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Assis Arruda Genealogia Sobralense Vol V Os Linhares Tomo I 2 Os Arrudas- Genealogia, @ 1ª

Ed. 1980 Genealogia Sobralense - Os Arrudas - Vol. III @ 2ª Ed. 1988 Genealogia Sobralense -
Os Gomes Parente - Vol. II - Tomo I 1993 Genealogia Sobralense - Os Gomes Parente - Vol. II -
Tomo II 1996 Genealogia Sobralense - Os Gomes Parente - Vol. II - Tomo III 1996 Genealogia
Sobralense - Os Ferreira da Ponte - Vol. IV -Tomo I 1998 Genealogia Sobralense - Os Gomes
Parente - Vol. II - Tomo IV 2000 Genealogia Sobralense - Os Gomes Parente - Vol. II - Tomo V
2004 OBRAS A PUBLICAR Genealogia Sobralense: Roteiro Genealógico das Sete Irmãs- Vol. I
Os Gomes Parente - Vol. II - Tomo VI Os Ferreira da Ponte - Vol. IV - Tomo II a XVII Os Linhares-
Vol. V. Tomo I a X Os Ferreira Gomes - Vol. VI - Tomo I a IV Os Ribeiro da Silva- Vol. VII - Tomo I
a IV Os Prado- Vol. VIII Descendência do Capitão Diogo Lopes do Coração o de Maria - Vol. IX
Roteiro Genealógico de Algumas Famílias da Ribeira do Acaraú - Vol. X. Arquivo Genealógico:
Os Aguiar – Os Ferreira da Ponte – Os Bezerra de Araújo – Os Prado – Os Ribeiro da Silva – Os
Linhares – Os Ferreira Gomes – Os Mont´Alverne - Arruda, Francisco de Assis Vasconcelos
Genealogia Sobralense "Os Linhares". Ed. IOM. Sobral-Ceará V. 3, 360 p. 1 – GENEALOGIA - I -
TÍTULO COD. 929.308131 Assis Arruda Genealogia Sobralense Vol V Os Linhares Tomo I 3
Dedico este trabalho: Ao Governador CID FERREIRA GOMES e ao Prefeito de Sobral Leônidas
Cristino Dedico de modo especial a minha querida esposa Silvéria, minhas queridas filhas
Cinthia, Juliana e Renata, e minhas netas Luna e Liana, e varão da família, meu neto, Samuel
Collyer Arruda Ponte E a todos que se dispuseram a colaborar com esta edição. Assis Arruda
Genealogia Sobralense Vol V Os Linhares Tomo I 4 Francisco Sadoc de Araújo “Cometimento
que supera a durabilidade do bronze comemorativo, a genealogia mergulha no Pretérito e,
encadeando os elos de uma corrente que o tempo avassalador despedaçara, exuma mortos
queridos e os transferem incólumes para o livro do Futuro.” Guarino Alves “A genealogia é
uma das facetas do pensamento humano, um gesto de renovação da vida dos que andou
nesse mundo, e, por laços eternos de família continuam, como que juntos de nós.” José
Valdevino de Carvalho “Transportai um punhado de terra todos os dias e farás uma
Montanha.” Confúcio “Só um livro é capaz de fazer a eternidade de um povo.” Eça de Queiroz
Assis Arruda Genealogia Sobralense Vol V Os Linhares Tomo I 5 APRESENTAÇÃO Assis Arruda
Genealogia Sobralense Vol V Os Linhares Tomo I 6 Introdução A família Linhares do Vale do
Acaraú, Ceará, provém de Dionísio Alves e de seu genro Domingos da Cunha, ambos naturais
de uma região portuguesa do alto minho banhada pelo rio Coura, pequeno afluente da
margem esquerda do Minho, que separa a Galiza do norte de Portugal. Essa região minhota
pertence ao concelho de Paredes de Coura e fica à oeste do território dessa sede municipal.
Compreende duas freguesias vizinhas: a de Cossourado, cujo orago é Santa Maria, e a de
Linhares, cujo orago é Santa Marinha, ambas Confinantes com o concelho de Valença,
fronteira com a Espanha. Dionísio Alves é natural de Cossourado e seu genro Domingos da
Cunha é originário de Linhares. Ao chegarem ao Brasil, fixaram-se no sítio Rodrigo Moleiro,
perto de Natal, Rio Grande do Norte, e constituiram as famílias Alves Linhares e Cunha
Linhares, integradas numa só, mediante vários matrimônios endogâmicos. Os Alves Linhares
são originários de Cossourado e os Cunha Linhares, de Santa Marinha de Linhares, ambas
freguesias pertencentes ao Concelho de paredes de Coura. Dionísio Alves Linhares, o primeiro
a emigrar para o Brasil, casou-se em Natal, com Rufina Gomes de Sá1 . Deste conúbio
nasceram dois filhos: Dionísia Alves Linhares e Antônio Alves Linhares. Ambos 1 Rufina Gomes
de Sá, natural do Rio Grande do Norte, casada com Dionísio Álvares Linhares, grandes
proprietários no RGN onde residiam. Irmã dessa Rufina Gomes de Sá era Maria Gomes de Sá,
mulher de Vitoriano Gomes da Frota, pais de Felipe Gomes da Frota, que casou, a 11 de agosto
de 1771, com sua prima Josefa Maria de Jesus, filha do Capitão-mór Domingos da Cunha
Linhares e Dionísia Álvares Linhares e que foram fundadores da família “ Frota”, no Ceará. e
deixaram grande e ilustre descendência. transferiram-se para a Ribeira do Acaraú. Dionísia
casou, a 09 de janeiro de 1736, com Domingos da Cunha Linhares, e Antônio veio solteiro,
tendo aqui contraído matrimônio com a viúva Inês Madeira de Vasconcelos, como se verá.
Destes dois casais descendem todos os Linhares do Ceará. Dionísio Alves 2 e seu genro
Domingos da Cunha, apesar de um e outro ao chegar ao Brasil terem tomado a resolução de
assinar com o sobrenome Linhares, não eram parentes diretos, pois apenas acrescentaram aos
próprios nomes o topônimo da região portuguesa de onde ambos eram naturais. Foi uma
forma de homenagear a terra natal. (Araújo, SadocRaízes Portuguesas do Vales do Acaraú).
Dionísio, segundo ainda os historiadores Pe. Sadoc de Araújo e Mário Linhares, emigrou para o
Brasil no início do século XVII, tendo fixado residência em Natal, Rio Grande do Norte, em cuja
matriz de Nossa Senhoras da Apresentação, hoje Catedral, casou-se com Rufina Gomes de Sá,
filha do Cap. Francisco Gomes e de Maria Gomes de Sá. No Rio Grande do Norte foi
proprietário de terras, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Capitão-mor, considerado de muito boa
nobreza, consoante se vê do Livro das Miscelâneas da Ouvidoria Geral de Pernambuco. 2
Dionísio, deve ter nascido no mês de junho do ano de 1673, pois foi batizado, a 2 de julho
desse ano, na matriz de Cossourado, conforme consta do registro original encontrado pelo
renomado historiador Pe. Sadoc de Araújo no arquivo Distrital de Viana do Castelo cujo teor
integral é o seguinte: “ Dionísio. Aos dois dias do mês de julho de mil seiscentos e setenta e
três anos, eu Pe. Marcos Roiz, cura desta freguesia, baptisei a Dionísio, filho de Domingos
Alves e de sua mulher Margarida Alves. Foram padrinhos João Alves e sua mulher, moradores
na freguesia de Rubiães, todos deste concelho, do que assigno. O Parocho Marcos Roiz” (Livro
Misto, número 1, Freg. De Cossourado, fl. 39). Assis Arruda Genealogia Sobralense Vol V Os
Linhares Tomo I 7 Enquanto que, o Coronel Félix da Cunha Linhares, primo de Dionísio,
segundo Mário Linhares, aparece, ao mesmo tempo, em 1690, localizando-se na Ribeira do
Acaraú, onde, a 14 de outubro de 1702, requereu uma sesmaria, registrada sob nº 119,
fundando nesse ano a capela de São José, a três léguas de Sobral, na fazenda São José da
Mutuca, da qual foi sempre instituidor e administrador, sendo posteriormente administrada
por seu sobrinho, Domingos da Cunha Linhares. O historiador Vicente Miranda em seu livro “
Três Séculos de Caminhada”, faz uma das mais meritosas pesquisas sobre a orígem da Família
Linhares da Ribeira do Acaraú, tendo como base familiar os Cunha de Araújo, conforme
transcrevemos na íntegra: “O primeiro CUNHA ARAÚJO a se instalar na “ Ribeira do Acaraú” foi
Félix da Cunha Araújo, mais conhecido como Félix da Cunha Linhares porque “trocou o Araújo
por Linhares em homenagem à sua terra”, conforme lembrava Pedro Miranda, sempre que
contava a história. A adoção de topônimos das naturalidades pelos imigrantes portugueses,
como sobrenomes, foi muito freqüente durante o período colonial. Além dos Linhares, várias
outras famílias têm seu nome originado desta forma, podendo-se citar, dentre outras,
Guimarães, Barcelos, Ferreira, Braga, Passos e, muitos casos, Miranda. Félix da Cunha Linhares,
nascido na freguesia de Santa Marinha de Linhares, em Portugal, no ano de 1672, chegou ao
Ceará para servir na guarnição do Forte de Nossa Senhora da Assunção. Casou-se com Maria
de Sá, filha de seu comandante coronel Leonardo de Sá. Por volta do ano de 1690, mudou-se
para a ribeira do Acaraú para ocupar as terras cuja posse definitiva o sogro receberia, por Cata
de Data e Sesmaria, em 1702. Em 1707, conseguiu sua própria, ampliando o latifúndio onde
fundou a fazenda São José da Mutuca, hoje conhecida como Patriarca, município de Sobral.
Não tendo filhos, adotou, em 1722, uma menina que foi batizada com o nome de Albina. Como
a maioria dos pioneiros, trouxe para perto de si muitos parentes que viviam em Portugal e,
dentre esses, dois têm relevante destaque nas comprovações que se pretende ao longo deste
trabalho: FRANCISCO DA CUNHA ARAÚJO, seu irmão mais novo, que veio para o Brasil ainda
adolescente, como será visto a seguir, e DOMINGOS DA CUNHA LINHARES, seu sobrinho, filho
de sua irmã Suzana da Cunha Araújo e Jacinto Gonçalves, a quem entregou a administração
das fazendas e, também, a responsabilidade pela conclusão da capela de Nossa Senhora da
Conceição, cujas paredes se encontravam pela metade quando morreu. Duas vezes arruinou-
se a capela e outras tantas Domingos a levantou, deixando-a na forma que ainda hoje está.
Casou-se na capela do Senhor Santo Antônio do Potengi (atual São Gonçalo), Rio Grande do
Norte, em 9 de janeiro de

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