (Schnaid e
Odebrecht, 2012).
26
A partir do valor medido de NSPT é possível a classificação dos materiais ensaiados de
acordo com a sua consistência/compacidade (ABNT, 2020).
Energia de cravação
Parte relevante da variabilidade dos resultados dos ensaios SPT, segundo Schnaid e
Odebrecht (2012), é relacionada à energia aplicada na cravação do amostrador SPT,
dado o fato de que perdas de energia ocorrem ao longo do processo, influenciadas, dentre
outros, pelos fatores apresentados no item 4.1.1. Desta forma, associa-se à Eq. 2.1 o
27
conceito de eficiência global, η, para representar o conjunto de perdas processadas,
conforme apresentado na Eq. 2.2.
Schnaid e Odebrecht (2012) afirmam que a energia aplicada pelos sistemas de liberação
de peso manuais, convencionalmente utilizados no Brasil, apresentam η variando entre
70% e 80%, enquanto o sistema mecanizado apresenta η aproximado de 60%.
Atualmente, a prática internacional sugere normalizar o número de golpes com base no
padrão internacional de N60.
η × N𝑆𝑃𝑇⁄
𝑁60 = 0,6 Eq. 2.3
Belicanta (1998) aponta, com base na avaliação da energia de cravação de 1303 ensaios
SPT realizados no âmbito nacional, sob condições variáveis de montagem e operação,
valores médios de eficiência de aproximadamente 70%. Dada a inexistência de
informações acerca da energia de cravação aplicada nos ensaios analisados no presente
trabalho, assume-se o valor de 70% como referência para os ensaios analisados.
𝜎′𝑣
𝑁𝑆𝑃𝑇 = 𝐷𝑟2 (𝑎 + 𝑏𝐶𝑎 ) Eq. 2.4
100
28
Com base no conceito encerrado na Eq. 2.4Eq. 2.1, diversos autores propuseram
coeficientes de correção de NSPT para a tensão vertical efetiva de 1 atm
(aproximadamente 100 kPa), CN, apresentado na Eq. 2.5. O valor de NSPT corrigido é
denotado por NSPT,1.
29
Considerando uma variação de tensões entre 0 e 800 kPa, as equações resultam as curvas
apresentadas na Figura 2.4. A curva relativa à Eq. 2.9 foi omitida, uma vez que sua forma
é dependente do coeficiente de empuxo lateral, k, igualando-se à Eq. 2.8 no caso de k =
0,5.
Observa-se na Figura 2.4 a invalidade da Eq. 2.13 para tensões confinantes superiores a
aproximadamente 630 kPa, limite a partir do qual tem-se valores negativos de CN, que
resultam valores de N1 sem significado físico. É também notável a presença de dois
comportamentos distintos, referente aos resultados produzidos pelas equações: as Eq. 2.7,
Eq. 2.8, Eq. 2.10, Eq. 2.14 e Eq. 2.15 apresentam tendência de geração de valores de CN
próximos a um limite superior, enquanto as Eq. 2.6, Eq. 2.11, Eq. 2.12 e Eq. 2.13 opõem-
se a tal comportamento, gerando valores de CN próximos a um limite inferior.
30
Entende-se que, no contexto do presente trabalho, que analisa rejeitos dispostos
hidraulicamente, é pouco provável a ocorrência de altos níveis de pré-adensamento dos
materiais arenosos – condição à qual são associadas as curvas do limite inferior.
Ameratunga et al. (2016) aponta, dentre as equações citadas, a Eq. 2.8 e a Eq. 2.11 como
mais difundidas na prática da engenharia geotécnica. Dado o caráter de aplicabilidade e
as características esperadas para rejeitos dispostos hidraulicamente, será utilizada para a
obtenção de N1 no presente trabalho a Eq. 2.8, proposta por Liao e Whitman (1986) para
materiais normalmente adensados.
De acordo com Schnaid e Odebrecht (2012), Ameratunga et al. (2016) e Das et al.
(2017), é prática comum na engenharia geotécnica a correlação entre NSPT e ângulo de
atrito interno efetivo do solo (φ’) e resistência ao cisalhamento não drenada (su).
Diversos trabalhos científicos apresentam correlações empíricas para a estimativa de Dr
e su a partir do valor de NSPT e para a estimativa de φ’ a partir de NSPT e de DR. Há de se
ressaltar, conforme aponta Schnaid e Odebrecht (2012), que as referidas correlações tem
aplicação destinada a materiais nos quais processam-se cravações drenadas – mais
comumente areias.
𝑁
𝐷𝑟 = √( 𝑆𝑃𝑇,60⁄ ) Gibbs e Holtz (1957) Eq. 2.16
0,23𝜎′𝑣0 + 16
𝑁
𝐷𝑟 = √( 𝑆𝑃𝑇,60⁄ ) Skempton (1986) Eq. 2.17
0,28𝜎′𝑣0 + 27
31
1,7
98𝑁𝑆𝑃𝑇,60 (0,23 + 0,06⁄𝐷 ) Cubrinovski e Ishihara
50
𝐷𝑟 = √[ ] Eq. 2.18
9𝜎′𝑣0 (1994)
𝑁
𝐷𝑟 = √( 𝑆𝑃𝑇,60⁄ ) Meyerhof (1957) Eq. 2.19
0,24𝜎′𝑣0 + 24
A Figura 2.5 e a Figura 2.6 ilustram as curvas de obtenção de Dr resultantes das Eq. 2.16,
Eq. 2.17, Eq. 2.18 e Eq. 2.19 para σ’v de 100 kPa e 800 kPa, respectivamente. É possível
perceber, através das figuras apresentadas, que a Eq. 2.18, proposta por Cubrinovski e
Ishihara (1994) resulta maiores obliquidades para areias mais finas, enquanto areias
grossas tendem a apresentar curvas de Dr próximas às resultantes da Eq. 2.16, proposta
por Gibbs e Holtz (1957). Dada a ausência de informações a respeito das características
granulométricas dos rejeitos granulares estudados no presente trabalho, é inviável a sua
aplicação. Propõe-se – a fim de se diminuir o erro ocasionado pela seleção inadequada da
equação – a utilização da equação de Gibbs e Holtz (1957), correspondente aos valores
intermediários de Dr, se analisadas as equações apresentadas.
32
Figura 2.5 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 100 kPa.
33
Figura 2.6 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 800 kPa.
Hatanaka e Uchida
φ′ = 20° + √15,4𝑁𝑆𝑃𝑇,60 Eq. 2.23
(1996)
φ′ = 28° + 0,15𝐷𝑟 Meyerhof (1959) Eq. 2.24
2
φ′ = 27,1° + 0,3(𝑁1,60 ) − 0,00054(𝑁1,60 ) Peck et al. (1974) Eq. 2.25
34
𝑁𝑆𝑃𝑇,60
φ′ = tan−1 ( ⁄ ) Schmertmann (1975) Eq. 2.26
12,2 + 0,203𝜎′0
0,234
φ′ = 18𝑁1,60 Schnaid et al. (2009) Eq. 2.27
𝑠𝑢
= α𝑁60 Stroud (1975) Eq. 2.28
𝑝𝑎
𝑠𝑢 Eq. 2.29
= 0,205 + 0,0075 × (𝑁1,60 ) ± 0,04 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑁1,60 ≤ 12
𝜎′𝑣0
𝑠𝑢,𝑙𝑖𝑞 Eq. 2.30
= 0,03 + 0,0075 × (𝑁1,60 ) ± 0,03 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑁1,60 ≤ 12
𝜎′𝑣0
O ensaio CPT (Cone Penetration Test), de acordo com Sanglerat (1972), teve seu
primeiro protótipo desenvolvido em 1932 por P. Barentensen, engenheiro no
Departamento de Obras Públicas, na Holanda. O aparelho, conhecido como Penetrômetro
de Cone Mecânico ou Cone Holandês, era composto por um tubo externo preenchido por
gás, com diâmetro interno de 19 mm, envolvendo uma haste metálica de 15 mm de
35
diâmetro, com ponta cônica com ângulo de 60°. A configuração do aparelho permitia o
movimento da haste interna com relação ao tubo externo. A cravação da composição era
manual e estagiada: a haste interna era cravada no solo não mais que 150 mm,
acompanhada da cravação do tubo externo até a mesma profundidade. Os ensaios
realizados com o equipamento alcançavam profundidades entre 10 m a 12 m, com medida
de resistência tomada por meio de um manômetro acoplado ao tubo externo. A Figura 2.7
apresenta o sistema de cravação utilizado e o croqui da geometria do aparelho.
Modificações menores foram feitas ao longo dos anos na estrutura do cone Holandês.
Em 1953 foi implementada por Bengemann a primeira mudança significativa na
estrutura do aparelho, com a adição da estrutura chamada “camisa de adesão”. A
estrutura passou a permitir a medição do atrito lateral mobilizado na cravação do
penetrômetro. De acordo com Lunne et al. (1997), Bengermann (1965) foi o primeiro a
propor que a razão de atrito (FR), equivalente à razão entre a medida de resistência ao
atrito lateral pela resistência de ponta (qc), poderia ser utilizada para a classificação de
solos.
36
Broms et al. (1988) apud Lunne et al., 1997 aponta que o primeiro penetrômetro de cone
elétrico, com configuração mais próxima aos usados atualmente, tenha sido
desenvolvido em Berlim, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1965 foi desenvolvido
pela Fugro o protótipo apresentado na Figura 2.8, com aquisição de dados via cabo.
Figura 2.8 – Configuração do cone elétrico desenvolvido pela Fugro em 1965 (Lunne
et al., 1997).
Figura 2.9 – Posição mais comum da pedra porosa em amostradores CPTu (Lunne et
al., 1997).
37
Uma série de sensores adicionais pode ser adicionada às sondas tipo CPTu. São
exemplos os sensores de tensões horizontal, medidores de resistividade elétrica, fluxo
de calor, radioisótopos, dentre outros. A primeira sonda equipada com geofones, as quais
denomina-se sondas sCPTu, foi desenvolvida na Universidade de British Columbia. Os
equipamentos do tipo sCPTu são capazes de captar ondas mecânicas de compressão (p)
e cisalhamento (s) produzidas em superfície, normalmente mediante o golpeamento de
uma placa em contato com um geofone externo. Associado a um osciloscópio em
superfície, o ferramental é capaz de obter o intervalo de tempo necessário para a
recepção da onda pela sonda sCPTu, a partir da qual determina-se a velocidade de
viagem da onda no meio solo.
A Figura 2.10 ilustra a montagem de um ensaio tipo sCPTu para a medição de Vs,
utilizada para a caracterização dos rejeitos do presente trabalho.
Figura 2.10 – Montagem de ensaio sCPTu para medição de ondas do tipo s (Lunne et
al., 1997).
38
seccional de 1.000 mm² e ângulo de ponta de 60°, podendo haver variações de diâmetro
para a adição de sensores ou aumento da robustez do equipamento.
Devido à ação da poropressão, u2, sobre a base da ponta cônica dos amostradores CPT,
é comum a obtenção da resistência de ponta corrigida, qt. A correção é feita com base
nos parâmetros geométricos do aparelho utilizado, AT (área da seção transversal do
cone) e AN (área interna do cone, na qual se situam os transdutores de carga), e na
poropressão estimada na cota de obtenção de dados (Schnaid e Odebrecht, 2012). O
cálculo de qt é apresentado na Eq. 2.31.
𝐴𝑁
𝑞𝑡 = 𝑞𝑐 (1 − ⁄𝐴 ) 𝑢2 Eq. 2.31
𝑇
39
O ensaio CPT apresenta como principais vantagens o registro de um perfil contínuo de
resistência do solo à cravação de conta e ao atrito lateral e interferência operacional
significativamente baixa, se comparado ao ensaio SPT.
De acordo com Lunne et al. (1997) e Silva (2008) é possível, para materiais arenosos, a
estimativa de φ’ e do parâmetro de estado, ψ. Para materiais predominantemente finos,
é possível a estimativa do coeficiente de empuxo no repouso, k0, e da resistência não
drenada, su. Adicionalmente, é possível a estimativa do módulo oedométrico, Moed, dos
módulos elásticos a pequenas deformações, M0 e G0, mediante a análise de velocidades
de onda obtidas nos ensaios CPTu, com equipamentos que possuem instrumentação
sismíca, e de parâmetros de consolidação e permeabilidade, obtidos por meio da
avaliação das curvas de dissipação de poropressão resultantes da interrupção da cravação
do amostrador CPT.
−0,07
𝑝′ 𝐺
ψ = −0,52 ( ⁄𝑝𝑎 ) + 0,18 ln ( 0⁄𝑞𝑡 ) Schnaid e Yu (2007) Eq. 2.33
(𝑞𝑡 − 𝜎𝑉 )⁄𝑝𝑎
𝑄𝑡𝑛 = ⁄(𝑝 ⁄𝜎′ )𝑛 Eq. 2.35
𝑎 𝑣0
𝜎′
𝑛 = 0,381𝐼𝑐 + 0,05 ( 𝑣0⁄𝑝𝑎 ) − 0,15 ≤ 1,0 Eq. 2.36
40
𝐾𝑐 = 1,00 𝑠𝑒 𝐼𝑐 ≤ 1,64 Eq. 2.37
𝑓
𝐹𝑅 = 𝑠⁄𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 Eq. 2.40
Lunne et al. (1997) e Schnaid (2020) apresentam como meios para a estimativa φ’ a
partir de ensaios CPTu e sCPTu as correlações apresentadas a seguir:
Robertson e
𝑞
φ’ = acrtg [0,1069 + 0,3918 log ( 𝑡⁄ )] Campanella Eq. 2.41
𝜎′𝑣0
(1983)
𝑞
( 𝑡⁄𝜎𝑎𝑡𝑚 ) Kulhawy e
φ’ = 17,6° + 11,0 log [ ⁄ 𝜎′ 0,5 ] Eq. 2.42
( 𝑣0⁄𝜎 ) Mayne (1990)
𝑎𝑡𝑚
𝑞 Lunne et al.
φ’ = acrtg [0,1 + 0,38 log ( 𝑡⁄ )] Eq. 2.43
𝜎′𝑣0 (1997)
Robertson
φ’ = 𝜑′𝑐𝑟𝑖𝑡 + 15,84 log 𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠 − 26,88 Eq. 2.44
(2012)
Schnaid (2020) sugere a combinação Eq. 2.42 e da Eq. 2.43 com a Eq. 2.33, uma a uma,
obtendo-se a Eq. 2.45 e a Eq. 2.46, a partir das quais é possível a estimativa de φ’ a partir
de ensaios sCPTu.
𝐺
( 0⁄ ) −0,07
𝜎′𝑣0 𝑝′
φ’ = 17,6° + 11,0 log [ ⁄ 0,5 ] − 13,8 ( ⁄𝑝𝑎 ) − 25,54ψ Eq. 2.45
𝜎
( 𝑎𝑡𝑚⁄ )
𝜎′𝑣0
𝐺
φ’ = acrtg [0,1 + 0,38 log ( 0⁄ ) − 0,92ψ − 0,28] Eq. 2.46
𝜎′𝑣0
Olson e Stark (2003) apresentam, para a estimativa da resistência não drenada de pico e
liquefeita de rejeitos arenosos, a Eq. 2.47 e Eq. 2.48. Para materiais predominantemente
finos, Robertson (2010) recomenda a utilização da Eq. 2.49, Eq. 2.50, Eq. 2.51, a última
41
com aplicação voltada para materiais com baixas resistências, características de argilas
moles
𝑠𝑢 Eq. 2.47
= 0,205 + 0,0143 × (𝑞𝑐1 ) ± 0,04 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑐1 ≤ 6,5 𝑀𝑃𝑎
𝜎′𝑣0
Eq. 2.50
𝑠𝑢,𝑙𝑖𝑞 = 0,01𝐹𝑟 𝑄𝑡𝑛
Eq. 2.51
𝑠𝑢,𝑙𝑖𝑞 = 𝑓𝑠
Define-se:
Lunne et al. (1997) ressaltam que a aplicabilidade da Eq. 2.49 tende a resultar
estimativas muito pouco confiáveis de su quando tem-se a cravação em materiais nos
quais são observados valores de parâmetro de poropressão de rede normalizada (Bq)
inferiores a 0,4 – comportamento característico de materiais granulares.
42
De acordo com Robertson (2009), as correlações para estimativa do módulo
oedométrico a partir de ensaios CPT apresentam tipicamente a forma da Eq. 2.54, sendo
recomendados os valores de αM definidos pela
Eq. 2.54
𝑀𝑜𝑒𝑑 = 𝛼𝑀 (𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 )
Eq. 2.55
𝛼𝑀 = 𝑄𝑡𝑛 𝑠𝑒 𝑄𝑡𝑛 ≤ 14 𝑒 𝐼𝐶 > 2,2
Eq. 2.56
𝛼𝑀 = 14 𝑠𝑒 𝑄𝑡𝑛 > 14 𝑒 𝐼𝐶 > 2,2
A partir da Eq. 2.58 e da Eq. 2.59, é possível o cálculo do módulo cisalhante e do módulo
de onda p a baixas deformações (Lunne et al., 1997).
Eq. 2.58
𝐺0 = 𝜌(𝑉𝑠 )2
2 Eq. 2.59
𝑀0 = 𝜌(𝑉𝑝 )
Houlsby e Teh (1988) apontam que, para uma série de argilas analisadas, é possível a
padronização das curvas de dissipação de poropressão por meio da conversão de u2 em
Δu/Δui e do tempo no fator de tempo modificado, T*, conforme definido pela Eq. 2.60 e
pela Eq. 2.61. A Figura 2.12 apresenta a padronização proposta.
𝑐ℎ 𝑡 Eq. 2.61
𝑇∗ = ⁄𝑅 2
√𝐼𝑅
43
Figura 2.12 – Curva de dissipação de poropressões padronizada (Houlsby e Teh,
1988).
Para a posição da pedra porosa situada anterior ao cone (u2), Houlsby e Teh (1988)
apresenta o valor de T* de 0,245, a partir do qual pode-se calcular o valor do coeficiente
de adensamento horizontal, ch, a partir da Eq. 2.62.
Adicionalmente, Teh (1987) aponta que o coeficiente de adensamento radial, ch, pode ser
estimado a partir da Eq. 2.63, função da inclinação trecho linear da curva de dissipação
de poropressões plotada no espaço Δu/Δui x t0,5, denominada m, e do gradiente teórico da
curva de dissipação, M, definido por Teh (1987) em função da posição da pedra porosa,
conforme apresentado na Tabela 2.1.
44
Tabela 2.1 – Valores de M (Teh, 1987).
Extensão cilíndrica Cinco vezes o raio do
Posição da Cone
acima da base do cone amostrador acima da base do
pedra porosa (u1)
(u2) cone
Valor de M 1,62 1,15 0,62
𝑐ℎ 𝛾𝑤 Eq. 2.64
𝑘ℎ = ⁄𝑀
Mayne (2001) apresenta ainda um ajuste aos estudos experimentais realizados por Parez
e Fauriel (1988) para solos de diversas granulometrias, a partir do qual tem-se estimativas
de kh a partir do tempo necessário para o processamento de 50% da dissipação das
poropressões, t50, medido em ensaios de dissipação. Os contornos obtidos por Parez e
Fauriel (1988), tal qual o ajuste linear proposto por Mayne (2001) – descrito pela Eq. 2.64
– são apresentados na Figura 2.13.
45
Figura 2.13 – Proposta de Parez e Fauriel (1988) modificada por Mayne (2001) para a
estimativa da permeabilidade de materiais com base em t50.
De acordo com Jefferies e Been (2016), o estado crítico dos solos pode ser definido
como uma condição de equilíbrio dos solos em que se observa, sob cisalhamento,
quantidades similares de partículas movendo-se para espaços vazios e vazios formados
pelo deslocamento de partículas. Tem-se como consequência desta condição a
invariabilidade do volume do solo, deformando-se continuamente sob tensões
constantes, mobilizando uma resistência ao cisalhamento residual última.
O estado crítico dos solos foi observado formalmente pela primeira vez, em 1936, em
estudo realizado por Casagrande (1936). Neste estudo, observou-se que areias fofas e
compactas sujeitas ao cisalhamento apresentavam variações volumétricas que tendiam
ao mesmo índice de vazios (e) em grandes deformações, para uma dada tensão
46
confinante – as areias fofas apresentando contração enquanto as areias compactas
apresentavam dilatação. Casagrande denominou o valor comum atingido para as duas
amostras como índice de vazios crítico (ecrit).
Figura 2.14 – (a) Deformações volumétricas sob o cisalhamento para areias fofas e
compactas. (b) Variação do índice de vazios durante o cisalhamento de areias fofas e
compactas (Das e Sobhan, 2017).
Posteriormente, foi observado por Taylor (1948) que o valor de ecrit torna-se menor à
medida que se aumenta o confinamento imposto a uma amostra cisalhada, definindo-se
assim a curva de estado crítico (CSL – Critical state locus). A CSL corresponde ao lugar
geométrico definido pela Eq. 2.66, que expressa os diversos valores de ecrit de um
determinado solo em função da tensão octaédrica efetiva (p’). As constantes Γ –
associada ao valor teórico de ecrit à tensão p’ de 1 kPa – e λ são propriedades intrínsecas
do solo, independentes do estado de tensões ou de seu índice de vazios (Jefferies e Been,
2016).
47
Suposto um elemento de solo com índice de vazios inicial, e0, sujeito a deformações
distorcionais sem variações de tensão octaédrica, é possível se observar, de maneira
idealizada, a variação de índices de vazios como um segmento de reta vertical no espaço
e x p’ ligando os pontos (p’, e0) e (p’, ecrit), uma vez que os índices de vazios de solos
sob cisalhamento tendem à configuração volumétrica representada por ecrit, conforme
ilustra a Figura 2.15. Desta forma, a distância entre os referidos pares ordenados,
denominada trajetória de estado, é uma representação direta da tendência à variação
volumétrica de um solo sob o cisalhamento.
Jefferies e Been (2016) definem o parâmetro de estado (ψ) através da Eq. 2.67, a partir
desta observa-se que valores negativos de ψ são representativos de materiais com
tendências dilatantes sob o cisalhamento e valores positivos, de materiais com
tendências contráteis.
48
acarretam a geração de poropressões positivas e consequente redução do valor de p’.
Nestes casos, observa-se resistências não drenadas inferiores às resistências drenadas.
Experimentalmente, observa-se a manifestação de contratibilidade em materiais com
valores de ψ maiores que -0,05 (Jefferies e Been, 2016).
2.5 LIQUEFAÇÃO
O fenômeno de liquefação do solo pode ser entendido como um processo em que ocorre
significativa ou total perda da resistência ao cisalhamento de um solo, geralmente por
um curto período de tempo, ocasionando a fluidificação do material. As falhas
associadas ao fenômeno de liquefação geralmente são associadas a perdas econômicas,
humanas e ambientais catastróficas. Cita-se como exemplos da associação deste
fenômeno as rupturas da barragem de Fort Peck em 1938 (Davies et al., 2002), mais
recentemente, as rupturas das barragens de Fundão, da Mina Germano, em 2015
(Morgenstern et al., 2016) e da barragem B1, da mina Córrego do Feijão, em 2019 (Rotta
et al., 2020).
Ortigão (2007), Olson e Stark (2003) e Poulos et al. (1985) apontam que a liquefação
dos solos pode ocorrer em areias, siltes e argilas altamente sensíveis como as
denominadas “quick clays”, podendo ser induzida pela ocorrência de carregamentos
dinâmicos, a exemplo de terremotos e explosões, estáticos, por meio de carregamentos
rápidos, creeping ou aumentos de poropressões significativos em períodos chuvosos, ou
pela ocorrência de fluxos ascendentes. A perda significativa de resistência ocasionada
pela liquefação se dá, particularmente, quando uma massa de solo contrátil é sujeita a
deformações durante um carregamento não drenado. Neste caso, a geração de
poropressões devido à contração do solo atua no sentido de alívio das tensões efetivas
e, consequentemente, redução da sua resistência ao cisalhamento.
49
condições não drenadas de carregamento. Neste cenário, após a mobilização da
resistência não drenada de pico (su) da referida massa, ocorre a perda de resistência até
que seja atingido o valor de resistência residual não drenado (su,liq), associado ao estado
crítico.
50
Bishop (1967) apud Tan et al. (2003) caracterizou pela primeira vez a fragilidade dos
solos através do índice de fragilidade, IB, que relaciona a tensão cisalhante de pico, τP, e
a tensão cisalhante residual do solo, τR, a partir da Eq. 2.68.
𝜏𝑃 − 𝜏𝑅 Eq. 2.68
𝐼𝐵 = (%)
𝜏𝑃
Frente ao exposto, observa-se o empenho de uma série de autores, à luz dos conceitos
da mecânica do estado crítico dos solos, no desenvolvimento de metodologias para a
predição da susceptibilidade à liquefação de uma determinada massa de solo. Tais
metodologias consistem, essencialmente, na verificação da dilatância dos solos, que
torna possível a predição da possibilidade de contração do material sob cisalhamento e,
consequentemente, da sua perda de resistência.
51
A análise de susceptibilidade à liquefação, proposta pela referida metodologia, tem
como primeiro passo a determinação do potencial comportamento contrátil do solo
analisado por meio da envoltória empírica proposta por Fear e Robertson (1995), que
divide regiões de comportamento contrátil e dilatante em função da tensão vertical
efetiva e da resistência de ponta corrigida pelo nível de tensões (qc1), obtida por meio do
ensaio CPTu.
De acordo com Olson e Stark (2003), apenas um dos casos históricos analisados
apresenta-se ligeiramente deslocado da região correspondente aos materiais contráteis.
Define-se a envoltória pela Eq. 2.69. Adicionalmente, este trabalho propõe a extensão
do uso da envoltória para medidas de resistência à penetração do ensaio SPT corrigida
pela profundidade (N1,60) através da Eq. 2.70, tomando a correlação que determina, para
areias puras, qc/N60 = 0,6, proposta por Stark e Olson (1995).
52
Dado o exposto, a avaliação da contratibilidade dos materiais analisados e consequente
susceptibilidade à liquefação consiste na inserção de dados obtidos a partir de ensaios
SPT e CPTu nos ábacos apresentados na Figura 2.17. Nas referidas figuras, os pontos
situados à esquerda das envoltórias definidas pelas Eq. 2.69 e Eq. 2.70 representam
pontos de dados correspondentes a materiais suscetíveis à liquefação.
De acordo com Lunne et al. (1997), os ensaios CPTu não são capazes de predizer de
maneira acurada tipos de solo com base em sua granulometria. Observa-se, entretanto,
cinco comportamentos característicos nas medições advindas de ensaios CPTu:
• Solos com elevados valores de qc e baixos valores de u2 e fs, comumente arenosos;
• Solos com elevados valores de u2 e fs e baixos valores de qc, comumente argilas
moles;
• Solos com valores de qc muito reduzidos e valores de fs muito altos, comumente
orgânicos;
• Solos com ambos os valores muito reduzidos, comumente sensíveis;
• Solos com ambos os valores altos, comumente solos pré-adensados sujeitos a
elevadas tensões confinantes.
Ao longo dos anos, diversos autores propuseram métodos de classificação com base no
ensaio CPTu. O método apresentado por Robertson (2016) baseia-se em uma carta de
classificação dos solos para a avaliação da susceptibilidade à liquefação. O método de
classificação utiliza a resistência de ponta normalizada, Qtn, e a razão de atrito
normalizada, FR, para a tipificação do comportamento observado para o material
analisado. A metodologia recebe o nome de Normalized Soil Behavior Type (SBTn),
tratando-se da atualização de estudos previamente realizados por Robertson.
53
CD. A linha CD é divisora dos comportamentos dilatante e contrátil dos materiais
analisados, separando-os, portanto, em materiais susceptíveis à liquefação de materiais
dilatantes. Adicionalmente define-se, de acordo com Robertson (2016) a área
correspondente aos comportamentos de argilas sensíveis, delimitada pelas assíntotas FR
= 2% e Qtn = 12. A Figura 2.18 apresenta o ábaco SBTn.
100(𝑄𝑡𝑛 + 10)
𝐼𝐵 = ⁄(𝑄 𝐹 + 70) Eq. 2.71
𝑡𝑛 𝑟
54
empíricos realizados para ensaios CPT toma como base a experiência em materiais
predominantemente silicosos e sem coesão (solos ideais, sem microestruturação),
estudos adicionais são recomendados para solos microestruturados.
Schnaid (2009) aponta que a presença de microestruturação pode ser identificada por
meio da correlação entre G0/qn (razão denominada IG), e Qtn, uma vez que fenômenos
como a cimentação geram estruturas frágeis, com impactos mais observáveis a pequenas
deformações do que a grandes deformações. Sugere-se assim a utilização do fator
empírico K*G, apresentado na Eq. 2.73, para avaliação da existência de
microestruturação.
𝐺 0,75
Eq. 2.73
𝐾𝐺∗ = ( 0⁄𝑞𝑛 ) × 𝑄𝑡𝑛
Robertson (2016) aponta que solos com pouca ou nenhuma microestrutura tendem a
apresentar valores de K*G inferiores a 330. A Figura 2.19 apresenta o ábaco para a
avaliação de K*G.
55
Figura 2.19 – Ábaco para avaliação da presença de microestrutura em solos
(Robertson, 2016).
O método de classificação proposto por Schneider et al. (2008, 2012) tem como
prerrogativa a observação de que os sistemas de classificação SBT propostos por
Robertson (1990) apresentavam boa resposta para a classificação de materiais
puramente arenosos ou argilosos. Em contrapartida, as respostas produzidas para
materiais transicionais, como siltes, argilas arenosas e areias argilosas tendiam a ser
falhas. Assim, foi então proposta classificação dos solos a partir de uma carta de
classificação baseada no diferencial de poropressão normalizado, U2, e na resistência de
ponta normalizada, Qt, descritos pelas Eq. 2.74 e Eq. 2.75, respectivamente.
56
(𝑢2 − 𝑢0 ) Eq. 2.74
𝑈2 = ⁄𝜎′
𝑣0
Schneider et al. (2008) avaliaram a correlação entre U2 e Qt, tomando como base análises
paramétricas – validadas por meio de observações experimentais para solos
essencialmente argilosos, siltosos, arenosos e para argilas sensíveis. A análise
paramétrica realizada tomou como máxima a validade de uma série de equações
compiladas, sendo elas:
57
𝑄1,25⁄ Eq. 2.76
𝑈2 = 100 + 0,99
Figura 2.20 – Regiões propostas por Schneider et al. (2008) com base no estudo de
argilas.
58
de pontos experimentais em areias. Schneider et al. (2008) propõe os limites definidos
pela Eq. 2.79.
𝑄 𝑄
𝑚𝑎𝑥 [−0,5 ln ( ⁄20) , −1] ≤ 𝑈2 ≤ 𝑚𝑖𝑛 [0,5 ln ( ⁄20) , 1] Eq. 2.79
A Figura 2.21 apresenta as regiões definidas por Schneider et al. (2008), e as respectivas
descrições de seus comportamentos.
Figura 2.21 – Carta de classificação dos solos proposta por Schneider et al. (2008) e
tabela descrevendo os possíveis comportamentos dos solos de acordo com a
classificação SBTn (Robertson, 2016)
59
Figura 2.22 – Ábaco de Schneider et al. (2008) modificado (Robertson, 2016).
60
Figura 2.23 – Ábaco de Winckler et al. (2014).
61
CAPÍTULO 3
3 INVESTIGAÇÕES REALIZADAS
62
Figura 3.1 – Croqui da planta de locação das investigações de campo realizadas.
Ensaios SPT
63
Figura 3.2 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-01.
64
Figura 3.4 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-08.
Com base nas informações apresentadas nos boletins de sondagem e análise dos
testemunhos destas, foi possível a concepção de um modelo de compartimentação dos
rejeitos no interior da barragem analisada. Com exceção de algumas profundidades –
nas quais observa-se intercalação dos materiais – foram notadas zonas com
predominância de materiais finos e zonas com predominância de materiais granulares,
com ocorrência de lentes intercaladas entre zonas destes materiais. A Figura 3.8 e a
Figura 3.9 apresentam a interpretação dos materiais identificados nos furos de
sondagem, divididos em rejeitos granulares e rejeitos finos, aterros de solo compactados
(integrantes do maciço da barragem) e regiões de intercalação intensa dos rejeitos. Não
foi possível a avaliação dos testemunhos dos furos SPT-06 e SPT-10, para os quais tem-
se descrição escassa dos materiais ensaiados nos boletins de sondagem. Os materiais
classificados como “aterro” ou “intercalação de rejeitos” não foram analisados neste
trabalho, tendo, portanto, suas medições descartadas.
65
A análise dos valores de penetrabilidade, considerando todos os furos de sondagem,
indica valores de NSPT compreendidos entre 0 e 46 golpes, sendo comuns leituras de
NSPT características de materiais fofos (NSPT ≤ 4) ou moles (NSPT ≤ 5), correspondentes
a cerca de 40% das medições realizadas. Foi excluída da análise a leitura de
impenetrabilidade obtida para o rejeito no furo SPT-09 à profundidade de 19,00 m, uma
vez que estas foram pouco representativas de um material disposto hidraulicamente, para
os quais são esperadas penetrabilidades típicas de materiais pouco consolidados.
Associa-se esta anomalia à presença de uma disposição anômala localizada. A
distribuição de frequência dos valores de NSPT medidos é apresentada na Figura 3.5.
Figura 3.5 – Frequências de NSPT observadas para a totalidade dos rejeitos analisados.
66
A Figura 3.6 apresenta a distribuição de frequências de NSPT obtida para o rejeito
granular. Observa-se que aproximadamente 93% das leituras obtidas para o rejeito
granular são indicativas de um material medianamente compacto (NSPT ≥ 9). Ressalta-
se ainda que aproximadamente 58% das leituras obtidas são indicativas de areias
compactas (NSPT ≥ 19), indicando elevados parâmetros de resistência drenada do
material.
67
Figura 3.7 – Frequências de NSPT observadas para os rejeitos predominantemente finos
analisados.
68
Figura 3.8 – Furos SPT-01, SPT-02, SPT-03, SPT-04 e SPT-05 realizados nos rejeitos
analisados.
69
Figura 3.9 – Furos SPT-06, SPT-07, SPT-08, SPT-09 e SPT-010 realizados nos
rejeitos analisados.
Ensaios CPTu
70
no furo CPT-04, com dois ensaios adicionais nas profundidades de 20,00 m e 21,60 m.
Nos furos CPT-05 e CPT-06 os ensaios foram realizados, similarmente, metro a metro,
até a profundidade de 22,00 m no primeiro furo e entre as profundidades de 9,00 m e
14,00 m no segundo. Adicionalmente, foram realizados ensaios de dissipação de
poropressão em profundidades variáveis, conforme relacionado na Tabela 3.1
Os resultados de qt, fs, u2 e Bq medidos em cada um dos furos realizados são apresentados
na Figura 3.10, Figura 3.11, Figura 3.12, Figura 3.13, Figura 3.14 e Figura 3.15.
71
Figura 3.10 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
01.
72
Figura 3.11 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
02.
73
Figura 3.12 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
03.
74
Figura 3.13 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
04.
75
Figura 3.14 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
05.
76
Figura 3.15 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
06.
Com base nos ensaios sCPTu realizados, foi feita a determinação da velocidade de onda
S, no meio analisado, por meio do software Coneplot, desenvolvido pela empresa
Vertek. O software utiliza o procedimento descrito por Butcher et al. (2005),
convencionalmente empregado no tratamento de ondas S obtidas em ensaios sCPTu. A
metodologia proposta recomenda a definição do ponto característico de medição de
tempo nos oscilogramas, a interseção entre ondas S inversas obtidas a partir do
golpeamento de placas metálicas posicionadas em lados opostos do furo de sondagem.
77
As velocidades de onda cisalhante calculadas, tal qual os registros de onda S medidas
pelos geofones componentes do ferramental sCPTu são apresentados na Figura 3.16, na
Figura 3.17 e na Figura 3.18.
78
Figura 3.17 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-05.
79
Figura 3.18 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-06.
Observa-se, para profundidades superiores a 3,00 m no ensaio CPT-04, tal qual para as
medições realizadas no ensaio CPT-06, a perda da inversão das ondas representadas
pelas cores vermelho e azul. A identificação dos pontos de controle utilizados para o
cálculo da velocidade de onda, definidos pela representação de cruz, não foi prejudicada,
entretanto, uma vez que foi possível o estabelecimento de feições características
observáveis nos diferentes oscilogramas. As velocidades obtidas mostram-se coerentes
com as calculadas para o furo CPT-05, no qual tem-se a observação de inversões ao
longo de toda a profundidade de cravação.
80
positivos de poropressão ao longo do tempo, indicativos da tendência de dessaturação
da pedra porosa característica de meios não saturados (Lunne et al., 1997).
Para os demais ensaios, realizados nos rejeitos caracteristicamente finos, são percebidos
valores de u2,max não inferiores a 100 kPa, com tendências de estabilização de u2 em
valores próximos a 0 kPa. A tendência observada é contrariada pelas curvas de
dissipação referentes aos furos CPT-04 e CPT-05, nos quais também se observa maior
concentração de finos. Lunne et al. (1997) ressalta, porém, que a ocorrência de camadas
lenticulares ao longo de uma cravação de ensaio CPTu tende a produzir influências
dispersas nos resultados medidos ao longo de suas adjacências. Neste contexto, entende-
se que o não processamento da estabilização das poropressões nos dois furos citados seja
associável à ausência de intercalações arenosas não saturadas nas adjacências das cotas
de ensaio, as quais contribuiriam para a drenabilidade do rejeito fino. Dada a ausência
de nível freático observada nos furos de sondagem realizados na barragem, entende-se
que as referidas dissipações tenderiam, em maiores tempos, a valores de u 2 próximos a
0 kPa.
81
Figura 3.19 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-01 e CPT-02.
82
Figura 3.20 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-03 e CPT-04.
83
Figura 3.21 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-05 e CPT-06.
84
3.2 ENSAIOS LABORATORIAIS
Ensaios de caracterização
Rejeito Fino
85
Amostra 1 2 3 4 5 6 Média
Argila (%) 5,00 5,00 10,00 12,00 4,00 8,00 7,33
Silte (%) 84,00 86,00 83,00 82,00 82,00 84,00 83,50
Areia (%) 11,00 9,00 7,00 6,00 14,00 8,00 9,17
Pedregulho (%) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Gs 4,487 4,46 4,338 4,409 4,289 4,401 4,397
LL (%) 17 NL NL 17 15 NL 16,333
LP (%) 11 NP NP 13 10 NP 11,333
Observa-se, para as amostras apresentadas na Tabela 3.3, que ocorrem para o rejeito fino
limites de consistência característicos de comportamento de plasticidade leve a não
plástico, conforme definido por Burmister (1949). Levanta-se a hipótese de que a
ausência dos limites de plasticidade e liquidez observada nas amostras 2, 3 e 6 esteja
associada às limitações dos ensaios de determinação dos limites para materiais pouco
plásticos, não necessariamente representando significativa heterogeneidade dos
materiais neste sentido.
Rejeito Fino
Argila (%) 7,33
Silte (%) 83,50
Areia (%) 9,17
Pedregulho (%) 0,00
Gs 4,397
LL (%) 15
LP (%) 10
86
Ensaios triaxial CID
Foi realizado, para a mistura das amostras deformadas do rejeito fino coletadas na
campanha de sondagens realizada, um ensaio triaxial do tipo CID (isotropicamente
adensado e drenado). Foram adotados corpos de prova reconstituídos em laboratório via
pluviação ao ar (Corrêa, 2018) com índices de vazio iniciais de 1,32, ensaiados sob as
tensões confinantes de 100 kPa, 200 kPa e 400 kPa.
Os valores de índice de vazios inicial, e0, índice de vazios após ensaio de adensamento
isotrópico, ead, e índice de vazios após cisalhamento de ensaio triaxial, ef, são
apresentados na Tabela 3.5. Os resultados dos ensaios são apresentados na Figura 3.22.
CP e0 ead ef
100 kPa 1,32 1,27 1,24
200 kPa 1,32 1,27 1,22
400 kPa 1,32 1,22 1,19
A similaridade das curvas apresentadas nas Figura 3.22-A, Figura 3.22-B, Figura 3.22-
C e Figura 3.22-D indica um comportamento uniforme dos corpos de prova sob o
cisalhamento, tanto em termos de dilatância quanto à característica das rupturas
drenadas, ocorridas entre 10% e 15% de deformação. A similaridade observada nas
87
curvas referidas é indicativa da característica de ausência de pré-adensamento nos
corpos de prova ensaiados e, consequentemente, ausência de dilatação. Sendo esta uma
característica associada a registros de picos de resistência significativos nas curvas
tensão x deformação e de dilatações/redução da tendência da contratibilidade em
amostras drenadas (Jefferies e Been, 2016).
A aproximação do estado crítico para o corpo de prova ensaiado sob σ’3 de 100 kPa,
para o qual observa-se atenuação das deformações volumétricas associada ao patamar
plástico da curva tensão x deformação permitiu a extrapolação do estado crítico para a
amostra em questão.
A extrapolação feita para o primeiro corpo de prova sugere a proximidade dos demais
corpos de prova do estado crítico, para os quais deveriam ser observadas atenuações de
deformação volumétrica em deformações axiais superiores.
88
As trajetórias de tensão indicam a existência de uma envoltória de ruptura de pico
ligeiramente mais abatida que a envoltória de estado crítico sugerida, corroborando a
proximidade dos corpos de prova ensaiados da condição de OCR=1.
𝐶𝑐 Eq. 3.1
λ=
2,3
89
Figura 3.22 – Ensaio de compressão triaxial realizado para a amostra de rejeito fino: a)
Curvas tensão x deformação. b) Trajetórias de tensão e envoltórias de resistência. c)
Curvas deformação volumétrica x deformação axial. d) Comportamento da porosidade
com a deformação axial.
90
Figura 3.23 – LEC e LCI para o rejeito fino.
91
CAPÍTULO 4
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
As estimativas feitas com base em ensaios SPT adotam o mesmo critério de definição
de valores característicos adotado para os ensaios CPTu, iguais ao primeiro quartil.
Com base nos ensaios sísmicos apresentados no item 3.1.2, fez-se o cálculo dos módulos
cisalhantes a pequenas deformações, G0, ao longo das profundidades dos furos CPT-04,
CPT-05 e CPT-06 de acordo com a metodologia apresentada por Lunne et al. (1997) e
descrita no item 2.3.1 do presente trabalho.
92
Figura 4.1 – Valores de G0 obtidos para os furos CPT-04, CPT-05 e CPT-06.
Os valores de G0 obtidos evidenciam que 56,70% dos pontos contidos nos intervalos
com estimativa de G0 por meio de ensaios sísmicos apresenta indícios de
microestruturação de acordo com a proposta de análise feita Robertson (2016), conforme
verifica-se pela Figura 4.2.
93
Figura 4.2 – Análise de microestruturação dos rejeitos pelo método proposto por
Robertson (2016).
Infere-se assim, de acordo com o apresentado por Robertson (2016), que parte dos
rejeitos dispostos na estrutura analisada tenderiam a apresentar valores de resistência
superiores, a pequenas deformações – da ordem de 10-3 %, de acordo com Lunne et al.
(1997) – em relação aos obtidos em maiores deformações, para as quais se processaria
a quebra das microestruturações e o comportamento do solo num estado ideal, ou não
microestruturado. Tal efeito seria responsável pela produção de valores de Qtn superiores
aos obteníveis para o mesmo material se não microestruturado, o que poderia acarretar
classificações dos rejeitos equivocadas a partir do sistema SBTn e, consequentemente,
análises de susceptibilidade à liquefação igualmente equivocadas.
94
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS REJEITOS (ROBERTSON, 2016)
Para cada um dos furos foram plotadas, de acordo com a profundidade, a classificação
SBTn, apresentadas na Figura 4.3 e Figura 4.4.
95
Figura 4.4 – Perfis de classificação SBTn (Robertson, 2016) em profundidade para os
furos CPT-04, CPT-05 e CPT-06.
Na Figura 4.5 são apresentados os ábacos de classificação SBTn para cada um dos furos
realizados. A Tabela 4.1 apresenta a descrição quantitativa das classes SBTn
determinadas para os rejeitos analisados.
96
Figura 4.5 – Ábacos de classificação SBTn (Robertson, 2016) dos furos CPT-01, CPT-
02, CPT-03 e CPT-04, CPT-05 e CPT-06.
97
Tabela 4.1 – Descrição quantitativa das classes SBTn atribuídas aos rejeitos analisados.
98
• Rejeitos finos: materiais de característica fina, aos quais atribui-se o comportamento
correspondente às classes CC, CD e CCS (comportamentos essencialmente
argilosos). Para estes materiais, nos quais a cravação tende a ocorrer de forma
predominantemente não drenada, não é possível, de acordo com Schnaid (2020) e
Lunne et al. (1997), a estimativa de parâmetros de resistência drenada e de ψ pelos
métodos convencionalmente aplicados à solos, apresentados no item 2 do presente
trabalho.
99
Figura 4.7 – Compartimentação dos rejeitos em profundidade para os furos CPT-04,
CPT-05 e CPT-06.
100
Figura 4.8 – Classificação dos rejeitos pelo sistema de classificação proposto por
Schneider et al. (2008) modificado por Robertson (2016) para os furos CPT-01, CPT-
02, CPT-03 e CPT-04.
101
Na Tabela 4.2 e na Tabela 4.3 são apresentados os quadros comparativos das
classificações obtidas para os rejeitos analisados de acordo com a metodologia proposta
por Robertson (2016), com as classes obtidas a partir do ábaco proposto por Schneider
et al. (2008) e modificado por Robertson (2016).
102
A Figura 4.9, busca retratar por meio de gráficos de barra os dados apresentados nas
Tabelas 4.2 e 4.3.
Figura 4.9 – Frequências observadas por classe para os ensaios analisados de acordo
com a metodologia proposta por Robertson (2016).
103
Observa-se, conforme ilustrado na Figura 4.9, que a classificação obtida em função de
U2 (Schneider, 2008 modificado por Robertson, 2016) apresenta-se significativamente
discrepante da obtida em função de FR (Robertson, 2016). O resultado da classificação
obtido em função de U2 indica a presença de areias dilatantes (SD) com percentuais
variáveis entre 3,03% e 57,08%. A mesma classe apresenta-se com frequências não
superiores a 3,39% na classificação em função de FR. Nota-se, de maneira análoga, a
maximização das frequências obtidas para os materiais transicionais, conjugada à
diminuição dos materiais de comportamento fino. Para os primeiros, nota-se frequências
variáveis entre 35,20% e 80,11%, em contraste ao intervalo compreendido entre as
frequências de 0,93% e 43,07% obtido para a mesma classe em função de FR.
Com relação à fração de comportamento fino contrátil, (CCS e CC) tem-se diferenças
entre os dois resultados variáveis entre 8,97% e 44,97%. Com base na observação dos
resultados, tem-se o indicativo de comportamentos mais contráteis e finos a partir da
classificação em função de FR, inicialmente proposta por Robertson (2016).
Tal observação contraria a tendência indicada por Robertson (2016), uma vez que,
apesar da ocorrência significativa de solos com indicação de microestruturação, a
aplicação do ábaco Qtn x U2 de Schneider et al. (2008) não é mais conservadora em
termos da ocorrência de materiais finos e contráteis. Sendo assim, adota-se a
classificação indicada pelo ábaco Qtn x FR de Robertson (2016) e a compartimentação
dos materiais ao longo dos furos de sondagem indicados pela Figura 4.6 e pela Figura
4.7, apresentadas anteriormente.
Foi realizada a estimativa dos parâmetros de resistência drenada dos rejeitos granulares
com base nos resultados dos ensaios SPT e sCPTu realizados, de acordo com a
metodologia apresentada no item 2. A utilização de equações empíricas para a estimativa
de parâmetros de resistência em solos é difundida na Engenharia Geotécnica, mas deve
ser utilizada com ressalvas e com aplicações restritas. Considerando que o geomaterial
analisado se difere em diversos aspectos de um solo natural, ressalta-se que a análise
apresentada tem por objetivo a comparação entre os valores estimados por estas
104
equações e os obtidos pelo ensaio sCPTu, sendo necessária ainda mais moderação e
senso crítico na utilização destas formulações.
Foi proposta a análise global dos parâmetros, sem distinção dos rejeitos por furo de
sondagem. A definição dos parâmetros de resistência drenada do rejeito fino, por sua
vez, se deu a partir dos apontamentos feitos acerca do ensaio triaxial CID apresentado
no item 3.2.2.
As estimativas de φ’ realizadas com base nos resultados de ensaios SPT – a partir dos
equacionamentos propostos por de Mello (1971) Bolton (1986) Teixeira (1996)
Hatanaka e Uchida (1996), Meyerhof (1959), Peck et al. (1974) Schmertmann (1975) e
Schnaid et al. (2009) – resultaram as distribuições de frequência de φ’ apresentadas nos
gráficos boxplot da Figura 4.10.
Figura 4.10 – Boxplot dos valores de φ’ obtidos com base nas correlações analisadas.
105
estimados para rejeitos de minério de ferro apresentados por Presoti (2002), Motta
(2010) e Marçal (2018).
Estima-se assim, com base nos resultados obtidos dos ensaios SPT, o valor de φ’ de
32,7°. Assume-se, dada a natureza granular do material analisado, o valor de coesão
drenada, c’, de 0 kPa.
A estimativa de φ’ baseada nos resultados dos ensaios CPTu analisados tomaram como
base a compartimentação apresentada na Figura 4.6 e na Figura 4.7. Uma vez
diferenciados os rejeitos predominantemente granulares, com comportamento drenado,
dos rejeitos finos, com baixa resistência e significativa umidade residual, procedeu-se a
estimativa dos parâmetros de resistência drenada do rejeito granular, de acordo com as
equações apresentadas no item 2.3.
106
Figura 4.11 – Estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na
estrutura analisada pelas correlações de Robertson e Campanella (1983), Kulhawy e
Mayne (1990) e Lunne et al. (1997).
107
oscilações de acordo com as profundidades conforme ilustra a Figura 4.12, em
comparação às demais propostas apresentadas na Figura 4.11. Contudo, os valores
retratados na Figura 4.12, em sua maior parte, se mantiveram dentro do intervalo obtido
pelas demais equações apresentadas anteriormente, mas entre uma faixa de valores
menor, compreendida entre 30 e 40°.
108
As faixas de φ’ são apresentadas por meio de diagramas de caixa ou boxplot
apresentados na Figura 4.13. Por meio dos diagramas verifica-se o excessivo número de
valores discrepantes (outliers) para as equações propostas por Robertson e Campanella
(1983), Kulway e Mayne (1990) e Lunne et al. (1997). As equações modificadas por
Schnaid (2020) apresentaram menores faixas de valores discrepantes em relação às
demais equações estudadas.
São observadas faixas de variação significativas de φ’, com valores variando entre
aproximadamente 5° a 50°. O que se nota, entretanto, da análise da Figura 4.13, é que
valores extremados consistem em outliers, havendo expressiva concentração das
frequências em torno da mediana – sendo percebidas 50% das frequências em faixas não
maiores que 2,6°, para cada uma das estimativas realizadas.
109
A Tabela 4.4 apresenta um resumo estatístico descritivo das estimativas de φ’ realizadas
a partir dos resultados dos ensaios CPTu.
Tabela 4.4 – Resumo estatístico descritivo dos valores de φ’ estimados para o rejeito
granular estudado.
φ (°)
Schnaid
Schnaid
(2020)
Robertson e Kulhawy e (2020)
Lunne et apud
Campanella Mayne apud
al. (1997) Kulhawy e
(1983) (1990) Lunne et
Mayne
al. (1997)
(1990)
Média 31,6 34,2 30,6 33,5 37,9
Mediana 31,8 35,3 30,9 33,4 37,5
Moda 31,0 26,4 30,1 32,9 36,9
Desvio padrão 3,7 3,3 3,7 1,2 1,6
Variância 13,7 10,6 13,4 1,4 2,4
Mínimo 6,1 4,9 5,7 29,8 33,1
Máximo 51,5 45,1 50,5 37,4 46,1
1º Quartil 30,6 33,5 29,7 32,9 37,0
3º Quartil 32,9 36,1 32,00 34,1 38,3
A média dos primeiros quartis obtidos pelas equações adotadas para a caracterização do
rejeito granular, de maneira conservadora, resulta em valores de φ’ iguais a 34,5°, com
uma diferença de tg(φ’) de 6,85% com relação aos resultados obtidos para os ensaios
SPT.
Para o rejeito fino, assume-se valores de c’ de 19,6 kPa, φ’ de 30,8° e φ’cr de 32,1°
apresentados no item 3.2.2, resultantes do ensaio triaxial CID realizado.
110
4.4 RESISTÊNCIA NÃO DRENADA
As estimativas das razões de resistência não drenada de pico e liquefeita se deram por
meio dos métodos propostos por Olson e Stark (2003) para os rejeitos caracterizados
como granulares, e Robertson (2010) para os rejeitos caracterizados como finos.
A estimativa de su/σ’v e su/σ’v,liq obtidas são assim divididas de acordo com o tipo de
rejeito analisado.
Rejeito granular
Os resultados das estimativas de su/σ’v e su/σ’v,liq obtidos para o rejeito granular com os
dados dos ensaios SPT, a partir das Equações 2.29 e 2.30 sugeridas por Olson e Stark
(2003), são apresentados na Figura 4.14. Os limites superior e inferior estimados são
delimitados por retas tracejadas de inclinações máxima e mínima iguais a su/σ’v (ou
su/σ’v,liq) máximo e mínimo, respectivamente
111
a b
Figura 4.14 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de
ensaios SPT: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq.
Tabela 4.5 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados
para o rejeito granular estudado em função dos ensaios SPT.
su/σ'v su,liq/σ'v
Média 0,28 0,10
Mediana 0,29 0,11
Moda 0,29 0,11
Desvio padrão 0,02 0,02
112
Variância 5,02E-04 4,56E-04
Mínimo 0,21 0,03
Máximo 0,30 0,12
1º Quartil 0,27 0,09
3º Quartil 0,29 0,11
Figura 4.15 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares
dispostos na estrutura analisada.
Nota-se que tanto para su/σ’v quanto para su/σ’v,liq, significativa concentração das
frequências em torno dos valores medianos de razões de resistência. A relação su/σ’v
varia entre os valores de 0,21 e 0,30, enquanto su/σ’v,liq está contida entre 0,03 e 0,12.
113
As estimativas de razões de resistência não drenadas feitas com base nos resultados de
ensaios CPTu evidenciam faixas de su/σ’v situadas entre 0,21 e 0,63 e de su/σ’v,liq situadas
entre 0,03 e 0,46. A Figura 4.16 apresenta os resultados obtidos.
a b
Figura 4.16 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de
ensaios CPTu: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq.
Tabela 4.6 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados
para o rejeito granular estudado em função dos ensaios CPT.
su/σ'v su,liq/σ'v
Média 0,25 0,07
Mediana 0,25 0,07
Moda 0,21 0,04
114
Desvio padrão 0,03 0,03
Variância 0,00 0,00
Mínimo 0,21 0,03
Máximo 0,63 0,46
1º Quartil 0,24 0,06
3º Quartil 0,25 0,08
Figura 4.17 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares.
Os valores de su/σ’v e su/σ’v,liq definidos com base nos primeiros quartis são de 0,24 e
0,06, respectivamente – inferiores às estimativas feitas a partir dos ensaios SPT em 11%
e 33%.
115
Apesar das discrepâncias observadas em termos dos valores definidos em função dos
primeiros quartis, observa-se estimativas muito similares em termos de faixas, com as
estimativas tomadas em função dos ensaios SPT não destoando das obtidas a partir dos
ensaios CPTu, às quais atribui-se maior assertividade.
Rejeito fino
As estimativas feitas para su/σ’v e su/σ’v,liq, com base na proposta apresentada por
Robertson (2010) para ensaios CPTu são expostas na Figura 4.18.
Tabela 4.7 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados
para o rejeito fino estudado em função dos ensaios CPT.
su/σ'v su,liq/σ'v
Média 0,33 0,12
Mediana 0,27 0,10
Moda 0,18 0,02
Desvio padrão 0,16 0,09
Variância 0,03 0,01
Mínimo 0,06 0,00
Máximo 2,02 0,68
1º Quartil 0,22 0,05
3º Quartil 0,39 0,16
116
a b
Figura 4.18 – Estimativas de feitas para o rejeito fino com base nos resultados de
ensaios CPTu: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq .
117
4.19, entretanto, evidencia a significativa concentração dos valores de su/σ’v0 na faixa
aproximada de 0,10 a 0,74 e de su/σ’v0,liq e entre 0,01 a 0,37. Tais valores, são típicos de
materiais finos de acordo com Robertson e Cabal (2015). Os valores superiores de
resistência, aos quais pode ser atribuído o efeito da saturação parcial ou do ressecamento
superficial, devido a estas condições ocorrem a profundidades predominantemente rasas
– inferiores a 5 m (Robertson e Cabal, 2015).
Figura 4.19 – Estimativas de su/σ’v e su/σ’v,liq feitas para o rejeito fino com base nos
resultados de ensaios CPTu.
118
O trabalho de Mayne e Mitchell (1988) aponta que, para 96 amostras de argilas e siltes
de plasticidade média a baixa, observou-se que é possível o estabelecimento de uma
faixa de valores de su/σ’v0 em relação ao OCR. Para o OCR igual a 1, são percebidos
valores situados na faixa de 0,1 a 0,5. Os valores estimados a partir dos resultados de
ensaios CPTu mostram-se condizentes com esta faixa, sendo estabelecido a partir do
primeiro quartil o valor de su/σ’v0 de 0,22, similar ao sugerido por Mesri (1975) para
argilas NA – de comportamento similar ao indicado como predominante para os rejeitos
finos através das classificações SBTn.
Figura 4.20 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos finos
dispostos na estrutura analisada.
119
4.5 ANÁLISE DOS ENSAIOS DE DISSIPAÇÃO
Foi proposta, para a análise dos ensaios de dissipação apresentados inicialmente no item
3.1.2, a utilização da máxima poropressão como valor de u2,max, desprezando-se os
trechos ascendentes iniciais observados em algumas das curvas apresentadas, conforme
método proposto por Robertson e Cabal (2015).
Para cada uma das curvas, foi feita a determinação dos valores de t50 considerando-se a
poropressão de estabilização, u0, como 0 kPa, dadas as observações de ausência de nível
freático discutidas no item 3.1.
As curvas de dissipação corrigidas, tal qual os valores do parâmetro m proposto por Teh
(1987) para a estimativa do coeficiente de adensamento horizontal, ch, são apresentadas
nas Figuras 4.21 a 4.26, de acordo com os furos de sondagem.
120
Figura 4.21 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
01.
121
Figura 4.22 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
02.
122
Figura 4.23 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
03.
123
Figura 4.24 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
04.
124
Figura 4.25 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
05.
125
Figura 4.26 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
06.
As estimativas de ch, de acordo com as Eq. 2.62 e 2.63 propostas por Teh (1987) e Teh
e Houlsby (1988) tomaram as estimativas de su médias apresentadas no item 4.4 nos
trechos ensaiados através do método de medição de ondas s do ensaio sCPTu. Com base
nos valores de su adotados, foram calculados os valores de IR, a partir dos quais estimou-
se os valores de k a utilizando-se a Equação 2.64.
126
Tabela 4.8 – Valores calculados de ch e k para os rejeitos analisados.
ch (m²/s) k (m/s) -
ch (m²/s) k (m/s) - k (m/s) –
Moed – Houlsby Houlsby e
Prof. (m) IR m – Teh Teh Mayne
(Mpa) e Teh Teh
(1987) (1987) (2001)
(1988) (1988)
15,04 - 5,97 -0,10 - - - - 7,29E-08
18,13 - 16,26 -0,20 - - - - 7,72E-07
CPT-01
24,00 - 121,63 - - - - - -
27,00 - 158,43 -0,14 - - - - 1,45E-07
30,00 - 130,97 -0,11 - - - - 1,59E-07
33,00 - 63,29 -0,08 - - - - 6,89E-08
36,00 - 97,49 -0,11 - - - - 2,00E-07
3,06 - 4,77 -0,03 - - - - -
6,00 - 52,15 - - - - - -
CPT-03
127
maneira, a Tabela 4.9 apresenta a o resumo estatístico descritivo feito para os logs das
estimativas.
128
Figura 4.27 – Boxplot das estimativas de log(ch) realizadas para o rejeito analisado.
Figura 4.28 – Boxplot das estimativas de log(k) realizadas para o rejeito analisado.
129
A adoção da média dos primeiros quartis resulta em valor de ch igual a 3,09x10-5 m/s²
para o rejeito fino.
REJEITO GRANULAR
Os estudos conduzidos para o rejeito granular, a partir da metodologia proposta por Olson
e Stark (2003) em que são utilizados ensaios SPT e CPTu resultam os gráficos
apresentados na Figura 4.29 e na Figura 4.30, respectivamente.
130
Figura 4.29 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base
nos dados de ensaio SPT.
Os ensaios CPTu, retratados na Figura 4.30, indicam uma situação mais crítica do rejeito
granular, com 98,43% dos rejeitos suscetíveis à liquefação.
131
Figura 4.30 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base
nos dados de ensaio CPTu.
132
Tais ocorrências podem ser atribuídas à presença concentrada de material pedregulhoso,
com características resistentes e drenantes diferentes das observadas para o rejeito
granular como um todo, decorrentes do processo de disposição – conforme discutido no
item 3.1. Assume-se assim que tais comportamentos seriam pouco representativos da
totalidade do rejeito granular, dada a sua pouca expressividade estatística e a
concentração espacial das suas ocorrências.
As classificações feitas de acordo com a metodologia SBTn (Robertson, 2016), por sua
vez, indicam que os rejeitos granulares, apresentados na Figura 4.31, se mostram em sua
quase totalidade (99,11%) abaixo da linha CD = 70, limiar entre os comportamentos
dilatante e contrátil sob o cisalhamento. Tal observação é indicativa da ocorrência de
comportamentos resistentes do rejeito de característica arenosa similares aos percebidos
em casos históricos de liquefação analisados por Robertson (2016), indicando o
significativo potencial de liquefação do material.
133
apresentadas na Figura 4.32. Nesta figura, verifica-se os valores de ψ ficaram
compreendidos no intervalo de -0,2 e 0,6.
134
Valores de ψ inferiores a -0,05, apontados por Jefferies e Been (2016) como de
comportamento tendenciosamente dilatante, ocorrem em apenas em 4,43% das leituras
realizadas em ensaios CPTu de acordo com a metodologia proposta por Robertson
(2010). A metodologia de Schnaid e Yu (2007), por sua vez, apresenta que os rejeitos
granulares se apresentam dilatantes em apenas 0,70% dos casos analisados.
Os gráficos boxplot das distribuições de ψ são apresentados na Figura 4.33. Por meio dos
diagramas desta figura, verifica-se que a proposta de Robertson (2010) apresentou um
maior número de valores discrepantes (outliers), situação já esperada conforme ilustrado
na Figura 4.32.
Tabela 4.10 – Resumo estatístico descritivo dos valores de ψ estimados para o rejeito
granular.
135
Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)
Observa-se, no gráfico, que apenas 0,66% das estimativas de ψ, feitas a partir da proposta
de Robertson (2010) e conjugadas com os valores de U2, evidenciam comportamento
dilatante, enquanto a totalidade das estimativas de ψ, feitas pela proposta de Schnaid e
Yu (2007) conjugadas com valores de U2, revelam comportamentos que sugerem a
contratibilidade do rejeito granular.
136
Figura 4.34 – Análise do rejeito granular no espaço ψ x U2 proposto por Winckler et
al. (2014).
REJEITO FINO
A Figura 4.35 apresenta as classificações SBTn dos rejeitos finos. A distribuição dos
pontos, com 99,11% destes situados em zonas de comportamento contrátil, evidenciam
a ocorrência de características de susceptibilidade à liquefação também no rejeito fino,
dada a sua ausência de plasticidade – associada à liquefação de materiais finos, conforme
expõe Marçal (2018) – apontada no item 3.1.2.
137
O comportamento observado na carta de classificação SBTn (Robertson, 2016)
corrobora com as observações feitas no ensaio triaxial CID apresentado no item 3.2.2, a
partir do qual faz-se a extrapolação das LEC e LCI, obtendo-se a estimativa de ψ de
0,04.
138
CAPÍTULO 5
5 CONCLUSÕES
139
As estimativas de parâmetro de estado obtidas para os rejeitos granulares, tal qual sua
extrapolação tomada em função do ensaio triaxial CID para os rejeitos finos mostram-
se coerentes com os comportamentos indicados nas análises de susceptibilidade à
liquefação.
140
contexto operacional da barragem apenas o rejeito fino é passível de liquefação, dada a
necessidade de água na ocorrência do fenômeno (Jefferies e Been, 2016).
141
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142
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147
ANEXOS
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
ANEXO B – BOLETINS DAS SONDAGENS CPTU
174
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-01 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq
5 5 5 5,0
10 10 10 10,0
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15 15 15,0
20 20 20 20,0
25 25 25 25,0
30 30 30 30,0
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq
Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
13,0 13,0
14,0 14,0
15,0 15,0 15,0 15,0
16,0 16,0
17,0 17,0
18,0 18,0
19,0 19,0
20,0 20,0
20,0 20,0
21,0 21,0
22,0 22,0
23,0 23,0
24,0 24,0
25,0 25,0
25,0 25,0
26,0 26,0
27,0 27,0
28,0 28,0
29,0 29,0
30,0 30,0
30,0 30,0
0 0,5 1 0 3000 6000
CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR
175
Ábacos de Classificação
1000 1000
SD TD CD
2 3
100 100
1a
SC
Qtn
QT
TC 1b
10 10
1c
1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2
CPT-01 CPT-01
Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)
1000 1000
SD
TC
100 100
Qtn
CC
10
10
CCS
1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1
Δu2/σ'v0 1 10 100 1000
IG = G0/qn
CPT-01
176
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)
100
200
300
Profundidade (m)
400
500
600
700
800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular
Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5
5 5
10 10
10 10
15 15
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,08 max. = 0,34 min. = max. =
min. = 0 max. = min. = 6° max. = 39°
0,06 0,8
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) 0,38
Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)
177
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5 5 5
10 10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m) 15 15
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 5° max. = 39° min. = 6° max. = 38° min. = 0° max. = 60° min. = 0° max. = 60°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)
Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ
CPT-01 CPT-01
1 300
0,9
250
0,8
0,7
200
Frequência
0,6
Frequência
0,5 150
0,4
100
0,3
0,2
50
0,1
0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11
0,2 a 0,21
0,3 a 0,31
Ψ Ψ
178
Frequência Frequência
100
200
300
400
500
600
700
800
100
200
300
400
500
600
700
800
0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-01
CPT-01
31 a 32 31 a 32
φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
179
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0
1
100
200
300
400
500
600
700
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-01
CPT-01
φ (°)
31 a 32
φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12
41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
0,9
0,8
0,7
0,6
Frequência
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)
Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 32,15 35,42 31,22 #DIV/0! #DIV/0!
Mediana 32,49 35,82 31,55 #NÚM! #NÚM!
Moda #N/D #N/D #N/D #N/D #N/D
Desvio padrão 2,30 2,16 2,26 #DIV/0! #DIV/0!
Variância 5,27 4,68 5,12 #DIV/0! #DIV/0!
Mínimo 6,13 4,93 5,74 #NÚM! #NÚM!
Máximo 38,66 38,74 37,68 #NÚM! #NÚM!
1º Quartil 31,88 35,04 30,95 #NÚM! #NÚM!
3º Quartil 33,06 36,41 32,12 #NÚM! #NÚM!
CPT-01 CPT-01
1200 40
35
1000
30
800
25
Frequência
Frequência
600 20
15
400
10
200
5
0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65
0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81
su/σ'v0 su/σ'v0
180
Frequência
100
200
300
400
500
600
700
800
900
0
0 a 0,01
0,01 a 0,02
0,02 a 0,03
0,03 a 0,04
0,04 a 0,05
0,05 a 0,06
0,06 a 0,07
0,07 a 0,08
CPT-01
0,08 a 0,09
su,liq/σ'v0
0,1 a 0,11
0,11 a 0,12
0,12 a 0,13
Moda
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Variância
3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14
Desvio padrão
0,14 a 0,15
0,15 a 0,16
0,08
0,07
0,14
0,03
0,00
0,01
0,08
0,08
0,08
181
Frequência
Olson e Stark (2003)
10
20
30
40
50
60
70
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,07
0,02
0,38
0,00
0,00
0,06
0,04
0,06
#N/D
0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'
0,06 a 0,07
Robertson (2010)
v0
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-01
0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0
Robertson (2010)
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-02 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq
5,0
5 5 5
10,0
10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15,0
15 15 15
20,0
20 20 20
25,0
25 25 25 30,0
35,0
30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq
Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR
Profundidade (m)
15,0 15,0
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15,0 15,0
16,0 16,0
17,0 17,0
18,0 18,0
19,0 19,0
20,0 20,0 20,0
20,0
21,0 21,0
22,0 22,0
23,0 23,0
24,0 24,0
25,0 25,0
25,0 25,0
26,0 26,0
27,0 27,0
28,0 28,0
29,0 29,0
30,0 30,0
30,0 30,0
31,0 31,0
32,0 32,0
33,0 33,0
34,0 34,0
35,0 35,0
35,0 35,0 36,0 36,0
0 0,5 1 0 3000 6000
CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR
182
Ábacos de Classificação
1000 1000
SD TD CD
2 3
100 100
1a
SC
Qtn
QT
TC 1b
10 10
1c
1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2
CPT-02 CPT-02
Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)
1000 1000
SD
TC
100 100
Qtn
CC
10
10
CCS
1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1
Δu2/σ'v0 1 10 100 1000
IG = G0/qn
CPT-02
183
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)
100
200
300
Profundidade (m)
400
500
600
700
800
0 10 20 30 40
qc1 (MPa)
Rejeito Granular
Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5
5 5
10 10
10 10
15 15
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,41 max. = 0,61 min. = max. =
min. = 0 max. = min. = 11° max. = 52°
0,12 1,09
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) 0,57
Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)
184
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5 5 5
10 10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m) 15 15
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 7° max. = 45° min. = 11° max. = 51° min. = 0° max. = 60° min. = 0° max. = 60°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)
Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ
CPT-02 CPT-02
1 350
0,9
300
0,8
0,7 250
Frequência
0,6
Frequência
200
0,5
150
0,4
0,3 100
0,2
50
0,1
0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11
0,2 a 0,21
0,3 a 0,31
Ψ Ψ
185
Frequência Frequência
100
200
300
400
500
600
700
100
200
300
400
500
600
700
0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-02
CPT-02
31 a 32 31 a 32
φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
186
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0
1
200
400
600
800
1000
1200
1a2
3a4 1a2
5a6 3a4
7a8 5a6
9 a 10 7a8
11 a 12 9 a 10
13 a 14 11 a 12
13 a 14
15 a 16
15 a 16
17 a 18
17 a 18
19 a 20
19 a 20
21 a 22
21 a 22
23 a 24
23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30
CPT-02
CPT-02
29 a 30
φ (°)
31 a 32 31 a 32
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12
41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
0,9
0,8
0,7
0,6
Frequência
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)
Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 31,12 34,03 30,20 #DIV/0! #DIV/0!
Mediana 31,49 35,44 30,56 #NÚM! #NÚM!
Moda 31,03 26,42 30,10 #N/D #N/D
Desvio padrão 4,43 3,94 4,38 #DIV/0! #DIV/0!
Variância 19,60 15,56 19,19 #DIV/0! #DIV/0!
Mínimo 11,36 7,02 10,83 #NÚM! #NÚM!
Máximo 51,47 45,12 50,52 #NÚM! #NÚM!
1º Quartil 30,13 33,93 29,21 #NÚM! #NÚM!
3º Quartil 32,76 36,07 31,81 #NÚM! #NÚM!
CPT-02 CPT-02
1200 80
70
1000
60
800
50
Frequência
Frequência
600 40
30
400
20
200
10
0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65
0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81
su/σ'v0 su/σ'v0
187
Frequência
200
400
600
800
0
1000
1200
0 a 0,01
0,01 a 0,02
0,02 a 0,03
0,03 a 0,04
0,04 a 0,05
0,05 a 0,06
0,06 a 0,07
0,07 a 0,08
CPT-02
0,08 a 0,09
su,liq/σ'v0
0,1 a 0,11
0,11 a 0,12
0,12 a 0,13
Moda
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Variância
3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14
Desvio padrão
0,14 a 0,15
0,15 a 0,16
0,08
0,06
0,46
0,04
0,00
0,04
0,04
0,07
0,07
188
Frequência
Olson e Stark (2003)
100
120
140
20
40
60
80
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,13
0,03
0,57
0,00
0,01
0,09
0,05
0,09
#N/D
0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'
Robertson (2010)
v0
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-02
0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0
Robertson (2010)
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-03 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq
5 5 5
5,1
10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15 15 10,1
20 20 20
15,1
25 25 25
30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq
Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR
1,1 1,1
2,1 2,1
3,1 3,1
4,1 4,1
6,1 6,1
7,1 7,1
8,1 8,1
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
9,1 9,1
11,1 11,1
12,1 12,1
13,1 13,1
14,1 14,1
15,1 15,1
15,1 15,1
16,1 16,1
17,1 17,1
18,1 18,1
19,1 19,1
189
Ábacos de Classificação
1000 1000
SD TD CD
2 3
100 100
1a
SC
Qtn
QT
TC 1b
10 10
1c
1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2
CPT-03 CPT-03
Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)
1000 1000
SD
TC
100 100
Qtn
CC
10
10
CCS
1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1
Δu2/σ'v0 1 10 100 1000
IG = G0/qn
CPT-03
190
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)
100
200
300
Profundidade (m)
400
500
600
700
800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular
Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5
5 5
10 10
10 10
15 15
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,4 max. = 0,18 min. = max. = min. = max. = min. = 20° max. = 51°
0,14 0,91 0,01 0,44
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)
191
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5 5 5
10 10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m) 15 15
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 26° max. = 44° min. = 20° max. = 50° min. = 0° max. = 60° min. = 0° max. = 60°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)
Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ
CPT-03 CPT-03
1 160
0,9
140
0,8
120
0,7
100
Frequência
0,6
Frequência
0,5 80
0,4
60
0,3
40
0,2
20
0,1
0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11
0,2 a 0,21
0,3 a 0,31
Ψ Ψ
192
Frequência Frequência
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
20
40
60
80
100
120
140
160
180
0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-03
CPT-03
31 a 32 31 a 32
φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
193
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0
1
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-03
CPT-03
φ (°)
31 a 32
φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12
41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
0,9
0,8
0,7
0,6
Frequência
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)
Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 32,26 33,59 31,33 #DIV/0! #DIV/0!
Mediana 31,71 33,90 30,78 #NÚM! #NÚM!
Moda 30,27 #N/D 29,36 #N/D #N/D
Desvio padrão 3,63 2,75 3,61 #DIV/0! #DIV/0!
Variância 13,15 7,54 13,01 #DIV/0! #DIV/0!
Mínimo 20,54 25,93 19,78 #NÚM! #NÚM!
Máximo 51,19 44,08 50,24 #NÚM! #NÚM!
1º Quartil 30,48 32,65 29,56 #NÚM! #NÚM!
3º Quartil 33,01 35,24 32,06 #NÚM! #NÚM!
CPT-03 CPT-03
250 90
80
200
70
60
Frequência
Frequência
150
50
40
100
30
20
50
10
0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65
0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81
su/σ'v0 su/σ'v0
194
Frequência
100
150
200
250
300
50
0
0 a 0,01
0,01 a 0,02
0,02 a 0,03
0,03 a 0,04
0,04 a 0,05
0,05 a 0,06
0,06 a 0,07
0,07 a 0,08
CPT-03
0,08 a 0,09
su,liq/σ'v0
0,1 a 0,11
0,11 a 0,12
0,12 a 0,13
Moda
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Variância
3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14
Desvio padrão
0,14 a 0,15
0,15 a 0,16
0,08
0,06
0,32
0,04
0,00
0,02
0,07
0,07
#N/D
195
Frequência
Olson e Stark (2003)
100
120
140
160
180
20
40
60
80
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,17
0,06
0,44
0,01
0,01
0,10
0,02
0,09
0,13
0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'
Robertson (2010)
v0
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-03
0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0
Robertson (2010)
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-04 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq
5 5 5
5,3
10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
10,3
15 15 15
20 20 20
15,3
25 25 25
20,3
30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq
Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15,3 15,3
15,3 15,3
20,3 20,3
20,3 20,3
196
Ábacos de Classificação
1000 1000
SD TD CD
2 3
100 100
1a
SC
Qtn
QT
TC 1b
10 10
1c
1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2
CPT-04 CPT-04
Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)
1000 1000
SD
TC
100 100
Qtn
CC
10 10
CCS
1 1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1 10 100 1000
Δu2/σ'v0 IG = G0/qn
CPT-04 CPT-04
197
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)
100
200
300
Profundidade (m)
400
500
600
700
800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular
Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5
5 5
10 10
10 10
15 15
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,18 max. = 0,29 min. = max. = min. = max. = min. = 28° max. = 50°
0,14 0,91 0,01 0,44
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)
198
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5 5 5
10 10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m) 15 15
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 27° max. = 40° min. = 27° max. = 49° min. = 28° max. = 37° min. = 33° max. = 46°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)
Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ
CPT-04 CPT-04
8 10
7 9
8
6
7
5
Frequência
Frequência
4 5
4
3
3
2
2
1
1
0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11
0,2 a 0,21
0,3 a 0,31
Ψ Ψ
199
Frequência Frequência
0
2
4
6
8
0
2
4
6
8
10
12
10
12
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-04
CPT-04
φ (°)
31 a 32
φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
200
Frequência Frequência
0
2
4
6
8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
12
10
Ângulo de Atrito - φ (°)
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-04
CPT-04
φ (°)
31 a 32
φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
Frequência
5
0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)
Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 34,04 32,23 33,10 33,10 40,77
Mediana 32,35 32,12 31,41 32,08 41,18
Moda #N/D #N/D #N/D #N/D #N/D
Desvio padrão 5,28 3,69 5,26 2,58 3,07
Variância 27,90 13,60 27,67 6,67 9,44
Mínimo 28,39 27,01 27,50 29,77 33,14
Máximo 49,58 40,04 48,62 37,44 46,11
1º Quartil 30,84 28,96 29,92 30,91 39,00
3º Quartil 35,62 35,31 34,65 35,58 42,80
CPT-04 CPT-04
25 35
30
20
25
Frequência
Frequência
15
20
15
10
10
5
5
0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65
0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81
su/σ'v0 su/σ'v0
201
Frequência
10
15
20
25
30
0
5
0 a 0,01
0,01 a 0,02
0,02 a 0,03
0,03 a 0,04
0,04 a 0,05
0,05 a 0,06
0,06 a 0,07
0,07 a 0,08
CPT-04
0,08 a 0,09
su,liq/σ'v0
0,1 a 0,11
0,11 a 0,12
0,12 a 0,13
Moda
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Variância
3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14
Desvio padrão
0,14 a 0,15
0,15 a 0,16
0,08
0,04
0,10
0,04
0,00
0,02
0,05
0,06
#N/D
202
Frequência
Olson e Stark (2003)
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0
5
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,12
0,05
0,56
0,00
0,01
0,09
0,09
0,11
#N/D
0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'
0,06 a 0,07
Robertson (2010)
v0
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-04
0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0
Robertson (2010)
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-05 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq
5 5 5
5,3
10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
10,3
15 15 15
20 20 20
15,3
25 25 25
20,3
30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq
Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15,3 15,3
15,3 15,3
20,3 20,3
20,3 20,3
203
Ábacos de Classificação
1000 1000
SD TD CD
2 3
100 100
1a
SC
Qtn
QT
TC 1b
10 10
1c
1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2
CPT-05 CPT-05
Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)
1000 1000
SD
TC
100 100
Qtn
CC
10 10
CCS
1 1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1 10 100 1000
Δu2/σ'v0 IG = G0/qn
CPT-05 CPT-05
204
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)
100
200
300
Profundidade (m)
400
500
600
700
800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular
Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5
5 5
10 10
10 10
15 15
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,31 max. = 0,12 min. = max. = min. = max. = min. = 30° max. = 46°
0,14 2,02 0,00 0,68
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)
205
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5 5 5
10 10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m) 15 15
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 30° max. = 38° min. = 29° max. = 45° min. = 34° max. = 37° min. = 37° max. = 39°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)
Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ
CPT-05 CPT-05
4,5 9
4 8
3,5 7
3 6
Frequência
Frequência
2,5 5
2 4
1,5 3
1 2
0,5 1
0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11
0,2 a 0,21
0,3 a 0,31
Ψ Ψ
206
Frequência Frequência
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
10
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-05
CPT-05
φ (°)
31 a 32
φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
207
Frequência Frequência
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
2
4
6
8
10
10
12
Ângulo de Atrito - φ (°)
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-05
CPT-05
φ (°)
31 a 32
φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
14
12
10
Frequência
8
0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)
Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 35,87 35,25 34,92 35,77 38,15
Mediana 32,96 35,70 32,01 35,95 38,31
Moda #N/D #N/D #N/D #N/D #N/D
Desvio padrão 5,40 1,66 5,37 0,56 0,64
Variância 29,12 2,75 28,88 0,32 0,41
Mínimo 30,27 30,69 29,35 34,65 37,03
Máximo 45,87 37,92 44,89 36,59 38,97
1º Quartil 32,23 34,32 31,29 35,43 37,69
3º Quartil 40,71 36,05 39,72 36,22 38,62
CPT-05 CPT-05
12 35
30
10
25
8
Frequência
Frequência
20
6
15
4
10
2
5
0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65
0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81
su/σ'v0 su/σ'v0
208
Frequência
10
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0 a 0,01
0,01 a 0,02
0,02 a 0,03
0,03 a 0,04
0,04 a 0,05
0,05 a 0,06
0,06 a 0,07
0,07 a 0,08
CPT-05
0,08 a 0,09
su,liq/σ'v0
0,1 a 0,11
0,11 a 0,12
0,12 a 0,13
Moda
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Variância
3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14
Desvio padrão
0,14 a 0,15
0,15 a 0,16
0,08
0,07
0,10
0,04
0,00
0,01
0,08
0,07
#N/D
209
Frequência
Olson e Stark (2003)
10
20
30
40
50
60
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,21
0,11
0,68
0,00
0,01
0,12
0,14
0,18
#N/D
0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'
0,06 a 0,07
Robertson (2010)
v0
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-05
0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0
Robertson (2010)
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-06 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq
8,6
9,1
5 5 5
9,6
10,1
10 10 10
10,6
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
11,1
15 15 15
11,6
12,1
20 20 20
12,6
13,1
25 25 25
13,6
14,1
30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq
Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
12,6 12,6
12,6 12,6
13,1 13,1
13,1 13,1
13,6 13,6
13,6 13,6
14,1 14,1
14,1 14,1
210
Ábacos de Classificação
1000 1000
SD TD CD
2 3
100 100
1a
SC
Qtn
QT
TC 1b
10 10
1c
1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2
CPT-06 CPT-06
Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)
1000 1000
SD
TC
100 100
Qtn
CC
10 10
CCS
1 1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1 10 100 1000
Δu2/σ'v0 IG = G0/qn
CPT-06 CPT-06
211
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)
100
200
300
Profundidade (m)
400
500
600
700
800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular
Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5
5 5
10 10
10 10
15 15
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,03 max. = 0,33 min. = max. = min. = max. = min. = 27° max. = 38°
0,18 0,81 0,06 0,39
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)
212
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)
5 5 5 5
10 10 10 10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m) 15 15
15 15
20 20
20 20
25 25
25 25
30 30
30 30
35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 30° max. = 38° min. = 26° max. = 37° min. = 32° max. = 36° min. = 35° max. = 40°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)
Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ
CPT-06 CPT-06
50 250
45
40 200
35
Frequência
30
Frequência
150
25
20 100
15
10 50
0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11
0,2 a 0,21
0,3 a 0,31
Ψ Ψ
213
Frequência Frequência
50
100
150
200
250
50
100
150
200
250
0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-06
CPT-06
31 a 32 31 a 32
φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
214
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
50
100
150
200
250
300
0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-06
CPT-06
φ (°)
31 a 32
φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12
41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
160
140
120
Frequência
100
80
60
40
20
0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)
Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 30,51 32,89 29,59 33,45 37,49
Mediana 30,66 32,84 29,73 33,34 37,33
Moda 27,31 30,96 26,43 32,90 36,90
Desvio padrão 1,69 1,04 1,67 0,71 0,75
Variância 2,86 1,09 2,79 0,51 0,56
Mínimo 27,25 30,77 26,37 31,91 35,20
Máximo 37,50 37,32 36,52 35,61 39,43
1º Quartil 29,58 32,28 28,67 32,93 36,96
3º Quartil 31,34 33,42 30,41 33,89 38,06
CPT-06 CPT-06
400 70
350 60
300
50
250
Frequência
Frequência
40
200
30
150
20
100
50 10
0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65
0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81
su/σ'v0 su/σ'v0
215
Frequência
100
150
200
250
300
350
50
0
0 a 0,01
0,01 a 0,02
0,02 a 0,03
0,03 a 0,04
0,04 a 0,05
0,05 a 0,06
0,06 a 0,07
0,07 a 0,08
CPT-06
0,08 a 0,09
su,liq/σ'v0
0,1 a 0,11
0,11 a 0,12
0,12 a 0,13
Moda
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Variância
3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14
Desvio padrão
0,14 a 0,15
0,15 a 0,16
0,07
0,06
0,12
0,05
0,00
0,01
0,05
0,06
0,06
216
Frequência
Olson e Stark (2003)
100
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,18
0,10
0,39
0,06
0,00
0,06
0,08
0,12
0,14
0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'
Robertson (2010)
v0
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-06
0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0
Robertson (2010)
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
DECLARAÇÃO
Eu, Pablo dos Santos Cardoso Coelho, declaro que esta dissertação intitulada
CARACTERIZAÇÃO DE REJEITO DE MINÉRIO DE FERRO POR MEIO DE
ENSAIOS DE CAMPO E LABORATÓRIO APLICADA À ANÁLISE DE
LIQUEFAÇÃO é inteiramente e exclusivamente de minha autoria e que, com exceção
das citações diretas e indiretas claramente indicadas e referenciadas nesse trabalho, e do
uso autorizado de banco de dados, seu texto, figuras, gráficos, quadros, tabelas,
algoritmos e demais dados foram por mim obtidos e, portanto, não contêm plágio.
Assinatura:
Data: 22/08/2021
217