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CDU 624.13
Lucas 1.37
ii
DEDICATÓRIA
Ao meu pai Francisco e minha mãe Silva a todo amor e incentivo a lutar para conquistar
meus sonhos e objetivos.
Minha esposa Juliana que sempre esteve presente me apoiando durante as longas semanas
de aula longe de casa e as noites de dedicação ao mestrado, sempre com carinho e amor,
acreditando que eu chegaria até aqui.
Com imenso amor dedico aos meus filhos Maria Fernanda e Vitor pela imensa alegria e
amor que me maravilham a cada dia.
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a DEUS que sempre esteve ao meu lado e me permitiu chegar até
aqui com saúde, capacidade e força.
Ao professor Saulo Gutemberg agradeço enormemente por ter acreditado em meu trabalho
sempre com paciência, dedicando seu tempo, compartilhando seu conhecimento e
permitindo o desenvolvimento deste trabalho.
Ao meu irmão Rafael por me incentivar a sempre buscar mais conhecimento, estudo e
crescimento.
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
The world economy demands a large amount of iron ore, generating the need of wast dispose
from the iron ore processing of the ore through piles or dams. Geotechnical engineering
applied to mining seeks to work assertively to obtain safe and quality projects and has been
constantly evolving, mainly after the accidents of Fundão dam in 2015 in Mariana - MG
(Bento Gonçalves district) and B1 dam in year 2019 in Brumadinho - MG. This work had
its development based on a compacted soil dam destined for the accumulation of water and
tailings whose project was carried out with geotechnical basis of tests, surveys and samples
of the loan materials. In this way, stress-strain studies were carried out contemplating
foundation effects and the positioning and geometry of the drainage system. The developed
numerical solution was obtained using the GeoStudio 2020 software, Sigma module. These
results generated through finite element modeling allowed to analyze the condition of the
foundation's behavior in tensions, repression and also made it possible to compare the
scenarios, which were elaborated from real situations and hypotheses that allowed an
economic evaluation of the solution applied to the project. The case study presents results
that indicate the qualitative and quantitative feasibility in exchanging the alluvial foundation
soil for colluvium in terms of vertical deformations of thedam, vertical displacements, total
stresses in addition to the filter heating analysis.
vi
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ix
LISTA DE TABELAS
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xi
K Relação de anisotropia.
K0 Coeficiente de empuxo em repouso.
kh Condutibilidade hidráulica horizontal.
kv Condutibilidade hidráulica vertical.
LL Limite de Liquidez.
LP Limite de Plasticidade.
MN Medidor de Nível d’água.
MS Marco de Deslocamentos Superficial.
MW Megawatts.
NA Nível d’água.
PIB Produto interno bruto
PC Piezômetro Casagrande.
RA Medidor de Recalque do Aterro.
FR Medidor de Recalque de Fundação.
RIMA Relatório de Impacto Ambiental.
UHE Usina Hidrelétrica.
UU Ensaio de Resistência ao Cisalhamento não Consolidado não Drenado.
Pa Pressão Atmosférica Local.
Δ Deformação Vertical.
Va Volume Inicial de ar nos Vazios.
Vw Volume d’água no Solo.
h Constante de Solubilidade do Ar na Água.
u Poropressão.
σ− Tensão total.
xii
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.1 Considerações Iniciais ................................................................................................... 1
1.2 Justificativa da Dissertação........................................................................................... 2
1.3 Objetivos da Dissertação ............................................................................................... 3
1.3.1. Objetivo Geral .................................................................................................. 3
1.3.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 4
1.4 Estrutura da Dissertação............................................................................................... 4
CAPÍTULO 2 ....................................................................................................................... 6
CONTEXTUALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................. 6
2.1 Fundação de Barragens ................................................................................................. 6
2.1.1. Fundações em Aluvião ..................................................................................... 8
2.1.2. Fundações em solos residuais saturados ........................................................ 9
2.1.3. Fundações em folhelhos e solos do terciário finos ......................................... 9
2.1.4. Fundações em solos moles .............................................................................. 10
2.1.5. Fundações em areias ...................................................................................... 10
2.2 Recalques de Fundações de Barragens ...................................................................... 10
2.3 Compressibilidade Intrínseca Do Solo ....................................................................... 15
2.3.1. Recalque Elástico ............................................................................................ 15
2.3.2. Recalque por Adensamento ........................................................................... 15
2.3.3. Recalque por Compressão Secundária ......................................................... 16
2.4 Fluência ......................................................................................................................... 16
2.5 Compressibilidade do Solo em Barragens ................................................................. 19
2.6 Barragens de Terras .................................................................................................... 21
2.6.1. Barragens de Três Marias ............................................................................. 21
Projeto e Características ................................................................................... 23
Maciço da Barragem de Três Marias .............................................................. 23
Geologia da Barragem de Três Marias ........................................................... 24
Recalques da Fundação da Barragem de Três Marias .................................. 26
Conclusões dos Recalques da Fundação da Barragem de Três Marias ....... 28
2.6.2. Barragem de Juturnaíba................................................................................ 28
Projeto e Características ................................................................................... 29
xiii
Fundação da Barragem de Juturnaíba ........................................................... 31
Recalques da Fundação da Barragem de Juturnaíba .................................... 34
Conclusões dos Recalques da Fundação da Barragem de Juturnaíba ......... 34
CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................... 37
ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 37
3.1 Barragem do Torto ...................................................................................................... 38
3.2 Investigação de Campo ................................................................................................ 40
3.3 Sondagens ..................................................................................................................... 40
3.4 Materiais de Empréstimo e Ensaios ........................................................................... 41
3.4.1. Solo Coluvionar (COL) .................................................................................. 42
3.4.2. Solo Residual (SR) ......................................................................................... 44
3.5 Fundação da Barragem ............................................................................................... 45
3.6 Modelo Geológico-Geotécnico da Fundação e Maciço ............................................. 47
CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................... 53
MODELAGEM NUMÉRICA .......................................................................................... 53
4.1 Análise Numérica ......................................................................................................... 53
4.2 Ensaio Triaxial ............................................................................................................. 53
4.3 Estudo Tensão Deformação ........................................................................................ 54
4.3.1. Modelo Hiperbólico ........................................................................................ 55
4.3.2. Modelo Cam-clay ............................................................................................ 59
4.4 Parâmetros de Resistências dos Materiais de Empréstimo da Barragem do Torto
............................................................................................................................................. 62
4.5 Modelagem Numérica.................................................................................................. 63
4.6 Parâmetros dos Materiais ........................................................................................... 65
CAPÍTULO 5 ..................................................................................................................... 69
MODELOS E CENÁRIOS .............................................................................................. 69
5.1 Análises ......................................................................................................................... 70
5.1.1. Tensões Horizontais ....................................................................................... 70
5.1.2. Deformações Verticais ................................................................................... 71
5.1.3. Deslocamentos Verticais ................................................................................ 73
5.1.4. Deslocamento Eixo ......................................................................................... 74
5.1.5. Recalque Fundação ........................................................................................ 76
5.1.6. Estudo Comparativo - Filtro Inclinado versus Filtro Vertical................... 77
5.1.7. Arqueamento de Tensões do Filtro ............................................................... 81
xiv
5.1.8. Arqueamento – Filtro Inclinado – Cenário 1 – 100% Aluvião .................. 83
5.1.9. Arqueamento – Filtro Inclinado – Cenário 3 – 100% Colúvio .................. 84
5.1.10. Arqueamento – Filtro Vertical – Cenário 1 – 100% Aluvião ................... 85
5.1.11. Arqueamento – Filtro Vertical – Cenário 3 – 100% Colúvio ................... 86
5.1.12. Arqueamento – Filtro Inclinado X Vertical – Cenário 1 e 3 .................... 87
CAPÍTULO 6 ..................................................................................................................... 90
CONCLUSÃO ................................................................................................................... 90
Troca de Solo da Fundação ..................................................................................... 90
Filtro Inclinado ......................................................................................................... 91
Comparação entre os Sistemas de Drenagem ........................................................ 92
Sugestões para Novas Pesquisas .............................................................................. 94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 95
ANEXOS............................................................................................................................ 98
xv
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
A grande demanda de minério de ferro mundial é liderada pela grande potência da China,
um dos maiores consumidores, faz com que a produção do minério de ferro na região de
Minas Gerais tenha sido tão intensa ao logo das últimas décadas. Com isso tornam-se
necessários grandes empreendimentos vinculados ao processo de beneficiamento do
minério de ferro como grandes jazidas de exploração, usinas de beneficiamento,
abastecimento de água e disposição de resíduos e rejeitos como, por exemplo, pilhas e
barragens.
-1-
A Engenharia Geotécnica aplicada à Mineração trabalha para todas as áreas como:
exploração e operação de Mina, controle e monitoramento de estruturas de disposição e
contenção de sedimentos, construção e engenharia de obras e fiscalização.
-2-
Uma barragem pode ser subdivida (inserir referência) em estruturas sendo um corpo
maciço de terra, uma fundação, um sistema de drenagem interna, um sistema extravasor
de água, drenagens pluviais e sistemas de monitoramento e controle.
Assim, esse estudo irá identificar e apontar problemas geotécnicos de barragens de terra
construídas sobre solos compressíveis, incorporando os efeitos de arqueamento esperados
para os sistemas de drenagem interno inclinado ou vertical.
O estudo irá estudar a barragem de rejeito denominada Barragem do Torto, projetada para
contenção e armazenamento dos rejeitos e materiais carreados provenientes das
atividades de mineração, na região da mina de ferro de Brucutu, localizada no município
de São Gonçalo do Rio Abaixo, no Estado de Minas Gerais.
-3-
1.3.2. Objetivos Específicos
-4-
No Capítulo 4 – Modelagem Numérica, é realizada uma modelagem numérica através
de software para a criação de um modelo com foco no estudo tensão deformação com
parâmetros obtidos por meio de ensaios de laboratório e com base em sondagens de
campo de ensaios de laboratório.
-5-
CAPÍTULO 2
CONTEXTUALIZAÇÃO BILBIOGRÁFICA
A Figura 2.1 ilustra a seção da barragem de Saad El Kafara construída com 108 metros
de extensão, 14 metros de altura, com um núcleo central de terra, semelhante as barragens
de terra-enrocamento atuais, com núcleo argiloso.
As fundações das barragens podem ser constituídas por maciços rochosos ou por solos
(inserir referência), sendo também frequente a fundação nos dois tipos, ou até mesmo
terrenos de transição. Assim, em qualquer caso a fundação constitui uma unidade
estrutural de suporte, devendo suportar as solicitações do conjunto barragem-fundação.
-6-
Em fundações assentadas em solo, CEMIG (1994), é notório ter o conhecimento em:
c) Nos maciços com permeabilidade elevada, o domínio total ou parcial dos fluxos
percolados e dos gradientes hidráulicos pode efetuar-se, recorrendo a tapetes
impermeáveis, trincheiras de vedação, paredes diafragma, filtros e poços de alívio;
Dois fatores importantes que incidem na parte econômica da construção de uma barragem
são as características geológicas e topográficas da fundação, principalmente porque as
características de resistência da fundação podem condicionar a declividades dos taludes.
-7-
Já a permeabilidade e deformabilidade da fundação estão diretamente atreladas na escolha
do tipo de barragem, CEMIG (1994).
Costa (2012) menciona que o tipo de barragem será função da caracterização da geologia
que compõe a fundação do corpo da mesma e algumas restrições serão determinadas a
partir das situações geológicas encontradas.
-8-
Igualmente uma fundação aluvionar de uma barragem pode apresentar diversos
problemas oriundos das texturas dos materiais, como por exemplo: quando houver
predominância de cascalho e areia grossa poderá ocorrer problemas relacionados a
estanqueidade, já em fundações de areia pura, fina e uniforme poderão surgir problemas
relacionados a deformabilidade e estabilidade por estar sujeito ao problema de liquefação.
Já em fundações de solos argilosos poderão ocorrer problemas tanto de deformabilidade
como estabilidade não só na fundação como no corpo da barragem.
Ainda Costa (2012) sugere que devido aos problemas associados em fundações de solos
aluvionares, a melhor solução será a retirada de todo ou parte do material, desde que, isso
seja economicamente viável.
Segundo Cruz (1996), as fundações de barragens sobre aluviões devem ter em sua análise
de estabilidade um grande cuidado, pois ao se realizar o estudo da estabilidade global, a
superfície de ruptura deve passar pelo aluvião e em relação aos deslocamentos, estes
podem chegar na ordem de 2% da altura da camada aluvionar, sendo que a maior parte
ocorrerá durante o processo construtivo.
Cruz (1996) alerta que há uma grande dificuldade em solos residuais saturados, com uma
variação de SPT de 5 a 10 golpes em média é o processo de escavação, pois os
equipamentos utilizados podem apresentar problemas durante o tráfego sobre o solo. O
usual é a utilização de equipamentos apropriados, utilização do apoio de cotas mais altas
e também a aplicação de um forro ou a execução de aterros de conquistas, quanto
necessários.
-9-
escorregamentos sugestivos de ruptura do terreno que possam ser associados à
mobilização de resistências residuais.
De acordo com Cruz (1996) os recalques observados nas barragens são muito superiores
aos recalques calculados pela teoria clássica do adensamento podendo ser de duas a seis
vezes maiores como, por exemplo, nas barragens de Ilha Solteira, Itaipu e Tucuruí.
Já os cálculos através da modelagem numérica são mais precisos desde que os parâmetros
de entrada sejam reais e baseados em ensaios de laboratório.
Os recalques nas fundações de barragens de terra devem ser avaliados, pois essa situação
levará a perda de altura da barragem o que poderá comprometer sua segurança ao risco
de galgamento. Assim um aumento em sua altura de segurança pode compensar o
adensamento. Entretanto deve-se ter um controle da compactação durante a obra e
acompanhamento das deformações durante a construção para garantir a segurança da
obra.
Deste modo, no plano de instrumentação de barragens de terra deve-se dar uma atenção
especial para o monitoramento durante o período construtivo para subsidiar as questões
- 10 -
de segurança. Por isso é inserida como exemplo uma série histórica de Silveira (1983) de
recalques totais observados em maciços compactados (Tabelas 2.1 e 2.2).
- 11 -
Tabela 2.2 - Série Histórica de Recalques - Parte 2 (Silveira, 1983)
Porcentagem
Recalque (cm) Recalque
Tipo de Solo (origem de recalque
Barragem Específico (%)
geológica) durante a
Observado Previsto (cm/m/kgf/cm²)
construção
27,5
Três Marias Solo residual e alteração de
117,5
70m rocha (siltito)
140
Euclides da
Tálus com blocos de gnaise 100 550 80
Cunha63m
52 90,5
Jurumirim Solo residual e alteração de 2,16
4,5 7,7
15,9m rocha (arenito) 0,176
- 2,3
Jaguari Solo residual de biotida- 24,5 0,295 89
(CESP) 76m ganaisse 8 0,144 100
Promissão Solo coluvionar e solo de 30
20,4
22m alteração de arenito 23
2,6 37 88
2,3 24 93
4,2 13 71
1
Ilha Solteira Solo residual e alteração de 4,6 6 78
0,792
70m M.D. rocha (basalto) 6,1 15 75
0,667
55m M.E. 6,6 16 65
0,600
6,6 21 76
0,455
3,0 11 70
Porto
Colômbia Solo de alteração de basalto *1,0
59m
Volta Grande Solo coluvionar e residual de 26 100-16
49m basalto 2 100-24
Água
10,8 0,257 85
Vermelha Solo residual e alteração de
12,9 0,230 98
54m M.D. rocha (basalto)
29,8 0,473 100
63m M.E.
Três Irmãos Alteração de rocha (basalto) 3,4 0,115
0,125
Saprolitometabasito 38
0,333
0,075
Terraço aluvial mais
20,5 0,090
saprolito de filito
0,080
Tucuruí
1,170
100m Diabásio maduro e solo
7 0,125
saprolítico 1,6 a 6,8
0,208
vezes
0,150
Saprolito de filito 28,6
0,133
Saprolito de metassedimento 14
- 12 -
A utilização de ensaios de laboratório para a obtenção de módulos de deformabilidade ou
de compressibilidade pode conduzir a previsão de deslocamentos em muito superiores
aos que ocorrerão na barragem, devido à três fatores básicos, que seriam:
- 13 -
Figura 2.2 - Deformação vertical x tensão vertical (1) (Cruz, 1996).
Na Figura 2.3 são mostrados resultados de ensaios triaxiais tipo PN (σ3/ σ1) = constante),
comparados a medidas de deslocamentos verticais da barragem.
- 14 -
2.3 Compressibilidade Intrínseca do Solo
Marangon (2009) diz que compressibilidade é uma característica que todos os materiais
possuem de se deformarem quando submetidos à aplicação de uma força extrema.
Nos solos podem ocorrer dois tipos de deformações: as deformações volumétricas que
são denominadas compressões e as deformações de forma também chamadas de
distorções.
As compressões são um processo pelo qual a massa de solo sob a ação de uma
determinada carga varia seu volume inicial, porém mantendo sua forma constante. Já as
distorções são deformações pelo qual uma massa de solo também sob a ação de uma
determinada carga muda sua forma, porém mantendo seu volume constante.
Ainda Marangon (2009) menciona que o recalque por adensamento ocorre quando a água
intersticial localizada na camada de solo compressível escapa, de forma tridimensional,
diminuindo os vazios do solo e, consequentemente, o volume total do solo em todas as
direções. Caso a camada de solo esteja confinada haverá a diminuição na altura.
- 15 -
2.3.3. Recalque por compressão secundária
2.4 Fluência
Mitchell (2005) menciona que a fluência é quando o solo submetido a uma carga
constante se deforma ao logo do tempo e o inverso dessa situação pode ser entendido
como relaxamento. Tanto fluência como relaxamento são duas consequências do mesmo
fenômeno que são a relação do tempo com o carregamento e as alterações nas estruturas
do solo.
Como pode ser observado na Figura 2.4, fluência é a relação do tempo com o
carregamento podendo ocorrer como forma de cisalhamento e/ou deformações
volumétricas a uma taxa controlada da resistência viscosa do solo.
- 16 -
Figura 2.4 - Relação entre fluência e tensão (Mitchell, 2005).
A fluência mostrada na Figura 2.4 pode ser dividida em três estágios. Após a aplicação
de uma tensão, ocorre o primeiro período da fluência transitória durante o qual a linha da
taxa diminui com o tempo, seguido por uma fluência em quase uma taxa constante por
algum período. Para materiais suscetíveis a ruptura por fluência, a taxa então acelera
levando a falha. Esses três estágios são denominados primários (Primary), secundários
(Secondary) e fluência terciária (Tertiary).
Essa relação do tempo com a fluência, ou Creep pode ser representada por curvas lineares,
côncavas ou convexas conforme imagem a seguir (Figura 2.5):
- 17 -
11
Silty Clay
50% of failure stress
10 W=19% yd 108 PCF
9
Compacted Silty clay-50%
of failure stress
8 w-=19%, yd 109 PCF
7
Silt clay – saturated after kneading
Compaction 50% of failure stress Undisturbed Osaka clay
Creep Strainn (%)
4
Saturated Hlite
3
Jordan Buff Natural clay-60% of failure stress Cucaracha clay shale
W=24,1% yd 100 PCF
2
Silty clay – static compaction 50% of failure stress
W=19,3%, yd 108 PCF
1
Bentonite w=384%
Mitchell (2005) menciona que a pressão dos poros pode aumentar, diminuir ou
permanecer constante durante a fase de fluência, dependendo da alteração do volume do
solo e da condição de drenagem durante o processo de deformação. Em geral maciços de
argilas sensíveis saturados sob condições não drenadas são mais suscetíveis à perda de
resistência durante a fluência devido a redução da tensão efetiva causada pelo aumento
da pressão da água nos poros com o tempo. Apesar disso, argilas superconsolidadas sob
condições drenadas também são suscetíveis à ruptura por fluência devido ao
amolecimento associado ao aumento de água por inchaço ou dilatação.
- 18 -
2.5 Compressibilidade do Solo em Barragens
Esses recalques podem prejudicar o comportamento do maciço e que por sua vez devem
ser previstos em projeto, e minimizados através de técnicas construtivas para que os seus
efeitos não comprometam a segurança da estrutura.
Também é um fato que deformações rápidas são observadas em solos arenosos ou solos
argilosos não saturados, enquanto em solos argilosos saturados os recalques são muito
lentos, pois é preciso a expulsão da água dos vazios do solo.
- 19 -
Uma citação de Costa (2012) é que a compressibilidade ocorre de forma mais intensa em
solos moles e solos porosos e colapsíveis. Os solos moles são representados por argilas,
areias argilosas e siltes argilosos. Já os solos porosos são aqueles que apresentam
macroporos visíveis a olho nu com alto grau de porosidade e baixo teor de umidade.
A Tabela 2.3 apresenta um acervo de dados “de campo” permitindo prever de forma
preliminar os deslocamentos verticais esperados em barragens de terra, ou em núcleos de
barragem de enrocamento. Para cada caso e para cada pressão são apresentadas três
grandezas: recalque percentual relativo à altura de camada; recalque específico; e módulo
de deformabilidade.
- 20 -
(1) – o recalque percentual relativo a altura de camada %
A Usina Hidrelétrica de Três Marias está localizada no Rio São Francisco na porção
central do estado de Minas Gerais e teve por objetivo múltiplas funções como controle de
enchentes, navegação, irrigação e geração de energia elétrica (Carim, 2007).
- 21 -
A construção do empreendimento durou cerca de 4 anos entre os anos de 1957 a 1961 e
seu projeto foi inicialmente elaborado pela empresa Servix Engenharia e complementado
pela empresa Norte americana InternationalEnginneringCo (Mello, 2014). Destaca-se a
participação do professor Arthur Casa Grande como consultor para o projeto de fundação
e aterro da barragem (Carim, 2007).
Outro ponto de importante citação foi a presença de Jack Hilf na obra em 1957 aplicando
seu então novo Método de HILF para controle de compactação. Logo após essa histórica
aplicação, seu método se espalhou para quase todas as barragens brasileiras até meados
da década de 70 quando foi substituído pelo Hilf-Proctor (Cruz, 1996). Abaixo, pode-se
conhecer melhor a UHE de Três Marias, nas Figuras 2.6 e 2.7.
Figura 2.6 - Arranjo geral da UHE Três Marias (adaptado de CBDB, 1982, p. 570).
- 22 -
Figura 2.7 - Vista área da UHE de Três Marias (CEMIG).
Projeto e características
Como apresentado nas Figuras 2.8 e 2.9, o trecho da ZONA 1 é composto de argila
laterítica vermelha, já na ZONA 2 é composto de siltes arenosos ou argiloso e na ZONA
3 foram utilizados vários tipos de solo contendo quantidades consideradas de pedregulho.
E por fim na ZONA 4 materiais locais disponíveis sendo materiais úmidos, secos e até
mesmo com a presença de material orgânico.
- 23 -
Figura 2.8 - Seção da barragem do leito do rio de Três Marias (Carim, 2007).
Figura 2.9 - Seção da barragem sobre os condutos de Três Marias (Carim, 2007).
Segundo Carim (2007) pode-se dividir a fundação da Barragem de Três Marias, conforme
Figura 2.10, em quatros grupos, com características de natureza complexa e distintas
sendo; ombreira direita uma região de rocha decomposta, leito do rio com presença de
rocha sã, a planície de inundação da margem esquerda com uma camada de argila
orgânica e pôr fim a ombreira esquerda com camadas de areia e cascalho além de material
residual.
- 24 -
Figura 2.10 - Seção geológica da barragem de Três Marias - detalhamento das camadas
de cascalho da fundação (Carim, 2007).
Destaca-se que as curvas recalques x tempos, por Carim (2007) “mostraram que 86% do
recalque total tenderia a ocorrer quase imediatamente após a aplicação da sobrecarga
devido aos elevados valores do índice de vazios. Para uma melhor avaliação das
consequências dos grandes recalques previstos, foram estimados os recalques diferenciais
específicos, ou seja, os recalques diferenciais por unidade de comprimento, para
determinados pontos de seções transversais da barragem e de uma seção longitudinal
passando pelo eixo da mesma. Nessas estimativas foi considerada a remoção de 2m mais
superficiais da argila porosa”.
Carim (2007) menciona “estes recalques foram admitidos como extremados e não
passíveis de danos à barragem, uma vez que foram quantificados sem se levar em
consideração os efeitos da compactação superficial com o rolo pneumático da camada
porosa. Na direção do eixo da barragem, os recalques diferenciais específicos estimados
foram sistematicamente menores. Para a região do núcleo, composta de material muito
mais plástico e sujeito a recalques diferenciais de menor valor, não foi prevista a
possibilidade de fissuramentos induzidos por recalques e hipótese similar foi adotada para
as seções longitudinais, uma vez que, além dos recalques diferenciais específicos
apresentarem-se reduzidos, a continuidade de eventuais fissuramentos seria restringida
pelo próprio dreno vertical de areia da barragem de Três Marias”.
- 25 -
Ainda Carim (2007) destaca em seu trabalho que se pode resumir que para o tratamento
de fundação dessa região foi realizada a remoção de 2 metros da argila porosa e
compactação da camada remanescente.
As Figuras 2.11 e 2.12 ilustram as medidas dos recalques ao longo das seções e ao eixo
da barragem.
Figura 2.11 - Perfis de recalque para a seção transversal da barragem (Carim, 2007).
- 26 -
b) Longitudinalmente, o recalque máximo registrado foi de 0,93m e o recalque
diferencial específico máximo ocorrido na seção longitudinal foi de 1:167.
Figura 2.12 - Perfis de recalque para a seção longitudinal da barragem (Carim, 2007).
As Figuras 2.13 a 2.15 ilustram os recalques de fundação medidos por meio de medidores
instalados na seção longitudinal ao eixo da barragem.
Figura 2.13 - Recalque de fundação medidos por meio de medidores instalados na seção
transversal ao eixo da barragem (Carim, 2007).
- 27 -
Figura 2.14 - Recalques de fundação medidos por meio de medidores instalados na seção
longitudinal ao eixo da barragem (Carim, 2007).
- 28 -
Conclusões dos recalques da fundação da Barragem de Três Marias
A barragem de Juturnaiba foi erguida a cerca de 78 km das nascentes do Rio São João,
em Silva Jardim - RJ e Araruama - RJ, Região dos Lagos, pouco acima da confluência do
canal do Revolver com o rio principal. A barragem assenta-se entre os morros do
Madureira e Crioula, que constituem as suas “ombreiras”. Construída transversalmente
ao Rio São João, ela é composta de dois diques de terra compactada com 3.400m de
comprimento total, cuja crista se situa na cota de 11m. No meio, há um vertedouro em
concreto do tipo zigue-zague, com 710m, dispondo de quatro elementos. Em ambos os
lados do vertedouro foram construídas duas tomadas de água. Pelo vertedouro, através
das comportas, as águas da represa são escoadas para o canal retificado a jusante.
- 29 -
Projeto e características
Borges (1991) descreve que a planície apresenta leve inclinação NW para SE (do lado de
Poço das Antas) em direção a São Vicente de Paula, desenvolvendo-se no local das obras
entre as cotas 6,70 e 3,40 metros aproximadamente e formada por sedimentos aluvionares
recentes, depositados pelo Rio São João, seus formadores e seus afluentes. Os rios
percorrem a planície formando meandros, lagoas secas e braços mortos.
As "ilhas" são denominações locais dadas aos morrotes que sobressaem na planície e
alcançam, nas imediações do eixo da barragem, cotas máximas da ordem de 45 m (ilhas
das Crioulas) e 56 m (ilha do Madureira). São extensíveis isoladas pela erosão dos
terrenos que formam o embasamento cristalino da área, constituído por rochas gnáissicas
pré-cambrianas e que formam os morros e serras da região.
- 30 -
A barragem foi construída de forma zonada apresentando trecho com extensão
aproximada de 1300 metros com fundação sobre solos argilosos orgânicos moles.
A construção foi feita por etapas, por motivos de estabilidade, no período de 2/6/1981 a
8/2/1983. Destaca-se que houve a remoção de 3 a 4 metros desde o início da berma de
montante até a berma de jusante situada na cota 7,5m, conforme Figura 2.17:
Nos trechos III, III-1 e III-2 a barragem apoia-se sobre 12 metros de argila mole e turfa.
As investigações de campo e laboratório mostravam uma resistência não drenada entre 5
e 12 kPa.
- 31 -
Para esses valores Cruz (1996) sugere que seria necessário um talude médio de 8(H): a
10(H): 1(V), incluindo as bermas, como é possível ver na Figura 2.19:
Figura 2.19 - Seção transversal da barragem de Juturnaíba – Trecho III (Cruz, 1996).
- 32 -
Figura 2.20 - Perfil geotécnico - Seção transversal (Coutinho, 1986).
O talude médio da barragem foi da ordem de 6 (H):1 (V). Em relação ao projeto original
foram economizados 400.000 m³, ou seja, 27% do volume inicialmente previsto.
Cruz (1996) ainda refere que barragens apoiadas em solos moles requerem bermas de
estabilização, que resultam em taludes médios extremamente abatidos. Isso pode ser
observado na Figura 2.21:
Borges (1991) apresenta resultados das curvas de recalque versus tempo medidas e
calculadas com e sem compressão secundária referentes às estacas 15, 20,25 e 30 (Figuras
2.22 e 2.23).
- 34 -
Figura 2.23 - Recalques totais medidos e calculados - Estaca 20 (Borges, 1991).
Já Cruz (1996) em seu livro menciona que no trecho da barragem de Juturnaíba, fundado
em argila mole foram registrados deslocamentos horizontais de até 28 cm. Estes se
desenvolveram num processo de velocidades crescentes, indicando um princípio de
ruptura.
Assim houve a necessidade de criação de uma berma de elevação de 5,5 m com o fim de
restabelecer o equilíbrio. Os deslocamentos medidos nas etapas seguintes da obra
guardaram uma distorção angular considerada segura e podem ser observadas na Figura
2.24 a seguir.
- 35 -
Figura 2.24 - Barragem de Juturnaíba - c, d (Cruz, 1983, p. 399).
- 36 -
CAPÍTULO 3
ESTUDO DE CASO
- 37 -
3.1 Barragem do Torto
- 38 -
Os elementos de drenagem interna, filtro inclinado em areia, e tapete sanduíche em brita
2; brita 0; e areia, possuem largura e espessura de 1,00 m e 1,50 m, respectivamente. Estes
elementos, dimensionados para controlar a percolação pelo maciço e fundação, serão
monitorados pela implantação de piezômetros do tipo Casagrande com bulbo no tapete e
fundação. Ademais, haverá a implantação de uma linha de poços de alívio na região do
pé da barragem, espaçados a cada 6,00 m para auxiliar na dissipação das subpressões
observadas na região do pé da barragem, assim como nas investigações de campo
executadas. Possuirá ainda a implantação de medidores de vazão de calha triangular na
região do pé da barragem de forma a monitorar as vazões percoladas pelos elementos de
drenagem interna, assim como dissipadas pelos poços de alívio implantados. Para o
monitoramento de possíveis recalques, prevê a implantação de marcos superficiais na
crista e nas bermas do talude de jusante.
- 39 -
Tabela 3.1 - Resumo das principais características da Barragem do Torto (Geoestável
2019).
DADOS GERAIS BARRAGEM DO TORTO
Esta é uma fase necessária para a caracterização dos materiais envolvidos na construção
da barragem – fundação e áreas de empréstimo, assim como conhecer a subsuperfície em
seus aspectos litológicos, geotécnicos e geomecânicos.
Para esse projeto foram realizadas sondagens mistas (SM) (percussão com medidas de
SPT a cada metro nos solos e rotativa no maciço rochoso); ensaios de infiltração em solos
e perda d’água sob pressão nos trechos em rocha; sondagens a trado (ST) nas áreas de
empréstimo com coleta de amostras deformadas para ensaios laboratoriais e poços de
inspeções para conhecimento do perfil estratigráfico e coleta de amostras indeformadas
(AI) e amostras deformadas (AD) na fundação da barragem.
3.3 Sondagens
Foram realizadas 3 fases de investigação de sondagem entre os anos de 2017 e 2019, com
um total de 1.029 metros de sondagem em 43 furos. Os furos foram executados com uma
média de 24 metros com uma profundidade máxima de 43 metros. Algumas fotos dos
testemunhos estão ao final do trabalho anexadas.
- 40 -
3.4 Materiais de Empréstimo e Ensaios
Figura 3.3 - Imagem de Satélite das sondagens à trado realizadas na área interna
prevista do reservatório (Google Earth, 2018).
Tabela 3.3 - Volume de Solo Residual nas áreas de empréstimo internas ao reservatório
(Geoestável, 2018).
ÁREA SUBAREA AREA (m²) ESPESSURA VOUME SOLO TOTAL
MÉDIA (m) RESIDUAL (m³)
A 16.714,23 2,33 38.944,16
AE-01 B 25.035,20 1,91 47.817,23 109.873,00
C 13.866,97 1,67 23.111,62
A 21.675,68 3,67 79.549,75
AE-02 107.867,53
B 9.439,26 3,00 28.317,78
AE-03¹ Solo Residual Jovem
A 24.675,36 1,60 39.480,58
AE-04 64.780,63
B 8.187,72 3,09 25.300,05
AE-05 - 56.161,29 2,18 122.431,61 122.431,61
A 6.137,00 2,30 14.115,10
AE-06 28.674,70
B 4.412,00 3,30 14.559,60
A 20.328,61 1,76 35.778,35
AE-07 112.279,25
B 27.321,75 2,80 76.500,90
SOMA 545.906,73
- 42 -
Diante da campanha de trados realizada nas áreas internas ao reservatório, anteriormente
apresentada, foram selecionadas 26 amostras para ensaios de caracterização completa.
Quanto à umidade natural, os valores observados nos ensaios apresentaram uma variação
da ordem de 10%. Todavia, quando se compara os valores da umidade natural com os
valores de umidade ótima dos ensaios de Proctor Normal, observa-se proximidade entre
os valores, sendo que a maior variação foi de aproximadamente 8%.
Quanto aos limites de Atterberg, Limite de Liquidez (LL) e Limite de Plasticidade (LP),
observou variações na casa das dezenas, sendo os LL e LP máximos iguais a 65% e 36%
e os LL e LP mínimos iguais a 36% e 16%.
- 43 -
3.4.2. Solo Residual (SR)
Das amostras coletadas e ensaiadas a massa específica dos grãos variou de 2,87 a 2,49
g/cm³, sendo a média dos ensaios de 2,69 g/cm³.
Quanto a umidade natural, os valores observados nos ensaios apresentaram uma variação
da ordem de 25%. Todavia, quando se compara os valores da umidade natural com os
valores de umidade ótima dos ensaios de Proctor Normal, observa-se uma variação que a
umidade tende a estar abaixo da umidade ótima indicada pelo ensaio.
Quanto aos limites de Atterberg, Limite de Liquidez (LL) e Limite de Plasticidade (LP),
observou variações na casa das dezenas, sendo os pares de LL e LP máximos iguais a
55% e 27% e os pares de LL e LP mínimos iguais a 22% e 14%.
Apesar da parcela de silte prevalecer, a parcela de argila presente, apesar de inferior, tende
a imputar certa plasticidade ao material, o que viabiliza a sua utilização como material de
empréstimo.
- 44 -
Figura 3.5 - Curvas Granulométricas para os solos residuais AE-01 a AE-07
(Geoestável, 2018).
b) COLÚVIO (CO) - Solo mal selecionado de cor marrom e vermelha com textura
variando de argilo-silto-arenosa a silto-argilo-arenosa com a presença de grânulos de
quartzo, com eventuais zonas com seixos a blocos (até 2 metros de diâmetro) de
gnaisse.
- 45 -
e) MACIÇO ROCHOSO DE GNAISSE medianamente intemperizado (W3),
resistente (R4) e medianamente a muito fraturado (F3/F4).
O maciço em solo compactado será assentado, na região do fundo do vale, sobre solo
saprolitico de granito-gnaisse, sendo a camada de aluvião no leito do rio totalmente
removida. Na região das ombreiras, o maciço será assentado sobre solo residual após a
remoção da camada de colúvio. Assim, na região das ombreiras será executada uma
escavação da ordem de 3,00 m com vistas a retirada do colúvio.
Nos locais em que há afloramentos e blocos de rocha, estes serão tratados adequadamente
para receber o aterro compactado. O tratamento preconizado é a remoção de blocos soltos,
aplicação de calda de cimento e concreto dental nos locais em que se observar rocha
fraturada a montante do eixo da barragem e sob a porção do talude de montante (região
da vedação) e aplicação de material granular como transição granulométrica na porção a
jusante do eixo da barragem na região do talude de jusante em que haverá o assentamento
do tapete drenante. Dependendo das dimensões dos blocos, estes sofrerão redução de
tamanho por processos de desmonte a frio e/ou a quente.
Ressalta-se ainda que a fundação na região a montante do eixo (região de vedação) deverá
ser compactada antes do lançamento da primeira camada de solo solto para a execução
do aterro compactado. Na região a jusante do eixo (local de implantação do tapete
drenante) deverá ser feita uma escarificação antes do lançamento da primeira camada de
areia do tapete drenante previsto.
Os solos provenientes da escavação das ombreiras esquerda e direita, assim como região
de implantação do vertedor de emergência, serão destinados, desde que classificados
como colúvio e/ou solo residual maduro, para “bota-esperas” dentro da futura área de
inundação e acima da elevação do nível d’água máximo do reservatório da ensecadeira
para futura aplicação na praça de construção do maciço da barragem. Os materiais
classificados como “não aproveitáveis” serão depositados em “bota-fora” dentro da área
- 46 -
de inundação do reservatório em elevações inferiores àquelas definidas para as áreas de
empréstimo existentes no interior do reservatório.
Figura 3.6 - Planta da barragem com locação das sondagens (Geoestável, 2018).
- 47 -
As investigações completares de campo programadas/executadas, conforme descritas,
associadas ao mapeamento da área e acompanhamento das investigações em campo por
profissional de geologia, permitiram elaborar uma seção geológico-geotécnica transversal
ao eixo da barragem de forma a interpretar as condições de sua fundação.
Geoestável (2018) informa que a região da barragem está inserida na porção nordeste do
Quadrilátero Ferrífero (Figura 3.7), próximo ao sistema de Falhas das Cambotas e
abrange litotipos do Embasamento Cristalino caracterizado pela ocorrência de rochas
gnáissicas migmatítitcastonalíticas, granodioriticas, além da Suíte Intrusiva, que ocorre
na forma de diques máficos (Figura 3.8).
- 48 -
Figura 3.8 - Coluna estratigráfica sintética, destacando as unidades que ocorrem na
região do empreendimento (Alkmim&Marshak, 1998).
- 49 -
1992; Endo, 1997), este complexo apresenta porções de um antigo embasamento
retrabalhado durante os eventos de deformação posteriores. Segundo alguns trabalhos
desenvolvidos na região (Crocco-Rodrigues et al.,1989; Gomes et al., 2000), lascas
tectônicas de quartzito (Formação Cambotas) podem ocorrer em meio aos gnaisses,
devido à proximidade com a shear zone das Cambotas.
Figura 3.9 - Seção transversal da barragem com materiais das fundações (Geoestável,
2018).
- 50 -
A seguir, na Figura 3.10, é apresentada uma seção da fundação da barragem e seu
zoneamento com colúvio a montante e solo residual a jusante. A montante da cor
vermelha destaca-se o solo coluvionar e na porção a jusante na cor cinza o solo residual.
Figura 3.10 - Seção transversal da barragem com locação dos materiais de construção
(Geoestável, 2018).
9
8 8 7,83 8
8
7
7
6,03
6 5,46 5,7
ESPESSURA (m)
5
5 4,5
4 4
4 3,45 3,45
3 3
3
2 2 2 2
2
1
1
0
SM-207B
SM-67
SM-20
SM-21
SM-53
SM-66
SM-64
SM-27
SM-28
SM-108
SM-207
SM-207A
SM-110
SM-107
SM-111
SM-209
SM-212
SM-206
SM-109
SM-205
SM-211
SONDAGENS
Figura 3.12 - Aluvião argilosilte arenoso, de cor escura, apresentando matéria orgânica
(Geoestável, 2018).
Rezende (2013) menciona que os modelos numéricos têm por objetivo permitir aproximar
o comportamento de um solo real a partir da interação entre os materiais constituintes da
estrutura geotécnica além da análise de um meio ideal simplificado por hipóteses nas
relações constitutivas necessárias para viabilizar o desenvolvimento matemático de sua
formulação.
O resultado da análise numérica pode ser realizado por simples formulações até
sofisticadas simulações computacionais, porém é um produto totalmente dependente das
informações iniciais, além da qualidade dos dados disponíveis, assim como das condições
de contorno.
Este ensaio pode ser realizado de forma drenada e controlada e também permite que seja
desenvolvido um plano de ruptura livre ao longo do corpo de prova.
- 53 -
Também é possível na execução do ensaio triaxial o controle de diferentes trajetórias de
tensão até mesmo a condição de ruptura além de ter a opção de simular carregamentos e
descarregamentos ao longo de sua execução simulando assim problemas complexos de
geotécnica.
Existem diferentes maneiras de conduzir o ensaio podendo ser: Ensaio Triaxial Adensado
Drenado (CD), Ensaio Triaxial Adensado Não-Drenado (CU) e Não Adensado Não
Drenado (UU).
Ligocki (2003) em seu trabalho menciona que para a criação de modelos de análises de
barragens o mais importante provavelmente é a escolha do modelo constitutivo que
consiga modelar adequadamente o comportamento dos materiais de construção, visando
conciliar a simplicidade com a qualidade dos resultados a serem obtidos.
- 54 -
Rezende (2013) menciona em seu trabalho que quando se diz modelo constitutivo de um
solo, pretende-se estabelecer uma relação que represente o comportamento dos materiais
envolvidos.
Por último ocorre o modelo elásto-plástico não linear quando une os conceitos de estado
crítico do solo sendo representado pelo Modelo Cam Clay.
- 55 -
Figura 4.2 - Curva hiperbólica (Duncan e Chang, 1970).
A equação hiperbólica apresentada por Konder (1963) para representar a relação entre as
diferenças de tensão, − , e a deformação axial, , descreve esse modelo em que, a
e b são constantes associadas ao módulo de deformabilidade inicial, , e a diferença de
tensão desvio na condição última, ( − ) , como apresentado na expressão (4.1):
( − )= (Equação 4.1)
Uma maneira prática para ajustes dos resultados dos ensaios de laboratório (Figura 4.3) é
a utilização dos pontos a partir de 70% a 95% da resistência para a determinação da reta
- 56 -
do gráfico. Este método foi baseado em análise das centenas de curvas correspondentes a
um grande número de materiais.
Rezende (2013) menciona em seu trabalho que a partir do ensaio triaxial, a curva do
modelo hiperbólico é obtida a partir da relação do modelo de deformabilidade inicial ( )
com a tensão confinante ( ) representados pelas constantes K e n, ambas adimensionais,
como apresentado na expressão (4.2):
= . . (Equação 4.2)
Ε
As constantes K e n podem ser obtidas através do gráfico log ( ) versus log ( )
após ajustes da reta pelos pontos obtidos.
- 57 -
Tabela 4.1 - Valores típicos dos parâmetros hiperbólicos para diferentes tipos de
solos (Gerscovich, 2005; UERJ)
( − ) = ( )
(Equação 4.3)
( − )= (Equação 4.4)
− = (Equação 4.5)
- 58 -
Tabela 4.2 - Parâmetros do modelo hiperbólico para previsão de curvas tensão x
deformação (Gerscovich, 2005; UERJ).
Parâmetro Função
, Relaciona E com σ
, Relaciona ( σ − σ ) com σ
Os modelos Cam Clay e Cam Clay modificado são modelos Elasto-plásticos baseados na
teoria do Estado Crítico e a suposição básica que existe uma relação logarítmica entre a
tensão média e a razão de vazios.
As principais diferenças entre os dois modelos estão nas fórmulas para descrever as
curvas de escoamento. Enquanto no modelo Cam-Clay as curvas de escoamento são
espirais logarítmicas, no modelo Cam-Clay modificado elas são elípticas.
Este modelo supõe que a amostra de solo é caracterizada por três parâmetros: tensão
efetiva média (p’), tensão desviadora (q) e o volume específico (υ) para um nível de
tensões no estado crítico.
Um exemplo do modelo Cam Clay em uma amostra de argila pode ser ilustrado conforme
a Figura 4.4, onde quando se aplica um esforço de compressão em condições de drenagem
perfeita, de forma lenta e isotrópica de tensão a relação entre o volume específico e a
tensão efetiva média logarítmica resulta em uma reta principal de compressão normal
também denominada de reta virgem. Já a reta de descompressão ocorre quando se alivia
a tensão.
- 59 -
Figura 4.4 - Gráfico de volume específico x logaritmo natural de tensão efetiva o
efetiva média (Gerscovich, 2005; UERJ).
O modelo Cam Clay define a reta virgem através da seguinte equação (4.6):
Os parâmetros N, λ e κ variam de acordo com a amostra e tipo de solo. Também pode ser
observado que o valor de depende do histórico de tensões do solo, como pôde ser
observado nas linhas de descompressão “bc” e “de” da Figura 4.4.
Conclui-se que se o presente estado de tensões do solo está sobre a reta virgem este solo
é considerado normalmente adensado, no caso em que o estado de tensões se encontrar
sobre uma linha de descompressão, o solo está na condição sobreadensada.
- 60 -
A linha de estado crítico é paralela à linha de compressão normal, ou reta virgem, quando
plotadas no gráfico. Neste caso o parâmetro Γ corresponde ao volume específico à pressão
unitária, assim como N, também variando de acordo com a unidade de medida utilizada.
Γ= −( − ) (Equação 4.8)
Na mecânica dos solos, os parâmetros elásticos mais comumente utilizados são o módulo
de Young (E), o módulo de cisalhamento (G), o coeficiente de Poisson (μ) e o módulo
volumétrico (K’). Na teoria da elasticidade, somente dois desses parâmetros são
suficientes. Os demais parâmetros podem ser obtidos através de correlações.
Após análise e compilação dos dados dos ensaios foi realizado ajuste hiperbólico para os
dois materiais, colúvio e residual.
Tal ajuste foi realizado através da equação 4.9 na metodologia de tentativa e erro de modo
que a curva hiperbólica ficasse melhor desenhada de acordo com o material, colúvio e
silte, além da tensão desviadora e deformação axial.
− (Equação 4.9)
∅ ∅
∅
Para os dados do colúvio foram utilizados os parâmetros: K= 170; n=0, =0,85. Para o
residual os parâmetros foram: K=160; n=0; =0,95. Estes parâmetros foram utilizados
após ajuste gráfico das curvas (tensão x deformação) dos gráficos dos ensaios triaxiais
dos diversos níveis de tensão (50, 100, 200, 400 e 600 kPa).
Os gráficos do ajuste hiperbólico dos materiais serão expostos ao final do trabalho como
anexos.
Os resultados dos ensaios triaxiais estão representados por curvas que relacionam a
deformação axial com a tensão desviadora e com a deformação volumétrica. As curvas
- 62 -
de tensão versus deformação dos ensaios foram criadas mediante aplicação das tensões
confinantes de 50, 100, 200 e 600 kPa. Estes níveis contemplam os níveis de tensão
esperados para a barragem. As envoltórias de ruptura foram obtidas a partir da análise
desses resultados que fornecem os parâmetros de resistência.
Após a modelagem das envoltórias de resistência dos materiais foi possível estabelecer
os parâmetros de coesão e ângulo de atrito conforme tabela 4.3.
Colúvio CIU 28 15
Residual CID 29 10
Residual CIU 31 10
- 63 -
As seções e as malhas utilizadas nas análises são apresentadas nas Figuras 4.6, 4.7 e 4.8.
Para modelamento da escavação da fundação foram criadas seções contemplando os 3
cenários descritos anteriormente.
135
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
Figura 4.6 - Cenário 1 – 100% de aluvião materiais - laranja colúvio, rosa residual,
cinza aluvião, verde saprolito de gnaise e em amarelo maciço rochoso.
135
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
Figura 4.7 - Cenário 2 – troca de solo - 50% de aluvião e 50% de colúvio laranja
colúvio, rosa residual, cinza aluvião, verde saprolito de gnaise e em amarelo maciço
rochoso.
135
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
- 64 -
Figura 4.8 - Cenário 3 - l troca de solo – 100% de colúvio laranja colúvio, rosa residual,
cinza aluvião, verde saprolito de gnaise e em amarelo maciço rochoso.
Para a simulação da construção da barragem através do software SIGMA/W foi criado
um sequenciamento de 20 etapas de alteamento considerando 2,5 metros de aterro por
etapa, ilustrada na Figura 4.9.
- 65 -
Cor Nome Modelo Módulo de Coesão' Phi' Coeficiente Peso Rf Kur
Young (kPa) (°) de Poisson Específico
efetiv o (E') (kN/m³)
(kPa)
135
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
Na Tabela 4.4 são apresentados os modelos constitutivos utilizados nas análises com os
devidos parâmetros geotécnicos.
Os parâmetros coesão e ângulo de atrito, relativos aos materiais foram extraídos das
envoltórias de envoltória de resistência, conforme apresentado anteriormente.
Para os valores dos módulos de deformabilidade foi criada uma correlação com tabelas
de literaturas.
- 66 -
Tabela 4.5 –Valores tipicos de módulo de Yong para solos (MPa) (baseado em
Obrzud & Truty, 2012 apud Kezdi 1974 e Prat et al. 1995)
USCS Descrição Loose Medium Densidade
GW, SW Gravels / Sand well-graded 30-80 80-160 160-320
Tabela 4.6 – Valores tipicos de módulo de Young para solos coesivos (MPa
(baseado em Obrzud & Truty, 2012 apud Kezdi 1974 e Prat et al. 1995)
USCS Descrição Very Soft to soft Medium Stiff to very stiff Hard
ML Silts with slight plasticity 2.5 - 8 10 - 15 15 - 40 40 - 80
O solo aluvião foi estudado a partir da execução de ensaios percussivos que em contexto
geral representa um solo muito fofo, com N spt variando de 01 a 04 golpes. Com base nas
características do aluvião e sua resistência Nspt, os parâmetros de resistência e
deformação foram correlacionados conforme proposto por Teixeira e Godoy (1996).
Valor de NSPT médio de 3,5 golpes para a camada de aluvião com ensaios SPT
completos e valor de NSPT de 60 golpes para a camada impenetrável pelos
ensaios SPT.
Definição do fator α de correção igual a 4.
Definição do coeficiente K de 0,3.
- 67 -
= 5×0,35×3,5 = 4,9
- 68 -
CAPÍTULO 5
MODELOS E CENÁRIOS
135
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
Figura 5.1 - Cenário 01 – Fundação em aluvião.
- 69 -
135
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
135
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
- 70 -
135
120
105 100
100
E le va çã o (m )
90 200
200
300
75
300 400
60
300
45 200
400 400
30 500
500
600 600
15
700
700 800
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
Figura 5.4 - Cenário 01 - tensões horizontais (kPa) - filtro inclinado.
135
120
105 0,04
Elevação (m )
90 2 0,06
0,0
0,
02
75
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Distância (m)
Figura 5.5 - Cenário 01 - deformação vertical - filtro inclinado.
- 71 -
Na Figura 5.6 tem-se apresentado o valor considerável obtido para o deslocamento
vertical da base do filtro, da ordem de 1,70 metros.
3m8
1,71
120
0,01
105 0,03
0,01 0,05
Elevação (m)
90
0,0
0,0
4
75 0,02
2
0,05
0,04 0,05 0,02
60 0,04
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
135
120
0,02
105
0,05
Elevação (m)
90
02
0,04
0,
75 0,02
0,05
0,05 0,05
60 0,02 0,04 0,04 0,02
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
120 -0,5
-0,8 -1,4
105 -0,8
Elevação (m)
90
-1,1
-0,5
-1,7
75
m
83
-1,4
71
1,
-1,1 -0,5
60
-0,2
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Distância (m)
Figura 5.10 - Cenário 01 – Deslocamento vertical (m) - filtro inclinado.
- 73 -
120
-0,8
-1,4
105
-0 ,8
E le va çã o (m)
-1,7
90
-1 ,1
-1,1
-1,4
75
-0,8
60 -0,5
,5
-0
-0,2
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Distância (m)
Figura 5.11 - Cenário 02 – Deslocamento vertical (m) - filtro inclinado.
120
-0,8
-0,5 -0,5
105 -1,4
-1,1
E le va çã o (m)
90 -1,4
-1,1
75
-0,2
m
-0,8
07
22
- 0,
1,
2
-0,5
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Distância (m)
- 74 -
Comparando os cenários 1 e 3 observa que houve diferença de 40 cm na região central,
elevação 95 metros, e da ordem de 75 cm, elevação 70 metros, na base. Este
comportamento dá evidências que o sistema de drenagem acompanha os deslocamentos
verticais de todo o maciço, função da concepção do mesmo.
135
120
Análise
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
Figura 5.14 – Detalhe do local da análise.
- 75 -
5.1.5. Recalque Fundação
Nota-se a partir do gráfico ilustrado na Figura 5.16 que há uma variação expressiva do
recalque na fundação quando comparado os 3 cenários para a barragem com filtro
inclinado.
O comportamento dos recalques mostra que os maiores valores não ocorrem no eixo da
crista, como esperado, mas na região de projeção do dreno inclinado, como ilustrado nas
Figuras 5.15 e 5.16. Este comportamento ratifica a ocorrência de efeitos de arqueamentos
de tensão no sistema de drenagem interno com reflexos agudos na fundação, mesmo o
sistema de drenagem não estando apoiado diretamente na mesma.
135 recalque
120
105
Elevação (m)
90
75
60
45
30
15
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
- 76 -
Recalque fundação
0,2
Deslocamentos Verticais (m) 0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8
-1
-1,2
-1,4
Distância (m)
Cenário 1 - 100% aluvião Cenário 2 - 50% aluvião e 50% colúvio Cenário 3 - 100% coluvio
Porém, quando se compara o mesmo cenário com filtro inclinado e filtro vertical observa-
se que há uma diferença de tensão na região do filtro conforme indicado nas Figuras 5.17,
5.18, 5.19, 5.20, 5.21 e 5.22.
- 77 -
135
120
200
105
400
Elevação (m)
90
600
200
75 800
600
60 1.000
2 00
45
1.
0
1 .00
20
0
6 00
30
1.400 1.600 1.00 0
15 1.40 0
1.800 2.000
1.8
0
00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
135
120
105 100
Elevação (m)
90 200
300
75
300
1 00 400
60 2 00
4 00
300 100
45 200
400 400 300
30 500 400
600 600 500
15 600
800
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
135
120
105
400
Elevação (m)
90 200
75 800 600
200
60 1.000
200
45 600 1.200 400
1.000 800
30
1.600
1.200
15 1.400
1.600
1.800 2.000
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
- 78 -
135
120
105 200
2 00
Elevação (m)
400
90
400 600
75
800
600
60
1.00
0 200
8 00
45 1 .20
0
6 00
1.000
30 1.000
1.200 1.600
1.400
1.400
15 1.400
2.000 1.800
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
135
120
105
400
Elevação (m)
90
20
0
75
800
60
200
0
60 1.000
200
45 600 1.200 400
30 1.000 800
1.600
1.400 1.200
15
1.600
1.800 2.000
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
135
120
105 2 00
Elevação (m)
90 4 00
600
75 600
60 1.000
800
200
45 1.200
1.000
30 600
1.200 1.600
1.000
15 1.400
1 .40
1.600 2.000 1.800 0
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Distância (m)
- 79 -
As Figuras 5.23 e 5.24 mostram uma leve diferença de arqueamento dos filtros vertical e
inclinado. Observa-se que o filtro vertical possui um arqueamento mais abrupto na região
central do filtro enquanto no filtro vertical o arqueamento é menor.
200
400
600
800
1.2
Figura 5.23 - comparativo
00 1 entre o cenário 1 e 3 - filtro inclinado x filtro vertical.
200
400
600
800
No entanto, o filtro vertical mostra um contínuo aumento das tensões, que ao apoiar na
fundação alcança tensões da ordem de 1.800 kPa. Importante observar, no entanto, que
- 80 -
cada sistema proposto apresenta um comportamento da taxa de crescimento de tensão
diferente, sendo a taxa do sistema inclinado tipicamente constante e a taxa do sistema
vertical crescente com a profundidade. Este comportamento sugere que para o sistema
vertical tem-se um efeito cumulativo sobre o arqueamento.
Já para a retirada ou troca de solo da fundação não há grande diferença, ou seja, não se
traduz em uma vantagem, uma vez que é observado um agrupamento das linhas dos
gráficos para os cenários do filtro inclinado e vertical. Isso mostra que a troca de solo não
é vantajosa ou não atribui grandes diferenças que a justifique, quando analisado níveis de
tensão no filtro, apenas.
No gráfico da Figura 5.25 é possível observar nas linhas de tendência que para o cenário
3 do filtro inclinado (linha rosa) há uma taxa da tensão vertical total de 24,57 kPa/m. Já
para o cenário 3 do filtro vertical (linha marrom) essa taxa é de 33,11 kPa/m, ou seja.
120
110
Elevação (m)
100
y = -0,032x + 116,33
90
y = -0,0407x + 118,44
80
70
60
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Tensão total Y (kPa)
cenário 1 - inclinado cenário 2 - inclinado cenário 3 - inclinado
cenário 1 - vertical cenário 2 - vertical cenário 3 - vertical
Linear (cenário 3 - inclinado) Linear (cenário 3 - vertical)
- 81 -
O arqueamento é um fenômeno que ocorre entre o filtro e o núcleo do maciço devido a
mudança dos módulos de deformabilidade dos materiais. Esse fenômeno ocorre quando
há deformações diferenciais que causam transferência de carga gerando aumento das
tensões no filtro e na fundação de apoio.
As tensões verticais totais foram então avaliadas no mesmo local, sendo possível fazer
uma comparação com e sem o sistema de drenagem. À razão entre estas tensões
denominou-se taxa de arqueamento. Ou seja, a taxa de arqueamento é a relação entre a
tensão no filtro e a tensão no mesmo local do barramento, porém sem o material filtro e
sim o próprio aterro.
Ao comparar as tensões do maciço com filtro de areia e sem o filtro de areia (Figuras
5.26, 5.28, 5.30 e 5.32.), nota-se que há uma grande diferença dos níveis de tensão, tanto
em valores máximos, quanto para a trajetória das duas curvas.
Em termos gerais, este comportamento sugere que este aumento pode ser maior no caso
do apoio do filtro em fundações mais rígidas, como por exemplo, rocha, solo residual
jovem, etc.
Para o maciço sem o filtro de areia as tensões são menores, o que faz sentido uma vez que
não há o elemento rígido (filtro).
- 82 -
Como ilustrado nas Figuras 5.27, 5.29, 5.31 e 5.33, as taxas de arqueamento são
crescentes com a profundidade, variando de 1,3 a 1,9, aproximadamente,
independentemente do Cenário. Ou seja, as tensões no sistema de drenagem aumentam
relativamente muito com a profundidade, mesmo no sistema de filtro inclinado.
Figura 5.26 - Gráfico tensão vertical filtro inclinado - cenário 1 - 100% aluvião.
Figura 5.28 - Gráfico tensão vertical filtro inclinado - cenário 3 - 100% colúvio.
- 84 -
Arqueamento - Filtro Vertical - Cenário 1 - 100% Aluvião
Figura 5.30 - Gráfico tensão vertical filtro vertical - cenário 1 - 100% aluvião.
- 85 -
Arqueamento - Filtro Vertical - Cenário 3 - 100% Colúvio
Figura 5.32 - Gráfico tensão vertical filtro vertical - cenário 3 - 100% colúvio.
- 86 -
Arqueamento - Filtro Inclinado X Vertical - Cenário 1 e 3
Esta análise é a comparação do arqueamento entre os maciços com filtro vertical (Figura
5.34) e inclinado (Figura 5.35) nos dois cenários principais: cenário 1 com 100% de
aluvião e cenário 3 com substituição de todo aluvião por colúvio.
Entre as elevações 75 e 100 tem-se taxas de arqueamento mais elevadas para o sistema
inclinado, comportamento, de certa forma, não esperado. Observa-se, no entanto, que
para o trecho final, as taxas do filtro vertical aumentam quando da aproximação dele do
material de fundação, sendo mais pronunciada quando do material mais rígido, colúvio.
- 87 -
Figura 5.34 - Gráfico arqueamento filtro inclinado x filtro vertical - cenário 1 - 100%
aluvião.
Figura 5.35 - Gráfico arqueamento filtro inclinado x filtro vertical - cenário 3 - 100%
colúvio.
Este estudo mostrou que, apesar de se observar tensões mais elevadas no sistema de
drenagem vertical, as taxas de arqueamento mostram-se mais elevadas em boa extensão
do sistema de drenagem inclinado. Valores mais elevados de tensões e taxas de
arqueamento são observadas no sistema vertical, em função do mesmo se apoiar
diretamente na fundação. Sendo o efeito maior quanto maior for a rigidez da fundação.
No estudo aqui apresentado, as tensões máximas para o sistema inclinado foram da ordem
de 1.200 kPa, quase o dobro das tensões sem filtro, 650 kPa. Para o sistema vertical as
tensões foram da ordem de 1.800 kPa, mais que o dobro das tensões sem filtro, da ordem
de 800 kPa.
Importante salientar que o aumento de tensões observado quando da opção por filtro
vertical não significa dizer que o filtro é inapropriado. Mesmo porque materiais arenosos,
- 88 -
quartzosos suportam facilmente os níveis de tensões aqui registrados, da ordem de 1.800
kPa.
O estudo deixa evidências que o que reduz as tensões na base do filtro inclinado não é o
fato dele ser inclinado e sim o fato dele não se apoiar diretamente na fundação, uma vez
que a sua conexão com o tapete drenante é inclinada. Se o mesmo procedimento
construtivo for feito para o sistema em filtro vertical, é de se esperar o mesmo
comportamento.
- 89 -
CAPÍTULO 6
CONCLUSÃO
Esta troca de solo tanto a nível quantitativo como qualitativo pode ser demonstrada nas
análises anteriores onde foram evidenciadas as reduções de deformações e tensões.
Em relação as análises dos recalques, a troca de solo mostra-se viável e favorável para
um melhor comportamento da fundação da barragem, principalmente na região do filtro.
Diante dos resultados apresentados pelos modelos foi possível observar que as
deformações na região do eixo vertical para os 3 cenários foram proporcionais quando da
troca de solo e em níveis de tensão.
A troca de solo em uma obra de terra por ser uma etapa operacional rotineira quando vista
por fora, porém, esta atividade compete diretamente com a produção do aterro
compactado e quando não bem dimensionada por causar atrasos e até mesmo
desequilíbrio financeiro ao projeto. Em se tratando de grandes volumes a substituição de
- 90 -
solo necessita ser bem planejada, pois afeta jazidas de empréstimos, locais para bota fora,
escavações com embaraço de água, rebaixamento de nível d’água e produtividades
baixas, pois é uma escavação detalhada que requer cuidado para que não ocorram
“feridas” nas camadas competentes localizadas abaixo do aluvião.
Filtro Inclinado
Com relação aos recalques no contato do barramento com a fundação, a troca plena do
aluvião proporciona uma redução da ordem de 50% no recalque máximo, de 125 cm para
60 cm. Num contexto geral, ambos são elevados, porém, como apresentado, no primeiro
caso as deformações máximas são da ordem de 14%, valor muito elevado, e no segundo,
- 91 -
as deformações são 5%, condição bem mais favorável, similar àquela que será
experimentada pelo maciço.
O comportamento dos recalques mostra que os maiores valores não ocorrem no eixo da
crista, como esperado, mas próximo da região de projeção do dreno inclinado. Este
comportamento ratifica a ocorrência de efeitos de arqueamentos de tensão no sistema de
drenagem interno com reflexos agudos na fundação, mesmo o sistema de drenagem não
estando apoiado diretamente na mesma.
O estudo mostra baixa sensibilidade das tensões nos sistemas de drenagem inclinado ou
vertical com a alteração no tipo de solo de fundação, para elevações acima de 70 metros.
- 92 -
aumento de tensões pode ser maior quanto mais rígida for a fundação (rocha, solo residual
jovem, etc.).
Entre as elevações 75 e 100 metros tem-se taxas de arqueamento mais elevadas para o
sistema inclinado, comportamento, de certa forma, não esperado. Observa-se, no entanto,
que para o trecho final, as taxas de arqueamento do filtro vertical aumentam quando da
aproximação da fundação, sendo mais pronunciada quando o material é mais rígido
(colúvio).
Este estudo mostrou que, apesar de se observar tensões mais elevadas no sistema de
drenagem vertical, as taxas de arqueamento mostram-se mais elevadas em boa extensão
no sistema de drenagem inclinado. Valores mais elevados de tensões e taxas de
arqueamento são observadas no sistema vertical próximo da fundação. Sendo este efeito
maior quanto maior for a rigidez da fundação. No estudo aqui apresentado, as tensões
máximas para o sistema inclinado foram da ordem de 1.200 kPa, quase o dobro das
tensões sem filtro, 650 kPa. Para o sistema vertical as tensões foram da ordem de 1.800
kPa, mais que o dobro das tensões sem filtro, da ordem de 800 kPa.
Importante salientar que o aumento de tensões observado para o sistema filtro vertical
não significa dizer que este sistema seria inapropriado para esta obra. Mesmo porque
materiais arenosos, quartzosos suportam facilmente os níveis de tensões aqui registrados,
da ordem de 1.800 kPa.
O estudo deixa evidências que o que reduz as tensões na base do filtro inclinado não é o
fato dele ser inclinado e sim o fato dele não se apoiar diretamente na fundação, uma vez
que a sua conexão com o tapete drenante é inclinada. Se o mesmo procedimento
construtivo for feito para o sistema em filtro vertical, é de se esperar o mesmo
comportamento.
- 93 -
Sugestões para Novas Pesquisas
Para futuros trabalhos é interessante criar uma atualização do modelo com parâmetros
geotécnicos de ensaios de laboratório a partir de uma amostra indeformada de um bloco
do corpo do maciço compactado, permitindo assim calibrar os modelos tensão x
deformação.
Outra sugestão para a calibração e comparação do modelo seria utilizar dados dos
instrumentos de medida de recalque da barragem a partir do primeiro enchimento do
reservatório até seu início de operação.
Um ponto que não foi abordado neste trabalho e tem grande relevância é o
comportamento da barragem atrelado ao comportamento do fluxo de água pela fundação.
Uma pesquisa interessante seria a análise de outras barragens e seus sistemas de drenagem
com o foco nas taxas de arqueamento, principalmente a diferença entre o arqueamento do
filtro vertical e inclinado. Isso possilitaria criar comparações de tensões entre barragens.
- 94 -
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e Suas Aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC
Editora S.A., 1996.V. 1.
DUNCAN, J. M.; BYRNE, P.; WONG, K.S.; MABRY, P., Streght, Stress-Strain and
Bulk Modulus Parameters for Finite Element Analyses of Stresses and Movements
in Soil Masses. Department of Civil Engineering, University of Calfornia, Berkeley.
Report N0. UBC/GT/80-01, 1980.
KEZDI, A. Handbook of Soil Mechanics. Elsevier, Amsterdam, 1974 apud PRAT, M.,
BISCH, E., MILLARD, A., MESTAT, P., and CABOT, G. La modelisation des
ouvrages. Hermes, Paris, 1995.
- 96 -
MITCHELL. Fundamental of soil behavior. 3ed., 2005.
OBRZUD R.; TRUTY, A. The hardening soil model - a practical guidebook. Z Soil.
PC 100701 report, revised 31.01.2012.
ORTIGÃO, J. A. R., DSC, ZIRLIS, A. C., Engº Civil, PALMEIRA, E.M., DPhil –
Experiências com solo grampeado no Brasil. [1970-1973].
- 97 -
ANEXO I
I.I
Amostras Colúvio Selecionadas Ensaio Laboratório Áreas Internas Reservatório
(Geoestável, 2018).
Identificação Descrição
Nome Reg Local De Até Tipo
Nº Amostra Gênese Táctil Visual
ST-113 3411 AE-07 0 1,6 DEF. COL Argila Silte Arenosa com Marrom
ST-122 3414 AE-07 0,4 2,1 DEF. COL/SV ArenoArgilo Arenoso cor Marrrom
ST-145 3463 AE-07 0,4 1,1 DEF. COL Argila Silte Arenoso cor Marrom
ST-145 3464 AE-07 1,1 3,7 DEF. COL/SV Argila Silte Arenoso cor Vermelha
ST-138 3467 AE-07 0,2 2,1 DEF. COL Argila Marrom
Silte Argiloso Arenoso cor Marrom
ST-105 3457 AE-06 0,2 0,7 DEF. COL/SR
com tons alaranjados
ST-105 3458 AE-06 0,7 2,4 DEF. COL Silte Argiloso Arenoso Alaranjado
ST-110 3460 AE-06 0,3 1,9 DEF. COL Argila Marrom Amarelado
ST-83 3451 AE-05 0,35 1 DEF. COL/SR Silte Argiloso Arenoso cor Marrom
ST-83 3452 AE-05 1 2,4 DEF. COL Silte Argiloso Arenoso cor Vermelho
ArgiloSilto Arenoso com granulos de
ST-88 3507 AE-05 0,1 2 DEF. COL quartzo e raizes capilares marrom
com tons alaranjados
Argila Silto Arenosa Marrom
ST-78 3508 AE-05 0,3 2,3 DEF. COL Avermelhado com Granulos de
Quartzo
ArgiloSilto Arenoso com granulos de
ST-72 3510 AE-05 0,25 1,6 DEF. COL quartzo e raizes capilares marrom
com tons alaranjados
Argila Silte Arenosa Marrom
ST-60 3500 AE-04 0,3 2,7 DEF. COL
Avermelhado
ArgiloSilto Arenoso Marrom
ST-63 3502 AE-04 0,25 4,4 DEF. COL
Avermelhado
ArgiloSilto Arenoso com granulos de
ST-54 3504 AE-04 0,35 2,9 DEF. COL quartzo e raizes capilares marrom
com tons alaranjados
Argila Silte Arenosa Marrom
ST-71 3531 AE-04 0,3 2,5 DEF. COL
Alaranjado com blocos e seixos
SilteArgilo Arenoso Marrom
ST-41 3562 AE-02 0 1 DEF. COL
Alaranjado
Areno Argiloso Siltoso Marrom com
ST-37 3563 AE-02 0 1 DEF. COL
Tons Alaranjados
SilteArgilo Arenoso Marrom
ST-36 3565 AE-02 2 3 DEF. COL/SR
Alaranjado
SilteArgilo Arenoso Marrom
ST-31 3567 AE-02 1 2 DEF. COL
Alaranjado
ST-02 3533 AE-01 0 1 DEF. COL ArgiloSilte Arenoso Vermelho
353 ArgiloSilte Arenoso Marrom
ST-04 AE-01 0 1 DEF. COL
5 Alaranjado
353
ST-15 AE-01 1 2 DEF. COL
7 Areno Argiloso Laranja
353
ST-15 AE-01 3 4 DEF. COL
8 Areno Argiloso Laranja
353
ST-26 AE-01 1 2 DEF. COL
9 Silte Arenoso Argiloso Marrom
I.II
Resultados dos Ensaios Materiais Classificados com Colúvio dentro das Áreas AE-01 a
AE-07 - Parte 1 (Geoestável, 2018).
Identificação Características Naturais Granulometria
Reg Gs wnat(%) Argila Silte Areia Pedregulho
Nome Local
Nº (g/cm³) (%) (%) (%) (%)
ST-113 3411 AE-07 2,700 24,79 32 31 27 10
ST-122 3414 AE-07 2,641 20,3 36 23 41 0
ST-145 3463 AE-07 2,861 24,58 38 22 40 0
ST-145 3464 AE-07 2,723 24,59 46 14 40 0
ST-138 3467 AE-07 2,602 21,81 41 13 46 0
ST-105 3457 AE-06 2,626 20,96 29 25 39 7
ST-105 3458 AE-06 2,641 19,83 30 33 34 2
ST-110 3460 AE-06 2,629 26,84 39 26 35 0
ST-83 3451 AE-05 2,631 30,4 33 32 35 0
ST-83 3452 AE-05 2,857 20,55 27 32 39 2
ST-88 3507 AE-05 2,827 28,49 40 24 33 3
ST-78 3508 AE-05 2,558 26,38 49 16 35 0
ST-72 3510 AE-05 2,665 29,06 34 28 36 2
ST-60 3500 AE-04 2,684 31,86 52 17 31 0
ST-63 3502 AE-04 2,688 30,16 66 11 21 2
ST-54 3504 AE-04 2,728 30,21 46 21 33 0
ST-71 3531 AE-04 2,791 - 34 32 32 2
ST-41 3562 AE-02 2,623 21,28 41 18 41 0
ST-37 3563 AE-02 2,568 21,91 38 19 42 1
ST-36 3565 AE-02 2,633 23,01 50 10 40 0
ST-31 3567 AE-02 2,654 19,66 42 24 34 0
ST-02 3533 AE-01 2,613 - 64 12 24 0
ST-04 3535 AE-01 2,686 - 51 17 32 0
ST-15 3537 AE-01 2,623 - 62 10 28 0
ST-15 3538 AE-01 2,53 - 52 12 36 0
ST-26 3539 AE-01 2,578 - 32 20 48 0
Legenda:
wnat= Umidade Natural Gs= Massa Específica dos Sólidos
I.III
Resultados dos Ensaios Materiais Classificados com Colúvio dentro das Áreas AE-01 a
AE-07- Parte 2 (Geoestável, 2018)
Compactação
Identificação Limites de Atterberg Permeabilidade
(Proc. Normal)
Reg LL LP IP wot k (cm/s)
Nome Local d (g/cm³)
Nº (%) (%) (%) (%) 20°C
ST-113 3411 AE-07 45 26 19 27,10 1,468 7,80E-06
ST-122 3414 AE-07 37 22 15 21,50 1,567 1,80E-06
ST-145 3463 AE-07 42 23 19 24,10 1,508 -
ST-145 3464 AE-07 51 26 25 25,20 1,507 1,30E-07
ST-138 3467 AE-07 40 22 18 22,70 1,507 -
ST-105 3457 AE-06 44 19 25 19,30 1,623 -
ST-105 3458 AE-06 37 20 17 20,00 1,645 1,40E-06
ST-110 3460 AE-06 50 27 23 24,60 1,508 1,30E-07
ST-83 3451 AE-05 48 26 22 22,20 1,474 -
ST-83 3452 AE-05 36 16 20 21,80 1,591 -
ST-88 3507 AE-05 52 28 24 26,70 1,421 -
ST-78 3508 AE-05 48 26 22 25,80 1,523 -
ST-72 3510 AE-05 45 25 20 24,20 1,502 -
ST-60 3500 AE-04 59 29 30 25,90 1,442 -
ST-63 3502 AE-04 65 36 29 31,00 1,323 -
ST-54 3504 AE-04 49 23 26 25,60 1,540 1,30E-07
ST-71 3531 AE-04 44 24 20 24,10 1,578 -
ST-41 3562 AE-02 42 19 23 25,10 1,491 1,70E-07
ST-37 3563 AE-02 39 22 17 22,70 1,509 6,10E-07
ST-36 3565 AE-02 57 26 31 26,20 1,478 7,30E-07
ST-31 3567 AE-02 47 16 31 26,10 1,472 2,40E-07
ST-02 3533 AE-01 57 33 24 29,50 1,400 4,00E-07
ST-04 3535 AE-01 47 22 25 26,60 1,399 -
ST-15 3537 AE-01 50 26 24 27,50 1,437 -
ST-15 3538 AE-01 49 26 23 25,10 1,482 -
ST-26 3539 AE-01 37 18 19 20,30 1,559 -
Legenda:
= Massa Específica Seca LL = Limite de Liquidez
wot= Umidade Ótima LP = Limite de Plasticidade
k = permeabilidade 98% P.N. IP* = Índice de Plasticidade
* O IP foi calculado por meio da dedução do valor do LP no valor do LL.
I.IV
Resultados dos Ensaios Materiais Classificados com Colúvio dentro das Áreas AE-01 a
AE-07 - Parte 3 (Geoestável, 2018)
Identificação Compressão Triaxial
Reg (g/cm (g/c wini( GC Sini(% wfin( c' ( '
Nome Local ³) m³) e ini Tipo
Nº %) (%) ) %) kPa) (°)
ST-113 3411 AE-07 1,829 1,439 27,14 98,00 0,88 83,57 32,60 12 30 CIUSAT
ST-122 3414 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-145 3463 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-145 3464 AE-07 1,842 1,474 24,99 98,00 0,85 80,31 31,14 10 24 CIUSAT
ST-138 3467 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-105 3457 AE-06 1,896 1,588 19,42 98,00 0,65 77,96 28,53 11 25 CIUSAT
ST-105 3458 AE-06 - - - - - - - - - -
ST-110 3460 AE-06 - - - - - - - - - -
ST-83 3451 AE-05 1,767 1,440 22,72 98,00 0,83 72,28 35,39 23 28 CIUSAT
ST-83 3452 AE-05 - - - - - - - - - -
ST-88 3507 AE-05 - - - - - - - - - -
ST-78 3508 AE-05 - - - - - - - - - -
ST-72 3510 AE-05 1,829 1,470 24,42 98,00 0,81 80,04 30,26 12 31 CIDSAT
ST-60 3500 AE-04 1,779 1,413 25,91 98,00 0,90 77,27 33,17 23 29 CIDSAT
ST-63 3502 AE-04 1,703 1,296 31,41 98,00 1,07 78,64 40,40 19 25 CIUSAT
ST-54 3504 AE-04 - - - - - - - - - -
ST-71 3531 AE-04
ST-41 3562 AE-02 - - - - - - - - - -
ST-37 3563 AE-02 - - - - - - - - - -
ST-36 3565 AE-02 - - - - - - - - - -
ST-31 3567 AE-02 - - - - - - - - - -
ST-02 3533 AE-01 1,780 1,374 29,55 98,00 0,90 85,66 31,70 23 31 CIUSAT
ST-04 3535 AE-01 - - - - - - - - - -
ST-15 3537 AE-01 - - - - - - - - - -
ST-15 3538 AE-01 - - - - - - - - - -
ST-26 3539 AE-01 - - - - - - - - - -
Legenda:
= Massa Específica Natural GC = Grau de Compactação
= Massa Específica Seca eini= Índice de Vazios Inicial do C.P.
Sini= Grau de Saturação do C.P.
á
= Massa Específica Seca Máxima c' = Coesão Efetiva
Δw = Desvio de Umidade ' = Ângulo de Atrito Efetivo
I.V
Amostras Solo Residual Ensaio Laboratório Áreas Internas Reservatório (Geoestável,
2018)
Identificação Descrição
Reg Tipo
Nome Local De Até Gênese Táctil Visual
Nº Amostra
SilteArgilo Arenoso cor Vermelho com
ST-145 3465 AE-07 3,7 5,1 DEF. SR/SAP
Machas Brancas
ST-144 3466 AE-07 1 2 DEF. SAP Areia Silte cor Branco Acinzentado
SilteArgilo Arenoso cor Vermelho com
ST-138 3468 AE-07 2,1 4,3 DEF. SR
Machas Brancas
ST-133 3469 AE-07 0 4,1 DEF. SR Silte Arenoso Rosa
Silte Cor Cinza manchas laranjas e
ST-98 3453 AE-06 0,2 0,8 DEF. SR
raizes capilares
Silte amarelo com manchas brancas a
ST-98 3454 AE-06 0,8 2,5 DEF. SR
cinza claro
SilteArgilo Cinza Marrom Alaranjado
ST-99 3455 AE-06 0,8 1,7 DEF. SR
com raizes capilares
ST-99 3456 AE-06 1,7 3,7 DEF. SAP ArenoSiltoso cor branco
ST-105 3459 AE-06 2,4 5 DEF. SAP Silte Arenoso cor Bege Rosado
ST-110 3461 AE-06 1,9 4,1 DEF. SR SilteArgilo Arenoso cor rosa
ST-110 3462 AE-06 4,1 6 DEF. SR Silte com areia e argila cor rosa
ST-83 3506 AE-05 2,4 3,5 DEF. SR ArenoSiltoso cor ocre
SilteAreno Argiloso a SilteArgilo
ST-78 3509 AE-05 2,3 3,9 DEF. SR
Arenoso
Silte arenoso com presença de mica
ST-72 3511 AE-05 1,6 3,5 DEF. SR/SAP
amarelo (transição)
ST-60 3501 AE-04 2,7 4 DEF. SR/SAP Areno Argiloso Bege
SilteAreno Argiloso Marrom
ST-63 3503 AE-04 4,4 5 DEF. SR
Avermelhado com Manchas Brancas
Silte arenoso com presença de mica
ST-54 3505 AE-04 2,9 6 DEF. SR/SAP
amarelo (transição)
ST-47 3560 AE-02 4 5 DEF. SAP Silte Arenoso Bege/Esbranquiçado
SilteAreno Argiloso Marrom Alaranjado
ST-42 3561 AE-02 2 3 DEF. SR
com Manchas Brancas
ArenoSiltoso Rosa com Manchas
ST-37 3564 AE-02 3 4 DEF. SR/SAP
Brancas
ST-34 3566 AE-02 3 4 DEF. SR SilteAreno Argiloso Rosa Alaranjado
ST-02 3534 AE-01 2 3 DEF. SR/SAP Silte Arenoso Amarelo/Branco
ST-04 3536 AE-01 2 3 DEF. SR Silte Arenoso Rosa
ST-26 3540 AE-01 3 4 DEF. SR ArenoSiltoso Marrom
ST-15 3538 AE-01 3 4 DEF. COL Areno Argiloso Laranja
ST-26 3539 AE-01 1 2 DEF. COL Silte Arenoso Argiloso Marrom
I.VI
Resultados dos Ensaios Materiais Classificados com Solo Residual, Saprólito dentro das
Áreas AE-01 a AE-07 - Parte 1 (Geoestável, 2018)
Identificação Características Naturais Granulometria
Reg Gs wnat(%) Argila Silte Areia Pedregulho
Nome Local
Nº (g/cm³) (%) (%) (%) (%)
ST-113 3412 AE-07 2,67 11,64 12 51 37 0
ST-113 3413 AE-07 2,814 6,14 5 61 34 0
ST-122 3415 AE-07 2,631 9,07 12 51 37 0
ST-145 3465 AE-07 2,753 22,06 44 18 38 0
ST-144 3466 AE-07 2,814 17,94 3 35 56 6
ST-138 3468 AE-07 2,688 24,09 44 17 39 0
ST-133 3469 AE-07 2,622 12,9 8 56 36 0
ST-98 3453 AE-06 2,876 31,62 40 30 30 0
ST-98 3454 AE-06 2,701 26,43 15 46 39 0
ST-99 3455 AE-06 2,612 18,38 34 20 46 0
ST-99 3456 AE-06 2,618 8,95 14 24 62 0
ST-105 3459 AE-06 2,73 7,09 5 53 42 0
ST-110 3461 AE-06 2,864 15,47 19 42 39 0
ST-110 3462 AE-06 2,872 7,29 8 48 44 0
ST-83 3506 AE-05 2,614 7,77 13 35 51 1
ST-78 3509 AE-05 2,770 21,00 27 38 35 0
ST-72 3511 AE-05 2,674 27,31 12 53 35 0
ST-60 3501 AE-04 2,842 17,83 6 57 37 0
ST-63 3503 AE-04 2,705 22,93 39 26 35 0
ST-54 3505 AE-04 2,650 20,86 19 49 32 0
ST-47 3560 AE-02 2,679 17,47 7 34 59 0
ST-42 3561 AE-02 2,660 20,6 11 53 36 0
ST-37 3564 AE-02 2,604 7,64 17 28 55 0
ST-34 3566 AE-02 2,493 13,48 10 57 33 0
ST-02 3534 AE-01 2,609 11 53 36 0
ST-04 3536 AE-01 2,743 19 46 35 0
ST-26 3540 AE-01 2,536 27 32 41 0
Legenda:
wnat= Umidade Natural Gs= Massa Específica dos Sólidos
I.VII
Resultados dos Ensaios Materiais Classificados com Solo Residual, Saprólito dentro das
Áreas AE-01 a AE-07 - Parte 2 (Geoestável, 2018)
Compactação
Identificação Limites de Atterberg Permeabilidade
(Proc. Normal)
Reg LL LP IP wot k (cm/s)
Nome Local d (g/cm³)
Nº (%) (%) (%) (%) 20°C
ST-113 3412 AE-07 36 22 14 19,10 1,585 3,60E-06
ST-113 3413 AE-07 39 22 17 18,70 1,541 5,50E-06
ST-122 3415 AE-07 36 23 13 20,00 1,587 3,60E-06
ST-145 3465 AE-07 49 27 22 25,70 1,487 1,50E-07
ST-144 3466 AE-07 28 18 10 16,70 1,702 4,10E-06
ST-138 3468 AE-07 44 18 26 24,90 1,531 -
ST-133 3469 AE-07 33 19 14 19,60 1,606 -
ST-98 3453 AE-06 55 27 28 27,50 1,516 1,20E-07
ST-98 3454 AE-06 37 17 20 22,20 1,587 -
ST-99 3455 AE-06 35 18 17 18,70 1,651 5,30E-07
ST-99 3456 AE-06 NL NP NP 11,00 1,906 1,20E-06
ST-105 3459 AE-06 29 18 11 17,60 1,635 5,10E-06
ST-110 3461 AE-06 37 20 17 22,90 1,570 5,40E-07
ST-110 3462 AE-06 34 18 16 19,70 1,585 -
ST-83 3506 AE-05 30 16 14 18,80 1,664 -
ST-78 3509 AE-05 42 22 20 22,70 1,576 1,10E-06
ST-72 3511 AE-05 35 20 15 18,50 1,629 2,10E-06
ST-60 3501 AE-04 38 24 14 20,20 1,496 7,20E-06
ST-63 3503 AE-04 45 23 22 24,40 1,541 -
ST-54 3505 AE-04 35 21 14 20,20 1,593 -
ST-47 3560 AE-02 22 14 8 12,90 1,813 -
ST-42 3561 AE-02 34 20 14 20,90 1,588 -
ST-37 3564 AE-02 28 13 15 15,60 1,680 -
ST-34 3566 AE-02 38 21 17 22,90 1,540 -
ST-02 3534 AE-01 41 21 20 23,60 1,537 -
ST-04 3536 AE-01 39 22 17 20,80 1,598 -
ST-26 3540 AE-01 40 21 19 22,00 1,573 -
Legenda:
= Massa Específica Seca = Massa Específica Seca
wot= Umidade Ótima wot= Umidade Ótima
k = permeabilidade 98% P.N. k = permeabilidade 98% P.N.
* O IP foi calculado por meio da dedução do valor do LP no valor do LL.
I.VIII
Resultados dos Ensaios Materiais Classificados com Solo Residual, Saprólito dentro das
Áreas AE-01 a AE-07 - Parte 3 (Geoestável, 2018)
Identificação Compressão Triaxial
Reg (g/cm (g/c wini( GC Sini(% wfin( c' ( '
Nome Local ³) m³) e ini Tipo
Nº %) (%) ) %) kPa) (°)
ST-113 3412 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-113 3413 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-122 3415 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-145 3465 AE-07 1,835 1,462 25,52 98,00 0,88 79,58 30,33 18 25 CIUSAT
ST-144 3466 AE-07 1,948 1,670 16,65 98,00 0,68 68,42 - 12 30 CIUSAT
ST-138 3468 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-133 3469 AE-07 - - - - - - - - - -
ST-98 3453 AE-06 - - - - - - - - - -
ST-98 3454 AE-06 1,901 1,552 22,47 98,00 0,74 81,98 29,10 2 29 CIUSAT
ST-99 3455 AE-06 - - - - - - - - - -
ST-99 3456 AE-06 - - - - - - - - - -
ST-105 3459 AE-06 - - - - - - - - - -
ST-110 3461 AE-06 1,890 1,537 22,93 98,00 0,86 76,11 26,70 22 25 CIUSAT
ST-110 3462 AE-06 - - - - - - - - - -
ST-83 3506 AE-05 - - - - - - - - - -
ST-78 3509 AE-05 1,884 1,538 22,48 98,00 0,80 77,75 28,96 12 31 CIUSAT
ST-72 3511 AE-05 - - - - - - - - - -
ST-60 3501 AE-04 - - - - - - - - - -
ST-63 3503 AE-04 1,886 1,510 24,83 98,00 0,79 84,93 31,66 11 28 CIUSAT
ST-54 3505 AE-04 - - - - - - - - - -
ST-47 3560 AE-02 - - - - - - - - - -
ST-42 3561 AE-02 1,872 1,554 20,48 98,00 0,71 76,50 - 8 31 CIUSAT
ST-37 3564 AE-02 1,905 1,646 15,74 98,00 0,58 70,42 21,72 5 32 CIUSAT
ST-34 3566 AE-02 1,852 1,513 22,43 98,00 0,65 86,32 26,17 11 28 CIUSAT
ST-02 3534 AE-01 - - - - - - - - - -
ST-04 3536 AE-01 - - - - - - - - - -
ST-26 3540 AE-01 1,879 1,536 22,32 98,00 0,65 86,96 - 12 35 CIUSAT
Legenda:
= Massa Específica Natural GC = Grau de Compactação
= Massa Específica Seca eini= Índice de Vazios Inicial do C.P.
Sini= Grau de Saturação do C.P.
á
= Massa Específica Seca Máxima c' = Coesão Efetiva
Δw = Desvio de Umidade ' = Ângulo de Atrito Efetivo
I.IX
ANEXO II
I.X
Seção transversal da barragem com materiais das fundações (Geoestável, 2018)
I.XI
Legendas da seção transversal da barragem com materiais das fundações (Geoestável, 2018)
I.XII
ANEXO III
Gráficos e Parâmetros
I.XIII
Gráfico da envoltória COLÚVIO CID
COLUVIO - CID
700
600
500
CID 3510
400
t (kPa)
CID 3500
300
Ajuste CID
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200
COLÚVIO
s' (kPa)
COESÃO 20
PHI 28
300
CIU 3457
200
CIU 3451
100
CIU 3411
0
COLÚVIO - CIU
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 Ajuste CIU COESÃO 15
s' (kPa)
PHI 28
I.XIV
Gráfico da envoltória COLÚVIO CID e CIU
COLUVIO CID e CIU
CIU 3411
200
CID 3510
100
0
CID 3500 COLÚVIO - CID e CIU
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300
Ajuste
COESÃO 15
s' (kPa)
PHI 28
600
500
CID
3566
t (kPa)
400
CID
300 3465
CID
200 3461
100
RESIDUAL - CID
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 COESÃO 10
s' (kPa) PHI 29
I.XV
Gráfico da envoltória RESIDUAL CIU
RESIDUAL - CIU
CIU 3561
600
CIU 3540
500
CIU 3509
400
CIU 3503
t (kPa)
300
CIU 3466
200
CIU 3464
100
CIU 3454 RESIDUAL - CIU
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 COESÃO 10
Ajuste CIU
s' (kPa) PHI 31
600 CIU
3509
CIU
500 3503
CIU
t ( kPa)
3466
400
CIU
3464
300 CIU
3454
200 CID
3566
CID
100 3465
CID
3461
0
RESIDUAL CID - CIU
Ajuste
0 120 240 360 480 600 720 840 960 1080 1200 1320
Linear
COESÃO 15
s' ( kPa) (Ajuste)
PHI 30
I.XVI
Gráfico de Ajuste Hiperbólico – Solo Residual
I.XVII
Gráfico de Ajuste Hiperbólico – Solo Colúvio
1400,0
1200,0
1000,0
800,0
σd (kPa)
600,0
400,0
200,0
0,0
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0
εa (%)
50kPa-3510 100kPa-3510 200kPa-3510 600kPa-3510
Hiperbólico 50kPa Hiperbólico 100kPa Hiperbólico 200kPa Hiperbólico 600kPa
50kPa-3500 100kPa-3500 200kPa-3500 600kPa-3500
I.XVIII
ANEXO IV
Sondagens
I.XIX
Resumo das sondagens executadas em 2017 na área de implantação da Barragem do
Torto – Parte 1 (2019)
FURO N E COTA (m)* COTAS (m)** COTAS(m)*** PROF. (m) N.A (m)
SM-20 7.804.117,06 666.112,89 674,03 674,00 - 22,16 1,40
SM-21 7.804.146,58 666.201,25 - 671,00 - 20,04 0,58
SM-22 7.804.288,10 666.091,34 - 680,00 - 20,05 3,45
SM-23 7.804.252,64 666.193,96 - - - 20,00 5,62
SM-23A 7.804.252,64 666.193,96 - 676,00 - 16,00 4,92
SM-24 7.804.210,79 666.313,96 - 707,00 - 20,12 SECO
SM-25 7.804.354,87 666.088,59 - 684,00 - 23,45 SECO
SM-26 7.804.314,16 666.204,72 - 674,00 - 20,00 4,38
SM-27 7.804.401,32 666.131,91 670,00 - - 25,00 0,00
SM-28 7.804.362,41 666.244,48 - - - 18,05 1,93
SM-30 7.804.368,61 665.892,24 726,61 726,50 - 25,45 SECO
SM-31 7.804.475,26 665.975,44 688,96 689,00 - 28,00 10,85
SM-53 7.804.182,51 666.118,74 - 671,90 - 17,19 0,80
SM-54 7.804.283,00 666.196,00 - 677,00 - 20,09 10,38
SM-55 7.804.202,00 666.195,00 676,15 677 ou 676 - 21,10 1,72
SM-56 7.804.094,00 666.243,00 - 675 ou 674 - 15,45 SECO
SM-57 7.804.128,00 666.230,00 - 675 ou 674 - 11,26 SECO
SM-64 7.804.227,28 666.124,28 672,69 671,00 672,00 22,50 7,16
SM-65 7.804.227,28 666.124,28 692,00 691,00 679,00 43,00 8,14
SM-66 7.804.251,90 665.990,91 - 684,00 697,00 32,07 6,11
SM-67 7.804.105,23 666.167,88 - 672,50 - 30,00 0,00
SM-68 7.804.149,40 666.288,48 - 693,00 665,00 27,05 20,22
SM-69 7.804.176,00 666.337,00 707,07 707,00 ou 707,50 668,00 30,05 20,24
SM-107 7.804.165,42 666.148,81 671,61 - - 25,50 0,30
SM-108 7.804.082,19 666.188,62 672,18 - - 25,50 0,75
SM-109 7.804.282,01 666.120,35 672,73 - - 22,10 2,90
SM-110 7.804.175,25 666.072,95 676,39 - - 22,00 1,50
SM-111 7.804.212,51 666.120,66 673,07 - - 25,00 1,95
SM-107 7.804.165,42 666.148,81 671,61 - - 25,50 0,30
I.XX
Resumo das sondagens executadas em 2017 na área de implantação da Barragem do
Torto - Parte 2 (2019)
COTA COTAS PROF. N.A (m) O.B.S.
FURO N E
(m)* (m)** (m)
SM-201 7.804.520,61 666.059,30 668,36 668,36 15,27 2,14
SM-203 7.804.353,51 665.906,48 723,94 723,94 43,62 14,95
SM-204 7.804.302,39 665.970,64 697,12 697,12 33,00 13,62
SM-205 7.804.322,13 666.162,15 669,47 669,47 26,00 0,50
SM-206 7.804.221,86 666.160,83 670,45 669,00 29,00 0,28
SM-207 7.804.139,28 666.113,97 675,66 675,66 11,49 0,00
Artesianismo em
SM-207A 7.804.135,03 666.115,64 675,88 675,89 28,04 0,32 15,00 m
Artesianismo em
SM-207B 7.804.140,14 666.111,24 675,73 675,73 11,82 1,60 10,90 m
SM-208 7.804.188,59 666.271,01 698,05 698,05 30,05 22,96
SM-209 7.804.235,88 666.089,02 673,92 673,92 25,90 1,87
SM-210 7.804.252,51 666.198,74 676,59 676,59 15,70 12,80
SM-210A 7.804.254,11 666.198,75 676,55 676,55 26,26 6,09
SM-211 7.804.358,83 666.188,00 669,10 669,10 32,00 0,00
SM-212 7.804.222,22 666.126,01 673,04 673,04 28,00 0,85
I.XXI
ANEXO V
Fotos
I.XXII
SM-201
I.XXIII
SM-203
I.XXIV
Figura 03 - Foto das amostras do furo SM-203 - Caixas 05 e 06.
I.XXV
Figura 05 - Foto das amostras do furo SM-203 - Caixa 09.
SM-204
I.XXVI
Figura 02 - Foto das amostras do furo SM-204 - Caixas 03 e 04.
I.XXVII
Figura 04 - Foto das amostras do furo SM-204 - Caixas 07 e 08.
I.XXVIII
SM-205
I.XXIX
Figura 03 - Foto das amostras do furo SM-205 - Caixas 05 e 06
I.XXX
SM-206
I.XXXI
Figura 04 - Foto das amostras do furo SM-206 - Caixas 04 a 07
SM-207
I.XXXII
Figura 01 - Foto das amostras do furo SM-207A - Caixas 01 e 02.
I.XXXIII
Figura 03 - Foto das amostras do furo GST-SM-207A - Caixas 05 e 06.
I.XXXIV
SM-207B
I.XXXV
SM-208
I.XXXVI
Figura 03 - Foto das amostras do furo SM-208 - Caixas 05 e 06.
I.XXXVII
Figura 05 - Foto das amostras do furo SM-208 - Caixa 09
SM-209
I.XXXVIII
Figura 01 - Foto das amostras do furo SM-209 - Caixas 04 a 07.
SM-210
I.XXXIX
Figura 02 - Foto das amostras do furo SM-210 - Caixas 03 e 04
I.XL
SM-210A
I.XLI
Figura 03 - Foto das amostras do furo SM-210A - Caixas 05 e 06
I.XLII
Figura 05 - Foto das amostras do furo SM-210A - Caixa 09
SM-211
I.XLIII
Figura 01 - Foto das amostras do furo SM-211 - Caixas 04 a 07
I.XLIV
SM-212
I.XLV
Figura 03 - Foto das amostras do furo SM-212 - Caixas 05 e 06
I.XLVI