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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CAMPUS LAGOA DO SINO


CCN – CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
ENGENHARIA AGRONÔMICA

RESENHA DO CAPITULO IV DO LIVRO


“HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO”

Bruna Bianca Ribeiro da Silva Galvani, RA: 761005

Profa. Carolina Rios Thomson

Eixo: Desenvolvimento Rural - 1

Buri, 2023
Análise Acadêmica do Capítulo IV da Obra, História dos Movimentos
Sociais no Campo: o ser rural na esfera da política brasileira.

Na obra, História dos Movimentos Sociais no Campo, de Leonilde Sérvolo de


Medeiros, a temática central aborda uma análise concêntrica dos movimentos
sociais no contexto rural brasileiro. No capítulo IV, a autora direciona seu foco para
a emergência dos trabalhadores rurais na esfera política brasileira. Essa análise
aprofundada deste ressurgimento político estabelece aspectos fundamentais que
contribuíram para essa transformação.
A contextualização histórica é habilmente apresentada, situando o leitor em
períodos cruciais em que os trabalhadores rurais começaram a consolidar sua
presença no cenário político. Medeiros, através de uma abordagem minuciosa,
explora as lutas e reivindicações desses trabalhadores, destacando os entraves que
impulsionaram seu engajamento político, desde condições de trabalho até questões
relacionadas a reforma agrária.
O papel crucial desempenhado por movimentos sociais e sindicatos rurais é
cuidadosamente analisado. A autora destaca a importância da organização coletiva
dos trabalhadores como elemento chave para as tomadas de decisões políticas e
promoção de mudanças estruturais significativas.
A análise se estende para além das manifestações sociais, adentrando as
transformações políticas e legislativas que ultrapassaram esse ressurgimento. A
obra explora como as mudanças nas políticas agrárias e a criação de leis
específicas refletiram e potencializaram a presença política dos trabalhadores rurais
da época.
O capítulo oferece uma perspectiva enriquecedora sobre como a participação
política dos trabalhadores rurais vai além de meras manifestações, moldando
efetivamente as políticas agrícolas e, por conseguinte, as dinâmicas sociais no
campo brasileiro por toda linha do tempo.
A partir disso percebemos a importância de compreender não apenas os
aspectos técnicos da agricultura, mas também as dinâmicas sociais que moldaram e
continuam a influenciar o ambiente agrário.As desigualdades agrárias, por sua vez,
estimulam uma reflexão crítica sobre os desequilíbrios que podem impactar
diretamente as práticas agronômicas e as comunidades envolvidas na produção
agrícola,sendo ponto de partida para podermos considerar como as práticas
agronômicas podem ser moldadas e influenciadas por fatores históricos e sociais,
reforçando a necessidade de uma abordagem holística na formação acadêmica na
agronomia.
Por fim, a análise proporciona uma compreensão mais rica das
complexidades inerentes à união entre movimentos sociais rurais e a esfera política,
promovendo um senso mais crítico e sucinto das transformações sociais. Portanto,
esse capítulo, destaca-se como uma contribuição valiosa para a compreensão mais
inclusiva das dinâmicas sociais e políticas no contexto rural brasileiro, oferecendo
uma perspectiva reflexiva nas relações entre trabalhadores rurais e o cenário
político do país.

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