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Dissertação de Mestrado

METODOLOGIA PARA UNIFICAÇÃO DO


SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE
BARRAGENS DE REJEITO

AUTOR: RAFAELA BALDI FERNANDES

ORIENTADOR: Prof. Dr. Hernani Mota de Lima

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOTECNIA DA UFOP

OURO PRETO - JANEIRO DE 2017


F363m Fernandes, Rafaela Baldi.
Metodologia para unificação do sistema de classificação de barragens de rejeito
[manuscrito] / Rafaela Baldi Fernandes. - 2017.
156f.: il.: color; grafs; tabs; mapas.

Orientador: Prof. Dr. Hernani Mota de Lima.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de


Minas. Núcleo de Geotecnia. Programa de Pós-Graduação em Geotecnia.
Área de Concentração: Engenharia Geotécnica.

1. Resíduos - Barragem. 2. Reaproveitamento (Sobras, refugos, etc.). 3.


Impacto ambiental. 4. Recursos minerais. I. Lima, Hernani Mota de . II.
Universidade Federal de Ouro Preto. III. Titulo.

CDU: 624.13

Catalogação: www.sisbin.ufop.br
“... O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.”

Mahatma Gandhi (1869 – 1948).

iii
DEDICATÓRIA

Aos meus avós

Otacílio e Judith Fernandes

Victório e Maria de Lourdes Baldi

iv
AGRADECIMENTOS

Agradeço pela possibilidade do exercício diário em aumentar cada vez mais a perseverança,
a gratidão e a fé, renovando todas as possibilidades.

Agradeço aos meus pais por terem proporcionado todos os caminhos de aprendizado,
estudo e bem-estar. À minha mãe, por ter sido a maior entusiasta de todas as minhas
conquistas e consolo nas derrotas. Ao meu irmão, pela oportunidade de ser um exemplo e
pela amizade.

A minha família, pela compreensão em todas as ausências e por acreditarem no meu


trabalho.

Ao Júnior, pelo companheirismo, pelo amor, paixão... Por ser parte de tudo aquilo que eu
preciso e que eu nem imaginava poder ter.

Agradeço a professora Maria das Graças Gardoni pelos ensinamentos que me acompanham
durante toda a minha trajetória profissional, por compreender a minha inquietação científica
e minhas necessidades de conciliar o profissional, o acadêmico e o pessoal.

Aos meus alunos e clientes de projeto por ser a minha motivação velada para aprender e
saber cada vez mais.

Agradeço à UFOP, em especial aos professores do NUGEO, por me receberem para a


conclusão do meu curso de mestrado. Ao Hernani, pela orientação e pelo apoio.

Sou grata pelas alegrias, pelas tristezas, pelos desafios, pelas desistências, por todas as
dúvidas, erros e acertos... Grata pelo simples fato de haver vida e um amplo espectro de
possibilidades, em qualquer que seja a situação.

v
RESUMO

A atividade de mineração possui um grande potencial de impacto ambiental uma vez que
trabalha a extração de recursos minerais não renováveis em grandes extensões, que são
essenciais no desenvolvimento de uma sociedade, e que geram volumes consideráveis de
rejeito. As barragens de rejeito são uma opção largamente utilizada para a destinação de
resíduos provenientes do processo de extração e beneficiamento do minério e são
categorizadas com base na altura, tipo de material do reservatório, danos potenciais
associados, categorias de risco, dentre outros. Todas as barragens em construção, em
operação e desativadas devem ser declaradas, anualmente, aos órgãos fiscalizadores, com o
objetivo de promover o planejamento e a regulação da exploração mineral, bem como o
aproveitamento dos recursos minerais, assegurando, controlando e fiscalizando o exercício
das atividades de mineração. Cada órgão estabelece os critérios de classificação que devem
ser observados pelos empreendedores na definição das classes de barragens e,
consequentemente, aos requisitos que devem ser obedecidos para que as estruturas se
apresentem em conformidade. Atualmente, existem dois tipos de classificação vigentes no
país, cada uma com a sua regulamentação normativa, levando a uma grande divergência nas
informações de cadastro, mesmo considerando que as estruturas cadastradas nos dois
sistemas são as mesmas. Desta forma, é perceptível que não há uma convergência entre os
sistemas de classificação propostos, o que resulta em um desencontro de informações e a
uma efetividade reduzida nos princípios de fiscalização que permeiam estes órgãos. Uma
vez que o principal objetivo dos projetos, da operação, do monitoramento e da fiscalização
de barragens de rejeito é a contenção segura de resíduos depositados, deve haver uma
integração contínua de gerenciamento destas estruturas, principalmente na unificação dos
critérios a serem considerados nesta gestão.

Palavras chave: barragens, rejeito, classificação, projeto

vi
ABSTRACT

Mining activity has a great potential for environmental impact as it works the extraction of
non-renewable mineral resources in large areas, which are essential in the development of a
society, and that generate large volumes of waste. The tailings dams are a widely used
option for the disposal of waste from the extraction and beneficiation process and are
categorized based on the height and type of material in the reservoir, potential damage
associated risk categories, among others. All dams under construction, operation and
disabled must be reported annually to the regulatory agencies, in order to promote the
planning and regulation of mineral exploration and the exploitation of mineral resources,
ensuring, controlling and supervising the exercise of mining activities. Each agency sets out
the criteria that must be observed by the companies in the definition of dams classes and,
consequently, the requirements that must be met so that the structures are presented
accordingly. Currently there are two types of current rating in the country, each with its
normative regulation, leading to a large divergence in the registration information, even
considering that the structures registered in the two systems are the same. Thus, it is
apparent that there is a convergence between the proposed classification systems, which
results in a mismatch of information and a reduced effectiveness in the monitoring
principles that underlie these institutions. Since the main objective of the project, operation,
monitoring and surveillance of tailings dams is the safe containment of waste deposited
there must be a continuous integration management of these structures, especially in the
unification of the criteria to be considered in this management.

Key words: dams, tailings, classification, project

vii
Lista de Figuras

Figura 2.1 – Disposição pelo método por montante ................................................................... 19

Figura 2.2 – Disposição pelo método por jusante....................................................................... 21

Figura 2.3 – Disposição pelo método por linha de centro .......................................................... 22

Figura 2.4 – Esquema de um hidrociclone para separação de rejeitos ....................................... 26

Figura 2.5 – Utilização de tubos de geotêxtil para desidratação de material.............................. 35

Figura 2.6 – Empilhamento de tubos de geotêxtil em Salt Lake City ....................................... 35

Figura 2.7 – Aterro reforçado pelo sistema de solo reforçado.................................................... 36

Figura 2.8 – Aterro reforçado por Terramesh ............................................................................. 37

Figura 2.9 – Construção de aeroporto na Índia ........................................................................... 38

Figura 3.1 – Produção comercializada, por região, em 2009 .................................................. 46

Figura 3.2 – Valores da Indústria Extrativa Mineral .................................................................. 47

Figura 3.3 – Destinação de investimentos na produção mineral ................................................ 48

Figura 3.4 – Destaques minerais na balança comercial .............................................................. 48

Figura 3.5 – Minerais estratégicos para a balança comercial ..................................................... 49

Figura 3.6 – Razões médias entre o produto final e o rejeito gerado ......................................... 50

Figura 3.7 – Fluxograma básico da produção de minério de ferro ............................................. 51

Figura 4.1 – Fluxograma de responsabilidades para implementação do PSB ............................ 63

Figura 6.1 – Barragens de Mineração pertencentes à PNSB ..................................................... 85

Figura 6.2 – Comparativo das metodologias de classificação para a Barragem A ................... 116

Figura 6.3 – Comparativo das metodologias de classificação para a Barragem A ................... 117

Figura 6.4 – Comparativo das metodologias de classificação para a Barragem A ................... 118

viii
Lista de Tabelas

Tabela 2.1 – Aspectos referentes à metodologia construtiva de barragens ................................ 24

Tabela 2.2 – Tipos de disposição de rejeitos em função do teor de sólidos ............................... 29

Tabela 2.3 – Tabela comparativa entre os tipos de disposição de rejeitos ................................. 33

Tabela 3.1 – Reservas medidas e reservas lavráveis no Brasil ................................................... 43

Tabela 3.2 – Minerais mais representativos - tonelagem por classe........................................... 44

Tabela 3.3 – Minerais mais representativos - tonelagem total ................................................... 44

Tabela 3.4 – Quantidade de ROM e produção de minério e rejeitos .......................................... 45

Tabela 3.5 – Produção de rejeitos para Ferro e Ouro ................................................................. 45

Tabela 3.6 – Produção mineral comercializada em 2009 ........................................................... 46

Tabela 3.7 – Resultados de ensaios triaxiais drenados em rejeitos ............................................ 53

Tabela 3.8 – Variação de valores de Ip e Ф’ de rejeitos de ferro ............................................. 53

Tabela 5.1 – Classificação de Categoria de Risco – CNRH ....................................................... 75

Tabela 5.2 – Características Técnicas (CT) – CNRH ................................................................. 76

Tabela 5.3 – Estado de Conservação (EC) – CNRH .................................................................. 76

Tabela 5.4 – Plano de Segurança (PS) – CNRH ......................................................................... 77

Tabela 5.5 – Classificação de Dano Potencial Associado – CNRH ........................................... 79

Tabela 5.6 – Dano Potencial Associado – CNRH ...................................................................... 80

Tabela 5.7 – Classificação em relação ao DNPM ...................................................................... 81

Tabela 5.8 – Classificação COPAM em relação ao dano potencial associado ........................... 83

Tabela 6.1 – Barragens de Mineração pertencentes à PNSB (DNPM_04/2014) ...................... 85

Tabela 6.2 – Barragens por Classe_DNPM ................................................................................ 86

ix
Tabela 6.3 – Categoria de Risco e Dano Potencial por Classe de Barragem_DNPM ................ 87

Tabela 6.4 – Classificação das Barragens de rejeito no cenário Nacional_DNPM .................... 87

Tabela 6.5 – Barragens de Mineração cadastradas no BDA – FEAM/2014 .............................. 88

Tabela 6.6 – Barragens Classe III – FEAM e Declaração de Estabilidade ................................. 89

Tabela 6.7 – Comparativo FEAM x DNPM para altura do barramento ..................................... 91

Tabela 6.8 – Comparativo FEAM x DNPM para volume do reservatório ................................. 91

Tabela 6.9 – Comparativo FEAM x DNPM para ocupação humana a jusante .......................... 91

Tabela 6.10 – Comparativo FEAM x DNPM para instalações e impactos ................................ 92

Tabela 6.11 – Comparativo FEAM x DNPM para interesses e impactos .................................. 92

Tabela 6.12 – Rupturas de barragens de rejeito entre 1915 e 2014 ............................................ 96

Tabela 6.13 – Rupturas em função do tipo de alteamento .......................................................... 97

Tabela 6.14 – Ranking dos países em função das rupturas ........................................................ 97

Tabela 6.15 – Rupturas ocorridas no Brasil, segundo o ICOLD ................................................ 98

Tabela 6.16 – Novas Características Técnicas associadas a Categoria de Risco...................... 101

Tabela 6.17 – Novos Estado de Conservação associados a Categoria de Risco ...................... 102

Tabela 6.18 – Novos Planos de Segurança associados a Categoria de Risco ........................... 104

Tabela 6.19 – Nova classificação para Categoria de Risco ...................................................... 105

Tabela 6.20 – Novo Dano potencial associado ......................................................................... 106

Tabela 6.21 – Nova classificação para Dano Potencial Associado .......................................... 107

Tabela 6.22 – Nova Classificação de Barragens....................................................................... 107

Tabela 6.23 – Guia para análises de estabilidade ..................................................................... 110

x
Lista de Símbolos, Nomenclatura e Abreviações

# Peneira - faixas granulométricas


ɸ Ângulo de atrito - Phí
Al2O3 Alumina
AMB Anuário Mineral Brasileiro
ANA Agência Nacional das Águas
ASTM American Standard Testing Materials
BDA Banco de Declarações Ambientais
cm2/s Centímetros quadrados por segundo
Cc Coeficiente de compressibilidade
Ch Coeficiente de adensamento horizontal
CMP Cheia Máxima Provável ou Decamilenar
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CRI Categoria de Risco
CT Características Técnicas
Cv Coeficiente de adensamento vertical
COPAM Conselho Estadual de Política Ambiental
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
DPA Dano Potencial Associado
Dr Densidade relativa
EC Estado de Conservação
Fe Ferro
FEAM Fundação Estadual do Meio Ambiente
fs Resistência ao atrito lateral
IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração
ID Índice de Densidade
k Coeficiente de permeabilidade
km2 Quilômetros quadrados
LL Limite de liquidez
LP Limite de plasticidade
mm Milímetros

xi
m/s metros por segundo
OCR Tensão de pré adensamento
Pa Pascal
PAE Plano de Ações Emergenciais
PAE Plano de Ações Emergenciais de Barragens de Mineração
PMB Produção Mineral Brasileira
PNSB Política Nacional de Segurança de Barragens
PSB Plano de Segurança de Barragens
qc Resistência de Ponta
RAL Relatório Anual de Lavra
ROM Run Out Mine
Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
SEMAD
Sustentável
SiO2 Dióxido de silício
SINIMA Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SNIRH Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos
SNISB Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens
SPT Standard Penetra íon Test
Su Resistência não drenada
TTT Trajetória de tensões efetivas
TTT Trajetória de tensões totais
TPD Toneladas por dia
u2 Pressões Neutras

xii
Sumário

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 1


1.2 JUSTIFICATIVA DA DISSERTAÇÃO ........................................................................... 4
1.3 OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO ................................................................................... 5
1.4 METODOLOGIA .............................................................................................................. 5
1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ................................................................................. 6

CAPÍTULO 2 –REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 BARRAGENS DE REJEITO ............................................................................................ 8


2.2 SONDAGENS E ENSAIOS ............................................................................................ 10
2.2.1 Tipos de Sondagem ................................................................................................ 12
2.2.2 Coleta de amostras .................................................................................................. 13
2.2.3 Ensaios de Campo .................................................................................................. 14
2.2.4 Ensaios de Laboratório ........................................................................................... 15
2.3 TECNICAS DE DISPOSIÇÂO DE REJEITOS .............................................................. 17
2.3.1 Rejeitos lançados em reservatório .......................................................................... 18
2.3.2 Aterro drenado – Disposição hidráulica ................................................................. 25
2.3.3 Rejeitos desaguados e empilhados ......................................................................... 27
2.3.4 Rejeitos espessados e em pasta ............................................................................... 29
2.3.5 Rejeitos acondicionados em tubos de geotêxtil de alta resistência......................... 32
2.3.6 Rejeitos acondicionados em diques de solo reforçado ........................................... 35

CAPÍTULO 3 – CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA MINERAÇÃO

3.1 A MINERAÇÃO NO BRASIL........................................................................................ 41


3.2 PRODUÇÃO MINERAL NO QUADRILÁTERO FERRÍFERO ................................... 49

CAPÍTULO 4 – PANORAMA JURÍDICO DA MINERAÇÃO

xiii
4.1 LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997 ................................................................... 55
4.2 LEI Nº 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000 ..................................................................... 56
4.3 DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 87, DE 17 DE JUNHO DE 2005 ........... 56
4.4 DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 124, DE 9 DE OUTUBRO DE
2008 ....................................................................................................................................... 58
4.5 LEI Nº 12.334, DE 20 DE SETEMBRO DE 2010 .......................................................... 58
4.6 RESOLUÇÃO CNRH Nº 143, DE 10 DE JULHO DE 2012 .......................................... 61
4.7 RESOLUÇÃO CNRH Nº 144, DE 10 DE JULHO DE 2012 .......................................... 61
4.8 PORTARIA DNPM Nº 416, DE 3 DE SETEMBRO DE 2012....................................... 63
4.9 PORTARIA DNPM Nº 526, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2013 ...................................... 67
4.10 OUTRAS LEGISLAÇÕES ............................................................................................ 68

CAPÍTULO 5 – CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS

5.1 CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS (CNRH) ................................ 70


5.1.1 Classificação quanto à categoria de risco (CRI) ..................................................... 71
5.1.2 Classificação quanto ao dano potencial associado (DPA) ...................................... 77
5.2 DEPARTAMENTO NACIONAL DE PESQUISA MINERAL (DNPM)....................... 80
5.3 CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL (COPAM) ........................... 81

CAPÍTULO 6 – NOVA METODOLOGIA PARA CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS

6.1 COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO ATUAIS .............. 90


6.2 NOVO SISTEMA DE CLASIFICAÇÃO UNIFICADO ................................................. 94
6.2.1 Categoria de Risco (CRI)...................................................................................... 100
6.2.2 Dano Potencial associado (DPA) ......................................................................... 105
6.2.3 Periodicidade de revisão ....................................................................................... 108
6.3 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS EM FUNÇÃO DA CLASSE
DA BARRAGEM ............................................................................................................... 108
6.3.1 Análises de estabilidade........................................................................................ 109
6.3.2 Sismicidade........................................................................................................... 112
6.3.3 Percolação ............................................................................................................. 113
6.4 COMPARATIVO ENTRE A NOVA METODOLOGIA DE CLASSIFICAÇÃO E O
SISTEMA ........................................................................................................................... 115

xiv
CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES ........................................................................................... 119

CAPÍTULO 8 – SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ....................................... 123

CAPÍTULO 9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 124

APÊNDICES ........................................................................................................................... 132

xv
1.0. INTRODUÇÃO

1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Historicamente, o legado da mineração iniciou-se no fim do século XVII e século


XVIII, na medida em que o ciclo do ouro financiava a economia da metrópole lusitana
decorrente das explorações, principalmente, no estado de Minas Gerais. Mais
recentemente, o desenvolvimento e diversificação da mineração propiciou a exploração
de minerais tais como o ferro, alumínio, cobre e níquel, promovendo o desenvolvimento
da economia mundial.

Entende-se por lavra o conjunto de operações coordenadas que objetivam o


aproveitamento industrial da jazida, desde a extração das substâncias minerais úteis,
passando pelo beneficiamento das mesmas, até a destinação final dos resíduos gerados
nesse processo. As atividades de lavra são, geralmente, de grande impacto e devem
passar por uma série de controles para reduzir os efeitos sobre o meio ambiente e a vida
das pessoas. Impactos ao meio ambiente incluem desde a supressão da vegetação à
alteração da paisagem pela abertura da mina e pela disposição dos resíduos,
principalmente estéreis e rejeitos, associados ao processo produtivo.

Nesse contexto surgem as barragens de rejeito, que são uma opção para destinação de
resíduos proveniente do processo de extração e beneficiamento do minério. O atual
desenvolvimento das atividades relacionadas à indústria da mineração aliado às
crescentes exigências do setor extrativo mineral, resulta em uma geração cada vez maior
de rejeitos, o que ocasiona um aumento significativo do porte das barragens.

O Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM é uma autarquia federal criada


pela Lei número 8.876, de 2 de maio de 1994, vinculada ao Ministério de Minas e
Energia, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia
patrimonial, administrativa e financeira, sendo sua sede e foro em Brasília, com
superintendências regionais em 25 estados. O objetivo principal do DNPM é promover
o planejamento e a regulação da exploração mineral e aproveitamento dos recursos

1
minerais, bem como assegurar, controlar e fiscalizar o exercício das atividades de
mineração em todo o território nacional. As atividades do DNPM são embasadas no
Decreto-Lei Nº 227 de 28 de fevereiro de 1967 (Código da Mineração) e no Decreto-Lei
Nº 7.841 de 8 de agosto de 1945 (Código das Águas Minerais). A Lei Nº 12.334 de
2010, estabeleceu que o órgão fiscalizador deve implementar o cadastro de barragens
sob sua jurisdição, criando e mantendo esse cadastro atualizado, para fins de
incorporação no Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens –
SNISB. Atualmente, os empreendedores declaram todas as barragens sob sua
responsabilidade, em construção, em operação e desativadas, através do Relatório Anual
de Lavra – RAL, durante campanha anual. De acordo com o levantamento feito pelo
DNPM, com data base 04/2014, tem-se um total de 386 barragens em todo território
nacional, sendo 220 somente no estado de Minas Gerais.

A Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM é um dos órgãos de apoio do


Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), que atua vinculado à Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e, no âmbito
federal, integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). De acordo com
o Decreto 45825, de 20 de dezembro de 2011, o objetivo do órgão é executar a política
de proteção e conservação da qualidade ambiental do ar, do solo e dos resíduos sólidos,
atuando na prevenção e correção da degradação ambiental, principalmente, das
atividades industriais e minerárias. Segundo a Deliberação Normativa COPAM
87/2005, os responsáveis por empreendimentos minerários e industriais devem
apresentar, anualmente, o cadastro de barragens disponível em formulário eletrônico no
Banco de Declarações Ambientais – BDA. De acordo com o levantamento efetuado
pela FEAM em 2014, tem-se um total de 450 barragens de mineração no estado de
Minas Gerais.

Apesar de o cadastro em ambos os órgãos considerar as mesmas estruturas para cada


empreendedor, o sistema de classificação utilizado para levantamento da classe e tipo
das barragens é diferenciado, o que resulta em uma diferença de 230 estruturas quando
comparadas as unidades cadastradas no DNPM e na FEAM. Essa diferença pode ser
ainda maior se considerado que pode haver estruturas de um determinado empreendedor
cadastradas somente em um dos órgãos, ou seja, ter um número similar de estruturas

2
cadastradas não significa que são, realmente, as mesmas estruturas que constam em
ambos os órgãos. Soma-se a esta divergência o fato de que o cadastro nos órgãos é de
responsabilidade do empreendedor. Ou seja, por meio da contratação de uma empresa
de consultoria independente, cabe ao empreendedor informar ao órgão os dados que são
relevantes para a classificação da estrutura em conformidade com o que é estabelecido
em cada normativa. Desta forma, tem-se uma subjetividade no levantamento de alguns
parâmetros, uma vez que a expertise de cada consultoria pode refletir em um
levantamento de dados mais abrangente, ou mais restritivo, levando a uma classificação
que pode ser equivocada.

Dados do ICOLD (2016) mostram que o Brasil possui 1.392 grandes barragens, aquelas
que apresentam altura de 15m independente do volume de material armazenado, ou que
possuem altura entre 10 e 15m com capacidade de armazenamento de 3.000.000m3. O
Relatório de Segurança de Barragens 2012-2013 emitido pela Agência Nacional das
Águas (ANA, 2015), em versão preliminar, considera que em outubro de 2012 eram
contabilizadas 131 barragens para acumulação de água, sendo que em setembro de 2013
esse valor era de 121. Sendo assim, se assumirmos que o ICOLD e ANA referem-se às
mesmas estruturas, tem- se que, no mínimo, existem 1.261 barragens destinadas para o
uso industrial (1392 estruturas menos 131), que não de acumulação de água. Esse valor
é diferente do apresentado no levantamento efetuado pela FEAM em 2014, que
apresenta um cadastro de 754 estruturas, sendo 304 de uso industrial (Destilaria de
álcool e indústria) e 450 para mineração. Essa disparidade pode ser ainda maior se
considerado o fato de que o ICOLD contabiliza somente barragens de grande porte, ao
contrário dos órgãos brasileiros.

Diante do exposto, é perceptível que não há uma convergência entre os sistemas de


classificação proposto pelo DNPM e pela FEAM, inclusive em relação ao ICOLD e a
ANA, o que resulta em um desencontro de informações e a uma efetividade reduzida
nos princípios de fiscalização que permeiam estes órgãos.

Esse estudo objetiva, principalmente, dar subsídios para a unificação do sistema de


classificação de barragens de rejeitos de mineração afim de tornar o acesso às
informações mais diretivo, reduzir o conflito de informações equivocadas, permitir uma

3
maior efetividade no processo de controle da estabilidade das estruturas e proteção da
vida humana e do meio ambiente. Adicionalmente, propõe-se um escopo básico de
projeto e estudos necessários para a garantia da integridade para cada classe de
barragens de rejeitos, podendo ser um referencial na elaboração dos planos de
emergência e de inspeções de barragens de rejeitos.

1.2. JUSTIFICATIVA DA DISSERTAÇÃO

Anualmente, os empreendedores cadastram informações das estruturas sob sua gestão,


seguindo as diretrizes estabelecidas pelos órgãos reguladores e com base na emissão de
laudos de estabilidade de empresas contratadas pelo próprio empreendedor. Apesar do
cadastro nos órgãos considerar as mesmas estruturas para cada empreendedor, o sistema
de classificação atual utilizado por cada órgão para levantamento da classe e tipo de
barragens é diferenciado, resultando em uma diferença de 230 estruturas em relação aos
dados mais atuais disponibilizados pela FEAM e DNPM, do ano de 2014. Há uma
disparidade no levantamento do quantitativo de estruturas no estado de Minas Gerais,
principalmente no que diz respeito ao tipo de estrutura. Tal fato preocupa dado que deve
haver um controle sistemático em relação aos mecanismos para garantia da estabilidade
e segurança de barragens. Soma-se a esta divergência o fato de que o cadastro nos
órgãos é de responsabilidade do empreendedor, ou seja, a subjetividade no
levantamento dos parâmetros a serem considerados para a escolha dos itens do sistema
de classificação torna a classificação mais abrangente ou mais restritiva. O fato de não
haver uma convergência entre os sistemas atuais de classificação pode levar a
interpretações equivocadas, principalmente no que diz respeito às responsabilidades do
empreendedor face as questões relacionadas a segurança dessas estruturas.

A proposta de um novo sistema de classificação, unificado, que considera fatores


essenciais para a garantia da estabilidade da estrutura, bem como a proposição de
requisitos mínimos para o projeto de barragens, proporciona um controle mais efetivo
sobre a gestão das barragens. Essa proposição vai de encontro às necessidades cada vez
maiores de controle e gestão da segurança de barragens, para que sejam evitados
acidentes de grande magnitude como os que têm ocorrido nos últimos anos.

4
1.3. OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO

Esse estudo objetiva, principalmente:

• Dar subsídios para a unificação do sistema de classificação de barragens de


rejeitos de mineração;
• Tornar o acesso as informações sobre classificação de barragens de rejeito mais
diretivo;
• Reduzir o conflito de informações equivocadas no cadastramento de barragens
nos órgãos fiscalizadores;
• Permitir uma maior efetividade no processo de controle da estabilidade das
estruturas e proteção da vida humana e do meio ambiente;
• Propor um escopo básico de projeto e estudos necessários para a garantia da
integridade para cada classe de barragem de rejeitos, sendo um referencial na
elaboração dos planos de emergência e de inspeções de barragens de rejeitos.

1.4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada na elaboração dessa Dissertação consistiu de uma ampla


revisão bibliográfica no que diz respeito aos conceitos associados a barragens de rejeito,
sondagens e ensaios e técnicas de disposição de rejeitos. Para contextualização do tema,
realizou-se um levantamento histórico das atividades minerárias no Brasil,
particularizando para o levantamento das jazidas e reservas em Minas Gerais e no
Quadrilátero Ferrífero, principalmente no que diz respeito ao minério de ferro,
baseando-se nos dados do Anuário Minerário Ambiental de 2010. A classificação de
barragens pelos órgãos fiscalizadores é baseada em Leis, Deliberações Normativas,
Resoluções e Portarias e, nesse caso, tem-se um capítulo que trata especificamente dos
requisitos associados a cada regulamentação, sendo complementado pelos critérios
utilizados pela FEAM e pelo DNPM, para o caso das barragens de rejeito. Na avaliação
do Relatório Anual de Lavra do DNPM de 2014 e do Banco de Declarações Ambientais
da FEAM do mesmo ano, percebe-se a disparidade em relação a quantificação e

5
classificação das estruturas de mineração no estado de Minas Gerais e, desta forma,
elaborou-se um comparativo detalhado de todos os itens a serem considerados para as
classificações. Após esse levantamento, foi possível verificar a existência de uma
grande divergência em relação as informações divulgadas por cada órgão, tendo sido
esse parâmetro, o foco da proposição de um novo sistema de classificação unificado
para as barragens de rejeito. Para essa nova metodologia, estudou-se as rupturas de
barragens de rejeito entre 1915 e 2014, de acordo com dados fornecidos pelo ICOLD
em 2014 e, desta forma, identificou-se a necessidade de inclusão de novos itens para
subsidiar a classificação das estruturas. Além desta inclusão, foi reavaliada a pontuação
de cada item, a periodicidade de revisão da classificação e a matriz de classificação. Por
fim, tem-se um estudo de caso de três barragens reais, onde foi avaliada a classificação
pelo sistema atual e pela nova metodologia unificada.

1.5. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

A presente Dissertação foi estruturada em 8 Capítulos e três Apêndices. O Capítulo 1


apresenta uma Introdução sobre o tema, as justificativas, objetivos e a organização do
trabalho. Já no Capítulo 2 considerou a descrição de um referencial teórico que aborda
todos os itens a serem considerados no sistema de classificação de barragens, como os
conceitos relacionados às barragens de rejeito e algumas das principais técnicas de
disposição de rejeitos, tais como os rejeitos lançados em reservatório com alteamentos
por montante, jusante e linha de centro. Também foram considerados os aterros
drenados e a disposição hidráulica, rejeitos desaguados e empilhados, rejeitos
espessados e em pasta, rejeitos acondicionados em tubos de geotêxtil e em diques de
solo reforçado. As técnicas de disposição de rejeitos consideraram rejeitos não
espessados, espessados e em pasta.

O Capítulo 3 traz uma contextualização histórica da mineração, levantando aspectos da


mineração no Brasil desde a colonização até os dias atuais. São apresentados dados da
produção mineral brasileira no cenário nacional e mundial e, em um segundo momento,
tem-se um breve descritivo da produção minerária no Quadrilátero Ferrífero.

6
Posteriormente, elaborou-se um panorama jurídico da mineração, apresentado no
Capítulo 4, com o levantamento de toda a legislação referente ao tema no que diz
respeito às Leis, Deliberações, Resoluções e Portarias. Esse levantamento é essencial
para o entendimento das regulamentações normativas que norteiam o sistema atual. No
Capítulo 5, tem-se um breve histórico da legislação referente aos sistemas de
classificação de barragens, no que diz respeito às atribuições de cada órgão perante os
requisitos estabelecidos para controle das estruturas

Os critérios atuais para classificação de barragens foram mapeados e comparados em


relação à normatização estabelecida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH), Departamento nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) e Conselho estadual de
Política Ambiental (COPAM). O Capítulo 6 apresenta essa comparação, identificando
os principais pontos considerados por cada órgão e estabelece uma proposta para uma
nova metodologia de classificação unificada de barragens. Também é proposta a
inserção de um escopo básico de projeto e estudos necessários para a garantia da
integridade das estruturas. Este capítulo é finalizado com um comparativo entre a nova
metodologia de classificação e o sistema atual, com o estudo de dados de três barragens
reais.

O Capítulo 7 trata das conclusões dos estudos e o Capítulo 8 apresenta as Referências


Bibliográficas utilizadas na elaboração do trabalho. A Dissertação ainda inclui os
Apêndices A, B e C com os dados completos das barragens cadastradas em cada órgão
mencionado.

7
2.0. REFERENCIAL TEÓRICO

As barragens são definidas como obstáculos artificiais com a capacidade de reter água,
rejeitos e detritos para fins de armazenamento ou controle. Essas estruturas podem
também ser diferenciadas em termos de tamanho e materiais empregados para sua
construção, sendo que estas variáveis são analisadas em função do tipo de finalidade
desejado.

Os principais tipos existentes de barragens são as de aterro, de concreto-gravidade e de


concreto em arco. As estruturas acessórias ou adicionais das barragens incluem
vertedouros, estruturas de descarga, casas de força elétrica, filtros, unidades de controle,
instrumentos para monitoramento e afins. O termo barragem provém etimologicamente
da palavra francesa “barrage”, originária no século XII, que deriva das palavras
“barre”, do francês, e “barra”, do latim vulgar, que significam "travessa, tranca de
fechar porta".

2.1. BARRAGENS DE REJEITO

O planejamento para a construção de uma barragem inicia-se com escolha do local para
a implantação, etapa em que se deve avaliar as variáveis que afetam diretamente a
estabilidade da estrutura, tais como características geológicas, hidrológicas, geotécnicas,
topográficas, ambientais, sociais, dentre outras. Esse planejamento deve incluir
programas de ensaio de campo e em laboratório de solos, rochas e rejeitos do processo
do tratamento de minérios para análise das propriedades físicas e mecânicas, além da
análise das características das águas subterrâneas e do fluxo de água superficial.

Os processos de beneficiamento de minério geram uma quantidade elevada de rejeitos,


sendo que a disposição está vinculada ao tipo de tratamento de minério adotado e às
propriedades do material produzido. Os processos de beneficiamento do mineral aos
quais a rocha é submetida afetam a distribuição granulométrica e a forma das partículas
no rejeito gerado (TRONCOSO, 1997). Os rejeitos granulares de partículas esféricas e
arredondadas possuem ângulo de atrito menor do que os de partículas angulares, o que
afeta diretamente a resistência ao cisalhamento do material.

8
As barragens de rejeitos são estruturas construídas com a finalidade de conter sólidos e
água proveniente das etapas de beneficiamento de minério, que são produzidos a partir
de processos mecânicos e químicos para separação do mineral bruto, de valor
econômico agregado, das estruturas rochosas. O tipo de mineral e o tratamento
empregado durante as etapas de beneficiamento alteram significativamente as
propriedades do rejeito, podendo estes ser finos ou granulares. Os rejeitos finos, de
classificação granulométrica na faixa dos siltes e argilas, são geralmente depositados
sob a forma de lama (polpa), em barragens, por apresentar elevado percentual de
partículas em suspensão. Este tipo de material apresenta alta plasticidade e
compressibilidade, o que torna a sedimentação um processo bem lento. Já os rejeitos
granulares, que apresentam alta permeabilidade e resistência ao cisalhamento, são
depositados em pilhas.

As características dos rejeitos variam de acordo com o tipo de material e de seu


tratamento durante o processo de beneficiamento, podendo ser finos, compostos por
siltes e argilas, e depositados sob a forma de lama, ou formados por materiais não
plásticos (areias) que apresentam granulometria mais grossa e são denominados rejeitos
granulares (Espósito, 2000).

De acordo com Chammas (1989), os rejeitos em polpa passam por três fases até o
adensamento, sendo:

• Fase I – Comportamento de lâmina líquida, com floculação das partículas de


menor tamanho;
• Fase II – Em processo de sedimentação, apresentando comportamento
semilíquido e semi-viscoso;
• Fase III – Em processo de adensamento, comportando-se como um solo.

Vale ressaltar que o rejeito não é propriamente um tipo de solo mas, para fins
geotécnicos, o seu comportamento é considerado similar a de um solo fino de
granulometria abaixo de 0,074mm, de alta plasticidade, com características de baixa
resistência ao cisalhamento.

9
Fahey et al. (2002) consideram que a mineralogia da fração argilosa pode ter uma
importante influência no comportamento de rejeitos, alterando significativamente a taxa
de sedimentação, compressibilidade e permeabilidade das camadas.

Para materiais de densidade muito baixa, é possível que a sedimentação e o


adensamento ocorram simultaneamente no momento em que os resíduos são lançados
no reservatório. Ao analisar o comportamento da mistura líquido-sólido, a ocorrência
das tensões efetivas é primordial na identificação das fases de sedimentação e
adensamento. Quando não há contato entre os grãos, o comportamento do material é
governado pela teoria da sedimentação, enquanto a teoria do adensamento é aplicável
quando há a ocorrência de tensões efetivas entre partículas sólidas (McROBERTS &
NIXON, 1976).

Espera-se que o coeficiente de permeabilidade de rejeitos varie, geralmente, entre os


valores 10-3 e 10-4 m/s, para rejeitos arenosos, até 10-11 m/s, para rejeitos argilosos finos
e bem consolidados (BHERING, 2006). Os rejeitos granulares e os rejeitos finos são
mais compressíveis que os solos naturais de granulometria equivalente, sendo que, para
rejeitos arenosos o valor do índice de compressibilidade Cc varia entre 0.05 a 0.1,
enquanto para a maioria de lamas de baixa plasticidade este valor situa-se entre 0.2 a
0.3. O coeficiente de adensamento Cv para depósitos de rejeitos arenosos geralmente
varia entre 0.5 cm²/s a 100 cm²/s, enquanto que para lamas varia entre 10-4 cm²/s a 10-2
cm²/s.

2.2. SONDAGENS E ENSAIOS

Segundo Bastos (1988), a utilização dos métodos apropriados de caracterização dos


materiais utilizados nas barragens de rejeito, aliados à sua competente execução, são
fatores primordiais na qualidade do reconhecimento geotécnico, permitindo aos
diferentes especialistas a adoção de alternativas e critérios de cálculo mais assertivos.
Para que estes métodos cumpram os seus desígnios é fundamental que sejam executados
e orientados por geólogos, engenheiros, geotécnicos, geofísicos e técnicos, competentes
e experientes, que possam garantir a qualidade do trabalho efetuado.

10
O Manual de Sondagem (ABGE, 1999), define que os métodos de prospecção
geotécnica são classificados em indiretos, semi-diretos e diretos. Os métodos indiretos
são aqueles onde a determinação das camadas dos solos é feita indiretamente pela
medida de características físicas do material, sem a necessidade de escavação, sendo
também denominados de métodos geofísicos. Esse tipo de metodologia não admite
amostragem, sendo os índices obtidos correlacionados através da resistividade elétrica,
métodos sísmicos e eletromagnéticos.

Já os métodos semi-diretos fornecem informações sobre as características do terreno,


sem possibilitarem a coleta de amostras ou informações sobre a natureza do solo. Nesta
classificação incluem-se os ensaios “in situ”, tais como ensaio de palheta, Vane Test e
CPT, CPTU, ensaios pressiométricos e dilatométricos. Os métodos diretos consistem
em um conjunto de operações destinadas a observar diretamente o solo ou ao longo de
uma perfuração, podendo ser:

• Manuais: poços, trincheiras e trados


• Mecânicos: sondagens a percussão, rotativas e mistas

Em termos gerais, as atividades de sondagem representam cerca de 1% do valor total da


obra e tem uma função essencial no estabelecimento das melhores técnicas construtivas
e das condições de operação de uma determinada estrutura ao longo do tempo. A
ausência de sondagem ou a má interpretação dos dados pode resultar em projetos
inadequados, o que acarreta aumento de custos, patologias construtivas em função do
dimensionamento estrutural insuficiente ou insatisfatório e, até mesmo,
desencadeamento de situações adversas em relação a segurança de barragens.

A qualidade de uma amostra coletada através das sondagens, ou da abertura de poços de


inspeção, é um dos fatores que interferem diretamente na caracterização do material.
Uma amostragem mal executada leva fatalmente à resultados tendenciosos, e a
quantidade e qualidade dos ensaios de laboratório podem ficar comprometidos. As
amostras obtidas podem ser de dois tipos: amostras deformadas e indeformadas.

11
Os ensaios de campo e de laboratório objetivam a caracterização do material coletado,
em termos das suas características físicas, químicas e de resistência, sendo fundamentais
para a elaboração de projetos e para acompanhamento da integridade das estruturas.

2.2.1. Tipos de sondagem

As sondagens e poços de inspeção consistem em perfurações realizadas para


determinação das espessuras, profundidades, características, estruturas e índices de
resistência das camadas de solos, rejeitos e rochas de interesse, além da determinação
do lençol freático. As sondagens são realizadas através de quatro métodos de perfuração
distintos ou ainda pela combinação dos métodos: trado, percussão, mista ou rotativa.
Durante a execução da sondagem são feitas as determinações do nível d´água,
registrando-se a sua cota e/ou a pressão que se encontra em campo.

A sondagem a trado é um método de investigação geológico-geotécnica que utiliza


como instrumento o trado, com o amostrador constituído por lâminas cortantes, que
podem ser helicoidais ou convexas (trado cavadeira). A finalidade da utilização deste
tipo de sondagem é a coleta de amostras deformadas, determinação do nível d’água e
identificação dos horizontes do terreno. A norma regulamentadora de Sondagem a
Trado é a NBR 9603:1986, complementada pelas normas 6502:1995 e 6484:2001.

A sondagem a percussão tem o objetivo de determinar os tipos de camada e suas


profundidades de ocorrência, bem como os índices de resistência à penetração e a
posição do nível d’água. Sua norma regulamentadora é a NBR 6484:2001,
complementada pelas normas 6502:1995, NBR 7181:1984 e NBR 8036:1983.

A sondagem rotativa é um método que consiste no uso de um conjunto moto-


mecanizado, com a finalidade de obter amostras de materiais rochosos e /ou
consolidados, contínuas e com formato cilíndrico, através da ação perfurante por forças
de penetração e rotação que, conjugadas, atuam com poder cortante. É usada quando
não é possível a avaliação do material através das sondagens a trado ou percussão. A
norma regulamentadora é a NBR 6484:2001, complementada pelas normas 6502:1995 e
NBR 8036:1983.

12
A sondagem mista é a união da sondagem à percussão com a sondagem rotativa.
Permite a caracterização das camadas de material pelo método SPT, e perfuração
testemunhada do maciço rochoso e/ou consolidado.

2.2.2. Coleta de amostras

A amostra deformada é uma porção desagregada, que deve ser representativa do


material que está sendo investigado, quanto à textura, composição granulométrica e
mineral. Ela poderá ser obtida quando superficial através de ferramentas simples como
pás, enxadas e picaretas. Para profundidades maiores haverá necessidade de ferramentas
especiais como trados ou um amostrador de parede grossa. A amostra deformada é
usada nos ensaios de caracterização – granulometria, limites de consistência e massa
específica dos sólidos –, na identificação tátil-visual, no ensaio de compactação e na
preparação de corpos de prova para ensaios de permeabilidade, compressibilidade e
resistência ao cisalhamento.

A amostra indeformada difere da amostra deformada por manter sua estrutura original.
Ela é submetida ao mínimo de perturbação possível, sendo geralmente de forma cúbica
ou cilíndrica, conservando tanto as composições granulométrica e mineral do material,
quanto o teor de umidade e a estrutura. A coleta é feita pela cravação, e posterior
retirada, de um cilindro metálico no material, ou pela escultura de uma forma
prismática, como o cubo, executada no local de amostragem. Após a retirada do bloco,
aplica-se uma fina camada de parafina, recobrindo-o com um tecido poroso como tela e
estopa, e em seguida aplica-se uma nova camada de parafina. Essas operações tem o
objetivo de preservar a umidade e a estrutura do bloco. Os blocos devem ser
devidamente identificados e colocados em caixas contendo serragem para serem
enviados para o laboratório, onde devem ser mantidos em câmara úmida até a
utilização. Esse tipo de amostra é utilizada na execução de ensaios para determinar às
características do material “in situ”, como os índices físicos, o coeficiente de
permeabilidade, os parâmetros de resistência ao cisalhamento e compressibilidade.

13
2.2.3. Ensaios de Campo

Os principais ensaios realizados em campo para a caracterização de rejeitos,


principalmente os depositados em reservatórios de barragens, são o CPTu e o Vane test.

O ensaio CPTu consiste na cravação do piezocone a velocidade constante de 2 cm/s, por


meio de penetrômetro hidráulico e hastes metálicas padronizadas. Durante a cravação, a
cada centímetro, são efetuadas leituras da Resistência de ponta (qc), Resistência ao
atrito lateral (fs) e Pressões Neutras (u2). As sobrepressões neutras são lidas através de
elemento poroso situado na base do cone, saturado com o auxílio de bomba a vácuo e
óleo de silicone e durante o ensaio podem ser realizados ensaios de dissipação da
pressão neutra. Além dos dados lidos em tempo real durante o ensaio (qc, fs e u),
podem-se obter através de correlações as propriedades referentes a estratigrafia, perfil
geotécnico, coeficiente de adensamento (Ch e Cv), densidade relativa (Dr), resistência
não drenada (Su), ângulo de atrito efetivo de areias (Ø), história de tensões (tensão de
pré-adensamento, OCR) e coeficiente de permeabilidade (K).

O ensaio de Palheta (Vane Test) é tradicionalmente empregado na determinação da


resistência ao cisalhamento de argilas moles saturadas, submetidas à condição de
carregamento não drenado (Su), sendo padronizado pela NBR 10905:1989 e ASTM
D2573-08. O ensaio consiste na cravação estática de palheta de aço, com seção
transversal em formato de cruz, de dimensões padronizadas, inserida até a posição
desejada para a execução do teste. A ponteira é cravada, utilizando o sistema duplo de
hastes, para eliminar qualquer atrito da haste da palheta de teste com o solo e,
consequentemente, as interferências nas medidas de resistência. Uma vez posicionada,
aplica torque à ponteira por meio de unidade de medição, com velocidade de 6
graus/minuto. O torque máximo permite a obtenção do valor de resistência não drenada
do terreno, nas condições de solo natural indeformado. Posteriormente, para obtenção
da resistência não-drenada, representativa de uma condição pós-amolgamento da argila,
gira-se a palheta rapidamente por 10 voltas consecutivas, obtendo-se a resistência não
drenada do terreno nas condições de solo “amolgado”, permitindo avaliar a
sensibilidade da estrutura de formação natural do depósito argiloso. Através dos ensaios
de palheta (Vane Test), podem-se obter gráficos de torque em função da rotação,

14
resistência não drenada nas condições naturais (Su), resistência não drenada nas
condições amolgadas e sensibilidade da estrutura da argila.

2.2.4. Ensaios de Laboratório

Os principais ensaios realizados em laboratório para a caracterização de solo e rejeitos


são os ensaios de índices físicos, granulometria, limites de Atterbeg, compactação,
adensamento e compressão triaxial.

Os índices físicos são definidos como grandezas que expressam as proporções entre
pesos e volumes em que ocorrem as três fases presentes numa estrutura do material,
possibilitando a determinação das propriedades físicas para controle de amostras a
serem ensaiadas. A granulometria objetiva definir os tamanhos dos grãos,
percentualmente, em relação a amostra total, sendo um ensaio bem representativo para a
caracterização e podendo ser realizada por peneiramento ou por sedimentação.

Os limites de consistência foram definidos pelo engenheiro químico sueco Albert


Atterberg que através de pesquisas concluiu que os materiais finos apresentam variações
de estado de consistência em função do teor de umidade. Mais tarde Arthur Casagrande,
padronizou o ensaio, e, segundo a NBR 7250:1982, a plasticidade é a propriedade de
solos finos, entre largos limites de umidade, de se submeterem as grandes deformações
permanentes, sem sofrer ruptura, fissuramento ou variação de volume apreciável. Os
teores de umidade correspondentes às mudanças de estado são definidos como: Limite
de Liquidez (LL) e limite de Plasticidade (LP). A diferença entre estes dois limites, que
indica a faixa de valores em que o material se apresenta plástico, é definida como o
índice de Plasticidade (IP).

O ensaio de compactação é um processo no qual objetiva-se melhorar as propriedades


do material garantindo certa homogeneidade e ocorrendo a eliminação do ar. Em 1930,
o engenheiro Ralph Proctor publicou um artigo com o novo método de construção de
barragens de terra compactadas que estava sendo utilizado na Califórnia. Neste artigo
apresentou-se que a densidade com que um material é compactado, sob uma
determinada energia de compactação, depende do teor de umidade no momento de

15
compactação. Proctor verificou que na mistura com maiores quantidades de água,
quando compactada, o peso específico era maior em função da água atuar como
lubrificante, aproximando as partículas, permitindo melhor entrosamento e, por fim,
ocasionando a redução do volume de vazios. Num determinado ponto, atingia-se um
peso específico máximo, a partir do qual, ainda que se adicionasse mais água, o volume
de vazios passava a aumentar. A explicação desse fato reside em que quantidades
adicionais de água, após o ponto citado, ao invés de facilitarem a aproximação dos
grãos, fazem com estes se afastem, aumentando novamente o volume de vazios e
causando o decréscimo dos pesos específicos correspondentes. O ensaio de
compactação é padronizado pela NBR 7182:1986.

O ensaio de compressão triaxial é um ensaio de resistência realizado em corpos de


prova talhados diretamente de amostras indeformadas e consiste na aplicação de um
estado hidrostático de tensões e de um carregamento axial sobre um corpo de prova
cilíndrico. Para isto, o corpo de prova é colocado dentro de uma câmara de ensaio e
envolto por uma membrana de borracha. A câmara é cheia de água, à qual se aplica uma
pressão, que é chamada pressão confinante ou pressão de confinamento do ensaio. A
pressão confinante atua em todas as direções, inclusive na direção vertical, ficando o
corpo de prova fica sob um estado hidrostático de tensões.

O carregamento axial é feito por meio da aplicação de forças no pistão que penetra na
câmara, caso em que o ensaio é chamado de ensaio de deformação controlada. A carga é
medida por meio de um anel dinamométrico externo, ou por uma célula de carga
intercalada no pistão. Este procedimento tem a vantagem de medir a carga efetivamente
aplicada ao corpo de prova, eliminando o efeito do atrito do pistão na passagem para a
câmara. Durante o carregamento, medem-se, a diversos intervalos de tempo, o
acréscimo de tensão axial que está atuando e a deformação vertical do corpo de prova.
Esta deformação vertical é dividida pela altura inicial do corpo de prova, dando origem
à deformação vertical específica, em função da qual se expressam as tensões
desviadoras, bem como podem ser plotadas com as variações de volume ou de pressão
neutra.

Em função da possibilidade de se controlar a drenagem dos corpos de prova, o estado de


tensões que atua no solo pode ser determinado tanto em termos de tensões totais (TTT)

16
como em tensões de tensões efetivas (TTE). Da mesma forma, pode-se obter as
envoltórias de resistência considerando-se as tensões principais σ1 e σ3 e a pressão
neutra, u, num determinado tipo de material. Sendo assim, é possível obter medidas dos
parâmetros de resistência referentes a coesão e ao ângulo de atrito do material. Os
ensaios triaxiais podem ser do tipo CD ou S (lento, com consolidação e drenagem), CU
ou R (rápido, com consolidação e sem drenagem) e UU ou Q (imediato, sem
consolidação e sem drenagem).

2.3. TÉCNICAS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS

O presente item destina-se a apresentar revisão bibliográfica das principais formas de


disposição de rejeitos praticadas atualmente, nacional e internacionalmente, que devem
ser avaliadas de acordo com as particularidades e características dos diferentes tipos de
empreendimentos. Em função das exigências dos órgãos fiscalizadores e a preocupação
cada vez maior das mineradoras em relação a segurança de barragens, existe um
consenso na busca de minimizar os impactos ambientais e os custos das formas de
disposição de rejeitos. A escolha do melhor método construtivo deve ser atrelada a
análises criteriosas de caracterização tecnológica dos rejeitos, como ensaios de
laboratórios e metodologias de investigação de campo.

Os rejeitos podem ser classificados conforme o teor de sólidos, e consequente


percentual de água, que apresentam no momento em que é disponibilizado pela Usina,
sendo:

O Rejeitos não espessados (polpa);


O Rejeitos espessados;
O Rejeitos filtrados;
O Rejeitos em pasta.

Com relação à metodologia para disposição destes rejeitos, podemos classificá-las


como:
O Lançamento em reservatório;
O Aterro drenado – Disposição Hidráulica;

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O Rejeitos desaguados e empilhados;
O Rejeitos espessados e em pasta;
O Rejeitos acondicionados em tubos de Geotêxtil de Alta Resistência;
O Rejeitos acondicionados em diques em solo reforçado.

Vale ressaltar que as metodologias descritas são baseadas em um conceito genérico e


podem ser combinadas entre si para a obtenção de sistemas de disposição mais
eficientes e que atendam algum requisito específico de projeto.

2.3.1. Rejeitos lançados em reservatório

Os reservatórios de rejeitos consistem em estruturas de retenção com a função de barrar


o material represado, impedindo que ocorram danos com movimentações horizontais e
verticais em função do empuxo e dos recalques e adensamentos. Para a execução destes
barramentos de rejeitos são construídos diques, normalmente alteados com material
natural de empréstimo com características residuais ou coluvionares. Há também a
possibilidade de se utilizar saprolitos ou estéreis de cavas ou até mesmo o próprio
rejeito para a construção destes barramentos, desde que estes possuam propriedades
geotécnicas para tal.

Usualmente, constrói-se um dique de partida com dimensões maiores, que é utilizado


para represar uma quantidade maior de rejeitos da usina, sendo realizados alteamentos
subsequentes para incrementar essa capacidade do reservatório. Os diques podem
assumir várias formas e configurações, com suas características próprias, requerimentos,
vantagens e desvantagens. Sendo assim, para os alteamentos dos diques,
independentemente do material usado em sua construção, tem-se, geralmente, três
métodos ou classes de alteamento: alteamento de montante, alteamento de jusante e
alteamento em linha de centro.

18
2.3.1.1. Alteamento por Montante

Para o alteamento pelo método por montante (e por linha de centro também), é
necessário que o reservatório não seja formado apenas por água, mas por uma parcela
de material sólido nas proximidades do talude de montante, sendo nesse caso, o próprio
rejeito segregado. Desta forma, espera-se que o rejeito grosso, de maior densidade, fique
depositado próximo à barragem, enquanto a água e a lama (rejeito fino) migram para o
fundo do reservatório.

Inicialmente, constrói-se um dique de partida e os rejeitos são dispostos perifericamente


através da crista para formar a praia de rejeitos. Desta forma, a praia torna-se a fundação
para um segundo dique perimetral, sendo o processo repetido até que se atinja a altura
requerida em projeto. A Figura 2.1 apresenta um desenho esquemático do processo de
alteamento a montante do reservatório.

Figura 2.1 – Disposição pelo método por montante


Fonte: Adaptado de Vick, 1983

19
Como regra geral, é esperado que se tenha pelo menos 40 – 60% de fração arenosa no
rejeito depositado nas praias. As grandes vantagens desse método são os custos
reduzidos e a simplicidade de execução, já que a construção dos diques é simples, o
volume de material movimentado é mínimo e a manutenção é realizada com poucos
equipamentos e funcionários. As desvantagens são em função da necessidade em haver
um controle apurado da superfície freática e das condições que possam levar a uma
possível liquefação, tornando a praia um sistema de propriedades viscosas e propensa a
ruptura. A liquefação neste tipo de reservatório é geralmente ocasionada por sismos e
pela vibração de equipamentos, ou pelo incremento da pressão neutra.
A inclinação das praias é, geralmente, da ordem de 1% e, sendo assim, os diques
construídos pelo método por montante não são adequados quando se deseja uma
acumulação de água considerável, pois não há altura suficiente para uma grande
retenção de água. Além disso, Mittal e Morgenstern (1976) sugerem que deve haver um
controle da velocidade de alteamento dos diques, pois o rejeito do reservatório pode
criar excesso de poropressão nas zonas constituídas por lama em função da lentidão no
processo de adensamento do material. O excesso de poropressão é observado quando a
taxa de crescimento do reservatório gira em torno de 4,5 a 9 metros por ano.

2.3.1.2. Alteamento por Jusante

Uma barragem alteada pelo método por jusante inicia-se com um dique de partida
seguido de sucessivos alteamentos a jusante deste dique inicial, sendo esse tipo de
alteamento utilizado, geralmente, para barragens convencionais em aterro compactado.
Este tipo de alteamento preserva a geometria inicial do maciço, sendo uma alternativa
mais segura, do ponto de vista geotécnico, quando comparada com o alteamento por
montante. Essa segurança deve-se ao fato de que o aterro não estará assente sobre o
material presente no reservatório (rejeitos), o qual é geralmente formado por material
com baixa capacidade de suporte. Entretanto, o volume de aterro envolvido no
alteamento é superior aos utilizados em outras formas de alteamento, quando
comparados para se obter uma mesma cota final de reservação.

Em aspectos gerais, o método por jusante é utilizado quando há a necessidade de


armazenar grandes volumes de água. Ao contrário do método por montante, este é um

20
método onde a possibilidade de liquefação é reduzida, podendo ser utilizado em zonas
sísmicas e utilizar equipamentos vibratórios para a compactação dos materiais. Além
disso, a taxa de crescimento dos diques é irrestrita, pois a estrutura dos mesmos é
independente do rejeito depositado, ou seja, cada dique se apoia no dique anterior e no
terreno natural. A Figura 2.2 apresenta um desenho esquemático do processo de
alteamento a jusante do reservatório.

Figura 2.2 – Disposição pelo método por jusante


Fonte: Adaptado de Vick, 1983

A maior desvantagem do método por jusante é o elevado custo relacionado aos grandes
volumes requeridos para a execução do maciço. Deve-se estimar o volume de material
de empréstimo existente no local e observar que o volume necessário para altear os
diques cresce de forma exponencial. Desta forma, é necessário ter um balanço de
massas apurado para que o material de empréstimo seja suficiente durante toda a vida
do crescimento do maciço.

21
2.3.1.3. Alteamento por Linha de Centro

O método de alteamento por linha de centro se inicia com um dique de partida e a praia
é formada a partir do lançamento de material através da crista. Os diques subsequentes
são alteados utilizando parte do reservatório de rejeitos, a crista do dique anterior e o
terreno natural. Dessa maneira, o método por linha de centro compartilha algumas das
vantagens e desvantagens existentes nos demais métodos, por ser um misto do
alteamento de montante e de jusante. A Figura 2.3 apresenta um desenho esquemático
do processo de alteamento em linha de centro.

Figura 2.3 – Disposição pelo método por linha de centro


Fonte: Adaptado de Vick, 1983

O método por linha de centro não é recomendado quando se deseja reservar uma
quantidade alta de água, visto que, como no método por montante, os diques se apoiam
no rejeito e o elevado volume de água pode afetar a estabilidade do maciço.

22
Usualmente, este tipo de solicitação é ajustada com a execução de um sistema de
drenagem adequado, e com um sistema de instrumentação suficiente, que permita
verificar as condições de estabilidade do maciço. Desta forma, com a saturação
controlada pela drenagem interna e com a execução de um maciço com referência as
técnicas recomendáveis de compactação, o método por linha de centro possui elevada
resistência à sismos. No entanto, deve-se atentar para aos efeitos da liquefação,
normalmente ocorridos na parte mais próxima à região a montante do dique devido à
segregação do material, o que faz com que a fração arenosa predomine nas
proximidades do maciço.

A Tabela 2.1 apresenta uma comparação entre os métodos descritos anteriormente,


baseando-se nas principais características dos alteamentos.

Apresentados os métodos de alteamento, tem-se outro fator primordial relacionado a


disposição de rejeitos em reservatório, que é a escolha do ponto de disposição dos
rejeitos, que se dá em função da:

• Posição da planta de beneficiamento;


• Quantidade de água que é possível recuperar dos rejeitos;
• Tipo de alteamento a ser adotado.

Para as três formas de alteamento descritas anteriormente, é possível acumular água


para recirculação da usina de beneficiamento, resguardando-se a variação nos volumes
que podem ser obtidos em função do método escolhido. Desta forma, os outros dois
fatores serão sempre os determinantes para a escolha da melhor alternativa a ser
utilizada.

Se o barramento for próximo da usina de beneficiamento e o volume requerido para a


construção do maciço é elevado, as opções de alteamento da barragem por montante ou
por linha de centro podem ser mais atrativas, pois o rejeito pode ser bombeado para o
local e assim, formar a barragem. No entanto, elas apresentam restrição geotécnica com
relação a segurança e a balsa para captação de água para recirculação estará distante do
barramento, consequentemente, mais distante da usina.

23
Tabela 2.1 – Aspectos referentes à metodologia construtiva de barragens
(Adaptado de Vick, 1983)
Barragem construída em etapas
Barragem única
Características
(retenção de água) Alteamento por Alteamento Alteamento por linha
montante por jusante de centro

O rejeito total deve


Adequado para apresentar mínimo 60% Adequado
Propriedades do Areias ou lamas com
qualquer tipo de de areia. Baixo teor de para qualquer
rejeito lançado baixa plasticidade
rejeito sólidos para segregação tipo de rejeito
granulométrica

Adequado para Disposição periférica a


Disposição periférica, com Varia
qualquer partir do comprimento
Disposição requerida necessidade de controlar a conforme o
procedimento de mínimo de praia
formação da praia projeto
disposição requerido

Não recomendada para


Não adequado para estocar estocagem permanente,
Retenção e acúmulo
Adequado volumes significativos de Adequado pode ser projetada para
de água
água estocagem e inundação
temporária

Baixa em áreas de alta


Resistência a sismos Adequada Adequado Aceitável
sismicidade

Desejável que seja de 4,5 a Restrições de altura


Restrições quanto à 9,0 m por ano. Acima de podem ser aplicáveis
Não aplicável Não há
taxa de alteamento 15 m por ano pode ser para alteamentos
perigoso individuais

Solo natural,
Requisitos para Solo natural de Solo natural, rejeito
Solo natural, rejeito rejeito arenoso
preenchimento do jazida de arenoso e estéril
arenoso e estéril rochoso e estéril
maciço empréstimo rochoso
rochoso

Custo relativo do
Alto Baixo Alto Moderado
maciço

Uso de núcleo
Possível
argiloso de baixa Possível Não é possível Possível (central)
(inclinado)
permeabilidade

24
Se o barramento for próximo da usina de beneficiamento e o volume requerido para a
construção do maciço é elevado, as opções de alteamento da barragem por montante ou
por linha de centro podem ser mais atrativas, pois o rejeito pode ser bombeado para o
local e assim, formar a barragem. No entanto, elas apresentam restrição geotécnica com
relação a segurança e a balsa para captação de água para recirculação estará distante do
barramento, consequentemente, mais distante da usina.

Por outro lado, se o barramento for mais distante da usina de beneficiamento, pode-se
dispor o rejeito na porção do reservatório mais afastada ao barramento, podendo ser, em
função da topografia, por bombeamento ou por gravidade. Com isso, a água irá
acumular próxima ao maciço (barramento), onde deverá ser instalada a bomba para
captação de água para a usina.

2.3.2. Aterro drenado – Disposição Hidráulica

O aterro hidráulico é utilizado quando os rejeitos são ciclonados para produzir frações
de areia separadas da lama. Em função da baixa permeabilidade, a lama é disposta e
geralmente armazenada em uma superfície plana da mina. As frações granulares são
bombeadas hidraulicamente e misturadas com aglomerantes, quando necessário. Com a
consolidação da areia, o excesso de água é expulso, ou filtrado e drenado.

Durante o processo de ciclonagem, as partículas mais finas, em suspensão diluída, são


denominadas “overflow” e tendem a ocupar a parte superior do equipamento, fazendo
com que o rejeito granular, em suspensão concentrada e denominado “underflow”,
ocupe a parte inferior, como pode ser visto na Figura 2.4.

Para esta técnica, é necessária a construção de um dreno de fundo em toda a extensão do


reservatório, o qual irá receber a água percolada pelo rejeito lançado, que será
conectado com o dreno de fundo do dique de partida e, assim, liberada para a drenagem
natural. Já a drenagem superficial é feita na forma de canaletas de berma e descidas
d´água, mas somente após o talude de jusante estar na configuração final. Além disso, é
necessário a construção de uma estrutura de contenção na base da pilha para ser um

25
dispositivo de segurança e um “startup” (aterro compactado convencional – com filtro),
com disposição a montante de rejeito com características possíveis de empilhamento.

Figura 2.4 – Esquema de um hidrociclone para separação de rejeitos

O material “underflow”, por apresentar um melhor comportamento geotécnico em


termos de resistência ao cisalhamento e permeabilidade é, comumente, lançado próximo
a crista da barragem, de forma a ser aproveitado como material de contenção.

O aterro drenado configura-se como um maciço permeável, construído com rejeitos


granulares e, portanto, de boa drenabilidade. Desta forma, obtêm-se maciços não
saturados com uma maior estabilidade. Em caso de rupturas, o empilhamento drenado
apresenta um menor potencial de dano, pois como o rejeito se encontra drenado, a
massa carreada não atingirá grandes distâncias. Além disso, obtêm-se condições mais
seguras para os alteamentos para montante, pois o rejeito lançado (fundação para os

26
alteamentos) apresenta boa drenabilidade e, portanto, o adensamento ocorre de maneira
rápida, havendo um ganho de resistência condicionado a construção dos alteamentos.

O aterro drenado é uma forma adequada e apropriada de disposição para barragens em


encosta ou em vales abertos, que demandam grande volume de material para a sua
composição, porém dependerá muito do tipo de rejeito que será gerado, pois se exige
que a granulometria do rejeito seja grossa e uniforme, ou seja, menores quantidades de
finos são requeridos.

2.3.3. Rejeitos desaguados e empilhados

O empilhamento drenado, ou aterro hidráulico, é uma forma de disposição similar ao


alteamento de uma barragem pelo método de montante, porém, o material que compõe o
dique de alteamento é o próprio rejeito. Este tipo de disposição é indicada quando o
rejeito possui granulometria arenosa ou quando na própria usina de beneficiamento se
faz a separação do rejeito em lama (fino) do rejeito (grosso), e os rejeitos são dispostos
em locais diferentes, ou seja, o rejeito fino é lançado para uma barragem convencional,
por exemplo, e o rejeito grosso é utilizado para a formação da pilha drenada de rejeitos.
Caso o rejeito ao ser lançado no reservatório apresente segregação, também pode
facilitar este tipo de aplicação.

Os rejeitos empilhados à seco são rejeitos que foram desaguados a ponto de não serem
considerados mais saturados. Dessa maneira a técnica envolve outros métodos de
análise, pois se trata de um material que pode desenvolver poropressões negativas
(sucção) e comportamentos diferentes do que os rejeitos saturados. Além disso, os
métodos de transporte são alternativos (correia ou caminhão) e se é necessário um
sistema de filtragem.

O desaguamento de rejeitos produz um rejeito com partes saturadas e partes não


saturadas que não podem ser transportadas por dutos em função da sua baixa umidade.
Estes rejeitos filtrados são transportados por caminhões, depositados, espalhados e
compactados para formar um depósito de rejeitos não saturados (DAVIES e RICE.

27
2001). Este tipo de disposição produz um depósito estável, que geralmente não requer
contenção.

O teor de umidade típico (menor que 20%) é obtido através da combinação das pressões
em seções verticais e horizontais de empilhamento e sistemas de filtração à vácuo
(Martin et al. 2002). Em geral, se define uma umidade-alvo para as pilhas à seco como a
máxima seca do Proctor Normal e nestas condições o grau de saturação varia em torno
de 60% a 80%.

Os rejeitos, geralmente, são filtrados a partir de um sistema de pressão ou à vácuo, onde


se deve analisar a sua granulometria e mineralogia. Em particular, altas porcentagens de
partículas passantes pela peneira de #200 e minerais argilosos oleosos, como os
betuminosos, criam dificuldades na filtragem.

A maior questão associada à disposição dos rejeitos filtrados está relacionada ao


transporte e compactação. A filtragem produz um rejeito geralmente acima da umidade
ótima para compactação. Isto significa que deve haver um cuidado para se não
compactar rejeitos “borrachudos”, ou seja, deve haver um controle de campo de
compactação. Caso a mina tenha problemas com abalos sísmicos, uso de explosivos,
deve-se utilizar um maior grau de compactação na pilha. Como não é um rejeito que
está saturado, possui menos problemas com o desenvolvimento de pressões neutras e
liquefação.

O empilhamento seco também é mais fácil de fechar e reabilitar o local de disposição,


visto que requer um menor esforço menor em comparação com outras opções de
armazenamento de rejeitos, podendo ser utilizado em ambientes agressivos (por
exemplo, terreno ondulado e íngreme) e gerar melhor imagem ambiental (DAVIES e
RICE. 2001). Taxas mais elevadas de alteamento podem ser alcançadas devido ao alto
estado de adensamento dos rejeitos dispostos quando comparado com disposição
convencional.

O empilhamento a seco pode ser usado em áreas onde a reservação da água é crítica e
toda a água não reaproveitada pode comprometer o desempenho da planta. É adequado
para áreas de alta atividade sísmica e a reabilitação progressiva da área é possível,

28
diluindo o custo da desativação ao longo de um período maior quando comparado com
instalações de armazenamento convencionais. O empilhamento seco também é mais
fácil de fechar e reabilitar, requerendo um esforço menor em comparação com outras
opções de armazenamento de rejeitos, podendo ser utilizado em ambientes agressivos
(por exemplo, terreno ondulado e íngreme) e gerar melhor imagem ambiental (DAVIES
e RICE. 2001).

Os altos custos operacionais associados à modernas tecnologias de filtração (energia,


manutenção) são um ponto desfavorável ao uso desta tecnologia. O empilhamento a
seco só é realmente indicado para as operações de baixa frequência (atualmente em
torno de 20.000 TPD – toneladas por dia), devido aos custos de equipamentos e gestão
operacional de uma grande planta de filtração. Também são necessários sistemas de
desvio a montante para evitar a inundação da instalação do empilhamento e o
gerenciamento da superfície de drenagem para evitar acumulação de água e facilitar sua
remoção (precipitação de chuva), evitando a formação de lagos e erosão da pilha através
de canais de escoamento superficial. Nesta tecnologia, não há nenhuma opção para
armazenar a água dentro de uma instalação do empilhamento.

2.3.4. Rejeitos espessados e em pasta

Os métodos de disposição abrangidos neste tópico se diferenciam basicamente em


relação ao teor de sólidos que existe em cada metodologia. A Tabela 2.2 apresenta as
diferenças entre o teor de sólidos esperado para cada um destes materiais, comparando
com o teor de sólidos de rejeitos em polpa.

Tabela 2.2 –Tipos de disposição de rejeitos em função do teor de sólidos


Tipo de Rejeito Teor de sólidos (%)
Polpa 20 a 30
Espessados 50 a 60
Pasta 60 a 75

Os rejeitos espessados, como o próprio nome sugere, envolvem o processo mecânico de


desaguar a pequena fração de sólidos da lama concentrada (FOURIE, 2003). Isto

29
normalmente é obtido utilizando espessadores de alta taxa de compressão ou
espessadores combinados com prensas de filtragem. Os rejeitos espessados de alta
densidade são definidos como rejeitos que foram significantemente desaguados a ponto
de formar uma massa homogênea não segregada quando depositada no fim de seu
transporte até o seu represamento.

Os rejeitos espessados podem apresentar uma tensão de escoamento alta (entre 20 Pa a


100 Pa) então requerem uma profunda tecnologia de cone ou espessamento para
atingirem a densidade de uma pasta. Podem ser transportados utilizando bombeamento
convencional através de bomba centrífuga.

O rejeito espessado de alta densidade considera o empilhamento da fração sólida para se


formar uma pilha cônica de alto suporte, assim reduzindo a altura e as forças de
retenção dos diques de contenção perimetrais. Aumentando a espessura da lama (isto é,
aumentando teor de sólidos) cria-se uma maior inclinação dos ângulos da praia de
rejeitos e, consequentemente, forma-se maiores reservatórios. Os rejeitos são
descarregados de altos pontos topográficos para o local de armazenamento ou por altas
torres ou rampas centrais. A água liberada após a deposição e qualquer escoamento
superficial devem ser coletados em uma lagoa no pé da pilha.

As inclinações típicas dos ângulos das praias de rejeitos espessados são de 1 a 3,5 graus
para garantir uma drenagem suficiente. Os rejeitos em pasta normalmente atingem
ângulos de inclinação da praia maiores que os espessados. Em depósitos convencionais,
a praia possui uma inclinação muito baixa, por volta de 1% ou menos. O aumento da
inclinação das praias pode levar a ter um grande impacto nas alturas dos diques.
Consequentemente, pode resultar em complicações no cronograma construtivo onde os
futuros estágios de construção do dique devem ser antecipados para prever a perda de
borda livre. Isto cria custos operacionais inesperados.

Os custos operacionais são maiores para disposição em rejeitos espessados devido aos
custos associados ao desaguamento. Entretanto, os grandes volumes de água podem ser
recuperados e as perdas por infiltração e evaporação nos reservatórios podem ser
minimizadas. A água recuperada pode ser utilizada na usina, sendo que o potencial de se
recuperar grandes volumes de água na usina elimina as perdas associadas com o

30
transporte e armazenamento de água, tanto no reservatório ou nas lagoas (FOURIE,
2003). Problemas ambientais, tais como a infiltração, o derrame de água de processo e o
potencial da água em atuar como um transportador para os fluxos de rejeitos são
significantemente reduzidos.

Nos rejeitos espessados, a modificação das propriedades dos rejeitos adicionando


aglomerantes para aumentar a estabilidade dinâmica reduz a erosão potencial e previne
infiltrações (por exemplo, bentonita). Entretanto, em função da adição destes
aglomerantes, tem-se um custo maior quando comparados a disposição da lama sem o
espessamento.

Os rejeitos em pasta são definidos como rejeitos desaguados a um ponto em que não
haja velocidade crítica de fluxo quando bombeado e não haja segregação quando é
depositado. O aumento da viscosidade é resultado de um alto desaguamento e requer o
uso de bombas potentes (bombas de deslocamento positivo) para garantir o
bombeamento da pasta. Isto limita a distância no qual o rejeito possa ser
economicamente transportado (THERIAULT t et al. 2003).

Os rejeitos em pasta são geralmente depositados da mesma maneira que os espessados,


formando uma pilha cônica, no qual tomam-se ângulos, na maioria dos casos, de 2 a
10% que favorecem a estabilização do material depositado (THERIAULT t et al. 2003).
Ao longo da execução das camadas de pasta tem-se a ocorrência da drenagem,
provocando ressecamento do material e o aparecimento de rachaduras. Entretanto, a
camada seguinte preenche estas rachaduras, formando uma estrutura estável. Um ponto
a se considerar é a elevada produção de poeira em função do ressecamento do solo.

A inclinação obtida na disposição dos rejeitos em pasta é superior à requerida para os


espessados e, sendo assim, a área para a disposição de um mesmo volume em pasta é
menor do que a área para uma disposição em forma de espessados. Os altos custos
operacionais associados com a espessura do rejeito e seu transporte, quando comparado
a outros métodos, requer onerosas bombas para transporte e descarga da pasta. No
entanto, bombas centrífugas podem ser utilizadas dependendo da propriedade reológica
do rejeito (principalmente as tensões de escoamento).

31
Um dos pontos mais relevantes para a análise da disposição em pasta é que o rejeito
precisa apresentar características adequadas para a formação da pasta (reologia), sendo
fundamental que apresente, no mínimo, 15% de material com granulometria abaixo de
0,020mm. O alto risco de não se atingir a condição de pasta dos espessadores requer
altos níveis de gerenciamento diário para manter a consistência correta e, assim, garantir
o teor de sólidos necessário. Caso o espessador não atinja a condição de projeto de
concentração de sólidos, tem-se problemas na estocagem e a inclinação da praia pode
não ser atingida. Além disto, o balanço de água da instalação industrial pode ser
afetado.

A Tabela 2.3 apresenta um comparativo entre as técnicas descritas e passíveis de


comparação, sendo rejeitos lançados em reservatório, aterro drenado (disposição
hidráulica), rejeitos desaguados e empilhados e rejeitos espessados e em pasta.

2.3.5. Rejeitos acondicionados em tubos de geotêxtil de alta resistência

Os tubos de geotêxtil são grandes tubos com estruturas fabricadas a partir de geotêxtil
de alta resistência com preenchimento de rejeito e formados “in situ” pelo
bombeamento hidráulico do rejeito. Isto resulta em uma estrutura monolítica, flexível,
contínua, que é altamente resistente a correntes de água, sendo normalmente
caracterizados em termos de diâmetro teórico após o enchimento.

Os materiais geotêxteis vêm sendo utilizados em obras de engenharia com funções de


reforço, filtração, drenagem, separação e proteção. O geotêxtil utilizado para fazer os
tubos e sacos tem aberturas de filtração pequenas, para permitir a retenção do
enchimento, mas também tem uma elevada permeabilidade a fim de facilitar a saída da
água durante a fase de enchimento hidráulico. Desse modo, o uso dos tubos de geotêxtil
possibilitam a drenagem da fase líquida e retenção dos sólidos, com uma considerável
redução do teor de umidade e consequente redução de volume já que essa drenagem
também proporciona uma acomodação dos sólidos dentro do tubo, desidratando e
consolidando o material em seu interior.

32
O geotêxtil tem alta resistência à tração para permitir-lhe resistir a tensões de tração que
ocorre durante o enchimento hidráulico e manter a sua forma estrutural, além de ter uma
resistência às sobrecargas, sem sofrer rasgamentos. Por esta propriedade, podem ser
empilhados, reduzindo o armazenamento dos rejeitos.

Tabela 2.3 – Tabela comparativa entre os tipos de disposição de rejeitos


Aterro drenado,
Rejeitos lançados Rejeitos Espessado
ITENS rejeitos desaguados
em reservatório e em Pasta
e empilhados
Concentração de sólidos no 33 87,5 70
ponto de disposição dos rejeitos
(%)
Construção de Diques de sim Não sim
Partida
Construção de pequeno talude não Sim não
de emergência
Construção de bacias de sim Não sim
contenção de água recuperada
(TR = 10.000 anos)
Remoção de 5m de camada sim Não sim
arenosa para estabilidade do
talude
Utilização de floculante sim Não Sim/não
Necessidade de ar comprimido não Sim não

Necessidade de bombas de sim sim sim


alimentação
Necessidade de bombas de não não sim
deslocamento para a pasta e
sistemas complexos de
distribuição da pasta no ponto
de distribuição
Necessidade de transportadores não Sim não
de correia e stackers para
distribuição da porção
desaguada
Eventual necessidade de não Sim/não não
compactação da torta no ponto
de deposição
% de recuperação de água 50,16 92,96 78,89

Fonte: Revista Brasil Mineral (nº 333 – Setembro de 2013)

33
Os geotêxteis podem reter, aproximadamente, até 90% do material, dependendo da
granulometria do material nele confinado. Caso haja uma alta quantidade de fração fina,
essa retenção pode diminuir e o uso de floculantes pode ser especificado. Os materiais
de granulometria fina trazem diversos aspectos desfavoráveis, tais como sua elevada
capacidade de reter água, baixa resistência à tração, baixo ângulo de atrito e dificuldade
no controle da migração de suas partículas. No entanto, as frações finas não limitam seu
uso como recheio dos tubos.

Os tubos de geotêxtil podem ser construídos de acordo com as necessidades do projeto.


A seção transversal de um tubo cheio se aproxima de uma elipse, entretanto apresenta-
se plana nas partes superior e inferior. Seu perímetro é múltiplo, dependendo do
fabricante. Deve-se levar em conta ainda fatores de segurança que garantirão o bom
desempenho do geotêxtil. Se resguardadas as condições técnicas de operação e
instalação emitidas pelos fabricantes, bem como executados ensaios e acompanhamento
de desempenho durante a vida útil do empreendimento, a expectativa de durabilidade
deste tipo de material é similar aos demais materiais de construção. Outras peças são
fundamentais para que o tubo opere corretamente:

• Tela Anti-Erosão na Base: Consta de um geotêxtil tecido de elevada resistência,


o qual fica estendido abaixo do tubo abrangendo um ou ambos os lados. Sua
função é proteger o solo de fundação da escavação gerada pelo fluxo que escapa
de tubo;
• Prendedores: São elementos que ficam ao longo da tela anti-erosão para
assegurar sua correta posição durante o enchimento e a operação. Geralmente
são feitos do mesmo geotêxtil da tela;
• Boca de Entrada do Fluxo: São mangas de geotêxtil costuradas na parte superior
do tubo. Através delas é inserida o material de recheio. Quando o enchimento do
tubo chega ao fim, elas são fechadas, costurando ou colando as pontas.

A medida em que se pode acomodar tubos em cima de outro tubo com rejeitos
consolidados, pode-se obter um material com alto peso específico natural, elevando a
sua propriedade de receber tensões horizontais e, consequentemente, contendo empuxos
horizontais. Como o tubo é maleável e acomoda bem o material depositado, além de
poder ser empilhado, é muito comum o dimensionamento de uma estrutura de

34
contenção avaliando-se o momento em relação ao deslizamento e ao tombamento. As
Figura 2.5 e 2.6 apresentam a utilização deste tipo de estrutura.

Figura 2.5 – Utilização de tubos de geotêxtil para desidratação de material


Fonte: Maccaferri, 2010

Figura 2.6 – Empilhamento de tubos de geotêxtil em Salt Lake City


Fonte: Maccaferri, 2009

2.3.6. Rejeitos acondicionados em diques de solo reforçado

O sistema de diques em solo reforçado, tecnicamente denominados Sistema Terramesh,


baseia-se no princípio do solo reforçado e consiste na introdução de elementos

35
resistentes à tração, convenientemente orientados, que aumentam a resistência do solo e
diminuem a deformabilidade do maciço. Neste método, o comportamento global do
maciço é aperfeiçoado em função da transferência de esforços para os elementos
resistentes (reforços).

Os solos possuem, em geral, elevada resistência a esforços de compressão, porém, baixa


resistência a esforços de tração. Quando uma massa de solo é carregada verticalmente,
ela sofre deformações verticais de compressão e deformações laterais de extensão
(tração). Contudo, se a massa de solo estiver reforçada, os movimentos laterais são
limitados pela reduzida deformabilidade do reforço (DURAN, 2005). Esta restrição de
deformações é obtida em função do desenvolvimento de esforços de tração no elemento
de reforço.

Os componentes de reforço do sistema de solo reforçado são realizados através de tiras


metálicas poliméricas que se conectam aos elementos da face interior do maciço. Os
elementos de face podem ser gabiões ou placas de concreto, com a função de impedir
instabilidades locais e erosões na face do talude. O aterro deve ser constituído de solo
arenoso/argiloso e as Figuras 2.7 e 2.8 apresentam esquematicamente o sistema de solo
reforçado.

Figura 2.7 – Aterro reforçado pelo sistema de solo reforçado


Fonte: DURAN, 2005

36
Figura 2.8 – Aterro reforçado por Terramesh
Fonte: Landezine

O sistema de solo reforçado apresenta as mesmas vantagens técnicas dos gabiões, como
flexibilidade, permeabilidade, monoliticidade e facilidade executiva, além de ser uma
solução bastante econômica, uma vez que permite a utilização de solo local para compor
o maciço reforçado. Além disso, o sistema possui vantagens adicionais, tais como
resistência à tração, boa aderência ao solo e elevada capacidade de não se deformar ao
longo do tempo sob tensão constante e cargas dinâmicas. Os muros de solo reforçado
são ideais para obras em que se necessita atingir grandes alturas e grande resistência à
sobrecargas.

O envelopamento de solo se dá pela utilização de malhas hexagonais de dupla torção


(geogrelhas), garantindo um reforço contínuo sobre o plano horizontal. Desta maneira,
obtém-se armaduras longitudinais e contínuas, que permite a mobilização do atrito
contra a superfície do fio metálico e condiciona as propriedades mecânicas de
travamento e corte entre as partículas do material de aterro. Isto se deve à grande
dimensão da abertura hexagonal da malha quando comparada ao diâmetro do fio, que se

37
traduz num aumento geral da resistência do reforço, o que não ocorre com materiais que
fornecem resistência somente por atrito (DURAN, 2005).

Para a avaliação das propriedades do material é importante verificar, através da


realização de ensaios, as capacidades de ancoragem e de resistência da armadura,
quando em situação de confinamento, verificando se os reforços estão bem ancorados.
Os ensaios previstos para estas avaliações são:

• Arrancamento: Avaliação da força máxima necessária para arrancar o


reforço segundo os parâmetros de ângulo de atrito do aterro estrutural,
fator de interação entre o aterro estrutural e o reforço, comprimento
embutido do reforço, largura do reforço e a pressão vertical;
• Resistência nominal e Resistência de Projeto do reforço: Avaliação por
ruptura à tração da malha hexagonal, segundo a referência normativa
ASTM A975;
• Ensaios de Fluência.

A norma que prescreve as diretrizes para dimensionamento, execução e controle e


instrumentação do sistema considerado é a NBR 9286.A Figura 2.9 apresenta exemplo
de aplicação deste tipo de estrutura, com cerca de 75,0m de altura.

Figura 2.9 – Construção de aeroporto na Índia


Fonte: Internet_ www.maccaferri.com.br. Acesso em 03/12/2013

38
3.0. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA MINERAÇÃO

As atividades de mineração possuem uma relação muito íntima com a criação e o


desenvolvimento do Brasil e do Estado de Minas Gerais. No final do século XVII houve
uma diminuição significativa nas exportações do açúcar brasileiro produzido,
principalmente, nos engenhos do Nordeste. Essa redução foi consequência do início da
produção holandesa nas ilhas da América Central, atraindo o mercado consumidor
europeu com preços mais competitivos e em função da boa qualidade do açúcar
holandês. A crise no mercado de açúcar brasileiro impulsionou Portugal a buscar fontes
de renda mais lucrativas, uma vez que houve a diminuição na arrecadação de taxas e
impostos oriundos do açúcar brasileiro. Neste contexto, os bandeirantes iniciaram as
expedições no final do século XVII, encontrando as primeiras minas de ouro em Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso e tornando a mineração como a atividade mais lucrativa da
Colônia.

A descoberta de ouro no Brasil provocou a “corrida do ouro” durante todo o século


XVIII, sendo que os lucros da Coroa Portuguesa eram provenientes ao pagamento do
quinto, imposto cobrado nas Casas de Fundição e que correspondia a 20% do que era
derretido e transformado em barras de ouro como selo da Coroa. Além do pagamento do
quinto, cada região aurífera deveria pagar à Coroa cerca de 1000 kg anuais, sob o risco
de ser executada a derrama dos bens dos moradores, como descrito no Regimento das
Terras Minerais e na Carta Régia, em 1602. Essa mineração era baseada no ouro de
aluvião, depositado no fundo dos rios, com baixo nível técnico de extração e rápido
esgotamento das jazidas.

O desenvolvimento da região Sudeste fez com que a Coroa mudasse a capital da colônia
de Salvador para o Rio de Janeiro, sob a justificativa de que pretendia deixar a capital
mais próxima ao novo polo de desenvolvimento econômico. Nas regiões auríferas,
principalmente em Vila Rica (atual Ouro Preto), Mariana, Tiradentes e São João Del
Rei, houve um crescente desenvolvimento das atividades comerciais e artísticas,
contribuindo muito para o crescimento destas regiões, sendo o apogeu da produção de
ouro no ano de 1750. Destaca-se ainda, o descobrimento das primeiras jazidas
diamantíferas no arraial do Tijuco, hoje Diamantina, por volta de 1729, sendo a
exploração livre, mas também monopolizada pelo pagamento do quinto.

39
Na segunda metade do século XVIII as minas começaram a apresentar os primeiros
sinais de esgotamento, culminando no surgimento do cenário de decadência. Segundo
Prado Junior (2011), à medida que os depósitos aluvionares se esgotavam, era
necessário passar para a exploração das rochas matrizes extremamente duras e que
demandavam uma tecnologia com maiores aperfeiçoamentos. Apesar das várias
tentativas de modernização das técnicas de extração e diversificação da mão-de-obra
escrava, tem-se o fim do ciclo do ouro no século XIX, que resultou em uma grave crise
econômica, interrompida pelo início das atividades de exportação do café. A partir de
1824, já na época do Brasil independente, concedeu-se o direito de prospecção
minerária a estrangeiros, que recomeçaram a explorar com melhores recursos técnicos e
mão-de-obra barata.

Atualmente, a indústria da mineração tem sofrido grande pressão para melhorar a sua
função social, de desenvolvimento e desempenho ambiental. Como em outras áreas do
mundo corporativo e empresarial, as empresas são impulsionadas a desenvolver padrões
cada vez mais elevados de comportamento, que vão muito além de alcançar a melhor
taxa de retorno para os acionistas, cabendo também a solicitação de serem cada vez
transparentes.

Apesar de inquestionável importância da indústria em satisfazer a necessidade de


minerais e suas contribuições significativas para o desenvolvimento econômico e social,
as preocupações com aspectos relacionadas aos mecanismos de extração estão sendo
levantadas cada vez mais. A lavra e o beneficiamento, bem como a utilização e geração
de resíduos, representam, na maioria dos casos, danos ambientais e sociais
significativos no local.

Neste contexto, no final de 1998, nove das maiores empresas mineradoras iniciaram o
projeto de “Iniciativa Global da Mineração”, incluindo um programa de reforma interna,
revisão das associações a que pertencia, e um rigoroso estudo das questões sociais a que
o setor encontrava-se envolvido. Através do Conselho Empresarial Mundial para o
Desenvolvimento Sustentável (WBCDS), uma equipe de pesquisadores revisou
iniciativas das visões de contribuição do setor mineral, para o desenvolvimento
sustentável, em mais de 150 empresas de mineração, bem como um estudo abrangente
de grandes barragens. Em 2012 esse estudo foi revisado, constatando que a indústria da

40
mineração tem feitos grandes avanços no sentido da sustentabilidade, mas que ainda
enfrenta desafios significativos no sentido de controle sob os recursos minerais,
monitoramento dos processos de disposição de rejeitos e implementação de medidas
que garantem a estabilidade e segurança das estruturas.

A relação do Brasil com a mineração está representada em cerca de 3 a 5% do Produto


Interno Bruto (PIB) brasileiro, sendo normalmente baseada nos produtos das indústrias
metalúrgicas, siderúrgicas, fertilizantes e petroquímica. Em 2000 o PIB brasileiro
alcançou 8,5% movimentando, aproximadamente, 50,5 bilhões. Segundo os estudos do
Departamento Nacional de Produção Mineral, o Brasil é um dos países com maior
potencial mineral do mundo, juntamente com Federação Russa, Estados Unidos,
Canadá, China e Austrália. Além da relevância para a economia nacional, a mineração
abrange os depósitos minerais do subsolo brasileiro, sendo destaque na produção de
amianto, bauxita, cobre, cromo, estanho, ferro, grafita, manganês, níquel, ouro, potássio,
rocha fosfática e zinco.

3.1. A MINERAÇÃO NO BRASIL

De acordo com o Decreto Lei Nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, considera-se jazida


toda massa individualizada de substância mineral ou fóssil, aflorando à superfície ou
existente no interior da terra, e que tenha valor econômico; e mina, a jazida em lavra,
ainda que suspensa. As minas são classificadas com base na forma representativa do
direito de lavra, sendo diferenciadas por mina manifestada ou mina concedida. A mina
manifestada é aquela propriamente dita em lavra e a concedida, quando o direito de
lavra é outorgado pelo Ministério de Minas e Energia. Todos os instrumentos e
construções destinados à mineração e ao beneficiamento do produto da lavra, desde que
este esteja na área de concessão da mina, são considerados parte integrante desta mina.

Ainda em consonância com o Código da Mineração, entende-se por pesquisa mineral a


execução dos trabalhos necessários à definição da jazida, sua avaliação e a
determinação da exequibilidade do seu aproveitamento econômico. Ao conjunto de
operações coordenadas que objetivam o aproveitamento industrial da jazida, desde a

41
extração das substâncias minerais úteis, passando pelo beneficiamento das mesmas, até
a destinação final dos resíduos gerados nesse processo, dá-se o nome de lavra.

O Brasil ocupa um lugar de destaque no setor mineral, principalmente pelas


características geomorfológicas de abranger uma área do planeta com mais de 8,5
milhões de km2, composta de diferentes tipos de terrenos e formações geológicas, e
resultando em uma grande diversidade de minérios. Em termos de reservas minerais,
pode-se agrupar as substâncias e minerais nas seguintes classes:

• Metálicos: Alumínio (Bauxita), Berílio, Bismuto, Cádmio, Chumbo,


Cobalto, Cobre, Cromo, Estanho, Ferro, Lítio, Manganês, Molibdênio,
Monazita e Terras Raras, Nióbio, Níquel, Ouro, Platina, Prata, Tântalo,
Titânio, Tungstênio, Vanádio, Zinco, Zircônio
• Não-Metálicos: Amianto, Areia, Areias Industriais, Argilas, Bário,
Calcário, Caulim, Cianita e refratários, Diatomita, Dolomito e Magnesita,
Enxofre, Feldspato e Leucocita, Fluorita e Criolita, Fosfato, Geodos e
Ágatas, Gipsita, Grafita, Mica, Minerais Industriais, Potássio, Quartzo e
Piezelétricos, Rochas Britadas e Cascalho, Rochas Ornamentais, Saibro,
Sal, talco, Vermiculita e Perlita
• Gemas e Diamantes
• Energéticos: Carvão Mineral, Turfa, Urânio e Radioativos, Xisto e
Betuminosas

Denomina-se ROM o “run of mine”, ou seja, o minério proveniente da mina e que será
beneficiado ou depositado na usina. De acordo com os dados apresentados no Anuário
Minerário Ambiental (AMB) de 2010, elaborado pelo DNPM, contabiliza-se 3.354
minas no Brasil, sendo 159 de grande porte, ou seja, com produção acima de 1 milhão
de toneladas por ano de ROM, o que corresponde a 5% do total. Como médio porte,
tem-se 837 minas com produção abaixo de 1 milhão de toneladas por ano,
representando 24% do total, e 2.358 minas de pequeno porte, com produção abaixo de
100 mil toneladas por ano e a cima de 10 mil toneladas por ano, que representam 71%
do total. Observa-se que há uma tendência das minas de pequeno porte em explorar
minerais da classe dos não-metálicos.

42
A compilação dos dados do AMB apresentados na Tabela 3.1 permite concluir que
mais de 70% das reservas medidas e lavráveis correspondem a classe não-metálicos. O
segundo maior percentual corresponde aos metálicos, entre 17 e 19%, finalizando com
percentuais de até 5% para gemas, diamantes e energéticos. A reserva medida refere-se
à tonelagem de minério computado pelas dimensões reveladas em afloramentos,
trincheiras, galerias, trabalhos subterrâneos e sondagens, sendo o teor determinado pelos
resultados de amostragem pormenorizada. Já a reserva lavrável, corresponde a reserva
“in situ” estabelecida no perímetro da unidade mineira determinado pelos limites da
abertura de exaustão (cava ou flanco para céu aberto e realces ou câmaras para subsolo),
excluindo os pilares de segurança e as zonas de distúrbios geo-mecânicos,
correspondendo à reserva técnica e economicamente aproveitável levando-se em
consideração a recuperação da lavra, a relação estéril/minério e a diluição
(contaminação do minério pelo estéril), decorrentes do método de lavra.

Tabela 3.1 – Reservas medidas e reservas lavráveis no Brasil


Reserva Medida Reserva Lavrável Reserva Medida Reserva Lavrável
Classe/Substância
toneladas %
Metálicos 23.790.171.380,00 12.576.987.132,00 17% 19%
Não-Metálicos 104.803.734.205,00 46.822.056.219,00 77% 72%
Gemas e Diamantes 716.524.746,00 2.854.349.640,00 1% 4%
Energéticos 6.930.115.724,00 2.529.763.440,00 5% 4%
136.240.546.055,00 64.783.156.431,00 100% 100%

Em relação aos números apresentados na tabela 3.1, é possível selecionar os minerais e


substâncias que possuem maior representatividade em cada grupo, ou seja, que
apresentam uma contribuição numérica significativa em relação ao total, como
apresentado na Tabela 3.2.

Para os metálicos, tem-se que o minério de ferro corresponde a 89% e 86% das reservas
medidas e lavráveis, respectivamente. No grupo dos não-metálicos, o calcário
representa cerca de 52% e as rochas ornamentais cerca de 21%, em valores médios entre
os dois tipos de reservas consideradas para as respectivas classes. Já as gemas e o
carvão mineral, representam quase 100% da tonelagem de reserva da classe na qual se
encaixam.

43
Tabela 3.2 – Minerais mais representativos - tonelagem por classe
Reserva Medida Reserva Lavrável Reserva Medida Reserva Lavrável
Classe/Substância Classe/Substância
toneladas toneladas
Alumínio (Bauxita) 1.934.606.897,00 1.118.653.471,00 Amianto 13.870.440,00 11.611.823,00
Cobre 8.797.168,00 9.816.969,00 Areias Industriais 2.662.401.503,00 1.218.119.334,00
Cromo 2.123.299,00 2.330.156,00 Argilas 6.224.376.137,00 2.672.804.116,00
M
Estanho 257.049.034,00 354.854.726,00 Bário 23.352.416,00 21.989.507,00
E
Ferro 21.257.400.655,00 10.799.258.571,00 N Calcário 53.006.699.327,00 25.369.280.183,00
T
Manganês 106.284.803,00 75.882.750,00 Ã Caulim 3.799.125.014,00 4.136.657.770,00
Á
Níquel 7.810.706,00 2.120.391,00 O Diatomita 1.915.056,00 1.352.904,00
L
Ouro 3.316.670,00 2.591.899,00 - Dolomito e Magnesita 6.931.815.339,00 2.700.257.316,00
I
Prata 8.936.274,00 2.006.667,00 M Feldaspato e Leucita 1.240.877.046,00 558.715.010,00
C
Tântalo 29.606.865,00 37.655.563,00 E Fluorita e Criolita 139.932.653,00 179.915.354,00
O
Titânio 166.886.769,00 167.619.563,00 T Fosfato 228.882.726,00 193.425.449,00
S
Zinco 3.756.285,00 1.367.682,00 Á Gipsita 1.063.177.818,00 429.494.879,00
Zircônio 1.717.178,00 2.202.045,00 L Grafita 7.875.210,00 7.652.087,00
Outros 1.878.777,00 626.679,00 I Mica 7.717.283,00 4.871.919,00
23.790.171.380,00 12.576.987.132,00 C Potássio 240.397.378,00 104.674.056,00
O Quartzo e Piezelétricos 6.343.147,00 3.312.725,00
Diamante 47.530.010,00 25.793.057,00 S Rochas Ornamentais 27.564.151.682,00 7.466.783.298,00
Gemas
Gemas 668.994.736,00 2.828.556.583,00 Sal 608.348.701,00 1.271.178.102,00
716.524.746,00 2.854.349.640,00 Talco 956.075.080,00 411.094.150,00
Vermiculita e Perlita 74.811.829,00 56.813.168,00
Carvão Mineral 6.550.849.407,00 2.487.331.574,00 Outros 1.588.420,00 2.053.069,00
Ener-
Turfa 143.985.825,00 40.072.634,00 104.803.734.205,00 46.822.056.219,00
géti-
Xisto e Betuminosos 235.239.322,00 2.262.322,00
cos
Outros 41.170,00 96.910,00
6.930.115.724,00 2.529.763.440,00

Sendo assim, somadas as quantidades de tonelagem de reserva medida e lavrável de


todas as classes, podemos ter uma perspectiva dos minerais e classes mais
representativos na economia minerária (Tabela 3.3). Calcário, rochas ornamentais e
ferro representam cerca de 75% das reservas minerárias no Brasil, sendo os 25%
restantes, divididos entre os demais 55 minerais e substâncias considerados pelo AMB.

Tabela 3.3 – Minerais mais representativos - tonelagem total


Mineral/Substância % relação ao total Classe
Calcário 39% Não-metálicos
Rochas Ornamentais 20% Não-metálicos
Ferro 16% Metálicos
75%

No que diz respeito ao ROM e ao teor médio de minério, e considerando os metálicos


como sendo os elementos mais geradores de rejeito, tem-se conforme apresentado na
Tabela 3.4 que o ferro e o ouro são os principais minerais em termos de produção de
rejeito, haja visto que os minerais não-metálicos, em sua essência, são bens de primeira
necessidade com um processo de beneficiamento secundário. No que diz respeito a
geração de rejeitos, contribuem com cerca de 35% e 36%, respectivamente, em relação
a produção total, com base nas reservas consideradas.

44
Entretanto, há que se levar em consideração os valores de “contido”, ou seja a
quantidade de metal e/ou mineral de interesse existente na reserva ou nas produções
bruta e beneficiada. Essa consideração leva em conta que nem todo o minério bruto será
beneficiado, face a dificuldade de extração na jazida, restrições tecnológicas ou baixo
valor econômico em função do teor. Sendo assim, tem-se conforme apresentado na
Tabela 3.5, que o Ferro é o mineral com maior percentual de geração de rejeitos,
representando cerca de 19% em relação a produção total referenciada ao ROM.

Tabela 3.4 – Quantidade de ROM e produção de minério e rejeitos


Classe/ Rom Minério Rejeitos % rejeito em relação
Teor médio
Substância toneladas toneladas a produção total
Ferro 406.933.947,00 56,21% 228.737.571,61 178.196.375,39 35%
Ouro 187.084.983,00 1,24% 2.319.853,79 184.765.129,21 36%
Alumínio 36.915.104,00 40,51% 14.954.308,63 21.960.795,37 4%
Cobre 37.657.624,00 0,66% 248.540,32 37.409.083,68 7%
Metálicos Titânio 24.033.832,00 0,34% 81.715,03 23.952.116,97 5%
Estanho 15.752.720,00 447,97% - -
Nióbio 11.917.252,00 0,02% 2.383,45 11.914.868,55 2%
Zircônio 11.899.565,00 0,16% 19.039,30 11.880.525,70 2%
Outros 18.095.511,00 - -
750.290.538,00 246.363.412,13 470.078.894,87

Fosfato 36.899.524,00 9,98% 3.682.572,50 33.216.951,50 6%


Amianto 4.708.299,00 6,89% 324.401,80 4.383.897,20 1%
Não-metálicos Bário 4.565.617,00 4,82% 220.062,74 4.345.554,26 1%
Potássio 2.544.407,00 17,96% 456.975,50 2.087.431,50 0%
Outros* 3.934.670,00 - - -
52.652.517,00 4.684.012,53 44.033.834,47 100%
*Enxofre, Fluorita e Criolita, Grafita, Vermiculita e Perlita

Tabela 3.5 – Produção de rejeitos para Ferro e Ouro


Classe/ Rom Contido Minério Rejeitos
Teor médio
Substância toneladas toneladas
Ferro 406.933.947,00 228.737.241,00 56,21% 128.573.203,17 100.164.037,83
Ouro 187.084.983,00 232,44 1,24% 2,88 229,56

Em termos econômicos, tem-se na Tabela 3.6 que o Ferro movimentou cerca de 49%
da produção total comercializada em 2009, corroborando a importância deste tipo de
mineral para o setor minerário no Brasil.

45
Tabela 3.6 – Produção mineral comercializada em 2009
Produção Comercializada
Bruta Beneficiada Total
%
R$
Ferro 172.987.426,00 25.381.886.860,00 25.554.874.286,00 48,86
Metálicos
Outros 49.472.806,00 9.866.389.571,00 9.915.862.377,00 18,96
Não-Metálicos 4.331.032.033,00 11.643.440.576,00 15.974.472.609,00 30,55
Gemas e Diamantes 1.591.734,00 10.796.252,00 12.387.986,00 0,02
Energéticos 1.814.672,00 837.697.081,00 839.511.753,00 1,61

Se extrapolarmos o estudo da tabela anterior em uma divisão econômica por região,


tem-se que a Região Sudeste contribui em 51% para produção comercializada, como
pode ser visualizado na Figura 3.1. Vale ressaltar que destes 51% da Região Sudeste,
42% refere somente ao Estado de Minas Gerais.

Produção Comercializada por Região


Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

5% 9%
9%

51% 26%

Figura 3.1 – Produção comercializada, por região, em 2009

Segundo o IBRAM, em termos econômicos, tem-se na Figura 3.2 o demonstrativo da


evolução do Valor da Produção Mineral Brasileira – PMB. A queda do PMB foi
afetada, principalmente, pela queda dos preços da Commodities minerais e, em especial,
pelo preço do minério de ferro no último ano. Como visto anteriormente, tem-se que
esse produto responde por cerca de 75% em volume de produção no Brasil. Para 2016, o

46
IBRAM estimou a recuperação do preço do minério de ferro para cerca de U$
50/tonelada.

Figura 3.2 – Valores da Indústria Extrativa Mineral


Fonte: IBRAM, 2016

A retomada econômica do setor mineral permeia o investimento em pesquisa e


tecnologias sustentáveis para o processo de extração mineral. De acordo com a
consultoria internacional SNL, de um total mundial, em 2014, de US$ 11,4 bilhões
investidos pela iniciativa privada em projetos de pesquisa mineral de não-ferrosos,
apenas 3% (três por cento) foram carreados para o Brasil, ao passo que países outros
receberam: Chile 7% (sete por cento); Peru 5% (cinco por cento); México 7% (sete por
cento); EUA 7% (sete por cento); Austrália 12% (doze por cento); e Canadá 14%
(quatorze por cento), como pode ser visto na Figura 3.3.

47
Figura 3.3 – Destinação de investimentos na produção mineral
Fonte: SNL, World Exploration Trends 2015

A Figura 3.4 destaca a importância que alguns bens minerais têm para o Comércio
Externo Brasileiro, sendo que nas duas extremidades apresentam-se os Minerais
Estratégicos para o Brasil. Observa-se também, que os minerais agroindustriais
(enxofre, fosfato e potássio) são de extrema relevância e propiciam a agricultura
brasileira condições de atingir contínuos recordes de produção sem, contudo,
necessariamente expandir a área plantada.

Figura 3.4 – Destaques minerais na balança comercial


Fonte: Adaptado, IBRAM 2016

48
O setor mineral é um dos que realiza os maiores investimentos privados no Brasil,
sendo que, na última apuração, período 2014 a 2018 o valor total foi de US$ 53,6
bilhões. Os Estados de MG e PA concentram os maiores investimentos, 41,8% e
21,93%, respectivamente (Figura 3.5). Demais estados não listados possuem valores
menores que 3%, representando um total de 5,53%.

Figura 3.5 – Minerais estratégicos para a balança comercial


Fonte: IBRAM 2016

3.2. PRODUÇÃO MINERAL NO QUADRILÁTERO FERRÍFERO

Segundo Abrão (1987), a geração de rejeitos de alguns dos minérios mais comumente
explorados no Brasil, pode ser descrita conforme as razões de produção apresentadas na
Figura 3.6. Desta forma, a implementação de estudos relacionados à caracterização
tecnológica dos rejeitos, técnicas de disposição, monitoramento e fiscalização tornam-se
premissas fundamentais para um bom gerenciamento das estruturas de contenção. A
legislação vigente exige que as mineradoras adotem medidas de controle para essa
disposição, sendo atribuído aos órgãos competentes (DNPM e Agências Ambientais) o
licenciamento, registro, acompanhamento e a fiscalização destas medidas.

A produção mineral brasileira está concentrada, principalmente, na região do


Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, que recebe esse nome em função de sua

49
configuração geométrica definida como um polígono de, aproximadamente, 7.00km2 de
área, De acordo com Dorr (1969), as rochas meta-sedimentares da área encontram-se
dobradas, falhadas e metamorfizadas em graus variáveis, predominando unidades lito-
estratigráficas do Grupo Itacolomi, Supergrupo Minas, Supergrupo Rio das velhas e o
Embasamento Cristalino.

FERRO CARVÃO

Produto Final
Rejeito 25,00%
33,33%

Produto Final
66,67% Rejeito
75,00%

OURO
FOSFATO COBRE
Rejeito
3,23% Produto Final
Produto Final 0,01%
16,67%

Rejeito
83,33% Produto Final Rejeito
96,77% 99,99%

Figura 3.6 – Razões médias entre o produto final e o rejeito gerado


Fonte: Adaptado de Abrão, (1987)

Os depósitos de minério de ferro ocorrem ao longo das rochas metamórficas do


Supergrupo Minas (subdividida nos grupos Caraça, Itabira e Piracicaba). A Formação
Cauê do Grupo Itabira concentra estes depósitos de ferro representados principalmente
por itabiritos de fácies óxido laminados e metamorfizados, em que os minerais de ferro
foram transformados em hematita, magnetita ou martita, alterados até grandes
profundidades em produtos friáveis e com grande quantidade de água devido à sua
natureza porosa ou fraturada. De acordo com a subdivisão proposta por Dorr (1969), os
itabiritos da Formação Cauê podem ser classificados como itabiritos comuns, itabiritos
dolomíticos e itabiritos anfibolíticos.

O ferro (Fe) é o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre, ocorrendo como
constituinte em todas as classes minerais. Mais de 400 minerais apresentam Fe em
teores detectáveis, cujas concentrações variam de menos de 1% a até mais de 70%. Esta

50
diversidade existe devido a sua abundância e alta capacidade de oxidar, conforme o
ambiente (Takehara, 2004). O processamento do minério de ferro depende das
condições de mercado, haja visto que é um material de várias composições, qualidades
físicas e graus.

A produção mineral consiste em uma sequência de eventos que envolvem operação de


lavra, beneficiamento e geração de resíduos, como apresentado na Figura 3.7 para o
caso do minério de ferro. O processo de beneficiamento mais usual utilizado do minério
de ferro objetiva a redução e regularização da granulometria, a remoção de canga (parte
do minério sem interesse econômico) e aumento da qualidade do produto final. O
fluxograma apresentado aborda uma sequência básica, podendo apresentar mudanças
em função das características do minério a ser lavrado, com inclusão de processos de
concentração por densidade, separação magnética, separação eletrostática, ciclonagem,
aglomeração, flotação, pirólise, dentre outros.

Figura 3.7 – Fluxograma básico da produção de minério de ferro

51
De acordo com a NBR 13028 (ABNT, 2006), rejeito é “todo e qualquer material não
aproveitável economicamente, gerado durante o processo de beneficiamento de
minérios”. Como um subproduto do beneficiamento do minério, as características do
rejeito são intrínsecas ao mineral lavrado e ao processo de beneficiamento adotado,
sendo basicamente divididos em rejeitos finos e granulares.

Os rejeitos finos ou “lamas” são geralmente originários do overflow dos espessadores e


da flotação em colunas e são caracterizados por apresentar frações granulométricas
correspondentes a site e argila, com mais de 90% abaixo de 0,075mm de diâmetro
equivalente. Geralmente, apresentam certa plasticidade e elevada compressibilidade no
processo de adensamento, o que requer técnicas específicas para avaliação do seu
comportamento.

Os rejeitos granulares são compostos por partículas de granulometria grossa, acima de


0,075m, sem plasticidade, e com características mineralógicas da rocha de origem. No
caso do rejeito de ferro, tem-se elevados valores de massa específica em função da
grande presença de hematita.

As partículas de ferro tendem a favorecer a condição de estabilidade de uma estrutura de


contenção de rejeitos, como demonstrado por Presotti (2002) através da influência do
teor de ferro nos parâmetros de resistência do rejeito. Outro ponto relevante dos rejeitos
de minério de ferro é a influência na alta densidade do aterro. Entretanto, a ruptura por
liquefação é um fator que deve ser considerado em estruturas condicionas por aterros
hidráulicos, principalmente dos materiais não coesivos e de baixa resistência ao
cisalhamento, assim como nos reservatórios.

Os rejeitos comumente gerados nos processos de beneficiamento das minas localizadas


na região do Quadrilátero Ferrífero apresentam, basicamente, composições químicas
caracterizadas pela presença de Fe e SiO2 e, em menor proporção, de Al2O3 (justificada
pela rocha de origem, no caso geral, Itabirito). Em termos de mineralogia, a maioria dos
rejeitos granulares de minério de ferro são compostos essencialmente por hematita,
quartzo e, às vezes, goethita. Espósito (2000), em estudo sobre os rejeitos granulares,
caracterizou texturas concrecionárias de goethita nos rejeitos da Pilha do Monjolo e

52
Xingu. Estas concreções foram caracterizadas como sendo geradas após a disposição,
influenciando a composição textural dos rejeitos de minério de ferro.

Em relação aos parâmetros de resistência dos rejeitos, Presotti (2002), por exemplo,
analisou o comportamento à resistência dos rejeitos de minério de ferro da Pilha de
Monjolo através de ensaios triaxiais drenados, utilizando amostras com diferentes teores
de ferro. As curvas tensões-deformações apresentaram comportamentos similares às dos
solos granulares típicos e os resultados demonstraram a grande influência da
porcentagem das partículas de Fe presentes nos rejeitos (Tabela 3.7).

Hernandez (2002), em análise dos mesmos rejeitos da Pilha de Monjolo, também


verificou que teores de ferro mais altos tendem a elevar os valores dos ângulos de atrito
efetivos (Ф’), para amostras provenientes da separação magnética a partir do rejeito
total. Albuquerque Filho (2004) avançou neste tipo de estudo avaliando os parâmetros
de resistência de rejeitos granulares do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais
utilizando ensaios de piezocone, sendo ID referente ao índice de densidade (Tabela 3.8).

Tabela 3.7 – Resultados triaxiais drenados em rejeitos - Adaptado, Presotti 2002


Compacidade Densidade Teor de ɸ'pico ɸ'residual
Amostra
da amostra relativa (%) ferro (%) (◦) (◦ )

Máxima 95 43,42 37,10


MA 8-000 72,40
Mínima 23 37,25 34,20
Máxima 72 40,31 35,35
MA 8-120 11,40
Mínima 10 35,25 33,77

Tabela 3.8 – Variação de ID e Ф’ de rejeitos de minério de ferro - Albuquerque, 2004

Rejeito Granular ID (%) ɸ' ( ◦ )


Barragem de Córrego do Doutor (Ouro Preto/MG) 15-50 30-34
Barragem de Campo Grande (Mariana/MG) 20-60 32-45
Barragem de Congo Soco (Barão de Cocais/MG) 30-60 26-32
Barragem do Pontal (Itabira/MG) 10-40 32-36

53
As agressões e degradações associadas a mineração são normalmente relacionadas aos
processos envolvidos de extração mineral, bem como ao grande volume de rejeitos que
é gerado nos processos de beneficiamento e fechamento. Desta forma, a estocagem de
rejeitos traz grandes preocupações, principalmente para a população a jusante destas
estruturas, devendo ser construídas e operadas de acordo com normas e técnicas que
garantam sua estabilidade, inclusive após sua desativação.

A utilização do rejeito como material de construção dos maciços traz vantagens para as
mineradoras, reduzindo custos na construção e aumentando a capacidade de estocagem
de rejeitos. Esse tipo de metodologia comporta incertezas em relação ao comportamento
mecânico dos rejeitos e, com isso, influencia significativamente na estabilidade do
maciço, principalmente se consideradas as diferenças que ocorrem nos processos de
beneficiamento de minérios ao longo da vida útil do empreendimento. O método de
disposição também influencia no comportamento geotécnico dos aterros,
proporcionando variações nas características granulométricas, mineralógicas e
estruturais, como ocorre no caso dos rejeitos de minério de ferro. Neste contexto, torna-
se imprescindível estudar o comportamento mecânico do rejeito granular para
composição dos aterros.

54
4.0. PANORAMA JURÍDICO DA MINERAÇÃO

Neste item, apresenta-se um breve histórico do sistema legislativo referente à Segurança


de Barragens, sendo que as Leis foram elaboradas pelo Congresso Nacional e
sancionadas pela Presidência da República.

As Leis Nacionais são uma referência para os órgãos fiscalizadores, no caso do foco
desta dissertação, DNPM – Departamento Nacional de Pesquisa Mineral e FEAM –
Fundação Estadual do Meio Ambiente, no que diz respeito a normatização do
gerenciamento de disposição de rejeitos e acumulação de água. As Deliberações
Normativas do COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental são regionais,
sendo aplicáveis a FEAM, no estado de Minas Gerais, na regulação da disposição de
rejeitos. Já as Resoluções do CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos são
nacionais, aplicáveis em conformidade com as Leis Nacionais para água e rejeitos. As
portarias do DNPM são nacionais e referem-se a rejeitos, sendo as Deliberações
Normativas ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica e ANA – Agência
Nacional de Águas para o gerenciamento de acumulação de água.

4.1. LEI N° 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997

O principal propósito da Lei N° 9.433 foi instituir a Política Nacional de Recursos


Hídricos, criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e
regulamentando o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal. Esta Lei também
alterou o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990,
de 28 de dezembro de 1989.

O artigo 35 estabelece as competências do Conselho Nacional de Recursos Hídricos,


dentre as quais podemos citar a deliberação sobre os projetos de aproveitamento de
recursos hídricos e articulação do planejamento destes recursos, a análise de propostas
de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e aprovação de propostas de
instituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica, o estabelecimento de critérios de outorga
e arbitragem em última instância sobre os conflitos existentes entre os Conselhos
Estaduais de Recursos Hídricos.

55
Pode-se observar que foram assegurados termos referentes à utilização racional e
integrada dos recursos hídricos. Entretanto, não há pontos específicos no que diz
respeito as barragens de acumulação de água e rejeitos, bem como temas relacionados à
Segurança de Barragens.

4.2. LEI N° 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000

A Lei 9.984 dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade
federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
A ANA, criada como autarquia sob regime especial, com autonomia administrativa e
financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, detêm a finalidade de
implementar, em sua esfera de atribuições, a Política Nacional de Recursos Hídricos,
integrando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

No que diz respeito à alteração do artigo 35 da Lei N° 9.433, houve a inclusão do inciso
IX sobre ser competência do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, acompanhar a
execução e aprovação do Plano Nacional de Recursos Hídricos, determinando as
providências necessárias ao cumprimento de suas metas.

Assim como a Lei N° 9.433, não há pontos específicos no que diz respeito as barragens
de acumulação de água e rejeitos, bem como temas relacionados à Segurança de
Barragens.

4.3. DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM N° 87, DE 17 DE JUNHO


DE 2005

A Deliberação N°87 do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) altera e


complementa a Deliberação Normativa COPAM Nº 62, de 17/12/2002, que dispõe
sobre critérios de classificação de barragens de contenção de rejeitos, de resíduos e de
reservatório de água em empreendimentos industriais e de mineração no Estado de
Minas Gerais.

56
Os critérios para classificação das barragens levam em conta o porte da barragem e o
volume do reservatório, bem como o somatório de notas atribuídas a estes itens e a
ocupação humana a jusante, interesse ambiental a jusante e instalações a jusante do
empreendimento. A área a jusante da barragem deve ser definida por estudos
hidrológicos ou áreas referenciadas por um prisma, de acordo com a Classe de Resíduos
do material lançado no reservatório.

As barragens serão classificadas em três categorias, considerando-se o somatório dos


valores dos parâmetros de classificação estabelecidos por esta Deliberação. Todas as
barragens devem sofrer Auditoria Técnica de Segurança, realizadas por profissionais
externos ao quadro de funcionários do empreendedor, sendo que a periodicidade deve
variar de acordo com a classificação da barragem:

• Barragens Classe III – Alto potencial de dano ambiental: auditoria a cada 1 ano
• Barragens Classe II – Médio potencial de dano ambiental: auditoria a cada 2
anos
• Barragens Classe I – Baixo potencial de dano ambiental: auditoria a cada 3
anos.

Ao final de cada auditoria, o auditor deve elaborar um Relatório de Auditoria Técnica


de Segurança de Barragem, contendo no mínimo o laudo técnico sobre a segurança da
barragem, as recomendações para melhorar a segurança da barragem, nome completo
dos auditores, com as respectivas titularidades e Anotações de Responsabilidade
Técnica. O empreendedor deverá apresentar à Fundação Estadual do Meio Ambiente
(FEAM), anualmente, uma cópia do sumário desta Auditoria.

Os responsáveis por empreendimentos industriais e minerários que possuem barragens


de contenção de rejeitos, de resíduos e de reservatórios de água devem apresentar à
FEAM o Cadastro de Barragem, através de formulário eletrônico disponível no Banco
de Declarações Ambientais (BDA). O BDA permite ao usuário realizar o Cadastro de
Barragem e emitir protocolo de envio, que deverá ser mantido pelo responsável para
fins de comprovação junto ao órgão ambiental. O cadastramento das barragens em
Minas Gerais tem por objetivo promover a classificação quanto ao potencial de dano
ambiental e a atualização sistemática das informações relativas às auditorias de

57
segurança, visando à minimização da probabilidade da ocorrência de acidentes com
danos ambientais.

4.4. DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM N° 124, DE 9 DE


OUTUBRO DE 2008

A Deliberação N°124 do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM)


complementa a Deliberação Normativa COPAM N° 87 para o sistema classificação de
barragens de contenção de rejeitos, de resíduos e de reservatório de água em
empreendimentos industriais e de mineração no Estado de Minas.
Esta Deliberação antera o artigo 7° da DN COPAM Nº 87, que passa a vigorar
acrescido, inclusive, dos seguintes parágrafos:

• O Relatório de Auditoria Técnica de Segurança deverá estar disponível


no empreendimento para consulta durante as fiscalizações ambientais a
partir do dia 1° de setembro do ano de sua elaboração e atualizado em
conformidade com a periodicidade de acordo com o Potencial de Dano
Ambiental de cada estrutura
• O empreendedor deverá apresentar à Fundação Estadual do Meio
Ambiente – FEAM a Declaração de Condição de Estabilidade referente à
última atualização do Relatório de Auditoria Técnica de Segurança, até o
dia 10 de setembro cada ano de sua elaboração.

4.5. LEI N° 12.334, DE 20 DE SETEMBRO DE 2010

A Lei N° 12.334 de 2010 estabeleceu a Política Nacional de Segurança de Barragens


(PNSB) destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, bem como à disposição
final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais. Desta forma, cria
o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), alterando a
redação do artigo 35 da Lei N° 9.433 e do artigo 4 da Lei N°9.984.

58
No que diz respeito a alteração do artigo 35 da Lei N° 9.433, houve a inclusão do inciso
XI sobre ser competência do Conselho Nacional de Recursos Hídricos o zelo pela
implementação da Política de Segurança de Barragens. A inclusão do inciso XII
também ocorreu nesta revisão, cuja atribuição do Conselho foi acrescida a decisão de
estabelecer diretrizes para a implementação do PNSB, aplicando de seus instrumentos e
atuações do SNISB. Inclui-se, também, o inciso XIII atribuindo a responsabilidade ao
mesmo Conselho de apreciar o Relatório de Segurança de Barragens, fazendo, se
necessário, recomendações para melhoria da segurança das obras, bem como
encaminhamentos ao Congresso Nacional.

Já no que diz respeito às alterações do artigo 4 da Lei N° 9.984, que trata da atuação da
ANA em sinergia com órgãos e entidades do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, inclui-se o inciso XX atribuindo a competência de organizar,
implantar e gerir o SNISB. Também tem-se a inclusão do inciso XXI que concede a
ANA a propriedade de articulação entre os órgãos fiscalizadores de barragens,
convergindo com a inclusão do inciso XXII sobre a coordenação e elaboração do
Relatório de Segurança de Barragens, devendo ser encaminhado, anualmente, ao
Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), de forma consolidada.

Diante do exposto, tem-se que a promulgação da Lei N° 12.334 de 2010 é o primeiro


momento onde observa-se a criação de uma legislação efetivamente destinada a
barragens de rejeitos e acumulação de resíduos industriais, sendo aplicada a estruturas
que apresentem, pelo menos, uma das características abaixo:

• Altura do maciço, contado do ponto mais baixo da fundação à crista,


maior ou igual a 15,0 m
• Capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000 m3
• Reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas
aplicáveis
• Categoria de dano potencial associado, médio ou alto, em termos
econômicos, sociais, ambientais ou de perda de vidas humanos

59
A Política Nacional de Segurança de Barragens objetiva garantir a observância de
padrões de segurança de barragens de maneira a reduzir a possibilidade de acidentes e
suas consequências, bem como regulamentar as ações de segurança a serem adotadas
em todas as fases do empreendimento, desde o projeto até a desativação, em todo o
território nacional. Desta maneira, cria condições para que o poder público fiscalize,
controle, oriente e proponha medidas corretivas referentes à ações de segurança,
propiciando o gerenciamento das barragens em conformidades de natureza técnica e de
gestão de riscos.

O empreendedor é o responsável legal pela segurança da barragem, cabendo a ele o


desenvolvimento de ações preventivas e emergências, inclusive estimulando a
comunidade a participar de forma direta ou indireta, destas ações. A fiscalização da
segurança de barragens fica à cargo dos órgãos ambientais do Sistema Nacional do
Meio Ambiente (SISNAMA), à entidade responsável pela outorga do uso dos recursos
hídricos e dos direitos minerários para fins de disposição de rejeitos e, principalmente, à
entidade que forneceu a licença ambiental de instalação e operação do empreendimento.

O Plano de Segurança de Barragens (PSB) é o documento que formaliza todo o


processo de gestão de segurança de barragens, devendo conter, no mínimo, a
identificação do empreendedor, dados técnicos referentes aos projetos, implantação e
operação das barragens, estrutura organizacional da equipe de segurança juntamente
com o plano de comunicação e diretrizes a serem adotados em casos de alerta e
emergência. Ainda deve conter os manuais de operação e rotinas de inspeção e
monitoramento, e o Plano de Ações emergenciais (PAE), quando exigido, ou seja, para
aquelas estruturas classificadas como Alto Dano Potencial. O PSB deve ser revisado
periodicamente, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão fiscalizador.

O Sistema Nacional de Informações de Segurança de Barragens (SNISB) compreende


um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação das informações
referentes as barragens em construção, operação e desativadas, objetivando uma
coordenação unificada do sistema de gerenciamento de segurança de barragens.

60
4.6. RESOLUÇÃO CNRH N° 143, DE 10 DE JULHO DE 2012

A resolução CNRH Nº 143 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH)


estabelece critérios gerais de classificação de barragens por categoria de risco, dano
potencial associado e pelo volume do reservatório, em atendimento ao art. 7° da Lei n°
12.334, de 20 de setembro de 2010.

A categoria de risco é classificada em alto, médio ou baixo, em função do somatório de


notas atribuídas que levam em conta características técnicas da barragem, estado de
conservação e o Plano de Segurança de Barragens. O dano potencial associado também
possui classificação em alto, médio ou baixo, mas leva em conta o somatório de notas
referentes ao volume total do reservatório, existência de população a jusante, impacto
ambiental e impacto socioeconômico do empreendimento. O sistema de classificação
proposto por essa resolução é abordado, detalhadamente, no item 5.1 dessa dissertação.

4.7. RESOLUÇÃO CNRH N° 144, DE 10 DE JULHO DE 2012

A resolução CNRH Nº 144 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH)


estabelece diretrizes para implementação da Política Nacional de Segurança de
Barragens, bem como da aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional
de Informações sobre Segurança de Barragens, em atendimento ao art. 20 da Lei Nº
12.334, de 20 de setembro de 2010, que alterou o art. 35 da Lei Nº 9.433, de 8 de
janeiro de 1997.

A Resolução CNRH N° 144, apresenta todos os itens mínimos que devem ser
contemplados no PSB, que deve ser elaborado pelo empreendedor e atualizado
conforme as diretrizes estabelecidas pela fiscalização. Estabelece, também, a elaboração
do Relatório de Segurança de Barragens, pela ANA e pelos órgãos fiscalizadores,
devendo compreender o período entre 1° de outubro do ano anterior e 30 de setembro
do referido ano do relatório. Ressalta-se que a ANA, até 30 de junho de cada ano,
estabelece o conteúdo das contribuições e formulários padronizados para recebimento
das informações que comporão o Relatório de Segurança de Barragens, sendo que os
empreendedores tem o prazo até 31 de outubro de cada ano para enviar aos órgãos

61
fiscalizadores as informações requeridas e necessárias a segurança do empreendimento.
Os órgãos fiscalizadores têm o prazo até o dia 31 de janeiro de cada ano para enviar à
ANA as informações necessárias para elaboração do Relatório de Segurança de
Barragens.

Anualmente, o CNRH avalia o Relatório de Segurança de Barragens e faz as


recomendações para melhoria da segurança das obras, encaminhando este documento ao
Congresso Nacional até 20 de setembro de cada ano, alimentando o Sistema Nacional
de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB).

O SNISB é responsável pela coleta, armazenagem, tratamento, gerenciamento e


disponibilização para a sociedade das informações relacionadas à segurança de
barragens em todo o território nacional. A coleta, tratamento, armazenamento e
recuperação de informações deve ser feita através de uma plataforma informatizada,
sendo a disponibilização para a sociedade através da Rede Mundial de Computadores,
buscando a integração e a troca de informações, no que couber, com:

• SINIMA - Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente


• Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa
Ambiental
• Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e
Utilizadoras de Recursos Ambientais
• SNIRH – Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos

A Figura 4.1 apresenta um fluxograma da matriz de responsabilidades no que diz


respeito à implementação da Política Nacional de Segurança de Barragens.

62
Manter atualizado cadastro das barragens junto ao órgão fiscalizador
Empreendedor Elaborar Planos de Segurança de Barragens, de cada estrutura
Articular com o órgão fiscalizador o fluxo de informações

Informações do período de 1° de outubro a 30 de setembro


Envio em 31 de outubro

Fiscalizações relativas aos Planos de Segurança protocolados


Órgão Manter atualizado cadastro das barragens sob sua jurisdição
Fiscalizadores Disponibilizar informações em formato integrado ao SNISB
Manter o SNISB atualizado em relação a classificação de barragens

Envio em 31 de janeiro

Desenvolver plataforma para coleta de dados


Tratamento de dados referente aos cadastros e classificação de barragens
ANA
Elaborar o Relatório de Segurança de Barragens
(Gestora SNISB)
Coordenar a troca de informações entre órgãos e entidades
Disponibilizar acesso aos dados para a sociedade (Internet)

Envio em 31 de maio

CNRH Propor recomendações para melhoria da segurança de barragens

Envio até 20 de setembro

Congresso Nacional

Figura 4.1 – Fluxograma de responsabilidades para implementação do PSB

4.8. PORTARIA DNPM N° 416, DE 3 DE SETEMBRO DE 2012

A Portaria N° 416 define a sistemática de cadastramento das barragens fiscalizadas pelo


DNPM, a periodicidade de atualização dos dados e o conteúdo mínimo das respectivas
informações a serem consideradas na elaboração do Plano de Segurança de Barragens,
bem como diretrizes para as Inspeções de Segurança Regulares e Especiais das
Barragens de Mineração. As retificações referentes a esta Portaria são a DOU
14/09/2012 e 18/12/2012.

As estruturas a serem consideradas nesta Portaria são aquelas que apresentam, pelo
menos, uma das características apontadas na Lei N° 12.334. As barragens de mineração
que se enquadram nesta classificação, são cadastradas pelo empreendedor no sistema do
Relatório Anual de Lavra (RAL), juntamente com a declaração dos demais dados do
empreendimento, devendo ser declaradas todas as barragens em construção, em
operação e desativadas sob sua responsabilidade. A data para protocolo destes dados
pelo empreendedor no site do órgão é até o dia 31 de março de cada ano, sendo que o

63
DNPM pode solicitar ao empreendedor que retifique seu cadastramento no referido
sistema a qualquer momento.

As barragens são classificadas em classes, segundo a categoria de risco e o dano


potencial associado. As diretrizes para a classificação destas barragens são apresentadas
no tópico 5.1 deste trabalho. Fica estabelecido que a atualização da classificação das
barragens será efetuada a cada 5 (cinco) anos, podendo ser atualizada a qualquer
momento em decorrência da alteração de suas características diretamente relacionadas
aos critérios de pontuação da categoria de risco e do dano potencial associado.

O Plano de Segurança de Barragens (PSB) deverá ser composto por quatro volumes,
sendo que, quando se tratar de barragens do Alto Dano Potencial Associado, faz-se
necessário a inclusão do Volume V, sendo o conteúdo mínimo:

• Volume I – TOMO I – Informações Gerais e Declaração de Estabilidade


o Identificação do Empreendedor
o Caracterização do empreendimento
o Características técnicas do projeto e da construção
o Indicação da área do entorno das instalações e acessos a serem
resguardados de quaisquer usos ou ocupação permanente
o Estrutura organizacional, contato dos profissionais e qualificação
técnica da equipe de segurança de barragens
o Indicação do responsável pela regra operacional do reservatório
o Declaração de classificação da barragem quanto à categoria de
risco e dano potencial associado
• Volume I – TOMO II – Documentação Técnica do Empreendimento
o Projetos básicos e/ou executivos
o Projeto “como construído” ou “como está”
o Manuais dos equipamentos, caso existam
o Licenças ambientais, outorgas e demais requerimentos legais
• Volume II – Planos e Procedimentos
o Plano de operação, incluindo regras operacionais dos vertedouros
o Planejamento das manutenções
o Plano de monitoramento e instrumentação

64
o Planejamento das inspeções de segurança da barragem
o Cronograma de testes de equipamentos
• Volume III – Registros e Controles
o Registros de Operação
o Registros de Manutenção
o Registros de Monitoramento e Instrumentação
o Fichas e relatórios de Inspeção de Segurança de Barragens
o Registro de testes de equipamentos
• Volume IV – TOMO I – Revisão Periódica de Segurança de Barragens
o Resultado de inspeção detalhada e adequada do local das
barragens e das estruturas associadas
o Reavaliação do projeto existente
o Reavaliação da categoria de risco e dano potencial associado
o Atualização das séries e estudos hidrológicos, confrontando com
a capacidade dos dispositivos de vertimento existentes
o Reavaliação dos procedimentos de operação, manutenção, testes,
instrumentação e monitoramento
o Reavaliação do PAE
o Revisão dos relatórios das revisões periódicas de segurança
anteriores
o Relatório Final do estudo
• Volume IV – TOMO II – Resumo Executivo
o Identificação da Barragem e do empreendedor
o Identificação do autor do trabalho
o Período de realização do trabalho
o Listagem dos estudos realizados
o Conclusões
o Plano de Ação de melhoria e cronograma de implantação das
ações indicadas no trabalho
• Volume V – Plano de Ação de Emergência (PAE)

Para as barragens de rejeito, a elaboração do Volume V do PSB é condicionada a


classificação como Alto Dano Potencial, ou seja, pontuação maior ou igual a 16, a

65
depender do somatório atribuído ao sistema estabelecido pela Resolução n°143 do
CNRH.

O PSB deve ser elaborado para todas as barragens, até o início de operação da mesma
sendo que, à medida que ocorrerem as atividades de operação, monitoramento,
manutenção e inspeções, os registros devem ser inseridos no Volume III do PSB.

A Revisão Periódica de Segurança de Barragens, parte integrante do PSB, tem por


objetivo verificar o estado geral de segurança das barragens, considerando o atual
estado da estrutura e indicando as ações a serem adotadas pelo empreendedor para a
manutenção da segurança. O produto final da Revisão Periódica de Segurança de
Barragens é o relatório do Volume IV do PSB. A periodicidade mínima de revisão é
baseada no sistema de classificação, sendo:

• Classe A: a cada 5 anos


• Classe B: a cada 5 anos
• Classe C: a cada 7 anos
• Classe D: a cada 10 anos
• Classe E: a cada 10 anos

Ao empreendedor é obrigatório executar nova Revisão Periódica de Segurança de


Barragens, sempre que ocorrerem modificações estruturais, como alteamentos ou
modificações na classificação dos rejeitos depositados na barragem de mineração.

O empreendedor deverá realizar, quinzenalmente, ou em menor período, inspeções de


segurança regular de rotina na barragem, preenchendo fichas de inspeção regular que
são parte integrante do Volume III do PSB. A Portaria define o conteúdo mínimo
requerido para estas fichas de inspeção. O Relatório de Inspeção de Segurança de
Barragens deve ser feito anualmente, contendo análise dos dados coletados nas
inspeções que ocorreram quinzenalmente, relatório fotográfico, alterações de projeto,
acompanhamento de leitura dos instrumentos, dentre outros.

66
Anualmente, o empreendedor deve realizar Inspeção Anual de Segurança de Barragens,
elaborando Relatório de Inspeção de Segurança Regular da Barragem, com a emissão da
Declaração de Estabilidade da Barragem. Esta Inspeção deve ocorrer até o dia 20 de
setembro de cada ano, devendo ter seu extrato protocolado na plataforma do Relatório
Anual de Lavra na Internet (RALweb) até o dia 15 de março do ano subsequente a
inspeção. As Inspeções Especiais de Segurança são necessárias quando, durante as
vistorias de rotina, for constatada na barragem anomalia que resulte na pontuação
máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer item de classificação referente ao Estado de
Conservação (EC).

Para os empreendedores que possuíam barragens de mineração já implantadas ou cuja


implantação foi concluída até 20 de setembro de 2012, foi instituída a data limite para
protocolo do PSB em 20 de setembro de 2012, ficando para a mesma data de 2013, a
primeira Inspeção Anual de Segurança Regular de Barragens e para 31 de março a
Declaração de Condição de Estabilidade

4.9. PORTARIA DNPM N° 526, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2013

O DNPM define através da Portaria N° 526 a periodicidade de atualização, a


qualificação do responsável técnico, o conteúdo mínimo e o nível de detalhamento do
Plano de Ação de Emergência das Barragens de Mineração (PAEBM).

O PAEBM é o documento elaborado pelo empreendedor que identifica as situações de


emergência que podem ocorrer em função de problemas de estabilidade na barragem,
estabelecendo as ações imediatas necessárias a regularização do dano e os agentes
integrantes do sistema de comunicação desta anomalia. O objetivo do PAEBM é
minimizar danos com perdas de vida em caso de rupturas do barramento. Este estudo
deve ser elaborado para todas as Barragens de Mineração classificadas com dano
potencial alto e constará no Volume V do PSB.

As informações contidas no PAEBM devem ser de fácil entendimento e


disponibilizadas no próprio local da barragem, nas prefeituras e Defesas Civis
municipais e estaduais afetadas, para que sejam promovidos treinamento e simulações

67
de situações de emergência. Cabe ao empreendedor, estabelecer o fluxo de comunicação
entre as entidades envolvidas no PAEBM, bem como as medidas preventivas e
mitigadoras para cada estado de atenção e alerta identificados nas estruturas. A revisão
do PAEBM deve ocorrer por ocasião da realização de cada Revisão periódica de
Segurança de Barragem.

Cabe ao empreendedor a definição de um Coordenador do PAEBM, com autonomia e


responsabilidade para mobilização de equipamentos, materiais e mão de obra a serem
utilizados nas ações corretivas e/ou emergenciais, devendo estar treinado e capacitado
para o desempenho da função.

Para efeitos desta Portaria, considera-se uma Situação de Emergência quando, durante a
Inspeção Especial de Segurança da Barragem de Mineração for constatada, a qualquer
momento, anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer
coluna do quadro de Estado de Conservação referente a Categoria de Risco da
Barragem de Mineração, ou qualquer outra situação com potencial comprometimento de
segurança da estrutura. Estas situações de emergência detectadas devem ser avaliadas e
classificadas de acordo com:

• Nível 1 – Anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em


qualquer coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de
Risco da Barragem de Mineração, e para qualquer outra situação com potencial
comprometimento de segurança da estrutura
• Nível 2 – Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida no Nível I
for classificado como "não extinto"
• Nível 3 – A ruptura é iminente ou está ocorrendo.

4.10. OUTRAS LEGISLAÇÕES

De forma similar às Portarias emitidas pelo DNPM para regulamentação da sistemática


de classificação e segurança de barragens de rejeito, tem-se as Resoluções emitidas pela
ANA e ANEEL, referentes às barragens de acumulação de água.

68
Apesar de o objetivo deste trabalho ser limitado as barragens de rejeito, faz-se aqui uma
breve descrição da legislação das barragens de água, dado que a maioria dos textos
legislativos fazem menção a todos os tipos de barragem.

A Resolução ANA Nº 91 de 02 de abril de 2012 estabelece, dentre outros critérios, a


periodicidade de atualização e conteúdo mínimo do Plano de Segurança de Barragens
para barragens de retenção ou acumulação de substâncias líquidas ou de misturas de
líquidos e sólidos, de acordo com o que determina a Lei N° 12.334. Abrange também as
barragens situadas em rios de domínio da União.

A Resolução Normativa ANEEL N° 696 de 15 de dezembro de 2015, estabelece


critérios para classificação, formulação do Plano de Segurança e realização da Revisão
Periódica de Segurança de barragens fiscalizadas por esse órgão, de acordo com o que
determina a Lei N° 12.334.

A Resolução ANA N° 132 de 22 de fevereiro de 2016 complementa os critérios para


classificação das barragens de água no que diz respeito as tabelas de classificação do
dano potencial associado.

69
5.0. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS DE REJEITOS

Neste item, apresenta-se um breve histórico da legislação referente aos sistemas de


classificação de barragens, no que diz respeito às atribuições de cada órgão perante os
requisitos estabelecidos para controle das estruturas.

5.1. CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS (CNRH)

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos, no uso das competências que lhe são
conferidas pelo Sistema Legislativo, instituiu através da Resolução N°143 de 10 de
julho de 2012, os critérios gerais de classificação de barragens por categoria de risco,
dano potencial associado e pelo volume do reservatório, em atendimento ao art. 7° da
Lei no 12.334, de 2010.

Para compreensão e aplicação deste sistema de classificação, faz-se necessário a


definição dos seguintes termos, de acordo com a referida Resolução, sendo:

• Barragem: estrutura em um curso permanente, ou temporário, de água para fins


de contenção, acumulação de substâncias líquidas ou de misturas de líquidos e
sólidos (incluindo rejeitos), compreendendo o barramento e as estruturas
associadas.
• Reservatório: acumulação não natural de água, de substâncias líquidas ou de
mistura de líquidos e sólidos.
• Órgão fiscalizador: autoridade do poder público responsável pelas ações de
fiscalização da segurança da barragem de sua competência, observada as
disposições do art. 5° da Lei no 12.334, de 2010.
• Empreendedor: agente privado ou governamental com direito real sobre as terras
onde se localizam a barragem e o reservatório ou que explore a barragem para
beneficio próprio ou da coletividade, sendo também o responsável legal pela
segurança da barragem, cabendo-lhe o desenvolvimento de ações para garanti-la.
• Dano potencial associado: dano que pode ocorrer devido a rompimento,
vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem,

70
independentemente da sua probabilidade de ocorrência, podendo ser graduado
de acordo com as perdas de vidas humanas e impactos sociais, econômicos e
ambientais.
• Área afetada: área a jusante ou a montante, potencialmente comprometida por
eventual ruptura da barragem, cuja metodologia de definição de seus limites
deverá ser determinada pelo órgão fiscalizador.

Segundo a Resolução, as barragens devem ser classificadas pelos órgãos fiscalizadores,


por categoria de risco, por dano potencial associado e pelo seu volume, com base em
critérios gerais a serem descritos a seguir. Vale ressaltar que a classificação pode ser
revista a qualquer momento, desde que solicitada pelo empreendedor e com a entrega de
documentos que comprovem esta necessidade.

Após a classificação das estruturas deverá ser emitido um resultado final contendo a
definição da categoria de risco e do dano potencial associado para determinada
estrutura.

5.1.1. Classificação quanto à categoria de risco (CRI)

Quanto à categoria de risco, as barragens são classificadas de acordo com pontuação


estabelecida em função dos aspectos geométricos e estruturais que influenciam na
estabilidade da estrutura, tais como:

• Características Técnicas (CT)

o Altura do Barramento
! Altura ≤ 15m = Pontuação 0
! 15m < Altura < 30m = Pontuação 1
! 30m ≤ Altura ≤ 60m = Pontuação 4
! Altura > 60m = Pontuação 7
o Comprimento do coroamento da barragem
! Comprimento ≤ 50m = Pontuação 0
! 50m < Comprimento < 200m = Pontuação 1

71
! 200m ≤ Comprimento ≤ 600m = Pontuação 2
! Comprimento > 600m = Pontuação 3
o Vazão de Projeto
! CMP (Cheia Máxima Provável ou Decamilenar) = Pontuação 0
! Milenar = Pontuação 2
! TR (Tempo de retorno) de 500 anos = Pontuação 5
! TR inferior a 500 anos ou desconhecido = Pontuação 10

• Estado de conservação da barragem (EC)

o Confiabilidade das estruturas extravasoras


! Estruturas civis bem mantidas e em operação normal ou barragem
sem necessidade de estruturas extravasoras = Pontuação 0
! Estruturas com problemas identificados e medidas corretivas em
implantação = Pontuação 3
! Estruturas com problemas identificados e sem implantação das
medidas corretivas necessárias = Pontuação 6
! Estruturas com problemas identificados, com redução de
capacidade vertente e sem medidas corretivas = Pontuação 10
o Percolação
! Percolação totalmente controlada pelo sistema de drenagem =
Pontuação 0
! Umidade ou surgência nas áreas de jusante, paramentos, taludes e
ombreiras estáveis e monitorados = Pontuação 3
! Umidade ou surgência nas áreas de jusante, paramentos, taludes
ou ombreiras sem implantação das medidas corretivas necessárias
= Pontuação 6
! Surgência nas áreas de jusante com carreamento de material ou
com vazão crescente ou infiltração do material contido, com
potencial de comprometimento da segurança da estrutura =
Pontuação 10

72
o Deformações e recalques
! Não existem deformações e recalques com potencial de
comprometimento da segurança da estrutura = Pontuação 0
! Existência de trincas e abatimentos com medidas corretivas em
implantação = Pontuação 2
! Existência de trincas e abatimentos sem implantação das medidas
corretivas necessárias = Pontuação 6
! Existência de trincas, abatimentos ou escorregamentos, com
potencial de comprometimento da segurança da estrutura =
Pontuação 10
o Deterioração dos taludes/Paramentos
! Não existe deterioração de taludes e paramentos = Pontuação 0
! Falhas na proteção dos taludes e paramentos, presença de
vegetação arbustiva = Pontuação 2
! Erosões superficiais, ferragem exposta, presença de vegetação
arbórea, sem implantação das medidas corretivas necessárias =
Pontuação 6
! Depressões acentuadas nos taludes, escorregamentos, sulcos
profundos de erosão, com potencial de comprometimento da
segurança da estrutura = Pontuação 10

• Plano de Segurança da Barragem (PS)

o Documentação de projeto
! Projeto Executivo e “Como Construído” = Pontuação 0
! Projeto Executivo ou “Como Construído” = Pontuação 2
! Projeto Básico = Pontuação 5
! Projeto Conceitual = Pontuação 8
! Não há documentação de projeto = Pontuação 10
o Estrutura organizacional e qualificação dos profissionais da equipe
técnica de segurança da barragem

73
! Possui unidade administrativa com profissional técnico
qualificado responsável pela segurança da barragem = Pontuação
0

! Possui profissional técnico qualificado responsável pela


segurança da barragem = Pontuação 1
! Possui unidade administrativa sem profissional técnico
qualificado responsável pela segurança da barragem = Pontuação
3
! Não possui unidade administrativa e responsável técnico
qualificado pela segurança da barragem = Pontuação 6
o Procedimentos de inspeções de segurança e de monitoramento
! Possui manuais de procedimentos para inspeção, monitoramento
e operação = Pontuação 0
! Possui apenas manual de procedimentos de monitoramento =
Pontuação 2
! Possui apenas manual e procedimentos de inspeção = Pontuação 4
! Não possui manuais ou procedimentos formais para
monitoramento e inspeções = Pontuação 8
o Plano de Ação Emergencial (PAE)
! Possui PAE = Pontuação 0
! Não possui PAE e não é exigido pelo órgão = Pontuação 2
! PAE em elaboração = Pontuação 4
! Não possui PAE e é exigido pelo órgão = Pontuação 8
o Relatórios de inspeção de segurança com análise e interpretação
! Emite regularmente relatórios de inspeção e monitoramento com
base na instrumentação e de Análise de Segurança = Pontuação 0
! Emite regularmente apenas relatórios de Análise de Segurança =
Pontuação 2
! Emite regularmente apelas relatórios de inspeção e de
monitoramento = Pontuação 4
! Emite regularmente apenas relatórios de inspeção visual =
Pontuação 6

74
! Não emite regularmente relatório de inspeção e monitoramento e
de Análise de Segurança = Pontuação 8

Fica a critério do órgão fiscalizador a adoção ou não de critérios complementares aos


descritos anteriormente, desde que se tenha a justificativa técnica desta inclusão.

O fato de as barragens serem estruturas passíveis de alteamento e estarem em constante


modificação em função das necessidades específicas de disposição, requer que esse
sistema de classificação seja revisto constantemente. Segundo os critérios estabelecidos
na Resolução, esta reavaliação deve acontecer em, no máximo, a cada 5 (cinco) anos.

Ainda fica estabelecido que o órgão fiscalizador possa aplicar a pontuação máxima a
um critério de classificação sobre o qual não forem fornecidas informações pelo
empreendedor.

O somatório da pontuação atribuída, separadamente, aos Critérios Técnicos (CT),


Estado de Conservação (EC) e Plano de Segurança de Barragens (PS) irá configurar a
faixa de classificação de Categoria de Risco (CRI), conforme apresentado na Tabela
5.1. A pontuação 10 em qualquer coluna de estado de Conservação (EC) implica
automaticamente em Categoria de Risco Alta e necessidade de providências imediatas
pelo responsável da barragem.

Tabela 5.1 – Classificação de Categoria de Risco – CNRH (2012)


CRI ALTA Somatório pontos (CT+EC+PS) ≥ 60 ou EC=10
CRI MÉDIA Somatório pontos (CT+EC+PS) entre 35 a 60
CRI BAIXA Somatório ≤ 35

As Tabelas 5.2, 5.3 e 5.4 apresentam um esquema resumido do sistema de classificação


quanto a categoria de risco, bem como as notas que devem ser associadas a cada
critério.

75
Tabela 5.2 – Características Técnicas (CT) – CNRH (2012)
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - CT

(a) Altura do (b) Comprimento do


(c) Tempo de recorrência da vazão de projeto
barramento coroamento da barragem
do vertedouro
(m) (m)

Altura ≤ 15m Comprimento ≤ 50m CMP - Cheia Máxima Provável ou Decamilenar


Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

15m < Altura < 30m 50m < Comprimento < 200m Milenar
Pontuação 1 Pontuação 1 Pontuação 2

30m ≤ Altura ≤ 60m 200m ≤ Comprimento ≤ 600m TR (Tempo de retorno) de 500 anos
Pontuação 4 Pontuação 2 Pontuação 5

Altura > 60m Comprimento > 600m TR inferior a 500 anos ou desconhecido
Pontuação 7 Pontuação 3 Pontuação 10

CT = Σ (itens a até c)

Tabela 5.3 – Estado de Conservação (EC) – CNRH (2012)


ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA BARRAGEM - EC

(d) Confiabilidade das estruturas


(e) Percolação (f) Deformação e recalques (g) Deterioração dos taludes
extravasoras

Estruturas civis bem mantidas e em Não existem deformações e


operação normal ou barragem sem Percolação totalmente controlada recalques com potencial de Não existe deterioração de taludes e
necessidade de estruturas pelo sistema de drenagem comprometimento da paramentos
extravasoras segurança da estrutura
Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

Estruturas com problemas Umidade ou surgência nas áreas de Existência de trincas e Falhas na proteção dos taludes e
identificados e medidas corretivas jusante, parâmetros, taludes e abatimentos com medidas paramentos, presença de vegetação
em implantação ombreira estáveis e monitorados corretivas em implantação arbustiva

Pontuação 3 Pontuação 3 Pontuação 2 Pontuação 2

Umidade ou surgência nas áreas de Existência de trincas e Erosões superficiais, ferragem


Estruturas com problemas
jusante, parâmetros, taludes ou abatimentos sem implantação exposta, presença de vegetação
identificados e sem implantação
ombreiras sem implantação das das medidas corretivas arbórea, sem implantação das
das medidas corretivas
medidas corretivas necessárias necessárias medidas corretivas necessárias
Pontuação 6 Pontuação 6 Pontuação 6 Pontuação 6

Surgências nas áreas de jusante


Existência de trincas,
com carreamento de material ou Depressões acentuadas nos taludes,
Estruturas com problemas abatimentos ou
com a vazão crescente ou escorregamentos,sulcos profundos
identificados, com redução da escorregamentos, com
infiltração do material contido, de erosão, com potencial de
capacidade vertente e sem medidas potencial de
com potencial de comprometimento da segurança da
corretivas comprometimento da
comprometimento da segurança da estrutura
segurança da estrutura
estrutura
Pontuação 10 Pontuação 10 Pontuação 10 Pontuação 10

EC = Σ (itens d até g)

76
Tabela 5.4 – Plano de Segurança (PS) – CNRH (2012)
PLANO DE SEGURANÇA - PS

(i) Estrutura organizacional e


(l) Relatórios de inspeção de
(h) Existência de documentação de qualificação dos profissionais da (j) Procedimentos de inspeções de (k) Plano de ação emergencial
segurança com análise e
projeto equipe técnica de segurança da segurança e de monitoramento (PAE)
interpretação
barragem

Possui unidade administrativa com Emite regularmente relatórios de


Possui manuais de procedimentos
Projeto Executivo e “Como profissional técnico qualificado inspeção e monitoramento com
para inspeção, monitoramento e Possui PAE
Construído” responsável pela segurança da base na instrumentação e de
operação
barragem Análise de Segurança
Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

Possui profissional técnico Emite regularmente apenas


Projeto Executivo ou “Como Possui apenas manual de Não possui PAE e não é
qualificado responsável pela relatórios de Análise de
Construído” procedimentos de monitoramento exigido pelo órgão
segurança da barragem Segurança

Pontuação 2 Pontuação 1 Pontuação 2 Pontuação 2 Pontuação 2


Possui unidade administrativa sem
Emite regularmente apelas
profissional técnico qualificado Possui apenas manual de
Projeto Básico PAE em elaboração relatórios de inspeção e
responsável pela segurança da procedimentos de inspeção
monitoramento
barragem
Pontuação 5 Pontuação 3 Pontuação 4 Pontuação 4 Pontuação 4

Não possui unidade administrativa Não possui manuais ou


Não possui PAE e é exigido Emite regularmente apenas
Projeto Conceitual e responsável técnico qualificado procedimentos formais para
pelo órgão relatórios de inspeção visual
pela segurança da barragem monitoramento e inspeções

Pontuação 8 Pontuação 6 Pontuação 8 Pontuação 8 Pontuação 6

Não emite regularmente


relatório de inspeção e
Não há documentação de projeto
monitoramento e de Análise de
Segurança

Pontuação 10 Pontuação 8

PS = Σ (itens h até l)

5.1.2. Classificação quanto ao dano potencial associado (DPA)

Com relação ao dano potencial associado, o sistema de pontuação e classificação leva


em conta critérios relacionados a:
• Volume do reservatório
o Muito pequeno - reservatório com volume total inferior ou igual a 500
mil m3 = Pontuação 1
o Pequeno - reservatório com volume total superior a 500 mil m3 e inferior
ou igual a 5 milhões de m3 = Pontuação 2
o Médio - reservatório com volume total superior a 5 milhões de m3 e
inferior ou igual a 25 milhões de m3 = Pontuação 3
o Grande - reservatório com volume total superior a 25 milhões e inferior
ou igual a 50 milhões de m3 = Pontuação 4

77
o Muito grande - reservatório com volume total superior a 50 milhões de
m3 = Pontuação 5

• Existência de população a jusante


o Inexistente – não existem pessoas permanentes/residentes ou
temporárias/transitando na área afetada a jusante da barragem =
Pontuação 0
o Pouco frequente – Não existem pessoas ocupando permanentemente a
área afetada a jusante da barragem, mas existe estrada vicinal de uso
local = Pontuação 3
o Frequente – Não existem pessoas ocupando permanentemente a área
afetada a jusante da barragem, mas existe rodovia municipal ou estadual
ou federal ou outro local e/ou empreendimento de permanência eventual
de pessoas que poderão ser atingidas = Pontuação 5
o Existente – Existem pessoas ocupando a área afetada a jusante da
barragem, portanto, vidas humanas poderão ser atingidas = Pontuação
10
• Impacto Ambiental
o Insignificante – área afetada a jusante da barragem encontra-se
totalmente descaracterizada de suas condições naturais e estrutura
armazena apenas resíduos Classe IIB – Pontuação 0
o Pouco Significativo – área afetada a jusante da barragem não apresenta
área de interesse ambiental relevante ou áreas protegidas em legislação
específica, excluída APPs e armazena apenas resíduos Classe IIB –
Pontuação 2
o Significativo – área afetada a jusante da barragem apresenta área de
interesse ambiental relevante ou áreas protegidas em legislação
específica, excluída APPs, e armazena apenas resíduos Classe IIB –
Pontuação 6
o Muito Significativo - barragem armazena rejeitos ou resíduos sólidos
classificados na Classe IIA – Pontuação 8
o Muito Significativo Agravado – barragem armazena rejeitos ou resíduos
sólidos classificados na Classe I = Pontuação 10

78
• Impacto socioeconômico
o Inexistente – não existem quaisquer instalações na área afetada a jusante
da barragem = Pontuação 0
o Baixo – existe pequena concentração de instalações residenciais,
agrícolas, industriais ou de infraestrutura de relevância sócio-
econômico-cultural na área afetada a jusante da barragem = Pontuação 1
o Médio – existe moderada concentração de instalações residenciais,
agrícolas, industriais ou de infraestrutura de relevância socioeconômico
e cultural na área afetada a jusante da barragem = Pontuação 3
o Alto – existe alta concentração de instalações residenciais, agrícolas,
industriais ou de infraestrutura de relevância socioeconômico e cultural
na área afetada a jusante da barragem = Pontuação 5

São válidas as mesmas considerações descritas anteriormente quanto a adição de novos


critérios e a reavaliação da classificação. Vale ressaltar que, no caso do dano potencial
associado, são considerados o uso e ocupação solo no momento da classificação.

O somatório da pontuação atribuída aos itens constantes a esta classificação irá


configurar a faixa de classificação quanto ao Dano Potencial Associado (DPA),
conforme apresentado na Tabela 5.5.

Tabela 5.5 – Classificação de Dano Potencial Associado – CNRH (2012)


DPA ALTO Somatório pontos ≥ 13 ou EC=10
DPA MÉDIO Somatório pontos entre 7 a 13
DPA BAIXO Somatório pontos ≤ 7

A Tabela 5.6 apresenta um esquema resumido do sistema de classificação quanto ao


dano potencial associado, bem como as notas que devem ser associadas a cada critério.

79
Tabela 5.6 – Dano Potencial Associado – CNRH (2012)
DANO POTENCIAL ASSOCIADO - DPA

(m) Volume Total do reservatório (n) Existência de população a jusante (o) Impacto ambiental (p) Impacto socioeconômico

Insignificante – área afetada a jusante


Inexistente – não existem pessoas
Muito pequeno - reservatório com da barragem encontra-se totalmente Inexistente – não existem quaisquer
permanentes/residentes ou
volume total inferior ou igual a 500 descaracterizada de suas condições instalações na área afetada a jusante da
temporárias/transitando na área afetada a
mil metros cúbicos naturais e estrutura armazena apenas barragem
jusante da barragem
resíduos Classe IIB
Pontuação 1 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

Pouco Significativo – área afetada a


Baixo – existe pequena concentração de
Pequeno - reservatório com Pouco frequente – Não existem pessoas jusante da barragem não apresenta
instalações residenciais, agrícolas,
volume total superior a 500 mil ocupando permanentemente a área área de interesse ambiental relevante
industriais ou de infra-estrutura de
metros cúbicos e inferior ou igual afetada a jusante da barragem, mas existe ou áreas protegidas em legislação
relevância sócio-econômico-cultural na
a 5 milhões de metros cúbicos estrada vicinal de uso local específica, excluída APPs e armazena
área afetada a jusante da barragem
apenas resíduos Classe IIB
Pontuação 2 Pontuação 3 Pontuação 2 Pontuação 1

Frequente – Não existem pessoas


Significativo – área afetada a jusante
ocupando permanentemente a área Médio – existe moderada concentração
Médio - reservatório com volume da barragem apresenta área de
afetada a jusante da barragem, mas existe de instalações residenciais, agrícolas,
total superior a 5 milhões de interesse ambiental relevante ou
rodovia municipal ou estadual ou federal industriais ou de infra-estrutura de
metros cúbicos e inferior ou igual áreas protegidas em legislação
ou outro local e/ou empreendimento de relevância sócio.econômico-cultural na
a 25 milhões de metros cúbicos específica, excluída APPs, e armazena
permanência eventual de pessoas que área afetada a jusante da barragem
apenas resíduos Classe IIB
poderão ser atingidas
Pontuação 3 Pontuação 5 Pontuação 6 Pontuação 3

Alto – existe alta concentração de


Grande - reservatório com volume Existente – Existem pessoas ocupando a
Muito Significativo - barragem instalações residenciais, agrícolas,
total superior a 25 milhões e área afetada a jusante da barragem,
armazena rejeitos ou resíduos sólidos industriais ou de infra-estrutura de
inferior ou igual a 50 milhões de portanto, vidas humanas poderão ser
classificados na Classe IIA relevância sócio.econômico-cultural na
metros cúbicos atingidas
área afetada a jusante da barragem

Pontuação 4 Pontuação 10 Pontuação 8 Pontuação 5

Muito Significativo Agravado –


Muito grande - reservatório com
barragem armazena rejeitos ou
volume total superior a 50 milhões
resíduos sólidos classificados na Classe
de metros cúbicos
I
Pontuação 5 Pontuação 10

PS = Σ (itens m até p)

5.2. DEPARTAMENTO NACIONAL DE PESQUISA MINERAL (DNPM)

O DNPM, no uso das competências conferidas pelo Sistema Legislativo, instituiu


através da Portaria N°416 de 03 de setembro de 2012, a sistemática de classificação de
barragens, dentre outras definições. A classificação é baseada nas definições
estabelecidas pelo CNRH para risco e dano potencial associado, através de uma matriz
de risco e dano, sendo:

- Dano potencial associado: dano que pode ocorrer devido ao rompimento,


vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem
- Risco: probabilidade da ocorrência de um acidente

80
As barragens são classificadas pelo DNPM em classes A, B, C, D e E de acordo com o
estabelecido no quadro de classificação da CNRH para Categoria de Risco e Dano
Potencial Associado. Essa classificação norteia a Revisão Periódica de Segurança de
Barragens, parte integrante do PSB, conforme apresentado na Tabela 5.7.

Tabela 5.7 – Classificação em relação ao DNPM (2012)


Dano Potencial Associado
Categoria de Risco ALTO MÉDIO BAIXO
ALTO A B C
MÉDIO B C D
BAIXO C D E

5.3. CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL (COPAM)

O Conselho Estadual de Política Ambiental, no uso das competências que lhe são
conferidas, instituiu através da Deliberação Normativa N°87 de 17 de junho de 2005, os
critérios gerais de classificação de barragens, sendo as barragens classificadas em
função da altura e do volume como:

• Barragem de Pequeno Porte: Altura da Barragem (H) < 15m e Volume


do reservatório Vr < 500.000 m3
• Barragem de Médio Porte: Altura da Barragem 15 ≤ (H) ≤ 30m e
Volume do reservatório 500.000 ≤ Vr ≤ 5.000.000m3
• Barragem de Grande Porte: Altura da Barragem (H) > 30m e Volume do
reservatório Vr > 5.000.000 m3

No que diz respeito ao sistema de pontuação e classificação com base no dano


ambiental, tem-se:

• Altura da Barragem
o Altura < 15m = Pontuação 0
o 15m ≤ Altura ≤ 30m = Pontuação 1
o Altura > 30m = Pontuação 2

81
• Volume do Reservatório (Vr)
o Vr < 500.000 m3 = Pontuação 0
o 500.000 m3 ≤ Vr ≤ 5.000.000 m3 = Pontuação 1
o Vr >5.000.000 m3 = Pontuação 2
• Ocupação humana a jusante
o Inexistente: não existem habitações na área a jusante da barragem
– Pontuação 0
o Eventual: significa que não existem habitações na área a jusante
da barragem, mas existe estrada vicinal ou rodovia municipal ou
estadual ou federal ou outro local e/ou empreendimento de
permanência eventual de pessoas – Pontuação 2
o Existente: significa que existem habitações na área a jusante,
portanto, vidas humanas poderão ser atingidas, sendo que a
barragem armazena rejeitos ou resíduos sólidos classificados na
Classe IIB – Pontuação 3
o Grande: significa que existem habitações na área a jusante,
portanto, vidas humanas poderão ser atingidas, com o agravante
de que a barragem armazena rejeitos ou resíduos sólidos
classificados como Classe I ou Classe IIA – Pontuação 4
• Interesse ambiental a jusante
o Pouco significativo – Pontuação 0
o Significativo – Pontuação 1
o Elevado – Pontuação 3
• Instalações na área de jusante
o Inexistente – Pontuação 0
o Baixa concentração – Pontuação 1
o Alta concentração – Pontuação 2

A Tabela 5.8 apresenta a descrição dos critérios referentes ao dano ambiental, sendo
que somatório da pontuação (V) atribuída aos critérios descritos anteriormente irá
configurar a faixa de classificação de Dano Ambiental em:

82
• CLASSE I – Baixo potencial de dano ambiental = Somatório pontos: V ≤ 2
• CLASSE II – Médio potencial de dano ambiental = Somatório pontos: 2 < V ≤ 5
• CLASSE III – Alto potencial de dano ambiental = Somatório pontos: V > 5

Tabela 5.8 – Classificação COPAM em relação ao dano potencial associado (2005)


DANO AMBIENTAL

Altura da
Interesse ambiental a Intslações na área de
barragem Volume do reservatório (Vr) Ocupação humana a jusante
jusante jusante
(m) (m3)

Inexistente: não existem habitações na área a jusante


Altura < 15m Vr < 500.000m3 Pouco significativo Inexistente
da barragem
Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

Eventual: significa que não existem habitações na


área a jusante da barragem, mas existe estrada vicinal
15m ≤ Altura ≤ 30m 500.000m3 ≤ Vr ≤ 5.000.000 ou rodovia municipal ou estadual ou federal ou outro Significativo Baixa concentração
local e/ou empreendimento de permanência
eventual de pessoas
Pontuação 1 Pontuação 1 Pontuação 2 Pontuação 1 Pontuação 1

Existente: significa que existem habitações na área a


jusante, portanto, vidas humanas poderão ser
Altura > 30m Vr > 5.000.000m3 Elevado Alta concentração
atingidas, sendo que a barragem armazena rejeitos
ou resíduos sólidos classificados na Classe IIB
Pontuação 2 Pontuação 2 Pontuação 3 Pontuação 3 Pontuação 2

Grande: significa que existem habitações na área a


jusante, portanto, vidas humanas poderão ser
atingidas, com o agravante de que a barragem
armazena rejeitos ou resíduos sólidos classificados
como Classe I ou Classe IIA
Pontuação 4

83
6.0. NOVA METODOLOGIA PARA UNIFICAÇÃO DO SISTEMA DE
CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS DE REJEITO

Conforme exposto na Portaria que versa sobre o Cadastro Nacional de Barragens de


Mineração (Portaria DNPM Nº 416, de 03 de setembro de 2012), os empreendedores
devem declarar todas as barragens (em construção, em operação e as desativadas) de sua
responsabilidade no Relatório Anual de Lavra – RAL – durante a campanha de
declaração do referido relatório anualmente. A Lei Nº 12.334, de 20 de setembro de
2010, estabeleceu que o órgão fiscalizador deverá implantar o cadastro das barragens
sob sua jurisdição no prazo máximo de 02 (dois) anos, a partir da data de sua
publicação. Da mesma forma, estabeleceu que cabe ao órgão fiscalizador criar e manter
cadastro das barragens sob sua jurisdição, com identificação dos empreendedores, para
fins de incorporação ao SNISB – Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de
Barragens, assim como exigir do empreendedor o cadastramento e a atualização das
informações relativas às barragens de sua responsabilidade.

De acordo com o declarado pelos empreendedores no Relatório Anual de Lavra, o


DNPM classifica as barragens de mineração em cinco classes: A, B, C, D ou E. A
Figura 6.1 apresenta os quantitativos levantados pelo DNPM para as Barragens de
Mineração pertencentes à Política Nacional de Segurança de Barragens em novembro
de 2015. Para esta classificação, utiliza-se o Quadro para Classificação de Barragens
para Disposição de Resíduos e Rejeitos (Tabela 5.7) em consonância com a Resolução
CNRH Nº 143, de 10 de julho de 2012.

As estruturas são classificadas com base na Categoria de Risco e no Dano Potencial


Associado, sendo que as 399 estruturas encontram-se inseridas no PNSB, segundo a
base de dados do RAL_DNPM_04/2014. A Tabela 6.1 apresenta um detalhamento
deste cadastro, onde as estruturas de Minas Gerais foram analisadas em separado com o
objetivo de ter uma base de comparação com o cadastro promovido pela FEAM. Desta
forma, tem-se um total de 386 barragens de mineração em Minas Gerais, segundo o
cadastro do DNPM. Ressalta-se que o quantitativo de estruturas cadastradas em 04/2014
foi atualizado pelo DNPM em 2015 para a disponibilização dos dados da Figura 6.1 e,
apesar do quantitativo final de barragens serem os mesmos, há uma divergência em
relação aos valores por classe de barragem.

84
Figura 6.1 – Barragens de Mineração pertencentes à PNSB
Fonte: DNPM – publicado em 04/02/15 às 11H25 e modificado em 18/11/2015 15h06)

Tabela 6.1 – Barragens de Mineração pertencentes à PNSB (DNPM_04/2014)


Atualização Site
Base de dados RAL_04/2014
DNPM 02/2015

Demais
MG TOTAL
Estados
Barragem 2 15 17
Classe A 36
Cava exaurida com barramento 1 1
Barragem 3 5 8
Classe B 10
Cava exaurida com barramento 1 1
Barragem 106 66 172
Classe C 144
Cava exaurida com barramento 3 3
Barragem 56 36 92
Classe D 110
Cava exaurida com barramento 2 4 6
Barragem 49 48 97
Classe E 86
Cava exaurida com barramento 1 1 2

TOTAL 220 179 399

Total Barragens 386 386


Total Cavas exauridas com barramento 13

85
O Apêndice A apresenta um descritivo de todas as estruturas cadastradas no DNPM no
RAL 04_2014, com identificação do empreendedor, altura do barramento, volume total
do reservatório, substância principal, município, classificação baseada no CRI e DPA e
tipo de estrutura.

Das barragens cadastradas, tem-se que 90,4% é classificada como Baixa Categoria de
Risco, ou seja pontuação associada as Características Técnicas, Estado de Conservação
e Plano de Segurança menor ou igual a 35 pontos. Em relação ao Dano Potencial
Associado, cerca de 47% é definida como Alto Dano Potencial, ou seja, pontuação
maior ou igual a 13 pontos. A Tabela 6.2 apresenta um detalhamento dos quantitativos
de barragem por categoria de risco e dano potencial associado, face a classificação
imposta pelo DNPM. Para estes quantitativos foram excluídas as cavas exauridas com
barramento.

Tabela 6.2 – Barragens por Classe_DNPM


CRI DPA
Alto Médio Baixo TOTAL Alto Médio Baixo TOTAL
Classe A 17 17 17 17
Classe B 5 2 1 8 2 6 8
Classe C 2 8 162 172 162 8 2 172
Classe D 1 2 89 92 90 2 92
Classe E 97 97 97 97
386 386
6,5% 3,1% 90,4% 46,9% 26,9% 26,2%

Ao avaliar os quantitativos da tabela acima no que diz respeito aos critérios de


classificação para altura da barragem e volume do reservatório, tem-se que algumas
estruturas foram cadastradas com altura e ou volume igual a zero. Na tabela do DNPM
também há um equívoco na denominação na Categoria de Risco “Médo”, associado a
um Dique no estado de SP; esta estrutura foi desconsiderada na compilação dos dados a
seguir. Sendo assim, tem-se que, aproximadamente, 47% das estruturas são
classificadas com Alto Dano Potencial. O quantitativo de estruturas cadastradas no
DNPM, e que podem ser relacionadas a Categoria de Risco e Dano Potencial em função
da altura e volume são apresentadas na Tabela 6.3.

No cenário Nacional, cerca de 65% das estruturas possuem altura até 30m e Baixa
Categoria de Risco, sendo que em relação ao Volume, 71% das estruturas também são
classificadas com Categoria de Risco reduzida, com volumes de reservatório até

86
5.000.000m3. Em relação ao Dano Potencial Associado, os valores são praticamente
bem distribuídos, com cerca de 47% das estruturas sendo classificadas como Alto Dano
Potencial.

Tabela 6.3 – Categoria de Risco e Dano Potencial por Classe de Barragem_DNPM


Categoria de Risco Dano Potencial
Alto Médio Baixo Alto Médio Baixo
Altura ≤ 15m 18 7* 120 53 48* 44
65,4%
15m < Altura < 30m 5 3 109 40 35 42
30m ≤ Altura ≤ 60m 2 75 51 14 12
Altura > 60m 1 46 37 7 3
25 11 350 386 181 104 101 386
46,9%
* Sendo uma estrutura identificadas com Altura = 0 * Sendo uma estrutura identificadas com Altura = 0

3
Volume ≤ 500.000m 11* 6* 140** 61* 56** 41***
3 3
71,1%
500.000m < Volume ≤ 5.000.000m 11 1 109 49 29 42
3
5.000.000m < Volume ≤ 25.000.000m 2 2 66 41 14 15
3
25.000.000m < Volume ≤ 50.000.000m 1 12 10 2 1
3
Volume > 50.000.000m 2 23 20 3 2
25 11 350 386 181 104 101 386
46,9%
* Sendo uma estruturas sem dentificação de Volume* Sendo duas estruturas identificadas com Volume = 0
* Sendo quatro estruturas identificadas com Volume=0
** Sendo três estruturas identificadas com Volume = 0
** Sendo uma estrutura identificada com Volume = 0

Se considerarmos as 220 estruturas classificadas como Barragem de acumulação de


rejeitos em Minas Gerais, tem-se que a maioria foi classificada como Baixa Categoria
de Risco, ou seja, cerca de 97% das estruturas como sendo Classe C, D ou E. Em
relação ao Dano Potencial Associado, tem-se que cerca de 49% são definidas como uma
estrutura de Alto Dano, como pode ser verificado na Tabela 6.4. Em relação ao cenário
Nacional, estes percentuais são, respectivamente, cerca de 55% e 28%.

Tabela 6.4 – Classificação das Barragens de rejeito no cenário Nacional_DNPM

87
O Conselho Estadual de Política Pública – COPAM, no uso das atribuições que lhe
confere o artigo 5º, item I da Lei nº 7.772 de 8 de setembro de 1980, elaborou a
Deliberação Normativa nº 62 de 17 de setembro de 2002 que dispõe sobre critérios de
classificação de barragens de contenção de rejeitos, de resíduos e de reservatório de
água em empreendimentos industriais e de mineração no Estado de Minas Gerais.

A Deliberação Normativa COPAM nº 87 de 17 de junho de 2005 estabelece que todos


os empreendimentos devem realizar Auditoria Técnica de Segurança conforme disposto
no Art. 5º de acordo com a periodicidade que varia em função da classificação da
barragem. Ao final de cada auditoria, o auditor responsável deve elaborar um Relatório
de Auditoria Técnica de Segurança de Barragem contendo no mínimo o laudo técnico
sobre a segurança da estrutura, as recomendações para melhorar a segurança da
barragem, nome completo do auditor com a respectiva titularidade e Anotação de
Responsabilidade Técnica. Os dados apresentados nestes relatórios devem ser
cadastrados na FEAM, no Banco de Declarações Ambientais – BDA.

Segundo informações disponibilizadas pela FEAM no Inventário de Barragens do


estado de Minas Gerais, em 2014 foram contabilizadas 754 estruturas cadastradas no
BDA, conforme apresentado na Tabela 6.5.

Tabela 6.5 – Barragens de Mineração cadastradas no BDA (FEAM/2014)


Indústria Mineração Total

Classe I 101 126 227


Classe II 131 165 296
Classe III 72 159 231

TOTAL 450 754

No que diz respeito às 450 barragens de mineração, 159 estruturas são consideradas
como Alto Potencial de Dano Ambiental, o que representa cerca 35% em relação ao
total. Destas estruturas, aproximadamente 92% possuem estabilidade garantida pelo
Auditor, conforme Tabela 6.6. Vale ressaltar que a responsabilidade de protocolar as
informações referentes a classificação e Auditoria é de responsabilidade do
empreendedor.

88
Tabela 6.6 – Barragens Classe III – FEAM e Declaração de Estabilidade

Barragens Classe III


Estabilidade Garantida pelo Auditor 146 91,8%
Estabilidade não garantida pelo Auditor 7 4,4%
Auditor não concluiu 6 3,8%
159

O Apêndice B apresenta um descritivo de todas as estruturas cadastradas na FEAM,


com identificação do empreendedor, classe da estrutura, município, bacia e situação de
estabilidade.

A avaliação dos dados disponibilizados pelo DNPM e FEAM demonstra diferenças


consideráveis em relação a quantificação e classificação das estruturas de mineração no
estado de Minas Gerais, principalmente no que diz respeito às estruturas com maior
impacto em relação aos danos. Segundo o DNPM, há 220 estruturas, sendo 108
denominadas como Alto Dano Potencial (49%) e, na FEAM, tem-se 450 estruturas, com
159 classificadas como Alto Potencial de Dano (35%).

De posse dos dados de estruturas cadastradas e diante da impossibilidade de estabelecer


um comparativo entre o sistema de classificação da FEAM e do DNPM, tem-se que, no
mínimo, 230 estruturas podem não estar sendo contabilizadas no sistema de
classificação do DNPM, ou ainda, concluir que não há uma convergência sobre os
critérios de classificação dos dois órgãos. As 220 estruturas comuns na contagem da
FEAM e do DNPM, não necessariamente demonstram convergência na classificação, ou
seja, as estruturas consideradas podem ser diferenciadas em cada órgão.

Desta forma, com o objetivo de quantificar as estruturas através de uma metodologia


mais adequada e, com isto, ter uma base para gerenciamento mais confiável dessas
estruturas, propõe-se uma nova metodologia de classificação de barragens para a
unificação dos critérios e premissas adotados.

89
6.1. COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
ATUAIS

Ao avaliarmos o critério de pontuação estabelecido pela FEAM para a classificação das


barragens no que diz respeito ao dano ambiental, juntamente com o sistema de
classificação do DNPM para Características Técnicas e Dano Potencial Associado, é
possível estabelecer certa correlação entre os termos adotados. Entretanto, no que diz
respeito à pontuação, há várias divergências. As estruturas com altura do barramento de
15m, por exemplo, possuem pontuação 1 no sistema de classificação da FEAM e
pontuação 0 no DNPM. Em relação ao volume dos reservatórios, se avaliarmos as
estruturas com volume maior que 25.000.000m3 temos uma pontuação na FEAM de 2 e
uma pontuação no DNPM de 4, como será demonstrado a seguir.

O item de ocupação humana a jusante possui um detalhamento maior no sistema de


classificação do DNPM, com pontuação variando entre 0, 3, 5 e 10, enquanto na FEAM
temos categorias de pontuação 0, 2, 3 e 4. Para o interesse ambiental a jusante e as
instalações na área de jusante da FEAM, não há uma correlação direta com o DNMP.
Entretanto do descritivo dos itens, pode-se associar tais classificações ao impacto
socioeconômico e ao impacto ambiental, respectivamente.

As Tabelas 6.7 a 6.11 apresentam as correlações estabelecidas entre os sistemas de


classificação da FEAM e do DNPM, como forma de demonstrar a disparidade entre os
dois sistemas de pontuação propostos. Dos cinco itens propostos pela FEAM, somente
um pode ser comparado com as Características Técnicas e Categoria de Risco propostas
pelo DNPM (Tabela 6.7), sendo os demais, uma tentativa de relacionar o Dano
Ambiental da FEAM como Dano Potencial Associado do DNPM.

Ressalta-se que a metodologia para atribuição da pontuação não é demonstrada nos


textos da legislação que especifica os critérios de classificação e, desse modo, será
realizada apenas uma análise qualitativa das notas atribuídas a cada fator.

90
Tabela 6.7 – Comparativo FEAM x DNPM para altura do barramento
PONTUAÇÃO
Altura do barramento FEAM DNPM
Contribui para: Dano Ambiental Características Técnicas
Categoria de Risco
Menor que 15m 0 0
15 m 1 0
Maior que 15m 1 1
30m 1 4
Maior que 30m 2 4
60m 2 4
Maior que 60m 2 7

Tabela 6.8 – Comparativo FEAM x DNPM para volume do reservatório


PONTUAÇÃO
Volume do Reservatório FEAM DNPM
Contribui para: Dano Ambiental Dano Potencial Associado
3
Menor que 500.000m 0 1
500.000m3 1 1
3
Maior que 500.000m 1 2
3
5.000.000m 1 2
3
Maior que 5.000.000m 2 3
3
25.000.000m 2 3
3
Maior que 25.000.000m 2 4
3
50.000.000m 2 4
3
Maior que 50.000.000m 2 5

Tabela 6.9 – Comparativo FEAM x DNPM para ocupação humana a jusante


PONTUAÇÃO
Ocupação humana a jusante FEAM DNPM
Contribui para: Dano Ambiental Dano Potencial Associado
não existem pessoas permanentes/residentes ou
Não existem habitações na área a jusante da barragem
Inexistente temporárias/transitando na área afetada a jusante
0 0

Significa que não existem habitações na área a jusante


Não existem pessoas ocupando permanentemente
da barragem, mas existe estrada vicinal ou rodovia
Eventual (FEAM) e Pouco a área afetada a jusante da barragem, mas existe
municipal ou estadual ou federal ou outro local e/ou
Frequente (DNPM) estrada vicinal de uso local
empreendimento de permanência eventual de
2 3

Não existem pessoas ocupando permanentemente


a área afetada a jusante da barragem, mas existe
rodovia municipal ou estadual ou federal ou outro
Frequente
local e/ou empreendimento de permanência
eventual de pessoas que poderão ser atingidas
5

Significa que existem habitações na área a jusante,


Existem pessoas ocupando a área afetada a jusante
portanto, vidas humanas poderão ser atingidas, sendo
da barragem, portanto, vidas humanas poderão ser
Existente que a barragem armazena rejeitos ou resíduos sólidos
atingidas
classificados na Classe IIB
3 10

Grande: significa que existem habitações na área a


jusante, portanto, vidas humanas poderão ser
atingidas, com o agravante de que a barragem
Grande
armazena rejeitos ou resíduos sólidos classificados
como Classe I ou Classe IIA
4

91
Tabela 6.10 – Comparativo FEAM x DNPM para instalações e impactos
PONTUAÇÃO
Instalações nas áreas de
jusante (FEAM) e Impacto FEAM DNPM
sócio-econômico (DNPM)
Contribui para: Dano Ambiental Dano Potencial Associado
Não existem quaisquer instalações na área afetada a jusante da
Inexistente barragem
0 0

Existe pequena concentração de instalações residenciais,


Baixa
agrícolas, industriais ou de infra-estrutura de relevância sócio-
Baixo Concentração
econômico-cultural na área afetada a jusante da barragem

1 1

Existe moderada concentração de instalações residenciais,


agrícolas, industriais ou de infra-estrutura de relevância sócio-
Médio
econômico-cultural na área afetada a jusante da barragem
3

Existe alta concentração de instalações residenciais, agrícolas,


Alta Concentração industriais ou de infra-estrutura de relevância sócio.econômico-
Alto
cultural na área afetada a jusante da barragem
2 5

Tabela 6.11 – Comparativo FEAM x DNPM para interesses e impactos


PONTUAÇÃO
Interesse ambiental a
jusante (FEAM) e Impacto FEAM DNPM
ambiental (DNPM)
Contribui para: Dano Ambiental Dano Potencial Associado
Area afetada a jusante da barragem encontra-se totalmente
descaracterizada de suas condições naturais e estrutura armazena
Insignificante
apenas resíduos Classe IIB
0

Área afetada a jusante da barragem não apresenta área de


interesse ambiental relevante ou áreas protegidas em legislação
Pouco Significativo
específica, excluída APPs e armazena apenas resíduos Classe IIB
0 2

Área afetada a jusante da barragem apresenta área de interesse


ambiental relevante ou áreas protegidas em legislação específica,
Significativo
excluída APPs, e armazena apenas resíduos Classe IIB
1 6

Barragem armazena rejeitos ou resíduos sólidos classificados na


Elevado (FEAM) e Muito
Classe IIA
Significativo (DNPM)
3 8

Barragem armazena rejeitos ou resíduos sólidos classificados na


Muito Significativo
Classe I
Agravado
10

92
O sistema de classificação da FEAM é bem simplificado e não leva em consideração
informações importantes, tais como o comprimento do coroamento das estruturas, dados
de instrumentação e percolação, extravasores, documentações de projeto e relatórios de
inspeção. Em ambos os sistemas de classificação, o objetivo é classificar a estrutura
para fins de determinar procedimentos mais ou menos severos, no que diz respeito a
estabilidade do barramento.

Por exemplo, uma estrutura que apresenta altura de 15m e volume de reservatório de
500.00 m3, com ocupação humana inexistente, pouco interesse ambiental a jusante e
significativa concentração na área de jusante, possui somatório de pontos 2, segundo os
critérios estabelecidos pela Deliberação Normativa Nº 87 COPAM. Desta forma, é
classificada como uma estrutura Classe I, de baixo potencial de dano ambiental, ou seja,
a Auditoria Técnica de Segurança deve ocorrer a cada 3 anos. Entretanto, ainda segundo
as definições do COPAM, o empreendedor deve apresentar à FEAM, anualmente, uma
cópia do sumário desta Auditoria. Sendo assim, caso não haja alterações estruturais, a
classificação irá se manter, neste caso, por 3 anos, assim como o documento da
Auditoria.

Utilizando os mesmos dados da estrutura, também há classificação de baixo dano


potencial associado no sistema DNPM, entretanto, não se considera a informação da
altura do barramento. Ou seja, dependendo dos demais itens a serem pontuados no
sistema de classificação do DNPM para as características técnicas, o estado de
conservação da barragem e o plano de segurança de barragens, pode haver uma
classificação de categoria de risco alto, médio ou baixo, que vai levar a classificação
final da estrutura para C, D ou E. De acordo com a Portaria DNPM Nº 416 de 2012, a
periodicidade de revisão do Plano de Segurança de Barragens, deve ser realizada a cada
7 anos para barragens Classe C e a cada 10 anos para barragens Classe D e E.

A revisão do Plano de Segurança de Barragens contempla, inclusive, informações sobre


inspeção detalhada das barragens, reavaliação de projetos, reavaliação das categorias de
risco e dano potencial associado e reavaliação dos procedimentos de operação e
monitoramento, ou seja, Auditorias de Segurança. Entretanto, segundo as definições do
DNPM, o empreendedor deve apresentar, anualmente, a Inspeção Anual de Segurança,
com a emissão da declaração de estabilidade. Sendo assim, mesmo que não haja

93
alterações estruturais, a classificação pode se alterar pelo fato de levar em conta dados
operacionais da estrutura mas, caso não haja alteração da classificação, somente
ocorrerá revisão do Plano de Segurança na data estipulada, no caso, 7 anos.

O fato de não haver uma convergência entre o sistema de pontuação e de classificação


das estruturas em relação a normatização da FEAM e do DNPM pode levar a uma série
de interpretações equivocadas, principalmente no que diz respeito as obrigações do
empreendedor face às questões relacionadas à segurança das estruturas, e revisões
periódicas das documentações emitidas, perante os órgãos fiscalizadores.

Dessa forma, torna-se imprescindível que o sistema de classificação seja unificado, para
que haja um mecanismo com um teor de subjetividade e imprecisão menor,
proporcionando uma maior efetividade nas interferências que devem ser verificadas
para cada estrutura.

6.2. NOVO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO UNIFICADO

A periodicidade máxima da revisão do Plano de Segurança de Barragens, conforme


estabelecido pela portaria n°416 de 2012 do DNPM, é baseada na classificação quanto
ao Risco e ao Dano Potencial Associado de cada estrutura, onde o somatório de notas a
itens pré-estabelecidos proporciona a análise em uma matriz com níveis baixos, médios
e altos. Independente da classificação, sempre que ocorrerem mudanças estruturais nas
estruturas ou nos materiais depositados, deve ocorrer uma reavaliação deste somatório
de pontos, sendo que, caso não haja alterações estruturais, a revisão deverá ocorrer em:

• Barragens Classe A e B: a cada 5 anos


• Barragens Classe C: a cada 7 anos
• Barragens Classe D e E: a cada 10 anos

O novo sistema de classificação, além de propor a inclusão de novos itens a serem


considerados na avaliação da pontuação dos critérios estabelecidos, considera que deve
haver uma alteração na periodicidade máxima na revisão do Plano de Segurança de
Barragens proposto pela portaria Nº 416 do DNPM. Desta forma, propõe-se também

94
uma alteração da Deliberação Normativa COPAM N° 167, inserindo itens no seu
sistema de classificação atual de forma a ser o mesmo adotado pelo DNPM, haja vista
que as estruturas são as mesmas, bem como o objetivo principal de preservar a
segurança das barragens de mineração.

Essa alteração vai de encontro ao elevado número de acidentes de grande magnitude


que tem ocorrido nos últimos anos, como o rompimento em 1986 da barragem de
rejeitos da Mina de Fernandinho (Itabirito) que resultou na morte de sete pessoas. Ainda
na cronologia dos grandes acidentes, destaca-se a Barragem da Mineração Rio Verde
(Macacos – Nova Lima) em 2001, em uma área de 43 hectares, com a morte de cinco
operários e assoreamento de 6,4 km do leito do rio Taquaras. Em 20 de março de 2003,
a barragem de um dos reservatórios da Indústria Cataguases de Papel se rompeu,
liberando cerca de 1,4 bilhões de litros de lixívia no córrego Rio Pomba e fazendo com
que a FEAM implantasse o sistema de fiscalização de barragens no Estado.

Em Miraí, na Zona da Mata, uma barragem da mineradora Rio Pomba Cataguases se


rompeu em 2007, resultando em 4.000 moradores desalojados. Para o ano de 2014, tem-
se registros do desabamento de um túnel na Mina do Pico, em Itabirito e, nesse mesmo
ano, a barragem da Herculano Mineração que se rompeu em setembro, com a morte de
3 pessoas. Por fim, em 2015, o rompimento da Barragem da Samarco, em Mariana, com
a propagação de 62 milhões de m3 de rejeitos e a destruição total do Distrito de Bento
Rodrigues.

No cenário Internacional, cita-se em 2010, o rompimento do reservatório de lixo tóxico


da produção de alumínio na Hungria, no Leste Europeu, com a morte de quatro pessoas.
A China registrou inúmeros acidentes dessa natureza nos últimos anos, com mais de
duzentas mortes, sendo que a maioria está associada aos efeitos da liquefação em função
do grande número de tremores de terra.

O levantamento efetuado em 2014 pelo ICOLD das rupturas de barragens ocorridas


entre os anos de 1915 a 2014, apresentado no Bulletin 121, considera as rupturas de
barragens em cinco categorias, como pode ser visto na Tabela 6.12 sendo:

95
• (1) = Rupturas muito graves de barragens de rejeitos, com perdas de vida de
aproximadamente 20 pessoas e/ou derramamento igual ou superior a
1.000.000m3 de semi-sólidos e/ou danos em 20km ou mais.
• (2) = Rupturas graves de barragens de rejeitos, com perdas de vida e/ou
derramamento igual ou superior a 100.000m3 de semi-sólidos e/ou danos em
20km ou mais.
• (3) = Demais tipos de rupturas de barragens de rejeitos, com falhas de
engenharia ou de processo, que podem ser classificadas como muito grave ou
grave, sem perdas de vida.
• (4) = Outros tipos de acidentes relacionados a barragens de rejeitos, exceto
aqueles que podem ser classificados como 1, 2 ou 3.
• (5) Outros tipos de acidentes não relacionados a rejeitos ou de causas
desconhecidas, tais como águas subterrâneas, fundação, etc.

O Apêndice C apresenta parte do cadastro feito pelo ICOLD referente as rupturas


ocorridas no período de 1915 a 2014, trazendo somente as informações que são
relevantes para o estudo em questão.

Tabela 6.12 – Rupturas de barragens de rejeito entre 1915 e 2014 (ICOLD-2014)


Rupturas/Acidentes - Barragens
Rupturas Rupturas Demais Demais Demais
muito graves graves de rupturas de acidentes acidentes não
TOTAL
de barragens barragens de barragens de relacionados a relacionados a
de rejeito rejeito rejeito barragens de rejeitos
1 2 3 4 5
2010-19 4 5 12 1 0 -
2000-09 10 7 8 1 0 2
1990-99 9 10 21 1 0 1
1980-89 5 9 37 5 0 2
1970-79 4 8 39 0 3 7
1960-69 4 3 41 0 2 7
1950-59 0 0 7 0 0 50
1940-49 1 1 5 0 0 54
1930-39 0 0 2 0 0 56
1920-29 1 0 0 0 0 41
1910-19 0 1 1 0 0 26
1900-09 - - - - - 22

38 44 173 8 5 268

96
Em relação ao tipo de alteamento e/ou função dos barramentos, tem-se que das 268
rupturas cadastradas, 32% refere-se a alteamentos de montante (87 estruturas) e, deste
percentual, cerca de 22% sem indicação de perdas de vida humana. Entretanto, tem-se
um total de 110 estruturas que não apresentam esse tipo de informação, ou seja, 41%
das rupturas não podem ser classificadas em função do tipo de alteamento, como pode
ser visto na Tabela 6.13.

Tabela 6.13 – Rupturas em função do tipo de alteamento


Tipo de alteamento / função
Tipo de
Linha de Retenção de Não TOTAL
Ruptura Montante Jusante Outros
Centro Água informadas

1 11 3 3 1 20 38
2 14 2 2 2 24 44
3 60 20 10 21 1 61 173
4 2 1 1 4 8
5 2 2 1 5

87 27 11 29 4 110 268

As rupturas de barragem não estão limitadas a técnicas antigas e conservadoras ou para


países com efetivo controle na regulamentação. A maioria das falhas nas barragens de
rejeito ocorrem em minas em operação, sendo que 44% das falhas em todo mundo
ocorreram nos Estados Unidos (ICOLD, 2014). O Brasil está em oitava posição no
ranking dos países com registros de acidentes de barragens, como apresentado na
Tabela 6.14.

Tabela 6.14 – Ranking dos países em função das rupturas

Segundo o ICOLD, tem-se 8 rupturas cadastradas no Brasil, como pode ser visualizado
na Tabela 6.15, sendo que a ruptura de Crixás e do Pico de São Luís são consideradas
de pequena magnitude, com poucos dados disponíveis na literatura de barragens.

97
Percebe-se a ausência de muitas informações, o que nos leva a concluir que a
investigação dos acidentes de barragens ainda é um processo moroso e com poucos
dados sendo disponibilizados.

Tabela 6.15 – Rupturas ocorridas no Brasil


Adaptado de ICOLD-2014
VOLUME
MINERAL NUMERO
ALTURA DA ARMAZENA DANO
TIPO DE DO DATA DO FONTE DE
MINA/PROJETO - LOCALIZAÇÃO BARRAGEM DO (metros MORTES NOTAS
BARRAGEM INCIDENTE INCIDENTE DADOS
(metros) (metros cúbicos)
NO ICOLD
cúbicos)

Um gra nde volume de re jei to


foi des peja do sobre veículos e
Mineração Herculano - Ferro, tra ba lha dores. Um motoris ta
Fe 10/Sep/14 3 WISE
de ca minhã o e ma is dois
Itabirito/Minas Gerais
funcioná rios fora m
completa me nte queima dos.
A la ma chegou a 4000
Mineração Rio Pomba Cataguases, res idênci a s na Zona da Ma ta e
Mirai/Minas Gerais (Industrias Al 10/Jan/07 2.000.000 WISE o a ba stecimento de á gua foi
Quimicas Cataguases) comprometi do na s cida des de
Mina s Gera is e Ri o de Ja neiro.

Mineração Rio Pomba Cataguases, Em ma rço de 2006, o


Bra zzi l rompimento va zou 400 milhões
Mirai/Minas Gerais (Industrias Al Mar/06 400.000 Ma ga zine de litros de l a ma (400.000m3)
Quimicas Cataguases) na dire çã o do Ri o de Ja nei ro.
Mineração Rio Pomba Cataguases, 1.2 bi lhões de litros (1.2
Bra zzi l milhõe s de m3) ode resíduo
Mirai/Minas Gerais (Industrias Al 1/Jan/03 1.200.000 Ma ga zine tóxico foi despeja do no Rio
Quimicas Cataguases) Pomba e Rio Pa ra íba do Sul.
2 mortes, 3 des a pa reci dos.
8km de reje itos descendo pelo
Sebastião das Águas Claras, Nova
Fe 22/Jun/01 2 WISE Córrego Ta qua ra e a l a ma
Lima/Minas Gerais a feta ndo uma á rea de 40
hecta res.
Mineração Serra Grande - Crixas/Goiás Água DS 41 2.25Mt 214 Feb/94 None ICOLD
Pico de Sao Luis, Minas Gerais/Brazil 20 192 2/Oct/86 ICOLD
Ita mi nos Comercio de
Itabirito, Minas Gerais, Brazil Gravidade 30 189 May/86 100,000t 7 ICOLD
Mineri os.

Desde a emissão inicial do relatório do ICOLD em 2011, que foi atualizado em 2014, as
rupturas mantêm uma periodicidade de 8 meses, ou seja, 3 falhas a cada 2 anos.
Segundo Chambers (2001), ao longo de uma estimativa de vida de 10.000 anos, que é
uma estimativa conservadora para garantia da integridade de uma estrutura, têm-se uma
chance desproporcional de ocorrência de falhas face a elevação do número de
estruturas. Entretanto, essa periodicidade é relevante se considerado o fato de que os
avanços tecnológicos para metodologias de disposição ocorrem a todo momento,
corrigindo e minimizando novas falhas. Ou seja, mesmo com o advento e
implementação de novas tecnologias, os acidentes continuam a ocorrer na mesma
proporção, o que nos leva a crer que não somente um bom projeto garantirá a
integridade das estruturas, devendo ser considerados outros fatores para a vida útil do
empreendimento.

98
Em relação a esses fatores, pode-se citar uma consistente campanha de investigação
geológico-geotécnica para subsidiar o projeto e possíveis intervenções durante a
operação, acompanhamento das metodologias construtivas adotadas, adoção de planos
efetivos de monitoramento e manutenção, processos de operação condizentes com o que
foi considerado no projeto, fiscalização incisiva e corretiva, dentre outros. Já são 15
anos desde que o ICOLD iniciou os trabalhos para investigação de técnicas construtivas
e práticas operacionais de barragens de rejeitos na ruptura, sendo que a taxa de falhas
por ano tem se mantido constante.

O galgamento de uma barragem é, geralmente, o precursor de um evento de ruptura e


pode ser originado em função de um projeto inadequado do sistema extravasor,
bloqueio dos vertedouros ou decréscimo da crista da barragem e/ou borda livre. Os
problemas associados a fundação, incluindo a instabilidade geotécnica do maciço,
também são modos de falha recorrentes, assim como a erosão interna causada por
infiltração, denominada piping, e os desdobramentos da liquefação dos rejeitos. Ainda
pode-se associar os modos de ruptura a problemas estruturais relacionados a utilização
inadequada de materiais de construção, bem como a estimativa inadequada dos
parâmetros de resistência e falhas no sistema de manutenção. O projeto e a construção
de uma barragem não são os únicos pontos de atenção na garantia de estabilidade de
uma estrutura, devendo haver um rígido controle de operação, manutenção e
fiscalização durante toda a vida útil do empreendimento.

Segundo Rico (2008), os relatórios sobre as rupturas em barragens de rejeito são


incompletos e fortemente tendenciosos, não levando em consideração a base de dados
mundial dos tipos de falhas históricas. A maioria dos incidentes em barragens
permanecem não declarados, especialmente nos países em desenvolvimento, uma vez
que, apesar do entendimento técnico sobre os mecanismos básicos de ruptura, a taxa de
rupturas por ano se mantém.

No que diz respeito ao sistema de classificação de barragens adotado no Brasil, uma vez
que é possível ter um controle mais efetivo sobre a gestão das barragens, é esperado que
itens sobre o estado de conservação, plano de segurança e danos potencial sejam
identificados, monitorados e minimizados. Desta forma, a proposta do novo sistema de

99
classificação condiciona a classificação das estruturas a critérios mais rigorosos,
considerando fatores que são essenciais para a garantia da estabilidade da estrutura.

6.2.1. Categoria de Risco

A identificação dos riscos consiste em determinar quais os principais fatores que podem
afetar um determinado projeto e, atualmente, no caso das barragens de rejeito, baseia-se
no levantamento de dados referentes a altura do barramento, comprimento do
coroamento da barragem e tempo de recorrência da vazão de projeto. Com o objetivo de
complementar estas informações, a proposição de reformulação do sistema de
classificação considera a inclusão do item de Sondagens e Ensaios e Tipo de
Alteamento como sendo fatores a serem avaliados na Categoria de Risco.

6.2.1.1. Características Técnicas

A estabilidade de uma barragem é condicionada, dentre outros fatores, aos parâmetros


de resistência adotados para os materiais constituintes. Através de ensaios de laboratório
de amostras coletadas na estrutura, ou em áreas de empréstimo, é possível conhecer, por
exemplo, os valores de coesão e ângulo de atrito, em termos de tensões totais ou
efetivas. Desta forma, atribuindo estes parâmetros aos materiais constituintes da
estrutura e analisando juntamente com informações de posição da linha freática e
percolação, é possível avaliar os coeficientes de segurança em relação a geometria
proposta para o maciço. Para as etapas de projeto, caso o coeficiente de segurança seja
inferior aos limites preconizados em Norma, deve-se proceder com a alteração da
geometria ou dos materiais constituintes. Já para análises de estabilidade realizadas
durante a operação da estrutura e com base nas leituras de instrumentação, um baixo
fator de segurança indica a necessidade de intervenções para que não haja o
comprometimento da estrutura.

As sondagens permitem conhecer a estratigrafia do terreno, bem como estimar a


constituição dos materiais em função das resistências medidas através da penetração da
sonda nas camadas de solo e rocha. Dos testemunhos de sondagem, é possível medir a

100
permeabilidade de cada camada e, consequentemente, avaliar a condição de estabilidade
da estrutura com as condições de contorno estabelecidas para cada caso.

Desta forma, as análises de estabilidade que levam em conta parâmetros estimados


podem levar a uma interpretação equivocada do comportamento de cada material face a
condição construtiva imposta, bem como das solicitações requeridas durante a operação
da estrutura. Sendo assim, representam um item importante de ser avaliado na
pontuação das características técnicas do projeto, principalmente em função das
alterações significativas nos parâmetros de resistência face a presença de ferro, comum
nos rejeitos granulares do Quadrilátero Ferrífero.

A inclusão do item de Sondagens e Ensaios nas Características Técnicas impõe uma


nova condição de pontuação para a categoria. Sendo assim, com o objetivo de
estabelecer os novos limites a serem considerados para a Categoria de Risco, tem-se na
Tabela 6.16 os limites para Características Técnicas que devem ser associadas a
Categoria de Risco baixa, média e alta

Tabela 6.16 – Novas Características Técnicas associadas a Categoria de Risco


CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - CT

(a) Altura do (b) Comprimento do (c) Tempo de recorrência da


barramento coroamento da barragem vazão de projeto do (d) Sondagens e Ensaios
(m) (m) vertedouro

Foram realizadas sondagens e ensaios de


CMP - Cheia Máxima laboratório para definição dos parâmetros de
Altura ≤ 15m Comprimento ≤ 50m
Provável ou Decamilenar resistência dos materiais (fundação, rejeitos e
solo) e permeabilidade
Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

Foram realizados ensaios de laboratório para


15m < Altura < 30m 50m < Comprimento < 200m Milenar definição dos parâmetros de resistência dos
materiais (fundação, rejeitos e solo)
Pontuação 1 Pontuação 1 Pontuação 2 Pontuação 2

Foram realizadas sondagens para definição dos


TR (Tempo de retorno) de
30m ≤ Altura ≤ 60m 200m ≤ Comprimento ≤ 600m parâmetros de resistência dos materiais
500 anos
(fundação, rejeitos e solo) e permeabilidade
Pontuação 4 Pontuação 2 Pontuação 5 Pontuação 5

Não foram realizadas sondagens e ensaios de


TR inferior a 500 anos ou laboratório para definição dos parâmetros de
Altura > 60m Comprimento > 600m
desconhecido resistência dos materiais (fundação, rejeitos e
solo) e permeabilidade
Pontuação 7 Pontuação 3 Pontuação 10 Pontuação 10

CT = Σ (itens a até d)

Legenda:
Item novo
Característica Técnica associada a Baixa Categoria de Risco
Característica Técnica associada a Média Categoria de Risco
Característica Técnica associada a Alta Categoria de Risco

101
6.2.1.2. Estado de Conservação

A confiabilidade das estruturas extravasoras, os índices de percolação, as deformações e


recalques, bem como a deterioração dos taludes, são índices que permitem avaliar a
preservação da integridade de uma estrutura no que diz respeito ao Estado de
Conservação.

A pontuação referente ao Estado de Conservação não foi alterada pelo fato de


compreender todos os itens referentes, principalmente, a manutenção da estrutura.
Entretanto, para a definição dos novos limites da Categoria de Risco, tem-se na Tabela
6.17 os limites para Estado de Conservação da Barragem que devem ser associadas a
Categoria de Risco baixa, média e alta.

Tabela 6.17 – Novos Estados de Conservação associados a Categoria de Risco


ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA BARRAGEM - EC

(e) Confiabilidade das estruturas


(f) Percolação (g) Deformação e recalques (h) Deterioração dos taludes
extravasoras

Estruturas civis bem mantidas e em Não existem deformações e


operação normal ou barragem sem Percolação totalmente controlada recalques com potencial de Não existe deterioração de taludes e
necessidade de estruturas pelo sistema de drenagem comprometimento da paramentos
extravasoras segurança da estrutura
Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

Estruturas com problemas Umidade ou surgência nas áreas de Existência de trincas e Falhas na proteção dos taludes e
identificados e medidas corretivas jusante, parâmetros, taludes e abatimentos com medidas paramentos, presença de vegetação
em implantação ombreira estáveis e monitorados corretivas em implantação arbustiva

Pontuação 3 Pontuação 3 Pontuação 2 Pontuação 2

Umidade ou surgência nas áreas de Existência de trincas e Erosões superficiais, ferragem


Estruturas com problemas
jusante, parâmetros, taludes ou abatimentos sem implantação exposta, presença de vegetação
identificados e sem implantação
ombreiras sem implantação das das medidas corretivas arbórea, sem implantação das
das medidas corretivas
medidas corretivas necessárias necessárias medidas corretivas necessárias
Pontuação 6 Pontuação 6 Pontuação 6 Pontuação 6

Surgências nas áreas de jusante


Existência de trincas,
com carreamento de material ou Depressões acentuadas nos taludes,
Estruturas com problemas abatimentos ou
com a vazão crescente ou escorregamentos,sulcos profundos
identificados, com redução da escorregamentos, com
infiltração do material contido, de erosão, com potencial de
capacidade vertente e sem medidas potencial de
com potencial de comprometimento da segurança da
corretivas comprometimento da
comprometimento da segurança da estrutura
segurança da estrutura
estrutura
Pontuação 10 Pontuação 10 Pontuação 10 Pontuação 10

EC = Σ (itens e até h)

Legenda:
Estado de Conservação associado a Baixa Categoria de Risco
Estado de Conservação associado a Média Categoria de Risco
Estado de Conservação associado a Alta Categoria de Risco

102
6.2.1.3. Plano de Segurança

O Plano de Segurança formaliza todo o processo de gestão de segurança das barragens,


analisando itens referentes a existência de documentação de projeto, estrutura
organizacional e qualificação dos profissionais da equipe técnica de segurança de
barragens, procedimentos de inspeção de segurança e de monitoramento, plano de ação
emergencial (PAE) e relatórios de inspeção de segurança com análise e interpretação
dos dados.

No que diz respeito às metodologias disponíveis para a disposição de rejeitos, tem-se


que o lançamento em reservatório de rejeitos não espessados é uma das principais
técnicas adotadas atualmente, em função da praticidade e do baixo custo de operação
quando comparadas com as demais técnicas. Entretanto, esse tipo de disposição,
principalmente quando utiliza-se o método de alteamento para montante, requer estudos
específicos que considerem, dentre outros fatores, o potencial de liquefação dos rejeitos.

A liquefação é um fenômeno que vem sendo pesquisado continuamente em função dos


diversos eventos de ruptura em barragens que ocorreram no mundo, causando perdas de
vidas humanas, prejuízos econômicos vultuosos e impactos ambientais irrecuperáveis.
No contexto da mineração, a possibilidade de ocorrência da liquefação dos rejeitos
granulares, quando saturados, é uma preocupação relevante que deve ser considerada na
avaliação da segurança de barragens de rejeitos, principalmente quando associado às
rupturas de barragens alteadas para montante ou construídas com a técnica de aterro
hidráulico.

A liquefação é um fenômeno que ocorre em solos granulares saturados quando


submetidos a carregamentos suficientemente rápidos para produzir um grande
acréscimo das poropressões com a consequente redução das tensões efetivas e da
resistência ao cisalhamento. Pode ser ativada tanto por carregamentos dinâmicos, como
aqueles provocados por terremotos, quanto por carregamentos estáticos, a exemplo da
construção de um dique de alteamento em uma barragem de rejeitos. As análises a
serem efetuadas considerando esse fenômeno devem abordar a suscetibilidade à
liquefação, o gatilho da liquefação e a estabilidade relativa à ruptura em fluxo por
liquefação. Uma boa prática destes estudos compreende a metodologia que utiliza

103
correlações entre valores de resistência à penetração de SPT e/ou CPT corrigidos e
razões de resistência ao cisalhamento, obtidas pela retro-análise de casos históricos de
ruptura por liquefação, e analisadas conjuntamente com resultados de ensaios triaxiais
não-drenados.

A inclusão do item de Tipo de Alteamento no Plano de Segurança impõe uma nova


condição de pontuação para a categoria. Sendo assim, com o objetivo de estabelecer os
novos limites a serem considerados para a Categoria de Risco, tem-se na Tabela 6.18 os
limites para Plano de Segurança que devem ser associadas a Categoria de Risco baixa,
média e alta.

Tabela 6.18 – Novos Planos de Segurança associados a Categoria de Risco

Desta forma, diante da inclusão do item de Tipo de Alteamento, e da redistribuição dos


tópicos associados à Categoria de Risco baixa média e alta, tem-se na Tabela 6.19 os
novos limites para esse sistema de classificação.

104
Tabela 6.19 – Nova classificação para Categoria de Risco
Baixa Média Alta
Minímo Máximo Minímo Máximo Minímo Máximo
CT 0 2 9 13 25 30
EC 0 5 17 21 36 40
PS 0 6 19 26 46 50
SOMA 0 13 45 60 107 120

Baixa Média Alta


CRI Antiga ≤ 35 35 < CRI < 60 ≥ 60 ou Ec =10
CRI Nova ≤ 13 13 < CRI ≤ 60 > 60 ou Ec =10

Essa nova classificação para Categoria de Risco apresenta um limite menor entre a
definição de “baixa” e “média”, por entender que há pontos primordiais na segurança de
barragens que não podem ser negligenciados e que precisa haver um rigor maior na
classificação das condições de risco e estabilidade de uma estrutura. Também a uma
diferença em relação a pontuação 60 como limite entre categoria de risco média e alta.
A definição de que qualquer item no Estado de Conservação conduz para uma
classificação de Categoria de Risco Alta foi mantida.

6.2.2. Dano Potencial Associado

A pontuação referente ao Dano Potencial Associado não foi alterada pelo fato de
compreender todos os itens referentes, principalmente, aos impactos ambientais no caso
de uma eventual ruptura. Entretanto, para a definição dos novos limites do Dano
Potencial Associado, tem-se na Tabela 6.20 os limites associados a Baixo, Médio e
Alto Dano Potencial e, na Tabela 6.21 a nova classificação para este índice.

A alteração para este critério consiste na reformulação do texto que classifica o impacto
socioeconômico. Os termos “pequena”, “moderada” e “alta” concentração de
instalações não são claros o suficiente e leva a uma interpretação subjetiva. Sendo
assim, propõe-se:

105
• Pequena concentração: até 20% da área do vale a jusante ocupada por
instalações
• Moderada concentração: entre 21% e 50% da área do vale a jusante ocupada
por instalações
• Alta concentração: acima de 51% da área do vale a jusante ocupada por
instalações

Tabela 6.20 – Novo Dano potencial associado


DANO POTENCIAL ASSOCIADO - DPA

(m) Volume Total do reservatório (n) Existência de população a jusante (o) Impacto ambiental (p) Impacto socioeconômico

Insignificante – área afetada a jusante


Inexistente – não existem pessoas
Muito pequeno - reservatório com da barragem encontra-se totalmente Inexistente – não existem quaisquer
permanentes/residentes ou
volume total inferior ou igual a 500 descaracterizada de suas condições instalações na área afetada a jusante da
temporárias/transitando na área afetada a
mil metros cúbicos naturais e estrutura armazena apenas barragem
jusante da barragem
resíduos Classe IIB
Pontuação 1 Pontuação 0 Pontuação 0 Pontuação 0

Pouco Significativo – área afetada a


Baixo – existe pequena concentração de
Pequeno - reservatório com Pouco frequente – Não existem pessoas jusante da barragem não apresenta
instalações residenciais, agrícolas,
volume total superior a 500 mil ocupando permanentemente a área área de interesse ambiental relevante
industriais ou de infra-estrutura de
metros cúbicos e inferior ou igual afetada a jusante da barragem, mas existe ou áreas protegidas em legislação
relevância sócio-econômico-cultural na
a 5 milhões de metros cúbicos estrada vicinal de uso local específica, excluída APPs e armazena
área afetada a jusante da barragem
apenas resíduos Classe IIB
Pontuação 2 Pontuação 3 Pontuação 2 Pontuação 1

Frequente – Não existem pessoas


Significativo – área afetada a jusante
ocupando permanentemente a área Médio – existe moderada concentração
Médio - reservatório com volume da barragem apresenta área de
afetada a jusante da barragem, mas existe de instalações residenciais, agrícolas,
total superior a 5 milhões de interesse ambiental relevante ou
rodovia municipal ou estadual ou federal industriais ou de infra-estrutura de
metros cúbicos e inferior ou igual áreas protegidas em legislação
ou outro local e/ou empreendimento de relevância sócio.econômico-cultural na
a 25 milhões de metros cúbicos específica, excluída APPs, e armazena
permanência eventual de pessoas que área afetada a jusante da barragem
apenas resíduos Classe IIB
poderão ser atingidas
Pontuação 3 Pontuação 5 Pontuação 6 Pontuação 3

Alto – existe alta concentração de


Grande - reservatório com volume Existente – Existem pessoas ocupando a
Muito Significativo - barragem instalações residenciais, agrícolas,
total superior a 25 milhões e área afetada a jusante da barragem,
armazena rejeitos ou resíduos sólidos industriais ou de infra-estrutura de
inferior ou igual a 50 milhões de portanto, vidas humanas poderão ser
classificados na Classe IIA relevância sócio.econômico-cultural na
metros cúbicos atingidas
área afetada a jusante da barragem

Pontuação 4 Pontuação 10 Pontuação 8 Pontuação 5

Muito Significativo Agravado –


Muito grande - reservatório com
barragem armazena rejeitos ou
volume total superior a 50 milhões
resíduos sólidos classificados na Classe
de metros cúbicos
I
Pontuação 5 Pontuação 10

PS = Σ (itens m até p)

DPA ALTO Somatório pontos ≥ 13


DPA MÉDIO Somatório pontos entre 7 a 13
DPA BAIXO Somatório pontos ≤ 7

Legenda:
Baixo Dano Potencial associado a Baixa Categoria de Risco
Médio Dano Potencial associado a Baixa Categoria de Risco
Alto Dano Potencial associado a Baixa Categoria de Risco

106
Tabela 6.21 – Nova classificação para Dano Potencial Associado
Baixa Média Alta
Minímo Máximo Minímo Máximo Minímo Máximo
Dano Potencial 1 1 8 10 22 30

Baixa Média Alta


DPA Antigo ≤7 7 < CRI < 13 ≥ 13
DPA Novo ≤1 1 < CRI < 10 ≥ 10

Essa nova classificação para Dano Potencial apresenta um limite menor entre a
definição de “baixa”, “média” e “alta”, por entender que há pontos primordiais na
segurança de barragens que não podem ser negligenciados e que precisa haver um rigor
maior na classificação das condições do dano potencial associado a cada estrutura.

Sendo assim, tem-se na Tabela 6.22, a nova representação da Classe de barragens, em


função da Categoria de Risco e do Dano Potencial Associado, levando em consideração
as alterações propostas anteriormente. Em relação ao que é estabelecido na Portaria
DNPM N°416 de 03 de setembro de 2012, alterou-se a classificação do cruzamento de
Alto Potencial de Dano e Baixa Categoria de Risco de C para B. Essa alteração vem do
entendimento de que estruturas com Alto Potencial de Dano são geradoras de um
impacto significativo, devendo ser classificadas em categoria com maior rigor nas
exigências legislativas. Também foi alterada a classificação as estruturas de Médio
Potencial de Dano e Baixa Categoria de Risco, de D para C.

Tabela 6.22 – Nova Classificação de Barragens


Dano Potencial Associado
Categoria de
Risco ALTO MÉDIO BAIXO
ALTO A B C
MÉDIO B C D
BAIXO B C E

107
6.2.3. Periodicidade da Revisão

A nova periodicidade proposta visa proporcionar aos órgãos fiscalizadores um maior


controle da situação das estruturas, principalmente no que diz respeito ao
monitoramento da mesma. A proposição é única, ou seja, no caso de Minas Gerais,
FEAM e DNPM devem adotar o mesmo sistema de classificação e a mesma
periodicidade de revisão da documentação protocolada em cada órgão.

O intervalo mínimo de 1 ano foi estabelecido conforme o fluxograma de


responsabilidades estabelecido na legislação do Plano de Segurança de Barragens, onde
o CNRH tem prazo similar para enviar ao Congresso Nacional das recomendações para
melhoria de segurança de barragens. Desta forma haverá, no mínimo, 1 ano para que as
informações sejam consolidadas e devidamente conduzidas. Sendo assim, propõe-se:

• Barragens Classe A: a cada ano (e não a cada 5 anos)


• Barragens Classe B: a cada 2 anos (e não a cada 5 anos)
• Barragens Classe C: a cada 3 anos (e não a cada 7 anos)
• Barragens Classe D e E: a cada 5 anos ( e não a cada 10 anos)

6.3. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS EM FUNÇÃO


DA CLASSE DA BARRAGEM

O sistema de classificação proposto neste trabalho é o parâmetro principal na


determinação do nível de atenção requerido para cada classe de barragem. Desta forma,
é razoável que seja inserido um escopo básico de projeto e estudos necessários para a
garantia da integridade dessas estruturas, para cada classe considerada, sendo um
referencial na elaboração dos planos de emergência e de inspeções. Para essa
proposição, adotou-se a seguinte definição:

108
• Classe A: Alta Categoria de Risco e Alto Dano Potencial Associado
• Classe B: Média Categoria de Risco e Alto Dano Potencial Associado ou Baixa
Categoria de Risco e Alto Dano Potencial Associado ou Alta Categoria de Risco
e Médio Dano Potencial Associado
• Classe C: Média Categoria de Risco e Médio Dano Potencial Associado ou
Baixa Categoria de Risco e Médio Dano Potencial Associado ou Alta Categoria
de Risco e Baixo Dano Potencial Associado
• Classe D: Média Categoria de Risco e Baixo Dano Potencial Associado
• Classe E: Baixa Categoria de Risco e Baixo Dano Potencial Associado

A classificação de barragens é baseada na estimativa teórica dos potenciais danos


socioeconômico e ambientais, bem como no tipo de estruturas e nas condições de
projeto, operação e manutenção que podem resultar em impactos adversos. A qualidade
do projeto da barragem tem sido, até o momento, irrelevante neste sistema de
classificação, mas possui influência direta nos requisitos de monitoramento e operação
das estruturas. Sendo assim, a proposta é que haja a determinação de requisitos mínimos
de projeto, que devem ser incrementados a partir da análise da especificidades de cada
estrutura. Para efeitos de simplificação do entendimento da metodologia que será
descrita a seguir, adota-se a seguinte nomenclatura:

• Alto Risco – Barragens Classe A


• Risco Significante – Barragens Classe B
• Baixo Risco – Barragens Classe C, D e E

6.3.1. Análises de Estabilidade

As análises de estabilidade devem considerar todos os tipos de ruptura em função da


variação das condições de carregamento. Diversos métodos empíricos e numéricos são
utilizados na avaliação da estabilidade das estruturas, entretanto, o escopo das análises
de estabilidade deve considerar a verificação das referências propostas para cada fator
de segurança, incluindo análises de deformação ou de elementos finitos. Os requisitos

109
mínimos para as análises de estabilidade são descritos a seguir, com base na
simplificação descrita anteriormente, e sumarizados na Tabela 6.23.

• Alto Risco: análises de estabilidade detalhadas, com verificação de todas as


análises computacionais possíveis através de cálculos manuais ou outros
métodos
• Risco Significante: análises de estabilidade detalhadas, com verificação das
análises computacionais baseada em dados empíricos ou gráficos
• Baixo Risco: métodos gráficos ou dados empíricos podem ser utilizados para
barragens com altura inferior a 7,5 m. Para estruturas com altura superior a este
valor, as análises devem ser similares as adotadas para Risco Significante

Tabela 6.23 – Guia para análises de estabilidade


Análise Análise Gráfica ou Análise Elementos
Classificação Análise Manual
Computacional Empírica Finitos

Métodos primários Verificação dos métodos Somente para casos


Alto Risco de análise primários especiais

Métodos primários Verificação dos métodos Somente para casos


Risco Significante de análise primários especiais

Métodos primários Métodos primários de Métodos opcionais de


H ≥ 7,5m de análise análise análise
Baixo Risco
Métodos opcionais Métodos primários de Métodos opcionais de
H < 7,5m de análise análise análise

Por métodos primários de análise entende-se aqueles que utilizam dados obtidos em
sondagens e ensaios de campo e laboratório de amostras coletadas especificamente para
o projeto, bem como análises que consideram a especificidade de cada estrutura. Estes
métodos requerem a avaliação de seções longitudinais e transversais e não somente a
avaliação da seção crítica, bem como a análise de cada elemento da estrutura, incluindo
aterros, fundações e reservatórios. Devem ser considerados todos os tipos possíveis de
ruptura em função dos carregamentos impostos, tal como em cunha, bloco, lâminas,
fluxo, etc.

Os fatores de segurança não devem ser pré-definidos, ou seja, não devem ser adotados
sem que sejam avaliadas as incertezas de comportamento de cada material, sendo
sugerido que a estabilidade seja definida em faixas de segurança e não de acordo com

110
valores únicos e exatos. Tal avaliação deve levar em conta as leituras da instrumentação
existente e a formação da praia de rejeitos, principalmente no contato com o
barramento. Estas considerações são imprescindíveis na avaliação dos métodos
primários de análise, uma vez que o método construtivo pode potencializar alguns
aspectos de estabilidade nos quais as incertezas são ainda maiores. Os critérios de
projeto mais usuais se originam de diretrizes para barragens convencionais, cujo método
construtivo permite grande controle sobre o comportamento mecânico do material do
maciço, além de elevada homogeneidade. Quanto maior a homogeneidade maior a
representatividade do monitoramento e, quanto mais controle se perde em relação a
esses dois parâmetros, em função do método construtivo e da variabilidade do material
de construção, maior deve ser a faixa de segurança admissível.

Outro ponto a ser inserido e exigido nas análises de estabilidade, é a avaliação da


condutividade hidráulica dos materiais filtrantes em relação a sua composição
granulométrica, principalmente no que diz respeito aos princípios de colmatação. As
curvas de um determinado material não são homogêneas, e sofrem variação
considerável, mesmo para materiais teoricamente bem definidos. Os valores de
condutividade hidráulica para materiais macroscopicamente muito semelhantes pode
variar, da ordem de 3 a 5 vezes, quando avaliados em diferentes amostras. Sendo assim,
considerar a variação textural do material nas análises é um ponto fundamental no
estabelecimento das faixas de estabilidade.

O sistema de drenagem interna possui um papel essencial na estabilidade das barragens


de solo uma vez que além de aliviar a subpressão, disciplina o fluxo que é percolado
pela estrutura da barragem a um destino seguro, reduzindo a possibilidade de
carreamento de materiais finos que podem ocasionar problemas de erosão interna. Nesse
sentido, deve-se avaliar os recalques diferenciais no centro dos tapetes drenantes
suspensos, uma vez que, quanto mais encaixado é o vale, maior é a condição de
subadensamento nessa região central. Alguns estudos realizados demonstram que esses
valores de subadensamento podem chegar a 2m/ano, principalmente no início das
atividades de operação. Esse fator de torna relevante se considerado que o fluxo no
tapete drenante tende a se concentrar na zona central.

111
6.3.2. Sismicidade

O projeto de novas estruturas e da proposição de alteamentos, deve considerar o efeito


da sismicidade, incluindo os efeitos causados por terremotos, detonação, subpressões
nos reservatórios e equipamentos utilizados na operação. Esse tipo de estudo deve ser
requerido para qualquer classe de barragem, sendo que, a depender da complexidade do
projeto, deve envolver sismólogos, geólogos, geotécnicos e especialistas estruturais.

O escopo e detalhamento do estudo sísmico vai depender do potencial de dano da


estrutura, da classificação e da localização, da consideração de eventos sísmicos
regionais, da topografia e dos levantamentos geológicos de falhas e dobramentos.
Entretanto, cada estudo deve contemplar, no mínimo:

• Definição dos eventos sísmicos regionais, atividades históricas e taxas de


recorrência, caracterização da escala dos eventos e da duração, frequência,
amplitude, período de predominância das vibrações, acelerações de pico
• Avaliação do potencial de ruptura das superfícies próximas ao maciço da
barragem, estudos de liquefação, infiltrações laterais e rachaduras, galgamento
causado por cheias, ondas induzidas no reservatório em função da ruptura
• Análise da resposta dinâmica das barragens às reduções de forças inerciais,
potenciais de perda de resistência e rigidez dos materiais da fundação em função
de movimentos abruptos de solo
• Verificação da resistência de cada elemento da estrutura aos movimentos
translacionais ou deformações excessivas durante os eventos sísmicos

As análises sísmicas devem considerar dois períodos de avaliação, sendo a sismicidade


proveniente das operações básicas e a sismicidade proveniente de eventos severos. As
operações básicas compreendem todos os eventos de ocorrência provável durante toda a
vida útil do empreendimento, devendo ser considerado que nenhum dano pode ser
observado em cada elemento da estrutura. Já os eventos severos são aqueles que
consideram a necessidade de reparação de danos após sua ocorrência, devendo ser
estimados com base em dados probabilísticos e determinísticos.

112
Este tipo de estudo consiste na identificação e avaliação do evento sísmico, bem como o
potencial de influência na estrutura e a geometria de propagação. O resultado das
análises deve contemplar todos os riscos associados a estes eventos, bem como as
medidas de controle e mitigação da propagação dos efeitos. Seed (1982) e Yould and
Idriss (1997) apresentam em seus estudos a avaliação de potenciais de liquefação com
base na geologia regional, dados históricos e relações com ensaios de SPT. Kramer
(1988) avalia a estabilidade de barragens utilizando o método de equilíbrio limite e
análises elásticas-lineares, baseadas na aplicação de um espectro de resposta genérica.
Para análises dinâmicas, a aceleração de pico (aceleração máxima na base do terreno)
pode ser considerada como sendo 30 a 40% do valor da aceleração da gravidade, em
casos de atividade sísmica extrema, como considerado por Lee and Finn (1978). Idress
(1973), apresenta uma metodologia de análise uni e bi-dimensional, que podem ser
consideradas para a modelagem do comportamento não-linear dos solos.

Para simulação das condições dinâmicas, pode-se realizar uma análise pseudo-estática, a
partir do valor de aceleração máxima, estimando-se o valor da força estática que
representa o efeito da atividade sísmica. Segundo o “Estudo dos Tremores de Terra –
2012 – USP/UNB”, a adoção do valor de aceleração máxima na base do terreno de
0,15g é bem aceitável. Sendo assim, o valor de aceleração máxima pode ser convertido
para uma força horizontal estática que equivale à metade desta intensidade, portanto
0,075g, ressaltando que estudos específicos devem ser realizados para estimativa
adequada deste valor para cada região. Chambers (2011) define que para regiões de
baixa sismicidade, a aceleração de pico pode ser considerada como sendo de 5 a 10% do
valor da aceleração da gravidade.

6.3.3. Percolação

A percolação deve ser considerada para todas as classes de barragens, entretanto, o


escopo da análise depende do tipo e tamanho da estrutura, bem como dos materiais de
construção e da fundação. As elevações nas taxas de percolação e/ou turbidez são um
indicativo de insuficiência do sistema de filtração. O Manual de Operação das estruturas
deve considerar os parâmetros de monitoramento para os instrumentos, o que pode ser
realizado através da definição de uma Carta de Risco.

113
• Todas as classes de Barragem
o Avaliação dos parâmetros geológico-geotécnicos dos materiais da
fundação e do maciço, inclusive permeabilidade
o Os filtros devem ser projetados para toda a extensão do maciço, inclusive
em seção vertical (ou inclinada) no núcleo do maciço. Os critérios de
filtração devem ser baseados em testes de gradientes hidráulicos,
devendo ser incluídas as memórias de cálculo de todo o
dimensionamento
o Deve ser verificada a necessidade de cut-off para limitar os gradientes
hidráulicos e prevenir pipping e erosões
o Todos os projetos devem considerar drenagens adequadas para o controle
de pressões internas e escoamentos superficiais
o A superfície freática não deve ser considerada somente no talude de
jusante
o Devem ser previstos instrumentos para medição e controle da percolação
ao longo do maciço, principalmente no contato e interface entre materiais
diferentes

• Baixo Risco
o Análises empíricas associadas a controles de monitoramento devem ser
utilizadas para caracterização da percolação
o Valores empíricos de propriedades dos materiais podem ser utilizados
em substituição aos ensaios de laboratório. No entanto, devem ser
realizados ensaios para classificar com precisão os tipos de materiais a
serem utilizados na construção

• Risco Significante
o As condições de percolação pela fundação devem ser cuidadosamente
avaliadas nos programas computacionais, incluindo Packer teste ou
análise de perfurações
o Os ensaios de laboratório devem ser utilizados para determinar a
permeabilidade e as propriedades do material do maciço, filtro e
materiais drenantes, inclusive transições. Os materiais escavados podem
ser reutilizados, desde que sua granulometria seja avaliada

114
o A preparação adequada da fundação deve incluir a limpeza da área. As
injeções de lama e caldas de cimento devem ser incluídas na
especificação técnica, quando necessárias
o A análise numérica é necessária para estruturas em que o controle de
percolação é estimado com base em parâmetros de monitoramento e
performance dos instrumentos atuais

• Alto Risco
o Todas as condições descritas para o Risco Significante
o Os filtros de geotêxtil não devem ser utilizados como sistema principal
de filtração para esse tipo de barragem
o A análise numérica deve ser realizada juntamente com análise
computacional

6.4. COMPARATIVO ENTRE A NOVA METODOLOGIA DE


CLASSIFICAÇÃO E O SISTEMA ATUAL

Com o objetivo de apresentar uma aplicação prática da teoria proposta para o novo
sistema de classificação, foram estudadas 3 barragens reais, que aqui serão tratadas por
Barragem A, B e C. Uma vez que a matriz de classificação envolve diferentes
combinações para obtenção da pontuação, tem-se que são inúmeras as possibilidades de
obtenção da classe das barragens e, dessa forma, esta aplicação limita-se somente a
demonstrar que as proposições desenvolvidas nesse trabalho impactam
significativamente no sistema de classificação.

As Figuras 6.2, 6.3 e 6.4 apresentam, respectivamente, a classificação das Barragens A,


B e C, através da metodologia atual e da nova metodologia.

115
Barragem A

Altura do barramento: 25m


Comprimento do coroamento da barragem: 180m
Tempo de recorrência da vazão de projeto do vertedouro: Decamilenar
Sondagens e Ensaios: Sondagens e Permeabilidade

Confiabilidade das estruturas extravasoras: Problemas identificados sem implantação de correção


Percolação: Umidade e surgência estáveis e monitorados
Deformação e recalques: Trincas e abatimentos sem implantação de correção
Deterioração dos taludes: Falhas na proteção dos taludes e abustos

Existência de documentação de projeto: Básico


Tipo de alteamento: Montante sem estudos liquefação
Estrutura organizacional e qualificação dos profissionais: Possui profissional técnico
Procedimentos de inspeções de segurança e de monitoramento: Manual de Inspeção, Monitoramento e Operação
Plano de ação emergencial (PAE): PAE em elaboração
Relatórios de inspeção de segurança com análise e interpretação: Relatórios de inspeção e monitoramento

Existência de população a jusante com potencial de perda de vidas humanas: Inexistente


Impacto ambiental: Insignificante / Interesse ambiental a jusante: Pouco significativo
Impacto sócio-econômico: Alto / Instalações na área de jusante: Alta concentração
Natureza dos rejeitos ou resíduos armazendos - Volume do reservatório: Muito Pequeno (≤ a 500 mil metros cúbicos)

CT Antiga CT Nova EC Antiga EC Nova PS Antigo PS Novo CRI Antigo CRI Novo
2 7 17 17 14 24 33 48
Baixa Média
DPA Antigo DPA Novo FEAM
6 6 3
Baixo Médio Baixo

Classificação da Barragem - Metodologia Antiga: E


Classificação da Barragem - Metodologia Nova: C
Classificação da Barragem - Metodologia FEAM: II

Figura 6.2 – Comparativo das metodologias de classificação para a Barragem A

116
Barragem B

Altura do barramento: 62m


Comprimento do coroamento da barragem: 300m
Tempo de recorrência da vazão de projeto do vertedouro: Milenar
Sondagens e Ensaios: Sem sondagens e sem ensaios

Confiabilidade das estruturas extravasoras: Problemas identificados sem implantação de correção


Percolação: Umidade e surgêcia sem implantação de medidas de correção
Deformação e recalques: Trincas e abatimentos sem implantação de correção
Deterioração dos taludes: Erosões supericiais sem implantação de medidas corretivas

Existência de documentação de projeto: Conceitual


Tipo de alteamento: Linha de Centro sem Análises de Estabilidade
Estrutura organizacional e qualificação dos profissionais: Sem unidade administrativa e sem responsável técnico
Procedimentos de inspeções de segurança e de monitoramento: Manual de Inspeção
Plano de ação emergencial (PAE): Possui PAE
Relatórios de inspeção de segurança com análise e interpretação: Relatórios de Análise de Segurança

Natureza dos rejeitos ou resíduos armazendos - Volume do reservatório: Muito Pequeno (≤ a 500 mil metros cúbicos)
Existência de população a jusante com potencial de perda de vidas humanas: Inexistente
Impacto ambiental: Insignificante / Interesse ambiental a jusante: Pouco significativo
Impacto sócio-econômico: Alto / Instalações na área de jusante: Alta concentração

CT Antiga CT Nova EC Antiga EC Nova PS Antigo PS Novo CRI Antigo CRI Novo
11 21 24 24 20 23 55 68
Média Alta
DPA Antigo DPA Novo FEAM
6 6 4
Baixo Médio Baixo

Classificação da Barragem - Metodologia Antiga: D


Classificação da Barragem - Metodologia Nova: B
Classificação da Barragem - Metodologia FEAM: II

Figura 6.3 – Comparativo das metodologias de classificação para a Barragem B

117
Barragem C

Altura do barramento: 40m


Comprimento do coroamento da barragem: 450m
Tempo de recorrência da vazão de projeto do vertedouro: 500 anos
Sondagens e Ensaios: Sem sondagens e pemeabilidade

Confiabilidade das estruturas extravasoras: Problemas identificados sem implantação de correção


Percolação: Surgência com carreamento de material --- EC=10
Deformação e recalques: Trincas e abatimentos sem implantação de correção
Deterioração dos taludes: Erosões supericiais sem implantação de medidas corretivas

Existência de documentação de projeto:


Tipo de alteamento:
Estrutura organizacional e qualificação dos profissionais:
Procedimentos de inspeções de segurança e de monitoramento:
Plano de ação emergencial (PAE):
Relatórios de inspeção de segurança com análise e interpretação:

Natureza dos rejeitos ou resíduos armazendos - Volume do reservatório: Pequeno (> a 500 mil e ≤ a 5 milhões)
Existência de população a jusante com potencial de perda de vidas humanas: Frequente / Existente
Impacto ambiental: Médio / Instalações na área de jusante: Baixa concentração
Impacto sócio-econômico: Alto / Instalações na área de jusante: Alta concentração

CT Antiga CT Nova EC Antiga EC Nova PS Antigo PS Novo CRI Antigo CRI Novo
11 21 28 28
Alto Alto
DPA Antigo DPA Novo FEAM
12 12 7
Médio Alto Alto

Classificação da Barragem - Metodologia Antiga: B


Classificação da Barragem - Metodologia Nova: A
Classificação da Barragem - Metodologia FEAM: III

Figura 6.4 – Comparativo das metodologias de classificação para a Barragem C

118
7.0. CONCLUSÕES

O conhecimento sobre as implicações do armazenamento de milhões de toneladas de


rejeitos em barragens, principalmente a longo prazo, ainda não são plenos. A construção
de grandes barragens de rejeitos tem sido feita há mais de um século, e essas estruturas
requerem a manutenção da sua integridade em perpetuidade. Porém, apenas um período
relativamente curto de sua existência e desempenho tem sido estudado.

As tecnologias para projeto e construção avançam de forma constante durante o tempo,


principalmente motivadas por falhas de barragens que sinalizam a necessidade de uma
análise mais profunda, bem como a requisição de premissas mais conservadoras para
projetos. Um exemplo deste fato é a inexistência, no sistema de classificação atual, de
considerações sobre a influência dos eventos naturais, tais como inundações e
terremotos, que representam um grande risco no longo prazo para as estruturas.

De acordo com os levantamentos e estudos realizados, as principais conclusões em


relação as causas mais prováveis de rupturas são pontos que devem ser observados para
garantia da integridade e estabilidade de uma estrutura, tais como:

• Causas associadas a negligência dos detalhamentos, tal como taxas de


alteamento muito elevadas (inclusive compactação das camadas), mudanças em
equipes de construção e operação, ultrapassagem das alturas de projeto,
mudança nas propriedades dos rejeitos durante a operação e a ausência de um
balanço hídrico criterioso na prevenção dos galgamentos;
• O conhecimento técnico existe para permitir que as barragens sejam construídas
e mantidas a estabilidade, mas rupturas ocorrem com frequência em função de
falhas de implantação e, principalmente, operação e manutenção das estruturas;
• A proporção de rupturas tem se mantido a cada ano mesmo com os avanços
tecnológicos, ou seja, não tem sido dada a devida importância a gestão segura
das barragens no que diz respeito à manutenção e fiscalização das estruturas;
• A indústria da mineração opera com o objetivo constante de redução de custos,
uma vez que é perceptível os anseios de retorno sobre o capital investido face a
redução dos preços de venda dos minérios. Adiciona-se a isso a utilização de

119
profissionais cada vez menos experientes, com habilidades técnicas e
operacionais não tão apuradas.

Sendo assim, é fundamental a integração e unificação dos sistemas de classificação de


barragens de rejeito, como a que foi proposta nesse trabalho, para reduzir o conflito de
informações protocolados nos órgãos e ampliar o conhecimento e controle da
estabilidade das estruturas.

Uma vez que o principal objetivo dos projetos e da operação de barragens de rejeito é a
contenção segura de resíduos depositados, deve haver uma integração contínua de
gerenciamento destas estruturas, principalmente na unificação dos critérios a serem
considerados nessa gestão. Dessa forma tem-se que, antes da previsão do que são estes
critérios, é necessário estabelecer diretrizes compatíveis de classificação das estruturas,
com o objetivo de nortear a fiscalização das mesmas e propor as medidas mais efetivas
na manutenção da estabilidade de cada classe estrutural, com base nos danos associados
e nas categorias de risco. Portanto, deve haver, também, uma participação efetiva dos
órgãos fiscalizadores no acompanhamento das informações que tem sido protocoladas,
como uma ferramenta efetiva para o controle do sistema de segurança de barragens.

Segundo Morgenstern (1998): “Uma corporação bem intencionada, que emprega


consultores aparentemente bem qualificados, não possui garantia da não ocorrência de
graves acidentes” – o caso do rompimento da barragem de Fundão da Samarco pode ser
um exemplo disso. Embora as decisões na escolha dos itens que condicionam a
classificação das estruturas possa ser baseado em definições não tão razoáveis sobre a
definição dos riscos, deve-se reconhecer que é esperado que haja uma diminuição do
risco de ruptura com um projeto adequado e uma operação consciente.

Ao adotar suposições “razoáveis” ao invés de “conservadoras” pode-se aumentar o risco


num longo prazo de ruptura das estruturas, com a consequente elevação de custos face a
ocorrência de eventos inesperados. O simples fato da possibilidade de acontecimentos
imprevistos deve levar a uma consideração mais conservadora de projetos e de
classificação de barragens, mesmo diante da pressão econômica para limitar a extensão
desses projetos, bem como de estudos mais aprofundados. Abordar o risco de

120
perspectivas probabilísticas é, sem dúvida, uma situação mais confortável do que
esclarecer as consequências da susceptibilidade das rupturas.

A Política Nacional de Segurança de Barragem (PNSB) instituída através da Lei


Federal Nº 12.334 estabelece padrões mínimos de segurança de maneira a minimizar a
possibilidade de acidentes e respectivas consequências, exigindo o monitoramento e o
acompanhamento das ações empregadas pelos responsáveis por barragens, ou seja,
ações empregadas pelo empreendedor. Apesar do empreendedor ser responsável pela
segurança da barragem e, consequentemente, das ações para mantê-la em estabilidade,
cabe ao Estado fiscalizá-las para a sua boa condição, dentre outras atribuições.

As informações técnicas da PNSB, consolidadas através do Plano de Segurança de


Barragens (PSB), são um instrumento que permite melhor avaliação das barragens pelo
agente fiscalizador. No PSB deve constar um rol de informações que permitam a
classificação da estrutura em relação a categoria de risco e do dano potencial associado,
passíveis de permitir o agente de ter um panorama geral do empreendimento, caso bem
elaborado. A classificação é baseada na pontuação de itens pré-estabelecidos e a
proposta apresentada nesta dissertação permite um detalhamento maior destes critérios,
propiciando um melhor embasamento na definição do risco e do dano e,
consequentemente, da classificação de risco, dano e estabilidade da estrutura.

A classificação proposta nessa nova metodologia para unificação dos sistemas atuais
mostra-se, portanto, ser factível por:

• Ampliar o entendimento entre os diversos órgãos de controle envolvidos no


assunto, reduzindo o conflito de informações de uma mesma estrutura,
• Unificar a metodologia de classificação dos órgãos que atuam na fiscalização
das barragens de rejeito, minimizando a divergência na classificação de
barragens,
• Facilitar às mineradoras a uniformização das informações, principalmente no
que diz respeito a alocação adequada nos critérios de classificação,
• Permitir um controle maior das condições de estabilidade das estruturas,
proteção da vida humana e do meio ambiente,

121
• Evitar distorções de enfoque e tratamento no que diz respeito a segurança de
barragens, principalmente na proposição do escopo básico de projeto e estudos
de estabilidade.

Por fim, em relação à estabilidade e segurança de barragens, mensurar o gatilho que


desencadeia o rompimento é discutir sobre falhas de monitoramento, caso fortuito, força
maior, e tendo dentre as premissas da Política Nacional de Segurança de Barragem a
redução da possibilidade de acidentes e suas consequências, percebe-se, a partir dessas
situações, a tamanha importância das medidas de controle e monitoramento bem
definidas, bem como de planos de ações de emergências fáceis e práticos de serem
aplicados.

Avaliar as condições de estabilidade de uma estrutura e garantir a segurança de


barragens requer uma investigação geológica-geotécnica consistente, a elaboração de
projetos baseado em premissas confiáveis, controles rigorosos da metodologia
construtiva e operação, além de mecanismos efetivos de manutenção e monitoramento.
Nesse sentido, ter uma sistemática de classificação de barragens bem estabelecida,
corrobora todas as considerações contidas na legislação vigente, no sentido ter uma
gestão de segurança efetiva e sustentável.

122
8.0 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

De forma a complementar os estudos apresentados nessa dissertação, relacionam-se a


seguir sugestões para pesquisas futuras, objetivando melhor conhecer os mecanismos
que contribuem para a avaliação de estabilidade das barragens de rejeito de mineração:

• Estudos aprofundado dos fatores que devem ser considerados nas análises de
estabilidade, para cada tipologia de estrutura.
• Estudos de influência da sismicidade na estabilidade de barragens de rejeito.
• Estudos da variação dos parâmetros de percolação quando comparados com os
diferentes materiais constituintes das barragens de rejeito.
• Estudos para definição de diretrizes de projeto para barragens de rejeito de
mineração.
• Estudos no âmbito das notificações e punições que tem sido registradas pelos
órgãos fiscalizadores, no que diz respeito aos requisitos que devem ser
apresentados pelas mineradoras.

123
9.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABGE – Associação Brasileira de Geologia e Engenharia Ambiental – Manual de


Sondagem (antigo Boletim n°°3 – Revisado) – 4a edição, 73 páginas, 1999.

Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT

• ABNT NBR 6484:2001 – Solos – Sondagens de simples Solos - sondagens de


simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio.
• ABNT NBR 6502:1995 - Rochas e Solos.
• ABNT NBR 7181:1984 – Solo – Análise Granulométrica
• ABNT NBR 7182:1986 – Ensaio normal de compactação de solos
• ABNT NBR 7250:1982 – Identificação e descrição de amostras de solos obtidas
em sondagens de simples reconhecimento de solos
• ABNT NBR 8036: 1983 - Programação de sondagens de simples
reconhecimento dos solos para fundações de edifícios.
• ABNT NBR 9603:1986 - Sondagem a trado.
• ABNT NBR 10905:1989 – Solo – Ensaios de palheta in situ – Método de
Ensaio

ASTM D2573 – Standard Test Method for Field Vane Shear Test in Saturated
Fine-Grained Soils. ASTM International, West Conshohocken, PA, 2015.

ABRÃO, P.C. Sobre a deposição de rejeitos de mineração no Brasil. In: Simpósio


sobre barragens de Rejeitos e Disposição de resíduos Industriais e de Mineração,
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AGÊNCIA NACIONAL DAS ÀGUAS (ANA). Disponível em


<http://www.ana.gov.br/>. Acesso em Outubro, 2015.

124
ANA – Relatório de Segurança de barragens 2012-2013. Disponível em
<http://arquivos.ana.gov.br/cadastros/barragens/Seguranca/RSB_2012_2013_25092015.
pdf>. Acesso em Março, 2015.

ALBUQUERQUE FILHO, L. H. Avaliação do Comportamento Geotécnico de


Barragens de Rejeito de Minério de Ferro através de Ensaios de Piezocone. Ouro
Preto: UFOP, 2004. 213 p. Tese (Mestrado), Programa de Pós-graduação do
departamento de Engenharia Civil da Escola de Minas da UFOP, 2004.

ANA – Agência Nacional das Águas - Relatório de segurança de barragens 2012-2013 /


Agência Nacional de Águas (RSB_2012_2013_25092015.pdf). - Brasília: ANA, 2015.

Anuário Mineral Brasileiro (AMB). DNPM, Brasil, 2010, V.35.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR 9286. Terra Armada –


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Elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de rejeitos,
contenção de sedimentos e reservação de água. Brasil, 2006, 10 páginas.

ASTM A975-11. Standard Specification for Double–Twisted Hexagonal Mesh


Gabions and Revet Mattresses (Metallic-Coated Steel Wire or Metallic-Coated
Steel Wire With Poly(Vinyl Chloride) (PVC) Coating). USA, 2011, 8 páginas.

BASTOS, Mário J. N. A Geotecnia na concepção. Projeto de túneis em maciços


rochosos. Universidade Técnica de Lisboa. 1988. Disponível em:
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Decreto-Lei nº 1.985 (Código de Minas). Diário Oficial [da República Federativa do
Brasil], Brasília, DF, 28 fevereiro. 1967, p. 2417.

125
BRASIL. Decreto - Lei nº 7.841, de 8 de agosto de 1945. Código de Águas
Minerais. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 20 agosto.
1945, p. 1.

BRASIL. Lei nº 8.876, de 2 de maio de 1994. Autoriza o Poder Executivo a instituir


como Autarquia o DNPM. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília,
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Brasília, DF, 21 setembro. 2010, p. 1

BRASIL. Portaria nº 416 de 3 de setembro de 2012. Cria o Cadastro Nacional de


Barragens de Mineração e dispõe sobre o Plano de Segurança (...). Diário Oficial [da
República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 11 dezembro. 2013.

BRASIL. Portaria nº 526 de 9 de dezembro de 2013. Estabelece a periodicidade de


atualização e revisão (...), nível de detalhamento do PAE (...). Diário Oficial [da
República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 11 dezembro. 2013.

BRASIL. Resolução nº 143, de 10 de julho de 2012. Estabelece critérios gerais de


classificação de barragens por categoria de risco e dano potencial associado (...). Diário
Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 04 setembro. 2012.

126
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131
APÊNDICES

Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014

Volume Total do
Altura Barramento
Item Nome da Barragem de Mineração Nome do Empreendedor Reservatório Substância Principal UF Município CRI DPA Classificação Tipo de Estrutura
Absoluto
Absoluto
1 Barragem Bom Jardim BAUMINAS Mineração LTDA 23 1450000 Bauxita MG Miraí Baixo Baixo E Barragem
2 Barragem Mercês BAUMINAS Mineração LTDA 24,5 237000 Bauxita MG Mercês Baixo Baixo E Barragem
3 Bacia de decantação Novo Horizonte Carbonífera Catarinense LTDA 4 40000 Null SC Lauro Muller Médio Alto B Barragem
4 Adão Adão Afonso Roduí 15 388932 Ouro MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
5 Lagoa de disposição de Rejeito Nº1 - LD1 ALCOA World Alumina Brasil LTDA 24 3217000 Aluminio PA Juruti Baixo Médio D Barragem
6 Lagoa de disposição de Rejeito Nº1 - LD2 ALCOA World Alumina Brasil LTDA 24 1790000 Aluminio PA Juruti Baixo Médio D Barragem
7 Lagoa de disposição de Rejeito Nº1 - LD3 ALCOA World Alumina Brasil LTDA 15 3630000 Aluminio PA Juruti Baixo Baixo E Barragem
8 Lagoa de Espessamento de Rejeito - LE ALCOA World Alumina Brasil LTDA 11,5 4388974 Aluminio PA Juruti Baixo Médio D Barragem
9 Volta Grande 1 AMG Mineração S.A 35 400000 Tantalita MG Nazareno Baixo Baixo E Barragem
10 Volta Grande 2 AMG Mineração S.A 25 300000 Tantalita MG Nazareno Baixo Alto C Barragem
11 Barragem do Buraco ANGLO AMERICAN Fosfatos Brasil LTDA 55 17180000 Fosfato GO Catalão Baixo Alto C Barragem
12 Barragem Macaúbas ANGLO AMERICAN Fosfatos Brasil LTDA 15 1000000 Fosfato GO Catalão Baixo Baixo E Barragem
13 Barragem da EB2 ANGLO AMERICAN Minério de Ferro Brasil LTDA 50 300000 Minério de Ferro MG Santo Antônio do Grama Baixo Médio D Barragem
14 Barragem de Rejeitos ANGLO AMERICAN Minério de Ferro Brasil LTDA 85 380000000 Ferro MG Conceição do Mato Dentro Baixo Alto C Barragem
15 Dique de Contenção de Sedimentos 01 ANGLO AMERICAN Minério de Ferro Brasil LTDA 12 320000 Minério de Ferro MG Conceição do Mato Dentro Baixo Médio D Barragem
16 Barragem Nova Reservatorios RI e RII ANGLO AMERICAN Nióbio Brasil LTDA 20 4740000 Nióbio GO Ouvidor Baixo Alto C Barragem
17 Baragem Velha ANGLO AMERICAN Nióbio Brasil LTDA 20 13000000 Nióbio GO Ouvidor Médio Médio C Barragem
18 Mário Cruz ANGLO FERROUS Amapá Mineração LTDA 28 28025524 Minério de Ferro AP Pedra Branca do Amapari Baixo Baixo E Barragem
19 Barragem de Finos de CDS I ANGLOGOLD ASHANTI Córrego do Sítio Mineração S.A 13 260000 Ouro MG Santa Bárbara Baixo Alto C Barragem
20 Barragem de Rejeito ARCELORMITTAL Mineração Serra Azul S.A 98 12280000 Ferro MG Itatiaiuçu Baixo Alto C Barragem
21 Barragem TAP D Beadell Brasil LTDA 36 5200000 Ouro AP Pedra Branca do Amapari Baixo Baixo E Barragem
22 Dique D BRASMIC Mineração IND. COM. LTDA 23 2100000 Saibreira MG Betim Baixo Alto C Barragem
23 Barragem do Mirante I e II Cadam S.A 35 7780000 Caulim PA Almeirim Baixo Baixo E Barragem
24 Barragem de Rejeitos Capuri Mineração S.A 16 204000 Areia Quartzosa RJ Quatis Baixo Médio D Barragem
25 Bacia de Decantação Mina Bonito I Carbonífera Catarinense LTDA 5 32000 Carvão Mineral SC Lauro Muller Baixo Médio D Barragem
26 Bacia de Decantação - Módulo A Carbonífera Criciúma S.A 27 500000 Null SC Forquilhinha Baixo Médio D Barragem
27 Bacia de Decantação 2 Carbonífera do Cambuí LTDA 12 90000 Carvão Mineral PR Figueira Médio Médio C Barragem
28 Depósito de Rejeitos Carbonídera Siderópolis LTDA 50 1000000 Carvão Mineral SC Urussanga Baixo Baixo E Barragem
29 Cava Pedrinhas CIA de Ferro Ligas da Bahia 9,8 11938089 Null BA Campo Formoso Baixo Baixo E Barragem
30 Barragem de Rejeito - Itamarati de Minas CIA Brasileira de Alumínio 38 13820000 Bauxita MG Itamarati de Minas Baixo Alto C Barragem
31 Pé de Serra CIMECA - Comércio e Indústria de Minérios e Metais Caxambu LTDA 15 25000 Ferro MG Rio Piracicaba Baixo Baixo E Barragem
32 Barragem B1 Cimento Tupi S.A 8 20500 Calcário MG Carnaíba Baixo Médio D Barragem
33 Barragem de Rejeitos Miraí Companhia Brasileira de Alumínio 70,5 56613195 Bauxita MG Miraí Baixo Alto C Barragem
34 Barragem de Rejeito CGO Companhia Goiana de Ouro 37 8295518 Minério de Ferro GO Pilar de Goiás Baixo Alto C Barragem
35 Barragem da Mina II Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá 25 15000 Nióbio MG Araxá Baixo Baixo E Barragem
36 Barragem B4 Companhia Siderúrgica Nacional 61 10035087 Ferro Manganês MG Congonhas Baixo Alto C Barragem
37 Barragem B5 Companhia Siderúrgica Nacional 32 7288946 Null MG Congonhas Baixo Alto C Barragem
38 Barragem Casa de Pedra Companhia Siderúrgica Nacional 95 70000000 Manganês MG Congonhas Baixo Alto C Barragem
39 Dique da Vila I Companhia Siderúrgica Nacional 26 20000 Null MG Congonhas Baixo Médio D Barragem
40 Dique do Bichento IIIA Companhia Siderúrgica Nacional 15,5 75000 Manganês MG Congonhas Baixo Baixo E Barragem
41 Dique do Esmeril I Companhia Siderúrgica Nacional 24 19000 Null MG Congonhas Baixo Baixo E Barragem
42 Dique do Esmeril IV Companhia Siderúrgica Nacional 39 262069 Manganês MG Congonhas Baixo Alto C Barragem
43 Barragem da Pera Jusante Companhia Vale do Rio Doce 45 4930000 Ferro PA Paraupebas Baixo Alto C Barragem
44 Barragem da Pera Montante Companhia Vale do Rio Doce 27 750000 Ouro PA Paraupebas Baixo Médio D Barragem
45 Barragem de Estéril Sul Companhia Vale do Rio Doce 25 1600000 Ferro PA Paraupebas Baixo Médio D Barragem
46 Barragem do Geladinho Companhia Vale do Rio Doce 24 1780890 Null PA Paraupebas Baixo Alto C Barragem
47 Barragem do Gelado Companhia Vale do Rio Doce 34 75000000 Ouro PA Paraupebas Baixo Alto C Barragem
48 Dique 4 Companhia Vale do Rio Doce 5,5 87700 Minério de Níquel PA São Félix do Xingu Baixo Médio D Barragem
49 Dique 5 Companhia Vale do Rio Doce 9,1 240 Null PA São Félix do Xingu Baixo Médio D Barragem
50 Dique 6 Companhia Vale do Rio Doce 10 78000 Minério de Níquel PA São Félix do Xingu Alto Médio D Barragem

(Legenda: Null = não informado)

132
Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014 (continuação...)

51 Dique Provisório 1 Companhia Vale do Rio Doce 6,5 28500 Null PA São Félix do Xingu Alto Médio B Barragem
52 Dique Provisório 2 Companhia Vale do Rio Doce 5,5 44179 Minério de Níquel PA São Félix do Xingu Baixo Médio B Barragem
53 Barragem do Igarapé Mutum Cooperativa dos Garimpeiros de Santa Cruz Ltda 10 23500000 Estanho RO Ariquemes Baixo Baixo E Barragem
54 Barragem do Rio Santa Cruz Cooperativa dos Garimpeiros de Santa Cruz Ltda 10 3360000 Estanho RO Ariquemes Baixo Baixo E Barragem
55 Barragem de Sedimentos da Pedreira Itapeti EMBU S/A Engenharia e Comércio 27 447372 Granito p/ Brita SP Mogi das Cruzes Baixo Alto C Barragem
56 Barragem de Sedimentos da Pedreira Juruaçu EMBU S/A Engenharia e Comércio 49 4578888,88 Granito p/ Brita SP São Paulo Baixo Alto C Barragem
57 Dique 1 EMPABRA - Empresa de Mineração Pau Branco LTDA 8 200000 Ferro MG Belo Horizonte Baixo Alto C Barragem
58 Dique 2 EMPABRA - Empresa de Mineração Pau Branco LTDA 4 30000 Calcário Dolomítico MG Belo Horizonte Baixo Alto C Barragem
59 Diques EMESA Empresa de Mineração Esperança SA 5 200000 Null MG Brumadinho Baixo Médio D Barragem
60 Sítio Hori Empresa de Mineração Hori LTDA 15,9 131746 Caulim SP Mogi das Cruzes Baixo Baixo E Barragem
61 Barragem de Rejeito da Taboquinha 1 Estanho de Rondônia SA 15 2875334,89 Null RO Itapuã do Oeste Baixo Baixo E Barragem
62 Barragem de Rejeito da Taboquinha 3 Estanho de Rondônia SA 15 2784810 Null RO Itapuã do Oeste Baixo Baixo E Barragem
63 Coqueiral 1 Evadro de Souza 15 900000 Null MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
64 Barragem de Rejeito Nova Extrativa Metalquímica SA 4 222000 Null BA Maiquinique Baixo Médio D Barragem
65 Pilha Barragem Extrativa Mineral LTDA 25 2080000 Null MG Nova Lima Baixo Baixo E Barragem
66 Barragem de Captação de Água - J8 Ferro + Mineração S/A 8 14500 Null MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
67 Barragem do Josino Ferro + Mineração S/A 9 42500 Minério de Ferro MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
68 Barragem da Serrinha Ferrous Resources do Brasil SA 4 100000 Null MG Brumadinho Baixo Médio D Barragem
69 Chico Francisco Araújo Formiga 15 100000 Minério de Ouro MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
70 Cajá 1 Geominas Minerações LTDA 15 200000 Null TO Natividade Baixo Baixo E Barragem
71 Alemães GERDAU Açominas SA 110 35000000 Null MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
72 Bocaina GERDAU Açominas SA 55 955000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
73 Clarificação Bocaina GERDAU Açominas SA 31 60000 Null MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
74 Barragem Gonçalo Gonçalo Pedroso de Barros 15 100000 Null MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
75 Barragem B1 Herculano Mineração LTDA 61,5 4500000 Ferro MG Itabirito Baixo Médio D Barragem
76 Barragem B2 Herculano Mineração LTDA 13,5 365000 Null MG Itabirito Baixo Alto C Barragem
77 Barragem B3 Herculano Mineração LTDA 11 20000 Ferro MG Itabirito Baixo Médio D Barragem
78 Barragem B4 Herculano Mineração LTDA 30 500000 Null MG Itabirito Baixo Baixo E Barragem
79 Bacia 1 Imerys Rio Capim Caulim S/A 11 370000 Null PA Barcarena Baixo Alto C Barragem
80 Bacia 3 Imerys Rio Capim Caulim S/A 10 721515 Caulim PA Barcarena Baixo Alto C Barragem
81 Bacia 4 Imerys Rio Capim Caulim S/A 10 110000 Caulim PA Barcarena Baixo Alto C Barragem
82 Bacia 5 Imerys Rio Capim Caulim S/A 21 1080000 Caulim PA Barcarena Baixo Alto C Barragem
83 Bacia B2 Imerys Rio Capim Caulim S/A 2,5 147000 Caulim PA Barcarena Alto Alto A Barragem
84 Bacia B3 Imerys Rio Capim Caulim S/A 2,5 145000 Caulim PA Barcarena Alto Alto A Barragem
85 Bacia B4 Imerys Rio Capim Caulim S/A 7,6 86400 Caulim PA Barcarena Baixo Alto C Barragem
86 Bacia Corpo B Imerys Rio Capim Caulim S/A 9,5 86400 Null PA Ipixuna do Pará Alto Alto A Barragem
87 Barragem de Água Bruta Itafós Mineração LTDA 23 4500000 Null TO Arraias Baixo Médio D Barragem
88 Barragem de contenção de rejeitos Itafós Mineração LTDA 30 53100000 Fosfato TO Arraias Baixo Médio D Barragem
89 Barragem B1 Itaminas Comércio de Mineração SA 18 2000000 Ferro MG Sarzedo Baixo Alto C Barragem
90 Barragem B2 Itaminas Comércio de Mineração SA 80 5000000 Null MG Sarzedo Baixo Alto C Barragem
91 Barragem B4 Itaminas Comércio de Mineração SA 48 1500000 Ferro MG Sarzedo Baixo Alto C Barragem
92 Barragem B4C Itaminas Comércio de Mineração SA 75 5000000 Null MG Sarzedo Baixo Alto C Barragem
93 Barragem 01 Jacobina Mineração e Comércio LTDA 61 868842 Null BA Jacobina Baixo Alto C Barragem
94 Barragem 02 Jacobina Mineração e Comércio LTDA 110 27818816,17 Ouro BA Jacobina Baixo Alto C Barragem
95 Ourinhos 1 João Gimenes Rodrigues 28 1760940 Null MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
96 Barragem Jonas Gimenez Rodrigues 15 1000000 Null MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
97 Barragem José Vicente Nunes Rondon 15 1000000 Null MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
98 Rejeito Casa de Pedra MANEY Mineração Casa de Pedra LTDA 15 4500000 Ouro MT Cuiabá Baixo Alto C Barragem
99 Barragem de Rejeito - Planta Max Márcio Nascimento 30 110000 Minério de Ouro MT Nossa Senhora do Livramento Baixo Baixo E Barragem
100 Tanque de concentração de overflw - TQc (TDA4) Mineração Amilcar Matins LTDA 0 0 Null SP São Lourenço da Serra Médio Médio C Barragem

133
Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014 (continuação...)

101 B1 Mineração Apoena SA 6 245385 Ouro MT Nova Lacerda Baixo Alto C Barragem
102 B5 Mineração Apoena SA 10 3163454 Ouro MT Nova Lacerda Baixo Alto C Barragem
103 Dique de Finos Mineração Apoena SA 19 840000 Null MT Vila Bela da Santíssima Trindade Baixo Alto C Barragem
104 Barragem do Vené Mineração Aurizona SA 31,6 12153306 Null MA Godofredo Viana Baixo Baixo E Barragem
105 Rejeito Igarapé Bandeira Mineração Buritirama SA 22 2915250 Null PA Marabá Baixo Médio D Barragem
106 Marragem MCSA Mineração Caraíba SA 12,14 64445213 Cobre BA Jaguapari Baixo Baixo E Barragem
107 POND 1 - Barragem de Lixiviação Mineração Caraíba SA 15 320500 Null MT Nova Xavantina Baixo Médio D Barragem
108 POND 3 - Barragem de Flotação Mineração Caraíba SA 13 1200000 Null MT Nova Xavantina Baixo Médio D Barragem
109 Barragem do Gregório Mineração Corumbaense Reunida SA 34,5 8839701 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
110 Dique 02 Mineração Corumbaense Reunida SA 10,66 833440 Ferro MS Corumbá Baixo Médio D Barragem
111 Dique externo II Mineraão Descalvado LTDA 15 412539 Null SP Descalvado Baixo Baixo E Barragem
112 Barragem de Flotação Mineraão Fazenda Brasileiro SA 38 18637900 Minerio de Ouro BA Santa Luz Baixo Alto C Barragem
113 Barragem de Lixiviação Mineraão Fazenda Brasileiro SA 32 2310000 Minerio de Ouro BA Santa Luz Baixo Alto C Barragem
114 Barragem Usina/CIP Mineraão Fazenda Brasileiro SA 23 3538000 Minerio de Ouro BA Barrocas Baixo Médio D Barragem
115 11 - DES Mineração Jundu LTDA 16 1140224 Areia de Fundição SP Descalvado Baixo Baixo E Barragem
116 3 - Guara Mineração Jundu LTDA 20 614400 Areia de Fundição SP Guararema Baixo Baixo E Barragem
117 Barragem de Rejeitos Mineração Maracá Industria e Comércio SA 52 29810000 Null GO Alto Horizonte Baixo Alto C Barragem
118 Pinheirinho Mineração Nossa Senhora do Carma LTDA 22 1000000 Null PR Cerro Azul Baixo Baixo E Barragem
119 Ouro Branco Mineração Ouro Branco Salto de Pirapora LTDA 15 231000 Areia SP Salto de Pirapora Baixo Baixo E Barragem
120 MRDM Mineração Riacho dos Macacos LTDA 33 5642549,4 Null MG Riacho dos Machado Baixo Alto C Barragem
121 SP1 Mineração Rio do Norte S/A 15 2900000 Bauxita PA Oriximina Baixo Baixo E Barragem
122 SP10 Mineração Rio do Norte S/A 19 8296760,56 Areia PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
123 SP11 Mineração Rio do Norte S/A 19 7811000 Bauxita PA Oriximina Baixo Médio D Barragem
124 SP12 Mineração Rio do Norte S/A 18 6000000 Areia PA Oriximina Baixo Médio D Barragem
125 SP13 Mineração Rio do Norte S/A 18 3200000 Bauxita PA Oriximina Baixo Médio D Barragem
126 SP14 Mineração Rio do Norte S/A 18 3750000 Areia PA Oriximina Baixo Médio D Barragem
127 SP15 Mineração Rio do Norte S/A 17 5900000 Bauxita PA Oriximina Baixo Baixo E Barragem
128 SP2_3 Mineração Rio do Norte S/A 16,5 7450000 Bauxita PA Oriximina Baixo Baixo E Barragem
129 SP4 Norte Mineração Rio do Norte S/A 19 7673500 Bauxita PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
130 SP4 Sul Mineração Rio do Norte S/A 19 6094100 Bauxita PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
131 SP5 Leste Mineração Rio do Norte S/A 19 7107300 Bauxita PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
132 SP5 Oeste Mineração Rio do Norte S/A 19 8731400 Bauxita PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
133 SP7A Mineração Rio do Norte S/A 19 4157100 Areia PA Oriximina Baixo Médio D Barragem
134 SP7B Mineração Rio do Norte S/A 19 6690100 Null PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
135 SP7C Mineração Rio do Norte S/A 19 9044300 Areia PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
136 SP8 Mineração Rio do Norte S/A 19 14736100 Null PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
137 SP9 Mineração Rio do Norte S/A 19 11160100 Areia PA Oriximina Baixo Médio D Barragem
138 SP9A Mineração Rio do Norte S/A 15 2443600 Null PA Oriximina Baixo Médio D Barragem
139 TP1 Mineração Rio do Norte S/A 15 9000000 Bauxita PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
140 TP2 Mineração Rio do Norte S/A 15 10000000 Null PA Oriximina Baixo Alto C Barragem
141 Barragem MSG Mineração Serra Grande S.A 80 11200000 Minério de Ouro GO Crixás Baixo Alto C Barragem
142 Barragem Paciência Mineração Serras do Oeste LTDA 42 531000 Minério de Ouro MG Itabirito Baixo Alto C Barragem
143 Moita Mineração Serras do Oeste LTDA 19 360000 Null MG Caeté Baixo Médio D Barragem
144 RG2W Mineração Serras do Oeste LTDA 61 507000 Minério de Ouro MG Caeté Baixo Baixo E Barragem
145 Barragem Sul Mineração Tabiporã Ltda 25 600000 Null PR Campo Largo Baixo Baixo E Barragem
146 0-1 Mineração Taboca S.A. 17,2 59856000 Estanho AM Presidente Figueiredo Médio Alto B Barragem
147 0-2 Mineração Taboca S.A. 12 41760000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
148 158-1 Mineração Taboca S.A. 15,7 69080000 Null AM Presidente Figueiredo Médio Médio C Barragem
149 189 Mineração Taboca S.A. 5 10600000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
150 22 Mineração Taboca S.A. 3,1 6510000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem

134
Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014 (continuação...)

151 30-1 Mineração Taboca S.A. 8 3860000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
152 42 Mineração Taboca S.A. 4,9 4020000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
153 444 (A-3) Mineração Taboca S.A. 16 1950000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Baixo C Barragem
154 68-1 Mineração Taboca S.A. 6 2580000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
155 69 Mineração Taboca S.A. 5 3500000 Null AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
156 75-1 Mineração Taboca S.A. 4 2910000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
157 81-1 Mineração Taboca S.A. 4 3500000 Null AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
158 Pau D'arco Mineração Taboca S.A. 18 1360000 Estanho AM Presidente Figueiredo Alto Alto A Barragem
159 Turmalina Mineração Turmalina 28 1447960 Null MG Conceição do Pará Baixo Alto C Barragem
160 Barragem de Captação de Água Mineração Usiminas S.A 15 16000 Minério de Ferro MG Itatiaiuçu Baixo Baixo E Barragem
161 Barragem Mina Central Mineração Usiminas S.A 63 12125000 Null MG Itatiaiuçu Baixo Alto C Barragem
162 Barragem Mina Oeste (Somisa) Mineração Usiminas S.A 80 14160000 Minério de Ferro MG Itatiaiuçu Baixo Alto C Barragem
163 Barragem Samambaia 0 (zero) Mineração Usiminas S.A 23 2000000 Null MG Itatiaiuçu Baixo Médio D Barragem
164 Dique Oeste Mineração Usiminas S.A 20 85000 Null MG Itatiaiuçu Baixo BAixo E Barragem
165 SAMACA Mineração Vila Nova Ltda 15 900000 Minério de Ferro AP Mazagão Médio Baixo D Barragem
166 Barragem 4C Minerações Reunidas Brasileiras SA 51 5400000 Null MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
167 Barragem 5 - MAC Minerações Reunidas Brasileiras SA 93 135300 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
168 Barragem 7B Minerações Reunidas Brasileiras SA 27 500000 Ferro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
169 Barragem 8B Minerações Reunidas Brasileiras SA 28 500000 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
170 Barragem B3 Minerações Reunidas Brasileiras SA 33 500000 Ferro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
171 Barragem B4 Minerações Reunidas Brasileiras SA 22 0 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
172 Barragem B5 Minerações Reunidas Brasileiras SA 55 4252761 Ferro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
173 Barragem B6 Minerações Reunidas Brasileiras SA 20 100000 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
174 Barragem B7 Minerações Reunidas Brasileiras SA 24 270000 Ferro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
175 Barragem Capão da Serra Minerações Reunidas Brasileiras SA 53 2230000 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
176 Barragem Capim Branco Minerações Reunidas Brasileiras SA 23,7 470000 Null MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
177 Barragem Cianita Minerações Reunidas Brasileiras SA 19 12000 Dolomito MG Itabirito Baixo Médio D Barragem
178 Barragem Maravilhas I Minerações Reunidas Brasileiras SA 34 2000000 Ferro MG Itabirito Baixo Baixo E Barragem
179 Barragem Maravilhas II Minerações Reunidas Brasileiras SA 93 76292000 Ferro MG Itabirito Baixo Alto C Barragem
180 Barragem Peneirinha Minerações Reunidas Brasileiras SA 40 211050 Ferro MG Nova Lima Baixo Médio D Barragem
181 Barragem Taquaras Minerações Reunidas Brasileiras SA 25 950000 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
182 Barragem vargem Grande Minerações Reunidas Brasileiras SA 45 10500000 Ferro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
183 Dique B Minerações Reunidas Brasileiras SA 30 373600 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
184 Dique Fernandinho Minerações Reunidas Brasileiras SA 20 700000 Ferro MG Nova Lima Baixo Baixo E Barragem
185 Dique II Minerações Reunidas Brasileiras SA 20 5362 Null MG Nova Lima Baixo Médio D Barragem
186 Dique III Minerações Reunidas Brasileiras SA 11 21259 Ferro MG Nova Lima Baixo Médio D Barragem
187 Dique Nery Minerações Reunidas Brasileiras SA 8 13000 Dolomito MG Itabirito Baixo Médio D Barragem
188 Itapeva Minerais & Metais Comércio e Indústria Ltda 15 300000 Null SP Ribeirão Branco Médio Baixo D Barragem
189 Rio Branco Minerais & Metais Comércio e Indústria Ltda 10 3000000 Cassiterita RO Rio Crespo Baixo Baixo E Barragem
190 Barragem 01 - José Jaime Minerita - Minérios Itaúna Ltda 60 4000000 Null MG Itatiaiuçu Baixo Alto C Barragem
191 Barragem 02 - Canindé Minerita - Minérios Itaúna Ltda 45 440000 Null MG Itatiaiuçu Baixo Médio D Barragem
192 Barragem 03 - Zé da Grota Minerita - Minérios Itaúna Ltda 40 3442804,78 Ferro MG Itatiaiuçu Baixo Alto C Barragem
193 Barragem Santa Rita Mirabela Mineração do Brasil Ltda 60 70556589 Minério de Níquel BA Itagibá Baixo Médio D Barragem
194 Barragem Sul MMX Corumbá Mineração S.A 23 800000 Ferro MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
195 Barragem B1 Auxiliar Tico Tico MMX Sudeste Mineração S.A. 60 204945,23 Minério de Ferro MG Igarapé Baixo Alto C Barragem
196 Barragem B1 Ipê MMX Sudeste Mineração S.A. 43 530000 Minério de Ferro MG Brumadinho Alto Médio B Barragem
197 Barragem B1 Tico Tico MMX Sudeste Mineração S.A. 22 3000 Null MG Igarapé Baixo Alto C Barragem
198 Barragem B1A Ipê MMX Sudeste Mineração S.A. 37 729000 Null MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
199 Barragem B2 Tico Tico MMX Sudeste Mineração S.A. 80 0 Minério de Ferro MG Igarapé Baixo Alto C Barragem
200 Dique B3 Ipê MMX Sudeste Mineração S.A. 23,54 15431 Minério de Ferro MG Brumadinho Baixo Médio D Barragem

135
Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014 (continuação...)

201 Dique B4 Ipê MMX Sudeste Mineração S.A. 25 6053 Null MG Brumadinho Baixo Baixo E Barragem
202 Dique Conquistinha Ipê MMX Sudeste Mineração S.A. 5 0 Minério de Ferro MG Brumadinho Alto Médio B Barragem
203 Dique Grota das Cobras MMX Sudeste Mineração S.A. 16 5600 Null MG Igarapé Alto Médio B Barragem
204 Barragem B-2 Naciona de Grafite Ltda 13 798178 Grafita MG Itapecerica Baixo Médio D Barragem
205 Barragem B-4 Naciona de Grafite Ltda 57 1970000 Grafita MG Itapecerica Baixo Médio D Barragem
206 Barragem Califórnia Naciona de Grafite Ltda 23 2000000 Grafita MG Salto da Divisa Baixo Médio D Barragem
207 Barragem Marçu Naciona de Grafite Ltda 37 1500000 Grafita MG Pedra Azul Baixo Médio D Barragem
208 Barragem Rancho Casca Naciona de Grafite Ltda 45 19500000 Null MG Pedra Azul Baixo Médio D Barragem
209 Barragem Auxiliar do Vigia Nacional Minérios S/A 36 8424000 Null MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
210 Barragem B2 Nacional Minérios S/A 40 1700000 Minério de Ferro MG Rio Acima Baixo Médio D Barragem
211 Barragem B2 Auxiliar Nacional Minérios S/A 31,5 6700000 Minério de Ferro MG Rio Acima Baixo Médio D Barragem
212 Barragem do Vigia Nacional Minérios S/A 30 1470000 Ocre MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
213 Malaquias NIKI Mineração, Comércio e Exportação Ltda 25 5000 Null MG Antônio Dias Baixo Baixo E Barragem
214 Santo Antônio NIKI Mineração, Comércio e Exportação Ltda 15 200000 Alexandrita MG Antônio Dias Baixo Baixo E Barragem
215 Bacia B2 Pará Pigmentos S.A 20 3500000 Null PA Ipixuna do Pará Baixo Baixo E Barragem
216 Bacia de Controle Ambiental Pará Pigmentos S.A 8 200000 Null PA Ipixuna do Pará Alto Médio B Barragem
217 Bacia R4 Pará Pigmentos S.A 85 2670000 Caulim PA Ipixuna do Pará Baixo Baixo E Barragem
218 Dique de Cotntenção de Finos Pedras Congonhas extração arte indústria LTDA 15 10800 Null MG Nova Lima Baixo Baixo E Barragem
219 Dique 1 Pedreira Sargon LTDA 5 80000 Null SP Santa Isabel Médo Médio C Barragem
220 Dique 2 Pedreira Sargon LTDA 5 42500 Granito p/ Brita SP Santa Isabel Médio Médio C Barragem
221 Dique 3 Pedreira Sargon LTDA 5 85000 Granito p/ Brita SP Santa Isabel Médio Médio C Barragem
222 Dique de Rejeitos PROMETALICA Mineração Centro Oeste S.A 25 250000 Null GO Americano do Brasil Baixo Alto C Barragem
223 Planta PROMETALICA Mineração S.A 20 230000 Null MT Rio Branco Baixo Médio D Barragem
224 Mamão Reinarda Mineração Ltda 10 350000 Null PA Floresta do Araguaia Baixo Alto C Barragem
225 Barragem do Eustáquio Rio Paracatu Mineração S.A 140 750000000 Null MG Paracatu Baixo Alto C Barragem
226 Santo Antônio Rio Paracatu Mineração S.A 104 483000000 Minério de Ouro MG Paracatu Baixo Alto C Barragem
227 Tanque Específico IX-B Rio Paracatu Mineração S.A 15 827599,24 Null MG Paracatu Baixo Baixo E Barragem
228 Tanque Específico X Rio Paracatu Mineração S.A 15 1188168,27 Minério de Ouro MG Paracatu Baixo Baixo E Barragem
229 Bravo Robinson da Silva Bravo 15 5000 Null MT Várzea Grande Baixo Baixo E Barragem
230 Barragem de Finos II Salobo Metais SA 13 1240000 Null PA Marabá Baixo Médio D Barragem
231 Barragem de Rejeitos Salobo Metais SA 10 263300000 Null PA Marabá Baixo Alto C Barragem
232 Dique de Finos II Salobo Metais SA 16,5 3790000 Cobre PA Marabá Baixo Médio D Barragem
233 Dique de Finos III Salobo Metais SA 16,5 36900 Cobre PA Marabá Baixo Baixo E Barragem
234 Barragem do Fundão SAMARCO Mineração SA 130 91866000 Null MG Mariana Baixo Alto C Barragem
235 Barragem do Germano SAMARCO Mineração SA 165 121000000 Ferro MG Mariana Baixo Alto C Barragem
236 Cava do Germano SAMARCO Mineração SA 159 49540000 Null MG Mariana Baixo Alto C Barragem
237 Santarém SAMARCO Mineração SA 31 672000000 Ferro MG Mariana Baixo Alto C Barragem
238 Sando Gomes 1 Sandro Sebastião Gomes da Siva 15 1000000 Null MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
239 Barragem SF Sérgio da França 15 2000000 Ouro MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
240 Barragem EPP Serra da Borda Mineração e Metalurgia SA 36 5300000 Null MT Pontes e Lacerda Baixo Alto C Barragem
241 Barragem de Rejeitos Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral 20,5 1000000 Null PA Curionópolis Alto Baixo C Barragem
242 Barragem de Contenção - Dique D-03 SICAL Industrial LTDA 19 38492 Quartzito MG Belo Horizonte Baixo Baixo E Barragem
243 Barragem Bom Pastor Sidnei Rafael de Sousa 15 1000000 Minério de Ouro MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
244 Maranata Sidnei Rafael de Sousa 15 800000 Null MT Poconé Baixo Baixo E Barragem
245 Barragem de Clarificação Territorial São paulo Mineração Ltda 25 500000 Null SP São Paulo Baixo Baixo E Barragem
246 Chapadinha 061 Uilson Romanha & Cia Ltda 15 825000 Areia SP Itapetinga Baixo Baixo E Barragem
247 Chapadinha 221 Uilson Romanha & Cia Ltda 15 1125000 Areia SP Itapetinga Baixo Baixo E Barragem
248 Piraporão Uilson Romanha & Cia Ltda 15 84000 Areia SP Salto de Pirapora Baixo Baixo E Barragem
249 Unidos Unidos Extração e Comércio de Areia e Pedra Ltda Epp 15 337500 Areia SP Sarapuí Baixo Baixo E Barragem
250 Bacia Alto da Serra 01 - Fe Urucum Mineração SA 4,4 3908 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem

136
Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014 (continuação...)

251 Bacia Alto da Serra 01 - Mn Urucum Mineração SA 6,65 6411 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
252 Bacia Alto da Serra 02 - Fe Urucum Mineração SA 5,4 7124 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
253 Bacia Alto da Serra 02 - Mn Urucum Mineração SA 3,8 2886 Ferro MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
254 Bacia Alto da Serra 03 - Fe Urucum Mineração SA 4,1 4203 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
255 Bacia Alto da Serra 03 - Mn Urucum Mineração SA 4,5 3822 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
256 Bacia Alto da Serra 04 - Fe Urucum Mineração SA 3,5 3744 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
257 Bacia Alto da Serra 05 - Fe Urucum Mineração SA 4,1 6818 Manganês MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
258 Bacia Alto da Serra 07 - Fe Urucum Mineração SA 4,69 5763 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
259 Bacia Pé da Serra 02 - Fe Urucum Mineração SA 4,25 34326 Manganês MS Corumbá Alto Alto A Barragem
260 Bacia Pé da Serra 03-04 - Fe Urucum Mineração SA 4,2 125000 Null MS Corumbá Alto Alto A Barragem
261 Bacia Pé da Serra 05 - Fe Urucum Mineração SA 3,1 26438 Manganês MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
262 Bacia Pé da Serra 06 - Fe Urucum Mineração SA 5,2 42877 Null MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
263 Bacia Pé da Serra 07-08 - Fe Urucum Mineração SA 4,95 112951 Ferro MS Corumbá Baixo Alto C Barragem
264 A0 Vale Fertilizantes SA 23 8089000 Null MG Araxá Baixo Médio D Barragem
265 B1/B4 Vale Fertilizantes SA 57 25200000 Apatita MG Araxá Baixo Alto C Barragem
266 B2 Vale Fertilizantes SA 55 6000000 Apatita MG Araxá Baixo Baixo E Barragem
267 B5 Vale Fertilizantes SA 70 47000000 Apatita MG Araxá Baixo Alto C Barragem
268 Barragem 1 Vale Fertilizantes SA 72 5482139 Apatita SP Cajati Baixo Alto C Barragem
269 Barragem 12 Vale Fertilizantes SA 39,5 3600000 Turfa SP Cajati Baixo Alto C Barragem
270 Barragem 2 Vale Fertilizantes SA 95 7000000 Turfa SP Cajati Baixo Baixo E Barragem
271 Barragem A Vale Fertilizantes SA 12 631000 Null MG Patos de Minas Baixo Médio D Barragem
272 Barragem B Vale Fertilizantes SA 16 3260000 Null MG Patos de Minas Baixo Médio D Barragem
273 Barragem BM Vale Fertilizantes SA 28 1500000 Null GO Catalão Baixo Alto C Barragem
274 Barragem BR Vale Fertilizantes SA 61 95000000 Apatita GO Catalão Baixo Alto C Barragem
275 Barragem Cimpor Vale Fertilizantes SA 75 5955022,4 Turfa SP Cajati Baixo Alto C Barragem
276 Dique de Contenção de Salmoura Vale Fertilizantes SA 3 44000 Silvinita SE Rosário do Catete Baixo Médio D Barragem
277 Dique de Resíduos Insolúveis Vale Fertilizantes SA 4 90000 Null SE Rosário do Catete Baixo Médio D Barragem
278 E Vale Fertilizantes SA 13 100000 Null MG Araxá Baixo Alto C Barragem
279 F Vale Fertilizantes SA 22 450000 Apatita MG Araxá Baixo Alto C Barragem
280 Barragem BD-2 Vale Fertilizantes SA 21 2000000 Fosfato MG Tapira Baixo Baixo E Barragem
281 Barragem BD-5 Vale Fertilizantes SA 35 7000000 Fosfato MG Tapira Baixo Alto C Barragem
282 Barragem BL-1 Vale Fertilizantes SA 96 160000000 Null MG Tapira Baixo Alto C Barragem
283 Barragem BR Vale Fertilizantes SA 81 190000000 Fosfato MG Tapira Baixo Alto C Barragem
284 Barragem BRl Vale Fertilizantes SA 35 8300000 Null MG Tapira Baixo Médio D Barragem
285 Barragem do Azul Vale Mina do Azul SA 36 8826033,53 Manganês PA Paraupebas Baixo Médio D Barragem
286 Barragem do Kalunga Vale Mina do Azul SA 20 500000 Null PA Paraupebas Baixo Baixo E Barragem
287 Barragem Alcindo Vieira Vale SA 27 2848000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
288 Barragem Alto Jacutinga Vale SA 10,8 60000 Ferro MG Congonhas Baixo Médio D Barragem
289 Barragem B03 Vale SA 17,5 72000 Ferro MG São Gonçalo do Rio Abaixo Baixo Alto C Barragem
290 Barragem Baixo João Pereira Vale SA 15,75 142500 Null MG Congonhas Baixo Médio D Barragem
291 Barragem Bandeira I Vale SA 6,7 3553 Ferr MG Congonhas Baixo Médio D Barragem
292 Barragem Bandeira II Vale SA 6,7 6660 Null MG Congonhas Baixo Médio D Barragem
293 Barragem Barnabé Vale SA 15 318550 Ferro MG Congonhas Baixo Médio D Barragem
294 Barragem Cambucal I Vale SA 17,5 1571000 Null MG Itabira Baixo Alto C Barragem
295 Barragem Cambucal II Vale SA 15,4 2208000 Ferro MG Itabira Baixo Alto C Barragem
296 Barragem Campo Grande Vale SA 100 16500000 Ferro MG Mariana Baixo Médio D Barragem
297 Barragem CB3 Vale SA 4,9 763 Null MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
298 Barragem CEMIG I Vale SA 32,5 3700000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
299 Barragem CEMIG II Vale SA 22,35 12314000 Null MG Itabira Baixo Médio D Barragem
300 Barragem Conceição Vale SA 60 40600000 Null MG Itabira Baixo Alto C Barragem

137
Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014 (continuação...)

301 Barragem Dicão Vale SA 25 1250000 Ferro MG São Gonçalo do Rio Abaixo Baixo Alto C Barragem
302 Barragem Dicão Leste Vale SA 22,5 256845 Ferro MG Catas Altas Baixo Baixo E Barragem
303 Barragem Dique Paracatu Vale SA 19 18340 Ferro MG Catas Altas Baixo Baixo E Barragem
304 Barragem Dique PDE Fosforoso Vale SA 17 20000 Ferro MG Mariana Baixo Baixo E Barragem
305 Barragem do Diogo Vale SA 37,5 6700000 Ferro MG Rio Piracicaba Baixo Alto C Barragem
306 Barragem do Doutor Vale SA 85 48000000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
307 Barragem do Elefante Vale SA 17 98600 Ferro MG Rio Piracicaba Baixo Baixo E Barragem
308 Barrage do Grupo Vale SA 36 800000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Baixo E Barragem
309 Barragem do Prata Vale SA 7,5 20000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
310 Barragem Forquilha I Vale SA 93 26000000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
311 Barragem Forquilha II Vale SA 88 24000000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
312 Barragem Forquilha III Vale SA 77 18200000 Ferro MG Ouro Preto Médio Médio C Barragem
313 Barragem Forquilha IV Vale SA 165 35000000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
314 Barragem Galego Vale SA 37,28 500000 Ferro MG Sabará Baixo Alto C Barragem
315 Barragem Gambá Vale SA 8,1 5000 Null MG Congonhas Baixo Médio D Barragem
316 Barragem I Vale SA 86 10000000 Null MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
317 Barragem Itabiruçu Vale SA 68 230000000 Null MG Itabira Baixo Alto C Barragem
318 Baragem IV Vale SA 12 17000 Ferro MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
319 Barragem IV-A Vale SA 13 130000 Null MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
320 Barragem Jirau Vale SA 15 6187000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
321 Barragem Marés I Vale SA 12,7 15000 Ferro MG Belo Vale Baixo Médio D Barragem
322 Barragem Marés II Vale SA 15,3 241000 Ferro MG Belo Vale Baixo Alto C Barragem
323 Barragem Mata Porcos Vale SA 3,5 7000 Null MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
324 Barragem Menezes I Vale SA 16 70000 Null MG Brumadinho Baixo Baixo E Barragem
325 Barragem Menezes II Vale SA 21 300000 Null MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
326 Barragem Monjolo Vale SA 19 400000 Ferro MG Rio Piracicaba Baixo Alto C Barragem
327 Barragem Mosquito Vale SA 11,3 141358,83 Ferro MG Catas Altas Baixo Médio D Barragem
328 Barragem Natividade Vale SA 11,45 2300000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Alto C Barragem
329 Barragem Patos Vale SA 46 0 Null MG Catas Altas Baixo Médio D Barragem
330 Barragem Piabas Vale SA 28 59734000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
331 Barragem Pontal Vale SA 69 122500000 Ferro MG Itabira Baixo Alto C Barragem
332 Barragem Porteirinha Vale SA 29 1300000 Null MG Rio Piracicaba Baixo Alto C Barragem
333 Barragem Principal Vale SA 20 260000 Null MG Mariana Baixo Baixo E Barragem
334 Barragem Rio do Peixe Vale SA 31 13110000 Null MG Itabira Baixo Alto C Barragem
335 Barragem Santana Vale SA 52,4 11000000 Ferro MG Itabira Baixo Alto C Barragem
336 Barragem Sul (Córrego do Canal) Vale SA 80 53200000 Ferro MG São Gonçalo do Rio Abaixo Baixo Alto C Barragem
337 Barragem Sul Inferior Vale SA 35 170000 Ferro MG Barão de Cocais Baixo Alto C Barragem
338 Barragem Sul Superior Vale SA 85 3200000 Ferro MG Barão de Cocais Baixo Alto C Barragem
339 Barragem Timbopeba Vale SA 64,3 34000000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Médio D Barragem
340 Barragem Três Fontes Vale SA 10 71400 Null MG Itabira Baixo Alto C Barragem
341 Barragem VI Vale SA 40 1000000 Ferro MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
342 Barragem VII Vale SA 22,5 22200 Null MG Brumadinho Baixo Médio D Barragem
343 Dique 02 - Córrego do Meio Vale SA 24 24000 Ferro MG Sabará Baixo Baixo E Barragem
344 Dique 02 - Congo Soco Vale SA 5 44601 Ferro MG Barão de Cocais Baixo Médio D Barragem
345 Dique 02 - Pontal Vale SA 21 17400000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
346 Dique 03 - Pontal Vale SA 21 11000000 Ferro MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
347 Dique 04 - Pontal Vale SA 13 5700000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
348 Dique 05 - Pontal Vale SA 13 5700000 Ferro MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
349 Dique 06 - Pontal Vale SA 11 4000000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
350 Dique 105 l Vale SA 8,14 87000 Ferro MG Itabira Baixo Alto C Barragem

138
Apêndice A – Barragens cadastradas no DNPM - 2014 (continuação...)

351 Dique 1A Conceição Vale SA 12 3000000 Ferro MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
352 Dique 1B Conceição Vale SA 18 600000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
353 Dique C Vale SA 8 17000 Ferro MG Barão de Cocais Baixo Médio D Barragem
354 Dique Cordão Nova Vista Vale SA 17 0 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
355 Dique da PDE 03 Vale SA 31,5 41500 Null MG São Gonçalo do Pará Baixo Baixo E Barragem
356 Dique da Pêra Vale SA 7,4 97400 Null MG Mariana Baixo Alto C Barragem
357 Dique de Água Espalhada Vale SA 29 28700 Ferro MG Rio Piracicaba Baixo Médio D Barragem
358 Dique Lagoa Seca Vale SA 11,4 500000 Ferro MG Mariana Baixo Alto C Barragem
359 Dique Minervino Vale SA 13 6500000 Null MG Itabira Baixo Alto C Barragem
360 Dique Quinzinho Vale SA 15 385000 Null MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
361 Barragem do Sossego Vale SA 266,6 131760000 Null PA Canaá dos Carajás Baixo Alto C Barragem
362 Cachoeirinha Vallourec Mineração Ltda 45 3216931 Null MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
363 Dique Lisa Vallourec Mineração Ltda 12 160000 Ferro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
364 Santa Bárbara Vallourec Mineração Ltda 36 938159,53 Null MG Brumadinho Baixo Alto C Barragem
365 B5 Vermelhão Mineração Ind. E Comércio Ltda 25 300000 Topázio Imperial MG Ouro Preto Baixo Baixo E Barragem
366 Barrage de Rejeito Votorantim Metais SA 38 2250000 Null MG Fortaleza de Minas Baixo Alto C Barragem
367 Barragem 1 Votorantim Metais Zinco SA 20 1800000 Minério de Zinco MG Paracatu Baixo Médio D Barragem
368 Barragem 2 Votorantim Metais Zinco SA 42 1600000 Minério de Zinco MG Paracatu Baixo Alto C Barragem
369 Barragem 3 Votorantim Metais Zinco SA 10 500000 Null MG Paracatu Baixo Alto C Barragem
370 Aroeira Votorantim Metais Zinco SA 44 13500000 Null MG Vazante Baixo Alto C Barragem
371 Módulo III Votorantim Metais Zinco SA 6 288000 Zinco MG Vazante Baixo Médio D Barragem
372 Barragem de Rejeito White Solder Metalurgia e Mineração Ltda 10 528000 Null RO Rio Crespo Baixo Médio D Barragem
373 Barragem do Rapaunha ANGLOGOLD ASHANTI Córrego do Sítio Mineração S.A 57,5 12000000 Ouro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
374 Barragem do Sapo Anglo Ferrous Minas Rio Mineração SA 85 370000000 Ferro MG Conceição do Mato Dentro Baixo Alto C Barragem
375 Barragem de Calcinados ANGLOGOLD ASHANTI Córrego do Sítio Mineração S.A 52 5500000 Ouro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
376 Barragem de Contenção de Rejeitos de CDS II ANGLOGOLD ASHANTI Córrego do Sítio Mineração S.A 82 11000000 Ouro MG Santa Bárbara Baixo Alto C Barragem
377 Barragem de Cuiabá ANGLOGOLD ASHANTI Córrego do Sítio Mineração S.A 90 10000000 Ouro MG Sabará Baixo Médio D Barragem
378 Barragem do Cocoruto ANGLOGOLD ASHANTI Córrego do Sítio Mineração S.A 41 4900000 Ouro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
379 Barragem do Rapaunha ANGLOGOLD ASHANTI Córrego do Sítio Mineração S.A 57,5 12000000 Ouro MG Nova Lima Baixo Alto C Barragem
380 Barrage de Gabiões Empresa de Mineração Esperança SA 5 200000 Ferro MG Brumadinho Baixo Médio D Barragem
381 Bom Jardim Mineração Rio Pomba Cataguases Ltda 23 1500000 Bauxita MG Miraí Baixo Médio D Barragem
382 Barragem II Mina Engenho Mundo Mineração Ltda 25 279500 Ouro MG Rio Acima Alto Alto A Barragem
383 Barragem Mina Engenho Mundo Mineração Ltda 35 549927 Ouro MG Rio Acima Alto Alto A Barragem
384 Dique 05 Vale SA 13 7200000 Ferro MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
385 Dique 06 Vale SA 11 4000000 Ferro MG Itabira Baixo Baixo E Barragem
386 Dique Corte Azul Vale SA 19,5 10000 Ferro MG Ouro Preto Baixo Baixo E Barragem
387 Cava Oeste Cadam S.A 137 2670000 Caulim AP Vitória do Jari Baixo Baixo E Cava exaurida com barramento
388 Cava do Machado CIA de Ferro Ligas da Bahia 72 1343741,04 Calcário BA Andorinha Médio Médio D Cava exaurida com barramento
389 Área M Companhia Brasileira de Equipamento 10 1000000 Calcário MA Codó Médio Médio C Cava exaurida com barramento
390 Salina I Darci Nascimento EPP 40 1500000 Ouro MT Poconé Médio Baixo D Cava exaurida com barramento
391 Cava B Galvani Industria Comercio e Serviços SA 21 1990000 Fosfato MG Lagamar Baixo Baixo E Cava exaurida com barramento
392 Cava Central José João de Pinho Novo 20 20000 Null MT Poconé Alto Baixo C Cava exaurida com barramento
393 Cavas Antigas Mineração Tabiporã Ltda 15 60000 Ouro PR Campo Largo Médio Baixo D Cava exaurida com barramento
394 Cava da Mutuca Minerações Reunidas Brasileiras SA 0 25103062 Ferro MG Nova Lima Médio Alto B Cava exaurida com barramento
395 Tanque de Decantação Mineradora São Joaquim LTDA Me 628,54 450000 Areia SP Sarapuí Médio Baixo D Cava exaurida com barramento
396 Cava Água Mineral MMX Sudeste Mineração S.A. 24 0 Minério de Ferro MG Igarapé Baixo Médio D Cava exaurida com barramento
397 Cava Norte- Sul PROMETALICA Mineração Centro Oeste S.A 27 327372,53 Níquel GO Americano do Brasil Baixo Alto C Cava exaurida com barramento
398 Cava do Garimpo Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral 100 1251805,26 Ouro PA Curionópolis Alto Alto A Cava exaurida com barramento
399 Cava Cauê Vale SA 370 60997567,68 Ferro MG Itabirra Baixo Médio D Cava exaurida com barramento

139
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014

EMPREENDIMENTO NOME CLASSE TIPOLOGIA MUNICÍPIO BACIA SITUAÇÃO DE ESTABILIDADE


ALEXANDRITA
BARRAGEM SANTO ANTÔNIO Classe II Mineração Antônio Dias Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO
ALEXANDRITA
MALAQUIAS Classe II Mineração Antônio Dias Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO
ALEXANDRITA
SEM NOME Classe I Mineração Antônio Dias Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO
Master Minerais Ltda Barragem 1 - Acumulação de água Classe I Mineração Antônio Dias Rio Doce -
Master Minerais Ltda Barragem 2 - Rejeito Classe I Mineração Antônio Dias Rio Doce -
Master Minerais Ltda Barragem 3 - Rejeito Classe I Mineração Antônio Dias Rio Doce -
COMPANHIA
1 - ÁGUA FRESCA Classe II Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRA DE
COMPANHIA
MINA II - CONTENÇÃO DE SÓLIDOS Classe II Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRA DE
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM A Classe II Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM A0 Classe III Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM B1-B4 Classe II Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM B2 Classe III Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM B5 Classe III Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM E Classe III Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM F Classe I Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
COMPANHIA
BARRAGEM B2 Classe I Mineração Arcos Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM B3 Classe III Mineração Arcos Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
ROCA SANITARIOS
BACIA DE DECANTAÇÃO 01 Classe I Mineração Bambuí Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL LTDA
ROCA SANITARIOS
BARRAGEM 01 Classe I Mineração Bambuí Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL LTDA
COMPANHIA VALE DO
SUL SUPERIOR Classe III Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
SUL INFERIOR Classe III Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DO PATRIMÔNIO Classe I Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE A Classe I Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE B Classe I Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE C Classe I Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DOS INGLESES Classe I Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE 2 Classe I Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE FAZENDINHA Classe II Mineração Barão de Cocais Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
GANDARELA BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE REJEITOS -
Classe II Mineração Barão de Cocais Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERIOS LTDA SEM NOME
ARCELOR MITTAL
BACIA 15 Classe I Mineração Bela Vista de Minas Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL S.A
ARCELOR MITTAL
BACIA 7 Classe I Mineração Bela Vista de Minas Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL S.A
ARCELOR MITTAL
BACIA 8 Classe I Mineração Bela Vista de Minas Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL S.A
ARCELOR MITTAL
BACIA 9 Classe I Mineração Bela Vista de Minas Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL S.A
ARCELOR MITTAL
BACIA 1 Classe II Mineração Bela Vista de Minas Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL S.A
IMA INDUSTRIA DE
DIQUE 1 OU DIQUE MANGABEIRAS Classe II Mineração Belo Horizonte Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MADEIRA IMUNIZADA
IMA INDUSTRIA DE
DIQUE 2 OU DIQUE DO IRANIL Classe II Mineração Belo Horizonte Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MADEIRA IMUNIZADA
IMA INDUSTRIA DE
DIQUE 3 ou DIQUE AUXILIAR Classe II Mineração Belo Horizonte Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MADEIRA IMUNIZADA
BRASMIC MINERACAO
DIQUE D Classe III Mineração Betim Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
INDUSTRIA E
MINERACAO
DIQUE MONTREAL Classe II Mineração Betim Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MONTREAL LTDA
Cia Vale do Rio Doce BARRAGEM CAPIM BRANCO Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
CIA. DE MINERAÇAO
BARRAGEM B01 (DIQUE 01) Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SERRA AZUL -
CIA. DE MINERAÇAO
BARRAGEM B02 (DIQUE 02) Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SERRA AZUL -
CIA. DE MINERAÇAO
BARRAGEM B03 (DIQUE 03) Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SERRA AZUL -
CIA. DE MINERAÇAO
BARRAGEM B04 (DIQUE 04) Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SERRA AZUL -
COMPANHIA DE
DIQUE DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SERRA
COMPANHIA DE
BARAGEM DO QUÉIAS Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SERRA
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM I Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM IV Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM IVA Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM VI Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE

140
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM VII Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
MENEZES I Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
MENEZES II Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
EMPRESA DE
BARRAGEM DE GABIÕES Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO
MINERAL DO BRASIL
DIQUE TEJUCO Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
MINERMINAS Auditor não conclui sobre a
BARRAGEM I Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco
MINERADORA MINAS situação de estabilidade, por falta
MINERMINAS Auditor não conclui sobre a
BARRAGEM II Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco
MINERADORA MINAS situação de estabilidade, por falta
MINERMINAS Auditor não conclui sobre a
BARRAGEM III Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco
MINERADORA MINAS situação de estabilidade, por falta
MINERMINAS Auditor não conclui sobre a
DIQUE IV Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco
MINERADORA MINAS situação de estabilidade, por falta
MMX SUDESTE
BARRAGEM B1-A Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO LTDA
MMX SUDESTE Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM B1 Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco
MINERAÇÃO LTDA Auditor
MMX SUDESTE Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM QUÉIAS Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco
MINERAÇÃO LTDA Auditor
MMX SUDESTE
DIQUE B3 Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO LTDA
MMX SUDESTE
DIQUE B4 Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO LTDA
MMX SUDESTE Estabilidade não Garantida pelo
DIQUE DA CONQUISTINHA Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco
MINERAÇÃO LTDA Auditor
TMC-COMPANHIA DE
BARRAGEM SERRINHA Classe II Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO
VALLOUREC BARRAGEM DE SEDIMENTOS FAZENDA
Classe III Mineração Brumadinho Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA SANTA BÁRBARA
Mineração Serra do
BARRAGEM CAVA DO MOITA Classe II Mineração Caeté Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Oeste - MSOL
Mineração Serra do
BARRAGEM DE REJEITO CAVA RG02 W Classe II Mineração Caeté Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Oeste - MSOL
MINERACAO SERRAS
RG2E Classe III Mineração Caeté Rio das Velhas Estabilidade Garantida pelo Auditor
DO OESTE LTDA
Indústrias Nucleares do
Barragem de Águas Claras - UTM - caldas Classe III Mineração Caldas Rio Pardo Estabilidade Garantida pelo Auditor
Brasil S.A.
Indústrias Nucleares do
Barragem de Rejeitos -UTM - Caldas Classe III Mineração Caldas Rio Pardo Estabilidade Garantida pelo Auditor
Brasil S.A.
CIMENTO TUPI S/A BARRAGEM B1 Classe II Mineração Caranaíba Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor

CIMENTO TUPI S/A BARRAGEM LAGOA DA MINA Classe III Mineração Caranaíba Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
COMPANHIA VALE DO
DIQUE PARACATU Classe II Mineração Catas Altas Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE LAVRA AZUL Classe II Mineração Catas Altas Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DE COBRAS Classe II Mineração Catas Altas Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM DICÃO LESTE Classe II Mineração Catas Altas Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM MOSQUITO Classe II Mineração Catas Altas Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
ANGLO AMERICAN Conceição do Mato
Barragem de Rejeitos Classe III Mineração Rio Santo Antônio Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERIO DE FERRO Dentro
ANGLO AMERICAN Conceição do Mato
Dique 01 de Contenção de Sedimentos Classe II Mineração Rio Santo Antônio Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERIO DE FERRO Dentro
MINERACAO
DIQUE DE TURMALINA Classe III Mineração Conceição do Pará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
TURMALINA LTDA
COMPANHIA
BAIA 1 Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM DO LAGARTO Classe I Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM B5 Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM CASA DE PEDRA Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM B4 Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA BARRAGEM DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO Auditor não conclui sobre a
Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco
SIDERURGICA CÓRREGO MARIA JOSÉ situação de estabilidade, por falta
COMPANHIA
DIQUE DA PILHA DA VILA II Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM POÇO FUNDO Classe I Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM DO ESMERIL I Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
DIQUE 16 - DIQUE DO ENGENHO Classe I Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA Estabilidade não Garantida pelo
BAIA 4 Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco
SIDERURGICA Auditor
COMPANHIA
DIQUE DO BATATEIRO DE BAIXO Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
DIQUE 11 - DIQUE DO SIRÊNIO Classe I Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
Dique do Bichento IIIA Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
DIQUE DO ESMERIL IV Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
GRUPO Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
FORQUILHA III Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO
FORQUILHA II Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE

141
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

COMPANHIA VALE DO
FORQUILHA I Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BAIXO JOÃO PEREIRA Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
MARÉS II Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO
CORTE AZUL Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
MARÉS I Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
FREITAS Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARNABÉ Classe II Mineração Congonhas Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
MATA PORCOS Classe I Mineração Congonhas Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
NACIONAL MINERIOS Auditor não conclui sobre a
DIQUE DO ENGENHO Classe III Mineração Congonhas Rio São Francisco
S/A situação de estabilidade, por falta
COMPANHIA
BARRAGEM B1 - ÁGUA PRETA Classe III Mineração Conselheiro Lafaiete Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
COMPANHIA
BARRAGEM B2 - ÁGUA PRETA Classe III Mineração Conselheiro Lafaiete Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
SIDERURGICA
BARRAGEM DAS BACIAS DE CONTENÇÃO DE
VALE MANGANES S.A Classe II Mineração Conselheiro Lafaiete Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
SEDIMENTOS 1, 2 E 3
Estabilidade não Garantida pelo
VALE MANGANES S.A BARRAGEM LAGOA DO IPÊ Classe II Mineração Conselheiro Lafaiete Rio Paraopeba
Auditor
NOVELIS DO BRASIL
BARRAGEM SANTA TEREZA Classe III Mineração Descoberto Rio Paraíba do Sul Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA.
ANTARES MINERAÇÃO
BARRAGEM DE REJEITO Classe I Mineração Diamantina Rio São Francisco -
LTDA
VOTORANTIM METAIS
BARRAGEM DE ÁGUA Classe III Mineração Fortaleza de Minas Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A.
VOTORANTIM METAIS
DEPÓSITO DE REJEITOS Classe III Mineração Fortaleza de Minas Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A.
MMX SUDESTE
BARRAGEM B1 Classe III Mineração Igarapé Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO LTDA
MMX SUDESTE
BARRAGEM B1 AUXILIAR Classe III Mineração Igarapé Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO LTDA
MMX SUDESTE
BARRAGEM B2 Classe III Mineração Igarapé Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO LTDA
MMX SUDESTE
DIQUE GROTA DAS COBRAS Classe III Mineração Igarapé Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO LTDA
MINERACOES GERAIS
PROJETO SERRA DATUMBA Classe I Mineração Inhaúma Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
PEDREIRA ROLIM LTDA Barragem ROLIM Classe II Mineração Ipatinga Rio Piracicaba -
BELMONT MINERAÇÃO
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SÓLIDOS I Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
BELMONT MINERAÇÃO
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SÓLIDOS II Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
BELMONT MINERAÇÃO
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SÓLIDOS III Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
BELMONT MINERAÇÃO
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SÓLIDOS IV Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
BELMONT MINERAÇÃO
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SÓLIDOS V Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
BELMONT MINERAÇÃO
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SÓLIDOS VI Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM RIO DO PEIXE Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM PONTAL Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM ITABIRUÇU Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM CAMBUCAL I Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM CAMBUCAL II Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM SANTANA Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE TRÊS FONTES Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE IPOEMA Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM CONCEIÇÃO Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM ALCINDO VIEIRA Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM BORRACHUDO Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM CEMIG I Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM CEMIG II Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM JIRAU Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM PIABAS Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
CORDÃO NOVA VISTA Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE MINERVINO Classe III Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DO QUINZINHO Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE RIO DO PEIXE Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE BRAÇO 02 Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE BRAÇO 3 Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE

142
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

COMPANHIA VALE DO
DIQUE BRAÇO 4 Classe I Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE BRAÇO 5 Classe I Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE BRAÇO 6 Classe I Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE 1B CONCEIÇÃO Classe I Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE 105 I Classe II Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
PITEIRAS MINERACAO BARRAGEM DE REJEITO DE RECIRCULAÇÃO
Classe I Mineração Itabira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA DE ÁGUA
PITEIRAS MINERACAO Estabilidade não Garantida pelo
AÇUDE DE ÁGUA LIMPA Classe I Mineração Itabira Rio Doce
LTDA Auditor
ANEX MINERAÇAO
DIQUE DO POMAR Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM CATA BRANCA Classe II Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
DIQUE NERY Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM MARAVILHAS II Classe III Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM MARAVILHAS I Classe III Mineração Itabirito Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO
Barragem Cianita 01 Classe III Mineração Itabirito Rio das Velhas Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
HERCULANO
DEPÓSITO-BARRAGEM DE REJEITOS B1 Classe II Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
HERCULANO
BARRAGEM B2 Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
HERCULANO
BARRAGEM B3 Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
HERCULANO
BARRAGEM B4 Classe II Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
HERCULANO
DIQUE DE LAMA Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
MINAR MINERACAO
BARRAGEM MINAR Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
AREDES LTDA
MINAR MINERACAO
DIQUE 01 Classe II Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
AREDES LTDA
MINAR MINERACAO
DIQUE 02 Classe II Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
AREDES LTDA
Mineração Serra do
BARRAGEM DO CÓRREGO PACIÊNCIA Classe III Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Oeste - MSOL
SAFM
DIQUE LONGITUDINAL 01 Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃOLTDA
SAFM
DIQUE 02 Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃOLTDA
SAFM
DIQUE 03 Classe I Mineração Itabirito Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃOLTDA
COMPANHIA
BARRAGEM DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA LIMPA Classe III Mineração Itamarati de Minas Rio Paraíba do Sul Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRA DE
COMPANHIA
BARRAGEM DE REJEITOS Classe III Mineração Itamarati de Minas Rio Paraíba do Sul Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRA DE
NACIONAL DE
B2 Classe III Mineração Itapecerica Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
GRAFITE LTDA
NACIONAL DE
B4 Classe III Mineração Itapecerica Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
GRAFITE LTDA
NACIONAL DE
B1 Classe II Mineração Itapecerica Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
GRAFITE LTDA
ARCELORMITTAL
BARRAGEM DE REJEITOS Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO SERRA
ARCELORMITTAL
DIQUE 2 DE CONCRETO Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO SERRA
ARCELORMITTAL
DIQUE 1 DE TERRA Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO SERRA
MBL MATERIAIS
DIQUE BIII - 2 Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE UNIDADE I Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE COUVES Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE HERCULES BIV-1 Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE HERCULES BIV-2 Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE HERCULES BIV-3 Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE MINEIRA UNIDADE V Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MINERAÇÃO USIMINAS DIQUE 14 (VALE SECO - CONTENÇÃO DE
Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A SEDIMENTOS DO PÁTIO DE PRODUTOS EM
MINERAÇÃO USIMINAS DIQUE 06 (VALE SECO - CONTENÇÃO DE
Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A SEDIMENTOS DO PÁTIO DE PRODUTOS E DA
MINERAÇÃO USIMINAS BARRAGEM DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA -
Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A SOMISA
MINERAÇÃO USIMINAS BARRAGEM CENTRAL - DEPÓSITO
Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A BARRAGEM DE REJEITOS - J. MENDES
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE 13 - PAINS Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE DA DIVISA Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE DA OFICINA Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS BARRAGEM OESTE - PILHA BARRAGEM DE
Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A REJEITOS - SOMISA
MINERAÇÃO USIMINAS
Dique Oeste Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
BARRAGEM SAMAMBAIA Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A

143
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE COUVES Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE DA MINEIRA Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE MAZANO Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE DA OFICINA II Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE DO ASFALTO Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE INTERMEDIÁRIO Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE MAZANO II Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE FLOTAÇÃO Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERITA MINERIOS
BARRAGEM 1 Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
BARRAGEM 2 - CANINDÉ Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
BARRAGEM 3 Classe III Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 1 - DIQUE SERRA AZUL Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 3 - LEIRA VÉU DE NOIVA Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 4 - SANTANENSE Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 5 - VÉU DE NOIVA MONTANTE Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 6 - VÉU DE NOIVA JUSANTE Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 7 - PILHA DE SINTER Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 8 - DIQUE VIEIRAS Classe II Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MINERITA MINERIOS
DIQUE 9 - CONCENTRAÇÃO Classe I Mineração Itatiaiuçu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MBL MATERIAIS
BARRAGEM DE REJEITO 1 Classe II Mineração Itaúna Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE BIII - 3 Classe II Mineração Itaúna Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE BIII - 4 Classe II Mineração Itaúna Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE BIII-5 Classe II Mineração Itaúna Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE BIII-6 Classe II Mineração Itaúna Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE BIII-7 Classe II Mineração Itaúna Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
MBL MATERIAIS
DIQUE BIII-1 Classe II Mineração Itaúna Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BASICOS LTDA
SAINT-GOBAIN DO
DIQUE 2 Classe I Mineração Itutinga Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS
SAINT-GOBAIN DO
DIQUE 1 Classe II Mineração Itutinga Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS
SAINT-GOBAIN DO
DIQUE 3 Classe II Mineração Itutinga Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS
GALVANI INDÚSTRIA,
Cava B Classe I Mineração Lagamar Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
COMÉRCIO E
GALVANI INDÚSTRIA,
Cava C Classe II Mineração Lagamar Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
COMÉRCIO E
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DA PDE ENGANO Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Auditor não conclui sobre a
DIQUE DO RETÃO Classe II Mineração Mariana Rio Doce
RIO DOCE situação de estabilidade, por falta
COMPANHIA VALE DO
DIQUE LAGOA SECA Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DA PÊRA Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM PRINCIPAL Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM ATHAYDE Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM CAPTAÇÃO Classe II Mineração Mariana Rio Doce
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM POCILGA Classe I Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE PDE PERMANENTE II - FASE I Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE PDE TEMPORÁRIA II Classe I Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE PERMANENTE I Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO BARRAGEM DE CAPTAÇÃO CÓRREGO DAS
Classe I Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE ALMAS
COMPANHIA VALE DO
DIQUE FOSFOROSO Classe I Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM CAMPO GRANDE Classe III Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
QUARTZITO DO
BARRAGEM DE ACUMULAÇÃO DE ÁGUA Classe I Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL LTDA
QUARTZITO DO
TANQUE 3 Classe I Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL LTDA
SAMARCO DIQUE 1 (SISTEMA DE REJEITOS DO FUNDÃO)
Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - BARRAGEM DO FUNDÃO
SAMARCO DIQUE 2 (SISTEMA DE REJEITOS DO FUNDÃO)
Classe II Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - BARRAGEM DO FUNDÃO

144
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

SAMARCO
BARAGEM DO FUNDÃO Classe III Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - MINA
SAMARCO
BARRAGEM DO GERMANO Classe III Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - MINA
SAMARCO
BARRAGEM DO SANTARÉM Classe III Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - MINA
SAMARCO BARRAGEM DA PILHA DE ESTÉRIL JOÃO
Classe I Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - MINA MANOEL - B3
SAMARCO DIQUES DA SELA E TULIPA - BARRAGEM DO
Classe III Mineração Mariana Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - MINA GERMANO
SAMARCO
Barragem da Pilha de Estéril João Manoel - B2 Classe I Mineração Mariana Rio Doce -
MINERACAO SA - MINA
MINERAL DO BRASIL
DIQUE CAFFARO Classe II Mineração Mário Campos Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
MINERAL DO BRASIL
BARRAGEM DE CONCRETO Classe II Mineração Mário Campos Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
MINERAL DO BRASIL
BARRAGEM VICENTE SAMPAIO Classe II Mineração Mário Campos Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
MINERACAO MATHEUS
BACIA DE DECANTAÇÃO 1 Classe II Mineração Mateus Leme Rio Paraopeba -
LEME LTDA
MINERACAO MATHEUS
BACIA DE DECANTAÇÃO 2 Classe II Mineração Mateus Leme Rio Paraopeba -
LEME LTDA
MINERACAO MATHEUS
BACIA DE DECANTAÇÃO 3 Classe II Mineração Mateus Leme Rio Paraopeba -
LEME LTDA
MINERAÇÃO USIMINAS DIQUE 01 - SERRA AZUL - DIQUE VAI E
Classe I Mineração Mateus Leme Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A VOLTA 1
MINERAÇÃO USIMINAS DIQUE 02 - SERRA AZUL - DIQUE VAI E
Classe II Mineração Mateus Leme Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A VOLTA 2
MINERAÇÃO USIMINAS DIQUE 03 - SERRA AZUL - DIQUE VAI E
Classe II Mineração Mateus Leme Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A VOLTA 3
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE LESTE I Classe II Mineração Mateus Leme Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE LESTE II Classe I Mineração Mateus Leme Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERAÇÃO USIMINAS
DIQUE LESTE III Classe I Mineração Mateus Leme Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MINERITA MINERIOS
DIQUE 2 - PITANGUI Classe I Mineração Mateus Leme Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ITAUNA LTDA
MARMOCIL LTDA ATERRO BARRAGEM Classe II Mineração Matipó Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
SAMARCO BARRAGEM DE DECANTAÇÃO DE ÁGUA E
Classe II Mineração Matipó Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - EBII POLPA - EB II - MINERODUTO
BAUMINAS
BARRAGEM DE MERCÊS Classe III Mineração Mercês Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
BAUMINAS
BARRAGEM BOM JARDIM Classe II Mineração Miraí Rio Paraíba do Sul Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
COMPANHIA
BARRAGEM DE REJEITOS Classe III Mineração Miraí Rio Paraíba do Sul Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRA DE
AMG MINERACAO S/A BARRAGEM DE REJEITOS Classe III Mineração Nazareno Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
SAINT-GOBAIN DO
BACIA 1 Classe I Mineração Nazareno Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS
SAINT-GOBAIN DO
BACIA 2 Classe I Mineração Nazareno Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS
SAINT-GOBAIN DO
BACIA 3 Classe I Mineração Nazareno Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS
SAINT-GOBAIN DO
BACIA 4 Classe I Mineração Nazareno Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS
VALE MANGANÊS AS
BARRAGEM ÁGUA NOVA Classe II Mineração Nazareno Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
(MINA DO FUNDÃO OU
VALE MANGANÊS AS
BARRAGEM BR-4 Classe II Mineração Nazareno Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
(MINA DO FUNDÃO OU
VALE MANGANÊS AS Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM BR-3 Classe II Mineração Nazareno Rio Grande
(MINA DO FUNDÃO OU Auditor
VALE MANGANÊS AS Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM BR-2 Classe II Mineração Nazareno Rio Grande
(MINA DO FUNDÃO OU Auditor
VALE MANGANÊS AS
BARRAGEM BR-1 Classe II Mineração Nazareno Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
(MINA DO FUNDÃO OU
CIA MINERADORA
Barragem Mãe D'Água Classe III Mineração Nova Era Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
CATITE DUO S.A.
AngloGold Ashanti
BARRAGEM DE CALCINADOS Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM DE CAMBIMBE Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM DO COCURUTO Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM DO RAPAUNHA Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM CAMBIMBE Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM COCURUTO Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM CALCINADOS Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM RAPAUNHA Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
Barragem das Codornas Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
Barragem Lagoa Grande Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
Barragem do Miguelão Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
Barragem TS Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM VARGEM GRANDE Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM 5 - MINA DA MUTUCA Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DE FERNANDINHO Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE

145
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM B6 - MINA DE MAR AZUL Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
B4 - MINA MAR AZUL Classe I Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
B3 - MINA MAR AZUL Classe I Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM B7 - MINA DE MAR AZUL Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
Barragem Taquaras - Mina de Mar Azul Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO BARRAGEM CAPÃO DA SERRA - MINA DO
Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE TAMANDUÁ
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM PENEIRINHA Classe II Mineração Nova Lima Rio das Velhas
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
Dique 2 Classe I Mineração Nova Lima Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO
Dique 3 Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE B Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
EXTRATIVA MINERAL BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE SÓLIDOS
Classe I Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA CARREADOS
EXTRATIVA MINERAL
DIQUE DA PILHA DE REJEITO Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
EXTRATIVA MINERAL
PILHA BARRAGEM Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
MINERACOES BARRAGEM B2 - MINA MAR AZUL (ANTIGA
Classe II Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS CAVA C2 PREENCHIMENTO)
MINERACOES Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM 8B - MINA DE ÀGUAS CLARAS Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco
BRASILEIRAS Auditor
MINERACOES
BARRAGEM 5 - MINA DE ÀGUAS CLARAS Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS
MINERACOES
BARRAGEM 7B - MINA DE ÀGUAS CLARAS Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS
PEDRAS CONGONHAS BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE FINOS -
Classe I Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
EXTRACAO ARTE MINA DO MOSTARDA
VALLOUREC BARRAGEM DE REJEITO (CO-DISPOSIÇÃO) -
Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA CACHOEIRINHA
VALLOUREC DIQUE DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS
Classe III Mineração Nova Lima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA CACHOEIRINHA (LISA)
MINERACAO FAISCA
D1 Classe II Mineração Novo Oriente de Minas Rio Mucuri Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS (DS -
RIMA INDUSTRIAL SA Classe I Mineração Olhos-dÁgua Rio Jequitinhonha Estabilidade Garantida pelo Auditor
01)
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM NATIVIDADE Classe III Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM TIMBOPEBA Classe III Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM DOUTOR Classe III Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
GAMBÁ I Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
CB-3 Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
BANDEIRA II Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
BANDEIRA I Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
COMPANHIA VALE DO
ALTO JACUTINGA Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
PRATA I Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
FERRO + MINERACAO
BARRAGEM DO JOSINO Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A.
FERRO + MINERACAO
BARRAGEM DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA - J8 Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A.
FERRO + MINERACAO
PILHA DE REJEITOS - J8 Classe III Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A.
GERDAU ACOMINAS
BARRAGEM DE CLARIFICAÇÃO DE BOCAINA Classe II Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
GERDAU ACOMINAS
BARRAGEM DE REJEITO DE BOCAINA Classe III Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
GERDAU ACOMINAS
BARRAGEM DOS ALEMÃES Classe III Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
IMA INDUSTRIA DE
BARRAGEM 1 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MADEIRA IMUNIZADA
IMA INDUSTRIA DE
BARRAGEM 2 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MADEIRA IMUNIZADA
IMA INDUSTRIA DE
BARRAGEM 3 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MADEIRA IMUNIZADA
NACIONAL MINERIOS
BARRAGEM AUXILIAR DO VIGIA Classe III Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A
NACIONAL MINERIOS
BARRAGEM DO VIGIA Classe III Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A
RCM STONE
DIQUE N°01 - FÁBRICA-OPPS Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
INDÚSTRIA LTDA
RCM STONE
DIQUE N°02 - FÁBRICA-OPPS Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
INDÚSTRIA LTDA
SAMARCO DIQUE DE CONTEÇÃO DE SOLIDOS NO
Classe I Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO SA - MINA CÓRREGO DOS MACACOS
TOPAZIO IMPERIAL
BARRAGEM DE ÁGUA FRIA Classe III Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO
TOPAZIO IMPERIAL
CAPTAÇÃO 1 Classe I Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO
TOPAZIO IMPERIAL
CAPTAÇÃO 2 Classe II Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERAÇÃO
VERMELHAO
B5 Classe II Mineração Ouro Preto Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO IND E
JJC Mineração Indústria
DIQUE 01 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
e Comércio Ltda

146
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

JJC Mineração Indústria


DIQUE 02 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
e Comércio Ltda
JJC Mineração Indústria
DIQUE 03 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
e Comércio Ltda
Top Trino Ltda BARRAGEM DE REJEITO BR1 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor

Top Trino Ltda BARRAGEM DE REJEITO BR2 Classe I Mineração Ouro Preto Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ANTONIO ALVES
B1 Classe I Mineração Papagaios Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
FILGUEIRAS CAMPOS -
Kinross Brasil
BARRAGEM EUSTÁQUIO Classe III Mineração Paracatu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Mineração S/A
Kinross Brasil
BARRAGEM DE REJEITOS SANTO ANTONIO Classe III Mineração Paracatu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Mineração S/A
Kinross Brasil
Tanque Específico IX Classe II Mineração Paracatu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Mineração S/A
Kinross Brasil
TANQUE ESPECÍFICO X Classe I Mineração Paracatu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Mineração S/A
VOTORANTIM METAIS
DEPÓSITO DE REJEITOS -01 Classe III Mineração Paracatu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ZINCO S.A.
VOTORANTIM METAIS
DEPÓSITO DE REJEITOS - 02 Classe III Mineração Paracatu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ZINCO S.A.
VOTORANTIM METAIS
DEPOSITO DE REJEITOS -03 Classe III Mineração Paracatu Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ZINCO S.A.
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM A Classe I Mineração Patos de Minas Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM C Classe I Mineração Patos de Minas Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM B Classe II Mineração Patos de Minas Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S.A
NACIONAL DE
RANCHO DE CASCA Classe III Mineração Pedra Azul Rio Jequitinhonha Estabilidade Garantida pelo Auditor
GRAFITE LTDA
NACIONAL DE
MARÇU Classe III Mineração Pedra Azul Rio Jequitinhonha Estabilidade Garantida pelo Auditor
GRAFITE LTDA
INDUSTRIAS
BARRAGEM 1 Classe I Mineração Pitangui Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS DE
INDUSTRIAS
BARRAGEM 2 Classe I Mineração Pitangui Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS DE
INDUSTRIAS
BARRAGEM 3 Classe I Mineração Pitangui Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS DE
INDUSTRIAS
BARRAGEM 4 Classe I Mineração Pitangui Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS DE
INDUSTRIAS
BARRAGEM 5 Classe I Mineração Pitangui Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASILEIRAS DE
MINERAÇÃO BARRAGEM DE REJEITOS USINA CAMPO DO
Classe II Mineração Poços de Caldas Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
CURIMBABA LTDA MEIO
MINERAÇÃO RIACHO Afluentes do rio
Barragem de Rejeitos Classe III Mineração Riacho dos Machados Estabilidade Garantida pelo Auditor
DOS MACHADOS Verde Grande
COMPANHIA VALE DO Auditor não conclui sobre a
CAPTAÇÃO DE TROVÕES Classe I Mineração Rio Acima Rio São Francisco
RIO DOCE situação de estabilidade, por falta
MUNDO MINERACAO Auditor não conclui sobre a
SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE REJEITO Classe III Mineração Rio Acima Rio São Francisco
LTDA. situação de estabilidade, por falta
MUNDO MINERACAO
BARRAGEM II Classe I Mineração Rio Acima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA.
NACIONAL MINERIOS
BARRAGEM AUXILIAR B2 Classe III Mineração Rio Acima Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
NACIONAL MINERIOS Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM B2 Classe III Mineração Rio Acima Rio São Francisco
S/A Auditor
NACIONAL MINERIOS
BARRAGEM ECOLÓGICA I Classe I Mineração Rio Acima Rio das Velhas Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
NACIONAL MINERIOS
BARRAGEM ECOLÓGICA II Classe I Mineração Rio Acima Rio das Velhas Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
CIMECA COMERCIO E
BATATINHA Classe I Mineração Rio Piracicaba Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
INDUSTRIA DE
CIMECA COMERCIO E
PÉ DE SERRA Classe I Mineração Rio Piracicaba Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
INDUSTRIA DE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM DIOGO Classe III Mineração Rio Piracicaba Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM MONJOLO Classe II Mineração Rio Piracicaba Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM DA PORTEIRINHA Classe III Mineração Rio Piracicaba Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
ELEFANTE Classe II Mineração Rio Piracicaba Rio Piracicaba/Jaguari Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
ÁGUA ESPALHADA Classe I Mineração Rio Piracicaba Rio Piracicaba/Jaguari
RIO DOCE Auditor
AngloGold Ashanti
BARRAGEM DE REJEITOS DA MINA CUIABÁ Classe III Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
AngloGold Ashanti
BARRAGEM MINA CUIABÁ Classe III Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio
BRUMAFER
BARRAGEM DOS COQUEIROS Classe III Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
BRUMAFER
BARRAGEM DO FUNDÃO Classe III Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA
BRUMAFER BARRAGEM DE RECUPERAÇÃO DE ÁGUA DO
Classe III Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERACAO LTDA PROCESSO. BARRAGEM DE RETORNO
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DA PILHA 1 Classe I Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
DIQUE DA PILHA 2 Classe I Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO
BARRAGEM GALEGO Classe III Mineração Sabará Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE
COMPANHIA VALE DO Auditor não conclui sobre a
DIQUE DA USINA 12 Classe I Mineração Sabará Rio São Francisco
RIO DOCE situação de estabilidade, por falta
COMPANHIA VALE DO Auditor não conclui sobre a
DIQUE DA USINA 13 Classe I Mineração Sabará Rio São Francisco
RIO DOCE situação de estabilidade, por falta
COMPANHIA VALE DO Estabilidade não Garantida pelo
DIQUE DA USINA 11 Classe I Mineração Sabará Rio São Francisco
RIO DOCE Auditor
NACIONAL DE
BARRAGEM DE REJEITO CALIFÓRNIA Classe III Mineração Salto da Divisa Rio Jequitinhonha Estabilidade Garantida pelo Auditor
GRAFITE LTDA

147
Apêndice B – Barragens cadastradas na FEAM - 2014 (continuação...)

AngloGold Ashanti DIQUE DE CONTENÇÃO DE FINOS


Classe II Mineração Santa Bárbara Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio (SEDIMENTOS) DO CÓRREGO DO SÍTIO
AngloGold Ashanti BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE REJEITOS
Classe III Mineração Santa Bárbara Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
Córrego do Sítio CDS II
MINERACAO OMEGA
DIQUE DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS Classe III Mineração Santa Cruz de Minas Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
LTDA.
ANGLO AMERICAN
Barragem EB-2 Classe II Mineração Santo Antônio do Grama Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
MINERIO DE FERRO
SAGODI MINERAÇÃO
Dique Classe I Mineração São Gonçalo do Abaeté Rio São Francisco -
LTDA
COMPANHIA VALE DO São Gonçalo do Rio
CÓRREGO DO CANAL (SUL) Classe III Mineração Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE Abaixo
COMPANHIA VALE DO DIQUE DA ESTRADA DE SÃO GONÇALO São Gonçalo do Rio
Classe III Mineração Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE (DICÃO) Abaixo
COMPANHIA VALE DO São Gonçalo do Rio
B3 Classe I Mineração Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE Abaixo
COMPANHIA VALE DO São Gonçalo do Rio
DIQUE DA PILHA 3 Classe II Mineração Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
RIO DOCE Abaixo
SAINT-GOBAIN DO São Gonçalo do Rio
TANQUE DE CONCENTRAÇÃO DE REJEITO 1 Classe I Mineração Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS Abaixo
SAINT-GOBAIN DO São Gonçalo do Rio
TANQUE DE CONCENTRAÇÃO DE REJEITO 2 Classe I Mineração Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
BRASIL PRODUTOS Abaixo
ICAL - Indústria de BARRAGEM DE REJEITO DA UNIDADE NOVA
Classe I Mineração São José da Lapa Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
Calcinação Ltda. GRANJA
NEVESTONES LTDA -
CRUZEIRO Classe I Mineração São José da Safira Rio Doce Estabilidade Garantida pelo Auditor
ME
GRANHA LIGAS LTDA BARRAGEM ÁGUA LIMPA Classe II Mineração São Tiago Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
MAMORE MINERACAO
BACIA 1 Classe I Mineração São Tiago Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
E METALURGIA LTDA
MAMORE MINERACAO
BACIA 2 Classe I Mineração São Tiago Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
E METALURGIA LTDA
MAMORE MINERACAO
BARRAGEM 3 Classe I Mineração São Tiago Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
E METALURGIA LTDA
MAMORE MINERACAO
BARRAGEM 4 Classe I Mineração São Tiago Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
E METALURGIA LTDA
MAMORE MINERACAO
BARRAGEM 5 Classe I Mineração São Tiago Rio Grande Estabilidade Garantida pelo Auditor
E METALURGIA LTDA
ITAMINAS COMERCIO
BARRAGEM B2 Classe III Mineração Sarzedo Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
DE MINERIOS SA
ITAMINAS COMERCIO
BARRAGEM B1 Classe III Mineração Sarzedo Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
DE MINERIOS SA
ITAMINAS COMERCIO
B4C Classe III Mineração Sarzedo Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
DE MINERIOS SA
ITAMINAS COMERCIO
B4 Classe III Mineração Sarzedo Rio Paraopeba Estabilidade Garantida pelo Auditor
DE MINERIOS SA
MINERACAO PEDRA Senador Modestino
DIQUE D1 Classe I Mineração Rio Jequitinhonha Estabilidade Garantida pelo Auditor
MENINA LTDA Gonçalves
MINERACAO PEDRA Senador Modestino
DIQUE D2 Classe I Mineração Rio Jequitinhonha Estabilidade Garantida pelo Auditor
MENINA LTDA Gonçalves
MINERACAO PEDRA Senador Modestino
DIQUE D3 Classe I Mineração Rio Jequitinhonha Estabilidade Garantida pelo Auditor
MENINA LTDA Gonçalves
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM DO RIBEIRÃO DO INFERNO Classe III Mineração Tapira Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM BA-3 Classe III Mineração Tapira Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM BD-2 Classe III Mineração Tapira Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM BD-5 Classe III Mineração Tapira Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM BL-1 Classe III Mineração Tapira Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
VALE FERTILIZANTES
BARRAGEM BR Classe III Mineração Tapira Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
S/A
MAGNESITA
Reservatório do Ribeirão Beija-Flor Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IA Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IB Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IIA Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IIB Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IIIA Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IIIB Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IVA Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de decantação IVB Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de recirculação de água I Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
MAGNESITA
Tanque de recirculação de água II Classe III Mineração Uberaba Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor
REFRATARIOS S.A.
VOTORANTIM METAIS
BARRAGEM AROEIRA Classe III Mineração Vazante Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ZINCO S.A.
VOTORANTIM METAIS Auditor não conclui sobre a
BARRAGENS E MÓDULOS ANTIGOS Classe II Mineração Vazante Rio São Francisco
ZINCO S.A. situação de estabilidade, por falta
VOTORANTIM METAIS
MÓDULO III Classe II Mineração Vazante Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
ZINCO S.A.
Sermil Serviços de Estabilidade não Garantida pelo
BARRAGEM DE SILTE Classe II Mineração Vermelho Novo Rio Doce
Mineração Ltda Auditor
ICAL - INDUSTRIA DE
BARRAGEM DESCOBERTO Classe III Mineração Vespasiano Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
CALCINAÇÃO LTDA
ICAL - INDUSTRIA DE
BARRAGEM DO CHICO (2) Classe I Mineração Vespasiano Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
CALCINAÇÃO LTDA
ICAL - INDUSTRIA DE
BARRAGEM DO INHAME (3) Classe I Mineração Vespasiano Rio São Francisco Estabilidade Garantida pelo Auditor
CALCINAÇÃO LTDA

148
Apêndice C – Rupturas de Barragens 1915-2014 - ICOLD

149
Apêndice C – Rupturas de Barragens 1915-2014 - ICOLD (continuação...)

Rússia 1 Karamken, Magadan Region, Russia Au 29/Aug/09 1.200.000 1 11 houses los t, 1 dea th (Kara mken Upda te - MACE 2012-02-10)
China 2 Huayuan County, Xiangxi Autonomous Prefecture, Hunan Province, China Mn 14/May/09 50.000 3 3 ki ll ed, 4 i njured
5.4 mi l l ion cubic yards (1.09 bil l i on gal l ons ) of fl y a s h was rel eas ed
USA 1 Kingston fossil plant, Harriman, Tennessee, USA Coal 22/Dec/08 4.100.000 (http://www.s ourcewa tch.org/i ndex.php?ti tl e=TVA_Kingston_Foss i l _Pl ant_coa l_a sh_s pi l l #TVA_Rea ction)
China 1 Taoshi, Linfen City, Xiangfen county, Shanxi province, China Fe US 50,7 290.000 8/Sep/08 190.000 277 At l ea s t 254 dead and 35 i njured.
Fl ours pa r mi ne. Ini ti al Report of the HSE i nves tiga tion into the Gl ebe Mi nes Stony Middl eton dam fai l ure 2007, HSE Central Di vi s i on -
Irlanda 3 Glebe Mines, UK Fl 22/Jan/07 20.000 Notti ngha m, UK, 23Feb07
Mineracao Rio Pomba Cataguases, Mirai, Minas Gerais, Brazil, Mineração The mud fl ow l eft about 4000 res i dents of the ci ti es of Mi ra í a nd Muri aé i n the Zona da Ma ta homel es s . Crops and pa s tures were
Brasil 1 Al 10/Jan/07 2.000.000 des troyed and the wa ter suppl y wa s compromi s ed i n ci ti es i n the sta tes of Mi na s Gera i s a nd Ri o de Ja nei ro.
(Industrias Quimicas Cataguases)
Konkol a Copper Mines Pl c (51% Veda nta Res ources pl c) Fa i lure of ta i l ings s l urry pi peli ne from Ncha nga ta i li ngs l eachi ng pl a nt to
África 4 Nchanga, Chingola, Zambia, Cu 6/Nov/06 Munti mpa ta i l ings dumps . Relea se of hi ghl y a ci di c ta i l i ngs i nto Ka fue ri ver; high concentra ti ons of copper, ma nga nes e, coba l t i n ri ver
wa ter; dri nki ng wa ter suppl y of downstrea m communi ti es s hut down.

The l a nds l ide buri ed about 40 rooms of ni ne hous ehol ds , l ea ving 17 res i dents mis s i ng. Fi ve i njured peopl e were taken to hospi tal . More
China 2 Miliang, Zhen'an County, Shangluo, Shaanxi Province, China Au 30/Apr/06 17 tha n 130 l oca l res i dents have been eva cua ted. Toxi c pota s s ium cyani de was rel eas ed i nto the Hua s hui ri ver, conta mi nati ng i t a pprox. 5
km downs trea m.

Mineracao Rio Pomba Cataguases, Mirai, Minas Gerais, Brazil, Mineração In Ma rch 2006, a l eaki ng (si c) let 400 mi l l ion li te rs (400,000 m3) of muddy wa ter es ca pe maki ng i ts way to Ri o de Ja nei ro. "Bra zi li a n Ra ins
Brasil 2 Al Mar/06 400.000 Ki l l Dozens a nd Broken Dam Lea ves , Thous a nds Wi thout Shel ter ," Jos é Wil s on Mira nda , Brazzi l Ma ga zi ne, 11 January 2007
(Industrias Quimicas Cataguases)
Mi s si s si ppi Phos pha tes Corp. Phos phogyps um s ta ck fa i lure, beca use the compa ny was tryi ng to increa s e the ca pa city of the pond at a
USA 3 Bangs Lake, Jackson County, Mississippi, USA P 14/Apr/05 64.350 fa s ter rate tha n normal , a ccordi ng to Offi ci a l s with the Mi s si s s ippi Depa rtment of Envi ronmenta l Qual i ty (the compa ny ha s bl amed the
spi ll on unus ual l y heavy rai nfa l l , though). Li qui d poured i nto a dja cent ma rs h la nds , caus ing vegeta tion to di e.

Canadá 3 Pinchi Lake, BC, Canada (Teck Cominco Ltd.) Hg WR 12 30/Nov/04 6,000-8,000 Mercury conta mi nated ta i li ngs i nto Pinchi La ke
A dike at the top of a 100-foot-hi gh gyps um s ta ck holdi ng 150-mi l l i on gal l ons of pol l uted wa ter broke a fter wa ves dri ven by Hurri cane
USA 2 Riverview, Florida, USA P 5/Sep/04 227.000 Fra nces ba shed the di ke's s outhwes t corner. Li qui d spi ll ed i nto Archi e Creek tha t l ea ds to Hil l s borough Ba y.

A ri ng di ke, encl os ing an area of roughl y 1 km2 and hol di ng roughl y 20 mi l li on cubi c meters of coal a sh, broke. The break l eft a hole
Rússia 2 Partizansk, Primorski Krai, Russia (Dalenergo) Coal Ring 20.000.000 22/May/04 160.000 roughl y 50 meter wi de i n the da m. The a sh fl owed through a drai nage ca nal i nto a tri butary to the Parti zans ka ya Ri ver whi ch empties in to
Na hodka Bay i n Primors ki Kra i (eas t of Vl adi vos tok). For deta i l s downloa d Sept. 2004 report by Paul Robins on, SRIC.

Ura ni um s l urri es el evated ni tra te i n ri ver. Deca nta ti on and eva porati on pond of ura nium conversi on pl ant da m fa i lure a fter hea vy ra i n i n
França 3 Malvési, Aude, France (Comurhex, Cogéma/Areva) U 20/Mar/04 30.000 preceding yea r. the relea se l ed to el eva ted ni trate concentra ti ons of up to 170 mg/L i n the ca na l of Tauran for s evera l weeks .
Chile 2 Cerro Negro, near Santiago, Chile, (5 of 5) Cu US 3/Oct/03 80.000 Ta i li ngs fl owed 20 ki l ometers downs tream the río La Li gua .
Mineracao Rio Pomba Cataguases, Mirai, Minas Gerais, Brazil, Mineração 1.2 bi l l ion li ters (1.2 mi l l i on m3) of toxi c wa ter wa s poured out into the Pomba a nd Para íba do Sul ri vers . "Brazi l ia n Ra i ns Kil l Dozens and
Brasil 1 Al 1/Jan/03 1.200.000 Broken Da m Leaves, Thousa nds Wi thout Shelter ," Jos é Wi l son Mi randa , Bra zzi l Ma gazi ne, 11 Ja nua ry 2007
(Industrias Quimicas Cataguases)
Chile 3 El Cobre, Chile Cu US 8/Nov/02 4.500 Strong ra i ns a nd overflow
Chile 3 El Cobre, Chile, 2, 3, 4, 5 Cu US 22/Sep/02 8.000 Strong ra i ns a nd overflow
Di zon Copper Sil ver Mines Inc. Spil l way of Baya rong ta i l ings da m col l a ps ed duri ng heavy ra i n. Low l ying vi l l ages fl ooded with mi ne was te;
Filipinas 1 San Marcelino Zambales, Philippines, Bayarong dam Cu Ag 47.000.000 11/Sep/02 >1,000,000? 250 fa mi l i es eva cuated.

Heavy rai ns i mpounded water on the Ba ya rong tai l i ngs da m a nd Cama lca si l t da m, a nd s pi l l wa ys, erodi ng thes e a nd eventua l ly caus ing
Filipinas 3 San Marcelino Zambales, Philippines, Camalca dam Cu Ag 27/Aug/02
lea k. Some ta i li ngs s pil l ed i nto Ma panuepe La ke a nd eventua ll y i nto the Sto. Toma s Ri ver.
Brasil 2 Sebastião das Águas Claras, Nova Lima district, Minas Gerais, Brazil Fe 22/Jun/01 2 2 ki ll ed, 3 mi s si ng. Ta il i l ngs 8 km downs trea m the Córrego Ta qua ras s trea m, mud a ffected a n a rea of 30 hecta res
China 1 Nandan Tin mine, Dachang, Guangxi Sn 18/Oct/00 28 WISE:15 ki l led, 100 mi ss i ng, 100 hous es des troyed
USA 1 Inez, Martin County, Kentucky, USA Coal 11/Oct/00 1.068.500 es tima ted 250 mi l li on ga l lons (950,000 m3) of water a nd 155,000 cubi c ya rds (118,500 m3) of coa l wa s te i nto local s trea ms
Suíça 1 Aitik mine, near Gällivare, Sweden (Boliden Ltd) Cu DS 15 15.000.000 8/Sep/00 1.800.000
Romênia 3 Borsa, Romania (Remin S.A) 10/mar/00 9.140 22,000 t of hea vy-meta l conta mi nated ta i li ngs, contami na ti on of the Vas er s trea m, tri butary of the Ti sza Ri ver. Compa ny: Remi n SA
(Aurul SA-Esmera l da Expl ora tion, Aus tra l ia (50%), Remi n S.A. (44.8%)) Ki l l ed tonnes of fi s h a nd poi s oned drinki ng wa ter of more tha n 2
Romênia 1 Baia Mare, Romania Au DS then US A few m 800.000 30/Jan/00 100.000 mi l li on peopl e i n Hunga ry

150
Apêndice C – Rupturas de Barragens 1915-2014 - ICOLD (continuação...)

Filipinas 1 Toledo City ( Philippines) 9/Aug/99 5.700.000 Dra ina ge tunnel blowout
Filipinas 2 Surigao Del Norte Placer, Philippines (#3 of 3) Au 26/Apr/99 700,000 t 4 Ma ni l a Mi ni ng Corp. Ta i l i ngs s pi ll from da ma ged concrete pi pe. 17 homes buri ed, 51 hecta res of ri cel a nd swa mped.
Espanha 3 Huelva, Spain (Fertiberia, Foret) P 31/Dec/98 50.000 Ferti beri a phosphate mi ne, 50,000 m3 of aci di c and toxi c water
Espanha 1 Los Frailes, near Seville, Spain (Boliden Ltd.) Pb Zn WR 27 15.000.000 25/Apr/98 6.800.000
USA 2 Mulberry Phosphate, Polk County, Florida, USA (Mulberry Phosphate) P 7/Dec/97 200.000 Phosphogyps um s tack fa i l ure. Bi ota i n the Ala fi a Ri ver el i mina ted.
Phi lex Gol d Phil i ppi nes Inc. Hea vy ra in caus ed mudflow a nd rocks l ide into s i l t da m a t La la b. Fl a shfl oods dama ged nearby hous es a nd
Filipinas 3 Zamboanga Del Norte, Sibutad Gold Project Au 6/Nov/97
ri ce fi elds .
USA 2 Pinto Valley, Arizona, USA (BHP Copper) Cu 22/Oct/97 230.000 Ta i li ngs da m s lope fa il ure. Tai l i ngs flow covers 16 hectares.
Chile 3 Almendro, IV Region, Vallenar, Chile US 18 14/Oct/97 Intrapl ate ea rthquake Ms = 7.0, R = 100 km, dam sl ope 1.5:1
Chile 3 Algarrobo, IV Region, Vallenar, Chile US 20 14/Oct/97 Intrapl ate ea rthquake Ms = 7.0, R = 80 km, dam s lope 1.5:1
Chile 3 Maitén, IV Region, Vallenar, Chile US 15 14/Oct/97 Intrapl ate ea rthquake Ms = 7.0, R = 120 km, dam sl ope 1.5:1
Chile 3 Tranque Antiguo Planta La Cocinera, IV Region, Vallenar, Chile US/CL 30 14/Oct/97 60.000 Intrapl ate ea rthquake Ms = 7.0, R = 80 km, dam s lope 1.7:1
Li quefacti on fai l ure of upstream-type ta i li ngs dam duri ng M6.4 ea rthqua ke. Fl ow runout of a bout 600 meters, s pi l l into ri ver, cropl ands
Peru 2 Amatista, Nazca, Peru US 12/Nov/96 300.000 conta mina ted.
Bolívia 2 El Porco, Bolivia (Comsur-62%, Rio Tinto-33%) Pb Zn 29/Aug/96 166.000 400,000 tonnes rel ea s ed, 300 km of Pi lcoma yo ri ver contami na ted
Pl a cer Dome. Dra i na ge tunnel pl ug fai l ed. 26 km of the Ma kul aqui t a nd Boa c ri ver s ystems fil l ed wi th tai l i ngs renderi ng them unus a bl e;
Filipinas 1 Marcopper, Marinduque Island, Philippines (#2 of 2) Cu 24/Mar/96 1.600.000 US$ 80 mi l l ion in da mage
Bulgária 2 Sgurigrad, Bulgaria US 45 1.520.000 1996 220.000
Phi lex Gol d Phil i ppi nes Inc. Pres s ure exerted by impounded ta i li ngs caus ed l ea k in deca nt tower of ta i l ings pond 1 a t the Bul awa n gol d
Filipinas 3 Negros Occidental, Bulawan Mine Sipalay River, Philippines 8/Dec/95
mi ne.
Nova Zelândia 3 Golden Cross, Waitekauri Valley, New Zealand (Coeur d'Alène Mines) Au 25-30 3.000.000 Dec/95 Nil Movement of dam
Filipinas 2 Surigao del Norte Placer, Philippines (#2 of 3) Au WR 17 2/Sep/95 50.000 12 12 peopl e ki l l ed, coa s ta l pol l uti on
Ca mbi or Inc., Cana da (65%), Gol den Sta r Res ources Inc., Col ora do, USA (30%) 80 km of Es s equibo Ri ver decl a red environmenta l di s as ter
Guiana 1 Omai Mine, Tailings dam No 1, 2, Guyana Au WR 44 5.250.000 19/Aug/95 4.200.000 zone.
Austrália 3 Middle Arm, Launceston, Tasmania CL 4 25.000 25/Jun/95 5.000
Austrália 3 Riltec, Mathinna, Tasmania CL 7 120.000 Jun/95 40.000
USA 1 Hopewell Mine, Hillsborough County, Florida, USA P 19/Nov/94 1.900.000 IMC-Agri co. Water from a cl a y s ettl i ng pond spi l led into nearby wetl a nds and the Al a fi a Ri ver, Keys vil l e fl ooded.
USA 1 Payne Creek Mine, Polk County, Florida, USA P 2/Oct/94 6.800.000 IMC-Agri co. Ma jori ty of s pi ll conta ined on a dja cent mi ni ng area ; 500,000 m3 relea sed into Hi ckey Bra nch, a tri buta ry of Pa yne Creek.
USA 3 Fort Meade Phosphate, Florida, USA P Oct/94 76.000 Ca rgi l l . Phosphogyps um proces s (?) wa ter. Spi l l into Peace Ri ver near Fort Meade.
USA 3 IMC-Agrico Phosphate, Florida, USA P Jun/94 IMC-Agri co. Si nkhole opens i n phos phogyps um sta ck.
Ha rmony Gol d Mi nes . Da m wal l breach fol l owi ng hea vy ra i n, tai l i ngs tra vel ed 4 km downs trea m, 17 peopl e ki l l ed, extens i ve da mage to
África 1 Merriespruit, near Virginia, South Africa, Harmony 2, 3 Au US paddock 31 7.040.000 22/Feb/94 600.000 17 res identi a l towns hi p.
Desi gned groundwa ter l eaka ge from unl ined ta il i ngs i mpoundment i nto groundwa ter. Up to 5 mi l l i on m3 of conta mi nated water into the
Austrália 4 Olympic Dam, Roxby Downs, South Australia Cu U 14/Feb/94 5.000.000 subsoi l.
Brasil 3 Minera Sera Grande: Crixas, Goias, Brazil DS then US 41 2.25Mt Feb/94 None
USA 3 Fort Meade, Florida, Cargill phosphate (#3 of 3) P Jan/94 76.000
China 1 Longjiaoshan, Daye Iron Ore mine, Hubei P Jan/94 31
FIlipinas 2 Marcopper, Marinduque Island, Mogpog Philippines(12/6) (#1 of 2) Cu 6/Dec/93 2 Si l tati on dam fai l ure. Mogpog Ri ver and Mogpog town flooded.
USA 3 Gibsonton, Florida, USA (Cargill) P Oct/93 Fi s h ki l led when a ci di c water s pi ll ed i nto Archi e Creek.
África 3 TD 7, Chingola, Zambia US 5 Aug/93 100 t
Itogon-Suyoc Mi nes. Overtoppi ng a t the da m of the Itogon-Suyoc gol d and si l ver mi nes occurred duri ng a typhoon when the da m’s
Filipinas 3 Itogon-Suyoc, Baguio gold district, Luzon, Phllippines Au Ag 26/Jun/93
pens tock a nd di vers i on tunnel were bl ocked. Si l ta ti on of the a djoi ni ng ri ver.
Peru 2 Marsa, Peru (Marsa Mining Corp) Au 1993 6 Da m fa il ure from overtoppi ng.
Montenegro 3 Kojkovac, Montenegro WR 3.500.000 Nov/92 none
África 3 Saaiplaas, South Africa, 2 19/Mar/92 3 s epa rate events wi thi n 4 da ys
Bulgária 2 Maritsa Istok 1, Bulgaria Coal 15 52.000.000 1/Mar/92 500.000 Da m fa il ure from i nunda tion of the bea ch.

Filipinas 1 Tubu, Benguet, No.2 Tailings Pond, Padcal, Luzon, Philippines Cu 2/Jan/92 32.243.000 Phi lex Mi ni ng Corp. Coll a ps e of dam wa l l (foundati on fai l ure). 80,000,000 tonnes rel eas ed, s i lta tion affected government i rri gati on s ystem.

The Kol ontar Report (https://www.googl e.com/?gws _rd=ss l #q=kol onta r+hunga ry+di s a ster) Dam break occurred during the constructi on of
Hungria 3 Ajka Alumina Plant, Kolontár, Hungary Al DS? 3/Nov/91 43.200 Res ervoi r 10 resul ting in al ka li ne (pH = 10-11) s l ag wa ter es ca ping, pol luti ng the rivers Marcal a nd Rába through the Torna s trea m to a
tra cea bl e extent.

Da m fa il ure (l i quefa ction i n ol d tai l i ngs founda ti on duri ng constructi on of i ncremental rai s e), materi a l wa s conta i ned i n an a dja cent
Canadá 3 Iron Dyke, Sullivan Mine, Kimberley, BC, Canada (Cominco, Inc) Pb Zn US 21 23/Aug/91 75.000 pond.

151
Apêndice C – Rupturas de Barragens 1915-2014 - ICOLD (continuação...)

USA 3 Soda Lake, California, USA US 3 17/Oct/89


USA 3 Silver King, Idaho, USA DS 9 37.000 5/Aug/89 Small
USA 3 Big Four, Florida, USA CL 1989
USA 3 Cyprus Thompson Creek, Idaho, USA Mo CL 146 27.000.000 1989
USA 3 Southern Clay, Tennessee, USA WR 5 1989 300
USA 3 Stancil, Maryland, USA Sand US 9 74.000 1989 38.000
USA 3 Unidentified, Hernando, County, Florida, USA #2 US 12 3.300.000 Sep/88 4.600
China 2 Jinduicheng, Shaanxi Province., China US 40 30/Apr/88 700.000 ~20
USA 2 Consolidated Coal No.1, Tennessee, USA, DS 85 1.000.000 19/Jan/88 250.000
USA 4 Rain Starter Dam, Elko, Nevada, USA WR 27 1.500.000 1988
USA 3 Unidentified, Hernando, County, Florida, USA DS 12 1988
USA 4 Riverview, Hillsborough County, Florida P 1988 Ga rdi ner/Ca rgi ll. Aci dic s pi ll . Thous a nds of fis h ki ll ed a t mouth of Ala fi a Ri ver.
Filipinas 3 Surigao Del Norte Placer, Philippines (#1 of 3) 9/Jul/87
USA 2 Montcoal No.7, Raleigh County, West Virginia, USA Coal 8/Apr/87 87.000 ta ili ngs fl ow 80 km downs trea m
Sibéria 3 Bekovsky, Western Siberia US 53 52.000.000 25/Mar/87 None
China 3 Xishimen, China US 31 21/Mar/87 2.230
USA 4 Montana Tunnels, MT, USA Au DS 33 250.000 1987
USA 3 Marianna Mine #58, PA US 37 300.000 19/Nov/86
Lepa nto Cons olida ted Mini ng Corpora tion. Colla ps e of ta i li ngs pond 3 due to wea kened da m emba nkment ca us ed by a dditiona l loa di ng.
Filipinas 2 Mankayan, Luzon, Phillippines, No.3 Tailings Pond 17/Oct/86 >100,000? Si lta tion of the Abra River whi ch a ffected 9 municipa li ti es
Brasil 3 Pico de Sao Luis, Gerais, Brazil 20 2/Oct/86
USA 3 Spring Creek Plant, Borger, Texas, USA 5 30.000 1986
Austrália 3 Rossarden, Tasmania WR 7,5 200.000 16/May/86
Austrália 3 Story’s Creek, Tasmania Valley side 17 30.000 16/May/86 Minimal
Brasil 2 Itabirito, Minas Gerais, Brazil Gravity 30 May/86 100,000t 7 Ita minos Comercio de Mi nerios . Da m wa ll burs t.
Canadá 3 Mineral King, BC, Canada CL 6 Small 20/Mar/86
China 2 Huangmeishan, China 1986 19
USA 3 Bonsal, North Carolina, USA Fe WR 6 38.000 17/Aug/86 11.000
Itália 1 Stava, North Italy, 2, 3 Fl US 29,5 300.000 19/Jul/85 200.000 269
USA 3 La Belle, Pennsylvania, USA DS 79 1.230.000 17/Jul/85
Chile 2 Cerro Negro No. (4 of 5) US 40 2.000.000 3/Mar/85 500.000
Chile 2 Veta de Agua Cu US 24 700.000 3/Mar/85 280.000
China 1 Niujiaolong, Shizhuyuan Non-ferrous Metals Co., Hunan 1985 731.000 49
Venezuela 3 El Cobre No. 4 Cu DS 50 1985
Chile 3 Marga, Chile 1985
USA 3 Ollinghouse, Nevada, USA Au WR 5 120.000 1985 25.000
USA 3 Texasgulf 4B Pond, Beaufort, Co., North Carolina, USA WR 8 12.300.000 Apr/84
Ucrânia 3 Mirolubovka, Southern Ukraine US 32 80.000.000 15/Jan/84 none
USA 3 Battle Mt. Gold, Nevada, Au DS 8 1.540.000 1984
USA 3 Virginia Vermiculite, Louisa County, Virginia, USA WR 9 1984
USA 3 Clayton Mine, Idaho, USA CL 24 215.000 2/Jun/83
USA 4 Golden Sunlight, MT, USA Au CL 5/Jan/83
USA 4 Grey Eagle, California, USA DS 1983
Chile 3 Vallenar 1 and 2 1983
Filipinas 1 Sipalay, Phillippines, No.3 Tailings Pond WR 37.000.000 8/Nov/82 28,000,000t da m fa il ure, due to s li ppa ge of founda tions on cla yey s oils . Wides prea d i nunda tion of a gricul tura l l a nd up to 1.5 m hi gh
USA 3 Royster, Florida, USA US 21 1982
USA 2 Ages, Harlan County, Kentucky, USA 18/Dec/81 96.000 1
USA 3 Dixie Mine, Colorado, USA Apr/81
Rússia 1 Balka Chuficheva, Russia US 25 27.000.000 20/Jan/81 3.500.000
USA 3 Texasgulf No. 1 Pond, Beaufort Co., North Carolina, USA WR 24.700.000 1981
Chile 3 Veta de Aqua A 1981
Chile 3 Veta de Agua B 1981
México 1 Tyrone, New Mexico, Phelps-Dodge US 66 2.500.000 13/Oct/80 2.000.000
USA 3 Sweeney Tailings Dam, Longmont, Colorado, USA 7 May/80
Chile 3 Marga, Sewell, VI Region, Rancagua, Chile Jun/05 Strong ra i ns a nd overflow
Chile 3 Arena, Sewell, VI Region, Rancagua, Chile Jun/05 Strong ra i ns a nd overflow
USA 3 Kyanite Mining, Virginia, USA 11 430.000 1980

152
Apêndice C – Rupturas de Barragens 1915-2014 - ICOLD (continuação...)

México 2 Churchrock, New Mexico, United Nuclear WR 11 370.000 16/Jul/79 370.000


USA 3 Union Carbide, Uravan, Colorado, USA US 43 Mar/79
Canadá 5 Incident No. 1, Elliot, Ontario, Canada WR 9 1979
Canadá 3 Suncor E-W Dike, Alberta, Canada WR 30 1979
Canadá 3 Unidentified, British Columbia, Canada 1979 40.000 Pi pi ng in the sa nd be ach of the tai li ngs da m
África 2 Arcturus, Zimbabwe Au US 25 1.7-2.0 Mt 31/Jan/78 39.000 1
Japão 2 Mochikoshi No. 1, Japan (1 of 2) US 28 480.000 14/Jan/78 80.000 1 Da m fa il ure due to earthquake
Japão 3 Norosawa, Japan DS 24 225.000 14/Jan/78
Japão 3 Hirayama, Japan DS 9 87.000 1978
Japão 3 Mochikoshi No. 2, Japan (2 of 2) US 19 1978 3.000 da m fa il ure due to afte rshock
Canadá 3 Syncrude, Alberta, Canada Oil CL 1978
USA 3 Madison, Missouri, USA WR 11 28/Feb/77
USA 3 Homestake, Milan, New Mexico, USA U US 21 Feb/77 30.000 Da m fa il ure, due to rupture of pl ugged s l urry pi pel i ne.
China 3 Pit No. 2, Western US 9 1977
USA 3 Unidentified, Hernando, County, Florida, USA CL 6 1977
USA 3 Western Nuclear, Jeffrey City, Wyoming, USA #2 1977 40
México 3 Kerr-McGee, Churchrock, New Mexico, USA WR 9 Apr/76
dam fai l ure, due to high phre atic surface and se epage breakout on the embankment face. Tai l ings fl ow reache d and poll uted nea rby
Iuguslávia 2 Zlevoto No. 4, Yugoslavia Pb Zn US 25 1.000.000 Mar/76 300.000 river
China 3 Dashihe, China US 37 1976
USA 3 Unidentified, Idaho, USA DS 34 1976
USA 3 Cadet No. 2, Montana, CL 21 Sep/75
USA 2 Silverton, Colorado, USA Jun/75 116,000t Ta il i ngs fl ow s l ide poll uted nea rl y 100 mil es (160 km) of the Ani mas ri ve r and i ts tributari es; se ve re prope rty dama ge; no i njuri es
Bulgária 2 Madjarevo, Bulgaria US 40 3.000.000 Apr/75 250.000
USA 3 Carr Fork, Utah, USA 10 Feb/75
USA 3 Dresser No. 4, Montana, CL 15 1975
USA 3 Keystone Mine, Crested Butte, Colorado, USA Au 1975
USA 2 Mike Horse, Montana, USA Au US 18 750.000 1975 150.000
Canadá 5 PCS Rocanville, Saskatchewan, Canada US 12 1975
USA 5 Unidentified, Green River, Wyoming, USA WR 18 1975
Canadá 3 Heath Steele main dam, Brunswick, Canada WR 30 1975
África 1 Bafokeng, South Africa Pt US 20 13.000.000 11/Nov/74 3.000.000 12
USA 3 Golden Gilpin Mine, Colorado, USA 12 Nov/74
USA 3 Deneen Mica Yancey County, North Carolina, USA Mica US 18 300.000 Jun/74 38.000
USA 3 Silver King, Idaho, USA DS 9 37.000 16/Jan/74 6.000
USA 3 Galena Mine, Idaho, USA #2 US 9 15/Jan/74 3.800
França 3 Berrien, France US 9 1974
Canadá 3 GCOS, Alberta, Canada US 61 1974
USA 3 Unidentified, Mississippi, USA #2 US 20 1974
México 3 Unidentified, Canaca, Mexico US 46 1974
USA 3 Ray Mine, Arizona, USA inc #2 US 52 5/Feb/73
USA 2 (unidentified), Southwestern USA US 43 500.000 1973 170.000 note d as "Southwestern US" i n WISE
México 3 Earth Resources, N M, US 21 1973
USA 3 Ray Mine, Arizona, USA Cu US 52 2/Dec/72
Ta il i ngs tra vel e d 27 km downs trea m, 125 peopl e lost thei r l ives , 500 home s we re des troyed. Prope rty a nd hi ghwa y da mage exce ede d
USA 1 Buffalo Creek, West Virginia, USA 26/Feb/72 500.000 125 $65 mi l li on
USA 3 Galena Mine, Idaho, USA US 14 1972
USA 1 Cities Service, Fort Meade, Florida, phosphate 3/Dec/71 9.000.000
Canadá 3 Pinchi Lake, BC, Canada WR 13 1971
USA 3 Western Nuclear, Jeffrey City, Wyoming, USA 1971
África 1 Mufulira, Zambia Cu 50 1.000.000 Sep/70 68.000 89 Sa tura ted s li me tai li ngs deposi ted i n a TSF #3 over subsi de nce fe ature flowed i nto a n underground mine ki l li ng 89 mi ne rs .
Reino Unido 3 Maggie Pye, United Kingdom, clay Clay US 18 Jan/70 15.000
Reino Unido 3 Park, United Kingdom WR 3 1970
Reino Unido 3 Portworthy, United Kingdom DS 15 1970
USA 3 Unidentified, Mississippi, USA US 15 1970
USA 3 Williamsport Washer, Maury County, Tennessee, USA 21 1970

153
Apêndice C – Rupturas de Barragens 1915-2014 - ICOLD (continuação...)

Espanha 2 Bilbao, Spain 1969 115.000 ?


Suíça 3 Monsanto Dike 15, TN, DS 43 1.230.000 1969
Reino Unido 3 Stoney Middleton, UK 8/Feb/68
Japão 3 Hokkaido, Japan US 12 300.000 1968 90.000
USA 3 Agrico Chemical, Florida, USA 1968
Canadá 5 IMC K-2, Saskatchewan, Canada US 30 1968
USA 3 Climax, Colorado, USA 2/Jul/67 12.000
USA 1 Mobil Chemical, Fort Meade, Florida, phosphate P Mar/67 2.000.000 250,000 m3 of phos pha ti c cl a y s l imes, 1.8 mil l i on m3 of wa ter. Spi ll reaches Pea ce Ri ver, fi s h ki l l reported
Reino Unido 3 Unidentified, United Kingdom DS 20 1967
Reino Unido 3 Unidentified, United Kingdom #3 DS 14 1967
Reino Unido 3 Unidentified, United Kingdom #2 DS 30 1967
Inglaterra 5 Alberfan, Wales Coal 21/Oct/66 162.000 144 Coal tip (wa s te rock pi l e) fa i lure.
Bulgária 1 Mir mine, Sgorigrad, Bulgaria Pb Zn US May/66 450.000 488 Ta il i ngs wa ve tra vel ed 8 km to the city of Vratza a nd des troyed ha lf of Sgori grad vil l a ge 1 km downs trea m, kil l i ng 488 people.
Reino Unido 3 Williamthorpe, UK 24/Mar/66
USA 2 Unidentified, Texas, USA US 16 1966 130.000
USA 3 Gypsum Tailings Dam (Texas, USA) UP 11 7.000.000 1966 85.000 Summary of Res earch on Anal ys es of Fl ow Fai l ures of Mi ne Ta il i ngs Impoundments , J. K. Jeyapa la n, J. M. Dunca n, a nd H. B. Seed
Reino Unido 3 Derbyshire, United Kingdom DS 8 1966 30.000
Reino Unido 3 Williamthorpe, UK #2 1966
Reino Unido 3 Tymawr, United Kindom Inc#2 12 29/Mar/65
Chile 3 Bellavista, Chile Cu US 20 450.000 28/Mar/65 70.000
Chile 3 Cerro Blanco de Polpaico, Chile WR 9 28/Mar/65
Chile 3 El Cerrado, Chile Cu US 25 28/Mar/65
Chile 2 El Cobre New Dam Cu DS 19 350.000 28/Mar/65 350.000
Chile 1 El Cobre Old Dam Cu US 35 4.250.000 28/Mar/65 1.900.000 >200
Chile 3 Hierro Viejo, Chile US 5 28/Mar/65 800
The tal i ngs fai l ures of March 28, 1965, were from La Li gua , Chi l e, earthqua ke. Thi s a ccounts for a s i gifi cant pa rt of the l arge number of
México 3 La Patagua New Dam, US 15 28/Mar/65 35.000
earthqua kes in the peri od of 1960-1970. About ha l f of the fa i l ed dams were aba ndoned, a nd hal f were l ecated a t opera ti ng mi nes . (see
Chile 3 Los Maquis No. 1 US 15 28/Mar/65 Vi ll a vicenci o et a l, 2014)
Chile 3 Los Maquis No. 3 US 15 43.000 28/Mar/65 21.000
Chile 3 Ramayana No. 1, Chile US 5 28/Mar/65 150
Chile 3 Sauce No. 1, Chile US 6 28/Mar/65
Chile 3 Sauce No. 2, Chile US 5 28/Mar/65
Chile 3 Sauce No. 3, Chile US 5 28/Mar/65
Chile 3 Sauce No. 4, Chile US 5 28/Mar/65
USA 3 American Cyanamid, Florida #2 1965
Chile 3 Cerro Negro No. (1 of 5) US 46 1965 Cracki ng due to EQ
Chile 3 Cerro Negro No. (2 of 5) US 46 1965 Cracki ng due to EQ
Chile 3 Cerro Negro No. (3 of 5) US 20 500.000 1965 85.000 dam fai l i ed due to EQ
Chile 3 El Cobre Small Dam Cu US 26 985.000 1965
Rússia 3 N'yukka Creek, USSR WR 12 1965
USA 3 Unidentified, Idaho, USA DS 18 1965
Reino Unido 3 Tymawr, United Kingdon Coal 29/Mar/65
USA 3 Alcoa, Texas, USA 19 4.500.000 Oct/64
USA 3 Utah Construction, Riverton, Wyoming, USA 16/Jun/63
USA 3 Mines Development, Edgemont, South Dakota, USA 11/Jun/62 100
China 1 Huogudu, Yunnan Tin Group Co., Yunnan US 1962 3.300.000 171
USA 3 American Cyanamid, Florida 1962
Peru 3 Unidentified, Peru 1962
USA 3 Union Carbide, Maybell, Colorado, USA 6/Dec/61 280
Reino Unido 3 Tymawr, United Kingdon Coal Dec/61
USA 3 Lower Indian Creek, MO, USA US 1960

154
Apêndice C – Rupturas de Barragens 1915-2014 - ICOLD (continuação...)

USA 3 Union Carbide, Green River, Utah, USA 19/Aug/59 8.400


África 3 Grootvlei, South Africa US 1956
USA 3 Unidentified, Peace River, Florida, USA 3/52 WR 8 Mar/52
USA 3 Unidentified, Alfaria River, Florida, USA 2/52 WR 8 Feb/52
USA 3 Unidentified, Peace River, Florida, USA 9/51 WR 6 Sep/51
USA 3 Unidentified, Peace River, Florida 7/51 WR 30 Jul/51
USA 3 Unidentified, Peace River, Florida, USA 2/51 DS Feb/51
Canadá 1 Kimberley, BC, Canada US 1948 1.100.000
USA 2 Castle Dome, Arizona, USA US 29/Sep/47 150.000
Canadá 3 Hollinger, Canada US 15 1944
Austrália 3 Captains Flat Dump 3, Australia 1942 40.000
USA 3 Kennecott, Utah, USA US 1942
USA 3 Kennecott, Garfield, Utah, USA US 1941
USA 3 St. Joe Lead, Flat Missouri, USA US 15 1940
Austrália 3 Captains Flat Dump 6A, Australia US 1939
África 3 Simmer and Jack, South Africa US 1937
Chile 1 Barahona, Chile US 61 20.000.000 Oct/28 2.800.000
África 3 Unidentified, South Africa 1917
Chile 2 Agua Dulce, Sewell, VI Region, Rancagua, Chile 61 6/15/1915 180.000 Strong ra i ns and overflow

TSF FAILURE TYPE CLASSIFICATIONS (Chambers, Jul15)


1 Very Serious Tailings Dam Failures = multiple loss of life (~20) and/or release of ≥ 1,000,000 m3 semi-solids discharge, and/or release travel of 20 km or more
2 Serious Tailings Dam Failures = loss of life and/or release of ≥ 100,000 m3 semi-solids discharge
3 Other Tailings Dam Failures = Engineerng/facility failures other than those classified as Very Serious or Serious, no loss of life
4 Other Tailings-Related Accidents = Accidents other than those classified as 1, 2, or 3
5 Non-Tailings (or Unkonwn type) Failure = Non-tailings incidents - groundwater, waste rock, etc.

155
Apêndice C – Rupturas e Barragens 1915-2014 - ICOLD (continuação...)

SOURCES:
DAM FILL
(1) ICOLD. International Committee on Large Dams, Bulletin 121 “Tailings Dams Risks of Dangerous DAM TYPE KEY MATERIAL KEY
Occurrences Lessons Learned From Practical Experiences” US T Tailings SI Slope instability
(2) WISE. World Information Service on Energy Uranium Project (http://www.wise- DS CST Cycloned SE Seepage
uranium.org/mdaf.html) as of December 10, 2014 CL sand tailings FN Foundation
WR MW Mine waste OT Overtopping
(3) Rico, M., Benito, G., Díez-Herrero, A. “Floods From Tailings Dam Failures” Geological Hazards Unit,
NR E Earthfill ST Structural
Spanish Geological Survey (IGME), Madrid, Spain
http://digital.csic.es/bitstream/10261/12706/3/MayteRico_10.pdf R Rockfill EQ Earthquake
MS Mine subsidence
(4) Wei, Zuoan, Yin, Guangszhi, Wang J.G, Ling, Wan, Guangzhi, Li “Design Construction and
ER Erosion
Management of Tailings Storage Facilities For Surface Disposal In China: Case Studies of Failures”
U Unknown, or
Waste Management An Research Vol 31 p 106-112 Sage Publications October 11,2012
http://wmr.sagepub.com/content/31/1/106.full.pdf+html NR Not Reported

(5) Repetto, Robert “Silence is Golden, Leaden and Copper Disclosure of Material Environmental
Information in the Hardrock Mining Industry” Yale School Of Forestry & Environmental Studies, July
2004 accessed November 2014 at http://environment.research.yale.edu/documents/downloads/o- GENERAL NOTE
u/repetto_report_execsum.pdf We found small variations source
(6) Piplinks. “Chronology of Tailings Dam Failures In The Philippines (1982-2007),” accessed January to source on total release, run out,
2015 at http://www.piplinks.org deaths and other details, but we
found no ambiguities or
(7) Tailings.info. Tailings Related Accidents - Failures, Breaches and Mudflows, inconsistencies that precluded a
http://www.tailings.info/knowledge/accidents.htm clear classification as "Serious" or
(8) United Nations, Department of Economic & Social Affairs, International Expert Group Meeting on "Very Serious".
Indigenous Peoples And Protection of the Environment, “Case Study of the Impact of Mining &
Dams on the Environment and Indigenous Peoples in Benguet, Cordillera, Philippines,” Aug 27-29, Overall we found much more
2007 detailed accounts of
(9) Villavicencio, Gabriel, Raul Espinace, Juan Palma, Andy Fourie, and Pamela Valenzuela, "Failures of
sand tailings dams in a highly seismic country," Can. Geotech. J. 51: 449–464 (2014)

TSF DAM FAILURES


Serious
Other Failures cugrade cucost x axis
Failures

2 3
2010-19 5 12 2010
2000-09 7 8 1,07 20 2000
1990-99 10 21 1,50 15 1990
1980-89 9 37 1,50 20 1980
1970-79 8 39 1,60 38 1970
1960-69 3 41 1,75 55 1960
1950-59 0 7 1,60 48 1950
1940-49 1 5 1,75 35 1940
1930-39 0 2 1,80 38 1930
1920-29 0 0 2,00 45 1920
1910-19 1 1 2,40 48 1910
1900-09 - - 1900
======= =======
44 173

TSF DAM FAILURES (Ascending Order For Stats)


Serious
Other Failures cugrade cucost x axis
Failures

2 3
1900-09 - - 1900
1910-19 1 1 2,40 48 1910
1920-29 0 0 2,00 45 1920
1930-39 0 2 1,80 38 1930
1940-49 1 5 1,75 35 1940
1950-59 0 7 1,60 48 1950
1960-69 3 41 1,75 55 1960
1970-79 8 39 1,60 38 1970
1980-89 9 37 1,50 20 1980
1990-99 10 21 1,50 15 1990
2000-09 7 8 1,07 20 2000
2010-19 5 12 2010
======= =======
44 173

156

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