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Núcleo de Geotecnia

Programa de Pós-Graduação em Geotecnia


PPGEO

Dissertação

Caracterização de Rejeito de
Minério de Ferro por Meio
de Ensaios de Campo e
Laboratório Aplicada à
Análise de Susceptibilidade à
Liquefação

Pablo dos Santos Cardoso Coelho

2021
PABLO DOS SANTOS CARDOSO COELHO

CARACTERIZAÇÃO DE REJEITO DE MINÉRIO


DE FERRO POR MEIO DE ENSAIOS DE CAMPO
E LABORATÓRIO APLICADA À ANÁLISE DE
SUSCEPTIBILIDADE À LIQUEFAÇÃO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação


em Geotecnia do Núcleo de Geotecnia da Escola de
Minas da Universidade Federal de Ouro Preto, como
parte integrante dos requisitos para obtenção do título de
Mestre em Geotecnia.

Área de concentração: Geotecnia

Orientador: Prof. Dr. Lucas Deleon Ferreira

OURO PRETO
2021
SISBIN - SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO

C672c Coelho, Pablo dos Santos Cardoso .


CoeCaracterização de rejeito de Minério de Ferro por meio de ensaios de
campo e laboratório aplicada à análise de susceptibilidade à liquefação.
[manuscrito] / Pablo dos Santos Cardoso Coelho. - 2021.
Coe217 f.: il.: color., gráf., tab..

CoeOrientador: Prof. Dr. Lucas Deleon Ferreira.


CoeDissertação (Mestrado Acadêmico). Universidade Federal de Ouro
Preto. Núcleo de Geotecnia da Escola de Minas. Programa de Pós-
Graduação em Geotecnia.
CoeÁrea de Concentração: Geotecnia.

Coe1. Rejeitos (Metalurgia) . 2. Minas e Mineração. 3. Rejeitos


(Metalurgia) - Liquefação. 4. Seismic cone penetration test (sCPTu). I.
Ferreira, Lucas Deleon. II. Universidade Federal de Ouro Preto. III. Título.

CDU 624.13

Bibliotecário(a) Responsável: Maristela Sanches Lima Mesquita - CRB-1716


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
REITORIA
ESCOLA DE MINAS
PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM GEOTECNIA

FOLHA DE APROVAÇÃO

Pablo dos Santos Cardoso Coelho

Caracterização de rejeito de de minério de ferro por meio de ensaios de campo e laboratório aplicada à análise de liquefação

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geotecnia do Núcleo de Geotecnia da Escola de Minas da Universidade Federal de
Ouro Preto, como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Geotecnia.

Aprovada em 20 de agosto de 2021

Membros da banca

Prof. Dr. Lucas Deleon Ferreira - Orientador (Universidade Federal de Ouro Preto)
Prof. Dr. Eleonardo Lucas Pereira - (Universidade Federal de Ouro Preto)
Prof. Dr. Enivaldo Minette - (Universidade Federal de Viçosa)

O Prof. Dr. Lucas Deleon Ferreira, orientador do trabalho, aprovou a versão final e autorizou seu depósito no Repositório Institucional da UFOP em
1º/09/2021.

Documento assinado eletronicamente por Lucas Deleon Ferreira, PROFESSOR DE MAGISTERIO SUPERIOR, em 02/09/2021, às
13:00, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site http://sei.ufop.br/sei/controlador_externo.php?


acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 , informando o código verificador 0215938 e o código CRC 2AC3EDC8.

Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.009152/2021-06 SEI nº 0215938

R. Diogo de Vasconcelos, 122, - Bairro Pilar Ouro Preto/MG, CEP 35400-000


Telefone: - www.ufop.br

ii
AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Lucas Deleon pela competência, profissionalismo e orientação que se repetem desde
o nosso primeiro contato, no curso de graduação em Engenharia Civil. Estou certo de que sem
as oportunidades e estímulos que me foram dados, não só a conclusão deste trabalho, mas o
próprio interesse pelo fazer acadêmico não seriam possíveis.

Ao Eng. Roberto Filgueiras pelos conselhos, trocas de conhecimentos e pela sua enorme
solicitude e presença ao longo deste e de outros trabalhos. Sou imensamente grato pela porta,
sempre aberta, e pela possibilidade de aprendizado que se mostra em cada uma de nossas
conversas.

Ao Eng. Germano Araújo pela atenção, compreensão e generosidade cruciais na escolha do


tema da minha dissertação de mestrado e à DF+ Engenharia Geotécnica e Recursos Hídricos
Ltda. pela concessão de todo o banco de dados que embasa esta pesquisa.

Aos meus amigos Hiago e Gustavo pelas trocas de ideias, avaliações, críticas, e
companheirismo ao longo do desenvolvimento dos nossos trabalhos. A sua contribuição para
o desenvolvimento desta dissertação é inestimável.

Aos meus pais pela compreensão, caridade e apoio, demonstrados de forma constante desde o
meu ingresso no programa de pós-graduação em geotecnia. Sou eternamente grato ao suporte
psicológico, às conversas decisivas e à confiança a mim doados.

Ao CNPq, à CAPES e à UFOP pelo fomento à pesquisa.

A todos que contribuíram direta ou indiretamente com a conclusão deste trabalho, meus
sinceros agradecimentos.

iii
RESUMO

As barragens de mineração construídas pelo método de alteamento a montante atualmente


existentes no território brasileiro recentemente tornaram-se um sério problema de geotecnia,
estabelecido o contexto das recentes rupturas ocasionadas pelo fenômeno de liquefação da
barragem de Fundão, da Mina Germano, em 5 de novembro de 2015, localizada em Mariana-
MG e da barragem B1, da mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho-
MG. Conhecida a relação entre a ocorrência das rupturas e a natureza suscetível à liquefação
dos rejeitos de mineração dispostos na barragem exercendo o papel de fundação dos
alteamentos, faz-se necessária a caracterização dos rejeitos de mineração a fim de se mensurar
os riscos associados à operação, manutenção e descaracterização destas estruturas. Neste
contexto, o presente trabalho apresenta um fluxo de caracterização de um rejeito de mineração
de minério de ferro disposto hidraulicamente em uma barragem alteada pelo método de
montante, atualmente em processo de descaracterização, aplicada a análises de
susceptibilidade à liquefação. Foram percebidos no interior da estrutura dois rejeitos: um de
natureza granular e outro de natureza fina. Foram analisados: ensaios de caracterização física
e de resistência laboratoriais dos rejeitos finos, aos quais, dada a sua saturação parcial, fez-se
necessária campanha de caracterização mais extensiva para elaboração do projeto de
descaracterização; ensaios SPT e sCPTu realizados em ambos os rejeitos. A partir da análise
do dado foi possível a estimativa de parâmetros geotécnicos de resistência e da suscetibilidade
à liquefação. Adicionalmente, foram estimados parâmetros de permeabilidade e adensamento
para os rejeitos finos.

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal


de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

Palavras chave: rejeito; mineração; liquefação; caracterização; sCPTu.

iv
ABSTRACT

Mining dams built using the upstream elevation method currently existing in Brazilian
territory have recently become a serious geotechnical problem, establishing the context of the
recent ruptures caused by the liquefaction phenomenon of the Fundão dam, at Germano mine,
on November 5, 2015, located in Mariana-MG and the B1 dam, of the Córrego do Feijão mine,
on January 25, 2019, in Brumadinho-MG. Knowing the relationship between the occurrence
of ruptures and the liquefaction susceptible nature of mining tailings disposed in the dam,
acting as the foundation of the elevations, it is necessary to characterize the mining tailings in
order to measure the risks associated with the operation, maintenance and de-characterization
of these structures. In this context, the present work presents a flow of characterization of an
iron ore mining waste hydraulically disposed in a dam raised by the upstream method,
currently in the process of de-characterization, applied to liquefaction susceptibility analysis
of this material. Two tailings were perceived inside the structure: one of granular nature and
another of fine nature. Were analyzed: tests of physical characterization and laboratory
resistance of fine tailings, for which, due to their partial saturation, a more extensive
characterization campaign was necessary to elaborate the de-characterization project; SPT and
sCPTu assays performed on both tailings. From the data analysis it was possible to estimate
geotechnical parameters of resistance and susceptibility to liquefaction. In addition,
permeability and consolidation parameters were estimated for fine tailings.

This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001.

Keywords: tailing; mining; liquefaction; characterization; sCPTu.

v
LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO 2
Figura 2.1 – Principais etapas do processo de beneficiamento de minérios............................. 24
Figura 2.2 – Média de produção de rejeitos por tonelada de minério beneficiado (Carvalho et
al., 2014). .................................................................................................................................. 24
Figura 2.3 – Exemplo de amostrador bipartido utilizado nos ensaios SPT (Schnaid e Odebrecht,
2012). ........................................................................................................................................ 26
Figura 2.4 – Curvas de obtenção de CN. .................................................................................. 30
Figura 2.5 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 100 kPa. .................. 33
Figura 2.6 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 800 kPa. .................. 34
Figura 2.7 – Sistema de cravação do Penetrômetro de Cone Mecânico holandês e croqui da
configuração geométrica do aparelho (Lunne et al., 1997). ..................................................... 36
Figura 2.8 – Configuração do cone elétrico desenvolvido pela Fugro em 1965 (Lunne et al.,
1997). ........................................................................................................................................ 37
Figura 2.9 – Posição mais comum da pedra porosa em amostradores CPTu (Lunne et al., 1997).
.................................................................................................................................................. 37
Figura 2.10 – Montagem de ensaio sCPTu para medição de ondas do tipo s (Lunne et al., 1997).
.................................................................................................................................................. 38
Figura 2.11 – Ilustração das áreas AN e AT (Schnaid e Odebrecht, 2012). .............................. 39
Figura 2.12 – Curva de dissipação de poropressões padronizada (Houlsby e Teh, 1988). ...... 44
Figura 2.13 – Proposta de Parez e Fauriel (1988) modificada por Mayne (2001) para a
estimativa da permeabilidade de materiais com base em t50. ................................................... 46
Figura 2.14 – (a) Deformações volumétricas sob o cisalhamento para areias fofas e compactas.
(b) Variação do índice de vazios durante o cisalhamento de areias fofas e compactas (Das e
Sobhan, 2017). .......................................................................................................................... 47
Figura 2.15 – Trajetória de estado de um solo cisalhado com p’ constante (Jefferies e Been,
2016). ........................................................................................................................................ 48
Figura 2.16 – Mobilização da resistência liquefeita em carregamentos não drenados. Adaptado
de Olson e Stark (2003). ........................................................................................................... 50
Figura 2.17 – Envoltórias de susceptibilidade à liquefação propostas por Olson (2001) (Olson
e Stark, 2003). ........................................................................................................................... 52

vi
Figura 2.18 – Ábaco de classificação SBTn (Robertson, 2016). .............................................. 54
Figura 2.19 – Ábaco para avaliação da presença de microestrutura em solos (Robertson, 2016).
.................................................................................................................................................. 56
Figura 2.20 – Regiões propostas por Schneider et al. (2008) com base no estudo de argilas. . 58
Figura 2.21 – Carta de classificação dos solos proposta por Schneider et al. (2008) e tabela
descrevendo os possíveis comportamentos dos solos de acordo com a classificação SBTn
(Robertson, 2016) ..................................................................................................................... 59
Figura 2.22 – Ábaco de Schneider et al. (2008) modificado (Robertson, 2016). ..................... 60
Figura 2.23 – Ábaco de Winckler et al. (2014). ....................................................................... 61

CAPÍTULO 3
Figura 3.1 – Croqui da planta de locação das investigações de campo realizadas. .................. 63
Figura 3.2 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-01...................................................... 64
Figura 3.3 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-04...................................................... 64
Figura 3.4 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-08...................................................... 65
Figura 3.5 – Frequências de NSPT observadas para a totalidade dos rejeitos analisados. ......... 66
Figura 3.6 – Frequências de NSPT observadas para os rejeitos predominantemente granulares
analisados. ................................................................................................................................ 67
Figura 3.7 – Frequências de NSPT observadas para os rejeitos predominantemente finos
analisados. ................................................................................................................................ 68
Figura 3.8 – Furos SPT-01, SPT-02, SPT-03, SPT-04 e SPT-05 realizados nos rejeitos
analisados. ................................................................................................................................ 69
Figura 3.9 – Furos SPT-06, SPT-07, SPT-08, SPT-09 e SPT-010 realizados nos rejeitos
analisados. ................................................................................................................................ 70
Figura 3.10 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-01. .. 72
Figura 3.11 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-02. .. 73
Figura 3.12 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-03. .. 74
Figura 3.13 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-04. .. 75
Figura 3.14 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-05. .. 76
Figura 3.15 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-06. .. 77
Figura 3.16 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-04. ............................................................. 78
Figura 3.17 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-05. ............................................................. 79
Figura 3.18 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-06. ............................................................. 80
Figura 3.19 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-01 e CPT-02. ......................... 82

vii
Figura 3.20 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-03 e CPT-04. ......................... 83
Figura 3.21 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-05 e CPT-06. ......................... 84
Figura 3.22 – Ensaio de compressão triaxial realizado para a amostra de rejeito fino: a) Curvas
tensão x deformação. b) Trajetórias de tensão e envoltórias de resistência. c) Curvas deformação
volumétrica x deformação axial. d) Comportamento da porosidade com a deformação axial. 90
Figura 3.23 – LEC e LCI para o rejeito fino. ........................................................................... 91

CAPÍTULO 4
Figura 4.1 – Valores de G0 obtidos para os furos CPT-04, CPT-05 e CPT-06. ....................... 93
Figura 4.2 – Análise de microestruturação dos rejeitos pelo método proposto por Robertson
(2016). ...................................................................................................................................... 94
Figura 4.3 – Perfis de classificação SBTn em profundidade para os furos CPT-01, CPT-02 e
CPT-03. .................................................................................................................................... 95
Figura 4.4 – Perfis de classificação SBTn (Robertson, 2016) em profundidade para os furos
CPT-04, CPT-05 e CPT-06. ..................................................................................................... 96
Figura 4.5 – Ábacos de classificação SBTn (Robertson, 2016) dos furos CPT-01, CPT-02, CPT-
03 e CPT-04, CPT-05 e CPT-06............................................................................................... 97
Figura 4.6 – Compartimentação dos rejeitos em profundidade para os furos CPT-01, CPT-02 e
CPT-03. .................................................................................................................................... 99
Figura 4.7 – Compartimentação dos rejeitos em profundidade para os furos CPT-04, CPT-05 e
CPT-06. .................................................................................................................................. 100
Figura 4.8 – Classificação dos rejeitos pelo sistema de classificação proposto por Schneider et
al. (2008) modificado por Robertson (2016) para os furos CPT-01, CPT-02, CPT-03 e CPT-04.
................................................................................................................................................ 101
Figura 4.9 – Frequências observadas por classe para os ensaios analisados de acordo com a
metodologia proposta por Robertson (2016). ......................................................................... 103
Figura 4.10 – Boxplot dos valores de φ’ obtidos com base nas correlações analisadas. ........ 105
Figura 4.11 – Estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na estrutura
analisada pelas correlações de Robertson e Campanella (1983), Kulhawy e Mayne (1990) e
Lunne et al. (1997). ................................................................................................................ 107
Figura 4.12 – Estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na estrutura
analisada pelas correlações de Kulhawy e Mayne (1990) e Lunne et al. (1997) modificadas por
Schnaid (2020). ....................................................................................................................... 108

viii
Figura 4.13 – Boxplot das estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na
estrutura analisada. ................................................................................................................. 109
Figura 4.14 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de ensaios SPT:
a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq. .............................................................................................................. 112
Figura 4.15 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares dispostos
na estrutura analisada.............................................................................................................. 113
Figura 4.16 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de ensaios
CPTu: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq. .................................................................................................. 114
Figura 4.17 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares. ........ 115
Figura 4.18 – Estimativas de feitas para o rejeito fino com base nos resultados de ensaios CPTu:
a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq . ............................................................................................................. 117
Figura 4.19 – Estimativas de su/σ’v e su/σ’v,liq feitas para o rejeito fino com base nos resultados
de ensaios CPTu. .................................................................................................................... 118
Figura 4.20 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos finos dispostos na
estrutura analisada. ................................................................................................................. 119
Figura 4.21 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-01. . 121
Figura 4.22 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-02. . 122
Figura 4.23 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-03. . 123
Figura 4.24 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-04. . 124
Figura 4.25 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-05. . 125
Figura 4.26 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-06. . 126
Figura 4.27 – Boxplot das estimativas de log(ch) realizadas para o rejeito analisado. ........... 129
Figura 4.28 – Boxplot das estimativas de log(k) realizadas para o rejeito analisado. ............ 129
Figura 4.29 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base nos
dados de ensaio SPT. .............................................................................................................. 131
Figura 4.30 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base nos
dados de ensaio CPTu. ........................................................................................................... 132
Figura 4.31 – Classificação SBTn (Robertson, 2016) dos rejeitos granulares. ...................... 133
Figura 4.32 – Estimativas de ψ para o rejeito granular. ......................................................... 134
Figura 4.33 – Boxplot das estimativas de ψ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na
estrutura analisada. ................................................................................................................. 135
Figura 4.34 – Análise do rejeito granular no espaço ψ x U2 proposto por Winckler et al. (2014).
................................................................................................................................................ 137
Figura 4.35 – Classificação SBTn (Robertson, 2016) dos rejeitos finos. ............................... 138

ix
LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 2
Tabela 2.1 – Valores de M (Teh, 1987). ................................................................................... 45

CAPÍTULO 3
Tabela 3.1 – Ensaios de dissipação realizados nos furos de sondagem CPTu. ........................ 71
Tabela 3.2 – Relação de amostras deformadas coletadas. ........................................................ 85
Tabela 3.3 – Características observadas em laboratório para o rejeito fino. ............................ 85
Tabela 3.4 – Caracterização adotada para o rejeito fino........................................................... 86
Tabela 3.5 – Parâmetros do ensaio de compressão triaxial realizado na amostra de rejeito fino.
.................................................................................................................................................. 87

CAPÍTULO 4
Tabela 4.1 – Descrição quantitativa das classes SBTn atribuídas aos rejeitos analisados. ...... 98
Tabela 4.2 – Quadro comparativo de frequências de classes observadas para os ensaios CPT-
01, CPT-02 e CPT-03. ............................................................................................................ 102
Tabela 4.3 – Quadro comparativo de frequências de classes observadas para os ensaios CPT-
04, CPT-05 e CPT-06. ............................................................................................................ 102
Tabela 4.4 – Resumo estatístico descritivo dos valores de φ’ estimados para o rejeito granular
estudado. ................................................................................................................................. 110
Tabela 4.5 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados para o
rejeito granular estudado em função dos ensaios SPT. .......................................................... 112
Tabela 4.6 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados para o
rejeito granular estudado em função dos ensaios CPT. .......................................................... 114
Tabela 4.7 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados para o
rejeito fino estudado em função dos ensaios CPT. ................................................................. 116
Tabela 4.8 – Valores calculados de ch e k para os rejeitos analisados. .................................. 127
Tabela 4.9 – Resumo estatístico descritivo das estimativas de parâmetros de permeabilidade e
adensamento para o rejeito fino. ............................................................................................. 128
Tabela 4.10 – Resumo estatístico descritivo dos valores de ψ estimados para o rejeito granular.
................................................................................................................................................ 135

x
LISTA DE SÍMBOLOS

a: constante
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
AN: área anterior da ponteira cônica do amostrador CPT, sujeita à ação de u2
ASTM: American Society for Testing and Materials
AT: área posterior da ponteira cônica do amostrador CPT
b: constante
Bq: parâmetro de geração de poropressão
c’: intercepto coesivo da envoltória de ruptura dos solos
Ca: fator de correção em função do OCR
CC: comportamento de argilas contráteis
Cc: índice de compressão da curva de adensamento
CCS: comportamento de argilas sensíveis
CD: comportamento de argilas dilatantes
CID: ensaio triaxial do tipo isotropicamente adensado e drenado
ch: coeficiente de adensamento horizontal
CN: fator de correção para NSPT em função do nível de tensões in situ
CNB: Cadastro Nacional de Barragens
CPTU: piezometric cone penetration test
Dr: compacidade relativa
e: índice de vazios
e0: índice de vazios inicial
ead: índice de vazios após ensaio de adensamento isotrópico
ecrit: índice de vazios crítico
ef: índice de vazios após cisalhamento triaxial
FR: razão de atrito normalizada
fs: atrito lateral
g: aceleração da gravidade
G0: módulo de cisalhamento a pequenas deformações
H: altura de queda do martelo SPT

xi
IB: índice de fragilidade
Ic: índice SBT
IR: índice de rigidez
ISO: International Organization for Standardization
K*G: índice de rigidez a baixas deformações modificado
k: coeficiente de empuxo lateral
k0:coeficiente de empuxo lateral no repouso
Kc: fator de equivalência para areias limpas
KG: índice de rigidez a baixas deformações
kh: coeficiente de permeabilidade horizontal
LCI: linha de compressão isotrópica
LEC: curva do estado crítico
LL: limite de liquidez
LP: limite de plasticidade
M:gradiente teórico da curva de dissipação
m:inclinação do trecho linear da curva de dissipação no espaço Δu/Δui x t0,5
M0: módulo de elasticidade a pequenas deformações
Mm: massa do conjunto de hastes SPT
Mm: massa do martelo SPT
Moed: módulo de deformação oedométrico
n: expoente de estresse
N1,60: contagem de golpes SPT corrigida para níveis de tensão e eficiência de 60%
N1: contagem de golpes SPT corrigida para níveis de tensão
N60: contagem de golpes SPT corrigida para a eficiência de cravação de 60%.
NA: normalmente adensado
NKT: fator de conversão da entre qn e su
NL: não líquido
NP: não plástico
NSPT: contagem de golpes SPT
OCR: razão de pré-adensamento do solo
p’: tensão octaédrica
p’c: tensão octaédrica de estado crítico
PA: pré-adensado
pa: pressão atmosférica

xii
qc: resistência de ponta
qn: resistência de rede
qt: resistência de ponta corrigida para efeitos de poropressão
Qt: resistência de ponta normalizada
Qtn,cs: resistência de ponta normalizada atualizada equivalente para areias limpas
Qtn: resistência de ponta normalizada atualizada
R: raio do amostrador CPTU
SC: comportamento de areias contráteis
SD: comportamento de areias dilatantes
SPT: standard penetration test
su,liq: resistência não drenada liquefeita
su: resistência não drenada de pico
T*: fator de tempo modificado
t50: tempo para processamento de 50% da dissipação das poropressões geradas na cravação do
amostrador CPTU
TC: comportamento transicional contrátil
TD: comportamento transicional dilatante
u0: poropressão hidrostática
u2,0: poropressão inicial
u2,max: poropressão máxima
u2,t: poropressão num tempo t
U2: diferencial de poropressão normalizado
u2: poropressão
vs: velocidade de onda cisalhante
αn: fator de conversão entre Moed e qn
Γ: valor teórico de ecrit à tensão p’ de 1 kPa
γw: peso específico da água
Δd: profundidade de cravação do amostrador SPT
ΔE: perda de energia na cravação SPT
Δu: excesso de poropressão
Δui: excesso de poropressão inicial
η: eficiência de cravação SPT
λ: inclinação da LEC no espaço e x log(p’)
ρ: massa específica do solo

xiii
σ’3: tensão principal menor
σ’v: tensão vertical efetiva in situ
σ’v0: tensão vertical efetiva inicial in situ
σv: tensão vertical in situ
σv0: tensão vertical inicial in situ
τp: tensão cisalhante de pico
τr: tensão cisalhante residual
φ’: ângulo de atrito interno efetivo do solo
φ’cr: ângulo de atrito do estado crítico
ψ: parâmetro de estado

xiv
LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – BOLETINS DE SONDAGEM SPT.................................................................150


ANEXO B – BOLETINS DE SONDAGEM SCPTU............................................................177

xv
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................................ 18


1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................ 19
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 20
1.3.1 Hipótese ........................................................................................................................................... 20
1.3.2 Objetivos principais ......................................................................................................................... 20
1.3.3 Objetivos específicos ....................................................................................................................... 21
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ......................................................................................................... 21

CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 REJEITOS DE MINÉRIO DE FERRO ................................................................................................ 23


2.2 STANDARD PENETRATION TEST (SPT) ....................................................................................... 25
2.2.1 Energia de cravação ......................................................................................................................... 27
2.2.2 Correção dos níveis de tensão.......................................................................................................... 28
2.2.3 Estimativa de parâmetros geotécnicos ............................................................................................. 31
2.3 CONE PENETRATION TEST (CPT) ................................................................................................. 35
2.3.1 Estimativa de parâmetros geotécnicos ............................................................................................. 40
2.4 MECÂNICA DOS SOLOS DO ESTADO CRÍTICO .......................................................................... 46
2.5 LIQUEFAÇÃO .................................................................................................................................... 49
2.5.1 Metodologia de Olson e Stark (2003) .............................................................................................. 51
2.5.2 Metodologia de Robertson (2016) ................................................................................................... 53
2.5.3 Metodologia de Winckler et al. (2014) ............................................................................................ 60

CAPÍTULO 3 - INVESTIGAÇÕES REALIZADAS

3.1 ENSAIOS DE CAMPO........................................................................................................................ 63


3.1.1 Ensaios SPT ..................................................................................................................................... 63
3.1.2 Ensaios CPTu .................................................................................................................................. 70
3.2 ENSAIOS LABORATORIAIS ............................................................................................................ 85
3.2.1 Ensaios de caracterização ................................................................................................................ 85
3.2.2 Ensaios triaxial CID......................................................................................................................... 87

CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS


xvi
4.1 ANÁLISE DOS ENSAIOS SÍSMICOS ............................................................................................... 92
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS REJEITOS (ROBERTSON, 2016) .............................................................. 95
4.3 RESISTÊNCIA DRENADA .............................................................................................................. 104
4.4 RESISTÊNCIA NÃO DRENADA .................................................................................................... 111
4.4.1 Rejeito granular ............................................................................................................................. 111
4.4.2 Rejeito fino .................................................................................................................................... 116
4.5 ANÁLISE DOS ENSAIOS DE DISSIPAÇÃO .................................................................................. 120
4.6 ANÁLISE DE SUSCEPTIBILIDADE À LIQUEFAÇÃO ................................................................. 130
4.6.1 REJEITO GRANULAR ................................................................................................................ 130
4.6.2 REJEITO FINO ............................................................................................................................. 137

CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES

5.1 PARAMETRIZAÇÃO DOS MATERIAIS........................................................................................ 139


5.2 ANÁLISES DE SUSCEPTIBILIDADE À LIQUEFAÇÃO .............................................................. 140
5.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 140
5.4 SUGESTÃO PARA PESQUISAS FUTURAS .................................................................................. 141

xvii
CAPÍTULO 1
1 INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A fim de mitigar os riscos de rupturas por liquefação, a liquefação de rejeitos de


mineração e a compreensão do comportamento destes materiais e mecanismos que
contribuem para a estabilidade das barragens de mineração recentemente se tornaram
preocupações fundamentais da geotecnia de mineração no Brasil. Tal preocupação tem
como contexto paralelo as rupturas pelo referido fenômeno da barragem B1, da Mina
Retiro do Sapecado, em 10 de setembro de 2014, localizada no em Itabirito-MG, da
barragem de Fundão, da Mina Germano, em 5 de novembro de 2015, localizada em
Mariana-MG e da barragem B1, da mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019,
em Brumadinho-MG, as três inseridas no Quadrilátero Ferrífero e construídas pelo
método de alteamento a montante.

A Agência Nacional de Mineração (ANM) por meio da resolução nº 4, de 15 de fevereiro


de 2019 (ANM, 2019a) estabeleceu medidas regulatórias com o intuito de assegurar a
estabilidade de barragens de mineração, com destaque para as estruturas alteadas pelo
método de montante ou por método declarado como desconhecido. Nesta resolução
ficou estabelecida como data limite para o descomissionamento (encerramento da
operacionalidade da estrutura, com remoção da infraestrutura operacional) ou
descaracterização (remoção da funcionalidade da estrutura como barragem) de
barramentos alteados a montante, além de ser vedada a construção de novos alteamentos
pelo método de montante no país. Em 13 de agosto de 2019 foi publicada uma nova
resolução nº 13 (ANM, 2019b) revogando a resolução nº4, trazendo alterações de prazos
para descaracterização e regularização da Zona de Autossalvamento (ZAS) das
barragens construídas ou alteadas por métodos à montante ou declarado como
desconhecido, além de outras modificações. Frente ao estabelecido, as barragens
alteadas a montante em operação poderão continuar operacionais até a data de 15 de
setembro de 2021, uma vez atendida a demanda por projeto técnico que garanta a

18
estabilidade da estrutura durante sua operação e durante as obras de
descomissionamento/descaracterização.

É de extrema relevância para a manutenção da estabilidade das barragens de mineração


alteadas a montante a aplicação do entendimento acerca do comportamento mecânico
dos rejeitos de mineração, sob os quais estão apoiados os alteamentos de cerca de 88
barragens brasileiras, de acordo com o Cadastro Nacional de Barragens – CNB (DNPM,
2012).

Frente ao exposto, são apresentados neste trabalho a caracterização e o estudo do


comportamento de rejeitos de mineração de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero
dispostos em uma barragem alteada pelo método de montante, atualmente
descomissionada e em processo de descaracterização. O presente estudo tem como
fontes de dados ensaios laboratoriais e de campo, com o intuito de determinar da maneira
mais assertiva possível os parâmetros de resistência, adensamento, permeabilidade, a
caracterização física e a susceptibilidade à liquefação dos rejeitos analisados.

Ressalta-se que o presente trabalho tem viés exclusivamente acadêmico, não destinando-
se ao fim de subsidiar tomadas de decisões em projetos de engenharia.

1.2 JUSTIFICATIVA

Dado o contexto atual em que se encontram as barragens de mineração alteadas pelo


método de montante, em que se faz necessária sua descaracterização, é fundamental o
conhecimento das características mecânicas dos rejeitos depositados em seu interior. Tal
importância se deve ao caráter e estabilidade da obra de sua descaracterização, às quais
são associadas o risco de ruptura destas estruturas por meio do fenômeno de liquefação.
Uma série de potenciais gatilhos de liquefação é associada à atividade de obra.

Schnaid (2020) aponta como principal obstáculo para a caracterização laboratorial das
características de rejeitos de mineração de natureza não coesiva a garantia da boa
qualidade das amostras indeformadas. Mesmo com o emprego de técnicas pouco
difundidas nacionalmente, tais como gel push sampler e block sampler, a garantia de
eliminação do efeito de perturbação das amostras é de difícil alcance e tais métodos são

19
elevados custos. Por outro lado, aponta-se a importância da caracterização do estado
crítico (associado à contratibilidade dos materiais e, portanto, susceptibilidade à
liquefação) e da interpretação adequada de ensaios de campo como fonte de
entendimento do comportamento dos rejeitos.

Considera-se assim relevante o presente trabalho, uma vez que o mesmo propõe a
aplicação de metodologias consagradas de caracterização e avaliação da susceptibilidade
à liquefação de rejeitos a partir de ensaios de campo, apoiando-se em ensaios
laboratoriais. Estabelece-se ainda uma metodologia reprodutível de estudos para
estruturas similares, ressaltando-se a importância dos ensaios de campo na compreensão
de rejeitos.

1.3 OBJETIVOS

Hipótese

A barragem de contenção de rejeitos de mineração de minério de ferro cujos rejeitos são


estudados no presente trabalho apresenta-se alteada pelo método de montante, construída
sobre rejeitos dispostos hidraulicamente. Levanta-se a hipótese de potencial
suscetibilidade à liquefação dos rejeitos estudados, tal qual a necessidade de
caracterização geotécnica dos referidos materiais.

Objetivos principais

Objetiva-se a caracterização por meio de ensaios de campo e laboratório, tal qual a


avaliação da susceptibilidade à liquefação, de rejeitos de mineração de minério de ferro,
dispostos em uma barragem alteada pelo método de montante na região do Quadrilátero
Ferrífero.

Visa-se, através deste trabalho a colaboração no incremento de estudos relacionados à


caracterização de geomateriais que, de amplamente estudados, ainda apresentam dúvidas
relacionadas ao entendimento de suas propriedades mecânicas – especificamente os
rejeitos de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero.

20
Objetivos específicos

Têm-se como objetivos específicos desse trabalho:

• Caracterização física do material estudado, a partir da análise de ensaios de


caracterização geotécnica;
• Caracterização do estado crítico dos rejeitos analisados;
• Determinação de parâmetros de resistência drenada e não drenada característicos dos
rejeitos da estrutura analisada, a partir da análise do ensaio laboratorial de
compressão triaxial e de ensaios campo;
• Definição de parâmetros de permeabilidade e adensamento a partir de ensaios de
campo;
• Compartimentação dos rejeitos no interior da barragem;
• Determinação da susceptibilidade à liquefação dos rejeitos estudados.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho adota a estruturação apresentada a seguir:

Capítulo 1: Capítulo introdutório, no qual apresenta-se a o contexto no qual insere-se o


trabalho, as suas motivações, justificativas e objetivos, tal qual a presente estruturação.

Capítulo 2: Apresenta a revisão bibliográfica elaborada para subsídio teórico da


dissertação de mestrado elaborada. Neste item são resumidas informações relevantes
sobre os ensaios e métodos utilizados no trabalho, tal qual informações relevantes acerca
dos rejeitos de minérios de ferro, estado crítico dos solos e liquefação.

Capítulo 3: Capítulo no qual apresenta-se os resultados brutos das investigações


realizadas e as observações decorrentes dos mesmos.

Capítulo 4: Capítulo responsável pela exposição dos resultados das análises realizadas,
tal qual pela exposição da caracterização resultante das mesmas. Neste item são
apresentados os parâmetros e características definidas para o rejeito estudado.

21
Capítulo 5: Expõe as conclusões decorrentes da caracterização do rejeito estudado.

22
CAPÍTULO 2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 REJEITOS DE MINÉRIO DE FERRO

No Brasil, as principais reservas de minerais de ferro situam-se nas regiões


correspondentes ao Quadrilátero Ferrífero, à Província Mineral de Carajás e na região
de Corumbá, sendo o quadrilátero ferrífero a maior província de minério do Brasil, de
acordo com Carvalho et al. (2014).

Os depósitos de minério de ferro dividem-se em:

• sedimentares estratificados;
• gerados por soluções hidrotermais;
• decorrentes de vulcanismos;
• relacionados a processos de metamorfismo e/ou deformação;
• os resultantes de alteração e acúmulo na superfície terrestre;

Dentre tipos de depósitos citados, são os mais relevantes para as atividades de


exploração minerária os depósitos sedimentares acamados. Tais depósitos, formados
pela precipitação química do ferro, consistem em rochas bandadas nas quais observa-se
a intercalação de minerais de ferro – predominantemente hematita (Fe2O3), magnetita
(Fe3O4) e goethita (FeOOH), de acordo com Girodo (2005) – e minerais de silício. De
acordo com Carvalho et al. (2014), tais formações compreendem as maiores reservas de
ferro do mundo, com teores variáveis entre 20% e 55%.

Dado o teor de ferro observado nas referidas reservas, Chaves (2002) aponta o
tratamento mineral como o conjunto de operações necessárias para a obtenção de
concentrados aceitáveis pelo mercado. Desta maneira, os minérios lavrados são sujeitos
a operações que envolvem, de modo geral, as transformações apresentadas na Figura
2.1. Observa-se, ao fim do ciclo, a produção de rejeitos.

23
Elevação dos
Redução do Eliminação de
teores de
tamanho de elementos
elementos
partículas indesejáveis
úteis

Figura 2.1 – Principais etapas do processo de beneficiamento de minérios.

No caso do beneficiamento do minério de ferro, como aponta Bezerra (2017), os rejeitos


gerados são compostos principalmente por óxidos de ferro e sílica (SiO2), podendo
apresentar granulometria, com diâmetro dos grãos predominantemente menor que 0,074
mm, ou granular, com diâmetros predominantemente maiores que 0,074 mm.

Os rejeitos de minério de ferro, dispostos principalmente em barragens de mineração


pelo método de disposição hidráulica, são produzidos em quantidades médias, conforme
apresentado na Figura 2.2, de aproximadamente 35%, segundo Carvalho et al. (2014).
O crescimento da demanda mundial pelo metal, entretanto, tem viabilizado a exploração
de jazidas com teores de ferro cada vez menores, implicando na maior produção de
rejeitos nos processos de beneficiamento.

Figura 2.2 – Média de produção de rejeitos por tonelada de minério beneficiado


(Carvalho et al., 2014).

24
Arnez (1999) apresenta o fenômeno de liquefação, ao qual estão sujeitos parte
significativa dos rejeitos dispostos hidraulicamente, como causa de ruptura de 46,7%
das 45 barragens investigadas em seu estudo.

A liquefação dos solos, apresentada com maior rigor no item 2.5, consiste num
fenômeno de fluidificação de uma massa de solo decorrente da perda abrupta de
resistência ao cisalhamento. Neste processo, tem-se, após a mobilização de uma
resistência não drenada de pico (su), o seu decaimento para uma resistência residual
liquefeita (su,liq). Uma série de gatilhos é responsável pela mobilização do fenômeno
(Jefferies e Been, 2016). De acordo com Robertson (2010), o problema de liquefação é
extremamente comum em rejeitos de mineração, devido às suas características e por se
apresentarem, comumente, dispostos em condições favoráveis à ocorrência do
fenômeno.

Neste cenário, torna-se indiscutível a relevância da caracterização tecnológica assertiva


dos rejeitos de mineração dispostos hidraulicamente em barragens, a fim de se obter
informações principalmente acerca do seu comportamento resistente sob o cisalhamento
e, consequentemente, do seu potencial de liquefação. Schnaid (2020) defende os ensaios
de campo, dentre os quais destacam-se o Standard Penetration Test (SPT) e o Cone
Penetration Test com leitura de poropressão (CPTu), como as principais fontes de
informação acerca das características in situ dos rejeitos dispostos em barragens –
embasados na caracterização física e do estado crítico de amostras deformadas de rejeito
feitas em laboratório.

Com base no apresentado por Schnaid (2020), são introduzidos a seguir os ensaios SPT
e CPTu, tal qual as metodologias empíricas para a avaliação do comportamento
resistente dos rejeitos estudados no presente trabalho.

2.2 STANDARD PENETRATION TEST (SPT)

O ensaio SPT (Standard Penetration Test), é reconhecidamente a mais popular, rotineira


e econômica ferramenta de investigação geotécnica em praticamente todo o mundo
(Schnaid e Odebrecht, 2012). O ensaio serve como indicativo da compacidade relativa
de solos granulares e da consistência de solos coesivos e rochas brandas.

25
A normatização do ensaio SPT foi introduzida em 1958 pela American Society for
Testing and Materials (ASTM), existindo atualmente diversas normas nacionais que
preconizam procedimentos para a execução do ensaio. No Brasil, a norma vigente para
a execução do ensaio SPT é a NBR 6484 (ABNT, 2020).

O ensaio consiste na medida da resistência à cravação dinâmica de um amostrador


cilíndrico vazado, com diâmetro externo de 50 mm, conjugada a uma sondagem de
simples reconhecimento. As medições de resistência à cravação (NSPT) são realizadas
num intervalo de 30 cm, subsequentes à perfuração por trado/lavagem de 55 cm de solo
e à cravação do amostrador em 15 cm de solo. Ao todo, tem-se a cravação do amostrador
num intervalo equivalente a 45 cm. A cada metro de profundidade, é realizada uma
medição de resistência nos 30 cm finais de cravação. No processo de cravação do
amostrador, é possível a recuperação de testemunhos de sondagem utilizados na
caracterização do perfil estratigráfico.

Figura 2.3 – Exemplo de amostrador bipartido utilizado nos ensaios SPT (Schnaid e
Odebrecht, 2012).

26
A partir do valor medido de NSPT é possível a classificação dos materiais ensaiados de
acordo com a sua consistência/compacidade (ABNT, 2020).

O equipamento e os procedimentos de execução do ensaio SPT não foram


completamente padronizados a nível internacional, notando-se, portanto, mesmo a nível
normativo nacional, uma série de fatores de influência que provocam variabilidade do
valor de NSPT medido em campo. A publicação de novas normas NBR pela ABNT feitas
recentemente, buscam reduzir estas influências. De acordo com Silva (2008), são fatores
que podem exercer influência sobre o resultado dos ensaios SPT:

• Forma, dimensão e estado de conservação do amostrador;


• Peso e estado de conservação das hastes;
• Martelo de bater e superfície de contato fora da especificação;
• Diâmetro do tubo de revestimento;
• Variação na energia da cravação (altura do martelo, atrito)
• Procedimento de avanço da sondagem;
• Má limpeza do furo;
• Excesso de lavagem para cravação do revestimento;
• Erro na contagem do número de golpes.

Energia de cravação

A energia de cravação aplicada no ensaio SPT, ΔE, é equivalente à energia potencial


gravitacional dissipada no processo de deslocamento do martelo e do conjunto de hastes
na cravação. Assume-se então que ΔE é dependente da altura de queda do martelo, H,
da massa do martelo, Mm, da massa do conjunto de hastes, Mh, e da profundidade de
cravação, Δd, relacionadas a partir da Eq. 2.1 (Schnaid e Odebrecht, 2012)

∆𝐸 = (𝐻 + ∆𝑑)𝑀𝑚 𝑔 + ∆𝑑𝑀ℎ 𝑔 Eq. 2.1

Parte relevante da variabilidade dos resultados dos ensaios SPT, segundo Schnaid e
Odebrecht (2012), é relacionada à energia aplicada na cravação do amostrador SPT,
dado o fato de que perdas de energia ocorrem ao longo do processo, influenciadas, dentre
outros, pelos fatores apresentados no item 4.1.1. Desta forma, associa-se à Eq. 2.1 o

27
conceito de eficiência global, η, para representar o conjunto de perdas processadas,
conforme apresentado na Eq. 2.2.

∆𝐸 = η × [(𝐻 + ∆𝑑)𝑀𝑚 𝑔 + ∆𝑑𝑀ℎ 𝑔] Eq. 2.2

Schnaid e Odebrecht (2012) afirmam que a energia aplicada pelos sistemas de liberação
de peso manuais, convencionalmente utilizados no Brasil, apresentam η variando entre
70% e 80%, enquanto o sistema mecanizado apresenta η aproximado de 60%.
Atualmente, a prática internacional sugere normalizar o número de golpes com base no
padrão internacional de N60.

η × N𝑆𝑃𝑇⁄
𝑁60 = 0,6 Eq. 2.3

Belicanta (1998) aponta, com base na avaliação da energia de cravação de 1303 ensaios
SPT realizados no âmbito nacional, sob condições variáveis de montagem e operação,
valores médios de eficiência de aproximadamente 70%. Dada a inexistência de
informações acerca da energia de cravação aplicada nos ensaios analisados no presente
trabalho, assume-se o valor de 70% como referência para os ensaios analisados.

Correção dos níveis de tensão

O valor de NSPT observado em ensaios de campo é altamente dependente da pressão


geostática efetiva, σ’vo, à qual está sujeito o material ensaiado, principalmente em solos
granulares. De acordo com Schnaid e Odebrecht (2012), observa-se o incremento linear
da leitura de NSPT com o aumento da tensão confinante, e quadrático com o incremento
da compacidade relativa, DR. Frente a esta observação, foi proposta por Bolton (1986),
para materiais predominantemente granulares, a Eq. 2.4, na qual a e b são fatores
dependentes do tipo do material, Ca é o fator de correção da resistência em função do
histórico de tensões do solo (OCR), igual a 1 para solos normalmente adensados, e σ’v
é a tensão vertical efetiva (em kPa).

𝜎′𝑣
𝑁𝑆𝑃𝑇 = 𝐷𝑟2 (𝑎 + 𝑏𝐶𝑎 ) Eq. 2.4
100

28
Com base no conceito encerrado na Eq. 2.4Eq. 2.1, diversos autores propuseram
coeficientes de correção de NSPT para a tensão vertical efetiva de 1 atm
(aproximadamente 100 kPa), CN, apresentado na Eq. 2.5. O valor de NSPT corrigido é
denotado por NSPT,1.

𝑁𝑆𝑃𝑇,1 = 𝐶𝑁 × 𝑁𝑆𝑃𝑇 Eq. 2.5

Os valores de CN obtidos através de equações empíricas comumente resultam em


valores acentuados para níveis de tensão inferiores a 100 kPa, segundo Schnaid e
Odebrecht (2012), sendo recomendado a adoção de valores de CN não superiores a 1,5.
Foram compiladas por Schnaid e Odebrecht (2012) e Das et al. (2017) diversas equações
empíricas para a determinação de CN. As equações abordadas neste trabalho são
apresentadas a seguir:

𝐶𝑁 = 200⁄(100 Seed et al. (1983); Dr = 40% a 60% -


+ 𝜎′𝑣 ) Eq. 2.6
Areias NA.
𝐶𝑁 = 300⁄(200 Seed et al. (1983); DR = 60% a 80% -
+ 𝜎′𝑣 ) Eq. 2.7
Areias NA.
𝐶𝑁 = √100⁄ Liao e Whitman (1986) – Areias NA Eq. 2.8
𝜎′𝑣
𝑘
𝜎′ Liao e Whitman (1986) – k = 0,4 a 0,6
𝐶𝑁 = ( 𝑣,𝑟𝑒𝑓⁄ ) Eq. 2.9
𝜎′𝑣

𝐶𝑁 = 0,77 log (2000⁄ ) Peck et al. (1974) – Areias NA Eq. 2.10


𝜎′𝑣

𝐶𝑁 = 143⁄(43 Skempton (1986) – Areias PA – OCR =


+ 𝜎′𝑣 ) Eq. 2.11
3
𝐶𝑁 = 170⁄(70 Clayton (1993) – Areias PA – OCR = 10 Eq. 2.12
+ 𝜎′𝑣 )

𝐶𝑁 = 3,5 − 1,25 log(𝜎′𝑣 ) Seed et al. (1975) Eq. 2.13

𝐶𝑁 = 400⁄(100 Bazaraa (1967) – σ’v ≤75 kPa Eq. 2.14


+ 4𝜎′𝑣 )

𝐶𝑁 = 400⁄(325 Bazaraa (1967) – σ’v >75 kPa Eq. 2.15


+ 𝜎′𝑣 )

29
Considerando uma variação de tensões entre 0 e 800 kPa, as equações resultam as curvas
apresentadas na Figura 2.4. A curva relativa à Eq. 2.9 foi omitida, uma vez que sua forma
é dependente do coeficiente de empuxo lateral, k, igualando-se à Eq. 2.8 no caso de k =
0,5.

Figura 2.4 – Curvas de obtenção de CN.

Observa-se na Figura 2.4 a invalidade da Eq. 2.13 para tensões confinantes superiores a
aproximadamente 630 kPa, limite a partir do qual tem-se valores negativos de CN, que
resultam valores de N1 sem significado físico. É também notável a presença de dois
comportamentos distintos, referente aos resultados produzidos pelas equações: as Eq. 2.7,
Eq. 2.8, Eq. 2.10, Eq. 2.14 e Eq. 2.15 apresentam tendência de geração de valores de CN
próximos a um limite superior, enquanto as Eq. 2.6, Eq. 2.11, Eq. 2.12 e Eq. 2.13 opõem-
se a tal comportamento, gerando valores de CN próximos a um limite inferior.

30
Entende-se que, no contexto do presente trabalho, que analisa rejeitos dispostos
hidraulicamente, é pouco provável a ocorrência de altos níveis de pré-adensamento dos
materiais arenosos – condição à qual são associadas as curvas do limite inferior.

Ameratunga et al. (2016) aponta, dentre as equações citadas, a Eq. 2.8 e a Eq. 2.11 como
mais difundidas na prática da engenharia geotécnica. Dado o caráter de aplicabilidade e
as características esperadas para rejeitos dispostos hidraulicamente, será utilizada para a
obtenção de N1 no presente trabalho a Eq. 2.8, proposta por Liao e Whitman (1986) para
materiais normalmente adensados.

Estimativa de parâmetros geotécnicos

De acordo com Schnaid e Odebrecht (2012), Ameratunga et al. (2016) e Das et al.
(2017), é prática comum na engenharia geotécnica a correlação entre NSPT e ângulo de
atrito interno efetivo do solo (φ’) e resistência ao cisalhamento não drenada (su).
Diversos trabalhos científicos apresentam correlações empíricas para a estimativa de Dr
e su a partir do valor de NSPT e para a estimativa de φ’ a partir de NSPT e de DR. Há de se
ressaltar, conforme aponta Schnaid e Odebrecht (2012), que as referidas correlações tem
aplicação destinada a materiais nos quais processam-se cravações drenadas – mais
comumente areias.

É feita a seguir uma compilação de correlações para a estimativa de φ’ e Dr apresentadas


por Schnaid e Odebrecht (2012), Das et al. (2017) e Ameratunga et al. (2016).

São abordadas neste trabalho as seguintes correlações para estimativa de Dr:

𝑁
𝐷𝑟 = √( 𝑆𝑃𝑇,60⁄ ) Gibbs e Holtz (1957) Eq. 2.16
0,23𝜎′𝑣0 + 16

𝑁
𝐷𝑟 = √( 𝑆𝑃𝑇,60⁄ ) Skempton (1986) Eq. 2.17
0,28𝜎′𝑣0 + 27

31
1,7
98𝑁𝑆𝑃𝑇,60 (0,23 + 0,06⁄𝐷 ) Cubrinovski e Ishihara
50
𝐷𝑟 = √[ ] Eq. 2.18
9𝜎′𝑣0 (1994)

𝑁
𝐷𝑟 = √( 𝑆𝑃𝑇,60⁄ ) Meyerhof (1957) Eq. 2.19
0,24𝜎′𝑣0 + 24

A Figura 2.5 e a Figura 2.6 ilustram as curvas de obtenção de Dr resultantes das Eq. 2.16,
Eq. 2.17, Eq. 2.18 e Eq. 2.19 para σ’v de 100 kPa e 800 kPa, respectivamente. É possível
perceber, através das figuras apresentadas, que a Eq. 2.18, proposta por Cubrinovski e
Ishihara (1994) resulta maiores obliquidades para areias mais finas, enquanto areias
grossas tendem a apresentar curvas de Dr próximas às resultantes da Eq. 2.16, proposta
por Gibbs e Holtz (1957). Dada a ausência de informações a respeito das características
granulométricas dos rejeitos granulares estudados no presente trabalho, é inviável a sua
aplicação. Propõe-se – a fim de se diminuir o erro ocasionado pela seleção inadequada da
equação – a utilização da equação de Gibbs e Holtz (1957), correspondente aos valores
intermediários de Dr, se analisadas as equações apresentadas.

32
Figura 2.5 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 100 kPa.

33
Figura 2.6 – Curvas de obtenção de Dr para a tensão vertical efetiva de 800 kPa.

Para a estimativa de φ’, aponta-se:

φ′ = arctg (0,712⁄(1,49 − 𝐷 )) De Mello (1971) Eq. 2.20


𝑟

φ′ = 33 + {3[𝐷𝑟 (10 − ln(𝑝′) − 1)]} Bolton (1986) Eq. 2.21

φ′ = 15° + √24𝑁𝑆𝑃𝑇,60 Teixeira (1996) Eq. 2.22

Hatanaka e Uchida
φ′ = 20° + √15,4𝑁𝑆𝑃𝑇,60 Eq. 2.23
(1996)
φ′ = 28° + 0,15𝐷𝑟 Meyerhof (1959) Eq. 2.24

2
φ′ = 27,1° + 0,3(𝑁1,60 ) − 0,00054(𝑁1,60 ) Peck et al. (1974) Eq. 2.25

34
𝑁𝑆𝑃𝑇,60
φ′ = tan−1 ( ⁄ ) Schmertmann (1975) Eq. 2.26
12,2 + 0,203𝜎′0

0,234
φ′ = 18𝑁1,60 Schnaid et al. (2009) Eq. 2.27

Schnaid e Odebrecht (2012) e Ameratunga et al. (2016) apresentam que as correlações


entre NSPT e su, convencionalmente, levam em conta a plasticidade do solo em funções
lineares de NSPT. Ameratunga et al. (2016) apresentam a equação de Stroud (1975), para
a qual tem-se α estimado a partir do índice de plasticidade do material

𝑠𝑢
= α𝑁60 Stroud (1975) Eq. 2.28
𝑝𝑎

Dada a ausência de plasticidade dos rejeitos de minério de ferro, torna-se inviável a


estimativa de α através do índice de plasticidade do material, entretanto.

Com base na retroanálise de rupturas por liquefação realizada majoritariamente


embasada por dados disponíveis de ensaios de campo (CPT e SPT), foram estabelecidas
por Olson (2001) e Olson e Stark (2003) correlações empíricas para a determinação da
resistência não drenada de pico e residual baseadas na resistência à cravação SPT
corrigida pelo efeito de confinamento (N1,60) e na resistência de ponta à cravação CPT,
igualmente corrigida (qc,1).

𝑠𝑢 Eq. 2.29
= 0,205 + 0,0075 × (𝑁1,60 ) ± 0,04 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑁1,60 ≤ 12
𝜎′𝑣0
𝑠𝑢,𝑙𝑖𝑞 Eq. 2.30
= 0,03 + 0,0075 × (𝑁1,60 ) ± 0,03 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑁1,60 ≤ 12
𝜎′𝑣0

2.3 CONE PENETRATION TEST (CPT)

O ensaio CPT (Cone Penetration Test), de acordo com Sanglerat (1972), teve seu
primeiro protótipo desenvolvido em 1932 por P. Barentensen, engenheiro no
Departamento de Obras Públicas, na Holanda. O aparelho, conhecido como Penetrômetro
de Cone Mecânico ou Cone Holandês, era composto por um tubo externo preenchido por
gás, com diâmetro interno de 19 mm, envolvendo uma haste metálica de 15 mm de

35
diâmetro, com ponta cônica com ângulo de 60°. A configuração do aparelho permitia o
movimento da haste interna com relação ao tubo externo. A cravação da composição era
manual e estagiada: a haste interna era cravada no solo não mais que 150 mm,
acompanhada da cravação do tubo externo até a mesma profundidade. Os ensaios
realizados com o equipamento alcançavam profundidades entre 10 m a 12 m, com medida
de resistência tomada por meio de um manômetro acoplado ao tubo externo. A Figura 2.7
apresenta o sistema de cravação utilizado e o croqui da geometria do aparelho.

Figura 2.7 – Sistema de cravação do Penetrômetro de Cone Mecânico holandês e


croqui da configuração geométrica do aparelho (Lunne et al., 1997).

Modificações menores foram feitas ao longo dos anos na estrutura do cone Holandês.
Em 1953 foi implementada por Bengemann a primeira mudança significativa na
estrutura do aparelho, com a adição da estrutura chamada “camisa de adesão”. A
estrutura passou a permitir a medição do atrito lateral mobilizado na cravação do
penetrômetro. De acordo com Lunne et al. (1997), Bengermann (1965) foi o primeiro a
propor que a razão de atrito (FR), equivalente à razão entre a medida de resistência ao
atrito lateral pela resistência de ponta (qc), poderia ser utilizada para a classificação de
solos.

36
Broms et al. (1988) apud Lunne et al., 1997 aponta que o primeiro penetrômetro de cone
elétrico, com configuração mais próxima aos usados atualmente, tenha sido
desenvolvido em Berlim, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1965 foi desenvolvido
pela Fugro o protótipo apresentado na Figura 2.8, com aquisição de dados via cabo.

Figura 2.8 – Configuração do cone elétrico desenvolvido pela Fugro em 1965 (Lunne
et al., 1997).

De acordo com Lunne et al. (1997), os primeiros registros de sondas piezométricas


(CPTu) datam de início da década de 80, permitindo a medição de poropressão ao longo
da cravação da sonda. Atualmente as tomadas de poropressão se dão por meio da
interligação de uma câmara interna à sonda, equipada com um transdutor de
poropressões, a uma pedra porosa saturada exterior. A posição mais convencional de
tomada de medida poropressão é representada na Figura 2.9, denominada u2.

Figura 2.9 – Posição mais comum da pedra porosa em amostradores CPTu (Lunne et
al., 1997).

37
Uma série de sensores adicionais pode ser adicionada às sondas tipo CPTu. São
exemplos os sensores de tensões horizontal, medidores de resistividade elétrica, fluxo
de calor, radioisótopos, dentre outros. A primeira sonda equipada com geofones, as quais
denomina-se sondas sCPTu, foi desenvolvida na Universidade de British Columbia. Os
equipamentos do tipo sCPTu são capazes de captar ondas mecânicas de compressão (p)
e cisalhamento (s) produzidas em superfície, normalmente mediante o golpeamento de
uma placa em contato com um geofone externo. Associado a um osciloscópio em
superfície, o ferramental é capaz de obter o intervalo de tempo necessário para a
recepção da onda pela sonda sCPTu, a partir da qual determina-se a velocidade de
viagem da onda no meio solo.

A Figura 2.10 ilustra a montagem de um ensaio tipo sCPTu para a medição de Vs,
utilizada para a caracterização dos rejeitos do presente trabalho.

Figura 2.10 – Montagem de ensaio sCPTu para medição de ondas do tipo s (Lunne et
al., 1997).

O ensaio CPTu, dado o cancelamento da norma NBR 12069:1991 em 2015, é atualmente


normatizado em âmbito nacional pela norma ISO 22476-1:2012, de acordo com a
ABNT. A ASTM normatiza o ensaio através da norma ASTM D5778 – 12. As normas
consideram como padrões a sonda CPT com diâmetro nominal de 35,7 mm, área

38
seccional de 1.000 mm² e ângulo de ponta de 60°, podendo haver variações de diâmetro
para a adição de sensores ou aumento da robustez do equipamento.

O procedimento de execução do ensaio CPTu consiste na cravação da ponta cônica do


penetrômetro no solo, comumente por dispositivos mecânicos de atuação hidráulica, a
uma velocidade de 20 mm/s, com desvio máximo de 5 mm/s. São registrados, ao longo
da cravação, o atrito medido na camisa lateral (fs) e a resistência à cravação de ponta
(qc). A penetração no solo é feita através da cravação de hastes interconectadas de
comprimento aproximado de 1 m. As leituras são tomadas em intervalos mínimos de 5
cm, sendo atualmente comuns os aparelhos elétricos com leituras em intervalos
centimétricos ou milimétricos.

Devido à ação da poropressão, u2, sobre a base da ponta cônica dos amostradores CPT,
é comum a obtenção da resistência de ponta corrigida, qt. A correção é feita com base
nos parâmetros geométricos do aparelho utilizado, AT (área da seção transversal do
cone) e AN (área interna do cone, na qual se situam os transdutores de carga), e na
poropressão estimada na cota de obtenção de dados (Schnaid e Odebrecht, 2012). O
cálculo de qt é apresentado na Eq. 2.31.

Figura 2.11 – Ilustração das áreas AN e AT (Schnaid e Odebrecht, 2012).

𝐴𝑁
𝑞𝑡 = 𝑞𝑐 (1 − ⁄𝐴 ) 𝑢2 Eq. 2.31
𝑇

39
O ensaio CPT apresenta como principais vantagens o registro de um perfil contínuo de
resistência do solo à cravação de conta e ao atrito lateral e interferência operacional
significativamente baixa, se comparado ao ensaio SPT.

Estimativa de parâmetros geotécnicos

De acordo com Lunne et al. (1997) e Silva (2008) é possível, para materiais arenosos, a
estimativa de φ’ e do parâmetro de estado, ψ. Para materiais predominantemente finos,
é possível a estimativa do coeficiente de empuxo no repouso, k0, e da resistência não
drenada, su. Adicionalmente, é possível a estimativa do módulo oedométrico, Moed, dos
módulos elásticos a pequenas deformações, M0 e G0, mediante a análise de velocidades
de onda obtidas nos ensaios CPTu, com equipamentos que possuem instrumentação
sismíca, e de parâmetros de consolidação e permeabilidade, obtidos por meio da
avaliação das curvas de dissipação de poropressão resultantes da interrupção da cravação
do amostrador CPT.

São apresentadas neste trabalho as correlações para obtenção do parâmetro de estado, ψ


– definido no item 2.4 – propostas por Robertson (2010), baseada em dados de ensaios
CPTu, e Schnaid e Yu (2007). Schnaid (2020) aponta que estas correlações apresentam
resultados satisfatórios para materiais arenosos e sem microestruturação, não sendo
confiáveis para a estimativa de ψ em outros tipos de materiais.

ψ = 0,56 − 0,33 log 𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠 Robertson (2010) Eq. 2.32

−0,07
𝑝′ 𝐺
ψ = −0,52 ( ⁄𝑝𝑎 ) + 0,18 ln ( 0⁄𝑞𝑡 ) Schnaid e Yu (2007) Eq. 2.33

Define-se, para a Eq. 2.32:

𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠 = 𝐾𝑐 𝑄𝑡𝑛 Eq. 2.34

(𝑞𝑡 − 𝜎𝑉 )⁄𝑝𝑎
𝑄𝑡𝑛 = ⁄(𝑝 ⁄𝜎′ )𝑛 Eq. 2.35
𝑎 𝑣0

𝜎′
𝑛 = 0,381𝐼𝑐 + 0,05 ( 𝑣0⁄𝑝𝑎 ) − 0,15 ≤ 1,0 Eq. 2.36

40
𝐾𝑐 = 1,00 𝑠𝑒 𝐼𝑐 ≤ 1,64 Eq. 2.37

𝐾𝑐 = 5,581𝐼𝑐3 − 0,403𝐼𝑐4 − 21,63𝐼𝑐2 + 33,75𝐼𝑐 − 17,88 𝑠𝑒 𝐼𝑐 > 1,64 Eq. 2.38

𝐼𝑐 = [(3,47 − log 𝑄𝑡 )2 + (log 𝐹𝑅 + 1,22)2 ]0,5 Eq. 2.39

𝑓
𝐹𝑅 = 𝑠⁄𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 Eq. 2.40

Lunne et al. (1997) e Schnaid (2020) apresentam como meios para a estimativa φ’ a
partir de ensaios CPTu e sCPTu as correlações apresentadas a seguir:

Robertson e
𝑞
φ’ = acrtg [0,1069 + 0,3918 log ( 𝑡⁄ )] Campanella Eq. 2.41
𝜎′𝑣0
(1983)

𝑞
( 𝑡⁄𝜎𝑎𝑡𝑚 ) Kulhawy e
φ’ = 17,6° + 11,0 log [ ⁄ 𝜎′ 0,5 ] Eq. 2.42
( 𝑣0⁄𝜎 ) Mayne (1990)
𝑎𝑡𝑚

𝑞 Lunne et al.
φ’ = acrtg [0,1 + 0,38 log ( 𝑡⁄ )] Eq. 2.43
𝜎′𝑣0 (1997)
Robertson
φ’ = 𝜑′𝑐𝑟𝑖𝑡 + 15,84 log 𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠 − 26,88 Eq. 2.44
(2012)

Schnaid (2020) sugere a combinação Eq. 2.42 e da Eq. 2.43 com a Eq. 2.33, uma a uma,
obtendo-se a Eq. 2.45 e a Eq. 2.46, a partir das quais é possível a estimativa de φ’ a partir
de ensaios sCPTu.

𝐺
( 0⁄ ) −0,07
𝜎′𝑣0 𝑝′
φ’ = 17,6° + 11,0 log [ ⁄ 0,5 ] − 13,8 ( ⁄𝑝𝑎 ) − 25,54ψ Eq. 2.45
𝜎
( 𝑎𝑡𝑚⁄ )
𝜎′𝑣0

𝐺
φ’ = acrtg [0,1 + 0,38 log ( 0⁄ ) − 0,92ψ − 0,28] Eq. 2.46
𝜎′𝑣0

Olson e Stark (2003) apresentam, para a estimativa da resistência não drenada de pico e
liquefeita de rejeitos arenosos, a Eq. 2.47 e Eq. 2.48. Para materiais predominantemente
finos, Robertson (2010) recomenda a utilização da Eq. 2.49, Eq. 2.50, Eq. 2.51, a última

41
com aplicação voltada para materiais com baixas resistências, características de argilas
moles

𝑠𝑢 Eq. 2.47
= 0,205 + 0,0143 × (𝑞𝑐1 ) ± 0,04 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑐1 ≤ 6,5 𝑀𝑃𝑎
𝜎′𝑣0

𝑠𝑢,𝑙𝑖𝑞 Eq. 2.48


= 0,03 + 0,0143 × (𝑞𝑐1 ) ± 0,03 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑐1 ≤ 6,5 𝑀𝑃𝑎
𝜎′𝑣0
Eq. 2.49
𝑞𝑡 − 𝜎𝑣
𝑠𝑢 = ⁄𝑁
𝑘𝑡

Eq. 2.50
𝑠𝑢,𝑙𝑖𝑞 = 0,01𝐹𝑟 𝑄𝑡𝑛
Eq. 2.51
𝑠𝑢,𝑙𝑖𝑞 = 𝑓𝑠

Define-se:

1,8 × 𝑞𝑐 Eq. 2.52


𝑞𝑐1 =
𝜎′
0,8 + ( 𝑣⁄𝑝𝑎 )

Robertson e Cabal (2015) sugerem que, dada a impossibilidade de estimativa de NKT a


partir da correlação direta entre valores de qt e su medidos em ensaios de campo ou
laboratório, a adoção de valores de NKT variáveis na faixa entre 14 e 16 tende a resultar
estimativas razoáveis.

Lunne et al. (1997) ressaltam que a aplicabilidade da Eq. 2.49 tende a resultar
estimativas muito pouco confiáveis de su quando tem-se a cravação em materiais nos
quais são observados valores de parâmetro de poropressão de rede normalizada (Bq)
inferiores a 0,4 – comportamento característico de materiais granulares.

(𝑢2 − 𝑢0 ) Eq. 2.53


𝐵𝑞 = ⁄(𝑞 − 𝜎 ) = ∆𝑢⁄𝑞𝑛
𝑡 𝑣0

42
De acordo com Robertson (2009), as correlações para estimativa do módulo
oedométrico a partir de ensaios CPT apresentam tipicamente a forma da Eq. 2.54, sendo
recomendados os valores de αM definidos pela

Eq. 2.54
𝑀𝑜𝑒𝑑 = 𝛼𝑀 (𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 )

Eq. 2.55
𝛼𝑀 = 𝑄𝑡𝑛 𝑠𝑒 𝑄𝑡𝑛 ≤ 14 𝑒 𝐼𝐶 > 2,2

Eq. 2.56
𝛼𝑀 = 14 𝑠𝑒 𝑄𝑡𝑛 > 14 𝑒 𝐼𝐶 > 2,2

𝛼𝑀 = 0,03[10(0,55𝐼𝑐+1,68) ] 𝑠𝑒 𝐼𝐶 < 2,2 Eq. 2.57

A partir da Eq. 2.58 e da Eq. 2.59, é possível o cálculo do módulo cisalhante e do módulo
de onda p a baixas deformações (Lunne et al., 1997).
Eq. 2.58
𝐺0 = 𝜌(𝑉𝑠 )2

2 Eq. 2.59
𝑀0 = 𝜌(𝑉𝑝 )

Houlsby e Teh (1988) apontam que, para uma série de argilas analisadas, é possível a
padronização das curvas de dissipação de poropressão por meio da conversão de u2 em
Δu/Δui e do tempo no fator de tempo modificado, T*, conforme definido pela Eq. 2.60 e
pela Eq. 2.61. A Figura 2.12 apresenta a padronização proposta.

∆𝑢⁄ 𝑢2,𝑡 − 𝑢0 Eq. 2.60


∆𝑢𝑖 = ⁄𝑢2,0 − 𝑢0

𝑐ℎ 𝑡 Eq. 2.61
𝑇∗ = ⁄𝑅 2
√𝐼𝑅

43
Figura 2.12 – Curva de dissipação de poropressões padronizada (Houlsby e Teh,
1988).

Para a posição da pedra porosa situada anterior ao cone (u2), Houlsby e Teh (1988)
apresenta o valor de T* de 0,245, a partir do qual pode-se calcular o valor do coeficiente
de adensamento horizontal, ch, a partir da Eq. 2.62.

0,245 × 𝑅 2 √𝐼𝑅⁄ Eq. 2.62


𝑐ℎ = 𝑡50

Adicionalmente, Teh (1987) aponta que o coeficiente de adensamento radial, ch, pode ser
estimado a partir da Eq. 2.63, função da inclinação trecho linear da curva de dissipação
de poropressões plotada no espaço Δu/Δui x t0,5, denominada m, e do gradiente teórico da
curva de dissipação, M, definido por Teh (1987) em função da posição da pedra porosa,
conforme apresentado na Tabela 2.1.

𝑐ℎ = (𝑚⁄𝑀)2 𝑅 2 √𝐼𝑅 Eq. 2.63

44
Tabela 2.1 – Valores de M (Teh, 1987).
Extensão cilíndrica Cinco vezes o raio do
Posição da Cone
acima da base do cone amostrador acima da base do
pedra porosa (u1)
(u2) cone
Valor de M 1,62 1,15 0,62

Com o valor de ch, é possível a determinação da permeabilidade horizontal, kh, conforme


descrito por Lunne et al. (1997), através da Eq. 2.64.

𝑐ℎ 𝛾𝑤 Eq. 2.64
𝑘ℎ = ⁄𝑀

Mayne (2001) apresenta ainda um ajuste aos estudos experimentais realizados por Parez
e Fauriel (1988) para solos de diversas granulometrias, a partir do qual tem-se estimativas
de kh a partir do tempo necessário para o processamento de 50% da dissipação das
poropressões, t50, medido em ensaios de dissipação. Os contornos obtidos por Parez e
Fauriel (1988), tal qual o ajuste linear proposto por Mayne (2001) – descrito pela Eq. 2.64
– são apresentados na Figura 2.13.

1,25 Eq. 2.65


𝑘ℎ = 0,01 × (1⁄251 × 𝑡 )
50

45
Figura 2.13 – Proposta de Parez e Fauriel (1988) modificada por Mayne (2001) para a
estimativa da permeabilidade de materiais com base em t50.

2.4 MECÂNICA DOS SOLOS DO ESTADO CRÍTICO

De acordo com Jefferies e Been (2016), o estado crítico dos solos pode ser definido
como uma condição de equilíbrio dos solos em que se observa, sob cisalhamento,
quantidades similares de partículas movendo-se para espaços vazios e vazios formados
pelo deslocamento de partículas. Tem-se como consequência desta condição a
invariabilidade do volume do solo, deformando-se continuamente sob tensões
constantes, mobilizando uma resistência ao cisalhamento residual última.

O estado crítico dos solos foi observado formalmente pela primeira vez, em 1936, em
estudo realizado por Casagrande (1936). Neste estudo, observou-se que areias fofas e
compactas sujeitas ao cisalhamento apresentavam variações volumétricas que tendiam
ao mesmo índice de vazios (e) em grandes deformações, para uma dada tensão

46
confinante – as areias fofas apresentando contração enquanto as areias compactas
apresentavam dilatação. Casagrande denominou o valor comum atingido para as duas
amostras como índice de vazios crítico (ecrit).

Figura 2.14 – (a) Deformações volumétricas sob o cisalhamento para areias fofas e
compactas. (b) Variação do índice de vazios durante o cisalhamento de areias fofas e
compactas (Das e Sobhan, 2017).

Posteriormente, foi observado por Taylor (1948) que o valor de ecrit torna-se menor à
medida que se aumenta o confinamento imposto a uma amostra cisalhada, definindo-se
assim a curva de estado crítico (CSL – Critical state locus). A CSL corresponde ao lugar
geométrico definido pela Eq. 2.66, que expressa os diversos valores de ecrit de um
determinado solo em função da tensão octaédrica efetiva (p’). As constantes Γ –
associada ao valor teórico de ecrit à tensão p’ de 1 kPa – e λ são propriedades intrínsecas
do solo, independentes do estado de tensões ou de seu índice de vazios (Jefferies e Been,
2016).

𝑒𝑐𝑟𝑖𝑡 = Γ − λln(𝑝′𝑐 ) Eq. 2.66

É possível, portanto, com base no conceito de CSL, a comparação do índice de vazios


de um determinado solo ao valor de ecrit correspondente ao seu estado de confinamento
(Jefferies e Been, 2016).

47
Suposto um elemento de solo com índice de vazios inicial, e0, sujeito a deformações
distorcionais sem variações de tensão octaédrica, é possível se observar, de maneira
idealizada, a variação de índices de vazios como um segmento de reta vertical no espaço
e x p’ ligando os pontos (p’, e0) e (p’, ecrit), uma vez que os índices de vazios de solos
sob cisalhamento tendem à configuração volumétrica representada por ecrit, conforme
ilustra a Figura 2.15. Desta forma, a distância entre os referidos pares ordenados,
denominada trajetória de estado, é uma representação direta da tendência à variação
volumétrica de um solo sob o cisalhamento.

Figura 2.15 – Trajetória de estado de um solo cisalhado com p’ constante (Jefferies e


Been, 2016).

Jefferies e Been (2016) definem o parâmetro de estado (ψ) através da Eq. 2.67, a partir
desta observa-se que valores negativos de ψ são representativos de materiais com
tendências dilatantes sob o cisalhamento e valores positivos, de materiais com
tendências contráteis.

𝜓 = 𝑒0 − 𝑒𝑐𝑟𝑖𝑡 Eq. 2.67

O conceito de ψ tem valor significativo nas análises de susceptibilidade à liquefação,


uma vez que deformações compressivas, no caso de carregamentos não drenados,

48
acarretam a geração de poropressões positivas e consequente redução do valor de p’.
Nestes casos, observa-se resistências não drenadas inferiores às resistências drenadas.
Experimentalmente, observa-se a manifestação de contratibilidade em materiais com
valores de ψ maiores que -0,05 (Jefferies e Been, 2016).

2.5 LIQUEFAÇÃO

O fenômeno de liquefação do solo pode ser entendido como um processo em que ocorre
significativa ou total perda da resistência ao cisalhamento de um solo, geralmente por
um curto período de tempo, ocasionando a fluidificação do material. As falhas
associadas ao fenômeno de liquefação geralmente são associadas a perdas econômicas,
humanas e ambientais catastróficas. Cita-se como exemplos da associação deste
fenômeno as rupturas da barragem de Fort Peck em 1938 (Davies et al., 2002), mais
recentemente, as rupturas das barragens de Fundão, da Mina Germano, em 2015
(Morgenstern et al., 2016) e da barragem B1, da mina Córrego do Feijão, em 2019 (Rotta
et al., 2020).

Ortigão (2007), Olson e Stark (2003) e Poulos et al. (1985) apontam que a liquefação
dos solos pode ocorrer em areias, siltes e argilas altamente sensíveis como as
denominadas “quick clays”, podendo ser induzida pela ocorrência de carregamentos
dinâmicos, a exemplo de terremotos e explosões, estáticos, por meio de carregamentos
rápidos, creeping ou aumentos de poropressões significativos em períodos chuvosos, ou
pela ocorrência de fluxos ascendentes. A perda significativa de resistência ocasionada
pela liquefação se dá, particularmente, quando uma massa de solo contrátil é sujeita a
deformações durante um carregamento não drenado. Neste caso, a geração de
poropressões devido à contração do solo atua no sentido de alívio das tensões efetivas
e, consequentemente, redução da sua resistência ao cisalhamento.

A ocorrência de liquefação em uma massa de solo produz deformações na massa de solo


rompida que tendem a aproximá-la do estado crítico em uma condição essencialmente
não drenada (Poulos et al., 1985).

De acordo com Olson e Stark (2003), a ocorrência de liquefação é induzida em uma


massa de solo dada a mobilização de comportamentos do tipo strain softening sob

49
condições não drenadas de carregamento. Neste cenário, após a mobilização da
resistência não drenada de pico (su) da referida massa, ocorre a perda de resistência até
que seja atingido o valor de resistência residual não drenado (su,liq), associado ao estado
crítico.

No caso de liquefação provocada por fluência ou creep (considerado um caso particular


da liquefação estática), ocorre a mobilização de deformações plásticas, associadas ao
fenômeno de fadiga, superiores à deformação de pico, correspondente à resistência su.
A liquefação cíclica, por sua vez, é induzida mediante a geração de poropressões e alívio
das tensões efetivas provocados por efeitos vibracionais. O fenômeno de liquefação é
ilustrado na Figura 2.16 em termos de tensões e deformações.

Figura 2.16 – Mobilização da resistência liquefeita em carregamentos não drenados.


Adaptado de Olson e Stark (2003).

De acordo com Tan et al. (2003), denomina-se fragilidade a propriedade relacionada ao


comportamento strain softening. A fragilidade tem influência significativa na falha
progressiva dos solos e em seu comportamento pós-ruptura. Uma significativa porção
dos solos naturais apresentam comportamento frágil, a exemplo de argilas duras
plásticas (Bishop, 1967, apud Tan et al., 2003), solos microestruturados, areias
compactas sob cisalhamento drenado, areias fofas sob cisalhamento não drenado (Sladen
et al., 1985), solos sujeitos a rotação dos eixos de tensão principais durante o
cisalhamento ou adensados por tensão principal maior inclinada e solos colapsíveis não
saturados.

50
Bishop (1967) apud Tan et al. (2003) caracterizou pela primeira vez a fragilidade dos
solos através do índice de fragilidade, IB, que relaciona a tensão cisalhante de pico, τP, e
a tensão cisalhante residual do solo, τR, a partir da Eq. 2.68.

𝜏𝑃 − 𝜏𝑅 Eq. 2.68
𝐼𝐵 = (%)
𝜏𝑃

É apresentada por Robertson (2017) uma compilação de dados históricos de liquefação


estática com a qual é demonstrado que existe associação entre IB e o fenômeno. Observa-
se que os casos de liquefação compilados ocorreram em materiais granulares que
apresentavam valores de IB variando entre 0,4 e 0,7.

Frente ao exposto, observa-se o empenho de uma série de autores, à luz dos conceitos
da mecânica do estado crítico dos solos, no desenvolvimento de metodologias para a
predição da susceptibilidade à liquefação de uma determinada massa de solo. Tais
metodologias consistem, essencialmente, na verificação da dilatância dos solos, que
torna possível a predição da possibilidade de contração do material sob cisalhamento e,
consequentemente, da sua perda de resistência.

São abordadas neste trabalho as verificações de susceptibilidade à liquefação através da


metodologia proposta por Olson e Stark (2003) para rejeitos essencialmente arenosos,
que toma como base os resultados de ensaios CPTu e SPT; a metodologia proposta por
Robertson (2016), que se baseia em resultados de ensaios CPTu e sísmicos; e a avaliação
de ψ a partir de correlações entre ensaios CPTu, com base nas definições feitas por
Jefferies e Been (2016), que apresentam que materiais com valores de ψ superiores a -
0,05 tendem a apresentar contrações sob cisalhamento, e portanto, potencial de
liquefação.

Metodologia de Olson e Stark (2003)

A metodologia proposta por Olson e Stark (2003) é embasada na retroanálise da


estabilidade de 33 casos de rupturas por liquefação em materiais arenosos realizada por
Olson (2001), nas quais assumiu-se que houve a total mobilização da resistência dos
materiais rompidos, sendo desconsiderada a ocorrência de rupturas progressivas.

51
A análise de susceptibilidade à liquefação, proposta pela referida metodologia, tem
como primeiro passo a determinação do potencial comportamento contrátil do solo
analisado por meio da envoltória empírica proposta por Fear e Robertson (1995), que
divide regiões de comportamento contrátil e dilatante em função da tensão vertical
efetiva e da resistência de ponta corrigida pelo nível de tensões (qc1), obtida por meio do
ensaio CPTu.

De acordo com Olson e Stark (2003), apenas um dos casos históricos analisados
apresenta-se ligeiramente deslocado da região correspondente aos materiais contráteis.
Define-se a envoltória pela Eq. 2.69. Adicionalmente, este trabalho propõe a extensão
do uso da envoltória para medidas de resistência à penetração do ensaio SPT corrigida
pela profundidade (N1,60) através da Eq. 2.70, tomando a correlação que determina, para
areias puras, qc/N60 = 0,6, proposta por Stark e Olson (1995).

(𝜎′𝑣0 )𝐸𝑁𝑉 = 1,10 × 10−2 (𝑞𝑐1 )4,79 Eq. 2.69


4,79 Eq. 2.70
(𝜎′𝑣0 )𝐸𝑁𝑉 = 9,58 × 10−4 (𝑁1,60 )

Figura 2.17 – Envoltórias de susceptibilidade à liquefação propostas por Olson (2001)


(Olson e Stark, 2003).

52
Dado o exposto, a avaliação da contratibilidade dos materiais analisados e consequente
susceptibilidade à liquefação consiste na inserção de dados obtidos a partir de ensaios
SPT e CPTu nos ábacos apresentados na Figura 2.17. Nas referidas figuras, os pontos
situados à esquerda das envoltórias definidas pelas Eq. 2.69 e Eq. 2.70 representam
pontos de dados correspondentes a materiais suscetíveis à liquefação.

Metodologia de Robertson (2016)

De acordo com Lunne et al. (1997), os ensaios CPTu não são capazes de predizer de
maneira acurada tipos de solo com base em sua granulometria. Observa-se, entretanto,
cinco comportamentos característicos nas medições advindas de ensaios CPTu:
• Solos com elevados valores de qc e baixos valores de u2 e fs, comumente arenosos;
• Solos com elevados valores de u2 e fs e baixos valores de qc, comumente argilas
moles;
• Solos com valores de qc muito reduzidos e valores de fs muito altos, comumente
orgânicos;
• Solos com ambos os valores muito reduzidos, comumente sensíveis;
• Solos com ambos os valores altos, comumente solos pré-adensados sujeitos a
elevadas tensões confinantes.

Ao longo dos anos, diversos autores propuseram métodos de classificação com base no
ensaio CPTu. O método apresentado por Robertson (2016) baseia-se em uma carta de
classificação dos solos para a avaliação da susceptibilidade à liquefação. O método de
classificação utiliza a resistência de ponta normalizada, Qtn, e a razão de atrito
normalizada, FR, para a tipificação do comportamento observado para o material
analisado. A metodologia recebe o nome de Normalized Soil Behavior Type (SBTn),
tratando-se da atualização de estudos previamente realizados por Robertson.

A metodologia de classificação consiste na definição do material analisado através dos


valores de Qtn e FR relacionados no ábaco apresentado na Figura 2.18. De acordo com
Robertson (2016), o comportamento dos materiais é dividido por dois tipos de linhas: as
primeiras, definidas pelo índice normalizado de tipo comportamental do solo, IB,
calculado por meio da Eq. 2.71. A segunda, apresentada pela Eq. 2.72, é definida como

53
CD. A linha CD é divisora dos comportamentos dilatante e contrátil dos materiais
analisados, separando-os, portanto, em materiais susceptíveis à liquefação de materiais
dilatantes. Adicionalmente define-se, de acordo com Robertson (2016) a área
correspondente aos comportamentos de argilas sensíveis, delimitada pelas assíntotas FR
= 2% e Qtn = 12. A Figura 2.18 apresenta o ábaco SBTn.

100(𝑄𝑡𝑛 + 10)
𝐼𝐵 = ⁄(𝑄 𝐹 + 70) Eq. 2.71
𝑡𝑛 𝑟

𝐶𝐷 = 70 = (𝑄𝑡𝑛 − 11)(1 + 0,06𝐹𝑟 )17 Eq. 2.72

Zona Classificação SBTn


1 CCS: Comportamento contrátil – argilas sensíveis
2 CC: Comportamento contrátil – argilas
3 CD: Comportamento dilatante – argilas
4 TC: Comportamento contrátil – transicional
5 TD: Comportamento dilatante – transicional
6 SC: Comportamento contrátil – areias
7 SD: Comportamento dilatante – areias

Figura 2.18 – Ábaco de classificação SBTn (Robertson, 2016).

Robertson (2016) aponta que um fator de significativa influência no processo de


classificação de solos no sistema SBTn, é a ocorrência de processos pós-deposição dos
grãos. Estes processos são responsáveis pela produção de microestruturações que
tendem a aumentar a rigidez dos materiais a baixas deformações e produzir incrementos
de resistências, também a pequenas deformações. Como a maior parte dos estudos

54
empíricos realizados para ensaios CPT toma como base a experiência em materiais
predominantemente silicosos e sem coesão (solos ideais, sem microestruturação),
estudos adicionais são recomendados para solos microestruturados.

De acordo com Robertson (2016), é possível que solos microestruturados apresentem


valores de Qtn superiores à linha CD – em função da sua rigidez a baixas deformações –
mas também comportamento contrátil a grandes deformações, indicativo de potencial
de liquefação.

Schnaid (2009) aponta que a presença de microestruturação pode ser identificada por
meio da correlação entre G0/qn (razão denominada IG), e Qtn, uma vez que fenômenos
como a cimentação geram estruturas frágeis, com impactos mais observáveis a pequenas
deformações do que a grandes deformações. Sugere-se assim a utilização do fator
empírico K*G, apresentado na Eq. 2.73, para avaliação da existência de
microestruturação.

𝐺 0,75
Eq. 2.73
𝐾𝐺∗ = ( 0⁄𝑞𝑛 ) × 𝑄𝑡𝑛

Robertson (2016) aponta que solos com pouca ou nenhuma microestrutura tendem a
apresentar valores de K*G inferiores a 330. A Figura 2.19 apresenta o ábaco para a
avaliação de K*G.

55
Figura 2.19 – Ábaco para avaliação da presença de microestrutura em solos
(Robertson, 2016).

Para valores superiores ao limite de K*G igual a 330, recomenda-se a utilização


conjugada do ábaco de classificação SBTn modificado por Robertson (2016) com o
ábaco modificado de classificação proposto por Schneider et al. (2012), capaz de prover
classificações mais acuradas para solos microestruturados.

• Sistema de classificação de Schneider et al. (2008, 2012)

O método de classificação proposto por Schneider et al. (2008, 2012) tem como
prerrogativa a observação de que os sistemas de classificação SBT propostos por
Robertson (1990) apresentavam boa resposta para a classificação de materiais
puramente arenosos ou argilosos. Em contrapartida, as respostas produzidas para
materiais transicionais, como siltes, argilas arenosas e areias argilosas tendiam a ser
falhas. Assim, foi então proposta classificação dos solos a partir de uma carta de
classificação baseada no diferencial de poropressão normalizado, U2, e na resistência de
ponta normalizada, Qt, descritos pelas Eq. 2.74 e Eq. 2.75, respectivamente.

56
(𝑢2 − 𝑢0 ) Eq. 2.74
𝑈2 = ⁄𝜎′
𝑣0

(𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 ) Eq. 2.75


𝑄𝑡 = ⁄𝜎′
𝑣𝑜

Schneider et al. (2008) avaliaram a correlação entre U2 e Qt, tomando como base análises
paramétricas – validadas por meio de observações experimentais para solos
essencialmente argilosos, siltosos, arenosos e para argilas sensíveis. A análise
paramétrica realizada tomou como máxima a validade de uma série de equações
compiladas, sendo elas:

• A correlação direta entre a resistência de ponta corrigida, qt, e a resistência não


drenada, su, por meio da razão NKT (Lunne et al., 1997).
• A igualdade entre OCRΛ e razão entre as razões de resistência não drenada nos estados
pré-adensado e normalmente adensado dos solos, apontada por Mayne (1980), Λ
correspondendo ao parâmetro de poropressão do estado crítico, variável entre 0 e 1.
• O fracionamento da poropressão gerada na cravação das sondas CPT, Δum, em pressão
hidrostática u0, pressão octaédrica, Δuoct, e pressão de cisalhamento, Δushear.
• Os equacionamentos de Δuoct e Δushear apresentados por Mayne (1992, 2001), o
primeiro, função de su e IR e o segundo, de OCR.
• A estimativa de NKT proposta por Lu et al. (2004), como função do índice de rigidez,
IR, da rugosidade do cone de cravação, αc, e do fator Δ = (σv0 – σh0)/2su, responsável
por computar a influência das tensões horizontais.
• A estimativa do coeficiente de empuxo K0 proposta por Mayne e Kulhawy (1982)
como função de sem(φ’) e OCR, com valor de φ’ fixado em 30°.

Assumidas as validades descritas, Schneider et al. (2008) propuseram, para valores de


(su/ σv0)NC entre 0,2 e 0,3, o cálculo de valores de Q e U2 para diferentes valores de OCR.
O procedimento foi repetido para diferentes valores de IR de modo que fosse possível a
obtenção de curvas U2 x Q, as quais foram confrontadas com dispersões de pontos
experimentais em argilas e argilas sensíveis – nas quais a cravação é essencialmente não
drenada. A Figura 2.20 apresenta os contornos definidos pelas Eq. 2.76, Eq. 2.77 e Eq.
2.78, definidas por Schneider et al. (2008) para a classificação de materiais argilosos –
tipo 1.

57
𝑄1,25⁄ Eq. 2.76
𝑈2 = 100 + 0,99

𝑄 0,95⁄ Eq. 2.77


𝑈2 = 5 + 1,05
𝑄 0,91⁄
𝑈2 = 1,5 + 1,10
Eq. 2.78

Figura 2.20 – Regiões propostas por Schneider et al. (2008) com base no estudo de
argilas.

Estudos conduzidos em materiais siltosos, nos quais a cravação tende a se processar de


maneira parcialmente drenada, observou-se a variação dos pontos plotados entre a região
1a e a assíntota vertical U2 = 0. Esta área foi denominada região 2. Schneider et al. (2008)
aponta certa dificuldade de se diferenciar os materiais siltosos, denominados
transicionais, dos materiais argilosos representativos da região 1a. Em regiões com
predominância de materiais siltosos, Schneider et al. (2008) recomenda a extensão da
região 2 até o limite entre as regiões 1a e 1b.

A delimitação da região 3, na qual ocorrem materiais predominantemente arenosos –


com cravações predominantemente drenadas – se deu por meio da avaliação da dispersão

58
de pontos experimentais em areias. Schneider et al. (2008) propõe os limites definidos
pela Eq. 2.79.

𝑄 𝑄
𝑚𝑎𝑥 [−0,5 ln ( ⁄20) , −1] ≤ 𝑈2 ≤ 𝑚𝑖𝑛 [0,5 ln ( ⁄20) , 1] Eq. 2.79

A Figura 2.21 apresenta as regiões definidas por Schneider et al. (2008), e as respectivas
descrições de seus comportamentos.

Figura 2.21 – Carta de classificação dos solos proposta por Schneider et al. (2008) e
tabela descrevendo os possíveis comportamentos dos solos de acordo com a
classificação SBTn (Robertson, 2016)

A Figura 2.22 apresenta o ábaco de classificação de Schneider et al. (2008) modificado


por Robertson (2016), no qual o eixo vertical representa Qtn, em substituição ao original
Qt, e o eixo horizontal representa U2. De acordo com Robertson (2016), esta alteração
tem pouca influência prática nos resultados gerados, mas contribui com a consistência
dos resultados, uma vez que ambos os ábacos tratam da variável Qtn..

59
Figura 2.22 – Ábaco de Schneider et al. (2008) modificado (Robertson, 2016).

Observa-se que, na proposta de Robertson (2016), apenas os materiais situados na região


2 modificada apresentam comportamento dilatante sob o cisalhamento e, portanto, não
são suscetíveis à liquefação.

Metodologia de Winckler et al. (2014)

É escassa a bibliografia que aborda a metodologia de análise de susceptibilidade à


liquefação proposta por Winckler et al. (2014), empregada para o estudo de caso da
liquefação dos rejeitos das barragens nº 2 e 3 de Cerro Negro, no Chile (1965). A
metodologia apresentada consiste na avaliação conjugada de U2 e ψ a partir do ábaco
apresentado na Figura 2.23.

60
Figura 2.23 – Ábaco de Winckler et al. (2014).

A abordagem proposta permite a identificação de comportamentos predominantemente


dilatantes no terceiro quadrante do ábaco, nos quais observa-se a geração de
poropressões negativas associadas a parâmetros de estados negativos. Analogamente,
comportamentos predominantemente contráteis tendem a se situar no primeiro
quadrante, em que se observa parâmetros de estado positivos associados a gerações de
poropressão negativas.

Apesar da escassa bibliografia acerca da metodologia, a avaliação reflete de maneira


simples os conceitos apresentados no item 2.4 e permite a avaliação qualitativa dos
materiais estudados neste trabalho.

61
CAPÍTULO 3
3 INVESTIGAÇÕES REALIZADAS

Foram realizados ensaios de campo e laboratório nos materiais depositados em uma


barragem alteada pelo método de montante e, atualmente, em processo de
descaracterização.

Ao todo, foram realizados – por empresas especializadas, com acompanhamento técnico


e controle de qualidade – no rejeito analisado:

• 10 furos de sondagem SPT


• 2 ensaios de permeabilidade in situ
• 5 furos de sondagem CPTu, dos quais 3 apresentam ensaios sísmicos.
• 6 ensaios de caracterização granulométrica e dos limites de Atterberg
• 1 ensaio triaxial tipo CID

A Figura 3.1 apresenta um croqui da planta de locação das investigações de campo


realizadas. Os resultados observados, ensaio a ensaio, são discutidos a seguir.

62
Figura 3.1 – Croqui da planta de locação das investigações de campo realizadas.

3.1 ENSAIOS DE CAMPO

Ensaios SPT

Foram realizadas, para a caracterização dos rejeitos estudados no presente trabalho, 10


sondagens SPT, denominadas SPT-01 a SPT-10, com profundidades variáveis e
perfuração por meio de circulação de água. Os boletins de sondagens contendo as
descrições tátil-visuais dos materiais amostrados são apresentados no Anexo A. As
caracterizações tátil-visuais indicam, de modo geral, materiais de coloração variável
entre cinza e marrom, com granulometrias ora arenosas com fração de finos e ora
predominantemente finas. São observados, de forma esporádica, pedregulhos de
pequeno diâmetro dispersos ao longo da matriz, aos quais associa-se valores de NSPT
superiores e destoantes dos demais valores circundantes. As Figuras 3.2, 3.3 e 3.4
apresentam, a título ilustrativo, alguns dos testemunhos das sondagens realizadas nos
quais pode-se perceber as características descritas.

63
Figura 3.2 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-01.

Figura 3.3 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-04.

64
Figura 3.4 – Testemunho de sondagem de furo de SPT-08.

Com base nas informações apresentadas nos boletins de sondagem e análise dos
testemunhos destas, foi possível a concepção de um modelo de compartimentação dos
rejeitos no interior da barragem analisada. Com exceção de algumas profundidades –
nas quais observa-se intercalação dos materiais – foram notadas zonas com
predominância de materiais finos e zonas com predominância de materiais granulares,
com ocorrência de lentes intercaladas entre zonas destes materiais. A Figura 3.8 e a
Figura 3.9 apresentam a interpretação dos materiais identificados nos furos de
sondagem, divididos em rejeitos granulares e rejeitos finos, aterros de solo compactados
(integrantes do maciço da barragem) e regiões de intercalação intensa dos rejeitos. Não
foi possível a avaliação dos testemunhos dos furos SPT-06 e SPT-10, para os quais tem-
se descrição escassa dos materiais ensaiados nos boletins de sondagem. Os materiais
classificados como “aterro” ou “intercalação de rejeitos” não foram analisados neste
trabalho, tendo, portanto, suas medições descartadas.

Evidencia-se, conforme ilustrado na Figura 3.4, apesar das indicações de ausência de


nível d’água nas sondagens realizadas, a presença de elevado grau de saturação dos
rejeitos predominantemente finos.

65
A análise dos valores de penetrabilidade, considerando todos os furos de sondagem,
indica valores de NSPT compreendidos entre 0 e 46 golpes, sendo comuns leituras de
NSPT características de materiais fofos (NSPT ≤ 4) ou moles (NSPT ≤ 5), correspondentes
a cerca de 40% das medições realizadas. Foi excluída da análise a leitura de
impenetrabilidade obtida para o rejeito no furo SPT-09 à profundidade de 19,00 m, uma
vez que estas foram pouco representativas de um material disposto hidraulicamente, para
os quais são esperadas penetrabilidades típicas de materiais pouco consolidados.
Associa-se esta anomalia à presença de uma disposição anômala localizada. A
distribuição de frequência dos valores de NSPT medidos é apresentada na Figura 3.5.

Figura 3.5 – Frequências de NSPT observadas para a totalidade dos rejeitos analisados.

Observa-se que a distribuição de frequências de NSPT indica a existência de dois picos


expressivos, que sugerem a existência de dois valores modais de NSPT, característicos da
combinação de duas amostragens distintas no histograma apresentado na Figura 3.5. Tal
observação é corroborada pela compartimentação apresentada na Figura 3.8 e na Figura
3.9. Observa-se ainda aleatoriedade da distribuição de frequências obtida para o rejeito
granular, enquanto as frequências de NSPT obtidas para o rejeito fino apresentam padrão
de distribuição caracteristicamente log-normal.

66
A Figura 3.6 apresenta a distribuição de frequências de NSPT obtida para o rejeito
granular. Observa-se que aproximadamente 93% das leituras obtidas para o rejeito
granular são indicativas de um material medianamente compacto (NSPT ≥ 9). Ressalta-
se ainda que aproximadamente 58% das leituras obtidas são indicativas de areias
compactas (NSPT ≥ 19), indicando elevados parâmetros de resistência drenada do
material.

Figura 3.6 – Frequências de NSPT observadas para os rejeitos predominantemente


granulares analisados.

A Figura 3.7, de maneira análoga, apresenta a distribuição de frequência de NSPT obtida


para o rejeito fino. Para este, verificam-se resistências inferiores às observadas para o
rejeito granular, com aproximadamente 69% das leituras correspondentes a materiais de
consistência mole, e 33% do total das leituras indicativas de consistências muito moles.
Apenas 15% dos rejeitos finos amostrados apresentou consistências rijas ou maiores.

67
Figura 3.7 – Frequências de NSPT observadas para os rejeitos predominantemente finos
analisados.

68
Figura 3.8 – Furos SPT-01, SPT-02, SPT-03, SPT-04 e SPT-05 realizados nos rejeitos
analisados.

69
Figura 3.9 – Furos SPT-06, SPT-07, SPT-08, SPT-09 e SPT-010 realizados nos
rejeitos analisados.

Ensaios CPTu

As sondagens CPTu realizadas foram denominadas CPT-01 a CPT-06, dentre as quais


foram realizados ensaios de medição da velocidade de propagação da onda S (sCPTu).
Os ensaios sísmicos foram realizados de metro a metro até a profundidade de 18,00 m

70
no furo CPT-04, com dois ensaios adicionais nas profundidades de 20,00 m e 21,60 m.
Nos furos CPT-05 e CPT-06 os ensaios foram realizados, similarmente, metro a metro,
até a profundidade de 22,00 m no primeiro furo e entre as profundidades de 9,00 m e
14,00 m no segundo. Adicionalmente, foram realizados ensaios de dissipação de
poropressão em profundidades variáveis, conforme relacionado na Tabela 3.1

Tabela 3.1 – Ensaios de dissipação realizados nos furos de sondagem CPTu.

Profundidades de ensaio (m)


CPT-01 15,04; 18,13; 20,06; 27,17; 30,10
CPT-02 15,03; 18,00; 21,00; 24,00; 27,00; 30,00; 33,00; 36,00
CPT-03 3,06; 6,00; 9,00; 12,00; 15,00; 18,03
CPT-04 4,00; 6,00; 9,00; 14,00; 19,00
CPT-05 4,98; 9,97; 14,97; 19,97
CPT-06 9,00; 11,00; 13,00

Os resultados de qt, fs, u2 e Bq medidos em cada um dos furos realizados são apresentados
na Figura 3.10, Figura 3.11, Figura 3.12, Figura 3.13, Figura 3.14 e Figura 3.15.

Observa-se, por meio de análise dos perfis de qt, fs e u2 a ocorrência de dois


comportamentos distintos em termos de resistência: o primeiro, associa resistências de
ponta variáveis entre 5 e 15 Mpa, aproximadamente, e atritos laterais crescentes em
profundidade, variando entre 50 e 200 kPa, e gerações de poropressões praticamente
nulas – comportamento característico de materiais arenosos, de acordo com Schnaid e
Odebrecht (2012). Observa-se para este comportamento a ocorrência de valores
praticamente nulos de Bq, indicativos de cravação drenada. O segundo comportamento
associa resistências de ponta muito baixas, inferiores a 5 MPa, a atritos laterais inferiores
a 50 kPa e altas gerações de poropressão, para as quais obtém-se perfis de Bq que
frequentemente atingem a faixa de 0,6 a 0,8 – comportamento característico de materiais
finos de baixa resistência (Lunne et al., 1997).

71
Figura 3.10 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
01.

72
Figura 3.11 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
02.

73
Figura 3.12 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
03.

74
Figura 3.13 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
04.

75
Figura 3.14 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
05.

76
Figura 3.15 – Valores de qt, fs, u2 medidos e valores de Bq calculados para o furo CPT-
06.

A observação dos comportamentos descritos corrobora com a observação feita a partir


dos testemunhos de sondagem SPT, nos quais foi possível perceber a presença de
materiais predominantemente arenosos conjugados com materiais finos, nos quais
observava-se alta umidade residual.

Com base nos ensaios sCPTu realizados, foi feita a determinação da velocidade de onda
S, no meio analisado, por meio do software Coneplot, desenvolvido pela empresa
Vertek. O software utiliza o procedimento descrito por Butcher et al. (2005),
convencionalmente empregado no tratamento de ondas S obtidas em ensaios sCPTu. A
metodologia proposta recomenda a definição do ponto característico de medição de
tempo nos oscilogramas, a interseção entre ondas S inversas obtidas a partir do
golpeamento de placas metálicas posicionadas em lados opostos do furo de sondagem.

77
As velocidades de onda cisalhante calculadas, tal qual os registros de onda S medidas
pelos geofones componentes do ferramental sCPTu são apresentados na Figura 3.16, na
Figura 3.17 e na Figura 3.18.

Figura 3.16 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-04.

78
Figura 3.17 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-05.

79
Figura 3.18 – Ondas S obtidas para o ensaio CPT-06.

Observa-se, para profundidades superiores a 3,00 m no ensaio CPT-04, tal qual para as
medições realizadas no ensaio CPT-06, a perda da inversão das ondas representadas
pelas cores vermelho e azul. A identificação dos pontos de controle utilizados para o
cálculo da velocidade de onda, definidos pela representação de cruz, não foi prejudicada,
entretanto, uma vez que foi possível o estabelecimento de feições características
observáveis nos diferentes oscilogramas. As velocidades obtidas mostram-se coerentes
com as calculadas para o furo CPT-05, no qual tem-se a observação de inversões ao
longo de toda a profundidade de cravação.

Os ensaios de dissipação de poropressão, com profundidades indicadas na Tabela 3.1


são plotados em função da raiz do tempo (s1/2) na Figura 3.19, na Figura 3.20 e na Figura
3.21.

Nota-se que os ensaios realizados no furo CPT-01 às profundidades de 27,17 m e 30,10


m foram realizados em regiões essencialmente ocupadas por rejeitos caracterizados
como granulares, sem observação de camadas de rejeitos finos adjacentes. Observa-se o
mesmo para os ensaios realizados no furo CPT-02 às profundidades de 24,00 m, 27,00
m e 30,00 m; para o realizado no furo CPT-03 à profundidade de 18,03 m; para o
realizado no furo CPT-06 à profundidade de 9,00 m. Os referidos ensaios apresentam-
se na Figura 3.19, na Figura 3.20 e na Figura 3.21 como ensaios com valores de
poropressão inicial (u2,max) próximos de 0 kPa ou negativos, com frequentes incrementos

80
positivos de poropressão ao longo do tempo, indicativos da tendência de dessaturação
da pedra porosa característica de meios não saturados (Lunne et al., 1997).

Para os demais ensaios, realizados nos rejeitos caracteristicamente finos, são percebidos
valores de u2,max não inferiores a 100 kPa, com tendências de estabilização de u2 em
valores próximos a 0 kPa. A tendência observada é contrariada pelas curvas de
dissipação referentes aos furos CPT-04 e CPT-05, nos quais também se observa maior
concentração de finos. Lunne et al. (1997) ressalta, porém, que a ocorrência de camadas
lenticulares ao longo de uma cravação de ensaio CPTu tende a produzir influências
dispersas nos resultados medidos ao longo de suas adjacências. Neste contexto, entende-
se que o não processamento da estabilização das poropressões nos dois furos citados seja
associável à ausência de intercalações arenosas não saturadas nas adjacências das cotas
de ensaio, as quais contribuiriam para a drenabilidade do rejeito fino. Dada a ausência
de nível freático observada nos furos de sondagem realizados na barragem, entende-se
que as referidas dissipações tenderiam, em maiores tempos, a valores de u 2 próximos a
0 kPa.

O comportamento evidenciado pelos ensaios de dissipação de poropressão corrobora a


observação feita a partir da análise dos testemunhos de sondagem SPT, que evidenciam
significativa saturação residual dos rejeitos finos, contrastante com a ausência de nível
freático nos furos de sondagem executados. Infere-se, por meio deste comportamento, a
possibilidade de mobilização de resistências não drenadas no cisalhamento do rejeito
fino no caso de ocorrência de comportamentos contráteis, enquanto espera-se para o
rejeito granular a ocorrência de comportamentos drenados (Caputo, 1996).

81
Figura 3.19 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-01 e CPT-02.

82
Figura 3.20 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-03 e CPT-04.

83
Figura 3.21 – Ensaios de dissipação realizados nos furos CPT-05 e CPT-06.

84
3.2 ENSAIOS LABORATORIAIS

Ensaios de caracterização

Foram coletadas para a realização de ensaios laboratoriais 6 amostras deformadas do


rejeito estudado – denominadas amostras 1, 2, 3, 4, 5 e 6. As duas primeiras amostras
foram retiradas do furo de sondagem SPT-01, e as demais retiradas do furo SPT-07. As
profundidades de coleta destas amostras são relacionadas na Tabela 3.2. Os ensaios de
caracterização geotécnicas foram conduzidos de acordo com os procedimentos
estabelecidos em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), tendo
sido executados:ensaios de caracterização granulométrica (ABNT NBR 7181:2018),
determinação limite de liquidez (ABNT NBR 6459:2017), limite de plasticidade (ABNT
NBR 7180:2016) e determinação da densidade real dos grãos (ABNT, NBR 6458:2016).

Tabela 3.2 – Relação de amostras deformadas coletadas.

Furo Amostra Profundidade de coleta (m)


1 3,00 – 3,50
SPT-01
2 3,50 – 4,00
3 10,00 – 10,50
4 15,00 – 15,50
SPT-07
5 20,00 – 20,50
6 20,50 – 21,00

Observa-se, a partir da correlação das profundidades com os perfis estratigráficos


traçados na Figura 3.8 e Figura 3.9, que não houve a amostragem dos rejeitos granulares
na campanha de sondagens. Desta forma, são apresentados nesta seção os resultados de
ensaios de caracterização realizados especificamente para os rejeitos finos.

A Tabela 3.3 apresenta os resultados obtidos para cada amostra.

Tabela 3.3 – Características observadas em laboratório para o rejeito fino.

Rejeito Fino

85
Amostra 1 2 3 4 5 6 Média
Argila (%) 5,00 5,00 10,00 12,00 4,00 8,00 7,33
Silte (%) 84,00 86,00 83,00 82,00 82,00 84,00 83,50
Areia (%) 11,00 9,00 7,00 6,00 14,00 8,00 9,17
Pedregulho (%) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Gs 4,487 4,46 4,338 4,409 4,289 4,401 4,397
LL (%) 17 NL NL 17 15 NL 16,333
LP (%) 11 NP NP 13 10 NP 11,333

Observa-se, para as amostras apresentadas na Tabela 3.3, que ocorrem para o rejeito fino
limites de consistência característicos de comportamento de plasticidade leve a não
plástico, conforme definido por Burmister (1949). Levanta-se a hipótese de que a
ausência dos limites de plasticidade e liquidez observada nas amostras 2, 3 e 6 esteja
associada às limitações dos ensaios de determinação dos limites para materiais pouco
plásticos, não necessariamente representando significativa heterogeneidade dos
materiais neste sentido.

Dada a convergência das porcentagens granulométricas observadas, assume-se, como


representativa a mistura destes materiais para a realização do ensaio de resistência
discutido no item 3.2.2 e a adoção de valores médios de granulometria e densidade dos
grãos para a análise dos ensaios para o material caracterizado como rejeito fino.

Tabela 3.4 – Caracterização adotada para o rejeito fino.

Rejeito Fino
Argila (%) 7,33
Silte (%) 83,50
Areia (%) 9,17
Pedregulho (%) 0,00
Gs 4,397
LL (%) 15
LP (%) 10

86
Ensaios triaxial CID

Foi realizado, para a mistura das amostras deformadas do rejeito fino coletadas na
campanha de sondagens realizada, um ensaio triaxial do tipo CID (isotropicamente
adensado e drenado). Foram adotados corpos de prova reconstituídos em laboratório via
pluviação ao ar (Corrêa, 2018) com índices de vazio iniciais de 1,32, ensaiados sob as
tensões confinantes de 100 kPa, 200 kPa e 400 kPa.

Liu e Carter (2002) apontam que o comportamento de amostras de solos reconstituídas


em laboratório pode ser satisfatoriamente descrito pelo modelo Cam Clay, tomado assim
como base para a avaliação dos parâmetros dos ensaios triaxiais realizados no rejeito
fino.

Os valores de índice de vazios inicial, e0, índice de vazios após ensaio de adensamento
isotrópico, ead, e índice de vazios após cisalhamento de ensaio triaxial, ef, são
apresentados na Tabela 3.5. Os resultados dos ensaios são apresentados na Figura 3.22.

Tabela 3.5 – Parâmetros do ensaio de compressão triaxial realizado na amostra de


rejeito fino.

CP e0 ead ef
100 kPa 1,32 1,27 1,24
200 kPa 1,32 1,27 1,22
400 kPa 1,32 1,22 1,19

Os parâmetros apresentados na Tabela 3.5 indicam homogeneidade da amostra


reconstituída, com valores de e0 de 1,32. Foi adotado o valor do parâmetro B de
Skempton, que indica saturação adequada dos corpos de prova, com o limite inferior
igual a 0,98.

A similaridade das curvas apresentadas nas Figura 3.22-A, Figura 3.22-B, Figura 3.22-
C e Figura 3.22-D indica um comportamento uniforme dos corpos de prova sob o
cisalhamento, tanto em termos de dilatância quanto à característica das rupturas
drenadas, ocorridas entre 10% e 15% de deformação. A similaridade observada nas

87
curvas referidas é indicativa da característica de ausência de pré-adensamento nos
corpos de prova ensaiados e, consequentemente, ausência de dilatação. Sendo esta uma
característica associada a registros de picos de resistência significativos nas curvas
tensão x deformação e de dilatações/redução da tendência da contratibilidade em
amostras drenadas (Jefferies e Been, 2016).

A Figura 3.22-C e a Figura 3.22-D indicam discrepância no comportamento observado


para o corpo de prova cisalhado sob a tensão confinante de 200 kPa, observando-se
deformação volumétrica significativamente maior que a dos demais corpos de prova.
Tal observação é um indicativo de que o processamento do estágio de adensamento
oedométrico não se deu da mesma forma neste corpo de prova do que nos demais. Tal
observação é corroborada pela construção da linha de compressão isotrópica (LCI)
apresentada na Figura 3.23. Nota-se deslocamento do referido corpo de prova com
relação à curva.

A aproximação do estado crítico para o corpo de prova ensaiado sob σ’3 de 100 kPa,
para o qual observa-se atenuação das deformações volumétricas associada ao patamar
plástico da curva tensão x deformação permitiu a extrapolação do estado crítico para a
amostra em questão.

Para os demais corpos de prova, observa-se na Figura 3.22-C a ocorrência da condição


de quasi-steady state, definida por Jefferies e Been (2016) como a condição de
geomateriais sujeitos ao cisalhamento na qual observa-se a ocorrência de um patamar de
plastificação seguido de dilatação. Recomenda-se, para ensaios em que se manifesta tal
condição, com deformações insuficientes para a definição do estado crítico verdadeiro,
a adoção a última leitura de ensaio com indicação da tendência comportamental
observada na definição dos parâmetros de estado crítico.

A extrapolação feita para o primeiro corpo de prova sugere a proximidade dos demais
corpos de prova do estado crítico, para os quais deveriam ser observadas atenuações de
deformação volumétrica em deformações axiais superiores.

88
As trajetórias de tensão indicam a existência de uma envoltória de ruptura de pico
ligeiramente mais abatida que a envoltória de estado crítico sugerida, corroborando a
proximidade dos corpos de prova ensaiados da condição de OCR=1.

A LEC obtida a partir extrapolação proposta apresenta coeficiente angular similar ao


observado para a LCI, apresentada na Figura 3.23, resultando valores de λ de 0,040 e Γ
de 2,455. A partir do valor de λ, estima-se Cc de 0,092 com base na Eq. 3.1 (Jefferies e
Been, 2016)

𝐶𝑐 Eq. 3.1
λ=
2,3

Assumida a validade da LEC extrapolada com base na tendência de comportamento do


corpo de prova ensaiado sob σ’3 de 100 kPa e na LCI, observa-se valores de ψ de 0,00,
0,02 e 0,00 para σ’3 de 100 kPa, 200 kPa e 400 kPa, indicando a susceptibilidade à
liquefação do rejeito (Jefferies e Been, 2016).

As envoltórias de resistência apresentam valores de c’ de 19,6 kPa, φ’ de 30,8° e φ’cr de


32,1°.

89
Figura 3.22 – Ensaio de compressão triaxial realizado para a amostra de rejeito fino: a)
Curvas tensão x deformação. b) Trajetórias de tensão e envoltórias de resistência. c)
Curvas deformação volumétrica x deformação axial. d) Comportamento da porosidade
com a deformação axial.

90
Figura 3.23 – LEC e LCI para o rejeito fino.

91
CAPÍTULO 4
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Robertson (2010) aponta que um dos desafios encontrados na análise de dados de


ensaios CPT é a definição de valores característicos que a norteiem. Aponta-se que
comumente adota-se a média como valor característico dos parâmetros analisados, não
havendo um consenso a respeito da prática mais adequada. Popescu et al. (1997), por
outro lado, aponta a utilização do 20º percentil como adequada à definição de valores.
Dada a ausência de consenso acerca do tema, o presente trabalho adota, com intuito
conservador, a determinação de valores característicos a partir do primeiro quartil das
distribuições de frequências dos resultados analisados.

As estimativas feitas com base em ensaios SPT adotam o mesmo critério de definição
de valores característicos adotado para os ensaios CPTu, iguais ao primeiro quartil.

4.1 ANÁLISE DOS ENSAIOS SÍSMICOS

Com base nos ensaios sísmicos apresentados no item 3.1.2, fez-se o cálculo dos módulos
cisalhantes a pequenas deformações, G0, ao longo das profundidades dos furos CPT-04,
CPT-05 e CPT-06 de acordo com a metodologia apresentada por Lunne et al. (1997) e
descrita no item 2.3.1 do presente trabalho.

A Figura 4.1 apresenta os valores estimados de acordo com a profundidade. Ressalta-se


que os valores de G0 obtidos são valores médios para os trechos mínimos de 1 m
analisados – sendo assim esperada a variabilidade do parâmetro ao longo dos trechos
analisados. Nota-se, entretanto, a predominância de rejeitos finos nos furos analisados –
em especial, nos furos CPT-04 e CPT-05, nos quais é escassa em profundidade a
ocorrência de lentes de rejeito granular.

92
Figura 4.1 – Valores de G0 obtidos para os furos CPT-04, CPT-05 e CPT-06.

Os valores de G0 obtidos evidenciam que 56,70% dos pontos contidos nos intervalos
com estimativa de G0 por meio de ensaios sísmicos apresenta indícios de
microestruturação de acordo com a proposta de análise feita Robertson (2016), conforme
verifica-se pela Figura 4.2.

93
Figura 4.2 – Análise de microestruturação dos rejeitos pelo método proposto por
Robertson (2016).

Infere-se assim, de acordo com o apresentado por Robertson (2016), que parte dos
rejeitos dispostos na estrutura analisada tenderiam a apresentar valores de resistência
superiores, a pequenas deformações – da ordem de 10-3 %, de acordo com Lunne et al.
(1997) – em relação aos obtidos em maiores deformações, para as quais se processaria
a quebra das microestruturações e o comportamento do solo num estado ideal, ou não
microestruturado. Tal efeito seria responsável pela produção de valores de Qtn superiores
aos obteníveis para o mesmo material se não microestruturado, o que poderia acarretar
classificações dos rejeitos equivocadas a partir do sistema SBTn e, consequentemente,
análises de susceptibilidade à liquefação igualmente equivocadas.

94
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS REJEITOS (ROBERTSON, 2016)

Para cada um dos furos foram plotadas, de acordo com a profundidade, a classificação
SBTn, apresentadas na Figura 4.3 e Figura 4.4.

Figura 4.3 – Perfis de classificação SBTn em profundidade para os furos CPT-01,


CPT-02 e CPT-03.

95
Figura 4.4 – Perfis de classificação SBTn (Robertson, 2016) em profundidade para os
furos CPT-04, CPT-05 e CPT-06.

Na Figura 4.5 são apresentados os ábacos de classificação SBTn para cada um dos furos
realizados. A Tabela 4.1 apresenta a descrição quantitativa das classes SBTn
determinadas para os rejeitos analisados.

96
Figura 4.5 – Ábacos de classificação SBTn (Robertson, 2016) dos furos CPT-01, CPT-
02, CPT-03 e CPT-04, CPT-05 e CPT-06.

97
Tabela 4.1 – Descrição quantitativa das classes SBTn atribuídas aos rejeitos analisados.

SBTn - Robertson (2016)


CCS CC CD TC TD SC SD Total
Qtde. 1727 2155 35 2147 219 2644 167 9094
Relat. 18,99% 23,70% 0,38% 23,61% 2,41% 29,07% 1,84% 100,00%

Observa-se que 43,07% da totalidade de pontos amostrados foram classificados como


rejeitos de comportamento argiloso (CCS, CC e CD), sendo denominados como rejeitos
finos. Do restante, 30,91% apresentam comportamento essencialmente arenoso (SC e
SC), enquanto 26,02% dos pontos classificados apresentam comportamento transicional
(TC e TD), equivalente ao comportamento de argilas ou siltes com fração arenosa
significativa (Robertson, 2016).

Frente às observações feitas, decidiu-se pela distinção entre os rejeitos de


comportamento predominantemente fino, para os quais, de acordo com Schnaid (2020),
não são aplicáveis as correlações de estimativas de parâmetro de estado e ângulo de
atrito drenado apresentadas no referencial bibliográfico do presente trabalho, e materiais
com comportamento arenoso a transicional. Mediante a classificação exposta, pretende-
se a seleção do tratamento mais adequado a cada tipo de rejeito, frente ao exposto por
Schnaid (2020) e Lunne et al. (1997) a respeito das aplicabilidades das correlações
empíricas para determinação de parâmetros geotécnicos de geomateriais. Foi proposta a
compartimentação dos perfis apresentados na Figura 4.6 e na Figura 4.7, definindo-se
como:

• Rejeitos granulares: materiais de característica arenosa, aos quais atribui-se o


comportamento correspondente às classes SC e SD (comportamentos
essencialmente arenosos) e às classes TC e TD (comportamentos transicionais entre
o arenoso e o fino), conforme definido por Robertson (2016). Para estes rejeitos,
propõe-se a estimativa de parâmetros de resistência drenados, tal qual a estimativa
de ψ, concomitante à estimativa dos demais parâmetros apresentados no item 2 do
presente trabalho.

98
• Rejeitos finos: materiais de característica fina, aos quais atribui-se o comportamento
correspondente às classes CC, CD e CCS (comportamentos essencialmente
argilosos). Para estes materiais, nos quais a cravação tende a ocorrer de forma
predominantemente não drenada, não é possível, de acordo com Schnaid (2020) e
Lunne et al. (1997), a estimativa de parâmetros de resistência drenada e de ψ pelos
métodos convencionalmente aplicados à solos, apresentados no item 2 do presente
trabalho.

Figura 4.6 – Compartimentação dos rejeitos em profundidade para os furos CPT-01,


CPT-02 e CPT-03.

99
Figura 4.7 – Compartimentação dos rejeitos em profundidade para os furos CPT-04,
CPT-05 e CPT-06.

Dada a significativa indicação de microestruturação nos furos CPT-04, CPT-05, e CPT-


06 propõe-se a avaliação da classificação dos rejeitos analisados por meio da
metodologia proposta por Schneider et al. (2008) e modificada por Robertson (2016).
Os resultados são apresentados na Figura 4.8.

100
Figura 4.8 – Classificação dos rejeitos pelo sistema de classificação proposto por
Schneider et al. (2008) modificado por Robertson (2016) para os furos CPT-01, CPT-
02, CPT-03 e CPT-04.

101
Na Tabela 4.2 e na Tabela 4.3 são apresentados os quadros comparativos das
classificações obtidas para os rejeitos analisados de acordo com a metodologia proposta
por Robertson (2016), com as classes obtidas a partir do ábaco proposto por Schneider
et al. (2008) e modificado por Robertson (2016).

Tabela 4.2 – Quadro comparativo de frequências de classes observadas para os ensaios


CPT-01, CPT-02 e CPT-03.

CPT-01 CPT-02 CPT-03


Schneider Schneider Schneider
Classe Robertson (2008) mod. Robertson (2008) mod. Robertson (2008) mod.
(2016) Robertson (2016) Robertson (2016) Robertson
(2016) (2016) (2016)

CCS 15,56% 0,00% 18,14% 0,08% 27,37% -


CS 2,62% 7,72% 9,49% 18,58% 37,82% 20,22%
CD - - 0,16% - - -
TC 8,51% 35,20% 43,07% 54,68% 13,45% 69,01%
TD 9,42% - 0,36% - - -
SC 61,83% - 25,38% - 20,83% -
SD 2,06% 57,08% 3,39% 26,65% 0,53% 10,77%

Tabela 4.3 – Quadro comparativo de frequências de classes observadas para os ensaios


CPT-04, CPT-05 e CPT-06.

CPT-04 CPT-05 CPT-06


Schneider Schneider Schneider
Classe Robertson (2008) mod. Robertson (2008) mod. Robertson (2008) mod.
(2016) Robertson (2016) Robertson (2016) Robertson
(2016) (2016) (2016)
CCS 41,75% - 1,40% - 12,36% -
CS 44,58% 57,81% 85,75% 54,76% 41,62% 15,34%
CD 0,71% - 6,31% - - -
TC 6,13% 39,16% 0,93% 40,60% 28,80% 80,11%
TD 1,42% - 3,50% - - -
SC 4,48% - 0,23% - 17,22% -
SD 0,94% 3,03% 1,87% 4,64% - 4,55%

102
A Figura 4.9, busca retratar por meio de gráficos de barra os dados apresentados nas
Tabelas 4.2 e 4.3.

Figura 4.9 – Frequências observadas por classe para os ensaios analisados de acordo
com a metodologia proposta por Robertson (2016).

103
Observa-se, conforme ilustrado na Figura 4.9, que a classificação obtida em função de
U2 (Schneider, 2008 modificado por Robertson, 2016) apresenta-se significativamente
discrepante da obtida em função de FR (Robertson, 2016). O resultado da classificação
obtido em função de U2 indica a presença de areias dilatantes (SD) com percentuais
variáveis entre 3,03% e 57,08%. A mesma classe apresenta-se com frequências não
superiores a 3,39% na classificação em função de FR. Nota-se, de maneira análoga, a
maximização das frequências obtidas para os materiais transicionais, conjugada à
diminuição dos materiais de comportamento fino. Para os primeiros, nota-se frequências
variáveis entre 35,20% e 80,11%, em contraste ao intervalo compreendido entre as
frequências de 0,93% e 43,07% obtido para a mesma classe em função de FR.

Com relação à fração de comportamento fino contrátil, (CCS e CC) tem-se diferenças
entre os dois resultados variáveis entre 8,97% e 44,97%. Com base na observação dos
resultados, tem-se o indicativo de comportamentos mais contráteis e finos a partir da
classificação em função de FR, inicialmente proposta por Robertson (2016).

Tal observação contraria a tendência indicada por Robertson (2016), uma vez que,
apesar da ocorrência significativa de solos com indicação de microestruturação, a
aplicação do ábaco Qtn x U2 de Schneider et al. (2008) não é mais conservadora em
termos da ocorrência de materiais finos e contráteis. Sendo assim, adota-se a
classificação indicada pelo ábaco Qtn x FR de Robertson (2016) e a compartimentação
dos materiais ao longo dos furos de sondagem indicados pela Figura 4.6 e pela Figura
4.7, apresentadas anteriormente.

4.3 RESISTÊNCIA DRENADA

Foi realizada a estimativa dos parâmetros de resistência drenada dos rejeitos granulares
com base nos resultados dos ensaios SPT e sCPTu realizados, de acordo com a
metodologia apresentada no item 2. A utilização de equações empíricas para a estimativa
de parâmetros de resistência em solos é difundida na Engenharia Geotécnica, mas deve
ser utilizada com ressalvas e com aplicações restritas. Considerando que o geomaterial
analisado se difere em diversos aspectos de um solo natural, ressalta-se que a análise
apresentada tem por objetivo a comparação entre os valores estimados por estas

104
equações e os obtidos pelo ensaio sCPTu, sendo necessária ainda mais moderação e
senso crítico na utilização destas formulações.

Foi proposta a análise global dos parâmetros, sem distinção dos rejeitos por furo de
sondagem. A definição dos parâmetros de resistência drenada do rejeito fino, por sua
vez, se deu a partir dos apontamentos feitos acerca do ensaio triaxial CID apresentado
no item 3.2.2.

As estimativas de φ’ realizadas com base nos resultados de ensaios SPT – a partir dos
equacionamentos propostos por de Mello (1971) Bolton (1986) Teixeira (1996)
Hatanaka e Uchida (1996), Meyerhof (1959), Peck et al. (1974) Schmertmann (1975) e
Schnaid et al. (2009) – resultaram as distribuições de frequência de φ’ apresentadas nos
gráficos boxplot da Figura 4.10.

Figura 4.10 – Boxplot dos valores de φ’ obtidos com base nas correlações analisadas.

Observa-se que as estimativas propostas resultaram em ângulos de atrito


majoritariamente localizados na faixa compreendida entre 30° e 45°, típica de materiais
arenosos (Das e Sobhan, 2017), na qual situam-se os valores de φ’ de 32,0° a 43,4°

105
estimados para rejeitos de minério de ferro apresentados por Presoti (2002), Motta
(2010) e Marçal (2018).

Os valores resultantes das equações de De Mello (1971), Hatanaka e Uchida (1996),


Meyerhof (1959) e Schnaid et al. (2009) apresentam significativa similaridade,
indicando a convergência dos estudos em torno de uma faixa média de estimativas.
Verifica-se que, por meio dos gráficos, as propostas de Schnaid et al. (2009), Teixeira,
Schmertman (1975) apresentaram outliers com discrepância significativa, tais valores
deveriam ser descartados. Neste contexto, serão adotados, de forma conservadora, a
média dos primeiros quartis das referidas estimativas, descartando-se o emprego das
demais equações.

Estima-se assim, com base nos resultados obtidos dos ensaios SPT, o valor de φ’ de
32,7°. Assume-se, dada a natureza granular do material analisado, o valor de coesão
drenada, c’, de 0 kPa.

A estimativa de φ’ baseada nos resultados dos ensaios CPTu analisados tomaram como
base a compartimentação apresentada na Figura 4.6 e na Figura 4.7. Uma vez
diferenciados os rejeitos predominantemente granulares, com comportamento drenado,
dos rejeitos finos, com baixa resistência e significativa umidade residual, procedeu-se a
estimativa dos parâmetros de resistência drenada do rejeito granular, de acordo com as
equações apresentadas no item 2.3.

As estimativas e descrições estatísticas são apresentadas e individualizadas por furo no


ANEXO B.

São apresentados na Figura 4.11 e na Figura 4.12 os resultados das estimativas de φ’


obtidas para os rejeitos granulares pelas correlações propostas por Robertson e
Campanella (1983), Kulhawy e Mayne (1990), Lunne et al. (1997), Schnaid (2020) apud
Kulhawy e Mayne (1990) e Schnaid (2020) apud Lunne et al. (1997).

106
Figura 4.11 – Estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na
estrutura analisada pelas correlações de Robertson e Campanella (1983), Kulhawy e
Mayne (1990) e Lunne et al. (1997).

Ao serem comparados os valores apresentados na Figura 4.11, verifica-se um


comportamento semelhante entre as diferentes equações, acompanhando as variações de
NSPT das camadas investigadas, sendo que a maior parte dos valores oscilou entre 20 e
40°.

Verifica-se que os valores estimados pelas equações de Kulhawy e Mayne (1990) e


Lunne et al. (1997) modificadas por Schnaid (2020) apresentaram valores com menores

107
oscilações de acordo com as profundidades conforme ilustra a Figura 4.12, em
comparação às demais propostas apresentadas na Figura 4.11. Contudo, os valores
retratados na Figura 4.12, em sua maior parte, se mantiveram dentro do intervalo obtido
pelas demais equações apresentadas anteriormente, mas entre uma faixa de valores
menor, compreendida entre 30 e 40°.

Figura 4.12 – Estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares dispostos na


estrutura analisada pelas correlações de Kulhawy e Mayne (1990) e Lunne et al.
(1997) modificadas por Schnaid (2020).

108
As faixas de φ’ são apresentadas por meio de diagramas de caixa ou boxplot
apresentados na Figura 4.13. Por meio dos diagramas verifica-se o excessivo número de
valores discrepantes (outliers) para as equações propostas por Robertson e Campanella
(1983), Kulway e Mayne (1990) e Lunne et al. (1997). As equações modificadas por
Schnaid (2020) apresentaram menores faixas de valores discrepantes em relação às
demais equações estudadas.

Figura 4.13 – Boxplot das estimativas de φ’ realizadas para os rejeitos granulares


dispostos na estrutura analisada.

São observadas faixas de variação significativas de φ’, com valores variando entre
aproximadamente 5° a 50°. O que se nota, entretanto, da análise da Figura 4.13, é que
valores extremados consistem em outliers, havendo expressiva concentração das
frequências em torno da mediana – sendo percebidas 50% das frequências em faixas não
maiores que 2,6°, para cada uma das estimativas realizadas.

109
A Tabela 4.4 apresenta um resumo estatístico descritivo das estimativas de φ’ realizadas
a partir dos resultados dos ensaios CPTu.

Tabela 4.4 – Resumo estatístico descritivo dos valores de φ’ estimados para o rejeito
granular estudado.

φ (°)
Schnaid
Schnaid
(2020)
Robertson e Kulhawy e (2020)
Lunne et apud
Campanella Mayne apud
al. (1997) Kulhawy e
(1983) (1990) Lunne et
Mayne
al. (1997)
(1990)
Média 31,6 34,2 30,6 33,5 37,9
Mediana 31,8 35,3 30,9 33,4 37,5
Moda 31,0 26,4 30,1 32,9 36,9
Desvio padrão 3,7 3,3 3,7 1,2 1,6
Variância 13,7 10,6 13,4 1,4 2,4
Mínimo 6,1 4,9 5,7 29,8 33,1
Máximo 51,5 45,1 50,5 37,4 46,1
1º Quartil 30,6 33,5 29,7 32,9 37,0
3º Quartil 32,9 36,1 32,00 34,1 38,3

Desta maneira, observa-se a obtenção de valores de φ’ significativamente baixos para as


correlações propostas por Robertson e Campanella (1983) e Lunne et al. (1997). Foram
adotadas, portanto, para a definição de φ’, a equação de Kulhawy e Mayne (1990) e as
adaptações das equações de Kulhawy e Mayne (1990) e Lunne et al. (1997) propostas
por Schnaid (2020).

A média dos primeiros quartis obtidos pelas equações adotadas para a caracterização do
rejeito granular, de maneira conservadora, resulta em valores de φ’ iguais a 34,5°, com
uma diferença de tg(φ’) de 6,85% com relação aos resultados obtidos para os ensaios
SPT.

Para o rejeito fino, assume-se valores de c’ de 19,6 kPa, φ’ de 30,8° e φ’cr de 32,1°
apresentados no item 3.2.2, resultantes do ensaio triaxial CID realizado.

110
4.4 RESISTÊNCIA NÃO DRENADA

As estimativas das razões de resistência não drenada de pico e liquefeita se deram por
meio dos métodos propostos por Olson e Stark (2003) para os rejeitos caracterizados
como granulares, e Robertson (2010) para os rejeitos caracterizados como finos.

A estimativa de su/σ’v e su/σ’v,liq obtidas são assim divididas de acordo com o tipo de
rejeito analisado.

Rejeito granular

Os resultados das estimativas de su/σ’v e su/σ’v,liq obtidos para o rejeito granular com os
dados dos ensaios SPT, a partir das Equações 2.29 e 2.30 sugeridas por Olson e Stark
(2003), são apresentados na Figura 4.14. Os limites superior e inferior estimados são
delimitados por retas tracejadas de inclinações máxima e mínima iguais a su/σ’v (ou
su/σ’v,liq) máximo e mínimo, respectivamente

111
a b

Figura 4.14 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de
ensaios SPT: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq.

A Tabela 4.5 apresenta o resumo estatístico descritivo dos resultados observados e a


Figura 4.15 apresenta os gráficos boxplot resultantes da distribuição dos valores
calculados.

Tabela 4.5 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados
para o rejeito granular estudado em função dos ensaios SPT.

su/σ'v su,liq/σ'v
Média 0,28 0,10
Mediana 0,29 0,11
Moda 0,29 0,11
Desvio padrão 0,02 0,02

112
Variância 5,02E-04 4,56E-04
Mínimo 0,21 0,03
Máximo 0,30 0,12
1º Quartil 0,27 0,09
3º Quartil 0,29 0,11

Figura 4.15 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares
dispostos na estrutura analisada.

Nota-se que tanto para su/σ’v quanto para su/σ’v,liq, significativa concentração das
frequências em torno dos valores medianos de razões de resistência. A relação su/σ’v
varia entre os valores de 0,21 e 0,30, enquanto su/σ’v,liq está contida entre 0,03 e 0,12.

As faixas de valores estimadas mostram-se condizentes com a faixa aproximada de su/σ’v


de 0,10 a 0,40 observada por Olson (2001) para areias siltosas. Observa-se para os
valores de su/σ’v,liq, que se enquadram na faixa aproximada de 0,05 a 0,40. Define-se, de
maneira análoga à estabelecida para a determinação da resistência drenada, a adoção dos
valores de su/σ’v e su/σ’v,liq correspondentes aos primeiros quartis. Assim, os ensaios SPT
resultam em su/σ’v de 0,27 e su/σ’v,liq de 0,09.

113
As estimativas de razões de resistência não drenadas feitas com base nos resultados de
ensaios CPTu evidenciam faixas de su/σ’v situadas entre 0,21 e 0,63 e de su/σ’v,liq situadas
entre 0,03 e 0,46. A Figura 4.16 apresenta os resultados obtidos.

a b

Figura 4.16 – Estimativas feitas para o rejeito granular com base nos resultados de
ensaios CPTu: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq.

A Tabela 4.6 apresenta o resumo estatístico descritivo das estimativas feitas.

Tabela 4.6 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados
para o rejeito granular estudado em função dos ensaios CPT.

su/σ'v su,liq/σ'v
Média 0,25 0,07
Mediana 0,25 0,07
Moda 0,21 0,04

114
Desvio padrão 0,03 0,03
Variância 0,00 0,00
Mínimo 0,21 0,03
Máximo 0,63 0,46
1º Quartil 0,24 0,06
3º Quartil 0,25 0,08

Apesar da ocorrência de outliers, com resistências significativamente distantes das


faixas de valores apresentados por Olson (2001), nota-se da análise dos gráficos boxplot
apresentados na Figura 4.17 a significativa convergência das frequências em torno dos
valores de razão de resistência modais.

Figura 4.17 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos granulares.

Associa-se a ocorrência dos outliers de alta resistência à presença localizada dos


materiais pedregulhosos apresentados no item 3.1, não sendo estes representativos do
comportamento dos rejeitos granulares dispostos na barragem, dada a sua escassez.

Os valores de su/σ’v e su/σ’v,liq definidos com base nos primeiros quartis são de 0,24 e
0,06, respectivamente – inferiores às estimativas feitas a partir dos ensaios SPT em 11%
e 33%.

115
Apesar das discrepâncias observadas em termos dos valores definidos em função dos
primeiros quartis, observa-se estimativas muito similares em termos de faixas, com as
estimativas tomadas em função dos ensaios SPT não destoando das obtidas a partir dos
ensaios CPTu, às quais atribui-se maior assertividade.

Rejeito fino

As estimativas feitas para su/σ’v e su/σ’v,liq, com base na proposta apresentada por
Robertson (2010) para ensaios CPTu são expostas na Figura 4.18.

A Tabela 4.7 apresenta o resumo estatístico descritivo das estimativas feitas.

Tabela 4.7 – Resumo estatístico descritivo dos valores de su/σ’v e su/σ’v,liq estimados
para o rejeito fino estudado em função dos ensaios CPT.

su/σ'v su,liq/σ'v
Média 0,33 0,12
Mediana 0,27 0,10
Moda 0,18 0,02
Desvio padrão 0,16 0,09
Variância 0,03 0,01
Mínimo 0,06 0,00
Máximo 2,02 0,68
1º Quartil 0,22 0,05
3º Quartil 0,39 0,16

116
a b

Figura 4.18 – Estimativas de feitas para o rejeito fino com base nos resultados de
ensaios CPTu: a) su/σ’v e b) su/σ’v,liq .

Considerando-se a faixa de valores de su/σ’v0 su/σ’v0,liq nota-se que o valor máximo de


2,02 para su/σ’v0 e 0,68 para su,liq/σ’v0. Tais valores são pouco razoáveis para a resistência
não drenada de um material fino normalmente adensado, de acordo com Robertson e
Cabal (2015).

A tomada de ajustes manuais aos limites superior e inferior, a partir da exclusão de


alguns valores discrepantes (outliers) as dispersões de pontos apresentadas na Figura

117
4.19, entretanto, evidencia a significativa concentração dos valores de su/σ’v0 na faixa
aproximada de 0,10 a 0,74 e de su/σ’v0,liq e entre 0,01 a 0,37. Tais valores, são típicos de
materiais finos de acordo com Robertson e Cabal (2015). Os valores superiores de
resistência, aos quais pode ser atribuído o efeito da saturação parcial ou do ressecamento
superficial, devido a estas condições ocorrem a profundidades predominantemente rasas
– inferiores a 5 m (Robertson e Cabal, 2015).

Figura 4.19 – Estimativas de su/σ’v e su/σ’v,liq feitas para o rejeito fino com base nos
resultados de ensaios CPTu.

118
O trabalho de Mayne e Mitchell (1988) aponta que, para 96 amostras de argilas e siltes
de plasticidade média a baixa, observou-se que é possível o estabelecimento de uma
faixa de valores de su/σ’v0 em relação ao OCR. Para o OCR igual a 1, são percebidos
valores situados na faixa de 0,1 a 0,5. Os valores estimados a partir dos resultados de
ensaios CPTu mostram-se condizentes com esta faixa, sendo estabelecido a partir do
primeiro quartil o valor de su/σ’v0 de 0,22, similar ao sugerido por Mesri (1975) para
argilas NA – de comportamento similar ao indicado como predominante para os rejeitos
finos através das classificações SBTn.

As estimativas de su/σ’v0,liq, por sua vez, se mostram condizentes com o apontamento de


Robertson e Cabal (2015) de que as razões de resistência liquefeitas em materiais finos
podem ser da ordem de 10 ou mais vezes inferiores às razões de resistência de pico. O
valor de 0,05, definido a partir do primeiro quartil retratado na Figura 4.20, é condizente
com tais apontamentos.

Figura 4.20 – Boxplot das estimativas de su/σ’v realizadas para os rejeitos finos
dispostos na estrutura analisada.

119
4.5 ANÁLISE DOS ENSAIOS DE DISSIPAÇÃO

Foi proposta, para a análise dos ensaios de dissipação apresentados inicialmente no item
3.1.2, a utilização da máxima poropressão como valor de u2,max, desprezando-se os
trechos ascendentes iniciais observados em algumas das curvas apresentadas, conforme
método proposto por Robertson e Cabal (2015).

Para cada uma das curvas, foi feita a determinação dos valores de t50 considerando-se a
poropressão de estabilização, u0, como 0 kPa, dadas as observações de ausência de nível
freático discutidas no item 3.1.

As curvas de dissipação corrigidas, tal qual os valores do parâmetro m proposto por Teh
(1987) para a estimativa do coeficiente de adensamento horizontal, ch, são apresentadas
nas Figuras 4.21 a 4.26, de acordo com os furos de sondagem.

120
Figura 4.21 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
01.

121
Figura 4.22 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
02.

122
Figura 4.23 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
03.

123
Figura 4.24 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
04.

124
Figura 4.25 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
05.

125
Figura 4.26 – Ensaios de dissipação corrigidos realizados ao longo da sondagem CPT-
06.

As estimativas de ch, de acordo com as Eq. 2.62 e 2.63 propostas por Teh (1987) e Teh
e Houlsby (1988) tomaram as estimativas de su médias apresentadas no item 4.4 nos
trechos ensaiados através do método de medição de ondas s do ensaio sCPTu. Com base
nos valores de su adotados, foram calculados os valores de IR, a partir dos quais estimou-
se os valores de k a utilizando-se a Equação 2.64.

Adicionalmente, foram calculados os valores de k pelas propostas de Teh (1987),


Houlsby e Teh (1988) – com Moed estimado de acordo com Robertson (2009) – e Mayne
(2001).

126
Tabela 4.8 – Valores calculados de ch e k para os rejeitos analisados.

ch (m²/s) k (m/s) -
ch (m²/s) k (m/s) - k (m/s) –
Moed – Houlsby Houlsby e
Prof. (m) IR m – Teh Teh Mayne
(Mpa) e Teh Teh
(1987) (1987) (2001)
(1988) (1988)
15,04 - 5,97 -0,10 - - - - 7,29E-08
18,13 - 16,26 -0,20 - - - - 7,72E-07
CPT-01

20,06 - 5,03 -0,10 - - - - 1,34E-07


27,17 - 180,64 - - - - - -
30,10 - 6,70 -0,09 - - - - 4,06E-08
15,03 - 3,00 -0,06 - - - - 4,41E-08
18,00 - 109,49 - - - - - -
21,00 - 167,85 - - - - - -
CPT-02

24,00 - 121,63 - - - - - -
27,00 - 158,43 -0,14 - - - - 1,45E-07
30,00 - 130,97 -0,11 - - - - 1,59E-07
33,00 - 63,29 -0,08 - - - - 6,89E-08
36,00 - 97,49 -0,11 - - - - 2,00E-07
3,06 - 4,77 -0,03 - - - - -
6,00 - 52,15 - - - - - -
CPT-03

9,00 - 2,05 -0,05 - - - - 2,94E-08


12,00 - 4,18 -0,08 - - - - 4,66E-08
15,00 - 3,74 -0,06 - - - - 4,37E-08
18,03 - 128,11 - - - - - -
4,00 1986,35 3,27 -0,04 2,11E-05 1,86E-05 6,32E-08 5,57E-08 1,36E-08
CPT-04

9,00 1792,65 4,06 -0,06 4,04E-05 3,23E-05 9,76E-08 7,80E-08 2,89E-08


14,00 3255,94 2,97 -0,05 3,22E-05 3,05E-05 1,06E-07 1,01E-07 1,85E-08
19,00 1952,43 21,30 -0,06 3,80E-05 3,26E-05 1,75E-08 1,50E-08 2,77E-08
4,98 2225,92 2,43 -0,04 2,26E-05 2,36E-05 9,13E-08 9,52E-08 1,70E-08
CPT-05

9,97 2173,01 3,25 -0,05 3,56E-05 3,25E-05 1,07E-07 9,80E-08 2,58E-08


14,97 2138,31 3,55 -0,05 2,55E-05 2,42E-05 7,04E-08 6,68E-08 1,80E-08
19,97 2020,90 3,58 -0,07 6,03E-05 4,73E-05 1,65E-07 1,29E-07 4,31E-08
9,00 2148,61 43,76 -0,17 3,41E-04 3,81E-04 7,65E-08 8,55E-08 5,65E-07
CPT-06

11,00 1726,18 6,54 -0,07 4,82E-05 4,38E-05 7,23E-08 6,57E-08 4,33E-08


13,00 3852,05 2,19 -0,08 9,46E-05 8,51E-05 4,24E-07 3,82E-07 6,01E-08

Nota-se significativa convergência dos valores de ch e kh obtidos, sendo observadas


ordens de grandeza similares às apresentadas por Mota (2010) para cv e Albuquerque
Filho (2014) para ch e kh de rejeitos de minério de ferro. Dada a significativa
variabilidade de ordem de grandeza comumente observada para parâmetros relativos ao
fluxo (Das e Sobhan, 2017), os valores obtidos são tratados em escala logarítimica. Desta

127
maneira, a Tabela 4.9 apresenta a o resumo estatístico descritivo feito para os logs das
estimativas.

Tabela 4.9 – Resumo estatístico descritivo das estimativas de parâmetros de


permeabilidade e adensamento para o rejeito fino.

ch (m²/s) – k (m/s) – k (m/s) –


ch (m²/s) - k (m/s) -
Houlsby e Houslby e Mayne
Teh (1987) Teh (1987)
Teh (1988) Teh (1988) (2001)
Média 4,61E-05 4,21E-05 8,98E-08 8,21E-08 5,72E-08
Mediana 3,80E-05 3,25E-05 9,13E-08 8,55E-08 4,37E-08
Moda - - - - -
Desvio padrão 2,21 2,31 2,14 2,14 2,90
Variância 1,32 1,35 1,29 1,29 1,64
Mínimo 2,11E-05 1,86E-05 1,75E-08 1,50E-08 1,36E-08
Máximo 3,41E-04 3,81E-04 4,24E-07 3,82E-07 7,72E-07
1º Quartil 2,87E-05 2,72E-05 7,13E-08 6,62E-08 2,83E-08
3º Quartil 5,39E-05 4,55E-05 1,06E-07 9,95E-08 9,88E-08

Os resultados são, adicionalmente, apresentados em termos de log(ch) e log(k) nos


gráficos boxplot da Figura 4.27 e da Figura 4.28, respectivamente.

128
Figura 4.27 – Boxplot das estimativas de log(ch) realizadas para o rejeito analisado.

Figura 4.28 – Boxplot das estimativas de log(k) realizadas para o rejeito analisado.

Para os valores de ch, observa-se os primeiros quartis das distribuições de log(ch) de -


4,54 e -4,57 para os equacionamentos propostos por Teh (1987) e Houlsby e Teh (1988).

129
A adoção da média dos primeiros quartis resulta em valor de ch igual a 3,09x10-5 m/s²
para o rejeito fino.

Os valores de permeabilidade horizontal, kh, apresentam primeiros quartis de -7,15, -


7,18 e -7,55 pra as estimativas tomadas pelas propostas de Teh (1987), Houlsby e Teh
(1988) e Mayne (2001). Adotando-se a permeabilidade correspondente à média dos
valores de primeiro quartil, tem-se como kh característico do rejeito fino o valor de
5,10x10-8 m/s.

4.6 ANÁLISE DE SUSCEPTIBILIDADE À LIQUEFAÇÃO

As análises de susceptibilidade à liquefação foram realizadas em função da


compartimentação dos rejeitos em finos e granulares apresentada no item 3.1.

REJEITO GRANULAR

Os estudos conduzidos para o rejeito granular, a partir da metodologia proposta por Olson
e Stark (2003) em que são utilizados ensaios SPT e CPTu resultam os gráficos
apresentados na Figura 4.29 e na Figura 4.30, respectivamente.

130
Figura 4.29 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base
nos dados de ensaio SPT.

A verificação dos valores de N1,60 aponta a ocorrência significativa de materiais de


comportamento contrátil, e, portanto, suscetíveis à liquefação, estando 71,83% dos
pontos analisados situados à esquerda da envoltória proposta por Olson e Stark (2003),
conforme ilustra a Figura 4.29.

Os ensaios CPTu, retratados na Figura 4.30, indicam uma situação mais crítica do rejeito
granular, com 98,43% dos rejeitos suscetíveis à liquefação.

131
Figura 4.30 – Análise de susceptibilidade à liquefação dos rejeitos granulares com base
nos dados de ensaio CPTu.

Ambos os ensaios indicam, entretanto, a ocorrência concentrada de materiais de


comportamento potencialmente dilatante em tensões confinantes específicas. No caso
dos ensaios SPT, observa-se que entre as tensões de 150 kPa e 250 kPa e mais adiante,
na faixa compreendida entre 400 kPa e 500 kPa tal comportamento é proeminente, por
apresentarem valores mais distantes da envoltória. Os ensaios CPTu evidenciam de
maneira mais sobressaltada o mesmo comportamento às tensões confinantes
aproximadas de 200 kPa e 400 kPa.

132
Tais ocorrências podem ser atribuídas à presença concentrada de material pedregulhoso,
com características resistentes e drenantes diferentes das observadas para o rejeito
granular como um todo, decorrentes do processo de disposição – conforme discutido no
item 3.1. Assume-se assim que tais comportamentos seriam pouco representativos da
totalidade do rejeito granular, dada a sua pouca expressividade estatística e a
concentração espacial das suas ocorrências.

As classificações feitas de acordo com a metodologia SBTn (Robertson, 2016), por sua
vez, indicam que os rejeitos granulares, apresentados na Figura 4.31, se mostram em sua
quase totalidade (99,11%) abaixo da linha CD = 70, limiar entre os comportamentos
dilatante e contrátil sob o cisalhamento. Tal observação é indicativa da ocorrência de
comportamentos resistentes do rejeito de característica arenosa similares aos percebidos
em casos históricos de liquefação analisados por Robertson (2016), indicando o
significativo potencial de liquefação do material.

Figura 4.31 – Classificação SBTn (Robertson, 2016) dos rejeitos granulares.

As indicações feitas de aproximadamente 99% dos rejeitos granulares apresentarem


potencial contrátil sob o cisalhamento são corroboradas pelas estimativas do parâmetro
de estado, ψ, a partir das metodologias de Schnaid e Yu (2007) e de Robertson (2010),

133
apresentadas na Figura 4.32. Nesta figura, verifica-se os valores de ψ ficaram
compreendidos no intervalo de -0,2 e 0,6.

Figura 4.32 – Estimativas de ψ para o rejeito granular.

Verifica-se por meio da Figura 4.32 considerando a metodologia de Robertson (2010),


que apesar da ocorrência de valores de parâmetros de estado extremados, de forma
localizada em profundidades predominantemente inferiores a 10 m, é notável a
convergência das estimativas em torno da mediana, com 50% das frequências
concentradas na faixa de 0,06 a 0,12. As estimativas realizadas pela correlação de
Schnaid e Yu (2007) resultam valores muito similares, concentrados entre 0,05 e 0,016.

134
Valores de ψ inferiores a -0,05, apontados por Jefferies e Been (2016) como de
comportamento tendenciosamente dilatante, ocorrem em apenas em 4,43% das leituras
realizadas em ensaios CPTu de acordo com a metodologia proposta por Robertson
(2010). A metodologia de Schnaid e Yu (2007), por sua vez, apresenta que os rejeitos
granulares se apresentam dilatantes em apenas 0,70% dos casos analisados.

Os gráficos boxplot das distribuições de ψ são apresentados na Figura 4.33. Por meio dos
diagramas desta figura, verifica-se que a proposta de Robertson (2010) apresentou um
maior número de valores discrepantes (outliers), situação já esperada conforme ilustrado
na Figura 4.32.

Figura 4.33 – Boxplot das estimativas de ψ realizadas para os rejeitos granulares


dispostos na estrutura analisada.

A Tabela 4.10 apresenta o resumo estatístico descritivo das estimativas de ψ.

Tabela 4.10 – Resumo estatístico descritivo dos valores de ψ estimados para o rejeito
granular.

135
Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)

Média 0,12 0,09


Mediana 0,10 0,08
Moda 0,01 0,30
Desvio padrão 0,08 0,09
Variância 0,01 0,01
Mínimo -0,09 -0,41
Máximo 0,33 0,61
1º Quartil 0,05 0,06
3º Quartil 0,16 0,12

A avaliação dos comportamentos dos rejeitos granulares no espaço ψ x U2 apresentado


no trabalho de Winckler et al. (2014), representado na Figura 4.34. Aponta como ainda
mais escassa a ocorrência de comportamentos dilatantes – para os quais tem-se, de acordo
com Jefferies e Been (2016) a ocorrência de parâmetros de estado inferiores a -0,05 e
dilatação sob cisalhamento acarretando a geração de incrementos de poropressão
negativos (U2 < 0).

Observa-se, no gráfico, que apenas 0,66% das estimativas de ψ, feitas a partir da proposta
de Robertson (2010) e conjugadas com os valores de U2, evidenciam comportamento
dilatante, enquanto a totalidade das estimativas de ψ, feitas pela proposta de Schnaid e
Yu (2007) conjugadas com valores de U2, revelam comportamentos que sugerem a
contratibilidade do rejeito granular.

136
Figura 4.34 – Análise do rejeito granular no espaço ψ x U2 proposto por Winckler et
al. (2014).

No cenário apresentado, adota-se como características do rejeito granular o parâmetro


de estado variando entre 0,05 e 0,06, dados os primeiros quartis observados para as
distribuições de estimativas de ψ. E a ocorrência de comportamentos dilatantes em
94,57% a 100,00% de sua totalidade indicando, por tanto, a susceptibilidade à liquefação
dos rejeitos granulares.

REJEITO FINO

A Figura 4.35 apresenta as classificações SBTn dos rejeitos finos. A distribuição dos
pontos, com 99,11% destes situados em zonas de comportamento contrátil, evidenciam
a ocorrência de características de susceptibilidade à liquefação também no rejeito fino,
dada a sua ausência de plasticidade – associada à liquefação de materiais finos, conforme
expõe Marçal (2018) – apontada no item 3.1.2.

137
O comportamento observado na carta de classificação SBTn (Robertson, 2016)
corrobora com as observações feitas no ensaio triaxial CID apresentado no item 3.2.2, a
partir do qual faz-se a extrapolação das LEC e LCI, obtendo-se a estimativa de ψ de
0,04.

Assume-se, frente ao observado, com ressalvas relativas às extrapolações propostas no


ensaio triaxial CID, o valor de ψ igual a 0,04 para o rejeito fino, com potencial de
liquefação de acordo com 99,11% das observações feitas.

Figura 4.35 – Classificação SBTn (Robertson, 2016) dos rejeitos finos.

138
CAPÍTULO 5
5 CONCLUSÕES

Ao longo do presente trabalho, foram discutidas as características observadas nos


testemunhos de sondagens analisados e as particularidades observadas nos ensaios SPT
e CPT, as quais evidenciavam, em conjunto com a avaliação dos testemunhos de
sondagem, a presença de dois materiais de características distintas dispostos no interior
da barragem analisada: um de característica predominantemente fina, de baixa
plasticidade; e outro de característica predominantemente arenosa.

Foram discutidos os aspectos de elevada saturação residual observável para os materiais


finos, que evidenciam, em conjunto com sua natureza pouco a não plástica, a
possibilidade de ocorrência de liquefação, embasando-se a necessidade do estudo da
susceptibilidade à liquefação do material em conjunto com a do rejeito arenoso.

5.1 PARAMETRIZAÇÃO DOS MATERIAIS

A parametrização das características geotécnicas dos rejeitos denominados rejeitos


granulares e finos, realizada, majoritariamente, por meio de estimativas empíricas, foi
feita adotando-se como premissa a utilização dos primeiros quartis das distribuições de
frequências observadas para as estimativas.

Os resultados obtidos para os parâmetros de permeabilidade, adensamento, resistência


drenada e resistência não drenada apresentaram convergência satisfatória com as faixas
de valores apontadas por Lunne et al. (1997), Schnaid e Odebrecht (2012), Mayne
(2001), Olson e Stark (2001, 2003), Robertson (2009, 2010, 2016), Robertson e Cabal
(2015) e Jefferies e Been (2016). Adicionalmente, pontua-se convergência destes
parâmetros com os comportamentos indicados pela carta de caracterização SBTn
(Robertson, 2016), a qual evidencia o comportamento sensível dos materiais analisados.

139
As estimativas de parâmetro de estado obtidas para os rejeitos granulares, tal qual sua
extrapolação tomada em função do ensaio triaxial CID para os rejeitos finos mostram-
se coerentes com os comportamentos indicados nas análises de susceptibilidade à
liquefação.

5.2 ANÁLISES DE SUSCEPTIBILIDADE À LIQUEFAÇÃO

As análises de susceptibilidade à liquefação efetuadas no presente trabalho se


apresentaram restritas para o rejeito fino, quando comparado ao rejeito granular, em
função das limitações aplicativas dos métodos de análise utilizados. Nota-se, entretanto,
a convergência da análise de susceptibilidade à liquefação a partir da metodologia
proposta por Robertson (2016) para o rejeito fino à extrapolação do parâmetro de estado
tomada do ensaio triaxial CID realizado – resultando a indicação de potencial
susceptibilidade à liquefação em 99,11% da totalidade de pontos analisados.

As análises feitas para os rejeitos predominantemente granulares permitiram a


comparação dos percentuais de materiais com potencial susceptibilidade à liquefação,
tendo sido obtidos indicativos convergentes da ocorrência do potencial na faixa de
94,57% a 100,00% de sua totalidade.

5.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A estimativa dos parâmetros feita para os rejeitos analisados mostra-se satisfatória


quando comparada aos valores típicos apresentados pela bibliografia. Aponta-se,
entretanto, a necessidade da avaliação complementar dos mesmos parâmetros por meio
da realização de uma campanha de ensaios laboratoriais extensiva, na qual faz-se
necessária à coleta de amostras representativas dos rejeitos finos e dos rejeitos
granulares. A realização de caracterizações laboratoriais, conforme aponta Schnaid
(2020), permitiria a aferição dos resultados percebidos a partir das estimativas,
resultando valores mais precisos.

No contexto das observações feitas no presente trabalho, conclui-se a susceptibilidade à


liquefação de ambos rejeitos dispostos no interior da barragem. Ressalta-se, entretanto,
dada a ausência de umidade residual significativa nos rejeitos granulares, que no atual

140
contexto operacional da barragem apenas o rejeito fino é passível de liquefação, dada a
necessidade de água na ocorrência do fenômeno (Jefferies e Been, 2016).

5.4 SUGESTÃO PARA PESQUISAS FUTURAS

Dada a necessidade da avaliação das características geotécnicas dos rejeitos tratados no


presente trabalho por meio de campanha de ensaios laboratoriais já apontada,
recomenda-se para pesquisas futuras – para amostras deformadas e indeformadas de
ambos rejeitos – a realização de:

• Ensaios triaxiais CID e CIU com definição do estado crítico;


• Ensaios de adensamento oedométrico;
• Ensaios de permeabilidade;
• Ensaios do tipo DMT.

141
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147
ANEXOS

ANEXO A – BOLETINS DAS SONDAGENS SPT

148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
ANEXO B – BOLETINS DAS SONDAGENS CPTU

174
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-01 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq

CPT-01 CPT-01 CPT-01 CPT-01


0 0 0 0,0

5 5 5 5,0

10 10 10 10,0
Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)
15 15 15 15,0

20 20 20 20,0

25 25 25 25,0

30 30 30 30,0
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq

Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR

CPT-01 CPT-01 CPT-01 CPT-01


0,0 0,0 0,0 0,0
1,0 1,0
2,0 2,0
3,0 3,0
4,0 4,0
5,0 5,0 5,0 5,0
6,0 6,0
7,0 7,0
8,0 8,0
9,0 9,0
10,0 10,0 10,0 10,0
11,0 11,0
12,0 12,0
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)

13,0 13,0
14,0 14,0
15,0 15,0 15,0 15,0
16,0 16,0
17,0 17,0
18,0 18,0
19,0 19,0
20,0 20,0
20,0 20,0
21,0 21,0
22,0 22,0
23,0 23,0
24,0 24,0
25,0 25,0
25,0 25,0
26,0 26,0
27,0 27,0
28,0 28,0
29,0 29,0
30,0 30,0
30,0 30,0
0 0,5 1 0 3000 6000
CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR

175
Ábacos de Classificação

Classificação SBTn - Robertson (2016) U2 - Qt -Schneider et al. (2012)

1000 1000
SD TD CD
2 3

100 100
1a
SC
Qtn

QT
TC 1b
10 10

1c

1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2

CPT-01 CPT-01

Leituras por classe Leituras por classe


CCS CS CD TC TD SC SD Total 1a 1b 1c 2 3 Total
Qtde. 309 52 0 169 187 1228 41 1986 Qtde. 86 157 0 1037 754 2034
Relat. 15,56% 2,62% 0,00% 8,51% 9,42% 61,83% 2,06% Relat. 4,23% 7,72% 0,00% 50,98% 37,07% 100,00%
100,00%
18,18% 17,93% 63,90%
Suscetível à liquefação 88,52%
Não suscetível à liquefação 11,48%

Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)

1000 1000

SD
TC

100 100

Solos com microestruturação


Qtn

Qtn

CC
10
10
CCS

1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1
Δu2/σ'v0 1 10 100 1000
IG = G0/qn
CPT-01

Leituras por classe Quadro Descritivo


CCS CS TC SD Total Qtde. Relat.
Qtde. 0 157 716 1161 2034 Solos ideais 0 #DIV/0!
Relat. 0,00% 7,72% 35,20% 57,08% 100,00% Solos microestrturados 0 #DIV/0!
7,72% 35,20% 57,08% KG < 100 0 #DIV/0!
Suscetível à liquefação 42,92% Total 0 #DIV/0!
Não suscetível à liquefação 57,08%

176
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)

CPT-01 Suscetível 1678 100,00%


0 Não Suscetível 0 0,00%
Total 1678 100,00%

100

200

300

Profundidade (m)
400

500

600

700

800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular

Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-01 CPT-01 CPT-01 CPT-01


0 0 0 0

5 5
5 5

10 10
10 10

15 15
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

15 15

20 20

20 20
25 25

25 25
30 30

30 30
35 35

35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,08 max. = 0,34 min. = max. =
min. = 0 max. = min. = 6° max. = 39°
0,06 0,8
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) 0,38
Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)

177
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-01 CPT-01 CPT-01 CPT-01


0 0 0 0

5 5 5 5

10 10 10 10

Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m) 15 15
15 15

20 20
20 20

25 25
25 25

30 30
30 30

35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 5° max. = 39° min. = 6° max. = 38° min. = 0° max. = 60° min. = 0° max. = 60°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)

Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ

CPT-01 CPT-01
1 300

0,9
250
0,8

0,7
200
Frequência

0,6
Frequência

0,5 150

0,4
100
0,3

0,2
50
0,1

0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09

0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29

0,32 a 0,33
0,34 a 0,35

-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11

0,2 a 0,21

0,3 a 0,31

Ψ Ψ

Schnaid e Yu (2007): -0,09 a 0,33 Robertson (2010): -0,41 a 0,61

Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)


Média #DIV/0! 0,09
Mediana #NÚM! 0,10
Moda #N/D 0,12
Desvio padrão #DIV/0! 0,05
Variância #DIV/0! 0,00
Mínimo #NÚM! -0,08
Máximo #NÚM! 0,34
1º Quartil #NÚM! 0,06
3º Quartil #NÚM! 0,12

178
Frequência Frequência

100
200
300
400
500
600
700
800
100
200
300
400
500
600
700
800

0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30

CPT-01
CPT-01

31 a 32 31 a 32

φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38

Lunne et al (1997): 5,74 a 50,52


39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44

Robertson e Campanella (1983): 6,13 a 51,47


45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60

179
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)

0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9

0
1
100
200
300
400
500
600
700

1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-01
CPT-01

φ (°)
31 a 32
φ (°)

31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12

41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50

Schnaid (2020) apud Kulhawy e Mayne (1990): 29,77 a 37,44


51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60
CPT-01
1

0,9

0,8

0,7

0,6

Frequência
0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)

Schnaid (2020) apud Lunne et al (1997): 33,14 a 46,11

Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 32,15 35,42 31,22 #DIV/0! #DIV/0!
Mediana 32,49 35,82 31,55 #NÚM! #NÚM!
Moda #N/D #N/D #N/D #N/D #N/D
Desvio padrão 2,30 2,16 2,26 #DIV/0! #DIV/0!
Variância 5,27 4,68 5,12 #DIV/0! #DIV/0!
Mínimo 6,13 4,93 5,74 #NÚM! #NÚM!
Máximo 38,66 38,74 37,68 #NÚM! #NÚM!
1º Quartil 31,88 35,04 30,95 #NÚM! #NÚM!
3º Quartil 33,06 36,41 32,12 #NÚM! #NÚM!

Razão de resistência não drenada de pico - su/σ' v0

CPT-01 CPT-01
1200 40

35
1000
30
800
25
Frequência

Frequência

600 20

15
400
10
200
5

0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65

0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81

su/σ'v0 su/σ'v0

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)


Média 0,25 0,29
Mediana 0,25 0,24
Moda 0,26 #N/D
Desvio padrão 0,01 0,12
Variância 0,00 0,01
Mínimo 0,21 0,06
Máximo 0,32 0,80
1º Quartil 0,25 0,21
3º Quartil 0,26 0,34

180
Frequência

100
200
300
400
500
600
700
800
900

0
0 a 0,01

0,01 a 0,02

0,02 a 0,03

0,03 a 0,04

0,04 a 0,05

0,05 a 0,06

0,06 a 0,07

0,07 a 0,08
CPT-01

0,08 a 0,09

su,liq/σ'v0

Olson e Stark (2003)


0,09 a 0,1

0,1 a 0,11

0,11 a 0,12

0,12 a 0,13

Moda
Média

Mínimo
Máximo
Mediana

Variância

3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14

Desvio padrão
0,14 a 0,15

0,15 a 0,16

0,08
0,07
0,14
0,03
0,00
0,01
0,08
0,08
0,08

181
Frequência
Olson e Stark (2003)
10
20
30
40
50
60
70

0 a 0,01
0,02 a 0,03

0,07
0,02
0,38
0,00
0,00
0,06
0,04
0,06

#N/D

0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'

0,06 a 0,07
Robertson (2010)
v0

0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-01

0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0

Robertson (2010)

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-02 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq

CPT-02 CPT-02 CPT-02 CPT-02


0 0 0 0,0

5,0
5 5 5

10,0

10 10 10
Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)
15,0

15 15 15

20,0

20 20 20
25,0

25 25 25 30,0

35,0
30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq

Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR

CPT-02 CPT-02 CPT-02 CPT-02


0,0 0,0 0,0 0,0
1,0 1,0
2,0 2,0
3,0 3,0
4,0 4,0
5,0 5,0 5,0 5,0
6,0 6,0
7,0 7,0
8,0 8,0
9,0 9,0
10,0 10,0 10,0 10,0
11,0 11,0
12,0 12,0
13,0 13,0
14,0 14,0
Profundidade (m)

Profundidade (m)

15,0 15,0
Profundidade (m)
Profundidade (m)

15,0 15,0
16,0 16,0
17,0 17,0
18,0 18,0
19,0 19,0
20,0 20,0 20,0
20,0
21,0 21,0
22,0 22,0
23,0 23,0
24,0 24,0
25,0 25,0
25,0 25,0
26,0 26,0
27,0 27,0
28,0 28,0
29,0 29,0
30,0 30,0
30,0 30,0
31,0 31,0
32,0 32,0
33,0 33,0
34,0 34,0
35,0 35,0
35,0 35,0 36,0 36,0
0 0,5 1 0 3000 6000
CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR

182
Ábacos de Classificação

Classificação SBTn - Robertson (2016) U2 - Qt -Schneider et al. (2012)

1000 1000
SD TD CD
2 3

100 100
1a
SC
Qtn

QT
TC 1b
10 10

1c

1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2

CPT-02 CPT-02

Leituras por classe Leituras por classe


CCS CS CD TC TD SC SD Total 1a 1b 1c 2 3 Total
Qtde. 556 291 5 1320 11 778 104 3065 Qtde. 284 678 0 869 1801 3632
Relat. 18,14% 9,49% 0,16% 43,07% 0,36% 25,38% 3,39% Relat. 7,82% 18,67% 0,00% 23,93% 49,59% 100,00%
100,00%
27,80% 43,43% 28,78%
Suscetível à liquefação 96,08%
Não suscetível à liquefação 3,92%

Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)

1000 1000

SD
TC

100 100

Solos com microestruturação


Qtn

Qtn

CC
10
10
CCS

1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1
Δu2/σ'v0 1 10 100 1000
IG = G0/qn
CPT-02

Leituras por classe Quadro Descritivo


CCS CS TC SD Total Qtde. Relat.
Qtde. 3 675 1986 968 3632 Solos ideais 0 #DIV/0!
Relat. 0,08% 18,58% 54,68% 26,65% 100,00% Solos microestrturados 0 #DIV/0!
18,67% 54,68% 26,65% KG < 100 0 #DIV/0!
Suscetível à liquefação 73,35% Total 0 #DIV/0!
Não suscetível à liquefação 26,65%

183
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)

CPT-02 Suscetível 2702 97,62%


0 Não Suscetível 66 2,38%
Total 2768 100,00%

100

200

300

Profundidade (m)
400

500

600

700

800
0 10 20 30 40
qc1 (MPa)
Rejeito Granular

Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-02 CPT-02 CPT-02 CPT-02


0 0 0 0

5 5
5 5

10 10
10 10

15 15
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

15 15

20 20

20 20
25 25

25 25
30 30

30 30
35 35

35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,41 max. = 0,61 min. = max. =
min. = 0 max. = min. = 11° max. = 52°
0,12 1,09
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) 0,57
Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)

184
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-02 CPT-02 CPT-02 CPT-02


0 0 0 0

5 5 5 5

10 10 10 10

Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m) 15 15
15 15

20 20
20 20

25 25
25 25

30 30
30 30

35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 7° max. = 45° min. = 11° max. = 51° min. = 0° max. = 60° min. = 0° max. = 60°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)

Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ

CPT-02 CPT-02
1 350

0,9
300
0,8

0,7 250
Frequência

0,6
Frequência

200
0,5
150
0,4

0,3 100
0,2
50
0,1

0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09

0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29

0,32 a 0,33
0,34 a 0,35

-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11

0,2 a 0,21

0,3 a 0,31

Ψ Ψ

Schnaid e Yu (2007): -0,09 a 0,33 Robertson (2010): -0,41 a 0,61

Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)


Média #DIV/0! 0,11
Mediana #NÚM! 0,10
Moda #N/D 0,30
Desvio padrão #DIV/0! 0,11
Variância #DIV/0! 0,01
Mínimo #NÚM! -0,41
Máximo #NÚM! 0,61
1º Quartil #NÚM! 0,06
3º Quartil #NÚM! 0,13

185
Frequência Frequência

100
200
300
400
500
600
700
100
200
300
400
500
600
700

0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30

CPT-02
CPT-02

31 a 32 31 a 32

φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38

Lunne et al (1997): 5,74 a 50,52


39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44

Robertson e Campanella (1983): 6,13 a 51,47


45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60

186
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)

0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9

0
1
200
400
600
800
1000
1200

1a2
3a4 1a2
5a6 3a4
7a8 5a6
9 a 10 7a8
11 a 12 9 a 10
13 a 14 11 a 12
13 a 14
15 a 16
15 a 16
17 a 18
17 a 18
19 a 20
19 a 20
21 a 22
21 a 22
23 a 24
23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30
CPT-02
CPT-02

29 a 30

φ (°)
31 a 32 31 a 32
φ (°)

33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12

41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50

Schnaid (2020) apud Kulhawy e Mayne (1990): 29,77 a 37,44


51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60
CPT-02
1

0,9

0,8

0,7

0,6

Frequência
0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)

Schnaid (2020) apud Lunne et al (1997): 33,14 a 46,11

Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 31,12 34,03 30,20 #DIV/0! #DIV/0!
Mediana 31,49 35,44 30,56 #NÚM! #NÚM!
Moda 31,03 26,42 30,10 #N/D #N/D
Desvio padrão 4,43 3,94 4,38 #DIV/0! #DIV/0!
Variância 19,60 15,56 19,19 #DIV/0! #DIV/0!
Mínimo 11,36 7,02 10,83 #NÚM! #NÚM!
Máximo 51,47 45,12 50,52 #NÚM! #NÚM!
1º Quartil 30,13 33,93 29,21 #NÚM! #NÚM!
3º Quartil 32,76 36,07 31,81 #NÚM! #NÚM!

Razão de resistência não drenada de pico - su/σ' v0

CPT-02 CPT-02
1200 80

70
1000
60
800
50
Frequência

Frequência

600 40

30
400
20
200
10

0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65

0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81

su/σ'v0 su/σ'v0

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)


Média 0,25 0,31
Mediana 0,25 0,26
Moda 0,21 #N/D
Desvio padrão 0,04 0,14
Variância 0,00 0,02
Mínimo 0,21 0,12
Máximo 0,63 1,09
1º Quartil 0,24 0,22
3º Quartil 0,25 0,35

187
Frequência

200
400
600
800

0
1000
1200
0 a 0,01

0,01 a 0,02

0,02 a 0,03

0,03 a 0,04

0,04 a 0,05

0,05 a 0,06

0,06 a 0,07

0,07 a 0,08
CPT-02

0,08 a 0,09

su,liq/σ'v0

Olson e Stark (2003)


0,09 a 0,1

0,1 a 0,11

0,11 a 0,12

0,12 a 0,13

Moda
Média

Mínimo
Máximo
Mediana

Variância

3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14

Desvio padrão
0,14 a 0,15

0,15 a 0,16

0,08
0,06
0,46
0,04
0,00
0,04
0,04
0,07
0,07

188
Frequência
Olson e Stark (2003)
100
120
140

20
40
60
80

0 a 0,01
0,02 a 0,03

0,13
0,03
0,57
0,00
0,01
0,09
0,05
0,09

#N/D

0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'

Robertson (2010)
v0

0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-02

0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0

Robertson (2010)

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-03 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq

CPT-03 CPT-03 CPT-03 CPT-03


0 0 0 0,1

5 5 5

5,1

10 10 10
Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)
15 15 15 10,1

20 20 20

15,1

25 25 25

30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq

Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR

CPT-03 CPT-03 CPT-03 CPT-03


0,1 0,1 0,1 0,1

1,1 1,1

2,1 2,1

3,1 3,1

4,1 4,1

5,1 5,1 5,1 5,1

6,1 6,1

7,1 7,1

8,1 8,1
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)

9,1 9,1

10,1 10,1 10,1 10,1

11,1 11,1

12,1 12,1

13,1 13,1

14,1 14,1

15,1 15,1
15,1 15,1
16,1 16,1

17,1 17,1

18,1 18,1

19,1 19,1

0 0,5 1 0 3000 6000


CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR

189
Ábacos de Classificação

Classificação SBTn - Robertson (2016) U2 - Qt -Schneider et al. (2012)

1000 1000
SD TD CD
2 3

100 100
1a
SC
Qtn

QT
TC 1b
10 10

1c

1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2

CPT-03 CPT-03

Leituras por classe Leituras por classe


CCS CS CD TC TD SC SD Total 1a 1b 1c 2 3 Total
Qtde. 519 717 0 255 0 395 10 1896 Qtde. 261 400 0 168 1149 1978
Relat. 27,37% 37,82% 0,00% 13,45% 0,00% 20,83% 0,53% Relat. 13,20% 20,22% 0,00% 8,49% 58,09% 100,00%
100,00%
65,19% 13,45% 21,36%
Suscetível à liquefação 99,47%
Não suscetível à liquefação 0,53%

Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)

1000 1000

SD
TC

100 100

Solos com microestruturação


Qtn

Qtn

CC
10
10
CCS

1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1
Δu2/σ'v0 1 10 100 1000
IG = G0/qn
CPT-03

Leituras por classe Quadro Descritivo


CCS CS TC SD Total Qtde. Relat.
Qtde. 0 400 1365 213 1978 Solos ideais 0 #DIV/0!
Relat. 0,00% 20,22% 69,01% 10,77% 100,00% Solos microestrturados 0 #DIV/0!
20,22% 69,01% 10,77% KG < 100 0 #DIV/0!
Suscetível à liquefação 89,23% Total 0 #DIV/0!
Não suscetível à liquefação 10,77%

190
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)

CPT-03 Suscetível 720 97,43%


0 Não Suscetível 19 2,57%
Total 739 100,00%

100

200

300

Profundidade (m)
400

500

600

700

800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular

Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-03 CPT-03 CPT-03 CPT-03


0 0 0 0

5 5
5 5

10 10
10 10

15 15
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

15 15

20 20

20 20
25 25

25 25
30 30

30 30
35 35

35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,4 max. = 0,18 min. = max. = min. = max. = min. = 20° max. = 51°
0,14 0,91 0,01 0,44
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)

191
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-03 CPT-03 CPT-03 CPT-03


0 0 0 0

5 5 5 5

10 10 10 10

Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m) 15 15
15 15

20 20
20 20

25 25
25 25

30 30
30 30

35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 26° max. = 44° min. = 20° max. = 50° min. = 0° max. = 60° min. = 0° max. = 60°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)

Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ

CPT-03 CPT-03
1 160

0,9
140
0,8
120
0,7
100
Frequência

0,6
Frequência

0,5 80

0,4
60
0,3
40
0,2
20
0,1

0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09

0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29

0,32 a 0,33
0,34 a 0,35

-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11

0,2 a 0,21

0,3 a 0,31

Ψ Ψ

Schnaid e Yu (2007): -0,09 a 0,33 Robertson (2010): -0,41 a 0,61

Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)


Média #DIV/0! 0,04
Mediana #NÚM! 0,07
Moda #N/D -0,04
Desvio padrão #DIV/0! 0,08
Variância #DIV/0! 0,01
Mínimo #NÚM! -0,40
Máximo #NÚM! 0,18
1º Quartil #NÚM! 0,04
3º Quartil #NÚM! 0,08

192
Frequência Frequência

20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
20
40
60
80
100
120
140
160
180

0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30

CPT-03
CPT-03

31 a 32 31 a 32

φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38

Lunne et al (1997): 5,74 a 50,52


39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44

Robertson e Campanella (1983): 6,13 a 51,47


45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60

193
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)

0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9

0
1
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200

1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-03
CPT-03

φ (°)
31 a 32
φ (°)

31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12

41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50

Schnaid (2020) apud Kulhawy e Mayne (1990): 29,77 a 37,44


51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60
CPT-03
1

0,9

0,8

0,7

0,6

Frequência
0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)

Schnaid (2020) apud Lunne et al (1997): 33,14 a 46,11

Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 32,26 33,59 31,33 #DIV/0! #DIV/0!
Mediana 31,71 33,90 30,78 #NÚM! #NÚM!
Moda 30,27 #N/D 29,36 #N/D #N/D
Desvio padrão 3,63 2,75 3,61 #DIV/0! #DIV/0!
Variância 13,15 7,54 13,01 #DIV/0! #DIV/0!
Mínimo 20,54 25,93 19,78 #NÚM! #NÚM!
Máximo 51,19 44,08 50,24 #NÚM! #NÚM!
1º Quartil 30,48 32,65 29,56 #NÚM! #NÚM!
3º Quartil 33,01 35,24 32,06 #NÚM! #NÚM!

Razão de resistência não drenada de pico - su/σ' v0

CPT-03 CPT-03
250 90

80

200
70

60
Frequência

Frequência

150
50

40
100
30

20
50

10

0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65

0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81

su/σ'v0 su/σ'v0

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)


Média 0,24 0,33
Mediana 0,24 0,29
Moda #N/D 0,20
Desvio padrão 0,02 0,14
Variância 0,00 0,02
Mínimo 0,21 0,14
Máximo 0,49 0,91
1º Quartil 0,24 0,23
3º Quartil 0,25 0,39

194
Frequência

100
150
200
250
300

50

0
0 a 0,01

0,01 a 0,02

0,02 a 0,03

0,03 a 0,04

0,04 a 0,05

0,05 a 0,06

0,06 a 0,07

0,07 a 0,08
CPT-03

0,08 a 0,09

su,liq/σ'v0

Olson e Stark (2003)


0,09 a 0,1

0,1 a 0,11

0,11 a 0,12

0,12 a 0,13

Moda
Média

Mínimo
Máximo
Mediana

Variância

3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14

Desvio padrão
0,14 a 0,15

0,15 a 0,16

0,08
0,06
0,32
0,04
0,00
0,02
0,07
0,07

#N/D

195
Frequência
Olson e Stark (2003)
100
120
140
160
180

20
40
60
80

0 a 0,01
0,02 a 0,03

0,17
0,06
0,44
0,01
0,01
0,10
0,02
0,09
0,13

0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'

Robertson (2010)
v0

0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-03

0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0

Robertson (2010)

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-04 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq

CPT-04 CPT-04 CPT-04 CPT-04


0 0 0 0,3

5 5 5

5,3

10 10 10
Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)
10,3
15 15 15

20 20 20
15,3

25 25 25

20,3

30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq

Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR

CPT-04 CPT-04 CPT-04 CPT-04


0,3 0,3 0,3 0,3

5,3 5,3 5,3 5,3


Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)

10,3 10,3 10,3 10,3

15,3 15,3
15,3 15,3

20,3 20,3
20,3 20,3

0 100 200 300 0 3000 6000


CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR

196
Ábacos de Classificação

Classificação SBTn - Robertson (2016) U2 - Qt -Schneider et al. (2012)

1000 1000
SD TD CD
2 3

100 100
1a
SC
Qtn

QT
TC 1b
10 10

1c

1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2

CPT-04 CPT-04

Leituras por classe Leituras por classe


CCS CS CD TC TD SC SD Total 1a 1b 1c 2 3 Total
Qtde. 177 189 3 26 6 19 4 424 Qtde. 121 245 0 14 49 429
Relat. 41,75% 44,58% 0,71% 6,13% 1,42% 4,48% 0,94% Relat. 28,21% 57,11% 0,00% 3,26% 11,42% 100,00%
100,00%
87,03% 7,55% 5,42%
Suscetível à liquefação 96,93%
Não suscetível à liquefação 3,07%

Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)

1000 1000

SD
TC

100 100

Solos com microestruturação


Qtn

Qtn

CC
10 10

CCS

1 1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1 10 100 1000
Δu2/σ'v0 IG = G0/qn

CPT-04 CPT-04

Leituras por classe Quadro Descritivo


CCS CS TC SD Total Qtde. Relat.
Qtde. 0 248 168 13 429 Solos ideais 81 19,66%
Relat. 0,00% 57,81% 39,16% 3,03% 100,00% Solos microestrturados 329 79,85%
57,81% 39,16% 3,03% KG < 100 2 0,49%
Suscetível à liquefação 96,97% Total 412 100,00%
Não suscetível à liquefação 3,03%

197
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)

CPT-04 Suscetível 56 93,33%


0 Não Suscetível 4 6,67%
Total 60 100,00%

100

200

300

Profundidade (m)
400

500

600

700

800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular

Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-04 CPT-04 CPT-04 CPT-04


0 0 0 0

5 5
5 5

10 10
10 10

15 15
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

15 15

20 20

20 20
25 25

25 25
30 30

30 30
35 35

35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,18 max. = 0,29 min. = max. = min. = max. = min. = 28° max. = 50°
0,14 0,91 0,01 0,44
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)

198
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-04 CPT-04 CPT-04 CPT-04


0 0 0 0

5 5 5 5

10 10 10 10

Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m) 15 15
15 15

20 20
20 20

25 25
25 25

30 30
30 30

35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 27° max. = 40° min. = 27° max. = 49° min. = 28° max. = 37° min. = 33° max. = 46°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)

Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ

CPT-04 CPT-04
8 10

7 9

8
6
7
5
Frequência

Frequência

4 5

4
3
3
2
2
1
1

0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09

0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29

0,32 a 0,33
0,34 a 0,35

-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11

0,2 a 0,21

0,3 a 0,31

Ψ Ψ

Schnaid e Yu (2007): -0,09 a 0,33 Robertson (2010): -0,41 a 0,61

Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)


Média 0,12 -0,03
Mediana 0,13 -0,05
Moda #N/D #N/D
Desvio padrão 0,08 0,09
Variância 0,01 0,01
Mínimo -0,09 -0,18
Máximo 0,29 0,15
1º Quartil 0,10 -0,09
3º Quartil 0,15 0,06

199
Frequência Frequência

0
2
4
6
8
0
2
4
6
8

10
12
10
12
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30

CPT-04
CPT-04

φ (°)
31 a 32

φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38

Lunne et al (1997): 5,74 a 50,52


39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44

Robertson e Campanella (1983): 6,13 a 51,47


45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60

200
Frequência Frequência

0
2
4
6
8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9

10
12
10
Ângulo de Atrito - φ (°)

1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-04
CPT-04

φ (°)
31 a 32
φ (°)

31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12

43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50

Schnaid (2020) apud Kulhawy e Mayne (1990): 29,77 a 37,44


51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60
CPT-04
10

Frequência
5

0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)

Schnaid (2020) apud Lunne et al (1997): 33,14 a 46,11

Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 34,04 32,23 33,10 33,10 40,77
Mediana 32,35 32,12 31,41 32,08 41,18
Moda #N/D #N/D #N/D #N/D #N/D
Desvio padrão 5,28 3,69 5,26 2,58 3,07
Variância 27,90 13,60 27,67 6,67 9,44
Mínimo 28,39 27,01 27,50 29,77 33,14
Máximo 49,58 40,04 48,62 37,44 46,11
1º Quartil 30,84 28,96 29,92 30,91 39,00
3º Quartil 35,62 35,31 34,65 35,58 42,80

Razão de resistência não drenada de pico - su/σ' v0

CPT-04 CPT-04
25 35

30
20
25
Frequência

Frequência

15
20

15
10

10
5
5

0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65

0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81

su/σ'v0 su/σ'v0

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)


Média 0,23 0,38
Mediana 0,22 0,40
Moda #N/D #N/D
Desvio padrão 0,02 0,15
Variância 0,00 0,02
Mínimo 0,21 0,17
Máximo 0,28 1,23
1º Quartil 0,22 0,23
3º Quartil 0,25 0,46

201
Frequência

10
15
20
25
30

0
5
0 a 0,01

0,01 a 0,02

0,02 a 0,03

0,03 a 0,04

0,04 a 0,05

0,05 a 0,06

0,06 a 0,07

0,07 a 0,08
CPT-04

0,08 a 0,09

su,liq/σ'v0

Olson e Stark (2003)


0,09 a 0,1

0,1 a 0,11

0,11 a 0,12

0,12 a 0,13

Moda
Média

Mínimo
Máximo
Mediana

Variância

3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14

Desvio padrão
0,14 a 0,15

0,15 a 0,16

0,08
0,04
0,10
0,04
0,00
0,02
0,05
0,06

#N/D

202
Frequência
Olson e Stark (2003)
10
15
20
25
30
35
40
45
50

0
5

0 a 0,01
0,02 a 0,03

0,12
0,05
0,56
0,00
0,01
0,09
0,09
0,11

#N/D

0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'

0,06 a 0,07
Robertson (2010)
v0

0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-04

0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0

Robertson (2010)

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-05 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq

CPT-05 CPT-05 CPT-05 CPT-05


0 0 0 0,3

5 5 5

5,3

10 10 10
Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)
10,3
15 15 15

20 20 20
15,3

25 25 25

20,3

30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq

Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR

CPT-05 CPT-05 CPT-05 CPT-05


0,3 0,3 0,3 0,3

5,3 5,3 5,3 5,3


Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)

10,3 10,3 10,3 10,3

15,3 15,3
15,3 15,3

20,3 20,3
20,3 20,3

0 100 200 300 0 3000 6000


CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR

203
Ábacos de Classificação

Classificação SBTn - Robertson (2016) U2 - Qt -Schneider et al. (2012)

1000 1000
SD TD CD
2 3

100 100
1a
SC
Qtn

QT
TC 1b
10 10

1c

1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2

CPT-05 CPT-05

Leituras por classe Leituras por classe


CCS CS CD TC TD SC SD Total 1a 1b 1c 2 3 Total
Qtde. 6 367 27 4 15 1 8 428 Qtde. 114 236 0 21 60 431
Relat. 1,40% 85,75% 6,31% 0,93% 3,50% 0,23% 1,87% Relat. 26,45% 54,76% 0,00% 4,87% 13,92% 100,00%
100,00%
93,46% 4,44% 2,10%
Suscetível à liquefação 88,32%
Não suscetível à liquefação 11,68%

Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)

1000 1000

SD
TC

100 100

Solos com microestruturação


Qtn

Qtn

CC
10 10

CCS

1 1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1 10 100 1000
Δu2/σ'v0 IG = G0/qn

CPT-05 CPT-05

Leituras por classe Quadro Descritivo


CCS CS TC SD Total Qtde. Relat.
Qtde. 0 236 175 20 431 Solos ideais 116 27,88%
Relat. 0,00% 54,76% 40,60% 4,64% 100,00% Solos microestrturados 300 72,12%
54,76% 40,60% 4,64% KG < 100 0 0,00%
Suscetível à liquefação 95,36% Total 416 100,00%
Não suscetível à liquefação 4,64%

204
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)

CPT-05 Suscetível 28 90,32%


0 Não Suscetível 3 9,68%
Total 31 100,00%

100

200

300

Profundidade (m)
400

500

600

700

800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular

Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-05 CPT-05 CPT-05 CPT-05


0 0 0 0

5 5
5 5

10 10
10 10

15 15
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

15 15

20 20

20 20
25 25

25 25
30 30

30 30
35 35

35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,31 max. = 0,12 min. = max. = min. = max. = min. = 30° max. = 46°
0,14 2,02 0,00 0,68
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)

205
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-05 CPT-05 CPT-05 CPT-05


0 0 0 0

5 5 5 5

10 10 10 10

Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m) 15 15
15 15

20 20
20 20

25 25
25 25

30 30
30 30

35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 30° max. = 38° min. = 29° max. = 45° min. = 34° max. = 37° min. = 37° max. = 39°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)

Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ

CPT-05 CPT-05
4,5 9

4 8

3,5 7

3 6
Frequência

Frequência

2,5 5

2 4

1,5 3

1 2

0,5 1

0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09

0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29

0,32 a 0,33
0,34 a 0,35

-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11

0,2 a 0,21

0,3 a 0,31

Ψ Ψ

Schnaid e Yu (2007): -0,09 a 0,33 Robertson (2010): -0,41 a 0,61

Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)


Média 0,08 -0,05
Mediana 0,07 0,04
Moda #N/D #N/D
Desvio padrão 0,02 0,15
Variância 0,00 0,02
Mínimo 0,04 -0,31
Máximo 0,12 0,12
1º Quartil 0,06 -0,21
3º Quartil 0,09 0,04

206
Frequência Frequência

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9

10
10
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30

CPT-05
CPT-05

φ (°)
31 a 32

φ (°)
31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38

Lunne et al (1997): 5,74 a 50,52


39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44

Robertson e Campanella (1983): 6,13 a 51,47


45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60

207
Frequência Frequência

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
2
4
6
8

10
10
12
Ângulo de Atrito - φ (°)

1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-05
CPT-05

φ (°)
31 a 32
φ (°)

31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12

43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50

Schnaid (2020) apud Kulhawy e Mayne (1990): 29,77 a 37,44


51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60
CPT-05
16

14

12

10

Frequência
8

0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)

Schnaid (2020) apud Lunne et al (1997): 33,14 a 46,11

Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 35,87 35,25 34,92 35,77 38,15
Mediana 32,96 35,70 32,01 35,95 38,31
Moda #N/D #N/D #N/D #N/D #N/D
Desvio padrão 5,40 1,66 5,37 0,56 0,64
Variância 29,12 2,75 28,88 0,32 0,41
Mínimo 30,27 30,69 29,35 34,65 37,03
Máximo 45,87 37,92 44,89 36,59 38,97
1º Quartil 32,23 34,32 31,29 35,43 37,69
3º Quartil 40,71 36,05 39,72 36,22 38,62

Razão de resistência não drenada de pico - su/σ' v0

CPT-05 CPT-05
12 35

30
10

25
8
Frequência

Frequência

20
6
15

4
10

2
5

0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65

0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81

su/σ'v0 su/σ'v0

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)


Média 0,25 0,35
Mediana 0,25 0,24
Moda #N/D #N/D
Desvio padrão 0,01 0,27
Variância 0,00 0,07
Mínimo 0,22 0,14
Máximo 0,27 2,02
1º Quartil 0,24 0,20
3º Quartil 0,26 0,36

208
Frequência

10

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0 a 0,01

0,01 a 0,02

0,02 a 0,03

0,03 a 0,04

0,04 a 0,05

0,05 a 0,06

0,06 a 0,07

0,07 a 0,08
CPT-05

0,08 a 0,09

su,liq/σ'v0

Olson e Stark (2003)


0,09 a 0,1

0,1 a 0,11

0,11 a 0,12

0,12 a 0,13

Moda
Média

Mínimo
Máximo
Mediana

Variância

3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14

Desvio padrão
0,14 a 0,15

0,15 a 0,16

0,08
0,07
0,10
0,04
0,00
0,01
0,08
0,07

#N/D

209
Frequência
Olson e Stark (2003)
10
20
30
40
50
60

0 a 0,01
0,02 a 0,03

0,21
0,11
0,68
0,00
0,01
0,12
0,14
0,18

#N/D

0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'

0,06 a 0,07
Robertson (2010)
v0

0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-05

0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0

Robertson (2010)

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
Relatório de Ensaio CPTu
Dados do ensaio
Furo: CPT-06 Data: NE
Nível freático (m): Não observado
Resultados Básicos
Resistência de ponta corrigida- qt (Mpa) Atrito lateral- fs (Mpa) Acréscimo de poropressão- u2 (Mpa) Par. De Poropressão Normalizado - Bq

CPT-06 CPT-06 CPT-06 CPT-06


0 0 0 8,1

8,6

9,1
5 5 5

9,6

10,1
10 10 10

10,6
Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)

Profundidade (m)
11,1
15 15 15

11,6

12,1

20 20 20
12,6

13,1

25 25 25
13,6

14,1

30 30 30
0 5 10 15 20 0 100 200 300 0 400 800 1200
0 1 2
qt (MPa) fs (kPa) u2 (kPa)
Bq

Classificação SBTn - Robertson (2016) Compartimentação Módulo cisalhante a baixas def. - G0 Índice de Rigdez - IR

CPT-06 CPT-06 CPT-06 CPT-06


8,1 8,1 8,1 8,1

8,6 8,6 8,6 8,6

9,1 9,1 9,1 9,1

9,6 9,6 9,6 9,6

10,1 10,1 10,1 10,1

10,6 10,6 10,6 10,6


Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)

11,1 11,1 11,1 11,1

11,6 11,6 11,6


11,6

12,1 12,1 12,1


12,1

12,6 12,6
12,6 12,6

13,1 13,1
13,1 13,1

13,6 13,6
13,6 13,6

14,1 14,1
14,1 14,1

0 100 200 300 0 3000 6000


CCS CC CD TC TD SC SD Rejeito Fino Rejeito Gran. G0 (MPa) IR

210
Ábacos de Classificação

Classificação SBTn - Robertson (2016) U2 - Qt -Schneider et al. (2012)

1000 1000
SD TD CD
2 3

100 100
1a
SC
Qtn

QT
TC 1b
10 10

1c

1 CCS CC 1
0,1 1 10 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Fr (%) U2

CPT-06 CPT-06

Leituras por classe Leituras por classe


CCS CS CD TC TD SC SD Total 1a 1b 1c 2 3 Total
Qtde. 160 539 0 373 0 223 0 1295 Qtde. 280 199 0 49 769 1297
Relat. 12,36% 41,62% 0,00% 28,80% 0,00% 17,22% 0,00% Relat. 21,59% 15,34% 0,00% 3,78% 59,29% 100,00%
100,00%
53,98% 28,80% 17,22%
Suscetível à liquefação 100,00%
Não suscetível à liquefação 0,00%

Classificação u2 - Qtn - Robertson (2016) mod. Schneider et al. (2012) Análise de Microestruturação - Robertson (2016)

1000 1000

SD
TC

100 100

Solos com microestruturação


Qtn

Qtn

CC
10 10

CCS

1 1
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 1 10 100 1000
Δu2/σ'v0 IG = G0/qn

CPT-06 CPT-06

Leituras por classe Quadro Descritivo


CCS CS TC SD Total Qtde. Relat.
Qtde. 0 199 1039 59 1297 Solos ideais 433 43,30%
Relat. 0,00% 15,34% 80,11% 4,55% 100,00% Solos microestrturados 567 56,70%
15,34% 80,11% 4,55% KG < 100 0 0,00%
Suscetível à liquefação 95,45% Total 1000 100,00%
Não suscetível à liquefação 4,55%

211
Susceptibilidade à liquefação - Olson e Stark (2003)

CPT-06 Suscetível 598 100,00%


0 Não Suscetível 0 0,00%
Total 598 100,00%

100

200

300

Profundidade (m)
400

500

600

700

800
0 10 20 30
qc1 (MPa)
Rejeito Granular

Estimativas de Parâmetros
Parâmetro de estado - Ψ Razão de res. não dren. - su/σ'v0 Razão de res. não dren. Res. - su,liq/σ'v0 Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-06 CPT-06 CPT-06 CPT-06


0 0 0 0

5 5
5 5

10 10
10 10

15 15
Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

15 15

20 20

20 20
25 25

25 25
30 30

30 30
35 35

35 40 40 35
-1 0 1 0 100 200 300 0 50 100 150 0 20 40 60
ψ su (kPa) su,liq (kPa) φ (°)
min. = -0,03 max. = 0,33 min. = max. = min. = max. = min. = 27° max. = 38°
0,18 0,81 0,06 0,39
ψ (Robertson, 2010) Robertson (2010) Robertson (2010) Robertson e Campanella
ψ (Schnaid e Yu, 2007) Olson e Stark (2003) Olson e Stark (2003) (1983)

212
Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°) Ângulo de atrito drenado - φ (°)

CPT-06 CPT-06 CPT-06 CPT-06


0 0 0 0

5 5 5 5

10 10 10 10

Profundidade (m)

Profundidade (m)
Profundidade (m)

Profundidade (m) 15 15
15 15

20 20
20 20

25 25
25 25

30 30
30 30

35 35
35 35 0 20 40 60 0 20 40 60
0 20 40 60 0 20 40 60 φ (°) φ (°)
min. = 30° max. = 38° min. = 26° max. = 37° min. = 32° max. = 36° min. = 35° max. = 40°
φ (°) φ (°)
Schnaid (2020) apud Kulhawy Schnaid (2020) apud Lunne et
Kulhawy e Mayne (1990) Lunne et al. (1997) e Mayne (1990) al (1997)

Estatística Descritiva
Parâmetro de Estado - Ψ

CPT-06 CPT-06
50 250

45

40 200

35
Frequência

30
Frequência

150

25

20 100

15

10 50

0 0
-0,1 a -0,09
-0,08 a -0,07
-0,06 a -0,05
-0,04 a -0,03
-0,02 a -0,01
0 a 0,01
0,02 a 0,03
0,04 a 0,05
0,06 a 0,07
0,08 a 0,09

0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29

0,32 a 0,33
0,34 a 0,35

-0,42 a -0,41
-0,37 a -0,36
-0,32 a -0,31
-0,27 a -0,26
-0,22 a -0,21
-0,17 a -0,16
-0,12 a -0,11
-0,07 a -0,06
-0,02 a -0,01
0,03 a 0,04
0,08 a 0,09
0,13 a 0,14
0,18 a 0,19
0,23 a 0,24
0,28 a 0,29
0,33 a 0,34
0,38 a 0,39
0,43 a 0,44
0,48 a 0,49
0,53 a 0,54
0,58 a 0,59
0,1 a 0,11

0,2 a 0,21

0,3 a 0,31

Ψ Ψ

Schnaid e Yu (2007): -0,09 a 0,33 Robertson (2010): -0,41 a 0,61

Schnaid e Yu (2007) Robertson (2010)


Média 37,85 0,06
Mediana 37,54 0,06
Moda 36,90 0,06
Desvio padrão 1,55 0,02
Variância 2,39 0,00
Mínimo 33,14 -0,03
Máximo 46,11 0,13
1º Quartil 36,98 0,05
3º Quartil 38,30 0,07

213
Frequência Frequência

50
100
150
200
250
50
100
150
200
250

0
0
1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30

CPT-06
CPT-06

31 a 32 31 a 32

φ (°)
φ (°)
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38

Lunne et al (1997): 5,74 a 50,52


39 a 40 39 a 40
41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44

Robertson e Campanella (1983): 6,13 a 51,47


45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50
51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60

214
Frequência Frequência
Ângulo de Atrito - φ (°)

20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
50
100
150
200
250
300

0
0

1a2 1a2
3a4 3a4
5a6 5a6
7a8 7a8
9 a 10 9 a 10
11 a 12 11 a 12
13 a 14 13 a 14
15 a 16 15 a 16
17 a 18 17 a 18
19 a 20 19 a 20
21 a 22 21 a 22
23 a 24 23 a 24
25 a 26 25 a 26
27 a 28 27 a 28
29 a 30 29 a 30
CPT-06
CPT-06

φ (°)
31 a 32
φ (°)

31 a 32
33 a 34 33 a 34
35 a 36 35 a 36
37 a 38 37 a 38
39 a 40 39 a 40
Kulhawy e Mayne (1990): 4,93 a 45,12

41 a 42 41 a 42
43 a 44 43 a 44
45 a 46 45 a 46
47 a 48 47 a 48
49 a 50 49 a 50

Schnaid (2020) apud Kulhawy e Mayne (1990): 29,77 a 37,44


51 a 52 51 a 52
53 a 54 53 a 54
55 a 56 55 a 56
57 a 58 57 a 58
59 a 60 59 a 60
CPT-06
180

160

140

120

Frequência
100

80

60

40

20

0
1a2
3a4
5a6
7a8
9 a 10
11 a 12
13 a 14
15 a 16
17 a 18
19 a 20
21 a 22
23 a 24
25 a 26
27 a 28
29 a 30
31 a 32
33 a 34
35 a 36
37 a 38
39 a 40
41 a 42
43 a 44
45 a 46
47 a 48
49 a 50
51 a 52
53 a 54
55 a 56
57 a 58
59 a 60
φ (°)

Schnaid (2020) apud Lunne et al (1997): 33,14 a 46,11

Robertson e CampanellaKulhawy
(1983) e Mayne Lunne et al (1997) Schnaid (2020) apud Schnaid (2020) apud
Média 30,51 32,89 29,59 33,45 37,49
Mediana 30,66 32,84 29,73 33,34 37,33
Moda 27,31 30,96 26,43 32,90 36,90
Desvio padrão 1,69 1,04 1,67 0,71 0,75
Variância 2,86 1,09 2,79 0,51 0,56
Mínimo 27,25 30,77 26,37 31,91 35,20
Máximo 37,50 37,32 36,52 35,61 39,43
1º Quartil 29,58 32,28 28,67 32,93 36,96
3º Quartil 31,34 33,42 30,41 33,89 38,06

Razão de resistência não drenada de pico - su/σ' v0

CPT-06 CPT-06
400 70

350 60

300
50

250
Frequência

Frequência

40
200
30
150

20
100

50 10

0 0
0,2 a 0,21
0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
0,4 a 0,41
0,42 a 0,43
0,44 a 0,45
0,46 a 0,47
0,48 a 0,49
0,5 a 0,51
0,52 a 0,53
0,54 a 0,55
0,56 a 0,57
0,58 a 0,59
0,6 a 0,61
0,62 a 0,63
0,64 a 0,65

0 a 0,01
0,04 a 0,05
0,08 a 0,09
0,12 a 0,13
0,16 a 0,17
0,2 a 0,21
0,24 a 0,25
0,28 a 0,29
0,32 a 0,33
0,36 a 0,37
0,4 a 0,41
0,44 a 0,45
0,48 a 0,49
0,52 a 0,53
0,56 a 0,57
0,6 a 0,61
0,64 a 0,65
0,68 a 0,69
0,72 a 0,73
0,76 a 0,77
0,8 a 0,81

su/σ'v0 su/σ'v0

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)

Olson e Stark (2003) Robertson (2010)


Média 0,24 0,31
Mediana 0,24 0,26
Moda 0,23 0,18
Desvio padrão 0,01 0,13
Variância 0,00 0,02
Mínimo 0,22 0,18
Máximo 0,29 0,81
1º Quartil 0,23 0,21
3º Quartil 0,24 0,36

215
Frequência

100
150
200
250
300
350

50

0
0 a 0,01

0,01 a 0,02

0,02 a 0,03

0,03 a 0,04

0,04 a 0,05

0,05 a 0,06

0,06 a 0,07

0,07 a 0,08
CPT-06

0,08 a 0,09

su,liq/σ'v0

Olson e Stark (2003)


0,09 a 0,1

0,1 a 0,11

0,11 a 0,12

0,12 a 0,13

Moda
Média

Mínimo
Máximo
Mediana

Variância

3º Quartil
1º Quartil
0,13 a 0,14

Desvio padrão
0,14 a 0,15

0,15 a 0,16

0,07
0,06
0,12
0,05
0,00
0,01
0,05
0,06
0,06

216
Frequência
Olson e Stark (2003)
100

10
20
30
40
50
60
70
80
90

0 a 0,01
0,02 a 0,03

0,18
0,10
0,39
0,06
0,00
0,06
0,08
0,12
0,14

0,04 a 0,05
Razão de resistência não drenada residual - su,liq/σ'

Robertson (2010)
v0

0,06 a 0,07
0,08 a 0,09
0,1 a 0,11
0,12 a 0,13
0,14 a 0,15
0,16 a 0,17
0,18 a 0,19
CPT-06

0,2 a 0,21
su,liq/σ'v0

Robertson (2010)

0,22 a 0,23
0,24 a 0,25
0,26 a 0,27
0,28 a 0,29
0,3 a 0,31
0,32 a 0,33
0,34 a 0,35
0,36 a 0,37
0,38 a 0,39
DECLARAÇÃO

Eu, Pablo dos Santos Cardoso Coelho, declaro que esta dissertação intitulada
CARACTERIZAÇÃO DE REJEITO DE MINÉRIO DE FERRO POR MEIO DE
ENSAIOS DE CAMPO E LABORATÓRIO APLICADA À ANÁLISE DE
LIQUEFAÇÃO é inteiramente e exclusivamente de minha autoria e que, com exceção
das citações diretas e indiretas claramente indicadas e referenciadas nesse trabalho, e do
uso autorizado de banco de dados, seu texto, figuras, gráficos, quadros, tabelas,
algoritmos e demais dados foram por mim obtidos e, portanto, não contêm plágio.

Assinatura:

Data: 22/08/2021

217

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