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Avaliação Pratica
Imagine que você esteja iniciando um projeto de amplificador para um rádio comunicador. O
aparelho em questão é alimentado por baterias leves, o que lhe permite grande portabilidade. A
contrapartida, entretanto, é a baixa intensidade do sinal transmitido entre os comunicadores.
Podendo optar livremente entre as três principais classes de amplificadores, quais seriam as
vantagens e as desvantagens do uso de cada uma delas (A, B/AB e C)?
Classe A:
A pioneira. O amplificador de Lee De Forest era classe A, ela privilegia a qualidade de áudio
e consegue obter uma boa qualidade mesmo com dispositivos (válvulas ou transistores)
Esta foi a primeira classe realmente utilizável e muito empregada nos primórdios do áudio.
Praticamente todos os estágios de saída dos amplificadores utilizados nas primeiras
Décadas do século 20 eram classe A (inclusive os dos rádios).
Desvantagens: a custa de um grande gasto de energia (possui grandes perdas ou grande aquecimento).
O máximo rendimento teórico (que não inclui as perdas dos dispositivos n a conta) da classe
A complementar é de somente 50%, ou seja, metade da energia será convertida em sinal
Elétrico utilizável, e a outra metade da energia será inevitavelmente convertida em calor!
Porém, como os dispositivos (transistores ou válvulas) também contribuem, as perdas
Totais serão ainda maiores… fazendo com que o rendimento total caia para valores típicos
de 20%… (80% da energia convertida em calor)
Classe B:
É o oposto da classe A. Ela privilegia o rendimento (eficiência) e não a qualidade. E o
rendimento sempre foi muito importante. Imagine que o equipamento é alimentado por
baterias, como em um rádio comunicador militar. Desvantagens: A simples troca do estágio de saída
de classe A para classe B poderia mais que dobrar a duração da bateria! Algo essencial nas aplicações
portáteis. O rendimento teórico máximo (sem incluir as perdas dos dispositivos) é de 78,5%. E
utilizando-se transistores modernos poderemos chegar a 50 ou 60% d e rendimento total (consideradas
as perdas próprias da classe + as perdas dos dispositivos). Uma grande melhora em relação à classe A.
Classe AB: O “meio termo” entre as classes A e B. O objetivo aqui é obter qualidade d e
áudio muito próxima da classe A, mas com o rendimento típico da classe B. Talvez essa seja
a classe analógica mais bem sucedida, pois é presente ainda hoje em quantidades
significativas. Em definição ela é tão próxima da classe B que por vezes não é citada nos
livros-texto de eletrônica, sendo considerada simplesmente uma “classe-B corrigida”, por
assim dizer. Desvantegens: A descontinuidade nas transições, foi eliminada por um “truque” de
engenharia, onde um pequeno grau de polarização (ou corrente inicial) foi aplicado aos transistores
para que a corrente circule por um pouquinho a mais que meio-ciclo, eliminando esse efeito
indesejável