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Aluno: Ícaro Santos Costa

Curso: Engenharia Elétrica.


Disciplina: Eletrônica Analógica.

Classes de amplificadores de potência

Classe A
Amplificadores de classe A são compostos de transistores (TBJ) com o
emissor aterrado, resistores (no coletor) e um capacitor que remove a
componente cc e deixa passar apenas a ca, portanto, há uma necessidade de
haver uma polarização na base, ou seja, colocar ele no ponto de operação onde
sempre vai ter corrente mesmo que não tenha entrada. Com isso, temos um
problema, pois se você não tem entrada e mesmo assim tem potência saindo do
coletor, isso é muito ruim... Assim, o rendimento vai ser baixíssimo.

Figura 1: Amplificador classe A com a saída na região ativa durante um período completo.

Tem que tomar cuidado para que o sinal de entrada não seja muito grande
para o sinal não ser cortado e modificar o som. O amplificador de classe A tem
suas vantagens, e uma delas é que o seu sinal original não vai sair distorcido na
saída se você fizer os devidos ajustes, assim ele tem uma qualidade sonora
excelente, sem contar que ele é um amplificador simples. Já suas desvantagens
é que ele tem baixa eficiência, tem uma alta dissipação de potência e ele também
acaba invertendo a fase do sinal. Geralmente ele é usado para os primeiros
estágios de amplificação, onde você pega um sinal em mW e amplifica para 2W,
3W etc de potência na saída.

Classe B (push-pull)
O classe B é o oposto do classe A, ou seja, ele tem um rendimento alto e
uma qualidade de áudio não muito boa. Aqui ele amplifica o sinal negativo com
uma espécie de circuito espelhado, então ele coloca uma parte do circuito para
amplificar o sinal positivo e a outra parte para amplificar o sinal negativo e depois
junta os dois. Enquanto um está conduzindo, o outro está cortado pois ele só
amplifica as partes positivas, nesse momento em que um está cortado a corrente
nele é zero, assim eu só tenho potência no momento de amplificação, isso faz
com que o rendimento/eficiência seja muito melhor.

Figura 2: Push-pull classe B.

Figura 3: transformador com tomada central na saída, usado em um push-pull.


Uma malha conduz corrente e a outra não tem nada, quando ela parar de
conduzir a outra malha vai começar a conduzir, nunca as duas ao mesmo tempo,
assim a bobina sempre vai ter fluxo magnético sendo gerado, assim a carga
enxerga o sinal amplificado. Portanto, ele tem a vantagem de ter um rendimento
melhor que a classe A, só que ele tem uma desvantagem também que é a
distorção nas hormônicas.

Classe AB
O Classe AB é a junção do A com o B, junta o que tem de bom em um
com o que tem de bom do outro, mas também pega o que tem de ruim nos dois.
Então tem que achar o ponto de equilíbrio para manter os dois. O objetivo é
obter qualidade de áudio próxima a da C lasse A, mas com um gasto de
energia quase tão baixo como da Classe B.

Figura 4: Polarização por meio de um acionador acoplado por capacitor.

Pode-se dizer que a Classe AB nada mais é que a Classe B


levemente modificada, onde algum grau de polarização foi mantido,
para que a corrente circule por um pouquinho a mais do que meio-ciclo,
a fim de contornar as naturais imperfeições dos dispositivos (neste
caso, transistores) e minimizar as distorções (distorção de crossover e
harmônica). O rendimento teórico da Classe AB se situa entre os 50%
da Classe A e os 78,5% da Classe B. Na prática é comum obter valores
muito próximos aos de amps Classe B (entre 50 -60% incluindo os
dispositivos);

Classe C
O classe C leva ao extremo a questão do gasto de energia.
Devido a sua fidelidade ser pobre demais para o áudio, foi reservada
aos estágios de saída de rádio-frequência dos transmissores de rádio.
Ele só amplifica parte do sinal. Você vai pegar um sinal de alta
frequência, mais alta do que sua voz original e mistura uma com a
outra, coloca ele no amplificador classe C, ele vai amplificar só a parte
que interessa, apenas as amplitudes, assim a eficiência desse
amplificador vai chegar perto dos 100%.

Ele é formado por transistores e um circuito tanque que é uma bobina


(indutor) e um capacitor, então de acordo com a escolha do capacitor e indutor,
você vai ter uma frequência de ressonância, e então esse circuito fica
armazenando essa oscilação em torno dessa frequência de ressonância e vira a
onda portadora que nós queremos.

Classe D
O de classe D é um amplificador digital, é feito com um TBJ. O
amplificador Classe D resulta da “hibridação” entre técnicas de
modulação e fontes chaveadas.
Acoplando um modulador tipo PW M, por exemplo, um estágio de
potência chaveado, obtém-se um grande ganho de potência a perdas
muito baixas. Para separar o sinal de áudio original da portadora de
modulação, utiliza-se a clássica técnica de filtragem passa -baixa,
recuperando o sinal original, agora amplificado.

O de classe D reside no seu estágio de saída manipular somente


valores discretos ou “quantizados”, como usualmente uma fonte
chaveada o faz e através dessa troca de processo linear para processo
chaveado, os dispositivos de p otência não mais atuam como
“resistores variáveis”, mas como chaves. As perdas assim tendem a
zero e passam a depender somente dos dispositivos escolhidos. Em
princípio, agora nada impede que a eficiência desse estágio de
potência alcance o nosso ideal de 100%. Na prática, com os
transistores modernos de que dispomos hoje, podemos alcançar 95%
ou até mais, com excelente qualidade de áudio.
Figura 6: Amplificador com MOSFET complementar.

Classe G
É um tipo de associação em série de células de qualquer uma
das classes fundamentais A, B ou AB. Portanto, ao invés de uma única
célula alimentada por uma tensão variável, a classe G utilizam -se
várias células associadas em série, cada uma com uma tensão de
alimentação fixa um pouco maior que a anterior.
A ideia é basicamente fazer com que cada célula trabalhe em
uma faixa de alimentação pequena e à medida que o sinal cresce e
uma célula se aproxima da saturação, a célula seguinte assume e
assim por diante, até a última. As vantagens obtidas por esse processo
é que teoricamente quanto mais fiel for esse processo da alimentação
“seguir o sinal de áudio”, maior será o rendimento do estágio de saída,
sem uma grande perda de qualidade sonora.
Uma observação é que, por não serem classes verdadeiras, os
modos H e G raramente são citados nos livros -texto de eletrônica e
são, fundamentalmente, iguais. Por isso, com freq uência as suas
definições aparecem invertidas, conforme a publicação ou fonte
consultada. As definições que foram ditas aqui sobre a classe G
seguem o padrão dos países europeus e asiáticos, mas se a fonte
consultada for norte-americana, provavelmente elas estarão
invertidas... ou seja: a topologia apresentada aqui como "classe H”, e m
uma referência americana provavelmente será ap resentada como
“classe G” e vice-versa.

Figura 7: Classe G de 3 estágios.

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