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INSTRUÇÃO DE SAÚDE CONJUNTA No 03/95, de 09Ago95

Regulamenta a Assistência à Saúde a ser prestada


pelo Sistema de Saúde da PMMG-IPSM na área
médica ambulatorial e hospitalar.

O Coronel PM Diretor da Saúde da PMMG e o Coronel PM QOR Diretor de


Assistência e Benefícios do IPSM, no uso das atribuições pelo artigo 2o da Resolução
Conjunta no 07/95, de 09Ago95, do Senhor Coronel PM Comandante-Geral da PMMG e do
Senhor Coronel PM QOR Diretor-Geral do IPSM, objetivando a regulamentar a assistência
à saúde a ser prestada na área médica, ambulatorial e hospitalar pelo Sistema de Saúde da
PMMG-IPSM, ao público logístico e público previdenciário,

RESOLVEM:

Capítulo I
Das Consultas Médicas

Art.1o - As consultas médicas para os militares da ativa, nas localidades onde


houver SAS, serão realizadas obrigatoriamente nestas, sendo gratuitas em toda Rede
Orgânica.
§ 1o - Os militares poderão ser encaminhados aos especialistas da Rede Orgânica ou
Contratada, munidos de um relatório médico circunstanciado e que, obrigatoriamente,
deverá ser anexado à fatura do contratado, sob pena de ter descontado o valor total da
consulta.
§ 2o - Nas localidades em que não existam SAS, o encaminhamento far-se-á pelo
Comandante da Fração Destacada.
§ 3o - As consultas médicas dos militares inativos e previdenciários serão feitas
preferencialmente na Rede Orgânica, sem ônus para os usuários.

Art. 3o - Na Rede Contratada, os públicos logístico e previdenciário do Sistema de


Saúde da PMMG-IPSM terão direito a 6 (seis) consultas por ano, como assistência básica.

Nos termos do item 3.a.3)b)(1)(a) do Plano de Saúde, o público previdenciário, até


o limite de 6 consultas por ano e por usuário, participa, no valor de 25%, do custeio
das consultas, na rede contratada.

Parágrafo único. Acima do limite de 6 (seis) consultas por ano, na Rede Contratada,
o usuário logístico ou previdenciário terá o ônus de 100% do valor da consulta, financiada
pelo IPSM, também como assistência básica.

Capítulo II
Da Assistência Hospitalar
Art. 4o - As internações em enfermaria serão consideradas assistência básica, e as
realizadas em apartamentos, quando autorizadas pelo Comandante, Diretor ou Chefe, terão
a diferença de custo considerada como assistência complementar.

Art. 5o - As internações programadas (eletivas) deverão ser previamente autorizadas


pelo Sistema de Saúde da PMMG-IPSM, sob pena de o segurado tornar-se responsável por
toda a conta hospitalar.

Art. 6o - As internações hospitalares terão limite de permanência de acordo com as


respectivas especialidades médicas.
Parágrafo único. As prorrogações destas internações poderão ser autorizadas pelo
Supervisor de Saúde.

Capítulo III
Dos Recursos Diagnósticos

Art. 7o - Os exames complementares, nos tratamentos clínicos e/ou cirúrgicos


programados, deverão ser realizados antes da internação, em caráter ambulatorial.

Art. 8o - Os exames complementares realizados em consultório médico passam a ter


um limite mensal, de acordo com a respectiva especialidade médica, conforme definido no
Plano de Assistência à Saúde.

Art. 9o - Os exames que necessitarem de autorização prévia de Sistema de Saúde da


PMMG-IPSM estão limitados a 1 (um) exame a cada 6 (seis) meses, por tipo de exame e
por beneficiário, como assistência básica.

Nos termos do item 3.c.6)b)(1)(a) do Plano de Saúde, o público previdenciário, até


o limite de 1 exame a cada 6 meses, por tipo e por usuário, participa, no valor de
25%, do custeio das consultas, na rede contratada.

Parágrafo único. Acima do limite de 1 (um) exame a cada 6 (seis) meses, por tipo de
exame e por beneficiário, o usuário logístico ou previdenciário terá o ônus de 100% de
valor do exame, financiado pelo IPSM, também como assistência básica.

Capítulo IV
Dos Outros Procedimentos de Assistência à Saúde

Art. 10 - A aquisição simultânea de óculos (armação e lentes), para perto e para


longe, poderá ser autorizada pelo Supervisor de Saúde, desde que prescrita pela Clínica
Oftalmologista contratada.

A concessão de óculos e lentes para o público previdenciário foi suprimida pela


Res. Conj, nº 10, de 27Mar98, que revogou o item 3.d.1) b) do Plano de Saúde.
Art. 11 - Não haverá fornecimento de óculos (armação e lentes), ou lentes de
contato para fins estéticos ou esportivos pelo Sistema de Saúde da PMMG-IPSM, nem
como assistência complementar.

Art. 12 - A oxigenoterapia domiciliar poderá ser autorizada pelo Supervisor de


Saúde, desde que devidamente comprovada a sua necessidade através de relatório e exames
médicos.

Art. 13 - As cirurgias plásticas, com finalidade estética, não serão autorizadas pelo
Sistema de Saúde PMMG-IPSM nem como assistência complementar.

Art. 14 - Os procedimentos cirúrgicos de esterilização, que não se enquadrarem


como assistência básica, não serão autorizados pelo Sistema de Saúde da PMMG-IPSM,
nem como assistência complementar.

Capítulo V
Da Assistência à Saúde Mental

Art. 15 - O paciente que faltar a 2 (duas) sessões de psicoterapia no semestre, sem


justificativa, terá seu tratamento suspenso junto à clínica ou profissional contratado.
Parágrafo único. As clínicas de Psicologia e de Psiquiatria do HPM (na RMBH) e as
SAS do Interior serão responsáveis pela coordenação e controle junto aos contratados, da
medida considerada no “caput” do artigo.

Art. 16 – Outros procedimentos de assistência à saúde mental, que não constarem


do Plano de Assistência à Saúde, não serão autorizados pelo Sistema de Saúde da PMMG-
IPSM, nem como assistência complementar.

Art. 17 – Na assistência à saúde mental, os recursos diagnósticos serão autorizados


e controlados pelo psicólogo da SAS (se houver) ou Supervisor de Saúde; a psicoterapia
será autorizada e controlada pelo psicólogo da SAS (se houver) ou pela Clínica de
Psicologia do HPM.

Art. 18 – As Clínicas de Psicologia e de Psiquiatria do HPM e as SAS das Unidades


encaminharão, trimestralmente, à DS, relatório e estatística de todos os atendimentos
realizados.

Capítulo VI
Da Assistência Farmacêutica

Art. 19 – A assistência farmacêutica compreende o fornecimento de medicamentos


e só será prestada, mediante prescrição médica, aos públicos logístico e previdenciário do
IPSM.
Art. 20 – A assistência farmacêutica ambulatorial e hospitalar será considerada
como assistência complementar nos casos de escleroterapia e outros que não se enquadrem
como assistência básica.

Art. 21 – Sempre que possível, serão utilizados os medicamentos da CEME (Central


de Medicamentos).

A aplicação deste artigo ficou prejudicada, em razão da extinção da Central de


Medicamentos.

Art. 22 – Entende-se como usuário crônico da PMMG o militar da ativa ou inativo e


o servidor civil (contribuinte do IPSM) que, mediante seu pedido, embasado em relatório
médico comprobatório e circunstanciado de profissional da Rede Orgânica, seja portador de
moléstia ou estado mórbido que requeira o uso continuado de medicamento,
presumivelmente até o fim da sua vida.

Art. 23 – Não será considerado como usuário crônico aquele que faz uso prolongado
ou temporário de medicamento; neste caso, o medicamento poderá ser adquirido na
farmácia do HPM ou na Rede Contratada, de acordo com as normas vigentes.

Desde novembro de 1998, por força do disposto na Resolução Conjunta nº 11, de


03Nov98 (Art. 1º e 2º), os segurados e pensionistas com saldo devedor no código 038
(ou seja, débito relativo a aquisição de medicamento superior a um vencimento,
provento ou pensão), ficaram impedidos de adquirir medicamentos nas farmácias e
drogarias credenciadas pelo Sistema de Saúde da PMMG-IPSM, para si ou seus
dependentes, e só podem adquirir medicamento de uso prolongado ou continuado,
para si ou para seus dependentes, na farmácia do Centro Farmacêutico (C Farm), após
prévio cadastramento, nas condições estipuladas na mencionada Resolução.

§ 1o - Entende-se por medicamento de uso prolongado aquele prescrito para ser


utilizado por longo período de tempo, mas com prazo presumível de interrupção.
§ 2o - Entende-se por medicamento de uso temporário aquele prescrito para
utilização por curto período de tempo, visando a combater doença ou sintoma transitório.

Art. 24 – O recebimento gratuito de medicamento de uso continuado, pelo usuário


crônico da PMMG, condiciona-se a um prévio cadastramento do interessado, na SAS de
sua Unidade.
§ 1o - O militar inativo considerado como usuário crônico deverá, obrigatoriamente,
cadastrar-se na SAS da Unidade mais próxima de sua residência.
§ 2o - A SAS do HPM somente fará cadastramento de usuário crônico pertencente
aos quadros ativos do próprio HPM, da JCS, do C Farm, do C Odont e do IPSM.
§ 3o - O usuário crônico cadastrado só receberá, gratuitamente, o seu medicamento
de uso continuado, na SAS onde se cadastrou, desde que o produto conste da relação básica
e esteja disponível para distribuição.
Art. 25 – O Chefe da SAS deverá enviar ao C Farm os cadastros contendo o nome,
número (MASP), posto ou graduação (nível) e estado funcional do usuário crônico, bem
como o princípio ativo, forma farmacêutica, dosagem e consumo mensal do medicamento
prescrito.
§ 1o - Qualquer alteração no cadastramento deverá ser imediatamente comunicada
ao C Farm.
§ 2o - A SAS deverá ter em arquivo a Ficha de Controle de Medicamentos
Continuados para acompanhamento do consumo mensal do usuário.
§ 3o - O suprimento de medicamentos da SAS deverá ser feito através de requisições
programadas ao C Farm, via SM06.
§ 4o - o C Farm fará o controle da distribuição de medicamentos por SAS, enviando
mensalmente um relatório estatístico pormenorizado à DS.

Art. 26 – O Diretor de Saúde aprovará e fará publicar, sempre que necessário, as


relações básicas de medicamentos de uso continuado, de medicamentos da SAS e a de
urgência da SAS.
Parágrafo único. O pedido de inclusão para cadastramento de um novo
medicamento ou produto farmacêutico nas relações básicas deverá ser justificado por
relatório médico circunstanciado da SAS, dirigido à Comissão de Padronização de
Medicamentos da Seção de Medicamentos Básicos (SEMB) para análise, parecer e
posterior aprovação, ou não, pelo Diretor de Saúde.

Art. 27 – No prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da aprovação, a SAS da


Unidade fará a divulgação das relações básicas de medicamentos aos profissionais de saúde
contratados da sua área de atuação, visando a facilitar as prescrições para os usuários
crônicos da PMMG-IPSM.
Parágrafo único. As clínicas especializadas do HPM deverão ter uma relação de
medicamentos usualmente prescritos para os públicos logístico e previdenciário, para que o
C Farm providencie a aquisição e comercialização dos mesmos, no balcão da sua farmácia.

Art. 28 – Os medicamentos no tratamento de militar amparado em Atestado de


Origem, provocado por lesões e/ou distúrbios decorrentes de acidente, serão considerados
básicos e gratuitos, com ônus integral para o Estado, mediante autorização prévia do
Comandante, Diretor ou Chefe, ou mesmo do Supervisor de Saúde da SAS, devendo a
receita médica ser carimbada com os dizeres “Amparado em A O”.
§ 1o - Durante a fase do processo de AO, o militar que necessitar de comprar
medicamentos em farmácia terá a sua receita médica carimbada com os dizeres “ Em
Processo de A O”, devendo conter a autorização do Comandante, Diretor ou Chefe, ou
mesmo do Supervisor de Saúde da SAS.
§ 2o - Se o militar não for considerado amparado em A O, o mesmo deverá ressarcir
os medicamentos adquiridos durante a fase do processo, a custos de assistência básica.

Capítulo VII
Das Disposições Finais
Art. 29 – A assistência complementar poderá ser autorizada, quando o
demonstrativo de vencimento ou pensão, respectivamente, do segurado ou pensionista
comportar o financiamento das despesas.
Parágrafo único. Tanto o paciente como o seu representante legal deverão assinar
um Termo de Responsabilidade pelo pagamento integral das despesas decorrentes do
atendimento de que trata este artigo, no intuito de resguardar o ressarcimento da despesa ao
Sistema de Saúde, no caso de falecimento do paciente.

Art. 30 - Ao segurado é permitido inscrever, como seu dependente, para fim


exclusivo de assistência à saúde, desde que comprovada a dependência econômica:
I – os pais economicamente dependentes do segurado mediante comprovação em
Sindicância Social:
II – o(a) filho(a) solteiro(a), maior de 21 anos, enquanto estudante do 2o grau, curso
pré-vestibular ou curso superior, até a idade de 24 anos.

Art. 31 – O IPSM poderá, excepcionalmente, financiar o atendimento médico-


hospitalar e odontológico a dependentes não cadastrados de segurados, pensionistas ou
servidores do IPSM, por não se enquadrarem no Capítulo V da Lei 10.366, de 28Dez90,
desde que atendidos os seguintes pressupostos:
I - que o dependente seja ascendente, descendente ou colateral de 1o ou 2o grau
(pais, filhos, avós, netos e irmãos) do segurado;
II - que fique efetivamente caracterizada a dependência econômica do parente que
trata o inciso anterior;
III – que os gastos previstos com a assistência não sejam superiores a 2 (duas) vezes
o vencimento bruto do segurado, pensionista ou servidor do IPSM;
IV – que o segurado, pensionista ou servidor do IPSM, responsável pelo
dependente, assine um Termo de Responsabilidade pelo pagamento integral das despesas
decorrentes do atendimento de que trata este artigo;
V – o atendimento será avaliado pelo Supervisor de Saúde e autorizado pelo
Comandante, Diretor ou Chefe como assistência complementar, devendo o número do
segurado ser substituído no campo próprio pelo número 66.666.66-6, debitando-se as
despesas no código 041;

VI – a assistência prestada nos termos deste artigo é denominada “Assistência à


Saúde para Dependente não Cadastrado”.

Art. 32 – Os débitos decorrentes da assistência à saúde terão o limite de 20% de


desconto da remuneração ou do valor da pensão, com prioridade de desconto para o
procedimento realizado como assistência complementar, quando houver débito simultâneo
com procedimento de assistência.

Art. 33 – Para os casos comprovados de burla, abuso ou utilização indevida do


Sistema de Saúde, o limite para desconto será aumentado para 40% (código 037) da
remuneração do segurado ou do valor da pensão, independentemente de outras medidas
e/ou sanções que poderão ser adotadas pelo Diretor de Saúde e/ou Diretor de Assistência e
Benefícios do IPSM, visando a resguardar os interesses do Sistema de Saúde.
Sobre essa matéria, o item 8.b.6) do Plano de Saúde, redação dada pela Resolução
Conjunta nº 10, de 27Mar98, estabelece: “Quando ocorrer utilização irregular do
Sistema de Saúde, por abuso ou burla, devidamente comprovados pela PMMG-
IPSM, o desconto referente à despesa será de 40%.”

Art. 34 – Esta Instrução de Saúde Conjunta entra em vigor na mesma data do Plano
de Assistência Saúde da PMMG-IPSM.

Art. 35 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Instrução de


Saúde Conjunta no 01/93, de 10Dez93.

Belo Horizonte, 09 de agosto de 1995

JOSÉ MARTINHO TEIXEIRA - CEL PM JOEL MANSUR REIS – CEL PMQOR


DIRETOR DE SAÚDE - PMMG DIRETOR DE ASSITÊNCIA E
BENEFÍCIOS - IPSM

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