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33 ENGELHORN Guia Pratico de US Vascular
33 ENGELHORN Guia Pratico de US Vascular
1 I
I Sumário
,
i
I
1. Princípios Básicos, 1
Sérgio X. Saltes-Cunha
6. Análise das Fístulas Arteriovenosas para
Hemodiálfse,63 -
Domingos de Morais Filho Charles Esteves Pereira
~
I
I xv
...l
~
...
14. Doença Arterial Obstrutiva Periférica 18. Mapeamento Venoso e Arterial para
Utilização como Substituto Vascular, 185
Infra-inguinal, 131
Domingos de Morais Filho Sandra AParecidaFerreiraSilveira
. INTRODUÇÃO
Som é o resultado de ondas longitudinais de pressão, pro-
vocando compressão e rarefação sucessivas nos meios de
propagação. As ondas sonoras são a resposta do meio a
uma perturbação. As ondas propagam-se nos meios elásti-
cos (gases, líquidos ou sólidos) e são produzidas por uma
fonte vibratória. As ondas sonoras são definidas por sua
amplitude e sua freqüência.1-2 As ondas que compõem o
som audível ao ouvido humano têm freqüências entre 20
e 20.000 Hz (20 KHz). Ondas sonoras com freqüência
>20.000 Hz (20 KHz) são chamadas de ultra-somY
A ultra-sonografia aplicada ao diagnóstico das doen-
ças vasculares, ou ecografia vascular, baseia-se em técni-
cas de imagem e medidas de velocidade do fluxo san-
Fig. 1.1 Exame dúplex com modo B (parte superior) e análise
guíneo, usando o ultra:~m. A combinação da imagem espectral (parte inferior). A linha amarela inclinada é a marca do
anatõmica (modo B) com a detecção da forma da onda feixe de ultra-som e o caliper central é o volume de amostra.
da velocidade sanguínea (análise espectral) foi popula-
rizada com o nome de dúPlex DopPler ou ultra-sonografia
dúPlex (dúplex de duplo e Doppler porque se baseia no
efeito Doppler).3,4 Essa técnica de exame revolucionou o
diagnóstico não-invasivo das doenças vasculares na déca-
da de 1980 (Fig. 1.1). Uma 2~revolução aconteceu na dé-
cada de 1990 e se baseou na combinação das imagens da
anatomia (modo B) com a da dinâmica de fluxo (modo
cor).5,6 A imagem de fluxo em cores, ou ecografia vascu-
lar em cores, facilitou a execução dos estudos e melhorou
substancialmente a apresentação da informação colhida
(Fig. 1.2).
Mais recentemente, a evolução das técnicas de exa-
me inclui tanto métodos de geração quanto de proces-
samento de imagens. Técnicas digitais e bandas largas
de freqüência foram adaptadas à ecografia vascular. Já
as técnicas de construção de imagens tentam aumentar
o campo de amostragem visual, criando uma imagem Fig. 1.2 Exame dúplex colar ou ecografia vascular em cores com a
expandida, que de certo modo copia a apresentação do imagem modo B e cor na parte superior e a análise espectral (modo
exame angiográfico. Depois de obtidas, as imagens são Doppler) na inferior. A caixa de aquisição de cor é mostrada em
processadas com melhor relação sinal-ruído, 'além de ou- amarelo na parte superior do exame.
1
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PrinCí(?ios !3ásicos
. IMAGENS ESTATICAS
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!\li
nais. A transmissão é curta e a recepção é dependente da as amplitudes de tal oscilação diminuem até a volta ao es-
profundidade da imagem a ser adquirida. Conseqüente- tado inicial de repouso. À medida que as partículas atin-
mente, o sinal de transmissão é pulsátil no domínio do gidas pela pedra sobem e descem, tais partículas puxam
tempo. A aparência de tempo real é definida pela per- as partículas vizinhas para baixo e para cima. Uma onda
cepção do olho humano. A eletrônica moderna permite de movimentos da~ partículas de água se transmite radial-
o processamento rápido de uma quantidade enorme de mente em todas as direções. Partículas de água não atingi-
dados, dando a impressão de tempo real. Quanto mais das pela pedra passam a oscilar para cima e para baixo, e
antigo o instrumento, maior a probabilidade de que o passam a puxar as partículas vizinhas para cima e para bai-
olho humano perceba a formação vagarosa das imagens xo (Fig. 1.5B), transmitindo o movimento por certa distân-
ou dos quadros individuais. A imagem é então processa- cia a uma certa velocidade, dependendo do tipo de água
da para ser apresentada no monitor. (de rio, mar, suja, Iimpa ete.). Eventualmente as oscilações
não se localizam mais no local onde a pedra caiU, mas são
Ecografia vistas na periferia. Finalmente, até a periferia volta ao es-
tado de repouso inicial. Este é um exemplo de uma onda
A percepção primária de um eco é experimentada quan- de propagação transversal: a onda se propaga na direção
do se fala ou se grita em frente a um conglomerado de perpendicular ao movimento das partículas.
montanhas. A voz é criada por um indivíduo, transmitida Um navio passa e desloca as partículas de água, mo-
pelo ar, refletida pelas montanhas e, após um tempo de vendo-as em direção horizontal. Essas partículas compri-
atraso, escutada pelo mesmo indivíduo ou grupo de pes- . mem as partículas vizinhas que as empurram de volta,
soas adjacentes. Em princípio, seria possível reconstruir çriando uma oscilação local quese transmite às partículas
uma imagem da superfície dessas montanhas refletoras vizinhas e assim por diante em direção à periferia, partin-
de som com base nos sinais sonoros (ecos) recebidos. do da origem da onda. Essa onda também se transmite
1 Esse tipo de eco refletido, entretanto, só criaria a ima- por uma certa distância, com uma velocidade caracterís-
gem de uma superfície ou, em nosso caso, uma só parede tica do meio (água), enquanto as amplitudes de oscilação
decrescem e finalmente a área toda volta à situação de
vascular. No caso do ultra-som vascular, para se criar uma
imagem da outra parede do vaso é necessário que uma repouso inicial. Essa é uma onda de propagação longitu-
dinal: a onda se propaga na direção dos movimentos das
parte do sinal prossiga adiante por refração. Assim, re-
partículas. É provável que as ondas ultra-sonográficas nos
flexões de várias interfaces podem ser recebidas e essas
tecidos sejam eminentemente longitudinais, embora não
interfaces reconstruídas. Um problema adicional ocorre
se possam excluir ondas em direções de propagação mais
quando os refletores são muito pequenos, causando uma
complexas. Tais ondas podem ser descritas como uma
dispersão da onda em todas as direções.
onda senoidal, que tem amplitude máxima, freqüência
em oscilações no domínio do tempo que se propagam
Ondas mecânicas a uma velocidade relacionada com as características do
meio. A distância entre os picos espaciais define o com-
Quando uma pedra é atirada na água, esta abaixa e de- primento espacial da onda. A velocidade de propagação é
pois volta a subir (Fig. 1.5A). As partículas de água osci- igual ao produto do comprimento de onda e da freqüên-
lam para baixo e para cima por algum tempo enquanto cia de oscilação temporal.
Fig. 1.5 (A)Ondas em um lago após lançarm"bsuma pedra na água (1).).(8) Movimento das partículas de água numa onda (bóia vermelha da
linha de pesca) onde V representa a velocidade da onda e A,o comprimento de onda.
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li
'"
1! Feixe de ultra-som
Fig. 1.6 (A) Ondas ultra-sonográficas, reflexão e refração. 01, onda incidente; ORL, onda refletida; e ORF, onda refratada. (8) Ondas ultra-
sonográficas,dispersão.
1
! Freqüência fundamental
cias de pulsos. As seqüências de pulsos dos equipamentos
de ultra-som são projetadas para reconhecer certos tipos
de tecido com mais eficiência.
Como a velocidade do ultra-som é semelhante nos
c, tecidos mais comur.nente avaliados, de cerca de 1.500 m/s,
a freqüência de repetição do pulso é determinada pela
profundidade do tecido a ser examinado. Por exemplo,
a onda ultra-sonográfica percorre 15 em para construir a
imagem de uma estrutura posicionada a 7,5 em de pro-
fundidade, distância percorrida em 0,1 m/s, o que define
a freqüência de repetição como 10kHz, ou 10 mil pulsos
por segundo. Quanto maior a profundidade do objeto
a ser examinado, menor a freqüência de repetição dos
pulsos necessária no exame.
índice mecânico
Figo 107 Transformação de Fourier. Uma onda complexa (forma
Quanto maior a energia transmitida, mais forte o eco
de onda resultante) pode ser representada por uma mistura de
harmônicas (freqüência fundamental e harmônicas). recebido:, tanto das estruturas superficiais quanto das
profundas. Um eco de amplitude muito alta, entretanto,
pode saturar a recepção e eliminar a diferenciação entre
Atenuação ecos. Por exemplo, todos os ecos> 100 passam a ser repre-
sentados como iguais a 100. Em contrapartida, energias
altas podem traumatizar o tecido. O nível de energia ou
de intensidade de energia por volume de tecido depende
T"""mo 1= Tffi",d"",1 = da freqüência de insonação. Atualmente, os equipamen-
tos indicam o índice mecânico de transmissão para cada
banda de freqüência utilizada. Esse índice mecânico re-
Mooitm li presenta a energia transmitida para a formação de cada
imagemY
Moo;l" 1 .6.
....
Campo
Campo distal
---
~
próximo
~~
Transdutor
...
'- --v-
/
Distância focai
Fig. 1.9 Forma do feixe de ultra-som, distância focal, zona focal com Fig. 1.10 Feixe de ultra-som mostrando a resolução axial, lateral e
os campos próximo e dista!. transversal.
Posiçãofocal Quanto mais linhas horizontais e verticais o monitor ti-
ver, melhor a representação das imagens.
Cada feixe, ou cada imagem, tem uma região focal. A ima-
gem é mais nítida e tem melhor resolução nessa região
focal. Recomenda-se que o arco indicador do foco fique Composição da imagem
ligeiramente abaixo da região de interesse na imagem.
Processos modernos podem recriar uma imagem úni-
ca com informações obtidas durante a criação de várias
Númerode focos imagens. Por exemplo, a técnica sono CTTM recria uma
imagem mediante a composição de -dados obtidos pela
Transdutores modernos podem criar imagem com regiões insonação da região de interesse em 9 direções diferen-
focais múltiplas.16 Entretanto, tal imagem é uma imagem tes. Sabemos que uma placa calcificada elimina qualquer
composta de várias imagens obtidas para cada região focal. informação distalmente, criando uma sombra acústica
O tempo de processamento dessas imagens múltiplas au- quando a insonação é perpendicular a tal placa. Na téc-
menta, diminuindo a capacidade de obtenção de imagens nica de sono CTTM, ângulos de insonação não-perpen-
que se alteram rapidamente em tempo real. Portanto, para diculares à placa calcificada PQdem. criar uma imagem
o estudo dos movimentos da parede arterial, recomenda- dentro da sombra acústica que e'então minimizada ou
se que a imagem seja obtida com uma só região focal. eliminada.19
com grande eficiência. Às vezes é o movimento do local bidimensional, mas na realidade é um volume que inclui
com doença que entra e sai da imagem que influencia a espessura da imagem.
a visualização e a percepção do examinador. Esse mo-
vimento pode ser real (movimento do transdutor) ou
criado pela varredura de uma variação de cor na escala Sinal Doppler
cinzenta. Como a imagem tem mais níveis de sinal que Christian Doppler equacionou o aumento de freqüência
os detectados pelo olho humano, uma varredura em cor observado, por exemplo, no apito de um trem se aproxi-
de 16 níveis através dos 256 níveis da escala digital pode mando da estação, mostrada como coloração ultravioleta
salientar níveis de doença não percebidos diretamente das estrelas se aproximando da Terra e no som da sirene
na imagem ecográfica. do carro de bombeiros se aproximando de um especta-
. IMAGENS DINÂMICAS
Ecografiadúplex
dor. Pelo contrário, a equação Doppler também descreve
a diminuição de freqüência do apito do trem saindo da
estação, na coloração infravermelha das estrelas se afas-
tando da Terra e no som da sirene do carro de bombeiros
se afastando do espectador (Fig. 1.12).
Historicamente, a ecografia vascular estava sendo desen- Um modo prático de se entender a equação Doppler
volvida na Universidade de Washington quando uma ima- é ir à praia e entrar no mar. A pessoa parada na água sente
gem fantástica, para a época, da bifurcação carotídea foi uma freqüência estável de ondas do mar. Ao correr con- !t
obtida. Para frustração dos cientistas, a arteriografia de- tra as ondas, o banhista sente um aumento da freqüên-
monstrou oclusão da carótida interna. Definiu-se então cia dos encontros com as ondas do mar. Ao fugir das on-
que seria necessário detectar o fluxo de cada vaso com o das, o banhista experimenta uma diminuição da freqüên-
Doppler. A superposição de informação dupla, imagem e cia de encontro com as ondas. Mas se o banhista correr
velocidade resultou nphnétodo que revolucionou o labo- paralelo à praia, a freqüência aparente das ondas não se
ratório vascular a partir da década de 1980, chamada de altera. Somente o componente do movimento na direção
ultra-sonografia dúplex.2O-22 das ondas altera a freqüência percebida das ondas pelo
O feixe para detecção do sinal Doppler é superposto banhista. Então, se o banhista está correndo a um cer-
sobre a imagem ecográfica. Tal feixe tem 2 marcas, para- to ângulo, por exemplo, 60°, somente o componente do
lelas entre si, formando um ângulo com a linha represen- movimento contra as ondas altera a freqüência. O com-
tativa do feixe Doppler (volume de amostra, Fig. 1.1). Es- ponente do movimento paralelo à praia, ou perpendicu-
sas linhas determinam o volume de amostragem do sinal' lar à direção das ondas, não altera a freqüência percebi-
Doppler. Em aparência, deveria ser uma área na imagem da. Essa alteração de freqüência tem relação direta com a
Comprimento
de onda menor
,,'
Movimento :> li
Fig. 1.12 No efeito Doppler, a mudança de freqüência no som percebido por receptores (pessoas) postados em locais diferentes com relação
ao emissor é proporcional à direção e à velocidade do emissor (carro de bombeiros).
I
.-J
a w
feita corretamente e o valor obtido a 60° pode ser compa- gem pode ser válido quando se usa turbulência como
rado com valores publicados, também obtidos a 60°. critério para detecção de placa que causa estenose míni-
Em resumo, a freqüência Doppler é proporcional à ma.25 Atualmente, consideramos melhor usar a imagem
freqüência emitida e à projeção da velocidade na direção para classificação de estenoses-<50%. Sendo assim, um
das ondas, dada pela expressão: velocidade multiplicada protocolo com volume de amostragem pequeno perdeu
pelo co-seno do ângulo. Um fator constante (2) entrama o sentido. Na realidade, um protocolo com volume de
equação dividindo a velocidade do ultra-som no tecido e amostragem grande detectaria mais facilmente as veloci-
resulta na expressão: dades mais altas que podem não estar no local esperado
pelo examinador, como por exemplo no centro de uma
Fr - Fe = 2 Fe Vcos8jc artéria. Entretanto, um problema em potencial ainda
não foi estudado cientificamente: será que o tamanho
Onde Fr é a freqüência recebida, Fe é a freqüência do volume de amostragem altera a velocidade de pico
emitida, V é a velocidade do sangue, cose é o co-seno do vaso? Tal estudo pode ter resultados diferentes para
do ângulo entre a direção do movimento do sangue e instrumentos diferentes. Verifique no seu próprio ins-
a direção do feixe de ultra-som e c é a velocidade do trumento.
ultra-som no tecido (Fig. 1.13). Conhecidas as freqüên-
cias emitidas e recebidas, a velocidade do ultra-som e o
ângulo do movimento, a velocidade do sangue pode ser
Errosdevidosa estimativasdo ângulo
calculada. 23,24 de insonação
Imagine que o examinador estima o erro de insonação
Freqüênciaversus velocidade em 60 ou 70°, mas na realidade o ângulo de insonação é
de 58 ou 68°. A estimativa da velocidade terá um erro de
No início, a Universidade de Washington defendeu o cri- aproximadamente 5% a 60° e de 10% a 70°, que cresce
tério do uso da freqüência para detecção de estenoses para ângulo >70° e diminui para ângulos <50°. Em condi-
carotídeas. Uma freqüência de 3,5 MHz indicaria uma es- ções ideais, tal erro seria insignificante para ângulo zero.
tenose >50% em diâmetro. Para uma freqüência emitida Um critério historicamente estabelecido é o de evitar me-
de 5 MHz e um ângulo de 60°, tal critério corresponderia didas com ângulos de insonação <60°.
a uma velocidade de 125 em/s. O grande problema dessa
filosofia de freqüências surgiu quando transdutores com
outras freqüências foram projetados. Para cada freqüên- Ângulode insonação
cia emitida, teríamos uma freqüência recebida, portanto Protocolos usando o princípio de que o ângulo de inso-
uma multitude de critérios. Sendo assim, o critério de ve- nação deve ser igualou menor que 60° são inválidos para
locidade venceu.
comparação de velocidades. Na maioria dos instrumen-
1 tos já testados, as estimativas de velocidades são menores
com ângulos de insonação de 50° quando comparadas
Volume de amostragem com estimativas de velocidades obtidas a 60°. Estimati-
Originalmente, o volume de amostragem recomendado vas de velocidades devem ser comparadas com critérios
era pequeno, perto de 1 mm. Tal volume de amostra- de velocidades obtidos com o mesmo ângulo de insona-
ção.26,27Verifique se as estimativas de velocidade se alte- como a mudança de cor de um extremo da barra de cor
ram dependendo do ângulo de insonação no seu próprio (p. ex., vermelho) diretamente para o outro extremo do
instrumento. espectro (p. ex., azul), sem passar pelas cores (velocida-
des) intermediárias (p. ex., o preto) (Fig. 1.16).
Em contrapartida, a PRF é inversamente proporcio-
Fluxoem cor bidirecional
nal à profundidade do volume de amostra; assim, estru-
A técnica de cor nada mais é que alocar um pixel de cor turas localizadas mais profundamente ou insonadas com
à medida de velocidade média instantânea em um ponto baixas PRF tendem a produzir aliasing mais freqüente-
e em um momento determinados.28 O algoritmo para a mente. Como a medida da velocidade de fluxo depende
formação de uma imagem de fluxo em cor baseia-se na do ângulo de insonação (equação Doppler), menores
resposta aalgumas perguntas elementares: ângulos de insonação tendem a produzir menos aliasing.
Aliasing ,,'
. - - .-
~
if!I
Turbulência
Aliasing é freqüentemente interpretado como turbu-
lência. Turbulência é definida como a ocorrência de
velocidades das partículas de sangue em direções múl-
Fig. 1.17 Exemplo de turbulência no modo cor. Em (A), no modo cor
tiplas. Mudanças aleatórias de cor azul para vermelho,
(lado esquerdo),mostrandoo ramo interno da carótidaexterna(-u.)
tanto cores escuras quanto claras, indicam movimen- em um paciente pós-tratamento com stent na transição da carótida
to em direções múltiplas, portanto, turbulência (Fig. comum e da carótida interna. Turbulência é confirmada no modo
1.17). Doppler (análise espectral, à esquerda) pelo preenchimento da
janela sistólica (*). Em (8), close-up da figura anterior com a área de
turbulência (O).
Sopro
Sopro resulta em uma oscilação de tecido em baixa ve-
locidade. Um mosaico de cores azuis e vermelhas, es-
curas, indica a presença de uma oscilação ao redor do
zero, portanto sopro e não turbulência ou aliasing (Fig.
1.18).
-
--
Princípios Básicos
Fig. 1.19 Modo power, exame da região cervical (A) mostrando a carótida comum (ACO e a jugular interna (VJI).Notar que nesse modo não
existe a diferenciação da direção do fluxo (A),embora a interface sangue e placa aterosclerótica (*) esteja muito bem definida (8).
Extravasamentode cor
Dizemos que há "extravasamento de cor ou sangramento
de cor" (bleedingem inglês), quando aparece cor também
fora das paredes do vaso. É um artefato que pode ocorrer
quando se usa tanto técnica de cor bidirecional (modo
cor) quanto unidirecional (powerDopplerTM). Isso ocorre
porque, em casos limiares na análise dos sinais de cada pi-
xel, o processamento dá prioridade ou ao movimento ou
à escala cinza. Quando a prioridade em cor é excessiva ou
a escala de cor é extremamente sensível (ganho alto ou Fig. 1.20 "Extravasamento" da cor (~) em um exame com ganho
PRF baixo), a cor "extravasa" aparentemente para fora elevado e PRFbaixo causando borramento da parede arterial.
das paredes do vaso (Fig-.L20).
.t Carlos Engelhorn.)
. IMAGENSTRIDIMENSIONAIS
As imagens tridimensionais podem ser divididas em 2
ral mostram rendições de superfícies em perspectiva.
Tais imagens podem ser giradas ou transladadas
o observador
para
ter visão de pontos de vistas diferentes4O
..l tipos fundamentais: (1) dados tridimensionais, cubos (Fig. 1.23).
de dados, que são varridos em qualquer direção, pro- O problema principal para imagens vasculares tridi-
duzindo imagens transversas ou longitudinais a dire- mensionais está na calibração de tais imagens. A maioria
ções múltiplas; e (2) representações tridimensionais dos programas disponíveis não possui calibração apro-
em um monitor bidimensional. Essas imagens em ge- priada.
' iiii'_~""""IfI"'.
N \I'" -' '4--"n::;~,,*--"""-
~ 'A
.
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COMPROMISSOS 10. Guo Z, Durand LG, Allard L, Cloutier G, Lee HG Classification
of lower limb arterial stenoses fram Doppler blood flow signal
A ecografia vascular apresenta várias condições de confli- analysis with time-frequency representation and pattern recog-
.
to. Entre elas, ressaltamos as seguintes:
. vasos.
Imagens transversas versus imagens longitudinais
13.
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!li
m I
CAPÍTULO 2
Doença Carotídea Aterosclerótica
. INDICAÇÕES
. PROTOCOLODE EXAME
Posição do paciente
As principais indicações do estudo das carótidas ba-
seiam-se nos resultados de 3 grandes estudos: NASCET Paciente em decúbito dorsal com o pescoço estendido e
(North American Symptomatic Carotid Endarterctomy o rosto voltado para o lado oposto ao examinado com o
Trial),3 ACAS JAsymptomatic Carotid Atherosclerosis examinador se posicionando atrás ou ao lado do pacien-
Study) 4e ECST (European Carotid Surgery Trial).5 te (Fig. 2.1).
Todos demonstraram benefício no tratamento da es-
tenose carotídea >60-70% com endarterectomia, quando Escolha do transdutor
comparados com o tratamento clínico.
Transdutores lineares de alta freqüência (5-10 MHz). Em
casos de bifurcação alta, tortúosidades ou pescoço curto,
Quadro 2.1
pode ser adequado o uso de transdutores convexos com
Indicações de USV para o estudo dascarótidas em
freqüência de 4-7 MHz.
pacientes sintomáticos
- 17
Doença Carotfdea
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Fig. 2.1 Posição do examinador e do paciente. (A) Examinador do lado direito do paciente. Paciente com o pescoço estendido e voltado para
o lado oposto. (8) Examinador atrás da cabeça do paciente.
Modo B: regulado de modo que haja uma hiper-refrin- Ângulo de insonação: posição do cursar em direção ao
gência (mais branco) na parede, com relação ao interior fluxo e o mais próximo de 60°.
do vaso.
Profundidade: regulada de acordo com o biotipo do pa-
Modo color: deve preencher todo o vaso sem efeito-fan- ciente, aumentando em pacientes obesos.
tasma (cor fora do vaso) .
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Fig.2.3 Diferença entre a carótida interna (CI)e a carótida externa (CE).(A) Esquema demonstrando a posição póstero-Iateral da CI e ântero-
medial da CE.(8) Bifurcaçãocarotídea identificando a CI póstero-Iateral e CE. (C)Carótida interna. Padrão de onda de baixa resistência eviden-
ciando a presença de fluxo diastólico. (O) Carótida externa. Padrão de onda de alta resistência com fluxo diastólico de baixa intensidade.
Bulbo carotídeo
Dilatação fusiforme próxima à origem da carótida interna.
Essa região tem importância, pois é o local de maior
formação de ateroma e, devido a essa dilatação, evidencia- Fig. 2.4 Bulbo carotídeo. Mapeamento colorido demonstrando o
mos a presença de fluxo reverso "fisiológico" (Fig. 2.4). fluxo reverso no bulbo (fisiológico).
Forma de onda Fluxo diastólico (baixa resistência) Ausência de fluxo diastólico (alta resistência)
Quadro 2.4
Rastreamento da doença carotídea - protocolo Lav Scan. Informações indispensáveis para o laudo
Fonte: Carotid artery stenosis: gray-scale and Doppler US diagnosis - Society 01 Radiologists in Ultrasound Consensus Confe.rence.0rant EG, Moneta GL et ai.
Radiology. 2003 Nov;229(2):340-6. .," '
Fig.2.5 Estenose <50%. (A)Análise anatômíca em corte longitudinal demonstrando estenose < 50%. (8) Medida em corte transverso (relação
entre o !úmen residual e o diâmetro total do vaso). (C) Análise espectral com PVS < 125 cm/s e VDF <40 cm/s, compatível com o grau esti-
mado da estenose.
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Fig. 2.6 Estenose entre 60-70%. (A) Análise anatômica em corte lon-
gitudinal demonstrando estenose entre 60-70%. (8) Medida em corte
Fig. 2.7 Estenose > 70%. (A) Doppler colorido (corte longitudinal)
transverso (relação entre o lúmen residual e o diâmetro total do vaso) demonstrando estenose > 70%. (8) Medida local em corte trans-
estimando a estenose próximo de 70%. (C) Análise espectral com verso estimando estenose em 87%. (C) Análise espectral com PVS
PVS entre 125-230 cm/s e VDF entre 40-100 cm/s, compatível com > 230 cm/s e VDF > 100 cm/s, compatível com o grau estimado da
o grau estimado da estenose. estenose (> 70%).
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Avaliação anatõmica
. mesma ecogenicidade.
Heterogênea - representada por uma mistura entre
elementos ecolucentes e ecogênicos (Fig. 2.12).
Graduação da estenose da carótida
comum e externa
A superfície pode ser:
. Regular - inteiramente lisa e uniforme.
A estenose da carótida comum deve ser graduada e infor-
mada ao cirurgião, pois pode interferir no planejamento
<~
"
Fig. 2.11 Morfologia da placa quanto à ecogenicidade. (A) Hipoecóica ou ecolucente é mais escura, semelhante a sangue e trombo. (B) Hi-
perecóica ou ecogênica é mais branca, sem sombra acústica e comumente associada à presença de material fibroso. (C) Mista: placas com
densidades diferentes (setas).(D) Calcificada é ecogênica com sombra acústica.
Quadro 2.6
Classificação morfológica da placa
1. Ecogenicidade
Hipoecóica ou ecolucente
Hiperecóica ou ecogênica
Mista
Calcificada - ecogênica com sombra acústica
2. Estrutura
Homogênea
Heterogênea
3. Superfície
Regular
Irregular
Ulcerada
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.
Fig. 2.13 Classificação da placa quanto à superfície. (A) Placa com superfície lisa, regular e homogênea, (8) Placa com superfície irregular e
heterogênea. (C) Imagem escavadasugerindo a presença de úlcera (seta). (D) Mapeamento power demonstrando enchimento da área escavada
(seta).
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Fig. 2.14 Estenose da carótida comum e interna> 70%, (A) Estenose da carótida comum (> 70%) demonstrada pelo mapeamento colorido.
(8) Análise espectral da carótida comum (PVSNDF: 327/95 cm/s) compatível com lesão> 70%. (C) Estenose da carótida interna (> 70%)
demonstrada pelo mapeamento colorido. (D) Análise espectral da carótida interna (PVSNDF: 32/18 cm/s) com velocidades baixas conseqüen-
tes à lesão proximal na carótida comum.
Doença Cawtídea Aterosc!erótica
Fig. 2.15 Oc!usão da carótida comum com colateral ização da carótida interna pela carótida externa. (A) Imagem demonstrando oclusão da
ca.rótidacomum. (8) Carótida externa pérvia com fluxo retrógrado (azul). (C) Carótida interna com fluxo anterógrado recebendo fluxo através
da carótida externa (vermelho). (D) Fluxo amortecido com velocidade baixa (colateralização).
Fig. 2.16 Camada médio-intima!. (A)Representada pelas interfaces lúmen-íntima e média-adventícia. Padrão norma!. (8) Espessamento da ca-
mada íntima em paciente com arterite. Uniforme e homogêneo. (C) Espessamento da camada ínÚmaem paciente com aterosclerose. Disforme
e heterogêneo. (O) Diferença entre espessamento e placa (elevação disforme e segmentar da íntima).
Geralmente é preconizada no 12 e no 52 meses após não se retira toda a placa e ela mantém continuidade
a endarterectomia e anualmente. Em caso de estenose com a carótida comum. Esse dado é importante, pois
residual entre 50-70%, deve-se realizar o exame com in-
tervalos de 6 meses e postergado para 12-24 meses quan-
do o 12 exame é normal e
não existe doença contralateral
. predispõe a reestenose (Fig. 2.19).
Reestenose: pode ser conseqüência de uma hiperpla-
sia miointimal ou progressão da doença. Nos casos de
importante.1S.19 hiperplasia miointimal, a imagem ecográfica é de uma
lesão homogênea, regular e concêntrica, desenvolven-
Achados na ultra-sonografia vascular das carótidas do-se geralmente nos primeiros 2 anos após a endar-
terectomia. Os critérios utilizados para graduação da
pó~endarrerecromM
. Normal: ausência de lesão residual (Fig. 2.17) e
normalização das medidas de velocidades sistodias- .
reestenose são os mesmos para a lesão diagnosticada
antes da cirurgia (Fig. 2.20).
Oclusão: ausência de fluxo no interior do vaso. Pode
tólica. ser precoce ou tardia (Fig. 2.21).
. Estenose fisiológica: estenose simulada devido a uma . Trombo: não raro encontramos, na 1" semana após
desproporção entre o local onde foi utilizado o patch e a cirurgia, a presença de trombo na região endarte-
a artéria nativa adjacente, após endarterectomia com rectomizada. Deve ser prontamente diferenciado de
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Fig. 2.21 Oclusão da carótida interna 3 dias após endarterectomia da carótida interna. (A)Tromboseda carótida interna após EAC (B)Ausência
de fluxo pelo Doppler pulsado. (C) Perviedade da carótida externa (análise espectral).
[}oenciaCarotídea Aterosderótica
! .
Figo2.22 Trombo na carótida interna 7 dias após EAC (A) Imagem compatível com trombo na região submetida a endarterectomia. Notar a
característica homogênea, hipoecóica e regular do trombo (seta). (8) Mapeamento colorido sem turbulência do fluxo. (C) Recanalização 3
mesesapós anticoagulação sistêmica.
. Pseudo-aneurisma: condição rara, mas que pode ser Preconiza-se o acompanhamento com USV no 1Q e
encontrada na EAC em que foi utilizado remendo (Pa- no 3Q meies, seguindo com intervalos de 6 meses e anu-
tch) (Fig. 2.23). almente.20
É imperativo que se tenha um exame com medidas
Achados na ultra-sonografiavasculardascarótidas de velocidades logo após a angioplastia. Isso servirá de
pós-tratamento endarterectomia base para correlação futura (Fig. 2.25).
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~
Carotídea Ateroscl~rótjca
Fig. 2.23 Pseudo-aneurisma 1 ano após endarterectomia da carótida. (A) Corte longitudinal da carótida interna identificando a dilatação com
trombose mural (seta). (8) Corte transverso identificando o pseudo-aneurisma. (C) Análise de fluxo normal na carótida interna pelo Doppler
pulsado. (D) Análise de fluxo normal na carótida externa.
Fig. 2.24 Controle após tratamento endovascular para correção "de restenose da carótida interna. (A) Identificação da reestenose pelo power
Doppler após EAC (8) Imagem (modo S) demonstrando a presença da endoprótese. (C) Mapeamento de fluxo colorido normal no interior da
endoprótese (ausência de turbulência).
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Fig.2.25 Reestenose da endoprótese da carótida. (A)Mapeamento colorido demonstrando turbulência de fluxo e hiperplasia intimal na parede
da endoprótese. (B)Corte transverso identificando a redução do lúmen e a hiperplasia intima!. (C) Medidas de velocidades compatíveis com
estenose > 70% (PVSNDF411/160 cm/s).
Fig.2.26 Limitaçõesda USVno estudo das carótidas. (A)Placa calcificada. Sombra acústica impedindo a identificação de fluxo no loca!. Distal
à placa nota-se o mosaico, representando o alto grau de estenose e o local onde podemos realizar as medidas de velocidades. (B) Bifurcação
alta necessitando do uso de transdutor convexo. (C) Pescoço hostil após radioterapia dificultando a identificação do vaso (seta). (O)Tortuosi-
dade. Dificuldade em identificar a placa no nível da angulação (seta).
., -
~
DoençaCarotídea Aterosderótica
Quadro 2.11
Limitações da USV no estudo das carótidas
. Imagem escavada na superfície da placa com profun-
didade >2 mm.
. Fluxo reverso no interior da escavação (Fig. 2.28).
Bifurcação carotídea alta ou pescoço hostil
Calcificação da placa
Endarterectomiadascarótidassomentecom a USV
Fig.2.27 Limitaçõesda USVno estudo das carótidas (oclusão contralateral). (A)Carótida interna direita ocluída. Observar ausência de fluxo no
interior do vaso e fluxo reverso (azul) no nível do bulbo. (8) Carótida interna esquerda com velocidade (PVSNDF211/96 cm/s) que classifica
a estenose entre 60-70%. (C) Mapeamento colorido e avaliação anatõmica da carótida interna esquerda, demonstrando ausência de lesão
significativa (velocidade alta compensatória da oclusão contralateral).
\?o@oça C<;1rotíç!i:)<;1Aterosclerótica. D
Fig. 2.28 Situações especiais. Placa ulcerada. (A) Modo B. Imagem escavada com profundidade 2 mm. (8) Fluxo reverso (azul) pelo color
Doppler na área escavada. (O Placa hetereogênea e escavada (úlcera) no bulbo. (D) Confirmação cirúrgica da escavação identificada pela USV.
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Mapeamento
Carótida Direita
Medidas Anatómieas em em
Alwra da bifurcação
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Diâmetro da ACC
Diâmetro da ACI
C Extensão da Placa
P'~I"" 01
Fig. 2.29 Mapeamento pré-operatório para EAC sem arteriografia. (A) Utilização pelo cirurgião
do esquema com o mapeamento cirúrgico. (8) Referência para medida da altura da bifurca-
ção carotídea (lóbulo da orelha). (O Esquema com informações necessárias para o cirurgião:
graduação da estenose, extensão da lesão, diâmetro da carótida comum e distal da carótida
interna e altura da bifurcação carotídea. Agradecimento à equipe do Dr. João L.Sandri pelas
fotos concedidas (A e B).
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36 I!II
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Indicação clínica ) I (examinador)
< 50 - 60%
1
22 Exame
Confirmado
(examinador)
1
Observação ou Não confirma
discussão clínica
dúvida, ou
padrão atípico
.
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CAPÍTULO 3
Doença Carotídea Nào-aterosclerótica
"
. INTRODUÇÃO
A aterosclerose é sem dúvida a maior causa da doença
. Acometimento do segmento distal da carótida inter-
na, geralmente bilateral.
. Irregularidade parietal inte~alando segmentos este-
carotídea, no entanto outras condições podem estar di- nosados com segmentos dilatados, o que configura a
reta ou indiretamente relacionadas com os acidentes vas-
imagem em "colar de contas".
culares e devem ser lembradas. Entre as entidades mais
. Padrão de fluxo turbilhonar (helicoidal)pelo colar
comuns destacam-se os aneurismas 'extracranianos, a fi-
Doppler (Fig. 3.2) o
brodisplasia muscular, a dissecção, as tortuosidades e as
doenças inflamatórias. Os critérios utilizados para a quantificação da este-
. ANEURISMAS
o critério diagnóstico utilizado para definição de aneu-
nos e carotídea na displasia fibromuscular são os mesmos
utilizados quando a origem é aterosclerótica.
. ARTERITEDE TAKAYASU
risma, dilatação >50% referente ao segmento normal do
vaso, pode ser prejudicado devido à dilatação fisiológica Doença inflamatória com predominância no sexo femini-
do bulbo. Entretanto, considera-se que seu maior diâme- no e idade <40 anos. Acomete preferencialmente o arco
tro é de 1,19 cm:t 0,10.1 aórtico e seus ramos.
As tortuosidades são as lesões que mais freqüentemen- Embora a arteriografia seja o método diagnóstico
,te se confundem com aneurismas carotídeos, e a USVauxi- considerado o padrão ouro, a medida do espessamento
lia nessa diferenciação, com a utilização do mapeamento do complexo intimal da carótida comum pela USV per-
colorido e power, que evidencia os contornos da artéria. mite não só auxiliar no diagnóstico, como no exame de
A avaliação pela USV permite mensurações compara- seguimento para controle da atividade da doença.3,4
tivas entre o segmento dilatado e os segmentos proximais O espessamento intimal característico da doença de
e distais, sendo o exame não-invasivo de escolha para o Takayasu é homogêneo e envolve de forma concêntrica a
diagnóstico do aneurisma e a identificação de trombos parede anterior e posterior da carótida, desde sua origem
no seu interior (Fig. 3.1). até a bifurcação. Preserva a carótida interna, diferindo
assim do espessamento intimal de origem aterosclerótica
(Figo 3.3).
. DISPLASIA FIBROMUSCULAR Nos casos em que a indicação cirúrgica se faz neces-
Doença de etiologia desconhecida, caracterizada por um sária, o acompanhamento pós-cirúrgico com a USV segue
crescimento desorganizado de uma das 3 camadas do as mesmas orientações para as doenças ateroscleróticas
(Fig. 3.4).
vaso (íntima, média ou adventícia). Acomete preferen-
cialmente o segmento distal da carótida, na grande maio-
ria dos casos bilateralmente. É considerada como possível
causa de AVe em mulheresjovens.2
. TORTUOSI DADES
Os parâmetros utilizados pela USV para o diagnósti- A angulação por si só provoca aumento nos picos de velo-
co se baseiam nos seguintes achados: cidades. É necessário avaliar se existe lesão ateromatosa
39
40 Doença Carotídea Não-aterosclerótica
associada, uma vez que a tortuosidade do vaso favorece bifurcação carotídea, crescendo intimamente aderido à
o aparecimento de lesões. Alguns autores demonstraram adventícia dos vasos. Separa a carótida interna da externa
benefícios do tratamento cirúrgico em pacientes sinto- e pouco freqüentemente tem efeito compressivo sobre
máticos com angulações isoladas (sem ateromatose), os vasos. A USV é o 1 exame nos casos de suspeita dessa
j}
tipo coils ou kinkings, quando comparados com aqueles doença6,7 (Quadro 3.1 e Fig. 3.6).
submetidos apenas ao acompanhamento clínico. Eles A identificação da artéria nutridora, geralmente a
consideram que a angulação é hemodinamicamente sig- carótida externa, é uma limitação para a USV devido à
nificativa quando a velocidade de pico sistólica (VPS) é vascularização anárquica do tumor.
>150 cm/s e <240 cm/s, avaliadas pela USV com ângulo
próximo de
.
60°5 (Fig. 3.5).
Fig. 3.4 Paciente com arterite de Takayasu. (A) Enxerto de dacron subclávio-carotídeo. Estenose na anastomose distal corrigida com angio-
plastia e utilização de sten~, (8) Color Doppler com fluxo normal através do enxerto e da endoprótese. (C) Reestenose tardia (5 anos) por
hiperplasia intimal no segmento proximal do stent. (D) Corte transverso demonstrando a característica uniforme e concêntrica da hiperplasia
no interior da endoprótese. (E) Medidas de velocidades pelo Doppler pulsado associado à imagem classifica a estenose entre 50-60%.
Quando comparadas as técnicas oferecidas pela USV A USV apresenta sensibilidade e especificidade
para o diagnóstico da dissecção carotídea e de outras ar- >90% no diagnóstico da arte ri te temporal quando
térias, o modo B-flow (técnica do ultra-som que realça o comparada com estudos histológicos de biopsia cirúr-
fluxo no modo B) apresentou acurácia superior à do colar gIca.
e do power Doppler.lo
Quadro 3.2
. SITUAÇÕES ESPECIAIS- ARTERITE
TEMPORAL
Indicaçõesda USV na arterite temporal
Fig. 3.5 Tortuosidade da carótida. (A) Looping da carótida interna sem evidências de placa (color Doppler). (8) Kinking sem evidências de
ateromatose (power Doppler). (C) Ausência de placa na li! angulação do kinking. (D) Identificação de placa na 2i!angulação do kinking (seta).
(E) Medidas de velocidade confirmando a repercussão hemodinâmica do fluxo (P5VNDF: 255/117 cm/s).
Seqüênciade exame
Realizado bilateralmente com transdutor linear de alta
. ser devido ao edema da parede arteriap3 (Fig. 3.10).
Estenose arterial: hemodinamicamente significativa,
quando, o PVS em segmento da artéria temporal ou de
freqüência e utilizando cortes longitudinais e trans- seus ramos aumenta pelo menos 2 vezes com relação a
versais, à procura de um halo hipoecóico
arterial.
ou estenose
. segmento adjacente, com turbulência pós-estenótica.
Calcificação e irregularidades podem estar associadas.
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Fig. 3.7 Trombose da carótida interna distal a lesão por arma branca.
(A) Corte transverso identificando a carótida externa. pérvia e ausên-
Quadro 3.3 cia de fluxo na carótida interna. (B) Fluxo em fundo cego demon-
Critérios para o diagnóstico de arterite temporal pela USV14 strado pelo Doppler pulsado.
Fig. 3.8 Fístula arteriovenosa pós-punção cervical (carótida comum e veia jugular interna). (A) Corte transverso demonstrando a imagem de
mosaico (turbulência do fluxo) na região da carótida e da veia jugular interna. (8) Corte longitudinal demonstrando a comunicação arteriove-
nosa. (C) Fluxo sistodiastólico de alta velocidade (aliasing)no ponto da fístula.
Fig. 3.9 Dissecção espontânea da carótida em paciente jovem. (A) Corte transverso identificando a delaminação da camada íntima. (8) Ma-
peamento colorido em corte longitudinal.
Doença Carotídea Não-aterosclerótica
_._~
Fig. 3.10 Arterite temporal. (A)Artéria temporal normal. (8) Padrão de onda normal pelo Doppler pulsado. (O Halo inflamatório periarterial,
representado pela imagem hipoecóica, concêntrica e homogênea, sugestiva de arterite.
1. SandriJL,Jacques CM, Cinelli MJ. Aneurismas da artéria caró- 9. Gobin-Metteil MP, Oppenheim C, Domigo V, Trystram D, Bra-
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Tratamento endovascular de um caso de raro de pseudo-aneu- 2002; 36:1154-60.
~ "
CAPÍTULO 4
AvaliaçãodasArtériasVertebrais
. INTRODUÇÃO
o acidente vascular encefálico envolvendo a circulação
As indicações da USV das artérias vertebrais estão
relacionad'as com os sinais e sintomas referentes ao ter-
ritório vertebrobasilar (Quadro 4.1) e após tratamento
posterior do cérebro se manifesta clinicamente em 54% cirúrgico ou endovascular.
dos casos como AVE propriamente dito, 24% associado a
ataque isquêmico transitório (AIT) e 16% somente como
AlT. O tromboembolismo (24% de .origem cardíaca e
16% gerado por material intra-arterial) é descrito como
. PROTOCOLODE EXAME
O vaso deve ser identificado desde sua origem até o seg-
a causa mais freqüente.! mento cervical próximo ao ângulo da mandíbula.
Algumas vezes subvalorizada pelo ultra-sonografista A posição do paciente e os transdutores são os mes-
vascular, seu interesse cresce no estudo de doenças rela-
mos utilizados para o estudo das carótidas.
cionado com o equilíbrio, em casos de sopro cervical, ou Primeiramente, utilizando corte longitudinal, iden-
quando encontramos estenoses importantes/ oclusão nos tifica-se a carótida comum no seu terço médio. Com pe-
ramos internos carotídeos.
quenos movimentos laterais e posteriores com o transdu-
A artéria vertebral se origina na artéria subclávia, bi- tor, obtém-se a imagem da sombra acústica dos processos
lateralmente, seguindo o trajeto cervical até se unir com transversos. Entre eles, estão a artéria e a veia com fluxo,
a artéria vertebral contralateral e dar origem à artéria ba- normalmente, em direções opostas (Fig. 4.1).
silar.2Assim sendo, o estudo completo da circulação cere-
bral inclui a avaliação dos sistemas carotídeo e vertebral.
.
. CLASSIFICAÇÃOANATÕMICA
Podemos dividir, de forma prática, a artéria vertebral em
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Lesão obstrutiva
A etiologia mais comum da obstrução da artéria vertebral
segmentos conforme sua localização anatõmica: é doença aterosclerótica, e o local de maior acometimen-
47
Avaliação das Artérias Vertebrais
J
Fig. 4.1 Artéria vertebral. (A) Artéria vertebral identificada entre os processos transversos, Sombra acústica referente à calcificação óssea",
(8) Origem da artéria vertebral na artéria subclávia. (C) Forma de onda normal com padrão de baixa resistência.
A graduação de estenose das artérias vertebrais pela o seguimento para controle após tratamento intra-
USV não está bem estabelecida como no sistema carotí- vascular com USV é recomendado por alguns autores nos
deo. Assim, segue-se a seguinte classificação qtre julgamos primeiros 6 e 12 meses, visto que é nesse período que
de ordem prática: geralmente ocorre a reestenose.4,6
. Normal- padrão de onda semelhante ao da carótida
interna com fluxóanterógrado (direção cefálica), de Hipoplasia
baixa resistência. A velocidade sistólica considerada
o diâmetro médio da artéria vertebral é de 3,5 mm e so-
normal na sua origem é de 30-100 cm/s (média de
63,6 +/- 17,5 cm/s), e a velocidade diastólica final é mente em 25% da população o calibre é simétrico, sendo
à direita, na grande maioria, o vaso de menor calibre. A
. de 10-35 cm/s (16,1 +/- 5,1 cm/s).3
Estenose > 50% - aumento na velocidade sistólica > artéria vertebral é considerada hipoplásica por alguns au-
tores quando seu diâmetro é ::;2,2 mm unilateralmente
. 100 cm/s.4,5 .
Estenose > 80% - aumento no pico de velocidade sis-
tólica e diastólica com redução do fluxo no segmento
e o fluxo apresenta um padrão de alta resistência, com
presença de pequeno fluxo diastólico.7.R
Nos casos de lesão intracraniana, o fluxo na artéria
distal à estenose.4.5
. Oclusão - ausência de fluxo no interior do vaso pelo
Doppler colorido e pulsado.
vertebral também pode ser de alta resistência, diferindo
da hipoplasia pela ausência total de fluxo diastólico nes-
ses casos (Fig.4.4).
Semelhante à orientação para o estudo das caróti-
das, a associação da avaliação anatômica pela imagem e
Dissecção
a funcional pelo Doppler colorido e o pulsado são essen-
ciais para a graduação da estenose da artéria vertebral A dissecção da artéria vertebral é uma das causas de AVe
(Figs. 4.2, 4.3). isquêmico, acometendo preferencialmente o paciente
-"- . -- --
-' "
-~."-""
Avaliação das
Fig. 4.2 Estenose da artéria vertebral. (A) Artéria vertebral tortuosa com placa calcificada na origem. (8) Análise espectral pelo Doppler pulsado
com aumento de velocidade sistodiastólica (PVSNDF: 186/48 cm/s). Associado à análise anatômica, sugere estenose > 50%. (C) Artéria ver-
tebral no segmento cervical médio. Observar o processo ateromatoso (setas) importante pela análise anatômica e mapeamento colorido. (D)
Velocidades sistodiastólicas aumentadas (PVSNDF: 237/87 cm/s, juntamente com a imagem (C), configura uma estenose > 70%.
Fig.4.3 Suboclusão da artéria vertebral. (A) Mapeamento colorido e avaliação anatômica compatível com suboclusão na origem da artéria
vertebral. (8) Análise espectral: Medidas de velocidades PVSNDF 203/47,6 cm/s. Notar a importância da imagem e do mapeamento colorido
para graduar a estenose.
. ..
Fig. 4.4 Hipoplasia da artéria vertebral. (A) Medida do diâmetro da artéria vertebral tendo como base as paredes anterior e posterior. Valor
médio normal: 3,5 mm. (8) Hipoplasia: diâmetro < 2 mm (unilateral). (q Fluxo normal na artéria hipoplásica. Fluxo de alta resistência com
persistência do fluxo diastólico.
jovem. Em geral se relacibna com algum tipo de trauma- Lesões estenosantes de origem ateroscleróticas ou
tismo, mas pode ocorrer espontaneamente, -associada a por compressão extrínseca, no segmento da artéria sub-
alguma doença vascular sistêmica.9.1O clávia, antes da emergência da artéria vertebral, podem
Os métodos não-invasivos de diagnóstico por ima- causar alteração leve ou inverter totalmente o fluxo na
gem vêm progressivaIn~nte substituindo a arteriografia artéria vertebral, com o objetivo de manter a circulação
no diagnóstico da dissecção das artérias cervicais. A USV do membro superior ipsolateral.13
e a angiorressonância magnética com utilização do gado-
línio (agente paramagnético) é a combinação mais utili-
zada para o diagnóstico dessa afecção.lI Padrãode fluxo na artéria vertebralde
Os critérios12 utilizados pela USV para o diagnóstico
da dissecção da artéria vertebral são: acordocom a obstruçãosubclávia
. Delaminação da íntima (jlapping) com formação de
duplo lúmen.
(Figs.4.5 e 4.6)
. Obstrução leve da artéria subclávia: fluxo normal na
.
.. Hematoma mural.
Aumento segmentar do diâmetro do vaso. . artéria vertebral.
Obstrução moderada inferior a 70%: fluxo bidirecio-
Estenoses irregulares com redução do lúmen.
. nal.
OClusão ou estenose > 70%: inversão do fluxo verte-
bral em direção ao braço (retrógrado).
Síndromedo rouboda subclávia
Manobras realizadas durante o exame, como abrir
O fluxo na artéria vertebral depende do fluxo na artéria e fechar a mão, podem vir a intensificar as alterações do
subclávia. fluxo vertebral nas lesões moderadas.
Avali~ção das
Fig.4.5 Fluxo em sentido normal e estenose da artéria subclávia provocando fluxo bidirecional na artéria vertebral. (A) Fluxo com direção
cefálica (normal). (8) Fluxo bidirecional na artéria vertebral demonstrado pelo mapeamento colorido. Note a dupla coloração no interior do
vaso (azul e vermelho). (C) Padrão de onda com fluxo anterógrado e retrógrado pelo Doppler pulsado (setas). (D) Artéria subclávia com lesão
estenosante inferior a 70%, pelo colar Doppler.
Fig.4.7 Desobstrução da artéria subclávia pós-tratamento trombolítico com normalização do fluxo vertebral. (A) Artéria subclávia ocluída
no segmento proximal com reenchimento dista! por colateralização pela artéria vertebral ipsolateral. (8) Fluxo invertido na artéria vertebral
reenchendo a artéria subclávia distal. (e) Forma de onda invertida demonstrada pelo Doppler pulsado. (O) Desobstrução da artéria subclávia
após tratamento trombolítico. (E) Normalização do fluxo nas artérias vertebral (direção cefálica) e subclávia.
~
--.J
I
I,
AvaHaç~o das Artérias Vertebrais
=-
.
Fig. 4.8 limitações da USV no estudo das artérias vertebrais. (A) Acotovelamento (kinking) da origem. (8) Tortuosidade no segmento médio.
(C) Calcificação parietal e pescoço hostil.
CAPÍTULO 5
DoençaArterialObstrutivanosMembros
Superiorese Síndromedo
DesfiladeiroCervicotoracoaxilar
55
~"~---"",, ",""~,~"~-,,c,,,.~r",,>,c.,7.7C c ""
Fig. 5.2 Fotografias mostrando a posição do transdutor para o corte transversal (A) ou longitudinal (8) da artéria radial direita.
~
Quadro 5.3
Critérios diagnósticos
Normal
Parede das artérias sem irregularidades, fluxo em cores preenchendo/toda a luz. da artéfi,íae eventualmente com as cores de
tons mais escuros (velocidades baixas), na periferia, e as de tons mais claros (velocida~es Um pouco mais altas), no centro da
artéria, indicando a presença de fluxo laminar, e cUrva espectral Doppler trifásica ouever;rtualmente bifásica (Figs. 5.4,
5.5 e 5.6)
Nas artérias subclávia, axilar e braquial, as velocidades médias dos picos sistóLicos (VPS) são de 105, 80 e 57 em/59,
respectivamente.
Estenoses
Avaliação direta - comparar o VPS medido antes da estenose com o VPS no 10caLou i.mediatamente após a estenose - índice de
velocidade (lR)2
Normal-IR = 1
Avaliação indireta
Curva espectral Doppler obtida a jusante da estenose: se formonofásica e de baixa velocidade (tardas parvas), indica repercussão
hemodinâmica.ou estenose significativa.
Oc!usões
AvaLiação direta - falta def.luxo verificável no modo cor, power Doppler, pela ausência da curva espectral e presença de
circUlação colateral, no nível da parada do fluxo (Fig. 5.8)
AvaLiação indireta - curva espectrál.j;nonofásica e de baixa velocidade a jusante da oclusão (Fig. 5.9A, f;I)
Fig. 5.6 Ultra-sonografia da artéria radial direita em indivíduo nor- Fig. 5.8 Mostra oclusão da arterial braquial direita e ramo colateral.
mal. Notam-se aspecto normal da parede da artéria, VPS dentro dos A curva espectral a montante da oclusão é bifásica, alargada e com
limites de normalidade e curva espectral bifásica. VPS rebaixada (36 cm/s).
Fig. 5.7 (A) Nota-se na artéria braquial direita curva espectral Fig. 5.9 (A) Artéria radial direita pós-oclusão da braquial. Nota-se
alargada, borrada e com VPS de 514 cm/s (estenose > 50%). (8) reenchimento da radial com VPS bem rebaixada (10 cm/s) e curva
USV da artéria subclávia esquerda que mostra curva espectral espectral monofásica. (8) Artéria axilar esquerda em paciente com
bifásica, alargada, borrada e com VPS de 486 cm/s (estenose estenose grave da subclávia. Fluxo com curva monofásica e diminui-
>50%). ção da VPS (45 cm/s).
Fig.5.10 (A) USV da artéria ulnar direita (AUD) no nível do punho em paciente com síndrome do martelo hipotenar (SMH). A VPS está rebai-
xada e a curva espectral é bifásica. (8) No mesmo paciente, no nível da região hipotenar, nota-se pseudo-aneurisma -trombosado.
. SINDROME
,
DO DESFILADEIRO
CERVICOTORACOAXI LAR
Técnicas
Na pesquisa da síndrome do desfiladeiro, o paciente deve
estar na posição sentada, pois a mesma permite a realiza-
Fig.5.11 Artefato produzido pela clavícula ao se examinar a artéria ção das manobras de Adson, costoclavicular e de hipe-
subclávia. Nota-se artéria subclávia dupl icada. rabdução (Figs. 5.12, 5.13 e 5.14).
','if;',g;,~;;;;;ii!!1~;~~tf!;r:i:~i.
,.rf,("1;~ii~!'~~~'-""'»-""'>"~"il!i~~~.1\f~
,~~t\1lf~,.~~1;;!:'1'~~?1'f;;ii:~~;Ii;~h
,' ."
Objetivos
Durante as manobras, deve-se avaliar se há compressão nas
artérias subclávia ou axilar e verificar o fluxo em cores e a
curva espectral Doppler nas artérias distais ao local de even-
tual compressão provocada pelas manobras realizadas (Fig.
5.15A, B), com o intuito de demon~trar alterações da curva
espectral ou ausência de fluxo durante as manobras.
Fig. 5015 (A) Artéria axilar direita mostrando-se à USV com caracte-
rísticas de normalidade do fluxo colorido e da curva espectral (VPS
73 cm/s) com o paciente em posição de repouso. (8) No mesmo pa-
ciente durante a realização da manobra de Adson, nota-se alteração
do fluxo e da curvaespectral(diminuiçãoda VPS = 47 cm/s).'
Quadro 5.5
Critérios diagnósticos
CAPiTULO 6
AnálisedasFístulas
Arteriovenosas
para Hemodiálise
Charles Esteves Pereira
coar por um leito de baixa resistência (veia), provo- Fig.6.1 Representação esquemática das diferentes formas de anasto-
cando queda significativa da pressão, com aumento meses arteriovenosas.
63
Análíse das Ffstulas Arteriovenosas para Hemodiálise
. TÉCNICA DO EXAME
PRÉ-OPERATÓRIO .
Critérios para veias adequadas:4,7
. PTFE) .
Sistema arterial: avaliar todas as artérias,
clávia até a radial e a ulnar, analisando perviedade,
desde a sub-
do calibres e locais de perviedade, estenoses e oclu-
sões (Fig. 6.2).
Dicas:
calibres, ateromatose e estenoses significativas. Com
Doppler pulsado, volume de amostragem pequeno e
ângulo entre 50 e 60°, registrar curvas de fluxo que
. Não-visualização da veia cefálica no sulco deltopeitoral.
Solução: realizar o exame em completa adução.
normalmente são trifásicas. Manobra de Valsalva pode auxiliar.
Representação esquemática das veias do MSD Representação esquemática das artérias do MSD
O
Artéria radial (mm) Artéria ulnar (mm)
D D
01 O
O D
Arco palmarOk?O
A . Trombose Recente
Trombose Antiga - Recanalização
do membro superíor direito. (8) Representação
esquemática das artérias do membro superior di-
reito.
~
-
. Dificuldade em mapear veias muito superficiais.
Solução: usar gel em grande quantidade sem exer-
pesquisar áreas de estenoses.
verá anastomoses
Em caso de enxerto,
arterial e venosa. Com o Doppler
ha-
cer pressão do transdutor sobre as veias. pulsado, registrar as curvas nos segmentos pré-estenó-
Suaves "tapinhas" podem favorecer dilatação de- tico e estenótico. Basear-se em critérios de velocida-
las. de e imagem modo B para estimar graus de estenose
. Variação anatômica nas artérias e veias, mesmo com- (Figs. 6.3 e 6.4).0 volume de fluxo pode ser medido
parando os membros do mesmo paciente. no segmento compreendido entre os locais de punção
- Solução: conhecer
.
detalhadamente a anatomia
normal e as variações nos membros superiores, . de entrada e retorno.
Avaliar sistema venoso profundo: concentrar exame
. TÉCNICADO
, ,
EXAME
POS-OPERA TORIO
As velocidades são medidascQID volume mínimo de
amostragem e ângulo entre 50 e 60°. Índices de velo-
cidade são obtidos dividindo-se o maior pico sistólico
obtido .na estenose pelo pico sistólico obtido em seg-
. altos).
Paciente sentado ou deitado. A sala pode estar refrige-
. índice de velocidade> 3.
Estenose na artéria doadora (injlow) e na veia eferente
(outflow): índice de velocidade> 2.
Laudo final:
Critérios de estenose
(Fig. 6.5).
significativa:lO,Il,12,13*
. Recomenda-se anexar desenho esquemático incluin-
do calibres e locais de perviedade, estenoses e oclu-
..
sões (Fig. 6.6).
Estenoses > 50% são consideradassignificativas.9
Análise da redução de diâmetros ao modo B. Armadilhas e dicas:
,
67
Nome: Data:
Fistulas anteriores:
Procedimentos realizados:
Outras patologias:
Tabagismo: Etilismo:
Medicações:
11 ",
r - '--~~\
17.~, 0
"\(
/)1 / \
.
-
Veia axilar (mm):
( \,/'
Estenose veia axilar (%)
) r I f
'" i f \
I
Velocidade (cm/s):
l
' ,I'
Fig. 6.6 Desenho básico para representar as fístulas arteriovenosas e alterações encontradas.
modo Be índice de velocidade> 3, observar que Dica: se a velocidade de fluxo na colateral for
na estenose significativa há redução importante da maior do que o dobro da veia eferente ou se du-
velocidade em segmento 5-10 cm acima da anasto- rante compressão da colateral o fluxo na veia efe-
mose. rente dobrar, considerar roubo.13
. Veia difusamente fina.
- Dica: pesquisar
A hiperplasia
estenose
em que a veia não "amadurece"
médio-intimal
na via arterial.
pode
e se mantém
~.
!"'!II!!!!I!!! -- ~> '"'~" "'hm*,~",',--,-,-,,,
i
r
"
CAPÍTULO 7
Avaliaçãodo Segmento Aortoilíaco
Robert P. Scissons
."
71
",
I
Aproximadamente55% dos pacientes com claudica- Critériosdiagnósticos
da triagemaortoilíaca
ção intermitente se mantêm estáveis ou melhoram; 25%
requerem cirurgia ou intervenção endovascular. Os 20% O ITB normal em repouso é de 1,00 ou mais. Valores de
restantes pioram e, dentre estes, um pequeno subgrupo ITB entre 1,00 e 0,50 são compatíveis com claudicação;
(4%) acaba necessitando de amputação. A evolução da um ITB abaixo de 0,50 sugere isquemia severa do mem-
bro inferior. Um ITB de 1,40 ou mais indica calcificação
doença para insuficiência hemodinâmica crítica ocorre
em aproximadamente 24% dos pacientes com DAOP da parede arterial e não-compressibilidade da artéria (ar-
após cinco anos. A intervenção cirúrgica ou endovascular téria tibial posterior ou pediosa).
precoce deve ser considerada em pacientes com isque- Quanto à caracterização da forma de onda as de tipo
mia crítica nos membros. trifásica ou bifásica são consideradas normais; uma for-
. PROTOCOLO
,
AORTOlllACA
DE TRIAGEM
ma de onda, monofásica sugere estenose hemodinamica-
mente significativa ou oclusão com localização proximal
ao local de insonação da sonda do Doppler.
Categorias de insuficiência hemodinâmica
midade inferior definidas através do ITB:
da extre-
. falta de ar.
Teste da ponta dos pés: O paciente deve ficar em pé,
ereto, com os dois pés no chão. Elevar os calcanha-
AORTOILíACO
O ultra-som vascular é o teste definitivo na avaliação não-
res e se equilibrar sobre os dedos dos pés e retornar invasiva da doença aortoilíaca. Identificar a localização da
calmamente à posição original- aproximadamente 2 estenose ou oclusão e quantificar a severidade da estenose
segundos para completar um ciclo. Esse teste deve ser são os objetivos primários do protocolo de ultra-som vascu-
lar aortoilíaco. .
realizado por, no máximo, 5 minutos.
. Obtenção de imagens de modo B e de fluxo em cores no local da estenose e a VPS obtida no segmento arterial
da aorta nativa (supra-renal e infra-renal) e das artérias normal que precede a estenose. Se, por um lado, há um
ilíacas comum, externa e interna, nos segmentos pro- consenso generalizado para a forma de onda e as caracte-
ximal, médio e distal, bilateralmente. Aspectos anatô- rísticas de velocidade que definem as artérias aortoilíacas
micos particularmente importantes incluem o ponto normais, por outro, os parâmetros de velocidade usados
-l' de inserção da aorta abdominal distal nas artérias ilía- para identificar doença aortoilíaca hemodinamicamente
cas comuns; da artéria ilíaca comum na bifurcação da significativa (> 50% de redução no diâmetro) variam e
artéria ilíaca interna/ externa; e da artéria ilíaca exter- são dependentes do instrumento utilizado e da popula-
na na bifurcação da artéria femoral comum/femoral ção estudada. Portanto, os critérios Estados a seguir de-
. profunda/femoral superficial.
Imagens transversais e longitudinais são usadas para
localizar estenoses ou oclusões e para quantificar a se-
vem ser usados como orientações até que sejam validados
via ressonância magnética ou angiografia.
. veridade da estenose.
Deve-se documentar qualquer trombo, dissecção, flap
intimal, pseudo-aneurisma ou defeito na parede das
ca proximalmente à artéria renal.
Formas de onda distalmente à artéria renal: tri ou bifá-
sicas nas artérias aorta, ilíacis e,femoral comum.
. artérias.
Estenoses ou oclusões devem ser quantificadas usando
o Doppler pulsátil com um ângulo de insonação ~ 60
. Anormal: A VPS da artéria nativa normal (pré-esteno-
se) é comparada com a VPS do local da estenose e cal-
culadq, uma razão (índice). VPS na estenose dividida pela
graus e alinhamento do cursor paralelo às paredes da
VPS pré-estenose
. artéria. ~
de qualquer
do diâmetro
dissecção
da insuficiência
Avaliação do Segmento Aortoilíaco
de qualquer aneu-
ou pseudo-aneuris-
hemo dinâmica no
.
.
.
Extensão da placa aterosclerótica
ITB bilateral.
Categorização da insuficiência
membro inferior, bilateralmente.
na anastomose pro-
ximal e distal de pacientes que estão sendo considera-
dos para cirurgia de enxerto de derivação (bypass).
hemodinâmica no
.
membro inferior, bilateralmente.
PROTOCOLO DE ULTRA-SOM
. PROTOCOLO DE ULTRA-SOM
VASCULAR PÓS-INTERVENÇÃO
V ASCULAR PRÉ-INTERVENÇÃO Não existem, atualmente, procedimentos-padrão reco-
Além do protocolo básico de ultra-som vascular aortoilí- mendados para pacientes submetidos a angioplastia ou
aco, a avaliação do sistema ilíaco realizada antes da inter- implantação de stents. O protocolo de seguimento mais
venção inclui: comum ente utilizado reflete a agenda de vigilância usa-
. ou oclusão.
Diâmetro da parede arterial em áreas de estenose he-
tica ou angiografia.
Um ITB normal pós-intervenção é de 1,00 ou mais. A .,.
. nsma.
Localização de qualquer dissecção ou pseudo-aneurisma.
mentação da melhora hemo dinâmica na extremidade sub-
metida a cirurgia, angioplastia ou tratamento com stent.
u
~ Informações
necessáriasno relatório terial e da parede arterial é o objetivo primário do exame
de AAA.
médico:examede ultra-somvascular
pós-intervenção . Imagens transversais e longitudinais da aorta, em
modo B e com fluxo em cores, a partir do nível do
)
. Caracterização da forma de onda da aorta e das arté- tronco celíaco e passando pela bifurcação aórtica e pe-
.
rias ilíaca e femoral comum, bilateralmente.
Índice de VPS e localização de qualquer estenose he-
modinamicamente significativa ou oclusão em relação
. las artérias ilíacas comuns.
Medidas transversais e ântero-posteriores do diâmetro
da aorta são realizadas: 1) próximo à origem da artéria
à intervenção realizada. mesentérica superior; 2) distalmente à origem das ar-
. Localização e extensão de qualquer hiperplasia inti- térias renais; 3) proximalmente no nível da bifurcação
aórtica e das artérias ilíacas comuns.
.
mal, trombose, dissecção, pseudo-aneurisma
to na parede arterial.
ITB bilateral.
ou defei-
. Deve-se descrever a tortuosidade e alongamento da ar-
. ANEURISMA DA AORTA
ABDOMINAL
mendável descrever se o aneUiisma é sacular ou fusi-
forme com relação à sua aparência e, com relação
localização anatõmica, se está à direita ou à esquerda
da linha média do corpo, incluindo uma imagem lon-
à
i'IJ
. Medida transversal máxima do diâmetro da aorta ab- . viscerais com Doppler pulsátil e Doppler colorido.
Deve-se registrar as medidas máximas transversais e
Critériosdiagnósticos
de enxerto-stent
Informaçõesnecessárias
no relatório endovascular
médico:examede seguimentodo AAA
.. Medida transversal máxima do diâmetro do AAA.
. A análise do saco aneurismático por Doppler pulsátil
e Doppler colorido, entre o enxerto endovascular e
Deve-se comparar o diâmetro previamente registrado os pontos de fixação proximalj distal, bem como em
com a medida atual obtida. toda a extensão da endoprótese.
'!1<
!li
~
iII'
-
dular.
Endoleak tipo 4: Vazamento de fluxo sangüíneo
. Cirurgia abdominal recente ou ferimentos abertos.
Drenos, cateteres de diálise peritonial no abdômen.
Os gases intestinais são o principal obstáculo no exa-
através do tecido do enxerto endovascular resul-
me ultra-som vascular. Considerando que o jejum é reco-
. pérvias.
Deve-se listar a medida
tro do saco aneurismático
máxima transversal do diâme-
e a adequação dos pontos
do que 50% do diâmetro do membro sob avaliação. Para
medições de pressão acuradas, a caneleira deve ser 20%
mais larga do que o diâmetro do membro. A calcificação
de fixação proximal e distal para que se possa usar es- da parede da artéria tibial (artérias tibiais não-compres-
sas informações como referência em exames futuros síveis) dá origem a medições de pressão falsamente ele-
vadas.
. de seguimento.
ITB e categorização
na extremidade
.
da insuficiência
inferior, bilateralmente.
hemodinâmica A pressão do dedo do pé (polegar) e o índice dedo do
pé-braço são medições recomendadas nesses pacientes.
1
s
'-
~
Fig. 7.1 Aneurisma da aorta com trombos. Fig. 7.4 Aneurisma da artéria ilíaca.
Fig. 7.3 Angiografia: estenose em aorta. Fig. 7.6 Bifurcação da ilíaca comum.
Avaliação do
I
~
Fig. 7.7 Endoprótese em aorta abdominal. Fig. 7.10 Estenose de ilíaca com turbilhonamento.
.~
Fig. 7.8 Estenose na artéria ilíaca VPS ~ 513. Fig. 7.11 Fluxo da artéria ilíaca pré-estenose.
I
I
i
i
I
........ ..
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... li!
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li!
CAPÍTULO 8
EstudodasArtériasMesentéricas
. INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia vascular (USV) dos vasos mesentéricos
histórico de aterosclerose. Cerca de 75% desses pacientes
têm hist&rico de tabagismo e há uma predominância
ocorrência em mulheres na proporção de 3: 1.
de
é realizada para verificar a presença ou ausência, a loca- A causa mais comum de isquemia intestinal crônicà é
lização, a extensão e a gravidade de estenose, aneurisma a aterosclerose da aorta e das artérias viscerais proximais,
ou outra doença das artérias mesentéricas. Ela inclui a que causa um comprometimento vascular progressivo de-
avaliação da artéria mesentérica superior (AMS), da arté- vido à estenose ou oclusão da origem da AC e da AMS.
ria celíaca (AC) e da artéria mesentérica inferior (AMI). Essa é a base da isquemia mesentérica crônica em 95%
Dentre essas artérias, a AMS e a AC são as mais impor- dos casos.! Entre as causas menos comuns de isquemia
tantes. Muitas vezes, é difícil examinar a AMI, e casos de crônica estão: displasia fibromuscular, doença de Buer-
não-visualização dessa artéria são comuns. ger, poliarterite nodosa, doença de Takayasu, síndrome
. INDICAÇÕES
, PARA, USV DAS
ARTERIAS MESENTERICAS
de Cogan, doença de Behçet, dissecção da artéria mesen-
térica, aneurisma da aorta e estados de hipercoagulação.2
Na maioria dos casos, a isquemia mesentérica
sintomática requer um alto grau de estenose ou oclusão
tanto da AC como da AMS. No entanto, há casos em que
crônica
As indicações para a realização da USV das artérias me- o envolvimento exclusivo da AMS é suficiente para pro-
sentéricas incluem: ruídos abdominais, suspeita de aneu- duzir os sintomas. A estenose ou oclusão isolada da AC
risma dos vasos viscerais, suspeita de síndrome de com- como origem de sintomas isquêmicos intestinais é uma
pressão da AC e suspeita de insuficiência vascular dos questão controversa e será discutida a seguir.
intestinos. O exame das artérias mesentéricas é extrema- A apresentação clássica da isquemia intestinal crô-
,J
mente útil como adjuvante no diagnóstico de isquemia nica consiste em dor epigástrica ou periumbilical pós-
intestinal crônica. A USV mesentérica pode ser utilizada prandial. Praticamente 100% dos pacientes têm dor ab-
para identificar este~oses e oclusões da AC e da AMS, dominal. A dor se inicia aproximadamente 30 min após a
refeição e dura cerca de 1-2 h. Outros sintomas incluem
mas não faz, por si só, o diagnóstico de isquemia intesti-
diarréia, náusea e vômitos. O paciente pode identificar a
nal crônica. O diagnóstico de isquemia mesentérica crô-
relação entre o ato de comer e a dor abdominal, o que
nica é clínico, baseado em sintomas específicos combina-
resulta em medo de comer e perda de peso, a última pre-
dos com evidências objetivas de estenose significativa de
artéria mesentérica. sente em mais de 90% dos pacientes diagnosticados com
isquemia intestinal. Mais de 70% dos pacientes apresen-
tam doença aterosclerótica sistêmica, evidenciada por
. ISQUEMIA INTESTINAL CRÔNICA ruídos e pulsações carotídeas,
claudicação,
femorais e abdominais,
pulsos periféricos diminuídos, baixo índi-
A isquemia intestinal crônica é um distúrbio raro, res- ce de pressão sistólica tornozelo-braço, doença arterial
ponsável por menos de 1 a cada 100.000 internações hos- coronariana e alterações neurológicas consistentes com
pitalares nos EUA e por menos de 2% das hospitalizações acidente vascular cerebral prévio.3
por condições gastrointestinais. Os pacientes com isque- Estabelecer o diagnóstico precoce de isquemia me-
mia mesentérica crônica normalmente são idosos e têm sentérica crônica é um tanto difícil em função dos sinto-
83
, ~
.
AMS.
Desde a elaboração do relatório inicial, em 1985, a
USV mesentérica tem sido minuciosamente investigada. FORMAS DE ONDA DA ARTÉRIA
As investigações centraram-se, num primeiro momento, MESENTÉRICA OBTIDAS POR
em propiciar a viabilidade do exame, e depois, em esta-
belecer valores normais para a VPS e a VDF em repouso
DOPPLER EM jEJUM
na AC e na AMS. Os aumentos normais pós-prandiais da As formas de onda da AMS e da AC obtidas em jejum são
VPS e da VDF também foram investigados. A USV me- diferentes. Em geral, as VPS obtidas em jejum na AMS
sentérica tem sido utilizada em estudos fisiológicos sobre tendem a ser maiores do que as VPS obtidas na AC. As
a circulação intestinal e também como ferramenta de VDF tendem a ser menores na AMS do que na Ac. Com
pesquisa no estudo da resposta da hiperemia intestinal alguma freqüência, há um componente de fluxo reverso
pós-prandial. presente no final da sístole na AMS, mas não na AC (Fig.
..
..
I
.. ~~I!I!I
alto grau (>70%). A USV identificou 20 das 24 lesões,
com um índice positivo verdadeiro de 83%. Houve 3 re-
Fig. 8.1 Formas de onda da artéria mesentérica superior (A) e da sultados negativos falsos (13%). Esses resultados geraram
artéria celíaca (8). As velocidades de pico sistólico (VPS)tendem a sensibilidade de 87%, especificidade de 80% e valor pre-
ser maiores na artéria mesentérica superior do que na artéria celíaca, ditivo positivo de 63% e preditivo negativo de 94% para
e as velocidades diastólicas finais (VDF) tendem a ser maiores na
uma VPS :::::200cm/ s, representando estenoses angiográ-
artéria celíaca do que na artéria mesentérica superior. Muitas vezes,
há um componente de fluxo reverso (FR)no final da sístole na forma ficas >70% na Ac. A acurácia geral foi de 82%.14 Com
de onda da artéria mesentérica superior. A VDF mais baixa e o com- relação à AMS, foram observadas 14 estenoses angiográ-
ponente de FRno final da sístole refletem um fluxo mais resistente na ficas de alto grau, sendo que 12 delas foram identificadas
artéria mesentérica superior em jejum. pela USV, resultando em um índice positivo verdadeiro
. 600
550
....
..
VELOCIDADES AMS
Mesentéricas
. < 70%Estenose
]
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50 1 =
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VPS VDF
Fig. 8.2 Distribuição da velocidade de pico sistólico e da velocidade' diastólica final em artérias mesentéricas superiores com estenose an-
giográfica < 70% (círculos) versus estenose angiográfica > 70% (triângulos).
I 600
- 0- ....
VELOCIDADES TC
.
70% - 99% Estenose
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VPS VDF
-
Fig. 8.3 Distribuição da velocidade de pico sistólico e da velocidade diastólica final em artérias celíacas com estenose angiográfica < 70%
(círculos) versus estenose angiográfica > 70% (triângulos).
L
{
de 86%. Houve um resultado negativo falsos (7%). Esses em 100% das AMS e em 98% das AG Para a AMS, uma
achados geraram sensibilidade de 92%, especificidade VDF de 45 cml s ou mais foi o achado com maior sensibi-
de 96%, valor preditivo positivo de 80% e valor preditivo lidade (90%) e especificidade (91 %) para a detecção de
negativo de 99%. A acurácia geral para a detecção de es- estenose >50%. O valor preditivo positivo foi de 90%, o
tenose angiográfica :2:70% na AMS foi de 96%.14 valor preditivo negativo foi de 91 % e a acurácia geral foi
Há também outros critérios dúplex para a detecção de 91 %. Com relação à AC, o fluxo retrógrado da arté-
de estenose na AC e na AMS. A Divisão de Cirurgia Vas- ria hepática comum foi preditivo de estenose ou oclusão
cular do Dartmouth Hitchcock Medical Center conduziu grave da AC em 100% dos casos. Uma VDF :2:55cmls ou
um estudo para validar a acurácia de critérios previamen- ausência de sinal de fluxo na artéria foram os achados
te estabelecidos por eles para detectar estenose de 50% com maior acurácia geral (95%), com alta sensibilidade
ou mais na AMS e na AC por ultra-som dúplex, em com- (93%) e especificidade (100%). Uma VPS de 200 cmls
paração com a arteriografia. Os critérios dúplex estabe- ou ausência de sinal de fluxo também tiveram excelen-
lecidos retrospectivamente no laboratório da instituição, tes acurácia (93%), sensibilidade (93%) e especificidade
em 1991, identificaram uma VDF :2:45cmls ou ausência (94%). O grupo de Dartmouth também observou que as
de sinal de fluxo na AMS como achados de alta sensibi- variantes anatõmicas da artéria mesentérica podiam ser
lidade (100%) e especificidade (92%) para estenose ou identificadas pela USv. Três de' 4.,anomalias anatõmicas
oclusão angiográfica :2:50% na AMS. Para a AC, não foi foram identificadas corretamente. Essas anomalias inclu-
possível identificar limiares de velocidade com acurácia íam uma artéria hepática direita e uma artéria hepática
similar, mas observou-se que o fluxo retrógrado da arté- comum com origem na AMS, além de um tronco celíaco-
ria hepática comum era altamente preditivo de estenose mesentérico comum.16
ou oclusão grave da AG15
Para validar a acurácia de critérios previamente
tabelecidos para a detecçào de estenose :2:50% na AMS
ou na AC via ultra-som dúplex, o grupo de Dartmouth
realizou 243 ultra-sonografias dúplex mesentéricas
es-
em
. USV MESENTÉRICA PÓS-PRAN DIAL
As respostas fisiológicas do fluxo sanguíneo da AMS e da
AC a uma refeição são diferentes. Normalmente, há au-
pacientes com suspeita de isquemia mesentérica crõnica.
Havia confirmação angiográfica disponível para 46 pa- mentos acentuados na VPS e na VDF na AMS após um
cientes. O diâmetro da AMS e da AC foi medido em aor- desafio alimentar. Esses aumentos são acompanhados
togramas laterais por observadores cegos para os resulta- por perda do fluxo sistólico reverso final, freqüentemen-
dos da USV, e os critérios diagnósticos dúplex originais te presente na forma de onda obtida em jejum (Fig. 8.4).
foram testados com relação à sua acurácia. A análise da A resposta hiperêmica começa por volta de 10 min após
curva ROC (recebedor operador de características) tam- o desafio alimentar e atinge o pico aproximadamente 30
bém foi realizada para identificar os limiares de velocida- min após a ingestão. A hiperemia reflete uma resistência
de com maior acurácia dentre os novos dados obtidos. A arterial diminuída na circulação da AMS em resposta à
validação confirmbu que o critério dúplex de velocidade alimentação. O mecanismo exato da hiperemia intestinal
tem acurácia na identificação da doença oclusiva mesen- pós-prandial ainda é desconhecido, mas provavelmente
térica. se trata de uma resposta neuroendócrina complexa.
A USV foi tecnicamente adequada em 98% das AMS Diferentemente da AMS, a AC demonstra poucas al-
e em 96% das AC, e os arteriogramas foram adequados terações em resposta a um desafio alimentar. Esse fato
Fig.8.4 Formasde onda da artéria mesentérica superior em jejum (A)e pós-prandiais (B).Após a ingestão, tanto a velocidade de pico sistólico
quanto a velocidade diastólica final aumentam, e há perda do componente de fluxo reverso no final da sístole.
w li!
m
não surpreende, já que as necessidades metabólicas do gráfica <30%). Dos pacientes com aterosclerose, 10 apre-
fígado e do baço são fixas e provavelmente não são in- sentavam estenose de 30-70% e 9 apresentavam estenose
fluenciadas pelo estado pós-prandial. angiográfica de 70-99% na AMS. A ulta-sonografia dúplex
A hiperemia intestinal pós-prandial é influenciada mesentérica de jejum foi definida como positiva para este-
pelo nutriente específico ingerido, ou seja, é ativada por noses de 70-99% quando a VPS era de 275 cm/ s ou mais.
ingestão calórica. Um desafio osmótico ou composto A capacidade da USV mesentérica - em jejum, pós-pran-
apenas por água não resulta em hiperemia intestinal. Em dial e ambas combinadas - de prever estenose de alto grau
geral, uma combinação de nutrientes, com calorias con- (70-99%) na AMS foi verificada por meio de controle an-
troladas, resulta no mais alto grau de hiperemia intestinal giográfico. O estudo mostrou que a VPS média em jejum
(Fig. 8.5) 7. na AMS não foi diferente entre controles, pacientes com
Tem-se sugerido que a USV pós-prandial, realizada estenose de 0-30% e 30-70% daAMS (Fig. 8.6)12.
como rotina, pode ajudar a estratificar pacientes com es- As VPS pós-prandiais daAMS aumentaram significativa-
tenose < ou >70% na AMS. Além disso, tem-se postula- mente em todos os grupos, mas não foram diferentes entre
do que a USV mesentérica pós-prandial pode estratificar controles e pacientes com estenose de 0-30% e 30-70%. A
os diferentes graus de estenose e melhorar a habilidade VPS média emjejum foi significativamente mais alta e o au-
de um exame realizado em jejum detectar estenose de mento da VPS pós-prandial mais baixo nos pacientes com
alto grau. Essa questão foi estudada na Oregon Health estenose de 70-99% na MAS, quando comparados com os
& Sciences University. Ultra-sonografias dúplex de jejum controles e pacientes com estenose de 0-30% e 30-70%
e pós-prandiais foram realizadas em 25 controles saudá- (Fig. 8.6). A USV mesentérica conseguiu prever esteno-
veis e em 80 pacientes com doença vascular submetidos se de 70-99% na AMS com 89% de sensibilidade, 97% de
a aortografia. Os pesquisadores procuraram verificar se especificidade, valor preditivo positivo de 80%, valor pre-
a ultra-sonografia mesentérica pós-prandial fornecia in- ditivo negativo de 99% e acurácia de 96%. Os valorés cor-
formações além daquelas obtidas no exame realizado em respondentes para a ultra-sonografia pós-prandial foram
Jejum. 67%,94%, 60%,96% e 91 %. Os valores da combinação da
Pacientes com doença vascular foram divididos em ultra-sonografia sem preparo, em jejum e pós-prandial fo-
3 grupos, com base nos resultados da aortografia lateral. ram de 67%,100%, 100%,96% e 96%, respectivamenteY
Observou-se que 61 pacientes não apresentavam evidên-
cia de aterosclerose significativa da AMS (estenose angio- VPS na AMS em jejum (cores claras) e
pós-prandial em pacientes dos grupos de
Alimentos para teste controle.e com estenoses (percentagens)
Tipo Volume (ml) Calorias (kcal) Osmolaridade (mos/I) 400
Mista 300 355 550 350
Carboidratos 300 350 550
Gordura 300 347 <100 300
Proteína 300 350 ~100
Manitol 300 O
250
550
Água 300 O O 200
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Carboidratos
Proteína
Gordura
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320
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30-70% (n=10)
"-
~ 160
Q)
I11III70-99% (n=9)
MESENTÉRICA
na artéria mesentérica. É provável que o fluxo nos enxer-
A USV também pode ser utilizada no diagnóstico da cha- tos bypassdependa do calibre do enxerto, do número de
mada síndrome da compressão da AC. Trata-se de um vasos visc.erais revascularizadc.>s~ da extensão da colatera-
diagnóstico raro e controverso. A síndrome da compres- lização presente na circulação visceral. Temos recupera-
são da AC ocorre quando o ligamento arqueado mediano do vários enxertos bypass de artérias mesentéricas que de-
do diafragma causa compressão extrínseca reversível do senvolveram estenose e foram identificados por USv. Um
tronco celíaco. O ligamento arqueado mediano consiste aumento de 2 vezes na velocidade do fluxo com relação
em um arco fibroso que une o diafragma a um dos lados ao valor do segmento imediatamente anterior ao enxerto
do hiato aórtico. O ligamento normalmente passa por foi utilizado como critério de detecção de estenose. Mais
cima da ~igem do eixo celíaco. No entanto, em algumas estudos são necessários para avaliar velocidades de fluxo
Inspiração Expiração
350
200
250
em
150 s
em
s 150
100
50 50
o O
Fig. 8.7 Variação respiratória na velocidade de pico sistólico da artéria celíaca em um paciente com compressão reversível da artéria celíaca,
dependente de respiração, pelo ligamento arqueado mediano. Observa-se compressão da artéria celíaca à expiração e, conseqüentemente,
um aumento na velocidade do pico sistólico.
. Estudo das Artérias Mesentéricas
i. -
Fig. 8.8 Angiograma por tomografia computadorizada (A)e imagem dúplex em cores (8) de um enxerto bypass conectando a artéria ilíaca à
artéria mesentérica superior.
em enxertos mesentéricos bypasse em artérias mesenté- utilizada para identificar compressão da AC reversível e
ricas tratadas por angioplastia e implantação de stents. associada ao ligamento arqueado mediano. Ela também
Além disso, novos estudos devem ser desenvolvidos para pode ser usada no seguimento de enxertos mesentéricos
verificar se as mudanças nas velocidades de fluxo mesen- bypass.
térico podem ser associadas a melhora nos sintomas de Em todos os casos, é importante lembrar que a USV
pacientes com isquemia mesentérica crônica. mesentérica só pode ser utilizada para identificar este-
nose de alto grau das artérias viscerais. A presença de
. RESUMO/REC~QMEN DAÇÕES
estenose de alto grau em artéria visceral não se corre-
laciona precisamente
mia mesentérica
com a entidade clínica da isque-
crônica. O diagnóstico de isquemia
Em resumo, ao longo dos últimos 20 anos, tem-se verifica-
mesentérica crônica permanece primariamente clínico,
do que a USV mesentérica é viável na grande maioria dos
sendo a USV mesentérica utilizada na investigação de
pacientes. Ela pode ser utilizada como adjuvante no diag- pacientes com suspeita de isquemia intestinal crônica
nóstico de dor abdominal. crônica em pacientes que apre- a fim de facilitar a antecipação da angiografia e o diag-
sentam risco de estenose da artéria mesentérica. Esses pa- nóstico precoce.
cientes devem ser submetidos precocemente a um estudo
pela USV da AMS e da AC. Se o estudo resultar positivo
para estenose de alto grau na AMS, pode-se considerar
a realização de angiografia no início da investigação de
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duplex ultrasound. J Vasc Surg 1997; 26:288-293. 11:236-238. ,'o
~
A
CAPÍTULO 9
Síndrome Compressivado
Tronco Celíaco
. INDICAÇÕES DA
ULTRA-SONOGRAFIAVASCUlAR .
seus ramos, as artérias hepática e esplênica, lembrando
a forma esquemática de uma gaivota (Fig. 9.2).
Estudo com mapeamento em cores do fluxo com cor-
. Crianças e adolescentes
corrente.
com dor abdominal aguda re-
tes ultra-sonográficos em planos transverso e longitu-
dinal para estudo da origem e segmento proximal do
tronco celíaco, da artéria mesentérica superior e da
93
~
.. ,
CRITERIOSDIAGNOSTICOS
Identificação da compressão
,
Fig.9.5 Obtenção das velocidades no tronco celíaco,localizando-se a amostra de volume do Doppler pulsadoflo ségmento de maior estreita-
mento arterial em repouso (A)e durante manobra de inspiração profunda (8). .i'<
Fig.9.6 Identificação da compressão no tronco celíaco por visualização direta, no corte longitudinal, da alteração hemodinâmica (mosaico de
cores) causada pela compressão extrínseca do ligamento arqueado do diafragma em repouso (A). Notar em (8) apenas discreto aumento de
velocidades durante a inspiração profunda.
Fig.9.7 Identificação da compressão extrínseca pela visualização direta do vaso, no corte transversal, identificando o estreitamento do lúmen
arterial em repouso (A)e a normalização do calibre durante a inspiração profunda(8).
Síndrome Compressiva do Tronco Celíaco
Fig. 9.8 Mapeamento em cores do fluxo no tronco celíaco com Fig. 9.10 Mapeamento em cores do fluxo no tronco celíaco da Fig.
redução do calibre do vaso, aumento focal de velocidades e turbi- 9.9, porém com normalização do calibre do vaso e das velocidades,
Ihonamento do fluxo em repouso. sem apresentar turbilhonamento do fluxo, durante a inspiração pro-
funda. Observar as velocidades sistólica (119 cm/s) e diastólica (30
cm/s) e o índice de resistência (0,74).
. LIMITAÇÕESDA
ULTRA-SONOGRAFIA VASCUlAR
NO ESTUDO
. Variações anatõmicas da vascularização visceral, como
a origem independente das artérias hepática e esplê-
nica (Fig. 9.11) e a origem única do tronco celíaco e
da artéria mesentérica superior (Fig. 9.12).
. INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS
PARA O LAUDO
. Presença
líaco.
do estreitamento anatõmico no tronco ce-
. REFERÊNCIAS
1. Willians S, Gillespie P, Little ]M. Céliac axis compression syn-
drome: Factors predicting a favourable outcome. Surgery 1985,
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. Dificuldade de obter as velocidades no tronco celíaco
due to constriction by the neurofibrous tissue of the celiac gah-
glion. Surgery 1967; 61:372-6.
com ângulo de insonação do Doppler pulsado próximo 4. Dordoni L, Tshomba Y, Giacomelli M,]annello AM, Chiesa R.
a 60° devido à variabilidade de angulação na emergên- Celiac artery compression syndrome: Successful laparoscopic
cia do tronco celíaco com relação à aorta abdominal. treatment: A case reporto Vasc Endovasc Surg 2002, 36:317-
. Limitações de posicionamento da amostra de volume
no tronco celíaco durante a respiração normal (movi-
321.
5. Kokotsakis]N, Lambidis CD, Lioulias AG, Skouteli ET, Bastou-
nis EA. Celiac artery compression syndrome. Cardiovasc Surg
men tos abdominais). 2000; 8:219-22.
. Durante a inspiração profunda, observa-se que os va- 6. Schweizer P, Berger S, Scheizer M, Schaeter], Beck O. Arcuate
sos estudados (aorta e tronco celíaco) posicionam-se ligament vascular compression syndrome in infants and chil-
dren.] Ped Surg 2005; 40:1616-1622.
mais profundamente que em repouso, sendo necessá-
7. Grant EG, Benson CB, Moneta GL et ai. Carotid artery stenosis:
rio corrigir a configuração do equipamento e obter as gray-scale and Doppler US diagnosis. Society ofRadiologists in
velocidades em um tempo máximo de apnéia suporta- Ultrasound Consensus Conference. Radiology 2003; 229:340-
. do pelo paciente.
Diagnóstico diferencial com estenose no tronco celía-
346.
8. Moneta GL et ai. Duplex ultrasound criteria for the diagno-
co causada pela progressão da aterosclerose aórtica.
Em tais casos, não se observa variação importante das
14:159.
9. Moneta GL. Lee RW, Yeager RA et aI. Mesenteric duplex scan-
.
sis of splanchnic artery stenosis or occlusion.] Vasc surg 1991,
velocidades durante a inspiração forçada e a expira- ning: A blinded prospective study.] Vasc Surg 1993,17:79-86.
. ção máxima.
Dificuldade da realização do exame em pacientes porta-
dores de arritmias cardíacas, doenças respiratórias graves,
10. Zwolak RM, Fillinger MF, Wals DB et aI. Mesenteric and ce-
liac duplex scanning: a validation study.] Vasc Surg 1998, 27:
1078-88.
11. Erden A, Yurdakul M, Cumhur T. Marked increase in flow ve-
CAPÍTULO 10
Hipertensão Renovascular
.
~
."'
INTRODUÇÃO . Hipertensos
terial.
sem história familiar de hipertensão ar-
99
.
.
ultra-sonográficos nas respectivas regiões lombares
(flancos, subcostal ou paravertebral); com ajuste da
caixa e ganho da cor,frame rate e PRF (Fig. 10.la,b).
Obtenção das freqüências sistólica e diastólica nas arté-
Hipertensão ~enovascular
...
li
Fig. 10.1 Posicionamento do transdutor (A) no corte ultra-sonográfico lombar para estudo da artéria renal na região hilar (B).
. TÉCNICA DE AVALIAÇÃO
DA ARTÉRIA RENAL PARA
DIRETA
. renais (Fig. 10.5 a, b).'"
Localização da amostra de volume do Doppler pulsa-
do na origem e do segmento proximal das artérias re-
nais ou em qualquer segmento do vaso que apresente
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO aumento focal de velocidadesou turbilhonamento do
fluxo. Deve-se localizar a amostra de volume do Dop-
Preparo: gastrointestinal de 6-8 h de jejum antes do exa- pler pulsado no segmento de maior velocidade (alia-
me; paciente em posição supina:
.
dade sistólica na aorta abdominal.
No corte ultra-sonográfico epigástrico transversal da
aorta abdominal, a origem e o segmento proximal das
. Doppler pulsado (Fig. 10.8).
Obtenção da velocidade sistólica na aorta abdominal,
em corte longitudinal, no seu segmento proximal, no
Fig.10.4 Posição do transdutor no corte epigástrico transversal (A) para estudo da origem das artérias renais (8). Notar a aorta abdominal e a
artéria mesentérica superior em corte transversal (azul) e as artérias renais em trajeto longitudinal (vermelho).
. Hipertensão Renovascular
Fig. 10.5 (A).Exemplo de corte epigástrico da aorta abdominal e origem das artérias renais direita e esquerda. (8) Imagem de toda a extensão
da artéria renal esquerda, pelo mapeamento com power Doppler, no mesmo corte epigástrico.
. 10.10 a,b).
Estudo com mapeamento em cores do fluxo nos segmen-
tos dista! e hilar das artérias renais, em cortes ultra-sono-
gráficos nas respectivas regiões lombares, com ,yuste da
Fig. 1007 Posicionamento do Doppler pulsado na origem da artéria
renal esquerda com estenose e correção do cursor paralelo ao jato
do fluxo.
. caixa e ganho da cor,frameratee PRF (Fig. 10.11 a, b, c).
A técnica de exame direta preconiza o estudo de toda a
extensão das artérias renais, realizado sempre que pos-
!!!!!!lI.
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Fig. 10.9 Mensuração da velocidade na aorta abdominal (104 cm/s)
em corte ultra-sonográfico longitudinal para efetuação do cálculo do
índice renal/aorta. Observar o posicionamento do cursor do Doppler
pulsado na altura da emergência da artéria mesentérica superior.
Critérios hemodinâmicos
Artéria normal14 (Fig. 10.16 a, b):
Velocidade sistólica: <180 cm/s
Fig. 10.12 (A) Posição do transdLJtorna região subcostal. (8) Mapea-
mento em cores do fluxo de toda a extensão da artéria renal direita Índice renal! aorta: <3,5
no corte ultra-sonográfico subcostal. . Estenose moderada «60%):14
Velocidade sistólica: >180 cm/s
Índice renal! aorta: <3,5
sível pelo corte" ult;~-sonográfico subcostal, no qual o '
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Oclusão
>3,3-3,514,15 :[]
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Velocidade na artéria renal: ausente (Fig. 10.18)
Velocidade sistólica, parênquima renal: <30 cm/ s laI ,'I, :,., N
Fig. 10.16 Exemplo de artéria renal esquerda normal. (A) Velocidade sistólica (98 cm/s) na artéria renal <180 cm/s, (8) Velocidade na aorta
abdominal (80 cm/s) do mesmo paciente em (A) configurando o índice renal/aorta (1,2) normal.
. Hipertensão ~enovasc(jlar
tares, apresentando
mapeamento
um padrão de fluxo helicoidal ao
em cores do fluxo (Fig. 10.19 a, b).
A técnica direta de identificação
velocidade
das estenoses sig-
nificativas nas artérias renais considerando o pico de
sistólica >180-200 cm/s e o índice renal!
aorta >3,5 é um método confiável, com acurácia geral
>90%, sendo o pico de velocidade sistólica o parâme-
tro com melhor acurácia na identificação dessas este-
noses.7,12,15,16
Fig. 10.19 (A) Exemplo de estenose na artéria renal direita por dis-
plasia fibromuscular. Notar a localização da dilatação no segmento Fig. 10.20 Exemplo de obtenção de velocidade na aorta abdominal
distal da artéria renal, confirmado pela arteriografia seletiva (8). na presença de aneurisma infra-renal.
[ Outros critériosdiagnósticos
de estenose
Hipertensão Renovascular
I. .I!J
.
110
CRITÉRIOSDIAGNÓSTICOS:
107
Aumento da resistência
vascularintra-renal DA ARTERIA RENAL PARA
SEGUIMENTO PÓS-TRATAMENTO
Radermacher et aloobservaram 35 pacientes com esteno-
se da artéria renal e índice de resistência (IR) intra-re- ENDQVASCULAR
nal >0,80 que foram submetidos a revascularização renal,
com 34 deles não tendo apresentado melhora da pressão
. Transdutor setorial ou curvo de baixa freqüência (24
. CRITÉRIOS, DE AVALIAÇÃO
EN DOPROTESES
DAS
Normal:
Imagens lineares hiperecogênicas paralelas na pare-
Fig. 10.21 Aumento do índice de resistência (IR = 0,80) vascular de arterial, com fluxo laminar, sem turbilhonamento ou
intra-renal. aumento focal de velocidades (Fig. 1O.22a, b)
. -~-- - - ~-- -~~-
Hipertensão Renovascular
t-
Fig. 10.22 Exemplo de endoprótese normal na artéria renal direita: (A) imagem em modo B evidenciando a ecogenicidade da endoprótese;
(B) mapeamento em cores do fluxo.
. e turbilhonamento
Doppler pulsado:
do fluxo (aliasing) (Fig. 10.23a).
velocidade sistólica >180 cm/s (Fig.
do tronco celíaco, da artéria mesentérica superior, da
veia renal esquerda e das artérias renais, com ajuste da
. 1O.23b).
Índice renaljaorta: >3,5. . profundidade e ganho de imagem.
Localização pelo mapeamento em cores do fluxo,
. TÉCNICA DE AVALIAÇÃO
DA ARTÉRIARENAL PARA
.
com ~uste da caixa e ganho da cor, frame ralee PRF da
derivação arterial, com identificação da anastomose
proximal na aorta abdominal e da anastomose dista!
na artéria renal distal (Fig. 10.24).
Localização da amostra de volume do Doppler pulsa-
SEGU IMENTO do na derivação, com ângulo de incidência do Dop-
PÓS-REVASCULARIZAÇÃO
(PONTE) ARTERIAL
. pler próximo a 60°.
Obtenção das velocidades sistólica e diastólica na de-
rivação, com ajuste do ganho e escala (PRF) do Dop-
. Transdutor setoriaí oú curvo de baixa freqüência (2,5-3 pler. Atenção especial nas áreas de anastomose proxi-
MHz),com ~uste da profundidade e ganho do modo B. mal e dista!.
Fig. 10.23 (A)Exemplo de estenose significativa na endoprótese na origem da artéria renal direita com o turbilhonamento do fluxo. (B)Notar
o aumento da velocidade sistólica > 200 em/s.
Hipertensão Renovascular
,
. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS
Fig. 10.25 Exemplo de ramificação precoce da artéria renal direita.
DERIVAÇÕES ARTERIAIS
. LIMITAÇÕES DA
ULTRA-SONOGRAFIA
VASCULAR NO ESTUDO DAS
Fig. 10.26 Exemplo de duplicidade da artéria renal direita.
ARTÉRIAS RENAIS
As limitações técnicas do USV, relatadas em até 15% dos
.
casos na literatura, podem estar relacionadas com23
As variações anatõmicas da vascularização renal, como
ramificação precoce, artéria renal acessória e artérias
. INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS
PARA O LAUDO
. Aspecto do fluxo nas artérias renais pelo mapeamento
em cores do fluxo (homogêneo, aumento focal de ve-
locidades, ausente).
..
.
Velocidades na artéria renal e na aorta abdominal pro-
ximal.
Índice renal! aorta.
Índices de resistência e pulsatilidade nas artérias intra-
paJ:enquimatosas.
Tamanho renal e eventuais alterações morfológicas
. (perda de diferenciação, corticomedular, dilatação
10.
11.
12.
"
Hipertensão Renovascular
. REFERÊNCIAS
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Curr Opin Nephrol Hy-
'""
CAPÍTULO 11
Síndrome do Quebra-nozes
~
~
.
A compressão
INTRODUÇÃO
da veia renal esquerda entre a aorta ab-
. INDlCAÇÕESDA
ULTRA-SONOGRAFIA VASCULAR
dominal e a artéria mesentérica superior foi descrita .. Dor pélvica crônica.
pela lã vez por El Sadr e Mina em 1950.\ Este fenômeno
ocorre pelo reduzido espaço formado entre a parede
anterior da aorta abdominal e a artéria mesentérica su-
.. Dismenorréia.
Disúria.
há o desenvolvimento de extensa varicosidade perirrenal nal, tronco celíaco, da artéria mesentérica superior, da
e pararrenal, que, ao romper a delgada parede que sepa-
ra essas veias do sistema coleto r, poderá desencadear he- . veia renal esquerda e das artérias renais (Fig. 11.2).
Com o mapeamento em cores do fluxo na mesma
abordagem ultra-sonográfica em plano transverso da
matúria ocasional ou grave, sendo um importante indica-
I dor da doença.4-5Varizes dos membros inferiores também
aorta abdominal, a veia renal esquerda é em geral
identificada em toda sua extensão longitudinal, com
"~ podem ser observadas nessa síndrome.6,7
trajeto superficial à parede anterior da aorta abdomi-
A síndrome do quebra-nozes é uma condição pouco
nal e tendo como limite superior a artéria mesentéri-
comum, porém possivelmente subdiagnosticada, perma- ca superior (Fig. 11.3). A artéria mesentérica superior
necendo ainda sem explicação porque a compressão sin- neste corte ultra-sonográfico será identificada na sua
tomática sobre a veia renal esquerda ocorre somente em apresentação transversal. Pode-se também avaliar o
poucos pacientes.8 A dilatação da veia renal esquerda é cruzamento da veia renal esquerda entre a aorta ab-
provavelmente mais prevalente do que se imagina, sendo dominal e a artéria mesentérica superior, com corte
detectada em 51-72% nos exames de tomografia ou ul- ultra-sonográfico longitudinal da aorta (Fig. 11.4). De-
tra-sonografia, na grande maioria da vezes sem sintomas vem-se ajustar a caixa e o ganho da cor, o frame rale e a
associados.9 PRF para o paciente avaliado.
111
" 'A & ,,"'00 - 'o~. "0'",-- -~... o.h":"";JII'!"
~!'1!!fIIP: - :-:!t~_.I'?~"'~1""""" y'!!I!~
112
Fig. 11.6 Corte ultra-sonográficocom mapeamento em cores do flu- Fig. 11.7 Corte ültra-sonográfico com mapeamento em cores do flu-
xo demonstrando a obtenção das velocidades na veia renal esquerda xo demonstrando a obtenção das velociaad~s na veia renal esquerda
logo após o cruzamento com a artéria mesentérica superior. antes do cruzamento com a artéria mesentérica superior.
do estreitamento do diâmetro do
em geral no cruzamento com a artéria mesentérica lúmen da veia renal esquerda ao cruzar anteriormente
superior, utilizando amostra de volume do Doppler a aorta abdominal proximal: diâmetro <2 mmlO.ll (Fig.
pulsado entre 2 e 4 mm. Deve-se ajustar o ângulo de 11.8) .
insonação do Doppler pulsado o mais próximo de . Dilatação da porção hilar da veia renal esquerda, an-
60° (:0;60°) com relação ao vaso, paralelo à parede tes do cruzamento com a artéria mesentérica superior:
deste, com o menor filtro de parede possível (entre diâmetro >10 mmlO,ll (Fig. 11.9).
50 e 125 Hz), dependendo do equipamento utilizado . Aumento focal de velocidade e turbilhonamento do
(Fig. 11.6). fluxo no local do cruzamento mesoaórtico: velocidade
. Localização da amostra (entre 4 e 10 mm) de volume máxima >110 cm/sIO-14(Fig. 11.10).
do Doppler pulsado no segmento de maior dilatação . Índice (relação) entre a velocidade obtida no local
venosa no segmento da veia renal antes do cruzamen- de compressão venosa e a velocidade na veia renal es-
to com a artéria mesentérica superior. Obtenção do querda próximo ao hilo >5.10-13
pico de velocidade venosa máxima, mantendo o ajuste . Índice (relação) entre o diâmetro da veia renal es-
do ganho e escala (PRF) do Doppler pulsado e ângulo querda na porção hilar e o diâmetro no local da com-
próximo a 60° (Fig. 11.-7). pressão venosa >4. *12
. Realizar o índice de velocidade dividindo a velocidade . Presença de circulação colateral venosa a partir da
na veia renal esquerda no local do cruzamento entre veia renal esquerda, com dilatação das veias supra-re-
a artéria mesentérica superior e a aorta abdominal e a nal, lombar, sistema venoso ázigos e veia gonadal es-
. LIMITAÇÕES DA
ULTRA-SONOGRAFIA VASCULAR
NO ESTUDO DA SíNDROME DO
QUEBRA-NOZES
. Somente a visualização direta do estreitamento do
lúmen venoso com aumento focal de velocidade e a
dilatação da veia renal esquerda proximal ao cruza-
mento entre a artéria mesentérica superior e a parede
anterior da aorta abdominal não são suficientes para o
diagnóstico da síndrome. Faz-se necessário identificar
veias varicosas colaterais e sintomas clínicos.
. O diagnóstico confirmatório definitivo é feito pela ci-
Fig. 11.10 Exemplo de aumento de velocidade na veia renal es- nevideoangiografia retrógrada com determinação do
querda. gradiente de pressão renocava. O gradiente de pres-
são entre a veia renal esquerda e a veia cava inferior 5. Hanna HE, Santella RN, Zawada ET, Masterson TE, Nutcrack-
nonnal é de 0-1 mmHg. Gradiente> 1 mmHg e visuali- er syndrome: an underdiagnosed cause for hematúria? S D J
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. INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS
PARA O LAUDO
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'. 110 iI !
CAPÍTULO 12
Transplan te Renal
. INTRODUÇÃO
o transplante renal é considerado a melhor forma de tra-
vasos. Essa.técnica apresenta um grande potencial na
avaliação do fluxo arterial reaal;- pela maior sensibili-
dade no estudo dos vasos intraparenquimatosos, prin-,
tamento para a insuficiência renal crônica, a de menor cipalmente dos pequenos vasos arqueados do córtex
custo e a que tem a perspectiva de oferecer melhor qua- renal. 6
lidade de vida, reintegrando o paciente à sua vida social
e profissional.1,2
Mesmo com o aprimoramento das provas imunoló-
gicas de seleção dos doadores, das técnicas cirúrgicas e
do uso dos imunossupressores, a rejeição ainda é uma
. INDICAÇÕES DA
ULTRA-SONOGRAFIAVASCULAR
das principais causas de insucesso imediato e tardio dos
transplantes renais, responsável pela sobrevida de ape- NO ESTUDO DOS RINS
nas 35% dos rins transplantados por um período de 10 TRANSPLANTADOS
anos.3
As manifestações clínicas e alterações laboratoriais Pós-operatório imediato:
causadas pela rejeição variam de um paciente para outro . Suspeita de rejeição aguda.
e de um episódio de rejeição para outro, podendo apre-
sentar-se como uma pequena e assintomática redução da
função renal ou até anúria com uremia e comprometi-
..
. Suspeita de estenose da artéria renaL
Suspeita de trombose arterial ou venosa.
Avaliação de coleções perienxerto.
mento grave do enxerto.
A ultra-sonografia vascular com Doppler colorido Pós-operatório tardio:
permite a avaliação direta da circulação do rim transplan-
tado com visibilização do fluxo em cores, possibilitando
o cálculo imediato dos índices de resistividade e pulsatili-
.
. Suspeita de rejeição aguda ou crônica.
Suspeita de toxicidade causada por fármacos imunos-
supressores.
dade na artéria renal e nos seus ramos intraparenquima- . Pacientes com perda progressiva da função renal.
tosos, conferindo maior objetividade e confiabilidade ao . Suspeita de fístulas arteriovenosas intra-renais após
método.
O aumento da resistência vascular intraparenqui-
matosa pode refletir várias das complicações que po-
.. biopsia.
Infecção.
estenose ureteral.
dem afetar o enxerto renal, entre elas rejeição, necrose
tubular e toxicidade medicamentosa, sendo que os ín-
-
dices de resistência não são específicos para cada uma
dessas condições, tornando
Por isso, são recomendáveis
difícil sua diferenciação.
de avaliações seriadas do
. ,
,
TECNICA DE AVALlAÇAO
POS-TRANSPLANTE
fluxo renaL4,5
A vantagem do uso do mapeamento do fluxo com Não há necessidade de preparo especial para a realização
power Doppler na avaliação vascular renal é a possibili- do exame, pois o enxerto renal é um órgão superficial
dade de estudo do baixo fluxo nos locais onde os sinais localizado na fossa ilíaca (direita ou esquerda), de fácil
são fracos, seja pelo calibre, seja pela profundidade dos acesso ao examinador.
117
.
.
.
Paciente em posição supina:
...
-
.
0,°
Fig. 12.2 Imagem em modo B para mensuração do rim transplanta- Fig. 12.4 Posicionamento da amostra do Doppler pulsado nas arté-
do. Notar a boa diferenciação entre as camadas cortical e medular. rias intra-renais.
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. ,
. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
IMAGEM E FLUXO EM CORES
Critérios de imagem e mapeamento em cores do fluxo:
Rim (modo B)
. Normal: tamanho preservado, boa diferenciação cor-
ticomedular, ausência de dilatação pielocalicial ou co-
Fig. 12.5 Posicionamento do Doppler pulsado no segmento da arté-
ria renal com alteração do fluxo.
leções perienxerto. .
cal de velocidades ou turbilhonamento do fluxo, com Parênquima renal
ajuste do tamanho da amostra no centro do vaso
ângulo de insonação do Doppler pulsado o mais
e do
pró-
. Vascularização normal: fluxo em todos os segmentos
das artérias e veias: segmentares, interlobares e arquea-
.
ria renal e ou área de anastomose arterial, com ajuste
do ganho e escala (PRF) do Doppler pulsado. . minada região do parênquima renal (Fig. 12.9).
Aumento da resistência: diminuição difusa ou ausên-
Obtenção da velocidade sistólica na artéria ilíaca co-
mum ipsilateral, em corte longitudinal, para efetua- . cia de fluxo na região cortical (Fig. 12.10).
Trombose arterial: ausência de fluxo em cores em
ção do cálculo do índice renaljilíaca, isto é, a relação
entre as velocidades sistólicas da artéria renal e artéria
ilíaca comum e para avaliação de possível estenose na
. todo o parênquima
Fístula arteriovenosa:
renal (Fig. 12.11).
turbilhonamento do fluxo com
intenso ruído perivascular nos vasos intraparenquima-
artériailíaca (Fig.12.6). tosos (Fig. 12.12 a, b, c).
l'
Fig. 12.6 Exemplo de obtenção da velocidade na artéria ilíaca proximal (61 cm/s) à área de anastomose (A) para cálculo do índice renal/ilíaca
com a velocidade da artéria renal (83 cm/s) correspondente (B).
. ,
Transpl?nte ,/3.enal
ii
Fig.12.7 Posicionamento da ~mostra de volume do Doppler pulsado nas artérias intra-renais, Notar os valores normais do índice de resistência
.
« 0,70) e de pulsatilidade «: 1,2) nas artérias segmentares (A), interlobares (8) e arqueadas (C).
",'
Fig. 12.8 Perfusão normal no mapeamento em cores do fluxo em Fig. 12.9 Mapeamento do fluxo pelo power Doppler demonstrando
todo o parênquima do rim transplantado. área (circunscrita) de isquemia focal no rim transplantado.
11
!li
JII
~
')
. Índice renaljilíaca:
literatura referente
>3-3,5. Não há padronização
ao uso do índice renaljilíaca
na
na
avaliação das estenoses arteriais, no entanto, por ana-
logia com as estenoses de artérias renais nativas e em
associação ao critério de velocidade, pode ser um pa-
râmetro útil na identificação das estenoses arteriais
. velocidade sistólica.
Oclusão: velocidade na artéria renal- ausente.
Veia renapo
Fig. 12.13 Exemplo de artéria renal normal, sem alterações significativas
na área de anastomose. Observar a velocidade sistólica <200 em/s.
. Estenose: turbilhonamento
de velocidades.
do fluxo e aumento focal
. CRITÉRIOSDIAGNÓSTICOS:
PARÂMETROSHEMODINÂMICOS
nal:ll,12,13,14,15,16
\ -
>-->,., - - .- .- ~,~-
I!I
Critériosdiagnósticos:
perfusãorenalpelo
power Doppler17
. Escore I - alta perfusão, perfusão de coloração homo-
gênea na cortical, com limites bem definidos dos vasos
em direção à cápsula e à região medular (Fig. 12.17).
Fig. 12.18 Exemplo de escore IIde boa perfusão, com fluxo em di-
reção à cápsula apresentando leve irregularidade da cor nas bordas,
porém, com boa definição dos vasos do parênquima. Notar que a
vascularização tem distribuição radiada.
Ili
li"
'11
Fig. 12.21 Exemplo de escore V de perfusão limitada aos vasos inter-
I'
lobares e parte dos vasos arqueados.
Critériosdiagnósticos simplificados:
perfusãorenalpelopower Doppler18
. Grau I - alta perfusão, perfusão de coloração homo-
Fig. 12.19 Exemplode escore IIIcom perfusão ligeiramente diminuí- gênea na cortical, com limites bem definidos dos vasos
da, não-homogênea, com áreas sem cor entre os vasos visíveis. em direção à cápsula e à região medular.
. UMITAÇÕES DA
ULTRA-SONOGRAFIA
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'--,:", H - -~--::,,' "-"- -',," ",;,[
1
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CAPÍTULO 13
Compressão Extrínseca da Veia Ilíaca
Comum Esquerda
. INTRODUÇÃO
A compressão extrínseca da veia ilíaca já era do conhe-
.. Ajuste do equipamento paia exame venoso.
Escolha do transdutor linear com ajuste de profund'i-
. INDICAÇÕES
Sinais ou sintomas de insuficiência venosa crônica, em
diferentes graus, com predomínio do membro inferior
.
esquerdo:
Edema.
.. Sensação de peso.
.. Varizes.
Dermatite ocre.
. Dermatofibrose.
Úlcera.
. PROTOCOLO PARA
RASTREAMENTO DE
COMPRESSÃO EXTRíNSECA
DA VEIA ILíACA - AVALIAÇÃO
INDIRETA
o preparo intestinal não é necessário, visto que o exame
será realizado junto com a rotina do estudo venoso dos
Fig. 13.1 (A) Traçado com Doppler em veia femoral comum esquerda.
membros inferiores, em avaliação indireta. Posição do (8) Traçado com Doppler em veia femoral comum direita. O índice
paciente em decúbito dorsal horizontal. calculado é <0,9, sugerindo a presença da compressão extrínseca.
127
Compressão Extrínseca da Veia 'LtíacaComum Esquerda
Critériosdiagnósticos
pararastreamento- Critériosparadiagnósticodefinitivo
técnica indireta
.
. Índice < 0,9 sugere compressão extrínseca da veia ilía-
ca esquerda. .
Presença de imagem sugestiva de compressão na re-
gião de cruzamento da veia e da artéria ilíaca.
Aumento da velocidade máxima de 2-4 vezes ao com-
Obs. - este índice deve ser considerado somente parar antes e na área de compressão.
quando alterado. Valores >0,9 não excluem a presença
da compressão extrínseca.
. PROTOCOLOPARA
. PROTOCOLO
PÓS-TRATAMENTO DA
DE SEGUIMENTO
Fig. 13.2 (A) Traçado com Doppler em veia ilíaca comum esquerda.
(8) Traçado com Doppler em veia ilíaca comum direita. O índice de Fig. 13.4 Velocidade de fluxo venoso com Doppler no local do
velocidade é <0,9, como no caso da Fig. 13.1. stent.
. INFORMAÇÕES ,
INDISPENSAVEIS PARA
O LAUDO
. Para a medida dq índice da velocidade máxima da veia
femoral: se o índice for normal, informar que pode
haver compressão nessa situação.
. Para o exame direto da veia: presença ou não da fa-
sicidade respiratória, variação da velocidade máxima
antes e no local da compressão, presença da imagem
de compressão da veia pela artéria.
. Para o seguimento pós-tratamento: os mesmos dados
do exame direto e o diâmetro do stent.
. REFERÊNCIAS
Fig. 13.5 Medida do diâmetro do stent implantado na veia ilíaca
.0
comum esquerda.
. UMIT AÇÕES DA
4. May R, Thurner J. Ein gefabsporn
sinistra ais ursache der uberwiegend
nemtrombosen.
in der vena iliaca communis
linksseitingen
Z Kreisl-Forsch 1956;45:912.
beckenve-
CAPÍTULO 14
Doença Arterial Obstrutiva
PeriféricaInfra-inguinal
131
132 Obstrutiva Periférica Infra-ingu inal
Fig. 14.1 (A) Exame da"artéria femoral comum em um paciente sem lesões hemodinamicamente significativas no segmento aortoilíaco.
Transdutor linear (1..10"5)(D). Modo B e cor do lado esquerdo e análise espectral do direito. Segundo a orientação, a porção proximal da
artéria se localiza à esquerda com fluxo (modo cor) em vermelho (na direção do transdutor). Análise espectral (AE) à direita mostra onda
trifásica (anterógrada, retrógrada e anterógrada), ângulo de insonação (ang/e) corrigido para 60°, com janela sistólica (área escura sob a fase
sistólicada onda de velocidadede fluxo) (*). Parâmetrosde análiseespectral(AE)no canto inferior direito: VSP(peaksys) 102 cm/s,11" ~
Fig. 14.2 (A) Fluxo bifásico: exame da artéria tibial anterior esquerda em paciente sem lesões hemodinamicamentesignificativas nos segmen-
tos aortoilíaco, femoropoplíteo e tibiofibular. Fluxo em direção ao transdutor (vermelho) no modo cor (à esquerda) e bifásico (anterógrado
e retrógrado) na AE (à direita). Os parâmetros da análise espectral estão listados no canto inferior direito (O) e são: velocidade sistólica de
pico (peak sys) 73,1, índice de pulsatilidade (PI) 12,04, índice de resistência (RI)
~ ~ 1,36. (8) Fluxo unifásico: exame da artéria fibular
~
em paciente sem lesões hemodinamicamente significativas nos segmentos aortoilíaco-e tibiofibular, mas com oclusão femoropoplítea. Fluxo
em direção ao transdutor (vermelho) no modo cor (à esquerda) e unifásico
(anterógrado) na AE (à direita). Os parãmetros da análise espectral
estão listados no canto inferior direito (O) e são: velocidade sistólica de pico (peak sys) = 11,6, índice de pulsatilidade (PI) =0,6, índice de
resistência (RI) ~ 0,44.
, J
Fig. 14.3 (A) Paciente em decúbito dorsal para exame das artérias femoral comum, profunda e terços proximal e médio da artéria femoral su-
perficial. Nessa posição também é possível examinar as artérias tibiais e fibular, bem como as artérias distais (pediosa, plantares). (8) Paciente
em decúbito ventral com semiflexão das pernas para exame das artérias femoral superficial distal, poplítea e o tronco tibioperoneal.
. Ganho
imagem
modo B: aumentar
com contraste suficiente
o ganho até conseguir
para diferenciar
uma
estru-
. fluxo
Tamanho
arterial
Fig. 14.5 (A) Modo B, controle de profundidade. Neste exemplo as estruturas examinadas ocupam menos de 50% da área de imagem. As
estruturas estão entre 1 e 3 cm de profundidade (escala à direita <=)com profundidade total de 5,5 cm. (8) Mesmo exame que o anterior, mas
as estruturas examinadas preenchem quase toda a tela do monitor. A profundidade total é de 3,5 cm «=).
~.
'1
"
Fig. 14.6 (A) Modo B com ganho do TGC «=) posicionado de maneira correta, formando uma linha oblíqua com valores maiores à medida
que a profundidade da seção aumenta. (8) Modo B com ganho do TGC «=) posicionado de maneira incorreta, formando uma linha reta com
valores iguais à medida que a profundidade da seção aumenta. Notar que a definição das estruturas mais superficiais é muito ruim.
.......
Doença Arterial Obstrl.itiva Periférica Infra+inguinal
Fig. 14.7 (A) Inclinação do eixo do Doppler pulsátil «=) na direção do fluxo arterial, da esquerda para a direita (artéria femoral comum). VSP
= 86,58 cm/s (O). (8) Inclinação do eixo do Doppler pulsátil perpendicular «=) à direção do fluxo arterial, da esquerda para a direita (artéria
femoral comum). VSP= 77,42 cm/s (D).
I
!I
Fig. 14.8 (A) Volume de amostra de 2,8 mm (o}) medindo aproximadamente 50% do diâmetro arterial, onda de velocidade «=) de fluxo com
janela sistólica. (8) Mesmo paciente de A com volume de amostra de 10 mm (o}), do tamanho do diâmetro arterial e onda de velocidade de
fluxo «=) sem janela sistólica.
importância que o volume de amostra seja mantido no . Ganho, cor: aumentar o ganho de cor até que os Pixels
Fig. 14.9 (A) Ângulo de insonação <600 (setas B e área circunscrita na foto), levando a medida errada da VSP (seta A) de aproximadamente 30 em/s.
(B) Ângulo de insonação de 60° (seta B e área circunscrita na foto), levando a medida correta da VSP (seta A) de aproximadamente 40 cm/s, (e)
Ângulo de insonação de 70° (seta B e área circunscrita na foto), levando a medida incorreta da VSP (seta B) de aproximadamente 65 em/s.
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Fig.14.10 (A) Neste exame a onda de velocidade de fluxo ({=) extrapola a área de medida (}), sendo a velocidade dessaaproximadamente
17,5 em/s. A porção anterógrada (acima da linha de base)da onda de velocidade de fluxo "invade" (I=:})a áreade registro retrógrada da escala
(abaixo da linha de base). (B) No exemplo, a onda de velocidade de fluxo é inteiramente contida na área da escala deixando pequena margem
livre(}).
--~
Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
011
Fig. 14.11 (A) Filtro médio (O, mid 2) impossibilitando demonstrar velocidades de fluxo baixas no espectro (1).).(B) Exame com mesmo set-up
do anterior, mudando apenas o filtro. Filtro baixo (O, low 2) permitindo demonstrar velocidades de fluxo baixas no espectro ClJ.).
Fig. 14.12 (A) Ganho do Doppler ou análise espectral (~) correto. No caso ganho de 78% pré e 25% pós, suficiente para mostrar curva de
velocidade com a janela sistólica (*) e para mostrar claramente os contornos da curva de velocidade de fluxo. (B) Ganho do Doppler ou análise
espectral (O) muito elevado. Ganho no caso é de 85% pré e 40% pós. Neste ganho a janela sistólica desaparece. Obs.: o exame foi realizado
com o mesmo set-up do anterior (A), apenas mudando o ganho de Doppler.
1I
II
;1
'I
I
Fig. 14.13 (A) Ganho de cor baixo ({::::) de 64%. Ape-
nas fluxo no centro da caixa de cor ({::::II) é demonstra-
do, com pixels distribuídos irregularmente na porção
dista! da artéria.(B)Ganho de cor ({::::) adequadode
84%, com a cor preenchendo todo o vaso. Alguns pi-
xels já aparecem fora do vaso. Veia adjacente (*) não
é demonstrada devido ao alto PRF da cor (39 cm/s),
indicado pela barra de cores (}). (C) Ganho de cor
elevado ({::::)de 97%, com muitos pixels fora do vaso,
prejudicando a visualização. Veia adjacente com flu-
xo ascendente (azul) demonstrado (*), apesar de a
PRFde cor ser alta (39 cm/s na barra à esquerda).
Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
Fig. 14.14 (A) PRF(pulse repetition frequency) baixa de 1.500 «=), valor maior da escala de cor de 9 cm/s ({J.Cor preenchendo todo o lú-
men, aliasing de cor caracterizado pela mudança de tons passando diretamente do vermelho para o azul, sem passar pelo preto (*). (8) PRF
(pulse repetition frequency) mais alta (3.000 <=)que A, sendo o vaiar maior da escala de cor de 19 cm/s ({).Artéria (predominantemente em
vermelho) com a cor preenchendo todo o lúmen, mostrando fluxo anterógrado (em vermelho) concomitante com fluxo retrógrado (em azul).
Fluxo venoso não demonstrado (*).
Posicionamento do transdutor
Orientação da imagem; a imagem é orientada na tela
considerando-se o paciente examinado em posição ana-
Fig. 14.15 Transdutores lineares de alta freqüência (7-12 mHz) são tômica e em decúbito dorsal com os pés na direção do
usados para o exame das artérias mais superficiais,como a femoral co-
examinador (Fig. 14.17).
mum e sua bifurcação, a femoral superficial(terços proximal e médio),
as pediosas, plantares e a porção distal das artérias tibiais (anterior e No corte transversal, o lado direito do paciente está à
posterior)e fibulares.O aspecto da imagem é retangular.Os transduto- esquerda da tela e no corte longitudinal o segmento mais
res de alta freqüência apresentam melhor resolução espacial. proximal fica sempre à esquerda (Fig. 14.17).
Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
Fig. 14.17 (A) Orientação anatômica no corte transversal da região inguinal esquerda, mostrando a artéria (em vérmelho) e veia (em azul)
femoral comum do lado direito. A veia é medial com relação à artéria. (8) Orientação anatômica no corte longitudinal da região inguinal,
mostrandoa bifurcaçãoda artériafemoralcomum.A cabeçado pacienteestaráà esquerdae seus pés à direita.
Fig. 14.18 (A)O corte transversal (modo Be cor) é usado para defini-
ção da anatomia local, demonstrar a presença de placas, medir diâ-
metros e confirmar a perviedade local. O corte transversal também é
muito útil para examinar as relaçôes entre os vasos e estruturas adja-
centes. No exemplo, um hematoma pulsátil em contato com a artéria
femoral comum, diferenciado de um pseudo-aneurisma. (8) No corte
longitudinal (cor e Doppler), podemos avaliar a perviedade do vaso,
localizar placas, medir diâmetros principalmente no planejamento
de tratamentosintravasculares.(C)O corte longitudinalé ideal para
fazer medidasda análiseespectral(modoDoppler),onde o ângulo
de insonação (O)deve ser conhecido para o cálculo correto da VSP.
Doença Arterial Obstrutiva.Periférica Infl;a-inguinal
r-
I 81 82
I,
.
. Poplítea (na interlinha).
Tibiais anterior e posterior no tornozelo.
Situações especiais
. As medidas de VSP em pacientes portadores insufici-
ência cardíaca (ICe) podem estar diminuídas (Fig.
14.22). Nesse caso deve-se usar preferencialmente a
percentagem de diminuição da VSP com relação às
medidas obtidas no segmento imediatamente pro-
ximal (p. ex., entre as medidas realizadas na artéria
femoral comum e as feitas na artéria poplítea), que
são de até 20% em pacientes sem lesões hemodinami-
camente significativas, de 40-45% em pacientes com
estenoses hemodinamicamente significativas e >60%
em pacientes portadores de oclusões.13
. Pacientes com arritmias cardíacas também podem
apresentar alterações na VSP, sendo necessário esco-
Quadro 14.2
Critérios diagnósticos para o exame de nastreamento
Ausência de doença Fluxo tnifásico ou bifásico
hemodinamicamente (FC, Por, tibiais)
significativa (*) FC:VSP >80cm/s, IP >4, IR >1
Por VSP>65 cm/s, IP >4, IR > 1
Tibiais VSP >60 cm/s, IP >4,
IR >0,8
na artéria poplítea serão o resultado de alterações presentes nos territórios PI e IR = RI. Note que o volume de amostra foi posicionado pro-
aortoilíacoe/ou femoropoplíteo (Fig. 14.21). No casode o segmento aortoi Iíaco ximalmente à placa aterosclerótica Cfl).(B) Medidas realizadas na
não apresentar DAOP significativa, as alterações presentes na artéria poplítea artéria femoral comum em paciente com estenose hemodinamica-
serão então somente o reflexo de lesões do segmento femoropoplíteo. O
mesmo raciocínio vale para medidas realizadas nas artérias tibiais. O método
mente significativa no segmento aortoilíaco. (e) Medidas realizadas
serve, portanto para medida da somatória das alterações hemodinâmicas na artéria femoral comum em paciente com oc/usão no segmento
presentes nas artérias axiais.12- aortoilíaco.
- ------ ~--
~ --
Doença Arterial Obstrutiva li1eriféríca Infra.ínguinal
. PROTOCOLO PARA
DAGNÓSTICO DEFINITIVO
Set-up do equipamento
Mesmo que para o exame de rastreamento.
o exame pode ser usado em substituição ou precedendo
o exame angiográfico no planejamento do tratamento.
Nesse caso, todas as artérias axiais do membro inferior
Posicionamento do transdutor
devem ser examinadas de maneira mais abrangente pos-
sível, fornecendo ao cirurgião um "mapa" que mostre Posicionamento dos transdutores para exame das arté-
nas:
a distribuição e a gravidade da DAOP, subsidiando
decisões quanto ao tratamento
cirúrgico ou intraluminal).
mais indicado
suas
(clínico,
O exame deve definir a per-
.. Femoral comUm e sua bifurcação (Fig. 14.19A).
t
I
~
..
Mesma que no exame para rastreamento. Placa heterogênea Estrutura interna da placa com textura
ecográfica variada (Fig. 14.24B)
Placa ecoluscente Placa pouco ecogênica, de difícil
Cortes ultra-sonográficos visualização no modo B, mas
Mesmos que no exame para rastreamento. demonstrável com modo color ou
power (Fig. 14.24C)
Placa calcificada Placa muito 'ecogênica refletindo o
Seqüência do exame
ultra-som e produzindo "sombra
Iniciar o exame com cortes transversais (modo B e cor), acústica" (Fig. 14.240)
para definição da anatomia local, demonstrar a presença de
Estenose significativa Aumento na VSP focal 2,5 vezes, na
placas, medir diâmetros e perviedade local (Fig. 14.18A). análise espectral, e redução distal
Posteriormente, usar cortes longitudinais (cor e Doppler), das VSP, TA, IP e IR, com ou sem
para avaliar perviedade, localizar placas e fazer medidas da alargamento espectral (Fig. 14.25)
análise espectral (modo Doppler) (Fig. 14.18B, C).
Oclusão Ausência de sinal de velocidade no
Examinar (usando modo cor e Doppler) em conti-
local (Doppler, cor ou power),
nuidade e em toda sua extensão as artérias femoral co-
alterações distais das VSP, TA, IP
mum, femoral superficial, femoral profunda (terço pro- e IR e no tipo de fluxo (de tri ou bi
ximal), poplítea, tronco tibio"peroneal, tibial anterior, para monofásico) (Fig. 14.26)
tibial posterior, pediosa e plantar (se necessário).
Fig. 14.24 (A) Placa homogênea localizada na artéria poplítea com textura ecográfica constante em toda a placa. (8) Placa heterogênea mos-
trando estrutura interna com textura ecográfica variada (setas). (C) Placa ecoluscente muito pouco ecogênica, de difícil visualização no modo
B, mas demonstrável com modo color ou power (exemplo). (D) Placa calcificada bastante ecogênica refletindo o ultra-som e produzindo
"sombra acústica" (*).
~n.
Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
.~
Fig.14.25 (A) Exemplo de estenose não hemodinamicamente significativa localizada na artéria poplítea e análise espectral realizada no local
de estenose(demonstrado pela cor verde) mostra pequeno aumento da VSP (peak sys ~ 105 cm/s). (8) Exemplo de estenose hemodinamica-
mente significativa no local de placa (setas) também na artéria poplítea (PD). Análise espectral realizada no local de estenose mostra grande
1 aumento da VSP (peak sys maior que = 426 cm/s), produzindo inclusive aliasing no espectro de velocidades (*). (C) Estenosedemonstrada
1 através do modo cor. Este modo isolado não é adequado a quantificação exata, mas podemos usar a indicação de aumento de velocidade local
com o característico "mosaico" (11). A cor verde nesseequipamento é um marcador de altas velocidades ({). (D) Medida de uma estenose em
projeção transversal. A linha 1 mede a área circunscrita pela parede arterial e a linha 2 mede a área do lúmen residual. No caso a alteração de
calibre é de 37,63%. (E)Medida de uma estenose em projeção longitudinal. Caliper 1 mede o diâmetro da parede arterial e o caliper 2 mede
o diâmetro do lúmen residual. No caso, a alteração de calibre é de 43,01 %.
-- ~ - --- -- ---
146 Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
. PROTOCOLO PARA
SEGUIMENTO
PÓS- TRATAMENTO
o exame é usado para monitorar o tratamento clínico,
cirúrgico ou endovascular da DAOP e as alterações que
possam ter acarretado às artérias dos pacientes. O exame
também serve para demonstrar a perviedade dos enxer-
tos, stents e angioplastias, bem como avaliar alterações
porventura presentes neles no pós-operatório, como hi-
perplasia de íntima, válvulas venosas retidas (nos enxer-
tos com veia homóloga), progressão da DAOP proximal
e dista!. O exame também é muito útil para demonstrar
complicações dos enxertos como pseudo-aneurismas, in-
fecção e hematomas.
Set-up do equipamento
Mesmo que para o exame de rastreamento.
Escolha do transdutor
Mesma que para o exame de rastreamento.
Cortes ultra-sonográficos
Mesmos que para o exame de rastreamento.
Seqüência do exame
. Pós-tratamento clínico: avaliar as artérias que foram
examinadas anteriormente através de protocolo para
diagnóstico definitivo e deve relatar as modificações
ocorridas desde então, por exemplo, alteração nas es-
tenoses ou novos pontos de estenoses e oclusões (Fig.
. 14.27) .
Pós-tratamento cirúrgico: nos enxertos e próteses,
avaliar a artéria doadora, anastomose proximal, en-
Fig. 14.26 (A)Obstrução da artéria poplítea em corte longitudinal no xerto (em toda sua extensão), anastomose distal, ar-
modo cor, que é demonstrada pela ausência de fluxo no terço distal téria receptara e artérias distais (Fig. 14.28). Medi-
da artéria (*),sendo também possível visualizar uma artéria colateral, das de análise espectral (VSP, IP e RI) são realizadas
possivelmente genicular ({:=).(8) Obstrução arterial da artéria poplítea em cada um desses locais (no enxerto em seus terços
«=) em corte transversal, no modo cor. A artéria ocluída é visualizada proximal, médio e distal). Estenoses hemodinami-
adjacente à veia, que se encontra pérvia (cor azul). (C) Obstrução da
artéria poplítea em corte longitudinal no modo cor e análise espectral. camente significativas e oclusões têm seus critérios
No modo cor (esquerda), ausência de fluxo (cor) em toda a artéria diagnósticos listados no Quadro 14.3 (Fig. 14.29).
poplítea (11\sendo visualizada a veia poplítea adjacente (em azul). No Velocidade sistólica de pico (VSP) <45 cm/ s tem sido
modo análise espectral (Doppler), ausência de sinal (*). apontada como uma indicação de oclusão precoce
Doença Arterial Obstrutiva Peri.férica
Fig. 14.27 Paciente com história de claudicação intermitente com início súbito na panturrilha direita. Ao exame físico, o paciente apresentava
apenas diminuição dos pulsos da artéria poplítea direita e distais. (A) Exame inicial em 12 de abril de 1999 (O). O exame ultra-sonográfico
arterial mostrou placa pouco ecogênica (*) na artéria poplítea direita (possivelmente devido a um sangramento intraplaca) causando estenose
local. (B) Exameinicial em 12 de abril de 1999 (O).No modo análiseespectral,confirmadaa estenosehemodinamicamentesignificativada
artériapoplítea,comVSPmaiorque 550em/s.(C)Seguimento clínico: submetido a tratamento clínico, o paciente apresentou melhora. Exame
ultra-sonográfico arterial em 18 de maio de 1999 (O) no modo cor confirmou a melhora, com a transformação da estenose local em uma placa
homogênea. (O) Seguimento clínico: modo análise espectral (Doppler) em 18 de maio de 1999 (O) demonstrando fluxo tetrafásico local com
janela sistólica (ausência de turbulência) na artéria poplítea direita, confirmando a melhora do quadro.
de enxertos com veia autóloga.I4-16 Nos enxertos in e imediatamente distal ao ponto onde a artéria foi tra-
situ, demonstrar também e marcar possíveis fístulas tada, bem como as artérias proximais e distais.
arteriovenosas e a presença de "roubo" (Fig. 14.30).
Com a ultra-sonografia vascular também é possível
definir o material usado para confecção de um en-
Freqüência de exames
xerto, seja veia autóloga (Figs. 14.28 e 14.29), Dacron Para os enxertos com veias autólogas, idealmente o exa-
ou PTFE (Fig. 14.31). Nas endarterectomias, toda me deve ser realizado logo antes da alta, a cada 3 meses
sua extensão deve ser avaliada, bem como a presença até 6 meses após a cirurgia e então semestralmente até 2
de placas neoformadas, além das artérias proximais e anos após a cirurgia, se os enxertos não apresentarem al-
I
r
Fig. 14.28 (A) Enxerto com veia safena homóloga, tendo como doadora a artéria femoral comum, mostrando esta (*) e a anastomose proximal
({). Análise espectral realizada na artéria doadora. (8) Mesmo paciente de A, mostrando a análise espectral realizada na anastomose proximal.
(C). Enxerto com veia safena homóloga, exame realizado em seu terço médio e análise espectral no nível de uma válvula venosa (*). (D) Anas-
tomose distal de enxerto com veia safena homóloga (11')na artéria tibial posterior ({). Análise espectral realizada na artéria receptora.
--
Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
.~
,"
Fig. 14.30 (A) Enxerto in situ examinado através de modo cor e análise espectral (Doppler) em trecho proximal a fístula arteriovenosa (FAV)
com fluxo unifásico e componente diastólico OJ-)elevado característico de baixa resistência dista!. (8) Exame modo cor e análise espectral de
um enxerto in situ distalmente a 2 FAV; uma está direcionada para o transdutor (vermelho, II=}) e a outra na direção contrária (azul, l1l Ambas
"roubam" fluxo do enxerto confirmado pela baixa velocidade de fluxo na análise espectral (Doppler, *), (C) Exame de uma fistula arteriovenosa
(AFV) em um paciente com enxerto in situ mostrando fluxo de baixa resistência (.li),
Fig. 14.31 (A) Enxerto ocluído (ausência de cor) confeccionado com Dacron em projeção longitudinal com sua forma corrugada característica
(*), (8) Enxerto pérvio (presença de cor) com sua aparência característica (11)como duas linhas paralelas no ultra-som vascular,
Doença Arterial Obstrutiva Periférica lnfra-inguinal
f
I
Fig. 14.32 (A) Exame de artéria femoral superficial pré-endarterectomia, com placa aterosclerótica (-:=)no modo cor e fluxo unifásico com
baixa VSP. (8) Exame de artéria femoral superficial pós-endarterectomia, com diminuição na espessura da placa aterosclerótica (-:=)no modo
cor e fluxo bifásico com VSPaumentada em relação ao exame anterior, no modo Doppler (análise espectral).
1"
~.
Fig. 14.33 (A) Enxerto'femoropoplíteo com veia safena autóloga e estenose na anastomose proximal (*), demonstrada pelo aumento focal de
VSP ell.),para mais de 225 em/s. (8) Mesmo paciente de A, após angioplastia do local com estenose, com valores da VSP (O) bastante diminuí-
dos (PSV ~ 88 cm/s).
Quadro 14.3
Critérios diagnósticos para o exame de seguimento pós-tratamento
Estenoses Usar modo cor (mosaico) ou power para definir os locais de estenose. No local de estenose VSP >200 cm/s
significativas ou aumento de 2,5 vezes a velocidade basal imediatamente proximal ao local da estenose (Figs.
14.35 e 14.25B, C)
Oclusão Ausência de sinal Doppler, cor ou power no local da oclusão (Fig. 14.26).
Obs.: Os critérios para análise dos exames para rastreamento e diagnóstico definitivo também devem ser
aplicados.
Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
.'
Fig. 14.34 (A) Stent Cfl) na artéria femoral superficial no modo cor. (8)
Stent na artéria femoral superficial em corte transverso, mostrando a
estrutura (=» do stent. (O Análise espectral na transição entre artéria
femoral superficial e stent (11). (D) Análise espectral no terço médio
do stent (1),). (E) Análise espectral na transição entre o stent (IJ.)e a
artéria femoral superficial.
11
Fig. 14.36 (A) Exame para tratamento de uma estenose hemodinamicamente significativa C1l) na artéria femoral superficial, confirmada pelo ~~
"mosaico" no modo cor e pelo grande aumento de VSP na análise espectral (*). (8) Posicionamento do balão de angioplastia C1l) no local de
estenose ({).(C) Balão de angioplastia inflado (11) e local de estenose (}) sendo dilatado. (D) Balão de angioplastia (JJ-1I)completamente inflado
oclui a artéria, o que é confirmado pela ausência de fluxo arterial no modo cor, enquanto há fluxo venoso (*). (E)Posicionamento do stent
com ajuda do USV.(F)Resultado imediato do tratamento, mostrando padrões normais de análise espectral (*). (Estafigura é uma genti-
(11 ,(1.)
Tortuosidade
Cortes ultra-sonográficos
Artérias tortuosas causam aumento de velocidade de
Mesmos que para as outras modalidades. fluxo local, sendo necessário muito cuidado ao se anali-
sar o aumento na VSP para definição de estenoses nessa
situação. Sempre correlacionar aumento de velocidade
Seqüência do exame em uma estenose com a porç~o imediatamente proxi-
Examinar a artéria usada como via de acesso, seguir o mal ou distal a ela. Também podemos medir (em área
posicionamento do cateter e avaliar a localização e a per- ou diâmetro) as estenoses e relacioná-Ias com o aumen-
viedade do stent, bem como das artérias proximais e dis- to focal de VSP.
..,
tais. O stent deve ser examinado em sua porção proximal,
nos terços médio e distal usando o modo B, cor e análise
Massas satélites
espectral (Fig. 14.36).
Massas adjacentes às artérias ou enxertos são evidencia-
. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
das durante o exame de USV e podem corresponder
linfonodos, hematomas, pseudo-aneurismas,
a
tumores ou
PARA O EXAME infecção. Os linfonodos (Fig. 14.37) têm aparência sui gene-
ris na USV, apresentando medula e córtex, bem como sua
PEROPERA TÓRIO vascularização (no modo colorido). Os hematomas são de-
Os mesmos utilizados nos exames anteriores. monstráveis como massas de contornos pouco definidos,
de forma irregular e ecogenicidade homo ou heterogê-
. UMITAÇÕES DO EXAMENA
DAOP
nea, dependendo
interior
fluxo retrógrado
da sua organização, sem fluxo em seu
(Fig. 14.38). Os pseudo-aneurismas apresentam
e anterógrado concomitante em seu
. SITUAÇÕES ESPECIAIS
Estenosesseqüenciais
Na presença de estenoses seqüenciais, deve-se determinar
~: qual a alteração hemo dinâmica produzida por cada uma,
se houver indicação para tratamento intravascular. Em
contrapartida, se o tratamento proposto for um enxerto, Fig. 14.37 Exame da região inguinal, mostrando a artéria femoral
pode-se avaliar o segmento como um todo, por meio da comum (AFC), veia femoral comum (VFC) e um linfonodo (}) com
análise espectral segmentar. medula e cortical, bem como vasos hilares em vermelho (fi}
Doença Arterial.Obstrutiva Perif~ricalnfra,inguinal
Fig. 14.38 (A) Exame da região inguinal em paciente portador de enxerto iliofemoral com Dacron ({=) pérvio e massa pulsátil no local, mostrou
que esta era formada por massa (}) com contorno pouco definido, avascular, com uma região de baixa ecogenicidade (A) e outra com ecoge-
nicidade maior (B), provavel.!Jl.eote devida a um hematoma. A área A provavelmente é formada pelo hematoma menos organizado e a área B
pelo mais organizado. (8) Mesmo paciente de A, em coije longitudinal, mostrando a anastomose distal do enxerto ({=), o hematoma ({) e suas
porções menos (A) e mais organizadas (B). (C) Mesmo paciente de A e B, confirmando através de análise espectral (Doppler) pela ausência
de fluxo (*) em seu interior, que a massa é avascular, excluindo a possibilidade de um pseudo-aneurisma. (D) Paciente com enxerto (prótese)
femoropoplíteo de PTFE(.\J-) e massa na coxa, que mostrou ser um grande hematoma (})com diâmetros (O) de 4,06 cm (Iátero-Iateral)e 3,14
cm (AP), ao exame ultra-sooográfico
, . vascular.
. INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS
PARA O LAUDO
seguimento e peroperatório
. Descrever o exame de maneira anatõmica e abran-
Fig. 14.39 (A) Exame (modo cor) em paciente portador de massa no terço proximal da coxa, 3 meses pós-traumatismo penetrante no local, que
demonstrou ser um pseudo-aneurisma (}), medindo (O) 3,23 cm (látero-Iateral) e 2,11 ç.m (AP), localizado na artéria femoral superficial, com
o aspecto característico de fluxo anterógrado e retrógrado concomitante (cores azul e vermelha simultâneas). .(B)-Análise espectral do fluxo
no colo (=}) de um pseudo-aneurisma (*).
Fig. 14.40 (A) Exame de um paciente portador de enxerto (Dacron) axilofemoral em seu terço distal, usando modo B (corte transverso) com
suspeitaclínica de infecção na prótese. Área hipoecóica (*) perienxerto que foi confirmada como infectada ao exame bacteriológico. (8) Mes-
mo paciente de A, exame modo B (corte transversal) de enxerto axilofemoral (Dacron) examinado no segmento mais proximal que o anterior,
sem a presençade região hipoecóica perienxerto.
. Enumerar os valores dos parâmetros de análise espec- técnicas de compressão ou injeção intra-sacular de trom-
traI (VSP, tempo de aceleração, IP e IR) nas artérias bina.
examinadas, de preferência em uma tabela, com os A técnica de compressão(Fig. 14.41), mais antiga, ba-
valores normais para o laboratório. seia-se simplesmente em usar o transdutor como meio de
. Desenho esquemático com os achados do ultra-som obliteração intermitente do colo e do lúmen do pseudo-
deve ser enviado com o laudo. aneurisma, esperando que ele trombose.17 Essa técnica,
apesar de bastante eficaz, pode apresentar problemas
. TRATAMENTO DOS
como: dor à compressão, tempo de compressão, impossi-
bilidade de compressão em algumas localizações (artéria
femaral profunda) e dificuldade de obliterar o pseudo-
PSEUDO-ANEURISMAS
aneurisma em pacientes em uso de anticoagulantes ou
Os pseudo-aneurismasque podem ocorrer como compli- antiagregantes plaquetários (ácido acetilsalicílico e clopi-
cação de tratamentos intravasculares, angiografias ou trau- dogel). Um colo curto e amplo também pode dificultar o
matismos arteriais podem ser tratados pelo USV usando tratamento por compressão (Fig. 14.42).
156 Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
--
Doença Arterial Obstrutiva Periférica Infra-inguinal
..
Fig. 14.43 (A) Pseudo-aneurisma ({) em corte transverso no modo cor, sendo possível visualizar a ponta da agulha usada para injeção de trom-
bina (1't).(8) Pseudo-aneurisma (}) em corte transverso no modo cor, originado da artéria femoral comum direita (A) pós-cateterismo, seis dias
após tentativa de compressão (D). (e) Pseudo-aneurisma, em modo cor, corte transverso (}), originado a partir da artéria femoral comum direita
(A) após tratamento de injeção de trombina. A obliteração do pseudo-aneurisma é confirmada pela ausência de cor no lúmen.
- --
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r.J
CAPÍTULO 15
Doença Arterial Periférica
Não-aterosclerótica
Nicos Labropoulos ,-
.
À
. INTRODUÇÃO
Dentre as doenças que afetam as artérias periféricas, a
O aneurisma consiste na dilatação, normalmente
localizada, de um vaso sanguíneo. A definição exata de
aneurisma é discutível, mas em geral ele consiste em um
aterosclerose é a mais freqüente.! No entanto, há mui- aumento de 50% no diâmetro da artéria, quando com-
tas outras doenças que também afetam essas artérias,! as parado a um segmento normal adjacente.2 O local mais
quais podem, em alguns casos, coexistir com a ateroscle- comumente afetado é a aorta abdominal. Dentre as ar-
rose ou produzir isquemia per se, apesar da etiopatoge- térias abdominais, a artéria ilíaca comum muitas vezes é
nia diferente.2,3 A apresentação clínica pode variar ou ser afetada, mas isso normalmente ocorre em associação ao
similar à da doença aterosclerótica. O espectro das do- aneurisma da aorta. Nos membros, o aneurisma da arté-
enças não-ateroscleróticas nas artérias periféricas inclui
ria poplítea apresenta a prevalência maior.2 No entanto,
uma gama de doenças que passaremos a relatar, conco-
qualquer artéria periférica pode desenvolver aneurisma,
mitantemente com sua abordagem diagnóstica pelo ul-
tra-som vascular.
sendo rara a apresentação na artéria ilíaca externa. A
presença de um aneurisma em uma artéria periférica au-
menta a chance de aneurisma em outra localização. Há,
Quadro 15.1 por exemplo, uma forte associação entre aneurismas po-
Doenças não-ateroscleróticas periféricas plíteos e aneurismas da aorta abdominaJ2.3 (Fig. 15.1). Es-
Aneurismas sas associações são importantes porque têm impacto no
Dissecção arterial
Trombose e eventos embólicos
Vasculite
Displasia fibromuscular .
Neurofibromatose
Tumores e mal formações
Aprisionamento e compressão
Doença cística da adventícia
Endofibrose da artéria ilíaca
"1
.. ANEURISMAS
Aneurismas verdadeiros:
- Fusiformes
. - Saculares
Pseudo-aneurismas.
Fig. 15.1 A artéria poplítea encontra-se dilatada (2,54 em diâmetro),
podendo-se notar o aneurisma na fossa poplítea (*).
159
Fig. 15.3 Dissecção da artéria femoral comum em uma placa ateros-
Fig. 15.2 Pseudo-aneurisma da artéria ilíaca externa com fistula arte- clerótica pós-cateterismo cardíaco. Aliasing de cor e análise espectral
riovenosa pós-cateterismo cardíaco. O mosaico (*) é devido a turbu- são devidas à estenose hemodinamicamente significante no local.
lência do fluxo local.
diagnóstico e na conduta ante a doença aneurismática. das e apresentam-se como uma estenose focal, podendo
Os aneurismas periféricos raramente se rompem, mas são ser ocasionalmente mais extensas, quando 2 canais de
considerados perigosos em função de seu potencial em- fluxo (lúmen verdadeiro e lúmen falso) podem ser detec-
boligênico de trombos, podendo causar oclusão arterial tados.3 Se o flap estiver se movimentando, um distúrbio
aguda.2 O diagnóstico é realizado facilmente por meio do poderá ser observado através da análise da forma da onda
ultra-som, com o diâmetro medido transversalmente de de velocidade de fluxo. Além de causar lesões que limi-
. uma adventícia à outra.3 Tipicamente, são registradas as tam o fluxo, as dissecções também podem induzir trom-
medidas dos diâmetros ântero-posterior e látero-Iateral. bose.2,3 Dissecções pequenas normalmente são acompa-
O formato do aneurisma, sua extensão e a presença de nhadas por meio do ultra-som, enquanto as maiores, em
trombos devem ser documentados. particular aquelas que causam sintomas, normalmente
Os falsos aneurismas ocorrem quando há uma perda são tratadas cirurgicamente (Fig. 15.3).
da continuidade da parede arterial, e o hematoma con-
seqüente sofre processo de expansão. Como a comuni-
cação entre o lúmen sacular e o arterial é direta, o flu-
. TROMBOSE E EVENTOS
,
xo sanguíneo local apresenta um moviment~ de vaivém, EMBOUCOS
turbilhonar ao exame no ultra-som.3,4 É necessário medir
o tamanho do pseudo-aneurisma, a largura e o compri-
.. Distúrbios
Traumatismo.
de coagulação.
. DISSECÇÃO ARTERIAL
ocorre nas artérias periféricas.3 Os êmbolos vêm do co-
.. Espontânea.
ração, dos aneurismas e das lesões ateroscleróticas.2.3 O
embolismo paradoxal a partir de uma trombose venosa
. Traumática.
Iatrogênica.
para uma artéria periférica pode ocorrer em pacientes
que têm um shunt direito-esquerdo no coração.3 A fibri-
lação atrial é a causa cardíaca mais comum, seguida do
A dissecção é mais comumente encontrada na aor- infarto do miocárdio. Os êmbolos nas artérias periféricas
ta e na carótida interna.2,3 A dissecção da aorta pode en- muitas vezes são localizados em bifurcações, onde o diâ-
volver seus ramos em qualquer nível à medida que ela metro da artéria se torna menor.3 No membro inferior,
se estende. Dissecções nas artérias periféricas são raras e os locais mais prevalentes são as artérias femoral comum
normalmente ocorrem após um traumatismo ou durante e poplítea, e no membro superior, as artérias braquial e
procedimentos endovasculares. Muitas vezes são localiza- ulnar2,3 (Fig. 15.4).
.,-" ,
Doença Arterial Periférica Não-aterosclerótica
iI8
-8.Sem/s
a -3.3cm/s
Fig. 15.5 Trombose da artéria radial distal após punção para monitorização contínua da pressão arterial. (A) A velocidade proximal ao local da
oclusão encontra-se diminuída (*). (B) No local da oclusão (11'),notam-se múltiplos defeitos na íntima produzidos pelas tentativas de punção.
Doença Arterial Periférica Não-aterosclerótica
Quadro 15.2
Classificação das vasculites, de acordo com a sua
localização
Quadro 15.3
Tipos de tumores vasculares
Hemangioma
Angiofibroma
Angiossarcoma
Hemangiopericitoma
Sarcoma de Kaposi
Paraganglioma
Carotídeo
VagaI
laríngeo
leiomiossarcoma
.iO
Fig. 15.8 Power Doppler de carótida interna apresentando displasia
fibromuscular. ou localizados. Há diferentes tipos de tumores, e eles têm
sido descritos na literatura como demonstrado no Qua-
.
mores hipervascularizados tais como os que acometem o
corpo carotídeo apresentam um padrão elevado de fluxo
e uma vascularidade rica em todo o tumor.3 O sarcoma
NEUROFIBROMA TOSE
da parede arterial pode crescer a partir da íntima em di-
A neurofibromatose (NF) é um distúrbio genético (her- reção ao lúmen do vaso, ou a partir da túnica média e da
dado de modo dominante autossômico) que afeta prin- adventícia para fora. Pode ser difícil distinguir tumores
cipalmente o crescimento dos tecidos nervosos.7 O NF-l que crescem dentro da artéria de um trombo ou de uma
é o tipo mais comum, e o defeito genético fica localizado placa aterosclerótica.
no cromossomo 17. O NF-2 é menos comum, e o defeito
genético fica no cromossomo 22. A neurofibromatose ca-
racteriza-se por neurofibromas e manchas café-com-Ieite.
A aorta e as artérias viscerais são afetadas primariamente
. APRISIONAMENTO E
COMPRESSÃO VASCULAR
por estenose. Aneurismas e doença oclusiva também são
observados. As anormalidades vasculares nas artérias pe- Há 2 síndromes de aprisionamento e compressão das ar-
riféricas são raras. Têm sido relatados casos afetando tan- térias periféricas bem conhecidas.
to as artérias do membro superior quanto as do membro A 1~é a síndrome do desfiladeiro torácico, em que
inferior. Pacientes, com neurofibromatose apresentam a artéria é comprimida por estruturas musculoesqueléti-
um risco 3-15% maior de desenvolver doença maligna cas (Fig. 15.9), podendo levar a estenose ou oclusão arte-
(neurofibrossarcoma).7 As patologias vasculares na aorta riaL2.3Uma estenose significativa pode, por si só, produ-
e nas artérias periféricas podem ser diagnosticadas pelo zir isquemia intermitente ou a formação de um aneuris-
ultra-som. O diagnóstico é realizado pela apresentação ma pós-estenótico, que pode vir a propiciar embolização
clínica do paciente e, em especial, pelos neurofibromas por trombos das artérias a jusante. Estenose, trombose,
cutâneos. aneurisma e êmbolos podem ser facilmente identificados
por ultra-som. Além disso, o grau de estenose das artérias
. TUMORES E MAlFORMAÇÕES
VASCULARES
pode ser demonstrado mediante diferentes manobras
com o membro superior.
A outra é a síndrome de aprisionamento da artéria
poplítea, que ocorre pela cabeça medial do músculo gas-
Tumores e malformações vasculares são raros.2,3Eles en- trocnêmico, devido ao desvio medial da artéria poplítea,
volvem diferentes áreas do corpo e podem ser extensos à inserção anormal da cabeça do músculo, a uma cabe-
.---
Fig. 15.9 Síndrome do desfiladeiro torácico. (A) Estenosesignificativa da veia subclávia com elevação do braço. (8) Estenosesignificante da
artéria subclávia com manobra costoclavicular. .
. DOENÇA , CISTICA DA
ADVENTICIA
, posterior (*). Neste caso, havia também uma estenose local mode-
rada. O paciente foi encaminhado para avaliação de massa na fossa
poplítea.
de colágeno e elastina.13 Também pode haver envolvi- 2. Vascular Surgery, 6a ed., Rutherford R (ed.), EIsevier Saun-
mento da túnica média e da adventícia. O diagnóstico ders, Philadelphia 2005: vários capítulos.
3. Vascular Diagnosis, 1" ed., Mansour MA, Labropoulos N (eds.),
pode ser difícil, porque, quando o paciente está em re-
EIsevier, Philadelphia, 2005: vários capítulos.
pouso, tudo pode parecer normal. O ultra-som pode ser 4. Kang SS, Labropoulos N, Mansour MA el al. Expanded indi-
útil para mostrar velocidades aumentadas na área de in- cations for ultrasound-guided thrombin injection of pseudoa-
teresse. Ele também pode demonstrar o tecido fibroso neurysms.] Vasc Surg 2000;31:289-98.
e a presença de uma torção. A ressonância magnética e 5. Tato F, Hoffmann U. Clinical presentation and vascular ima-
a angiografia também são usadas para confirmar o diag- ging in giant cell arteritis of the femoropopliteal and tibiope-
roneal arteries. Analysis of falir cases.] Vasc Surg 2006 May 5;
nóstico e planejar o tratamento. Durante o tratamento, [Epub ahead ofprint].
realiza-se estresse com vasodilatadores, e uma queda de 6. Slovut DP, Olin JW. Fibromuscular dysplasia. N Engl] Med
10 mmHg na pressão na área da lesão é considerada um 2004;350: 1862-1871.
achado diagnóstico. 7. Stumg DA el al. Neurofibromatosis. Conference statement. Na-
tional Institutes of Health Consensus Development Conferen-
CAPÍTULO 16
Trombose Venosa Aguda dos Membros
Inferiores e Superiores
Critériosdiagnósticos
parao rastreamento
de TVP em membroinferior
Quadro 16.1
Indicações da ultra-sonografia vascular na suspeita
. Ausência de compressão ou a compressão parcial da
luz da veia (modo B ou colorido) (Fig.16.1).
de TVP
Embolia pulmonar
. PROTOCO LO PARAO
RASTREAMENTODE TVP EM
Fatores de risco: operação, traumatismo, acamados,
terapia de reposição hormonal, história pregressa ou MEMBROSUPERIOR
familiar de TVP (trombofilia), câncer, usuários de drogas
injetáveis Não há necessidade de jejum, Posição do paciente em
decúbito dorsal horizontal.
167
Trornbose ~enO$êlAgudados!yJernbros Ipfer.iorese Superiores
Critériosdiagnósticos
parao rastreamento
de TVP em membrosuperior
. Ausência de compressão da luz da veia (modo B ou
colorido) (Fig.16.2).
. Ausência de fluxo fásico à respiração nas regiões supra Ij;/
. PROTOCOLO PARA O
,
DIAGNOSTICO DEFINITIVO DE
TVP EM MEMBRO INFERIOR
Não há necessidade de jejum, exceto quando o estudo
inclui as veias ilíacas. Posição do paciente em decúbito
Fig. 16.1 Imagem em modo B, sendo a da esquerda com manobra dorsal horizontal.
de compressão pelo transdutor sobre o trajeto da veia solear. A da
direita, imagem sem compressão. Essa manobra sugere a presença . Equipamento ajustado para exame venoso. Pode ha-
de trombo na luz da veia que não permite sua compressão pelo ver pré-ajuste para veias profundas da coxa e outro }
transdutor. para veias profundas da perna.
. Escolha do transdutor linear de 4-7 MHz, sendo que no
obeso pode ser necessário o curvilíneo de 2-4 MHz.
. Equipamento ajustado para exame venoso.
. Cortes ultra-sonográficos transversais ao vaso.
Critériosparao diagnósticodefinitivode
TVP em membroinferior
. Ausência de compressão da luz venosa (Fig. 16.3).
. Ausência de fluxo ao Doppler.
. Aumento do diâmetro venoso que pode chegar de 3 a
4 vezes o do arterial (Fig. 16.4).
. Sinal ausente com as manobras de compressão distal
Fig. 16.2 Imagem em modo Doppler colorido, obtida no terço mé- (Fig.16.6).
dio do braço, com presença de material anecóico na luz da veia . Fluxo contínuo ao Doppler na oclusão parcial da veia
braquial e sua não-compressão pelo transdutor. (Fig.16.7).
I:
..
Fig. 16.3 (A) Imagem em modo Doppler colorido, sobre trajeto de veia gemelar, apresentando imagem anecóica na rúz (sem compressão pelo
transdutor). (8) Mesmo local, com compressão pelo transdutor demonstrando a não modificação da imagem pela compressão sugerindo a
trombose dessaveia.
Fig. 16.4 Imagem em modo Doppler colorido, em corte transversal Fig. 16.5 Imagem em modo Doppler colorido sobre o trajeto da veia
sobre a veia femoral comum, demonstrando o aumento do diãmetro femoral, no terço médio da coxa, em que a presença de fluxo venoso
venoso com relação ao arterial. Quando essa relação não for tão de baixa velocidade peritrombo, não demonstrada durante a respira-
evidente, comparar com a veia homônima contralateral. ção espontânea, foi evidenciada pela manobra de compressão distal
ao local examinado.
Fig. 16.6 Imagem em modo Doppler colorido, em corte longitudinal, Fig. 16.7 Imagem em modo Doppler colorido, em corte longitudinal,
sobre a bifurcação da veia femoral comum, evidenciando presença sobre o trajeto da veia femoral no terço médio da coxa, evidencian-
de material anecóico na luz da veia femoral comum e inversão de do presença de fluxo contínuo no traçado. Mesmo paciente da Fig.
fluxo na veia safena magna por sangue proveniente da veia femoral 16.5.
profunda (não visualizada nessa imagem).
170 Trombose Venosa Aguda dos Membros Inferiores e Superiores
. PROTOCOLO
, PARAO
DIAGNOSTICO DEFINITIVO DE
TROMBOSEVENOSA SUPERFICIAL
(TVS)EM MEMBRO INFERIOR
Não há necessidade de jejum. Posição do paciente em
decúbito dorsal horizontal.
. Equipamento ajustado para exame venoso.
. Escolha do transdutor de preferência linear de 4-7
MHz.
. Cortes ultra-sonográficos transversais ao vaso acome-
. tido.
No modo Doppler colorido ou em modo B, exami-
nar a veia em todo seu trajeto. A manobra básica é a
compressão suave com o transdutor ao longo da veia
a cada 5 em. Complementa o estudo o exame com o Fig. 16.9 Imagem em modo Doppler colorido, em corte longitudinal
transdutor longitudinalmente à veia pesquisando com na face póstero-medial da perna, evidenciando material anecóico da
luz de veia varicosa (varicoflebite).
o cursor do Doppler a fasicidade do fluxo venoso com
a respiração e sua relação com manobras de compres-
Critériosparao diagnósticodefinitivode
TVSem membroinferior
. Ausência de compressão da luz venosa.
.
. Ausência de fluxo ao Doppler (Fig. 16.8).
Sinal ausente com as manobras de compressão distal
. ou proximal ao exame.
Presença de material anecóico na luz venosa, não
compressível, mais bem definido no modo colorido
(Fig.16.9). .
. PROTOCOLO PARAO
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DE
TVP EM MEMBRO SUPERIOR
Não há necessidade de jejum. Posição do paciente em
..
decúbito dorsal horizontal.
Equipamento ajustado para exame venoso.
Escolha do transdutor de preferência linear de 5-10
MHz, sendo que em obeso pode ser necessário o cur-
axilar a manobra básica é a compressão suave com o . Sinal ausente com as manobras de compressão dista!
transdutor ao longo do membro a cada 5 cm. Em área
em que houver dúvida quanto à compressão venosa,
pode ser utilizado o modo B com Doppler ou o modo
. ou proximal ao exame.
Presença de material anecóico na luz venosa, não
compressível, melhor definido no modo colorido
colorido com pesquisa da fasicidade do fluxo venoso
com a respiração. Pode-se complementar a pesquisa
com manobras de compressão manual dista! ou proxi-
. (Fig.16.12).
Fluxo contínuo ao Doppler na oclusão parcial da veia.
Critériosparao diagnósticodefinitivode
TVSem membrosuperior
Fig. 16.11 Imagem em modo Doppler colorido, em corte longitudi- . Ausência de compressão da luz venosa.
nal no terço proximal do braço, evidenciando material anecóico na
luz da veia braquial e da veia braquial profunda pérvia escoando por
colaterais (não demonstradas nessa imagem).
.
. Ausência de fluxo ao Doppler.
Sinal ausente com as manobras de compressão distal
. ou proximal ao exame.
Presença de material anecóico na luz venosa, não-
compressível, mais bem definido no modo colorido.
" Fluxo contínuo ao Doppler na oclusão parcial da veia.
Fig. 16.12 Imagem em modo Doppler colorido, em corte longitu- Seqüênciado exameparatromboseisolada
dinal na fossa supraclavicular, evidenciando presença de material de perna
anecóico ocluindo parcialmente a luz e com presença de fluxo pe-
ritrombo. . Exame diagnóstico inicial.
- - -- --
Trombose Venosa Aguda dos Membros Inferiores e Superiores
. Exame antes da suspensão do anticoagulante oral (3-6 de trombose isolada de veias da panturrilha,17 mas pode
meses), com pesquisa da recanalização e do refluxo. haver propagação do trombo para veias mais proximais
em 20% dos casoS.18.l9
Nos casos de rastreamento ou suspeita de embolia
Seqüênciado exameparatrombosevenosa pulmonar, o exame deve ser feito bilateralmente. Porém,
proximal ainda se discute a realização do exame bilateralmente
.
.
Exame
Exame
diagnóstico inicial.
antes da suspensão do anticoagulante oral (6
nos casos sintomáticos
aceita por alguns
unilaterais,
autores
sendo a orientação
de ser feita somente no lado
sintomático. 19.20,21
meses) com pesquisa da recanalização e do refluxo.
.
.
Exame
fluxo.
após 1 ano para avaliar a recanalização
caso ocorram
. -
INFORMAÇOES INDISPENSA VEIS
PARA O LAUDO
,
.. (ideal) .
Ausência de compressão da luz venosa.
Presença de material anecóico na luz venosa (melhor
Presença de duplicação venosa (Fig. 16.13).
.. no modo colorido).
Ecogenicidade do tromba.
Relação do diâmetro venoso com o arterial.
. Sinal ausente com as manobras de compressão distal
.. ou proximal ao exame.
Ausência de fluxo ao Doppler.
Fluxo contínuo ao Doppler na oclusão parcial da
veIa.
. Presença ou não do refluxo venoso (>0,5 s).
. LIMITAÇÕESDA
ULTRA-SONQGRAFIA Fig. 16.13 Imagem em modo Doppler colorido, em corte transversal
VASCULAR NA TVP na fossa poplítea acima da interlinha articular, evidenciando veia
de das veias.
. Feridas no local do exame (pode ser contornada pelo
. Aparelhos gessados.
Dor no membro acometido.
. SITUAÇÕESESPECIAISE
CONTROVERSAS
As veias profundas da perna apresentam alguma dificul-
dade diagnóstica, pois estão no meio da massa muscular,
possuem vasos colaterais e geralmente a região está ede-
Fig. 16.14 Imagem em modo Doppler colorido, em corte longitudi-
maciada.I4-16 A importância do diagnóstico da 1VP nessa nal sobre o trajeto da safena magna próxima à prega inguinal, evi-
região ainda é, para alguns, controversa. Porém, existe denciando presença de material anecóico ocluindo parcialmente a
a possibilidade. de que a embolia pulmonar possa partir luz e com fluxo peritrombo.
. .'.'
~
r
4. Lindqvist R. Ultrasound as a complementary diagnostic meth-
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venous thrombosis. Ann Vasc Surg 2004;18(5):552-7.
Fig. 16.15 (A) Imagem em modo Doppler colorido, em corte trans- 15. Polak JF, Culter SS, Leary DHO. Deep veins of the caIr: as-
versal na fossa poplítea, evidenciando a presença de hematoma na sessment with calor Doppler flow imaging. Radiology
massa muscular e veias poplítea e gemelares pérvias. (8) Imagem 1989;171(2):481-5.
em modo Doppler colorido, em corte longitudinal na perna, eviden- 16. Yucel EK, Fisher JS, Egglin TK, Geller SC, Waltman AC. Iso-
ciando a presença de tumor de partes moles comprimindo as veias lated calfvenous thrombosis: diagnosis with compression ultra-
tibiais posteriores. sound. Radiology 1991;179(2) :443-6.
17. Robertson PL, Goergen SK, Waugh JR, Fabiny RPJ. Calor assist-
ed compression ultrasound in the diagnosis of caIr deep venous
thrombosis. MedicalJoumal of Australia 1995;163(10):515-8.
. Na trombose superficial, a distância da desemboca- 18. Bartter T, Hollingsworth HM, Irwin RS, Bianco JA, Frid DJ,
dura na veia profunda e/ou presença de perfurante DalenJE. Pulmonary embolism from a venous thrombosis 10-
~I;-
I
1i
CAPÍTULO 17
Insuficiência
Venosa Crônica-
Síndrome Pós-trombóticae Varizes
.
. Esclarecimento sobre o procedimento a ser realizado. . partimentos supra-inguinal, femoral, poplíteo e sural.
Sistema venoso superficial e veias perfurantes.
Escolha de transdutor linear de alta freqüência (7-12
MHz) para avaliar estruturas superficiais, e de freqüên-
cia menor (2-5 MHz) para estruturas profundas, ten-
do como opção a utilização dos transdutores setoriais
e convexos.
. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA
O SISTEMA VENOSO PROFUNDO
. Equipamento ultra-sonográfico de alta resolução: os As Figs. 17.10 a 17.26 exemplificam as alterações em cada
ajustes (otimização do frame rale e do PRF, controle de compartimento do sistema venoso profundo, com a me-
ganhos, filtros, ângulo de insonação, uso de imagens todologia utilizada no diagnóstico e no rastreamento.
175
InsufiCiênCia Venosa Crônica ~ S'índrome Pos-trombótica e Varizes
-- ---
~
g
I
Figs.17.3 e 17.4 Posição ortostática, membros se-
parados, leve rotação externa associada à flexão
genicular do membro a ser examinado; observar
coxim para auxiliar no apoio. Peso do corpo
apoiado prinCipalmente no membro contralate-
ral. No detalhe, o transdutor está posicionado na
região inguinal para estudo da junção safenofe-
moral e a concomitante manobra de compressão
manual distal. A manobra de Valsalva pode ser
realizada quando não se chega a uma conclusão
sobre a competência da válvula ostial.
Figs. 17.12 e 17.13 Doppler em cores da junção safenofemoral evidencia a separação do fluxo pela trabécula luminal na veia femoral comum
e fluxo reverso na junção com a safena magna (colateralização); o Doppler pulsado mostra fluxo contínuo conseqüente a obstrução de reper-
cussão hemodinâmica no segmento iliacofemoral.
Figs. 17.14 e 17.15 TrabecuLação luminal e trombo residual na veia femoral comum; durante a compressão, o diâmetro da femoral comum
semicompressível foi de S,Smm (massade trombo r~sidual).
Figs.17.16 e 17.17 Trombo recanalizado parcialmente na veia femoral; separação do fluxo ao mapeamento em cores.
-
Fig. 17.18 Veia femoral com refluxo com duração >1 s.
Figs.17.19 e 17.20 Veia poplítea no eixo transverso durante a compressão apresentando diâmetro de 1,8 mm; à descompressão, observa-se
a trabeculação luminal.
Figs.17.21 e 17.22 Veia poplítea trabeculação luminal; ao Doppler colorido, observa-se separação do refluxo.
Insuficiência Venosa Crônica - Síndrome Pós-trombótica e Varizes
I
Figs. 17.25 e 17.26 Doppler pulsado com refluxo (>0,5 s) nas veias tibiais posteriores e fibulares.
-
B.M.C.L.
sistema ven()so-p,rofundo
Trombo antigo
. Dados sobre as seqüelas anatômicas da trombose ve- recanalizado e refluxo
nosa (retração vascular, trombo residual ej ou parie-
tal, espessamento intimal, trabeculação luminal, cola-
II!B Trabécula e refluxo
.. teralização) .
Localização, extensão do segmento acometido.
Informar sobre o aspecto qualitativo da obstrução.
. Diâmetros das veias femaral comum (no nível dajun-
ção safenofemoral) e poplítea durante a compressão,
caso exista trombo residual, propiciando mais um pa-
râmetro para o diagnóstico da retrombose em exames
. nD futuro.
Identificação
tensão.
de refluxo com sua localização e sua ex-
aspectos supracitados.
Por último procedem-se a mensuração dos diâme-
. perfurantes insuficientes.
Diâmetros das safenas e das perfurantes insuficientes.
Figs. 17.33 e 17.34 Doppler pulsado e em cores (triplex) da safena magna com refluxo (duração >0,5 s) à esquerda e ausência do refluxo à
direita.
Figs. 17.35 e 17.36 Junção parvopoplítea insuficiente; Doppler pulsado e Doppler em cores. É importante fornecer o diâmetro da crossa, a
distância da face plantar ou da prega poplítea (acima ou abaixo) e, no caso de variante anatôrnica, o tipo da conexão.
Insuficiência Venosa Crônica - Síndrome Pós-trol11bóti<:.a
e
Figs. 17.37 e 17.38 Perfurante de Cockett insuficiente (duração do refluxo maior que 0,35 s), distando 20 cm da face plantar. Observar a
orientação do fluxo do sistema profundo para o superficial. O diâmetro da perfurante deve ser medido imediatam,ente"antesda transposição
da fáscia. '
N.C.S.
L M p
70 cm acima
MIO
.
.
LIMITAÇÕES
Alterações tróficas da pele (dermatoesclerose) podem
.
1.
REFERÊNCIAS
Haenen, JH; vau Langen, H; Janssen, MCH et ai. Venous Du-
produzir sombras acústicas que impedem a visualiza- plex Scanning of lhe leg: range, variability and reproductibil-
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\
'" ,., "0
~YI
'. , ..'M""- L I ' .. ~
~ ~
4 I
CAPÍTULO 18
MapeamentoVenoso e Arterial para
UtilizaçãocomoSubstitutoVascular
Revascularização miocárdica
Introdução Revascu larização periférica
A safena autóloga começou a ser usada como substituto Confecção de fístula arteriovenosa para acesso de
arterial nas obstrução femoro-poplítea pela primeira vez hemodiálise*
por Kulin,l em 1949. Ela é considerada, pela maioria *Esse tópico será discutido em outro capítulo.
dos cirurgiões vasculares, como o melhor substituto vas-
cular para artérias de pequenos e médio calibres.2 En-
tretanto, 8,5-30% dos pacientes3 que necessitam de re- . Pacienteem posiçãode Trendelenburgreversopara
vascularização não dispõem de safena autóloga, uma vez a avaliação da perviedade do sistema profundo e da
safena.
que se submeteram previamente a safenectomia ou suas
safenas não são adequadas devido aos seus diâmetros, . Utilização de transdutor linear de 5-12 MHz, depen-
extensão, presença de trombose, inflamação, estenose dendo da região a ser estudada, podendo, para estudo
e/ ou dilatações.
Com o advento da ultra-sonografia vascular com
Doppler, tem sido possível informar o estado anatômico
e funcional das safe nas magna e da parva, objetivando
fornecer para o cirurgião cardiovascular parâmetros que
possam ajudá-lo a decidiI; se são adequadas como substi-
tuto vascular.4
Indicações
A revascularização miocárdica e periférica, e a confecção
de fístula arteriovenosa são as principais indicações clíni-
cas (Quadro 18.1).
Protocolode exame
Paciente em posição ortostática apoiando o peso do cor-
po no membro contralateral e mantendo o membro ava-
liado relaxado e levemente fletido para que se realize a Figo 18.1 Transdutor aplicado no trajeto da safena magna, que está
medida dos diâmetros internos da safena (Fig. 18.1). marcado em preto na pele.
185
Mapeamento Venoso e Arterial para Utilização como Substituto Vascular
Quadro 18.3
Safena não-apropriada
Diâmetro interno da veia 3 mm (critério não absoluto)
Safena magna ou parva ocluída ou com seqüela de trombose
(Figs. 18.4 e 18.5)
Sistema venoso profundo ocluído ou parcialmente ocluído
Fig. 18.3 Corte da safena magna com fluxo colorido, mostrando que
ela está pérvia.
------ ----
- _-_d -~f
Quadro 18.4 Quadro 18.5
Informações indispensáveis para o laudo Critérios (USV)na seleçãoda artéria radial para utilização
como enxerto
Diâmetro interno da safena na junção safenofemoral ou
safenopoplítea, terços superior, médio e inferior da coxa e Perviedade das artérias radial e ulnar
L da perna
Diâmetro >2,5 mm da artéria radial
Perviedade da safena magna com descrição da extensão dos
segmentos anal isados Ausência de ateromatose significativa na artéria radial e
ulnar
Perviedade ou não do sistema venoso profundo
Avaliação indireta dii} integridade do arco palmar
Se possível, desenho esquemático da veia com seus
respectivos diâmetros (Fig. 18.6)
Indicação
acessórias anteriores, as basílicas e as cefálicas candidatas A principal indicação da avaliação da artéria radial para
para o papel de substituição de segmentos arteriais de utilização como enxerto é a doença coronária obstrutiva
menor extensão, sejam como únicas, ou em anastomoses com indicação cirúrgica.
contínuas factíveis nos membros inferiores.
Protocolo de exame
. SELEÇÃO DA' ARTÉRIA RADIAL .. Paciente em decúbito dorsal.
PARA UTI LlZAÇÃO COMO Transdutor linear de 7-12 MHz, com ajuste da profun-
ENXERTO AORTOCORONÁRIO
. didade e ganho no modo B.
Avaliação anatõmica da parede arterial (calcificação,
ateromatose) e medida do diâmetro da artéria radial
Introdução
utilizando o corte ultra-sonográfico transverso em
A utilização da artéria radial como enxerto aortocoroná- pelo menos 3 níveis, ou conforme necessário: punho,
rio tem-se mostrado, segundo alguns autores, superior ao segmento médio do antebraço e próximo ao cotovelo
uso da veia, devido à semelhança entre os calibres arte-
riais, à mesma constituição
de patência.5
da parede e ao maior tempo . (Fig. 18.7).
Mapeamento em cores do fluxo para avaliação da per-
viedade e identificação das estenoses nas artérias ul-
O estudo da circulação colateral ulnar para suprir a
mão é imprescindível
para utilização
antes da retirada da artéria radial
em enxertos coronarianos. A manobra de
. nar e radial (Fig. 18.8).
Estudo com Doppler pulsado: divide-se em duas fases.
A Ia fase é estática e nela obtêm-se o padrão de fluxo
Allen começou a ser utilizada na prática clínica em 1929, e as medidas dos picos de velocidade sistólica nas arté-
Mapeamento Venoso e Arteriat para Utilização como Substituto 'Vascúlar
Quadro 18.6
Informações indispensáveis para o laudo
Perviedade das artérias radiais e ulnares
!,
I
1
Fig. 18.8 Corte transversal da artéria radial e medida do diâmetro
ântero-posterior.
mm4 J
3 ~:fl /
t
,
4. Barros FS, Pontes SM, Lima ML, Henrique JS, Roldi ML, Rei
Situações
especiaise controversas
. Presença de calcificação na artéria radial que impede
F, Carone Jr J, Moises S. Mapeamento da safena interna com
ecocolor Doppler no pré-operatório de cirurgia de revasculari-
zação miocárdica. Rev Bras Cir Cardiovasc 1999;14(4) :303-7.
.
atomic assessment of hand ciculation in harvesting lhe radial
artery.J Thorac Cardiovasc Surg 2001; 122: 178-80.
7. Ruengsakkuhach P, Brooks M, Sinclair R, Have D, Gordon
REFERÊNCIAS I, Buxton B. Prevalence and prediction of calcification and
plaques in radial artery grafts by ultrasound. J Thorac Cardio-
1. Kulin J. Le traitment de l'arérite oblitérante par lá greffe vei-
vasc Surg 2001; 122: 398-9.
neuse. Arch Mal Coeur 1949; 42: 37. 8. Cagli K, Vzun A, Emir M, Bakay V, Vias M, Sener E. Corre-
2. HalletJrJ, Brewster DC, Darling Rc. The limitations ofpolytet- lation of modified allen test with Doppler ultrasonography:
rafluoroethylene in lhe reconstruction of femoro-popliteal Asian Cadiovasc Thorac Ann 2006; 14(2): 105-8.
and tibial arteries. Surg Gynec Obst 1981; 152:819-2. 9. Barros FS, Pontes SM, Lima M el. ~l. Seleção da artéria radial
3. GonzalesJ, Maffei FHA, Moura R. Pró teses e enxertos vascula- para utilização como enxerto aortocoronário: Avaliação pré-
res. Em: Maffei FHA. Doenças vasculares Periféricas. 3ed, Med- operatória com ecocolorDoppler e fotopletismografia digital e
si Editora Médica e Científica Ltda, 2002: 791. confirmação por avaliação cirúrgica.
-1
, "
~
1\1
iãI!J
à;
"."
CAPÍTULO 19
VarizesPélvicas
-'.
'" . INTRODUÇÃO
As varizes de origem pélvica representam uma causa im-
Quadro 19.2
Formasde apresentaçãodas varrzes pélvicas
Restrita ao compartimento pélvico
portante de refluxo sem relação direta com o sistema de
safenas.1 Elas podem ser restritas à região pélvica propria- Transferência de refluxo através de tributárias para a região
I
I mente dita ou colateralizar para a região perineal, vul- perineal e vulvar (Fig. 19.1)
J var ou os membros inferiores. Podem ser identificadas Transferência de refluxo para o sistema de veias safenas,
indiretamente pela ultra-sonografia vascular (USV) dos magna ou parva (Fig. 19.2)
membros inferiores ou de forma direta por via intrava- Tributárias paralelas ao eixo da safena magna ou parva
ginal. A flebografia continua sendo o exame diagnóstico (Fig. 19.3)
considerado o padrão.
Varizes subfasciais na face posterior da coxa, relacionadas
A manifestação clínica é geralmente representada com remanescentes de veias isquiáticas (Fig. 19.4)
pela síndrome de congestão pélvica, constituída por
sintomas de peso na região pélvica, dispareunia, asso-
ciada ou não a insuficiência venosa. Acomete mais mu-
lheres multíparas e afeta predominantemente o lado o diagnóstico das varizes pélvicas pode ser feito de 2
esquerdo. maneiras. A I' é representada por achados em exames rea-
As principais indicações para a investigação das vari- lizados com outras finalidades, como a rotina ginecológica
zes pélvicas estão listadas no Quadro 19.1. ou o mapeamento ultra-sonográfico para o tratamento ci-
As principais formas de apresentação das varizes rúrgico das varizes, e a 2' quando os sinais e sintomas referi-
pélvicas são aquelas que se restringem ao território dos pela paciente levam a uma investigação dessa afecção.
pélvico propriamente dito ou representada por tri- A investigação ultra-sonográfica para o diagnóstico
butárias que ultrapass~m a barreira pélvica-perineal das varizes pélvicas constitui-se de 3 etapas: ultra-sono-
e transferem o' refluxo para os membros inferiores grafia vascular transabdominal; ultra-sonografia vascular
(Quadro 19.2). intravaginal; ultra-sonografia vascular dos membros infe-
nores.
Quadro 19.1
Indicações da USV para varizes pélvicas
. ULTRA-SONOGRAFIA
TRANSABDOMINAl
VASCUlAR
191
~
v/
1I
,
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~ (,~r/
r- ~
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'. Tributárias
intramusculares
(isquiáticas)
Jf
l(i
Fig. 19.5 Compressão venosa extrínseca, (A) Compressão da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca direita (May-T'humer). (B) Compressão da
veia renal esquerda pela artéria mesentérica superior (quebra-nozes),
. ULTRA-SONOGRAFIA
INTRAVAGINAl
VASCUlAR
Quadro 19.3
Ultra-sonografia vascular intravaginal para investigação
de varizes pélvicas
. Paciente em posição ginecológica.
. Transdutor intracavitário de 4-8 MHz envolvido por
material estéril (camisinha). O transdutor é introduzido
no canal vaginal com a marca da sonda direcionada para
baixo. Assim temos a identificação das estruturas pélvicas
em sentido longitudinal. O corpo do útero normalmente
é identificado anteriormente e o colo, posteriormente. Os
ovários estão localizados em cima dos vasos ilíacos.
. Com pequenos movimentos laterais, direcionamos o
transdutor para os lados esquerdo e direito para pesquisa
dos vasos dilatados na região anexial.
".
. Identificados os vasos dilatados, avalia-se a presença de
refluxo utilizando a manobra de Valsalva (Fig, 19.6).
. Medida do diãmetro das veias dilatadas (Fig. 19.7).
Fig. 19.6 Ultra-sonografia intravaginal. (A) Vasos perianexiais dilata-
dos, tortuosos e insuficientes durante manobra de Valsalva, (B) Reflu-
xo demonstrado pelo Doppler pulsado.
~ ..
..
Fig. 19.7 Medida do diâmetro das varizes pélvicas (USV intravaginal). (A) Varizes pélvicas com fluxo em repouso (azul). (8) Diâmetro da variz
>8 mm durante manobra de Valsalva. Observar o refluxo demonstrado em vermelho, pelo Doppler colorido.
A diferenciação da origem das varizes pélvicas se do protocolo descrito para os exames de veias superficiais e
plexo gonadal ou hipogástrico for uma das dificuldades profundas dos membros inferiores.
do ultra-som. O valor da ultra-sonografia pélvica é identi- A recidiva de varizes ocorre em até 52% em 5 anos
ficar as varizes pélvicas como possível causa dos sintomas e as varizes de origem abdominal ou pélvica representam
apresentados pela paciente e, se necessário, para posterior 17%.2,3
confirmação flebográfica, caso indicado o tratamento. O tratamento das varizes pélvicas pode ser conser-
vador, cirúrgico ou intravascular por embolização. A úl-
. ULTRA-SONOGRAFIA V ASCULAR
tima forma de tratamento
so por alguns
tem sido descrita com suces-
autores que seguem um algoritmo (Fig.
DOS MEMBROS INFERIORES 19.8) para pesquisa e tratamento das varizes pélvicas. A
seleção do paciente para o tratamento intravascular é a
A USV dos membros inferiores tem como objetivo identi- presença de varizes pélvicassintomáticas com diâmetro
ficar as tributárias originadas na pelve, e segue o mesmo ;:::-: 8 mm4 (Fig. 19.9).
Paciente sintomático
." j
USV MMII USV pélvica
r r
Varizes com provável origem pélvica
1/[ Varizes >8 mm
[
J
Flebografia confirma
TTT endovascular
Fig. 19.9 Varizes pélvicas. Pré e pós-tratamento por embolização (USVintravaginal). (A)Varizes pélvicas antes do tratamento. (8) Oclusão das
varizes pós-tratamento por embolização. Observar a presença dos espirais identificadQ,<;
pelas setas como uma estrutura mais hiper-refringente
com relação aos tecidos periadjacentes.
Além do seguimento clínico das pacientes submeti- terapêutico. Para tanto, sugerimos que as informações
dos ao tratamento vascular, recomenda-se a ultra-sono- consideradas necessárias ao cirurgião vascular devam
grafia vascular intravaginal no 12, no 32, no 6<'meses e constar no laudo do exame (Quadro 19.5).
l anualmente.5
.
Quadro 19.5
Informações indispensáveis ao laudo de USV pélvicas
LIMITAÇÕES Informar a existência ou não das varizes pélvicas
As principais limitações para o estudo ultra-sonográfico para Identificar sua localização (direita, esquerda ou bilateral)
a investigação de varizes pélvicas são a presença de gases
Informar o diâmetro dos vasos dilatados
intestinais e obesidade (etapa transabdominal), a diferen-
ciação entre a origem das varizes no plexo gonadal ou hi- Informar a existência ou não de síndrome venosa
pogástrico, a falta de treinamento médico e a utilização de compressiva (May-Thurner ou quebra-nozes)
máquinas com baixo poder de resolução (Quadro 19.4). Informar sobre a perviedade do sistema venoso profundo
(veia cava inferior e veias ilíacas e membros inferiores)
. INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS
Especificar de modo descritivo e esquemático as varizes dos
membros inferiores
.
PARA O LAUDO
A associação do exame vascular dos membros inferiores
para o mapeamento das varizes, o exame transabdominal
REFERÊNCIAS
para investigação de síndrome venosa compressiva e a 1. Labropoulos N, TiongsonJ, Mansour MA et aL Nonsaphenous
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porcionam um estudo completo das varizes subdiafrág-
rence after varicose veio surgery (a prospective long-term
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Quadro 19.4 patient with recurrent varices after surgery (REVAS). J Vasc
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Intravaginal: lagos venosos muito dilatados, dificultando a bolisation, Joumées d'imagerie cardiovasculare diagnostique
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5. Monedero JL, Ezpeleta SZ, Castro FC et ai. Recidiva varicosa de
Falta de treinamento médico etiologia pélvica. Em: ThomazJB, et ai. Tratado de Flebologia
Máquinas com baixo poder de resolução e Linfologia. Rio de Janeiro: Livraria e Editora Rubio; 2006. p.
301-322.
-
I
~
Indice Remissivo
A uexame da, 132 u-indicação, 187 Células gigantes, arterite de, 162
Acidente vascular cerebral, 17 -nem paciente com lesões significativas ---protocolo de exame, 187 Circulação colateral venosa, 114
Adson, manobra de, 60 no segmento aortoilíaco, 132 h-situações especiais e controversas, 189 Coagulação, 160
h-superficial pós-endarterectomia, 150 -renal,122 - distúrbios da, 160
Adventícia, doença cística da, 164
-usuperficial pré-endarterectomia, 150 n técnica de avaliação, 99 -teste de, 256
- na artéria poplítea, 164
u medidas realizadas na, em paciente -udireta, 101 Cockett, perfurante de, insufiente, 183
Aliasing, 10
sem lesões significativas no segmento n-indireta, 99 Colorização da imagem modo B, 7
Alterações da parede arterial, 55
aortoilíaco, 141 -temporal. 162 Complexo trombina-antitrombina, 256
Amaurose fngaz, 17
u oclusão da, superficial em portador de -tibial, exame da, 133 Composição da imagem, 7
Análise espectral, 20
Anastomose(s) isquemia arterial no membro -ulnar, 59 Compressão
inferior, 162 --corte longitudinal da, 188 - do tronco celíaco, ultra-sonografia
- arterial término-lateral, 118
utrombose da, 161 direita, ultra-sonografia vascular da, 59 vascular na investigação da, 93-97
- artério-venosas, 63 n
- fibular, exame da, maneira de posicionar -vertebrais, ultra-sonografia das, 47-53 u critérios diagnósticos, 94
-de enxerto femoropoplíteo, 148 --classificação anatômica, 47
Aneurisma(s), 39, 56, 68,159 o transdutor para, 143 nindicações, 93
-ilíaca, 80 --critérios diaguósticos, 47
- da aorta abdominal, 71 u-dissecção, 48
ninformações para o laudo, 97
u endofibrose da, em atletas de alto nlimitações da ultra-sonografia vascular
ucritérios diagnósticos para 0,75 ---hipoplasia, 48
desempenho, 164 no estudo, 96
nindicações clínicas para avaliação ---lesão obstrutiva, 47
u oclusão da, 80 técnica de avaliação para diagnóstico,
do, 75 h-padrão de fluxo na artéria vertebral de
n
93
- - pseudo-aneurisma da, com fístula
uinformações necessárias no relatório acordo com a obstrução subclávia, 50
arteriovenosa pós cateterismo - extrínseca da veia ilíaca, ultra-sonografia
médico, 76 cardíaco, 160 -nsíndrome do roubo da subclávia, 50
vaseular para, 127-129
uprotocolo, 75 - intra-renais, posicionamento da amostra uprotocolo de exame, 47
Arterite u critérios de avaliação no seguimento, 129
_u de enxerto-stent endovascular, 76
do Doppler pulsado nas, 118 critérios diagnósticos, 128
-de células gigantes, 162
n
-ude seguimento do, 76 - mesentéricas, estudo das, 83-91 -de Takayasu, 39,162
n- definitivo, 128
-u de ultra.som vascular para o, 75 ucritérios para o diagnóstico de estenose n- técnica indireta, 128
- da artéria ilíaca, 78 -do tecido conjuntivo, 162
da artéria mesentérica emjejum, 85 n indicações, 127
-na fossa poplítea, 159 uformas de onda da artéria mesentérica -espessamento intimal devido à, 41
nlimitações da, 129
-temporal, 42,162
- pseudo-aneurismas, 59 obtidas por Doppler emj<cjum, 84 --protocolo, 127
u definições, 43
-verdadeiros, 56 u indicações para ultra-sonografia --- de seguimento pós-tratamento, 128
vascular das artérias mesentéricas, 83 useqÜência de exame, 43
Angiofibroma, 163 n- para diagnóstico definitivo, 128
Ataque isquêmico transitório, 47
Angioplastia da artéria carótida guiada u isquemia intestinal crônica, 83 Atenuação, 5
_upara rastreamento e avaliação indireta,
pela ultra.sonografia vascular, 36 u outros usos para ultra-sonografia 127
Ateromatose, 65, 20 -técnica de, 155
Angiossarcoma, 163 vascular mesentérica, 89
Aterosclerose, 55 n das artérias distais, 157
Ângulo de insonação, 9 nrecomendações, 90
- - técnica da ultra-sonografia vascular -fatores de risco para, 131 -vascular, aprisionamento e, 163
-erros devidos a estimativas do, 9
mesentérica, 84 Atletas de alto desempenho, endofibrose Congestão, III
Aorta abdominal, 75 da artéria ilíaca em, 164
-aneurisma da, 75 u ultra-sonografia vascular, 84 -pélvica, síndrome de, 191
-nmesentérica pós-prandial, 87 B -venosapélvica, 111
- endoprótese da, 79 Controles de ganbo, 5
Artéria(s) h-na década de 1980, 84
h-na década de 1990, 84 Behçet, doença de, 162 Coxa, varizes subfaciais na face posterior
-axilar, 162 Brilho sangüíneo, 12 da, 192
udireita, 60 -poplítea, 144
udilatada, 159 Bulbo carotídeo, 19 Crioglobulinemia, 162
uestenose na, 162 Critérios para graduação de estenose das
udoença cística da adventícia na, 164 c
- braquial, 162 uestenose não hemodinamicamente carotídeas, 21
udireita, 56 significativas localizada na, 145 Carótida(s)
n-oclusão da, 58 D
uobstrução da, 146 - acbados na ultra-sonografia vascular das,
-uultra-sonografia vascular da, 56 --placa homogênea localizada na, com pós-endarterectomia, 28 Dedo azul, síndrome do, 131
-carótida, 163 textura ecográfica constante, 144 -dissecção espontànea da, 45 Delaminação da íntima, 50
-de grande calibre, 162 --síndrome de aprisionamento da, 163 -interna, 23 Derivações arteriais, critérios de avaliação
-de médio calibre, 162 - radial naneurisma da, 40 das, 109
-de pequeno calibre, 162 ucorte longitudinal da, 188 - - displasia fibromuscular da, 40 Dermatite ocre, 127
- distais, técnica de compressão das, 157 u direita, ultra-sonografia da, 58 noclusão da, 23 Desfiladeiro torácico, síndrome do, 163
-femoral,132 u distal, trombose da, após punção para - tortuosidade da, 43 Desobstrução da artéria subclávia pós-
ncomum, 153 monitorização da pressão arterial, 161 Cateterismo cardíaco, pseudo-aneurisma tratamento trombolítico, 52
--dissecção da, em uma placa u esquema das medidas obtidas na, 188 da artéria ilíaca com fístula Disfagia, 17
aterosclerótica pós-<:ateterismo useleção da, para utilização como arteriovenosa pós, 160 Dispersão, 4
cardíaco, 160 enxerto aortocoronário, 187 Cefaléia, 42 Displasia fibromuseular, 39, 161
197
,
h
Índice Remissivo
Dissecção -tipos de exame, 19 Extremidades, trombose venosa aguda ---indicações mais freqüentes, 65
- da artéria femoral em uma placa --diagnóstico definitivo da doença das, 167-173 ---laudo final, 66 '
aterosclerótica pós-<:ateterismo carotídea, 20 - informações indispensáveis para o laudo, --pré-operatório,64
cardíaco, 160 ---critérios diagnósticos, 20 172 Henoch-Schonlein, púrpura de, 162
- espontãnea da carótida, 45 ---estudo do complexo médio-intimal, 27 -limitações da ultra-sonografia vascu1ar, 172 Heparina, 256
Distúrbios ---graduação da estenose da carótida - protocolo para o diagnóstico definitivo Hiperemia intestinal pós-prandial, 88
-de coagulação, 160 comum e externa, 24 de, 168 Hiperplasia, 67
-visuais, 42 -- rastreamento da doença carotídea, 20 --em membro, 168 -da íntima, 148
--bilaterais, 47 -- seguimento pós-tratamento cirúrgico
_h inferior, 168 - médio-intimal, 67
Doença(s) ou endovascular, 27 _h superior, 170, 171 Hipertensão renovascular, ultra-
-cardíaca, 160 ---achados na ultra-sonografia vascular - protocolo para o rastreamento de, 167 sonografia vascular para avaliação da,
- carotídea não-aterosclerótica, 39-46 --em membro, 167 99-11 O
das carótidas pós-endarterectomia, 28
--aneurismas, 39 -- - inferior, 167 - critérios
Doppler emjejum, formas de onda da
-- arterite de Takayasu, 39 ---superior, 167 --de avaliação, 107
artéria mesentérica obtidas por, 84
-- displasia fibromuscular, 39 Dor pélvica crõnica, 111 -protocolo para seguimento pós- ---das derivações arteriais, 109
tratamento em membros inferior e
-- dissecção, 41 ---das endopróteses, 107
E superior, 171
-- situações especiais, arterite temporal, 42 --diagnósticos indiretos, 100
- -- definições, 43 -- critérios de avaliação no seguimento, 172 ---hilares, 100
Ecografia, 3 -- seqüência de exame para trombose, 171
---seqüência de exame, 43 -dúplex, 8 -- para diagnóstico definitivo, 104
-- tortuosidades, 39 ---isolada de perna, 171
Edema, 127 --,de imagem e mapeamento em cores
--trauma, 41 ---proximal,l72
Endarterectomia, 29, 150 do fluxo, 104
- - tumor do seio carotídeo, 41 - situações especiais e con trovérsias, 172 ---hemodinâmicos, 104
-das carótidas somente com a ultra-
- cística da adventícia na artéria poplítea, 164 sonografia vascular, 33 F - indicações, 99
-de Behçet, 162 Endofibrose da artéria ilíaca em atletas de - informações para o laudo, 109
-de Kawasaki, 162 Fármacos imunossupressores, toxicidade
alto desempenho, 164 -limitações da ultra",onografia vascular
-vascular, suspeita clínica de, 131 causada por, 117 no estudo das artérias renais, 109
Endoprótese(s),76 Feixe de insonação linear, 6
Doença arterial -critérios de avaliação das, 107 - resistência vascular renal, 107
Fístula(s) arteriovenosa(s), 55
-obstrutiva,55 - da aorta abdominal, 79 - situações especiais, 106
- oclusiva periférica infra-inguinal, 131-158 - intra-renais, suspeita de, 117 - - alterações hemo dinâmicas e índice
Enxerto(s)
--critérios diagnósticos para o exame -aortocoronário, seleção da artéria radial -no parênquima renal, 121 renal-aorta, 106
peroperatório, 153 - pós-punção cervical, 45 - - aumento de resistência vascular intra-
para utilização como, 187
--informações indispensáveis para o --indicação, 187 -pseudo-aneurisma da artéria ilíaca com, renal, 107
laudo, 154 pós-<:ateterismo cardíaco, 160 - técnica de avaliação da artéria renal, 107
--protocolo de exame, 187
--limitações do exame na, 153 Fístulas arteriovenosas, análise das, para --direta, 101
--situações especiais e controversas, 189 hemodiálise, 63-69
--protocolo para diagnóstico definitivo, 143 -axilofemoral, exame de paciente --indireta, 99
---cortes ultra-sonográficos, 144 - complicações, 66 - - para seguimento pós-revascu1arização,
portador de, 155 --aneurisma, 68
---escolha do transdutor, 144 -com veia safena homóloga, 148 108
-- estenose, 67
---posicionamento do transdutor, 143 -de derivação, 89 Hipoplasia, 48
---preparo e posição do paciente, 143 - - hematomas e pseudo-aneurisma, 68
- femoropoplíteo, anastomose de, 148
-- - seqüência do exame, 144 - - infecções, 68
- iliofemoral, exame da região inguinal
--insuficiência cardíaca, 68
h-set-uPdo equipamento, 143 em paciente portador de, 154 Imagens
- in situ, 149 -- isquemia e síndrome do roubo, 68
-- protocolo para o exame peroperatório, - dinâmicas, 8
151 -ocluido confeccionado com Dacron, -- trombose, 66
- conceitos de hemodinámica, 63 --AIÜ1->ing,10
---cortes ultra-sonográficos, 153 149
- técnica do exame, 64 --ângulo de insonação, 9
- -- escolha do transdutor, 153 - pérvio, 149 -- brilho sangüíneo, 12
- renal, fluxo diastólico reverso na artéria - - pós-operatório, 65
_hpreparo e posição do paciente, 151 ---armadilhas e dicas, 66 -- ecografia dúplex, 8
---seqüência do exame, 153 segmentar do, 123 -- erros devidos a estimativas do ângulo de
- seleção de veia para utilização como, 185 ---critérios de estenose significativa,66 insonação, 9
---set-uPdo equipamento, 153
--protocolo para rastreamento, 131 --critérios, 186 ---indicações mais freqüentes, 65 --extravasamento de cor, 12
--indicações, 185 ---laudo final, 66 --fluxo, 10
- - - cortes ultra-sonográficos, 139 --pré-operatório, 64
---escolha do transdutor, 135 --informações indispensáveis para o - - - de cores unidirecional (pawerDoppler), 11
laudo, 186 Fluxo
---posicionamento do transdutor, 138 ---em cor bidirecional, 10
-- protocolo de exame, 185 - da artéria vertebral, 52
h_preparo e posição do paciente, 131 --freqüência versusvelocidade, 9
--situações especiais e controversas, 186 -de cores unidirecional (powerDoppler),11
---seqüência do exame, 139 - diastólico, 48 uimagem expandida, 12
Enxerto-stent endovascular, 76
h- set-up do equipamento, 133 - em --sinal Doppler, 8
_h situações especiais, 141
- critérios diagnósticos de, 76 cor bidirecional, 10
-- sopro, II
- - protocolo de, 76 -na artéria vertebral, padrão de, de
--protocolo para seguimento
pós-tratamento,
---cortes ultra-songráficos,
146
146
Estenose(s)
- da artéria, 49
--axilar, 162
. acordo com a obstrução subclávia, 50
- renal, avaliação do, pelo Power Doppler,
122
-- turbulência, II
--volume de amostragem, 9
-estáticas, 2
u atenuação, 5
---escolha do transdutor, 146 --subclávia, 51 Food and Drug Administration, 27
---freqüência de exames, 147 --vertebral,49 Fossa, 118 - - colorização da imagem modo B, 7
---preparo e posição do paciente, 146 -da veia, 65 - - composição da imagem, 7
- ilíaca direita, posição do transdutor na, 118
---seqüência do exame, 146 -- cefálica distal, 65 -- controles de ganho, 5
-poplítea, aneurisma na, 159
---set-updo equipamento, 146" --subclávia, 164 -- dispersão, 4
Freqüência, 6
--situações especiais, 153 . -de insonação, 6 uecografia, 3
- das carotídeas, critérios para graduação -- feixe de insonação linear, 6
---estenoses seqüenciais, 153 de, 21 - versus velocidade, 9
_hmassas satélites, 153 -- freqüência de insonação, 6
-de ilíaca com turbilhonamento, 79 Função renal, perda progressiva da, 117 -- imagem de brilho, 2
h-placas calcificadas, 153
-não hemodinamicamente significativas G --índice mecânico, 5
---tortuosidade, 153
localizada na artéria poplítea, 145 --monitor, 7
--tratamento dos pseudo-aneurismas, 155 GWmus (v. Tumor do seio carotídeo)
-seqüenciais, 153 --movimento, 7
-periférica não-aterosclerótica, 159-165 - ureteral, 117
--aneurismas, 159 -- número de focos, 7
Estudo(s) H
-- ondas, 3
-- aprisionamento e compressão vascular,
163 - das artérias mesentéricas, 83-91 Hemangioma, 163 ---eletrônicas, 4
--cística da adventícia, 164 --critérios para o diagnóstico de estenose Hemangiopericitoma, 163 ---mecânicas, 3
--displasia fibromuscular, 161 da artéria mesentérica emjejum, 85 Hematoma(s) , 68,153 --posição focal, 7
--dissecção arterial, 160 --formas de onda da artéria mesentérica -mural,50 --pós-processamento dos sinais de I
--endofibrose da artéria ilíaca em atletas obtidas por Doppler emjejum, 84 Hemodiálise, análise das fistulas radiofreqüência, 7
de alto desempenho, 164 -- indicações para ultra-sonografia arteriovenosas para, 63-69 -- reflexão, 4
hneurofibromatose, 163 vascular, 83 -complicações, 66 -- refração, 4
--trombose e eventos embólicos, 160 --isquemia intestinal crônica, 83 -- aneurisma, 68 -- resolução, 6
h tumores e malformações vasculares, 163 --outros usos para ultra-sonografia --estenose, 67 ---axial,6
--vasculite, 161 vascular mesentérica, 89 -- hematomas e pseudo-aneurisma, 68 ---lateral, 6
Doença carotídea aterosclerótica, - - recomendações, 90 -- infecções, 68 --- transversal, 6
ultra-sonografia vascular na, 17 ,- técnica da ultra-sonografia vascular --insuficiência cardíaca, 68 --transdução piezelétrica, 4 1
-indicações, 17 mesentérica, 84 --isquemia e síndrome do roubo, 68 --transformação de Fourier, 4
-protocolo de exame, 17 --ultra-sonografia vascular, 84 -- trombose, 66 -- transmissão, 5
--bulbo carotídeo, 19 ---mesentérica pós-prandial, 87 -conceitos de hemodinâmica, 63 -tridimensionais, 13
-- escolha do transdutor, 17 ---na década de 1980, 84 - técnica do exame, 64 Índice, 5 ,
-- otimização da máquina, 17 ---na década de 1990,84 -- pós-operatório, 65 - mecânico, 5
-- posição do paciente, 17 -do complexo médio-intimal, 27 ---armadilhas e dicas, 66 - renal-aorta, 106
--seqüência do exame, 18 Extravasamento de cor, 12 ---critérios de estenose significativa, 66 Injeção de trombina, 156
Insonação, 6 Membro(s) R --limitações da, 114
-ãngulo de, 9 - inferior, isqnemia arterial no, oclusão da Rastreamento da doença carotídea, 20 -- técnica de avaliação, 111
-- erros devidos a estimativas do, 9 artéria femoral superficial em - do ronbo da subclávia, 50
Reestenose, 28
-freqÜência de, 6 portador de, 162 -dolorosas em membros, 131
Reflexão, 4
-liuear, feixe de, 6 -síndromes dolorosas em, 131 - pós-traumática, insuficiência venosa
Insuficiência Refração, 4
- superiores, ultra-sonografia vascular nos,
Regiào crônica e varizes, 175-184
- arterial aguda, 55 55-61
- cardíaca, 68 -- aneurismas, 56
- epigástrica, posição do transdutor na, 112 --critérios diagnósticos para o sistema
- inguinal, exame da, 153 venoso profundo, 175
-- congestiva, 142 ---pseudo-aneurismas, 59
- cardíaca, 68 - - em paciente portador de enxerto ---informações indispensáveis no laudo,
---verdadeiros, 56 iliofemoral,154 180
-venosa crônica, síndrome pós-traumática -- doença arterial obstrutiva, 55 Resistência vascular, 107 - - critérios diagnósticos para o sistema
e varizes, 175 --limitaçôes e artefatos, 59 - intraparenquimatosa, 117 venoso superficial, 181
-- critérios diagnósticos para o sistema -- síndrome do desfiladeiro - intra-renal, aumento de, 107 --- exemplificação de caso, 182
venoso profundo, 175 cervicotoracoaxilar, 59 -renal,107,122 - - - informações indispensáveis no lando
---informaçôes indispensáveis no laudo, n- objetivos, 60 Revascularização miocárdica, 185
180 de mapeamento, 182
---situaçôes especiais, 61 Rim transplantado, 120 --limitações, 184
--critérios diagnósticos para o sistema - -- técnicas, 59 - isquemia focal no, 120 --protocolo, 175
venoso superficial, 181 Monitor, 7 - obstrução arterial no, 121 -pós-trombótica e varizes
-- - exemplificação de caso, 182 Movimento, 7 Rim transplantado, ultra-sonografia Sistema
- - - informaçôes indispensáveis no laudo vascular no estudo do, 117-125 - arterial, 64
de mapeamento, 182 N
- avaliação do fluxo renal pelo Power- -venoso, 64
--limitaçôes, 184 Doppler, 122
Neurofibromatose, 163 -- profundo, 64
-- protocolo, 175 - critérios diagnósticos, 119
Número de focos, 7 --superficial,. 64
-venosa crônica, síndrome pós-trombótica - - imagem e fluxo em cores, 119
e varizes, 175-184 o Sopro, n .
---artéria renal, 122 Snboclusão
lntemational Creditatiun Vascular
Obstrução ---parênqnima renal, 119 -da artéria vertebral, 49
LaboTaturies, 20
--parâmetros hemodinámicos, 122 -da carótida interna, 23
Íntima, hiperplasia da, 148 -arterial no rim transplantado, 121 -- - artéria renal, 122
I\ 1squ"i)1ia
- arter1al no membro inferior, oclusão da
- da artéria poplítea, 146
Oclnsão ---veia renal,.122
--resistência vasdllar renal, 122
Substituto vascnlar, mapeamento venoso e
arterial para ntilização como, 185-189
artéria femoral superficial em - da artéria, 80 - seleção da artéria radial para ntilização
'/ -indicações, 117
-' cóino enxerto aortocoronário, 187
portador de, 162 - - femoral superficial em portador de - informações indispensáveis para o laudo, --indicação, 187
-focal no rim transplantado, 120 isquemia arterial no membro 125
- intestinal crônica, 83 inferior, 162 -limitações da, 125 --protocolo de exame, 187
-- ilíaca, 80 - técnica de avaliação, 117 -- situações especiais e controversas, 189
J - da carótida interna, 23 - seleção de veia para utilização como
s
\ Junção
-parvopoplítea insuficiente, 182
Ondas, 3
- eletrõnicas, 4
Saco aneurismático, 156
enxerto, 185
--critérios, 186
!i -safenofemoral, 178, 192 - mecânicas, 3 -- indicações, 185
Safena (v. Veia safena)
l -- com refluxo, 181 - ultra-sonográficas, reflexão e refração, 4
Sarcoma de Kaposi, 163
- - informaçôes indispensáveis para o
-- durante a manobra de Valsalva, 181 Otimização da máquina, 17 laudo, 186
Segmento aortoilíaco, avaliação do, 71-81
- aneurisma da aorta abdominal, 75 --protocolo de exame, 185
K p -- sitnações especiais e controversas, 186
-- critérios diagnósticos para o, 75
Kaposi, sarcoma de, 163 Paciente, posição do, 17 -- indicações clínicas, 75 T
Kawasaki, doença de, 162 Panturrillia, história de claudicação - - informações necessárias no relatório
intermitente com início súbito na, 147 médico, 76 Takayasu, arterite de, 39, 162
L Tecido conjuntivo, arterite do, 162
Paraganglioma, 163 --protocolo, 75
Parede arterial, alteraçôes da, 55 - -- de enxerto-stent endovascular, 76 Técnica(s)
Lav Scan, protocolo, 20
Leiomiossarcoma, 163 Parênquima renal, 119 ---de seguimento do, 76
- de avaliação da artéria renal, 107
- fístula arteriovenosa no, 121 --direta, 101
Leriche, síndrome de, 71 ---de ultra-som vascular para 0,75
Perfurante de Cockett insnficiente, 183 --indireta, 99
Lesões hemodinamicamente significativas - critérios diagnósticos de enxerto-stent
Perna, trombose isolada da, seqÜéncia de endovascular, 76 - - para seguimento pós-revascularização, 108
no segmento aortoilíaco, 132
exame para, 171 -de compressão, 157
- exame da artéria femoral em paciente - doença obstrutiva, 71 -- das artérias distais, 157
com, 132 Placa(s) -- indicações clínicas, 71
-ateromatosas, 160 Teste de coagulação, 256
-femoropoplíteo e tibiofibular, exame da - protocolo, 72 Tonteira, 17
artéria tibial em paciente sem, 133 - aterosclerótica, 24, 150 -- de triagem aortoilíaca, 72 Tortuosidade da carótida, 43
- medidas realizadas na artéria femoral -- classificação, 25 --de ultra-som vascular, 74
Toxicidade cansada por fármacos
em pacientes sem, 141 -- - morfológica, 25 ---pós-intervenção, 74 imunossnpressores, 117
Limitaçôes do ultra-som vascular - -- quanto à estrutura, 25 -- - pré-intervenção, 74 Transdnção piezelétrica, 4
abdominal, 77 --- quanto à superfície, 26 - triagem aortoilíaca, preparação do Transdutor(es)
Linfonodos, 153 - - dissecção da artéria femoral em nma, paciente, 72 - aplicado no trajeto da safena magna, 185
pós-cateterismo cardíaco, 160 --critérios diagnóstico, 72 -escolha do, 17, 135, 144, 146, 153
M -- morfo10gia da, 25 --- básicos no ultra-som vascnlar -lineares, 65
Malformaçôes vasculares, tumores c, 163 - calcificadas, 153 aortoilíaco, 73 -- de alta freqÜência, 135
Manobra Poliarterite nodosa, 162 ---da triagem aortoilíaca, 72 -- e setorial com linhas de direção dos
- de Adson, 60 Power Doppler, 11 -- informações necessárias no relatório feixes de ultra-som, 2
-de Valsalva, 181, 193 - -avaliação do fInxo renal pelo, 122
-mapeamento, 19
médico, 73 -posicionamento do, 112, 138,143
-- na fossa ilíaca direita, 118
--junção safenofemoral durante a, 181 --preparação do paciente, ultra-som
Prega poplítea, 182 vascular abdominal, 73 - - na região epigástrica, 112
. Mapeamento
-Puwer, 19 Pressão arterial, 161
Protocolo
-- protocolo básico de nltra-som vascular
aortoilíaco, 72
--para exame da artéria fibnlar, 143
-setorial de freqÜência moderada, 138
I -venoso e arterial para utilização como
substituto vascular, 185-189 -de ultra-som vascular, 74
-- pós-intervenção, 74
Sinal Doppler, 8 Transformação de Fourier, 4
Traumatismo, 41, 160
-- seleção da artéria radial para utilização Síncope, 17
como enxerto aortocoronário, 187 -- pré-intervençào, 74 Síndrome(s) -vascular, 55
---indicação, 187 -LavScan,20 - de aprisionamento da artéria poplítea, Triagem aortoilíaca, 72
Psendo-aneurisma, 55, 59, 68, 153, 157 163
I ---protocolo de exame, 187
-corte transverso de um, 156
- critérios diagnósticos, 72
1 -- - situações especiais e controversas, - de congestão pélvica, 191 - - básicos no ultra-5om ,w;cular aortoilíaco, 73
189 - da artéria ilíaca externa, com fístula -de Leriche, 71 - informaçôes necessárias no relatório
-- seleção de veia para utilização como arteriovenosa pós cateterismo -de May-Tliurner, 191 médico, 73
enxerto, 185 cardíaco, 160 -do dedo azul, 71, 131 - preparação do paciente, 72
-- - critérios, 186 - tratamento dos, 155 - do desfiladeiro, 59 -protocolo de, 72
---indicações, 185 Púrpura de Henoch-Sclionlein, 162 - - cervicotoracoaxilar, 59 -- básico de ultra-som vascular aortoilíaco,
- - - informações indispensáveis para o -- - objetivos, 60 72
laudo, 186 Q
,
h
índice Remissivo