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CAPÍTULO 15
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
15.1 - PROPÓSITO
Estabelecer normas, para as Organizações de Saúde componentes do SSM, sobre a avali-
ação, autorização e encaminhamento dos usuários do SSM que necessitem de transplante
de órgãos.
15.2 - CONCEITUAÇÃO
Transplante de órgãos, para efeito desta Norma, é a remoção de órgãos, tecidos e partes
do corpo humano, cuja captação e distribuição encontram-se sob o controle e a coordena-
ção do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), para aplicação em transplantes, enxertos
ou outra finalidade terapêutica. Não estão compreendidos entre os tecidos a que se refere
este capítulo, o sangue, o esperma e o óvulo.
15.3 - NORMAS GERAIS PARA O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
15.3.1 - A Lei Federal nº 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, regulamentada pelo Decreto Fede-
ral nº 2.268, de 30 de junho de 1997 e alterada pela Lei nº 10.211, de 23 de março de
2001, dispõe sobre a remoção de órgãos e partes do corpo humano para fim de trans-
plante e tratamento.
15.3.2 - O SNT é responsável pelo desenvolvimento do processo de captação e distribuição
de tecidos, órgãos e partes retiradas do corpo humano para finalidades terapêuticas.
15.3.3 - São integrantes do SNT:
a) o Ministério da Saúde;
b) as Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal ou órgãos equivalentes;
c) as Secretarias de Saúde dos municípios ou órgãos equivalentes;
d) os estabelecimentos hospitalares autorizados; e
e) a rede de serviços auxiliares necessários à realização de transplantes.
O Ministério da Saúde exercerá as funções de órgão central do SNT.
15.3.4 - A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo humano e seu transplante ou enxerto, só
poderá ser realizada por equipes especializadas e em estabelecimentos de saúde, públi-
cos ou privados, prévia e expressamente autorizados pelo Ministério da Saúde.
15.3.5 - O transplante ou enxerto só se fará com o consentimento expresso do receptor ou res-
ponsável legal, após devidamente aconselhado sobre a excepcionalidade e os riscos do
procedimento.
15.7.2 - Só é permitida a doação de parte do corpo vivo, quando se tratar de órgãos duplos ou
partes de órgãos, tecidos ou partes, cuja retirada não cause ao doador comprometimen-
to de suas funções vitais e aptidões físicas ou mentais e nem lhe provoque deformação.
Excetua-se a esta regra, a doação de medula óssea.
15.7.3 - A doação de parte do corpo vivo só será permitida se corresponder a uma necessidade
terapêutica, comprovadamente indispensável e inadiável, da pessoa receptora e se
cumprir todos os requisitos de compatibilidade exigidos pelos protocolos chancelados
pelo Ministério da Saúde.
15.7.4 - Caberá às equipes especializadas das Organizações de Saúde credenciadas pelo Minis-
tério da Saúde a execução dos procedimentos legais previstos na legislação, no que
tange à doação de parte do corpo vivo.
15.7.5 - A gestante não poderá doar tecidos, órgãos ou partes de seu corpo, salvo da medula ós-
sea, desde que não haja risco para a sua saúde e a do feto.
15.7.7 - A avaliação de que trata o inciso anterior será realizada por intermédio do HNMD, que
emitirá Parecer Técnico acerca da higidez do doador, da pertinência e única alternativa
deste doador à terapia proposta e dos riscos potenciais de agravo à sua saúde. Estas in-
formações deverão constar em Ata do Conselho Técnico que a fará tramitar à DSM
para ratificação.