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VIÇOSA
2021
GEYSIANE FARIA BARROS MILAGRES
JÚLIA CASTRO PEREIRA
MARIANA SILVA PEDROSA
VIÇOSA
2021
GEYSIANE FARIA BARROS MILAGRES
JÚLIA CASTRO PEREIRA
MARIANA SILVA PEDROSA
Aprovado em 14/05/2021
___________________________________
Prof. Reginaldo Carneiro da Silva – UFV
___________________________________
Prof. José Maria Franco de Carvalho – UFV
___________________________________
Eng. Cláudio Henrique dos Santos
VIÇOSA
2021
RESUMO
MILAGRES, G. F. B.; PEDROSA, M. S.; PEREIRA, J. C. Recuperação e reforço de
vigas de concreto armado por encamisamento. 2021. Trabalho de Conclusão de
Curso (Bacharelado em Engenharia Civil). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa,
MG, 2021.
The need for repair and strengthening of reinforced concrete has been more common
in the Brazilian scenario due to factors such as design failures, execution failures, and
changes in the use of buildings. The method of addition of concrete and steel
reinforcement is the most used for strengthening of structures in Brazil because of the
low cost and easy acquisition of the added materials. Nevertheless, the majority of the
published studies on the subject do not emphasize the practical part of executing this
type of reinforcement. Therefore, a practical manual was produced for the execution
of recovery and structural reinforcement in reinforced concrete beams by the method
of jacketing, specifying all the requirements for its proper execution. A bibliographic
review was made on the subject, which consisted of a research on the reinforcement
by jacketing and its types, the identification of the need for reinforcement of beams,
the experimental studies already carried out in the area and the materials and
equipment that are used in the execution. In addiction of the manual, both executives
guides and an example of structure design of reinforced concrete beam strengthened
by jacketing were made. Furthermore, lists of the materials available on the market
that are used in the execution of the repair and reinforcement were also produced. The
practical manual developed has the purpose of being instructive, easy to understand
and a positive impact in the scope of civil construction, facilitating access to reliable
and quality information, and to be a reference material in the area of reinforcement of
reinforced concrete structures.
1.3 Objetivos....................................................................................................... 16
4.5.3 Procedimento executivo para reforço de viga por encamisamento ...... 110
1 INTRODUÇÃO
Reis (1998) destaca alguns pontos negativos do uso desse método como a
necessidade da proteção adequada do aço para evitar corrosão e contato com altas
temperaturas, além de impedir a visualização de possíveis fissuras do substrato e
possuírem a tendência de destacamento a partir da concentração de tensões.
Conforme foram surgindo necessidades de investigações sobre novas
tecnologias para reforço, foi então estudado o uso de compósitos de fibras de carbono
para o reforço de estruturas de concreto armado, levando-se em conta o fato de que
é um produto resistente e que elimina a preocupação quanto aos problemas de
durabilidade das estruturas, fato esse associado a corrosão das armaduras. É
importante ressaltar que a tecnologia efetivamente se desenvolveu após a ocorrência
do sismo de Kobe, em 1995, e a partir de então, vem sendo usada para o aumento da
capacidade resistente à flexão e ao esforço transversal e aumento da ductilidade,
sendo as folhas flexíveis a forma comercial mais empregada para esse tipo de uso,
aplicada na superfície a ser reforçada com o uso de resinas epoxídicas (SOUZA;
RIPPER, 1998).
Já o método de reforço por protensão externa vem sendo utilizado para vigas
de pontes a partir de 1950. A protensão é responsável por aprimorar o desempenho
em serviço e aumentar tanto a resistência aos esforços quanto a rigidez (ALMEIDA,
2001). Conforme Pinheiro (2018), os principais motivos para a utilização da protensão
externa como reforço de vigas são: o pequeno aumento do peso próprio da peça, não
ser necessário interromper o uso da estrutura para sua execução, pouca perda de
protensão por atrito pela não aderência dos cabos e a possibilidade de mudança da
excentricidade a partir de desviadores. Porém, Pinheiro (2018) ainda observa que
fatores como mão de obra especializada, atenção à corrosão e avaliação do
acréscimo da compressão pela protensão, devem ser considerados.
Por fim, o reforço por encamisamento consiste no aumento da seção da peça
por adição de uma armadura complementar envolta por uma nova camada de
concreto. Essa é a técnica mais utilizada no Brasil, pois faz uso de materiais já
difundidos e tem sua execução similar à de uma peça de concreto armado usual
(REIS, 1998). Entretanto, é importante citar que tal tipo de reforço tem como
inconveniente o fato de criar interferências arquitetônicas, já que altera as dimensões
da viga a ser reforçada.
Apesar de ser cada vez mais comum a reabilitação de estruturas de concreto
armado, ainda não há norma técnica que apresente parâmetros regulamentadores,
16
fazendo com que o dimensionamento do reforço seja baseado nas normas voltadas
para a execução de estruturas novas. No caso do encamisamento de vigas, seu
dimensionamento é baseado na ABNT NBR 6118:2014, que apresenta o
procedimento a ser seguido para o projeto e execução de vigas de concreto armado.
É possível observar que a maioria dos estudos acadêmicos desenvolvidos
nessa área tem como finalidade a comparação entre as diversas técnicas de
recuperação e reforço, não tendo como objetivo principal a difusão de conhecimentos
sobre a execução dos reforços, ou conexão entre os materiais existentes no mercado
e as pesquisas realizadas.
Devido a isso, elaborou-se um manual prático apresentando os materiais,
equipamentos e técnicas adequadas para a realização do aumento da resistência de
vigas de concreto armado por encamisamento, assim como para as atividades de
recuperação. Buscou-se detalhar os processos executivos, bem como garantir a
qualidade e integridade da reabilitação da viga.
1.2 Justificativa
Uma vez que os estudos já publicados sobre reforço de vigas de concreto
armado têm como objetivo a comparação de diferentes técnicas ou a execução de
experimentos para análise de critérios específicos, a literatura vigente se torna
escassa em relação a um guia de boas práticas e procedimentos a serem seguidos
para recuperação e posterior aumento da capacidade portante da viga por meio de
encamisamento. Além disso, a correlação entre os materiais presentes no mercado e
os utilizados na execução dos procedimentos se faz necessária, para que cada um
seja empregado de maneira adequada e na situação apropriada. Com isso, tem-se a
garantia da boa execução, desempenho e durabilidade da peça recuperada e
reforçada por encamisamento.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
O presente trabalho tem como objetivo elaborar um manual prático para
execução de recuperação e reforço por encamisamento em vigas de concreto armado.
1.3.2 Objetivos específicos
• Apresentar os fatores que geram necessidade de recuperação e reforço em
vigas de concreto armado, através de um estudo sobre modos de ruína das
vigas;
17
1.4 Metodologia
No presente trabalho, foi elaborada uma revisão bibliográfica sobre
recuperação e reforço de vigas de concreto armado por encamisamento, buscando
atualizações sobre o assunto.
A revisão foi segmentada em cinco tópicos sendo o primeiro deles a
caracterização da recuperação e do reforço por encamisamento, em que foram
destacados os principais aspectos dessa técnica, como por exemplo, a necessidade
de uma boa aderência entre os concretos. Na sequência, explicitou-se os tipos
existentes de reforços por aumento da seção transversal, com a especificação da
aplicação de cada um, além do estudo sobre modos de ruptura de vigas, com o intuito
de identificar a necessidade de recuperação e/ou reforço.
O quarto tópico da revisão consistiu na compilação de resultados de
experimentos de outros pesquisadores, visando analisar as técnicas do reforço por
encamisamento utilizadas. Por fim, foi feita a definição de materiais e equipamentos
empregados no reforço e na recuperação de estruturas, para a identificação da
necessidade do seu uso em referidas etapas da reabilitação da estrutura.
Em seguida, foi produzido um manual prático, através da confecção de
esquemas didáticos que permitem o leitor visualizar os procedimentos, juntamente
com a descrição dos materiais e equipamentos referentes a cada etapa. Também
18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Reis (1998) também afirma que um dos principais atributos dessa técnica é o
maior conhecimento dos materiais empregados, e o fato de que sua execução se
parece com a execução de uma viga comum, não reforçada. Além disso, o
encamisamento também possui melhor proteção ao fogo e a corrosão das armaduras
complementares, quando comparado a outros métodos de reforço.
Além do mais, por essa técnica utilizar materiais básicos na construção civil,
ela tem custos menores, em comparação às demais técnicas de reforço (GOMES;
APLLETON, 1997). Costa et al (2014) também afirmam que o dimensionamento do
reforço por encamisamento baseia-se na teoria clássica de vigas, visto que uma viga
reforçada com essa técnica apresenta comportamento semelhante ao de uma viga de
concreto armado convencional.
Em contrapartida, Reis (1998) afirma que o aumento da seção transversal
proporcionado pelo reforço pode gerar interferências com o projeto arquitetônico, e o
fato de que a peça deve ser inicialmente descarregada para a execução do reforço,
só podendo ser novamente solicitada quando o concreto novo atingir sua resistência
de projeto, podem ser consideradas desvantagens desse método. Entretanto, um
escoramento bem projetado pode atenuar esse inconveniente.
Uma vez que após a execução do reforço o concreto adicionado passará a
trabalhar juntamente com o material já existente, a integridade e qualidade da ligação
entre esses materiais é de extrema importância. Como essa interface será
responsável por resistir aos esforços cisalhantes que surgem quando a peça for
solicitada, uma boa aderência entre os concretos novo e antigo é primordial para a
garantia do desempenho do reforço (CANAVAL et al, 2018). Para isso é necessário
um preparo adequado da superfície a ser reforçada, removendo o concreto
deteriorado, aumentando a rugosidade da interface e fazendo a remoção de poeiras,
graxas e óleos (GOMES; APLLETON, 1997). Segundo Reis (1998), a garantia da cura
adequada e saturação da peça no reforço por encamisamento também é de extrema
importância, visto que a retração prejudica a aderência entre os concretos e induz a
fissuração.
Em muitos casos também são usados conectores de cisalhamento para
melhorar a aderência na ligação, porém quando se tem um substrato devidamente
preparado e uma dosagem de concreto adequada, muitas vezes opta-se pela
presença de aditivos na mistura, funcionando como pontes de aderência (CASTRO et
al apud REIS, 2003).
21
Piancastelli (1997) afirma que o concreto utilizado no reforço deve possuir alto
desempenho inicial quanto às resistências a compressão, à tração e ao módulo de
elasticidade, além de elevada fluidez, e deve garantir um bom adensamento e
aderência ao concreto já endurecido. De maneira geral deve-se buscar materiais que
possuam boa durabilidade, baixa permeabilidade, boa resistência, boa
trabalhabilidade e propriedades compatíveis com o concreto e o aço (CANAVAL et al,
2018).
Além disso, no processo de reabilitação da estrutura deve-se atentar para as
propriedades de deformação dos diferentes concretos, pois deformações diferenciais
entre eles podem gerar tensões de valor considerável na interface de ligação. A Figura
2.1 apresenta o efeito dessas deformações em peças com módulos de elasticidade
diferentes, permitindo concluir que o módulo de elasticidade do material a ser
adicionado deve ser próximo do da peça original, para que as tensões originadas pelos
fenômenos diferenciais sejam minimizadas (REIS, 2003).
Figura 2.1 – Deformações de peças compostas por materiais com módulos de elasticidades
diferentes
Figura 2.2 - Disposição das armaduras no reforço a encamisamento a) reforço à flexão b) e c) reforço
à flexão e força cortante
a) b)
c)
Fonte: Adaptado de GOMES e APPLETON,1997
Cánovas (1988) descreve que o reforço por encamisamento na zona tracionada
da viga deve-se iniciar com o serviço de apicoamento, em que é retirada a camada
superficial do concreto. Na sequência é feito o corte da estrutura para a colocação das
novas armaduras transversais. Os novos estribos podem estar ligados aos antigos
estribos do elemento estrutural, ou à laje, conforme mostram as Figura 2.3 e Figura
2.4.
Em seguida as armaduras longitudinais complementares são posicionadas,
assim como as fôrmas, e antes da concretagem é utilizada ponte de aderência para
garantia da união dos concretos. Além disso, Cánovas (1988) também faz
especificações quanto aos furos para passagem dos estribos, tal que eles devem
possuir cerca de 20mm, e após a introdução dos estribos os vazios existentes devem
ser preenchidos com pasta de cimento.
24
20 cm
Furos de 20mm
Apicoamento
do concreto
Concreto
Furos de
20mm
Apicoamento das
superfícies laterais
Superfície lateral
aplicada com
epóxi Concreto
Armadura de
reforço fixada Forma
por estribos
tangenciais, originadas da ação da força cortante. Diante disso, Reis (1998) afirma
que uma das maneiras de uma viga de concreto armado ruir por solicitações normais
é por deformação plástica excessiva da armadura longitudinal de tração. Isso
acontece quando a viga é subarmada, possuindo uma taxa de armadura longitudinal
pequena, o que faz com que o limite de deformação do aço seja atingido antes do
concreto na zona comprimida romper por esmagamento. Essa ruína origina fissuras
de grandes aberturas e grandes flechas (Figura 2.6), caracterizando uma ruptura
dúctil, e levando à redução da linha neutra, ocasionando o possível rompimento do
concreto na região comprimida.
Figura 2.6 - Ruína por deformação plástica da armadura longitudinal
Fonte: REIS,1998
Em relação ao uso de pontes de aderência, Clímaco (1991) estudou sobre a
utilização de agentes adesivos na ligação entre substrato e reforço, e ao analisar
diversos tipos, concluiu que a argamassa de Cimento Portland e a resina epóxi são
os mais eficientes, em contrapartida, outros agentes não obtiveram efeito ou foram
até mesmo prejudiciais à aderência, como por exemplo os que utilizavam as emulsões
acrílicas.
Estudos na área verificaram ainda a eficácia da realização de encamisamento
parcial, entre eles destaca-se Santos (2006) que ensaiou vigas de seção como a
representada na Figura 2.15 e concluiu que o método possui vantagens como
menores acréscimos de cargas nas fundações e menos impacto na alteração das
dimensões da seção ao comparar com o encamisamento total. Entretanto, a técnica
pode ser utilizada apenas se a resistência à força cortante da viga for suficiente.
31
Figura 2.15 - Seção das vigas reforçadas por encamisamento parcial (em cm)
15
40
55
10
8
7
15
c)
a) b)
d) e)
Já a limpeza é a etapa a ser realizada antes de se aplicarem os materiais de
reforço ou recuperação propriamente ditos. Os principais procedimentos que podem
ser executados são os jatos de água fria ou quente com mangueira de alta pressão
(Figura 2.20a), aplicação de vapor com mangueira de alta pressão dotada de
isolamento térmico (Figura 2.20b), lavagem com soluções ácidas ou alcalinas com
pulverizador (Figura 2.20c), brocha, trincha ou esfregão (Figura 2.20d), jato de ar
comprimido com mangueira de alta pressão e compressor com filtro de ar e de óleo
(Figura 2.20e), aplicação de solventes voláteis com pincel, estopa e algodão (Figura
2.20f), saturação com água com uso de mangueiras perfuradas (Figura 2.20g) ou, por
fim, a aspiração a vácuo com aspirador de pó industrial de alta potência (Figura 2.20h).
40
Figura 2.20 - Equipamento para limpeza do substrato a) Máquina de alta pressão de água fria; b)
Máquina de jato de vapor; c) Pulverizador; d) Brocha; e) Compressor com mangueira de alta pressão
para jato de ar comprimido; f) Pincel e estopa; g) Mangueira; h) Aspirador de pó industrial
a) c)
b)
d)
e) f)
g) h)
2.5.2.3 Cortes e demolições
Os cortes, não sendo propriamente uma demolição, são executados com uso
de martelos demolidores (Figura 2.21a), sendo essa a etapa de remoção profunda do
concreto degradado indo além da armadura, retirando qualquer parte que seja nociva
as demais partes da estrutura. Já a demolição ocorre quando, parte ou toda estrutura,
seja demolida, devido a incapacidade de reaproveitamento, sendo realizada com uso
de martelos demolidores pesados (Figura 2.21b) e normalmente pneumáticos, com
técnicas de implosões ou agentes demolidores expansivos (SOUZA E RIPPER, 1998).
41
Figura 2.21 - Equipamentos para cortes e demolições a) Martelo demolidor; b) Martelo demolidor
pesado
a) b)
a) b) c)
2.5.2.5 Furação do concreto
A furação do concreto é referente à ancoragem das barras na etapa de reforço
por encamisamento, podendo ser realizada cuidadosamente com uso de
equipamentos como furadeiras.
2.5.2.6 Preparação e adição de material à seção transversal
Diversos são os materiais a serem usados para o aumento de seção da viga
por encamisamento ou para as atividades de recuperação. Os equipamentos para a
aplicação e preparo dependem do material a ser utilizado, bem como do método
executivo. Pode-se então usar equipamentos como compressores de ar para
42
a) b)
c) d)
e)
43
Muitas vezes uma única impureza possui variados tipos de limpeza que se
adequam, cabendo ao engenheiro responsável a determinação da melhor opção,
levando-se em consideração custos, facilidade de execução, disponibilidade do
equipamento, segurança do operador e outros fatores que julgar relevante. Os
principais procedimentos adotados para limpezas de superfície encontram-se na
Tabela 2, sendo especificadas as condições do concreto e do aço para os quais
determinados procedimentos são eficientes, satisfatórios ou inadequados.
Tabela 2 - Procedimentos de limpeza da superfície
Concreto com superfície Aço com superfície
Procedimento
Seca Úmida Seca Úmida
Limpeza por jato de
Inadequado Eficiente Inadequado Satisfatório
água
Limpeza por jato de
Inadequado Eficiente Inadequado Satisfatório
vapor
Lavagem com soluções
Inadequado Satisfatório Inadequado Inadequado
ácidas
Lavagem com soluções
Inadequado Eficiente Inadequado Eficiente
alcalinas
Remoção de óleos e
Inadequado Inadequado Eficiente Eficiente
graxas superficiais
Remoção de óleos e
Inadequado Eficiente Inadequado Eficiente
graxas impregnados
Limpeza com jato de ar
Eficiente Satisfatório Eficiente Satisfatório
comprimido
Limpeza com solventes
Eficiente Eficiente Inadequado Satisfatório
voláteis
Aspiração à vácuo Eficiente Inadequado Satisfatório Satisfatório
(Adaptado de HELENE, 1992)
então verificar se a fissura voltará a abrir com o passar do tempo. Se sim, a fissura é
ativa, se não, a fissura é passiva.
Figura 3.25 - Aplicação de gesso para verificação de atividade da fissura
a) b)
c) d)
Fonte: As autoras, 2021
72
úmido, e a cura pode ser úmida por 14 dias ou por aplicação de adesivo de base
acrílica aplicado com pulverizador, ou após o início de pega, com trincha ou rolo. Nas
primeiras 36 horas deve-se evitar radiação solar direta através de anteparos.
3.8 Inserção de novas armaduras
Diante da necessidade do aumento do número de barras de um elemento
estrutural, seja por reforço, em casos de aumento da capacidade portante, ou de
recuperação, em casos de armadura corroída, Souza e Ripper (1998) afirmam que é
de extrema importância o correto detalhamento, especificando o cobrimento das
armaduras, o espaçamento entre as barras, os sistemas de ancoragens e emendas,
assim como os ângulos de dobramento e curvatura.
3.8.1 Ancoragem
Em casos que a extensão do corte no elemento estrutural não permita a
ancoragem ou emenda da armadura de reforço com a armadura existente pela falta
de comprimento da viga, ou seja, pelo concreto danificado estar muito próximo do pilar
em que a viga se apoia, Souza e Ripper (1998) recomendam a furação do concreto já
existente. Esse caso é exemplificado na Figura 3.42, em que à esquerda o corte expõe
um comprimento de barra sem deterioração e suficiente para a emenda com a
armadura de reforço (comprimento ℓ1), enquanto à direita o corte iria afetar o pilar
(comprimento ℓ2), devendo a ancoragem ser realizada por furação em concreto com
preenchimento em resina epóxi.
Figura 3.42 – Situações de confrontação corte x comprimento de ancoragem e amarração da barra de
complementação
a)
b) c)
d) e)
3.8.2 Emendas
As emendas devem ser realizadas apenas no trecho são da armadura original
do elemento, e de forma que seu comprimento seja o necessário para que transfiram
os esforços para a barra de complementação, tal que as duas armaduras trabalhem
em conjunto. Além disso, Souza e Ripper (1998) recomendam que o comprimento da
emenda seja o menor possível, e que ocupe o mínimo de espaço transversal capaz
de garantir a eficiência do reforço, para que não sejam feitas intervenções em concreto
não danificado.
As emendas podem ser por solda ou transpasse, porém nem sempre haverá a
possibilidade de soldagem, visto que essa depende do tipo de aço utilizado. Em casos
que há espaço para a realização de emenda por transpasse, essa sempre será a mais
recomendada.
Para a utilização de emenda por transpasse, Helene (1992) recomenda que no
caso de armaduras comprimidas e uso de argamassas com base cimentícia, grautes
a base de cimento, microconcretos e concretos, o comprimento de transpasse deve
ser maior que 40 diâmetros com espessura de cobrimento conforme a ABNT NBR
6118:2014. Já quando forem aplicadas argamassas ou grautes a base epóxi, ou
argamassa de poliéster, o comprimento de transpasse recomendado deve ser maior
que 30 diâmetros, e a espessura de cobrimento maior que 0,5 cm.
No caso do emprego de emendas por transpasse (Figura 3.46) em armaduras
tracionadas, Helene (1992) recomenda que quando o diâmetro da barra de
complementação seja menor ou igual a 12,5 mm e a peça possuir 50% das emendas
na mesma seção, o comprimento deve seguir as mesmas especificações da armadura
comprimida. Quando a bitola do aço de complementação for menor ou igual a 12,5
mm e 100% das emendas estiverem na mesma seção deve-se aumentar em 50% o
comprimento de transpasse em relação ao especificado para barras comprimidas. Por
78
fim, caso a armadura de reforço possua diâmetro maior que 12,5 mm deve-se seguir
as especificações da ABNT NBR 6118:2014.
Figura 3.46 – Emenda por transpasse
3.9 Fôrmas
Segundo Souza e Ripper (1998), as atividades de recuperação e reforço em
que há aumento da seção de concreto existente exigem o uso de fôrmas dotadas de
cachimbo (Figura 3.47), sendo essas convencionalmente de madeira. Quanto à
execução de tal etapa, essa irá depender do tipo de encamisamento a ser adotado,
se será total, parcial, bem como se esse irá ocorrer na face tracionada ou comprimida
do elemento estrutural, ou da recuperação adotada. É importante citar que certos
materiais dispensam o uso de fôrmas, devendo tal fator ser levado em consideração
durante a intervenção nas vigas. Materiais como concreto projetado, por exemplo,
eliminam tal etapa.
Figura 3.47 – Fôrmas dotadas de cachimbo
local seco para que não haja formação de torrões por umidade. Caso o produto seja
líquido, deve ser protegido do calor e agitado antes de ser utilizado, para que não
ocorram sedimentações e redução da uniformidade do material.
3.11.4 Concreto projetado
Souza e Ripper (1998) definem um concreto como projetado quando o
transporte da mistura até o local de aplicação é feito através de um tubo sob impulsão
de ar comprimido a uma velocidade constante e elevada (Figura 3.51). Ele possibilita
a compactação simultânea com a aplicação, devido à pressão e a velocidade com que
é aplicado, o que leva ao desenvolvimento de um produto mais denso e apto a gerar
grandes tensões de aderência.
Figura 3.51- Lançamento de concreto projetado para o reforço de vigas
Fonte: Diprotec
Há dois tipos de concreto projetado, o de mistura seca e o de mistura úmida.
No concreto de mistura seca a água só é adicionada no canhão de projeção após o
completo transporte do material. Nesse caso, os equipamentos de câmara dupla são
mais eficazes na garantia da homogeneidade de pressão e a experiência do operador
é fundamental na qualidade final do serviço, visto que ele é o responsável pela
regulação do fator água/cimento. Enquanto isso, o concreto projetado de mistura
úmida é o resultado do transporte da mistura já hidratada.
Uma vez que no concreto de mistura seca é possível a obtenção da relação
água/cimento somente o suficiente para a hidratação, ele é mais recomendado por
possibilitar mínima retração e máxima aderência ao substrato. Ademais, a dosagem
do concreto projetado é basicamente a mesma do concreto convencional, limitando o
fator água/cimento a 0,35. Além disso, os agregados devem possuir dimensão
máxima entre 10 e 12 mm, como forma de reduzir o desgaste do equipamento e para
que o produto alcance os espaços entre as armaduras. Quanto a resistência desse
84
DE DIMENSIONAMENTO
f) Limpeza das barras e da superfície do concreto com jato de água fria sob
pressão (ver item 3.5.1), até a completa eliminação dos produtos de corrosão,
pó e outras impurezas que possam prejudicar a aderência entre o material
antigo e o novo;
g) Aplicar produto de proteção contra corrosão nas armaduras de acordo com o
item 3.7.1 e, se necessário, aplicar adesivos no substrato para melhor
aderência entre sua superfície e a do material novo, conforme item 3.10.2;
h) Montagem de fôrma (ver item 3.9), de forma que o cachimbo esteja 10 cm
acima do nível superior do reparo. Pode-se aplicar o desmoldante para
desmolde eficiente;
i) Saturação da superfície do substrato com água limpa para garantir a adesão e
a cura do material de reparo, exceto no caso em que será utilizado adesivo
epóxi. Deve-se seguir as recomendações do item 3.4.8;
j) Preenchimento da região do corte com o material de reparo, o qual poderá ser
argamassa convencional de cimento e areia com ou sem adesivo, sendo as
opções PVA acrílico ou epóxi; argamassa industrial; concretos convencionais;
graute convencional ou industrial. Ao escolher o material deve-se considerar
fatores como as suas peculiaridades, a área a ser reparada, o ambiente em
que se encontra e o tempo disponível para a execução do serviço. No caso da
argamassa convencional sem adesivo, o traço deve ser de 1:3, enquanto a com
adesivo de 1:2,5 ou 1:3 e adicionar o adesivo à água de amassamento. Nesse
último caso, é imprescindível a aplicação de adesivo na superfície do substrato
na etapa g. A execução utilizando argamassas deverá ser por camadas de no
máximo 1,0 cm de espessura, certificando que a camada anterior seja
previamente preparada a partir de escarificação da superfície e tenha
resistência suficiente para receber a próxima. As camadas devem ser
compactadas vigorosamente. Ao utilizar esse tipo de material não é necessária
a adoção de fôrmas. O concreto deverá ter resistência maior ou igual à do
concreto existente, ter trabalhabilidade necessária para o serviço, receber
vibração adequada e ser executado de acordo com o item 3.11.3. O
preenchimento utilizando a argamassa e graute industriais deverá ser de
acordo com as instruções do fabricante;
94
17,3kN/m
40cm
5,00
15cm
43,25kN 43,25kN
43,25kN
+
DEC
-
43,25kN
DMF
+
54,06kN.m
posição da linha neutra para o estado limite último deve obedecer, para concretos com
𝑓𝑐𝑘 menor que 50 MPa, o valor de 0,45d, em que d representa a altura útil da viga. A
razão entre a posição da linha neutra e a altura útil da viga é chamada de βx.
A Figura 4.6 apresenta a seção transversal da viga anterior a realização do
reforço, assim como o diagrama de deformações e os diagramas de tensões, tanto o
real quanto o simplificado.
Figura 4.6 – Deformações e tensões atuantes na seção transversal da viga original
cu = 3,5‰ cd
Rcc Rcc
xi 0,8x
di z
Asi si Rsti Rsti
Em que:
𝐾𝑐𝑙𝑖𝑚 = coeficiente auxiliar (cm²/kN);
𝛽𝑥 = 0,45;
𝑓𝑐𝑑 = resistência de cálculo do concreto (kN/cm²).
Portanto:
1
𝐾𝑐𝑙𝑖𝑚 = = 2,23cm2 /kN
0,68 × 0,45 (1 − 0,4 × 0,45) × 2,5/1,4
Através do valor de 𝐾𝑐𝑙𝑖𝑚 , é possível obter a equação do momento limite de
cálculo, pela Equação 2, em que se define se a viga terá armadura simples ou dupla.
𝑏𝑑² (2)
𝑀𝑑𝑙𝑖𝑚 =
𝐾𝑐𝑙𝑖𝑚
Em que:
𝑀𝑑𝑙𝑖𝑚 = momento limite entre os domínios de deformação 3 e 4 (kN.m);
100
𝑏𝑑² (4)
𝐾𝑐 =
𝑀𝑑
Em que:
𝑀𝑑= momento de cálculo atuante na viga (kN.m);
𝐾𝑐 = coeficiente auxiliar (cm²/kN);
Portanto, tem-se:
0,15 × (40 − 5)² cm2
𝐾𝑐 = = 2,43
54,06 × 1,4 kN
2,355
𝛽𝑥 = 1,25 [1 − √1 − ] = 0,41
2,43 × 2,5/1,4
Em que:
𝜎𝑠𝑑 = resistência de cálculo de escoamento do aço (kN/cm²).
101
Para aço CA-50, tem-se a resistência de 500 MPa, enquanto para aço CA-60
de 600 MPa. Para minoração de tais valores para obtenção da resistência de cálculo,
será utilizado, portanto, o coeficiente de 1,15.
Tem-se, então:
1 cm2
𝐾𝑠 = = 0,027
50 kN
(1 − 0,4 × 0,41)
1,15
Por fim, é obtida a área de armadura longitudinal necessária para resistir aos
esforços de flexão da viga em questão, pela Equação 6.
𝑀𝑑 (6)
𝐴𝑠 = 𝐾𝑠 ×
𝑑
Em que:
𝐴𝑠 = área de armadura de tração (cm²).
Portanto, tem-se:
54 ,06 × 1,4
𝐴𝑠 = 0,027 × = 5,94cm2
(0,40 − 0,05)
Portanto, adota-se como armadura 3Ø16.0.
É necessário que seja feita a análise se a armadura adotada atende aos
critérios de armadura mínima dado pela ABNT NBR 6118:2014, que para concreto
C25, é dada pela Equação 7:
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛 = 0,15% × 𝑏 × 𝑑 (7)
Em que:
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛 = área mínima de armadura de flexão para vigas (cm²).
Portanto, tem-se:
0,15
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛 = × 15 × (40 − 5) = 0,79cm²
100
Conclui-se então que a armadura anterior à atividade de reforço é dada por
3Ø16.0. Como foi adotada armadura simples, como porta-estribos, será adotado
2Ø6.3.
4.5.1.2 Dimensionamento à força cortante
Após realizado o dimensionamento à flexão e obtendo-se a armadura
longitudinal, deve ser realizado o dimensionamento quanto à força cortante, de forma
a obter as armaduras transversais da viga anteriormente ao reforço. O método
adotado para tal será também conforme a ABNT NBR 6118:2014.
102
Para tal, é necessária a obtenção do valor de 𝑓𝑐𝑡𝑑, dado pela Equação 12.
𝑓𝑐𝑡𝑘, 𝑖𝑛𝑓 (12)
𝑓𝑐𝑡𝑑 =
1,4
Em que:
103
2 (14)
𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘 3
Em que:
𝐴𝑆𝑤
= taxa de armadura transversal (cm²/m);
𝑠
N1 - 2 ø6.3 - 510
40
510
A
15
A
33 N3 c/ 15
35
29,5 3 N2 ø16.0 - 569 29,5
510
10
N3 - ø5.0 - 100
24,9kN/m
50cm
5,00
15cm
62,25kN 62,25kN
62,25kN
+
DEC
-
62,25kN
DMF
77,81kN.m
dr zi
zr
Asi Rsti Rsti
si
Rstr Rstr
Asr sr
Seção Diagrama de Diagrama de Diagrama de
transversal deformações tensões real tensões simplificado
Sendo:
𝑅𝑠𝑡 = força resultante de tração da armadura equivalente (kN);
𝑅𝑐𝑐 = força resultante de compressão do concreto (kN).
Sendo que fck ≤ 50 MPa, a força resultante de compressão do concreto é
calculada pela Equação 21.
𝑅𝑐𝑐 = 𝐴𝑐𝑐 × 𝜎𝑐𝑑 = 𝐴𝑐𝑐 × 0,85 × 𝑓𝑐𝑑 (21)
Em que:
𝑅𝑐𝑐 = força resultante de compressão do concreto (kN);
𝐴𝑐𝑐 = área comprimida do concreto (cm²);
𝜎𝑐𝑑 = tensão de cálculo à compressão do concreto (kN/cm²);
𝑓𝑐𝑑 = resistência de cálculo à compressão do concreto (kN/cm²).
O momento fletor interno resistente de cálculo, proporcionado pelo concreto
comprimido, é obtido pela Equação 22.
𝑀𝑅𝑑 = 𝑅𝑐𝑐 × 𝑧 = 𝑅𝑐𝑐 × (𝑑 − 0,4𝑥) (22)
Tal que:
107
Sendo:
𝑀𝑅𝑑 = momento resistente de cálculo (kN.m);
𝑅𝑠𝑡 = força resultante de tração na armadura (kN);
𝐴𝑠𝑖 = área de armadura da viga original (cm²);
𝐴𝑠𝑟 = área de armadura do reforço (cm²);
𝜎𝑠𝑑𝑖 = tensão de cálculo à tração da armadura da viga original (kN/cm²);
𝜎𝑠𝑑𝑟 = tensão de cálculo à tração da armadura do reforço (kN/cm²);
𝑑𝑖 = altura útil da viga original (m);
𝑑𝑟 = altura útil da armadura de reforço da viga reforçada (m);
𝑥 = posição da linha neutra da seção (m).
108
50
15
A
34 N2 c/ 15 12
10
13 2 N1 ø12.5 - 511 13 N2 - ø5.0 - 34
485
a) Inicialmente a estrutura deve ser escorada conforme mostra o item 3.1, para
que a viga seja descarregada e o reforço seja executado. O escoramento
pode ser feito com a ajuda de pontaletes;
111
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
I.1. ADESIVOS
DESCRIÇÃO PRODUTO MARCA USO
Indicado para usos de colagem entre
concreto novo e antigo (ponte de
aderência), ancoragem, fixação de
Adesivo epóxi fluído Sikadur-32
SIKA elementos como bicos de injeção,
de alto desempenho gel
injeção e selagem de fissuras,
composto por resina epóxi e com alta
fluidez
Indicado para usos de colagem entre
concreto novo e antigo (ponte de
aderência), ancoragem, fixação de
Adesivo epóxi de Sikadur
SIKA elementos como bicos de injeção,
média fluidez Epóxi
injeção e selagem de fissuras,
composto por resina epóxi e com média
viscosidade
Indicado para usos de colagem entre
concreto novo e antigo (ponte de
aderência), ancoragem, fixação de
Adesivo epóxi Sikadur
SIKA elementos como bicos de injeção,
pastoso Epóxi Tix
injeção e selagem de fissuras,
composto por resina epóxi e com alta
viscosidade
Adesivo para
Sika Indicado para ancoragem de
ancoragem SIKA
AnchorFix S vergalhões e sistemas de fixação
universal
Adesivo estrutural de pega normal, bi-
Adesivo estrutural, componete, para colagens em geral.
MC-SOLID
fluído, à base de MC BAUCHEMIE Composto por resina epóxi de média
1300
resina epóxi viscosidade em consistência flúida,
porém não auto-nivelante
Adesivo estrutural Aditivo estrutural de alto desempenho,
de alto bi-componente, com alta viscosidade,
MC-SOLID
desempenho, MC BAUCHEMIE especialmente desenvolvido para
1300 Plus
tixotrópico, à base aderência de elementos em concreto e
de resina epóxi aço
Adesivo estrutural Vedacit Indicado para colagem de concreto,
base epóxi de média Compound VEDACIT ferro e madeira, reparos em concreto,
fluidez Adesivo ancoragens e chumbamentos
Indicado para colagem, mesmo entre si,
Adesivo estrutural Vedacit
de concreto, ferro e madeira, reparos
de base epóxi e alta Compound VEDACIT
em concreto, ancoragens e
fluidez Adesivo Gel
chumbamentos
Indicado para aplicação em superfícies
Adesivo estrutural Vedacit verticais, assim como para colagem,
de base epóxi e Compound VEDACIT mesmo entre si, de concreto, ferro e
baixa fluidez Adesivo Tix madeira, reparos em concreto,
ancoragens e chumbadores
Adesivo e selador
Indicado como ponte de aderência e
de base acrílica Vedafix VEDACIT
aditivo para armagassa de reparo
para argamassas
117
I.2. ARGAMASSAS
DESCRIÇÃO PRODUTO MARCA USO
Argamassa polimérica, indicado
Argamassa polimérica Sika para reparos e reforços, com
para reparos em MonoTop - SIKA excelente resistência mecânica,
estruturas de concreto 622BR aderência, dispensando uso de
pontes de aderência
Indicada para proteção de
Argamassa cimentícia,
Sika Top - armaduras em processo de
polimérica, com inibidor SIKA
108 Armatec corrosão em serviços de reparo e
de corrosão
reforço
Argamassa polimérica
para reparos estruturais
Indicado para reparos estruturais
com agente adesivo Nafufill CR MC BAUCHEMIE
de até 60mm
integrado e inibidor de
corrosão
Reparos em grandes áreas
Argamassa polimérica
horizontais expostas ao tempo ou
para reparos estruturais Nafufill KM
MC BAUCHEMIE não, e sujeitas a carregamento
em concretos sujeitos a 130
dinâmico. Reparos com aplicações
carregamento dinâmico
de até 40 mm de espessura
Argamassa polimérica
Reparos estruturais em áreas
para reparos estruturais Nafufill KM
MC BAUCHEMIE sujeitas a ataque de sulfatos.
em concretos, com 250 HS
Reparos estruturais de até 50 mm
resistência a sulfatos
Argamassa polimérica Reparos estruturais em elementos
monocomponente para Nafufill TIX MC BAUCHEMIE de concreto. Reparos estruturais
reparos em concreto de até 50 mm
Argamassa de consistência seca,
alta resistência, de baixa
permeabilidade e de grande
Vedacit Pro
aderência. É indicada para reparos
Argamassa VEDACIT
em superfícies verticais ou
estrutural 230
horizontais com espessuras de 20
Argamassa estrutural
a 60 mm e assentamentos de
dry-pack
calços para grauteamento
Argamassa de consistência seca e
Vedacit Pro apresenta elevada resistência
Argamassa VEDACIT mecânica, sendo indicada para
estrutural 240 reparos com espessuras de 3 a
7cm
Argamassa coesa, tixotrópica, de
fácil moldagem, elevada
resistência mecânica, elevada
Vedacit Pro
aderência e retração compensada.
Argamassa VEDACIT
É indicada para reparos
estrutural 250
superficiais em estruturas de
concreto com espessuras de 5 a
Argamassa estrutural 25 mm
Argamassa coesa, tixotrópica e de
fácil moldagem, elevada
Vedacit Pro
resistência mecânica, elevada
Argamassa
VEDACIT aderência e retração compensada.
estrutural 251
É indicada para reparos em
Fibras
estruturas de concreto com
espessuras de 5 a 40 mm
118
I.3. GRAUTES
DESCRIÇÃO PRODUTO MARCA USO
Indicado para usos de preenchimento
de cavidades, ancoragem de barras de
Graute fluído de SikaGrout -
SIKA aço e injeção de fissuras, adequado
elevada resistência 250
para grauteamento de espessuras de
10 a 50mm
Indicado para usos de preenchimento
Graute fluído de
de cavidades, ancoragem de barras de
elevada resistência SikaGrout -
SIKA aço e injeção de fissuras, adequado
para grauteamentos e 212
para grauteamento de espessuras de
ancoragens
20 a 100mm
Indicado para locais em que não seja
desejado aplicações fluídas,
Graute tixotrópico SikaGrout
SIKA eliminando necessidade de fôrmas,
monocomponente Tix
adequado para ancoragem,
preenchimento e injeção de fissuras
Utilizado para reparos de estruturas de
concreto em geral, grauteamento em
Graute fluído para
Emcekrete MC BAUCHEMIE áreas de difícil acesso, e
reparos em geral
grauteamentos com espessuras entre
10 e 100mm
Grauteamento em áreas de difícil
acesso, reparos em estruturas de
Graute flúido de alto Emcekrete concreto que necessitam de
MC BAUCHEMIE
desempenho 40 resistência elevada em 24 horas, e
grauteamento com espessuras entre
10 e 100mm
Reparos de estruturas de concreto em
Microconcreto flúido de Emcekrete geral, grauteamento em áreas de difícil
MC BAUCHEMIE
alto desempenho 50 acesso e com espessuras entre 100 e
300mm
Microconcreto flúido Reparos com espessuras entre 30 e
Emcekrete
com agente inibidor de MC BAUCHEMIE 300mm, e reparos de defeitos em
50 Plus
corrosão integrado estruturas de concreto
Indicado para reparos em estruturas
de concreto que necessitam de rápida
liberação (ancoragem de barras,
Graute epoxídico
Emcekrete tirantes, chumbadores e outros
autonivelante de alto MC BAUCHEMIE
EP elementos estruturais), utilizado em
desempenho
grauteamento em áreas de difícil
acesso e com espessuras entre 10 e
100mm
Argamassa fluida para grauteamento
Argamassa para com espessuras de até 60 mm.
Vedacit
grauteamentos em VEDACIT Indicado para recuperação e reforço
Graute
geral em estruturas de concreto moldadas in
loco e pré-moldadas
Argamassa seca de É indicado para reparos em superfícies
V-1 Grauth
alta resistência para VEDACIT verticais ou horizontais com
Tix
grauteamentos espessuras de 20 a 60 mm
Argamassa, fluida e autoadensável
Argamassa
para grauteamentos de precisão com
autoadensável para
V-2 Grauth VEDACIT espessuras de até 60 mm. Indicado
grauteamento de
para recuperação estrutural de
precisão
precisão
119