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Fisiologia do músculo

esquelético
Músculo esquelético
 Organização
estrutural

 Fibras musculares
 Miofibrilas
 Sarcômero
Sarcômero
Sarcômero
 TIPOS DE MÚSCULO

 Esquelético
 Liso
 Cardíaco
 Músculo esquelético

 Características:

 Célula com organelas (mitocôndrias


e lisossomos)

 Multinucleadas
 Arranjo organizado (actina e
miosina)

 Aspecto estriado

 Alternância de linhas claras e


escuras

 Sarcômeros
 Fibra muscular

 Cilindro fino
e alongado;

 Se estende
ao longo do músculo.
FUNÇÕES ?
 FONTE: BERNE E LEVY (2004)
 Classificação dos Músculos quanto
ao nº de Ventres

 Digástricos:

 Poligástricos:
 Classificação dos músculos quanto
ao nº de cabeças:

 Bíceps

 Tríceps

 Quadríceps
 Quanto a localização:

 Superficiais: Inserções na derme.


Ex: músculos da cabeça e pescoço.

 Profundos: Sem inserções na


derme. Ex: músculos do antebraço.
 Quanto a função:

 Agonistas;

 Antagonistas;

 Sinergistas ou estabilizadores.
 Quanto ao arranjo das fibras:

 Organização paralela.
o Organização oblíqua.

 FONTE: BIOMECÂNICA BÁSICA (2003)


Organização Estrutural

 Fáscia
(esqueleto fibroso)

 Camada que separa os músculos


individualmente;

 Os mantém em posição
Organização Estrutural

 Epimísio

 Perimísio

 Endomísio
Organização estrutural
Organização Estrutural

 Sequência:

Músculo-Feixe-Fíbra-Miofibrila-
Filamentos protéicos
Organização Estrutural

 Sarcolema (mcfm)

 Sarcoplasma (licm)

 Células satélites (crescimento e


reparação muscular)

 Retículo Sarcoplasmático (rede


de túbulos na miofibrila)
Organização Estrutural

 RS = local de armazenamento do
cálcio

 Túbulos transversos “T”

 Passa através da fibra muscular

 Até as cisternas terminais


Organização Estrutural

 Sarcoplasma: Viscoso e
avermelhado;

 Contém mitocôndrias, lisossomos

 Mioglobina, gordura, glicogênio

 Fosfocreatina, ATP e miofibrilas


Miofibrila: Filamentos Protéicos

 Faixa I: Filamentos finos (actina)


 Linha “Z” (Zwishen=entre)

 Faixa A: Filamentos grossos


(miosina)

 Faixa H: encurtamento
 Linha M: Proteínas de sustentação
Teoria dos Filamentos Deslizantes

 Teoria de Huxley:

 Os filamentos deslizam uns sobre o


outros;
 Resulta em encurtamento do
músculo;
 Faixa I se encurta;
 A zona H desaparece
Teoria dos Filamentos Deslizantes

 Actina-miosina forma= Ligação


química;
 Actomiosina (complexo protéico)

 Miosina Atpase;

 Resulta na quebra de ATP


Retículo Sarcoplasmático
Atividade do músculo esquelético

 Nervos motores: Eferentes

 Nervos sensitivos:Aferentes

 Unidade motora
Unidade Motora
Junção neuromuscular
Tipos de Sinapses

 Química

 Elétrica
Irrigação Muscular

 Vasos sanguíneos (artérias e veias)

 Orientados paralelamente

 Nº de arteríolas, capilares e veias

 Cada fibra recebe sangue oxigenado


Irrigação Muscular

O músculo recebe sangue do


sistema arterial

Recém oxigenado

Sistema Venoso

Remoção de metabólitos ( dióxido de
carbono)
Irrigação Muscular
Irrigação Muscular

 Homens e Mulheres sedentários


(três a quatro capilares)

 Em Atletas (cinco a sete capilares


para cada fibra)

 Fenômeno da adaptação para


Endurance Aeróbia.
Endurance Aeróbia
Irrigação Muscular

Estado de atividade (em


exercício)

Durante exercício máximo 100 x
mais sangue que em repouso

Quanto mais sangue recebido melhor
o desempenho do músculo
Mecanismos Fisiológicos para
Suprimento de Sangue

 Alternância: Contração X
Relaxamento (contração dos vasos
sanguíneos)

 Bomba muscular (ordenha)


 Aumenta a quantidade de sangue de volta ao coração

 FONTE: FOX (2000)


RETORNO VENOSO
Mecanismos Fisiológicos para
Suprimento de Sangue

Durante o Exercício

Constrição das artérias de áreas inativas (
intestino, rim e pele)

Dilatação daquelas que irrigam o músculo
esquelético

Aumentam o potencial do fluxo sanguíneo
Músculo Esquelético

 Acopamento
excitação-
contração

 Interação actina-
miosina

 Ciclo das pontes


cruzadas
Fases do deslizamento para
contração muscular

 Repouso (filamentos de miosina não


interagem com actina)
 Molécula de ATP está ligada à ponte cruzada;

 Complexo ATP-ponte cruzada “não carregado”;

 Ausência de cálcio Livre (Ca++);

 A troponina e tropomiosina inibem a ligação actina-


miosina;
Fases do deslizamento para
contração muscular

 Acoplagem (junção) excitação-


contração (filamento atraídos)
 Cálcio é capturado pela troponina sobre os filamentos de
actina;
 Desencadeia ligação dos locais ativos na actina;
 Essa alteração se dá pelos íons cálcio na estrutura na
troponina e tropomiosina;
 ATP-ponte cruzada “não carregado” passa a ser “ATP-
ponte cruzada “carregado”
 Ativação dos locais ativos pelo cálcio (actina) e o
carregamento do ATP-ponte cruzada;
 Delibera a ligação a acoplagem (junção) actina-miosina
Fases do deslizamento para
contração muscular

 Contração:
 A acoplagem ativa o complexo actomiosina;
 Gerador de força;

 Ativador de um componente enzimático a miosina Atpase;


 Este fraciona ATP em ADP e Pi (liberando energia);

 Resultando no deslizamento de actina sobre miosina;

 Ocasionado o encurtamento do músculo (contração)


Interação actina-miosina
Filamentos Protéicos
 Actina  Miosina
Fibras musculares

 Rápidas

 IIA
 IIB
 IIC

 Lentas
 I
Fibras Tipo I

 Oxidativas, vermelhas e tônicas e


de contração lenta

 Aeróbias

 Atividades de baixa intensidade e


longa duração
Fibras Tipo I
Fibras tipo II

 Brancas, fásicas, glicolíticas e de


contração rápida

 Anaeróbicas

 Atividades de alta intensidade e


curta duração
Tipo II

 Divide-se:

 IIA (rápidas-oxidativas-glicolíticas -
ROG)
 IIB (rápidas-glicolíticas-RG)
 IIC (Indiferenciadas)
Fibras tipo II
Fibras tipo II
Método para classificação das
fibras

 Biópsia por agulha (análise


histoquímica do tecido)

 Relativamente indolor
 Anestesia tópica (local)
 Incisão de agulha da pele até a
fáscia do músculo
Método para classificação das
fibras
Tomografia computadorizada
Ressonância magnética
TIPOS DE FIBRA
Modulação da força de contração

 Recrutamento

 Tetania (contração fixa, máximo de


geração de força)

 Arco reflexo

 Tônus muscular
Receptores musculares
 Quimioceptores: terminações nervosas
livres que detectam variação de pH, [K+],
O2, CO2. Têm papel na regulação
cardiopulmonar durante o exercício

 Fuso neuromuscular: detecta


comprimento muscular

 Órgão tendinoso de Golgi: detecta tensão


no tendão
Tipos de contrações

 Contrações

 Isométricas

 Isotônicas
Contrações Isométricas ou Estáticas

 Desenvolve tensão
sem encurtamento
muscular (sem
deslocamento de
carga)

 Comuns nos
músculos
posturais
Contrações isotônicas ou dinâmicas

 Desenvolve tensão com alteração


do comprimento muscular

 Gera força e movimenta uma carga

 Ocorre na maioria dos exercícios ou


atividades
Contrações isotônicas ou dinâmicas

 2 tipos:

 Concêntrica → encurtamento

 Excêntrica → alongamento
Força muscular
 Força da fibra muscular → no de pontes
cruzadas

 Força do grupo muscular:

 Quantidade e tipo de unidades motoras recrutadas


 Comprimento do músculo (sarcômero)
 Natureza do estímulo nervoso das unidades motoras
Regulação da força muscular
 Quantidade e tipo de unidades
motoras recrutadas:

 ↑no de unidades motoras → ↑força gerada


 Fibras rápidas x fibras lentas

 Natureza do estímulo nervoso

 Contrações x espasmos x tetania


Alterações da musculatura esquelética

 Hipertrofia

 Hipotrofia

 Atrofia

 Hiperplasia
Hipertrofia

 Aumento da área de secção


transversa do Músculo

 Microlesões (microtraumatismos)

 Regeneração (aumento do tamanho


da fibra)
Hipertrofia

 Treinamento de força

 Células satélites

 Células tronco miogências

 Aumento do tamanho da fibra


Hipertrofia
Hipertrofia X Hiperplasia

 Aumento das células satélites

 Possível aumento do nº de fibras

 Podem substituir

 Podem fundir-se a outras fibras


 Necrose (exceção)
Hiperplasia

 Fenômeno raro em seres humanos

 Estudos afirmam em animais como


aves e mamíferos

 Comprovação superficial em
humanos.
Alterações da musculatura esquelética

 Cãibra

 Fasciculação

 Fadiga
Cãibras
Fadiga muscular
Ocorre quando o músculo não é capaz de gerar ou
sustentar a produção de potência esperada

 Influenciada por:

 Intensidade e duração da atv contrátil


 Tipo de metabolismo
 Condicionamento físico
 Depleção de nutrientes musculares
 Alteração da composição iônica
 Fadiga central
Propriedades biofísicas do músculo
esquelético

 Relação comprimento-tensão

 Relação força-velocidade
Músculo liso - características
 Pequenas células – forma de fuso

 Não apresenta sarcômero

 Não tem troponina (calmodulina)

 Filamentos mais longos de actina e miosina

 Miosina com atividade ATPase lenta

 Ciclo da ponte cruzada mais lento

 RS rudimentar
Músculo liso - características

 Compõe:

 Vias aéreas

 Vasculatura

 Trato urogenital
Músculo liso - características

 Desenvolve força e gera:

 Motilidade

 Altera as dimensões de um órgão

 Ex: bexiga.
Músculo liso - características
Tipos de músculo liso
 Unitário

 Células eletricamente acopladas


 Contração simultânea

 Multiunitário

 Fibras estimuladas individualmente


Músculo liso - Unitário

 Células acopladas eletricamente

 Estimulação de uma célula

 Seguida pelas células adjacentes

 Resulta em onda de contração


(peristalse)
Músculo liso - Unitário

 Onda de atividade elétrica

 Podendo ser iniciada pela célula


marcapasso

 Despolarização espontânea
Músculo liso - Multiunitário

 Não são acopladas eletricamente

 Estimulação de uma célula pode não


excitar outra (adjacentes)

 Ex: Vaso deferente, e a íris do olho.


Músculo liso - Multiunitário
Músculo liso

 Contatos célula-célula

 Estrutura de membrana

 Aparato contrátil

 Actina
 Tropomiosina
 Miosina
 Caldesmon
 calponina
Padrão de Atividade

 Células se contraem de modo:

 Rítmico

 Intermitente

 Músculo liso fásico


Padrão de Atividade

 Paredes dos tratos:

 Gastrointestinais

 Urogenitais

 Categoria unitária
Padrão de Atividade

 Músculo liso tônico:

 Constantemente ativo

 Interações filamentos proteicos

 Multiunitário
Padrão de Atividade

 Músculo liso vascular

 Músculo liso respiratório


Padrão de Atividade
Ciclo das pontes cruzadas

 Estímulos:

 Nervoso
 Hormonal
 Estiramento da fibra
Ciclo das pontes cruzadas

 Contração:

 Ligação de 4 Ca2+ à calmodulina


 Fosforilação da cabeça da miosina
 Ligação actina-miosina

 Menor gasto de energia (ATP)


Músculo liso - características

 Para manter as dimensões dos


órgãos

 E cargas impostas

 Ex: vasos sanguíneos sob pressão


do sangue.
Relaxamento do músculo liso

 Mecanismo de tranca

 ↓ dos níveis de Ca2+


 Desfosforilação da cabeça da miosina
 Desligamento miosina-actina (para o
mecanismo, agarre)
 Tensão p/ manter o tônus
Músculo liso x esquelético
Músculo liso x esquelético
MÚSCULO LISO

 Contrações tônicas prolongadas (horas,


dias)

 Ciclo lento das pontes cruzadas


 ↓ no de pontes
 ↓ atividade ATPásica
 ↑tempo de fixação: ↑ força
 ↓ gasto de energia maior tempo para 1 ciclo da
ponte
Músculo liso x esquelético
MÚSCULO LISO

 Encurtamento do músculo durante a


contração

 ↑capacidade de encurtamento
 M. esquelético: ¼ a 1/3
 M. liso: até 2/3
Músculo liso x esquelético
MÚSCULO LISO

 Mecanismo de tranca

 Mantém contrações prolongadas com menor


gasto de energia
 Manutenção a longo prazo do tônus do
músculo liso de vários órgãos
 O no de cabeças fixadas de miosina na actina
determina a força estática de contração com
gasto mínimo de energia
 Necessita de sinais excitatórios fracos
Músculo liso x esquelético
MÚSCULO LISO

 Relaxamento por estresse do


músculo liso

 Capacidade de retornar até quase sua


força original de contração segundos ou
minutos após ter sido encurtado ou
estirado
Potencial de ação no músculo liso

Abertura dos canais p/ Ca2+ na
membrana

Liberação de Ca2+ do RS

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