"Ninguém te despreze por seres jovem"

I Tim 4,12

27 dicas
para o seu
grupo de
jovens
INTRODUÇÃO
Direto ao ponto: Finalmente tomei vergonha na cara e
resolvi colocar em prática um projeto que já há bastante
tempo estava em meu coração, ou seja, ajudar grupos de
jovens, e consequentemente suas lideranças, a ter mais
eficiência e eficácia na missão de evangelizar.

Verdade seja dita, tentei fugir dessa missão, mas falhei e

um dos resultados da minha"falha" está aqui, são 27 dicas
que reuni a partir de experiências (boas e ruins) que tive
nos últimos 20 anos dentro do contexto da evangelização
de jovens.

Esse material não tem a pretenção de ser o guia definitivo

da desafiadora missão de levar a juventude até Jesus, mas
podemos considerar como um material de apoio, portanto,
ele não exclui em hipótese alguma as formações e
orientações de cada pastoral/movimento acerca desse
assunto tampouco os diversos escritos e documentos de
nossa mãe igreja.

As dicas aqui apresentadas servem tanto para grupos que

estão começando como para aqueles que já possuem anos
de caminhada, portanto, aprecie sem moderação

Que a força do Espírito Santo esteja com você

DEFINA QUAL O
SEU MOVIMENTO
Existem algumas pastorais e movimentos que
estão ligados diretamente à evangelização dos
jovens ou, no mínimo, possuem um trabalho
específico voltado para eles.

Aqui podemos citar a Renovação Carismática

Católica, a Pastoral da Juventude, os
movimentos Segue-me, EJC (Encontro de Jovens
com Cristo), EAC (Encontro de Adolescentes com
Cristo), além dos grupos de jovens que estão, de
alguma forma, ligados a uma comunidade de
vida e aliança, como é o caso dos Jovens
Sarados.

Cada um deles possui sua própria identidade, ou

seja, sua forma particular de evangelizar a
juventude.

Se o seu grupo está começando agora e ele não

tem ligação com nenhuma pastoral ou
movimento, há um sério risco de ele ficar
completamente perdido e, sem um
direcionamento adequado, a evangelização dos
jovens acaba não sendo eficaz.
NÃO TENHA PRESSA
É muito comum, no início do grupo, sonharmos com
muitos jovens participando, com um ministério de
música completo (com todos os instrumentos,
incluindo bateria, saxofone, gaita, cavaquinho e
arpa), com um calendário de atividades arrumadinho
e com um padre que goste da gente.

MUITA CALMA NESSA HORA, CONTINUE

SONHANDO, MAS TENHA OS PÉS NO CHÃO E
FOQUE NO QUE É MAIS IMPORTANTE:
FORMAÇÃO!

No início de um grupo de jovens, os encontros de

formação trarão a base firme para sustentar a sua
equipe, justamente para que ela se mantenha
perseverante durante todo o caminho. É por isso
que estar ligado a alguma pastoral ou movimento é
importante, já que a própria estrutura delas
auxiliará essa etapa.

Lembre-se de que nenhum bebê começa a

engatinhar e, no dia seguinte, já está correndo pela
casa (exceto se for um bebê mutante).
PEÇA AJUDA
O seu grupo não precisa fazer tudo sozinho,
principalmente se ele está nascendo agora. Em geral,
nesses casos, ainda não há uma equipe de música
estruturada ou pregadores formados para poder
ministrar os encontros.

Portanto, peça ajuda a outros grupos (de preferência

aos que fazem parte do mesmo movimento ou pastoral).
Se possível, monte uma escala junto a esses grupos
para facilitar a organização e revezar as pessoas que
estarão prestando auxílio.
POR FALAR EM AJUDA...
O que os outros grupos estão fazendo? O que está dando
certo e o que está dando errado? Como eles fazem com o
pastoreio? Realizam alguma atividade fora das 4 paredes
da igreja? Como eles usam as redes sociais? Todos eles
são corinthianos, ou alguém já conseguiu se converter?

Principalmente no início de um novo grupo de jovens, o

contato com outras pessoas que já estão nessa
caminhada há algum tempo é fundamental. E o melhor é
que você pode fazer tudo isso pela internet.

Existem diversas páginas e perfis de grupos de jovens,

que tal entrar em contato com alguns deles para poder
trocar experiências?

www.meusite.com
BUSQUE O
ACOMPANHAMENTO
DE UM ADULTO
Muitos padres acabam pedindo para que uma
pessoa “mais velha” acompanhe um novo grupo
de jovens e, aqui, entram dois pontos
importantes:
1 – Não há problema nenhum nisso, inclusive, se o
padre não tomar essa iniciativa, o próprio grupo pode
pedir que haja uma pessoa que já tenha um pouco
mais de experiência na evangelização para
acompanhar os primeiros passos, mas atenção: ISSO
NÃO É OBRIGATÓRIO, ou, pelo menos, não deveria
ser, sabe por quê?

2 – Porque o protagonismo precisa ser da juventude.

Se uma pessoa é designada para acompanhar, então
ela deve ACOMPANHAR! Nada de assumir coordenação
ou liderar alguma equipe do grupo.

O protagonismo
precisa ser da
juventude!

SEUSITE.COM
TENHA UM CAIXA PARA
O SEU GRUPO
Só de pensar na quantidade de pessoas que tiram dinheiro do
próprio bolso para poder bancar as despesas do grupo de
jovens, me dá até vontade de fazer alguma rebeldia como, por
exemplo, colocar o feijão antes do arroz no prato de comida.

Talvez assim eu consiga demonstrar toda a minha indignação!

Isso tem que acabar! Você até pode pensar que é um gesto de
caridade, que você está fazendo isso em prol da
evangelização, mas, na verdade, situações como essa
escancaram a falta de organização do grupo.
Existem diversas formas de arrecadar fundos para que o grupo
consiga ter um caixa.

Mas para que ter um caixa? Vou dar alguns exemplos:

1 - Poder ajudar com o preço da gasolina ou do transporte

público de um pregador que veio de outra localidade.

2 - Adquirir um novo microfone ou arrumar um antigo.

3 - Comprar materiais para montar as lembrancinhas que

serão entregues no final do grupo para aqueles que estão
visitando vocês pela primeira vez.
 TENHA UM
CALENDÁRIO
Não é porque estamos falando de um grupo de jovens,
que tudo deverá ser bagunçado e feito sem o mínimo
de preparo!

Um calendário muito bem montado ajuda a definir

antecipadamente quais serão as atividades, quando as
reuniões de equipe irão acontecer, quando
acontecerão os momentos de formação, lazer,
espiritualidade, entre outros.

Veja bem, existem muitos casos em que o tema do

encontro do grupo de jovens é definido uma semana
antes, mas o problema não é esse. A coisa complica
quando todo o resto também é definido uma semana
antes.

Um teatro que precisa ser ensaiado não pode ser

definido uma semana antes; um dia de lazer na praia
também não dá para ser definido uma semana antes; a
participação do grupo na festa do padroeiro também
não dá para ser organizada em cima da hora.

Uma boa organização torna a evangelização muito

mais eficiente, além de diminuir o número de vezes
em que sua mãe grita: “LEVA LOGO O COLCHÃO PARA
DORMIR NA IGREJA!”
NÃO ESQUEÇA O LAZER
Estamos falando de jovens, certo? Não ter momentos de
lazer para essa galera do seu grupo é praticamente um
crime!

É muito bacana quando tudo acontece de forma natural, o

pessoal vai se conhecendo e, daqui a pouco, começam os
“roles” para o cinema, para uma pizzaria ou para ficar
jogando UNO na casa de alguém.

Contudo, é muito importante que o grupo consiga incentivar

e proporcionar momentos assim.

Eu sei que parece algo meio mecânico ter que colocar um

dia (ou mais) no calendário para reunir o pessoal para algo
mais informal, mas, acredite, isso ajuda muito na integração
de todos, evitando, assim, o crescimento das “panelinhas”.
FORME NOVAS PESSOAS,
POIS VOCÊ NÃO É ETERNO
Essa dica não é direcionada somente para quem está
coordenando o grupo, mas para qualquer um que faz
parte da equipe.
Um dia, inevitavelmente, você não estará mais nesse
grupo de jovens e, mesmo que você queira ficar para
sempre, uma hora você vai morrer, né?

IMAGINE SE AS PESSOAS QUE FAZEM PARTE DA

EQUIPE DE MÚSICA, COMUNICAÇÃO,
PREGAÇÃO, ACOLHIDA, ENFIM; IMAGINE SE
ESSA GALERA COMEÇA A IR EMBORA E NÃO
TEM NINGUÉM PREPARADO PARA ASSUMIR
ESSES SERVIÇOS?
Bom, eu já vi o resultado em alguns lugares e
garanto que não é nada agradável. O grupo vai
definhando, morrendo aos poucos, como um
moribundo contando os diaspara bater as botas. Sim,
eu fiz esse drama todo de propósito, mas não contei
nenhuma mentira.
Preparar novas pessoas para irem ingressando na
equipe de serviço do seu grupo de jovens precisa estar
entre as prioridades! Nada de ficar se perpetuando na
liderança ou em qualquer outro serviço. Abra espaço
para novos servos, claro, sempre com muita
responsabilidade.

De nada adianta você “jogar” a pessoa lá, por isso que

usei no título desse tópico a palavra “FORMAR”.

Essa pessoa precisa ser preparada para ingressar nessa

equipe e isso leva tempo, dá trabalho, mas vale muito a
pena!

Não é exagero afirmar que o futuro do seu grupo de

jovens depende disso!
TENHA UM REGISTRO DA
HISTÓRIA DO SEU GRUPO
Todos nós queremos fazer parte de algo, sobretudo, o
jovem! Agora imagine ele entrando para o seu grupo,
se identificando com a maneira como a evangelização
acontece, quem sabe até se tornando um
coordenador, contudo, sem saber nada da história
desse grupo?

COMO ELE COMEÇOU? QUAIS OS PROJETOS ELE

JÁ REALIZOU? QUAIS FORAM AS PESSOAS QUE
AJUDARAM A INICIAR ESSE GRUPO? QUANTOS
ANOS ELE TEM? QUAIS FORAM OS MOMENTOS
MAIS MARCANTES? O QUE ELE FEZ QUE DEU
MUITO CERTO? O QUE ELE FEZ QUE DEU MUITO
ERRADO?

Um registro histórico é fundamental para responder

essas e outras perguntas que são pertinentes para a
caminhada do grupo.

Ademais, é perfeitamente possível, a partir desses

registros, observar como Deus tem agido nesse grupo
e, a partir de um olhar de fé, começar a enxergar para
onde ele deseja conduzir vocês!
TENHA COMPROMISSO
COM OS HORÁRIOS
Se o seu grupo começa às 19h30, então ele precisa
começar pontualmente nesse horário!

Tem muita gente que acha que o jovem gosta de bagunça,

mas isso não é verdade! Ele pode estar acostumado com a
bagunça, mas, no fundo, ele quer ser amado, e o amor vem
acompanhado de responsabilidade!

Não confunda bagunça com animação ou descontração, são

coisas diferentes, o seu grupo pode ser muito animado e
continuar sendo organizado.

Nada de “esperar um pouquinho pra ver se mais jovens

chegam” ou, ainda, “estamos esperando o menino que vai
tocar o violão”. Os seus jovens precisam entender que o
grupo tem hora para iniciar e hora para acabar e que, se
eles não estiverem lá na hora certa, chegarão atrasados e
ponto final.

Uma dica muito útil que eu não posso deixar passar é o

uso das plaquinhas que mostram, para quem está
conduzindo o grupo ou pregando, quanto tempo eles ainda
têm antes de finalizar aquele momento.
Isso ajuda a frear os “empolgadinhos”, que não querem
largar o microfone e acabam atrapalhando a programação.

Mas vem cá... e a liberdade que devemos dar ao Espírito

Santo?

Onde ela fica? Não estaríamos enclausurando a ação de

Deus, por conta da rigidez do horário?

Meu querido, o Espírito Santo não é desorganizado! Deus

está no kairós, nós é que estamos no chronos, portanto,
Ele sabe muito bem que temos um tempo determinado
para realizar nossas atividades.
CUIDADO COM O SOM
O primeiro grupo de jovens
do qual eu fiz parte (e
depois tive a alegria de
coordenar) tinha um sério
problema com o som.
Foram várias reclamações
dos vizinhos.
Hoje, olhando para trás, eu
percebo que poderíamos
ter evitado muita dor de
cabeça, se tivéssemos tido
mais sensibilidade nesse
assunto.
Veja bem, eu não me refiro
somente aos problemas
externos que o som alto
causava, mas,
principalmente, aos
problemas internos.
Será que havia a
necessidade de aumentar o
som, quando estávamos em
poucas pessoas? Com
certeza, não.
Cuidar do som é cuidar das
pessoas que frequentam o
seu grupo, o objetivo não é
que elas assistam a um
show, mas sim que elas se
aproximem de Jesus!
Certos detalhes fazem toda
a diferença. Por exemplo,
existem pessoas que falam
mais alto, então o microfone
não pode ficar no mesmo
volume de alguém que fale
mais baixo.
A altura do som também
está relacionada com a
quantidade de pessoas
naquele espaço, se há pouca
gente, então diminua o
volume.
Quando o assunto é o
volume, não é o público que
precisa se adaptar a vocês,
mas são vocês que precisam
se adaptar a ele.
USAR A BATERIA?
NEM SEMPRE
Um grupo de jovens sem bateria... Continua sendo um
grupo de jovens, só que sem uma bateria.
Esse instrumento ajuda na animação? Sim, disso
ninguém tem dúvida, mas não são todos os momentos
do grupo em que ele precisa ser usado.

Vale destacar aqui que muitos grupos sequer

possuem uma bateria e isso nem de longe significa
que eles não são animados, ou seja, a pessoa que
está conduzindo é quem irá ditar o tom. Tem gente
que consegue fazer todo mundo dançar, mesmo que
seja só na palma.
Mas voltemos à bateria.

Pensa comigo: Será que cabe uma bateria em um

momento mais suave de espiritualidade e oração? Ainda
que o baterista toque mais baixo? (Você conhece algum
baterista que toque mais baixo?)

Será que cabe uma bateria na hora em que o animador

ainda está ensinando uma coreografia nova para a
assembleia? Ela vai ajudar ou atrapalhar? E na hora da
adoração? Será que dá certo usá-la? Sim? Não?
Depende?

Então perceba que são várias perguntas, todavia, creio

que a melhor resposta para todas elas é: tenha
sensibilidade. Nem sempre aquele que toca a bateria
terá, então você, querido Sr. Myiagi, precisará ajudar o
seu Daniel San a encontrar esse equilíbrio.

A melhor resposta
sobre o uso da bateria
está na sensibilidade

SEUSITE.COM
 DE NOVO ESSA
MÚSICA?
Não estou dizendo que em todo grupo você
precisa aparecer com uma música nova, mas
tocar as mesmas toda semana? Aí já é
sacanagem!

Coloque-se no lugar daquele jovem que vai

ao seu grupo toda semana. Será que ele está
gostando de ouvir sempre a mesma canção?
Fazer as mesmas coreografias? Eu garanto
que não!

Eu até entendo que muitos ministérios de

música acabam encontrando dificuldades
para ensaiar, para unir todo mundo e
organizar os repertórios, mas tem muitos por
aí que não saem da mesmice por pura
preguiça.

A música no seu grupo é importante demais

para ser tratada com negligência.
Invista tempo construindo um repertório para a sua
equipe de música, distribua tarefas para os
membros, para que ninguém fique sobrecarregado.

Quer um exemplo?

Digamos que uma das pessoas fique responsável

por pesquisar músicas de louvor, outra pessoa fica
com as músicas de Nossa Senhora e assim por
diante.

É possível ainda ter alguém com a função de

recolher o nome dessas músicas, colocar tudo em
um único local na internet e disponibilizar para que
os músicos façam download e escutem as canções
em casa.

Dessa forma, quando o ensaio chegar, todos já

terão escutado as músicas selecionadas para aquele
ensaio. Isso vai economizar tempo e dinamizar mais
as atividades de vocês.

O que precisa ficar claro aqui é que

precisamos evitar repetições toda semana,
afinal, estamos falando de um grupo de
jovens, e não de um episódio do Chaves.

SEUSITE.COM
CAPRICHE NA ACOLHIDA
É difícil encontrar uma notícia boa que viralize e
todo mundo fique sabendo, mas quando acontece
uma notícia ruim...

Com a acolhida é a mesma coisa. Uma boa acolhida

no seu grupo de jovens PODE contribuir muito para
que aquele jovem volte mais vezes, mesmo que ele
nem preste muita atenção.

Agora, se a acolhida for ruim, pode ter certeza de

que ele não volta mais!

Acolher alguém vai além de dar um abraço quando a

pessoa está chegando na igreja.

É olhar nos olhos, é lembrar se ele veio, ou não, na

semana anterior e, caso não tenha vindo, dizer com
sinceridade: “Senti sua falta semana passada.”

Acolher significa estar atento: Será que está muito

calor e é melhor ligar os ventiladores? Será que
algum jovem ficará sozinho na hora da dinâmica?
Todos estão com a bíblia, ou alguém vai precisar de
uma no momento da pregação?
Se for possível, invista nos “mimos”, pois são uma
excelente forma de fazer com que os participantes
se sintam amados.

Não me refiro a algo complexo, mas a um simples

bombom para quem está indo pela primeira vez ou
que esteja fazendo aniversário, isso já é um ótimo
presente.

Conforme o tempo vai passando, é possível ir

estruturando e fazendo algumas surpresas extras
para os participantes.

Quem sabe um sorteio para um ano de assinatura da

Netflix?
 SAIA DAS 4 PAREDES
O seu grupo não está dentro de uma bolha (ou pelo menos não
deveria estar). Todos os movimentos e pastorais estão
inseridos em uma comunidade.

É muito importante que a juventude do seu grupo “mostre a

cara”.

No decorrer do ano, ocorrem diversas atividades na sua

paróquia, certo? Pois bem, em quais delas o seu grupo
costuma estar inserido?

Amados, precisamos viver a unidade! Que tal assumir uma

barraca na festa do padroeiro? Confeccionar um dos tapetes
na festa de Corpus Christi? Se unir a alguma pastoral que está
arrecadando produtos de limpeza para doar para alguma
instituição? Sair junto com os irmãos que costumam entregar
comida para os moradores de rua?

Essas parcerias fortalecem os laços dentro da própria paróquia

e constroem crossovers memoráveis, como, por exemplo, o dia
em que o Chapolim apareceu em um episódio do Chaves, ou
quando as Tartarugas Ninjas apareceram em um episódio dos
Power Rangers, enfim, você entendeu, né?

Mas atenção: Também não adianta querer fazer tudo e

esquecer das atividades do seu próprio grupo. Tudo precisa
ser feito com organização.
TRAGA OS PAIS DOS
JOVENS PARA PERTO
Essa é uma dica de ouro e que poucos grupos
colocam em prática.

Preste atenção: Se você trouxer os pais dos jovens

para mais perto do seu grupo, eles passarão a confiar
mais em vocês e, com isso, o seu grupo ganhará
excelentes aliados na evangelização dos próprios
jovens.

Mas como fazer isso?

Vai por mim, a melhor opção é “dar trabalho para eles”,
isso porque a maioria dos seres humanos se sentem
bem quando podem ajudar outra pessoa, no nosso caso,
ajudar um grupo da igreja.

Lembra do tapete de Corpus Christi que citei no tópico

anterior? Você pode, por exemplo, não só pedir doação
de materiais, como também convidar alguns pais para
ajudar na confecção do tapete; o mesmo vale para o
trabalho na barraca da festa do padroeiro.

Entre outras ideias, temos: convidar os pais para

integrar a equipe de um retiro para novos jovens; pedir
ajuda para alguma ação que vise à arrecadação de
fundos para o grupo (um bingo, por exemplo), quem
sabe até um mutirão de doação de sangue (acabei de ter
essa ideia, hein!).

É possível, ainda, organizar atividades que não

necessitam diretamente do auxílio dos pais, mas que
acabam trazendo eles para perto da mesma forma, como
uma adoração ou missa para os jovens e seus
familiares; outra ideia muito boa é a novena de Natal,
já que cada encontro pode ser feito em uma casa
diferente.

Eu garanto que essa experiência e, principalmente, os

frutos de trazer os pais dos jovens para mais perto
serão extraordinários.

SEUSITE.COM
SEJA PRÓXIMO DO
SEU PADRE
Tem muito grupo de jovens por aí que vive reclamando do
padre, porém o problema é que esse mesmo grupo não faz
nada para se aproximar do sacerdote e, quando eu digo
nada, é nada mesmo.

Como que o padre vai gostar de um grupo que vive

isolado, que não ajuda em absolutamente nada na
comunidade e que ainda só vai procurá-lo quando precisa
de alguma coisa?

TU MERECE UM
TAPA NA FUÇA
Toquei na ferida, né? Pois é, tem muito grupo por aí que
acha que o padre é supermercado.

- Padre, o senhor pode expor o santíssimo?

- Padre, o senhor libera o salão da igreja para fazermos uma

festa?

- Padre, o senhor deixa a gente vender sobremesa no final da

missa?

- Padre, o senhor poderia pagar para todos nós irmos para a

próxima jornada mundial da juventude?

- Padre, tem um jovem no grupo que é corinthiano. O senhor

poderia ir lá rezar pela libertação dele?

Que tal trazer o padre para mais perto? Em lugar de ficar

sempre pedindo e pedindo, convide ele para estar com
vocês no dia de lazer do grupo ou, então, em um dos
encontros da novena de Natal. Quem sabe até um convite
para que ele faça uma das pregações em um dos encontros
do grupo de jovens?

Padre também come, sabia? Convide ele para um almoço

na casa de um dos membros da equipe ou então para uma
pizzaria.

Eu tenho certeza de que a sua visão sobre o sacerdote e a

visão dele sobre vocês passará a ser diferente, tudo
porque pequenos gestos tornarão essa relação mais
próxima e quem mais ganha com tudo isso é a própria
evangelização.
PASTOREIO É O SEGREDO
No dia em que entendermos a importância do
pastoreio e colocarmos ele em prática da maneira
correta, os jovens do nosso grupo vão parar de ir
embora.

É muito triste ver que muitos grupos se preocupam

com um monte de coisa, menos com pastorear os
próprios participantes. Ninguém fica onde não se
sente amado e, se você acha que o oposto do amor é
o ódio, então você está enganado. O oposto do amor
é a indiferença.

Vivemos em uma geração de jovens carentes e,

quando eles chegam no seu grupo, eles precisam se
sentir amados dentro e fora das quatro paredes.

É claro que só Jesus é o perfeito Amor, somente Ele

pode curar o coração de toda carência, mas o
pastoreio é o reflexo, uma extensão desse Amor.

Não permita, em hipótese alguma, que o

pastoreio seja algo somente espontâneo, isso
não dá certo! Ele precisa, sim, ser organizado.
Todos precisam aprender a pastorear, mas, sem
uma equipe específica responsável por essa
ação, a tendência é que ele não funcione.
Pastorear não significa somente mandar uma
mensagem perguntando por que aquele jovem faltou
na semana passada ou, ainda, mandar parabéns no
dia do aniversário. Isso é só a ponta do iceberg.

O pastor conhece as suas ovelhas e suas ovelhas

reconhecem a sua voz. Você conhece as ovelhas do
seu grupo? Quais os anseios delas? As dúvidas? Os
medos? Os sonhos? Os talentos? Como estão as
coisas nas casas dessas ovelhas? Todas elas já
receberam os sacramentos? Todas elas trabalham?
Alguma está precisando de um emprego? Alguma
ovelha está doente?

O pastoreio ajuda a evitar que o jovem vá embora do

grupo? Sim, mas o principal objetivo dele é sempre
levar o jovem para mais perto do Amor de Jesus
Cristo. Se você estiver somente preocupado com
números, então é melhor nem começar a pastorear.
 FAÇA RETIROS
Os retiros são, de longe, a melhor forma de “pescar” jovens
para Deus; se o seu grupo não promove nenhum, comece a
reconsiderar.

Não vou mentir para você, dá muito trabalho, contudo, se tudo

for bem organizado com antecedência, os frutos serão
maravilhosos.

Caso o seu grupo tenha uma equipe muito reduzida, a solução

é pedir apoio para outros grupos, independentemente da
pastoral ou movimento, além, é claro, de convidar alguns pais
para dar aquela força!

As primeiras edições terão muitos problemas, mas isso é

natural, o importante é botar a mão na massa. Mas atenção:
Foque em trazer novos jovens em cada nova edição do retiro.

Um problema muito comum que eu frequentemente encontro,

quando vou pregar em eventos dessa natureza, é que a
maioria dos jovens que estão participando já fizeram o mesmo
retiro várias e várias vezes.

Isso significa que aquele grupo está pescando no aquário;

pior, esses jovens não estão sendo pastoreados ao ponto de
perseverarem no grupo que acontece semanalmente e,
posteriormente, ingressarem na equipe, são pessoas que
“vivem de retiro”.
PROMOVA ATIVIDADES
SOCIAIS
A fé sem obras é morta! (Ti 2, 26b)

Só essa frase já deveria ser o suficiente para fazer

seu grupo se mexer. A lista de possibilidades é
gigantesca: marmitas para moradores de rua,
produtos de higiene pessoal para idosos que estão
nos asilos, presentes que crianças mais carentes
pedem todos os anos em cartinhas para o Papai Noel,
que ficam à disposição nos Correios, doação de
sangue, etc.

Os jovens do seu grupo, principalmente os que

chegaram recentemente, vão sentir que estão
fazendo algo concreto, que estão colocando em
prática tudo o que eles escutam semanalmente
através das pregações e das músicas.

Vale destacar aqui que o jovem gosta de se sentir

útil, gosta de saber que está fazendo a diferença,
além disso, acaba sendo também uma ótima forma de
integrá-los mais entre si.
TENHA TEMPO PARA
VOCÊ E SUA FAMÍLIA
Eita! Esse é mais difícil do que organizar um retiro.

Não importa a idade ou o estado civil, você precisa

reservar um tempo para estar com sua família,
mesmo com uma tonelada de compromissos na igreja.

É por isso que ter um calendário de atividades do seu

grupo é importante, pois fica mais fácil verificar os
respiros e os momentos nos quais você não fará nada,
exceto ficar em casa.
Ficar o tempo todo na igreja é algo bem comum quando
estamos começando na caminhada cristã. Estamos
apaixonados por Jesus, não queremos sair de perto da
comunidade. Marcamos reunião só para marcar a
próxima reunião.

Dessa forma, em muitas casas, os pais ficam chateados

ou até revoltados, chegando ao ponto de não desejarem
ir para a igreja ou até proibindo o filho de ir, ou seja, a
evangelização fica comprometida.

Veja bem, mesmo que as pessoas da sua casa

compreendam e até incentivem você nas suas
atividades dentro da igreja, não caia no erro de
achar que você não precisa dedicar tempo a elas.

Na verdade, é justamente na sua casa o primeiro lugar

onde você precisa dar testemunho. Se você não está em
casa, como conseguirá fazer isso?

SEUSITE.COM
 UM SANTO DE
DEVOÇÃO
É muito comum termos um ou até mais de
um santo de devoção, mas quero dizer para
você que a experiência de fazer parte de um
grupo que tem o seu próprio santo de
devoção é maravilhosa.

Acreditamos na comunhão dos santos e

tenho certeza de que há ao menos um deles
com o qual o seu grupo se identifica.

Quero motivar o seu grupo a se aproximar

desse santo ou dessa santa.

Peça a intercessão dele(a) nas reuniões, nos

encontros, nos retiros e, claro, não esqueça
da novena em honra a ele(a).

Pode ter certeza de que esse simples gesto

concederá grandes benefícios na
espiritualidade do grupo como um todo.
A MISSA É A PARTE
MAIS IMPORTANTE
Preste atenção: Sempre, SEMPRE incentive seus jovens a
participarem da santa missa, deixe claro que ela é muito
mais importante do que o próprio grupo de jovens.

Se houver alguma missa, em um horário específico, da qual o

pessoal do grupo já participa constantemente (talvez até
servindo), melhor ainda.

Caso não haja, então fica aqui a dica: se possível, verifiquem

um horário de missa em que a maioria possa participar.
Garanto que é maravilhoso estar no momento mais sublime
acompanhado dos irmãos do seu grupo.
LEVE OS JOVENS PARA
OS SACRAMENTOS
Se tem algum jovem no seu grupo que não fez a
Primeira Comunhão ou a Crisma, a minha pergunta
é: O que você está esperando para encaminhar ele
para se preparar para receber esses sacramentos?

Nada de ficar aguardando que o próprio jovem vá

atrás, nada disso!

Claro que você não vai forçá-lo, mas, às vezes,

ele quer sim receber os sacramentos, porém
não sabe nem por onde começar ou quem deve
procurar (olha a importância do pastoreio).

Existem casos em que o padre permite que os

próprios responsáveis pelo grupo de jovens
organizem uma catequese para aqueles que ainda
não receberam os sacramentos (sim, isso aconteceu
em um dos grupos de jovens que eu participei).
 SEMPRE APRESENTE
JESUS CRISTO
Nada contra as dinâmicas e apresentações de teatro ou dança,
porém, por diversas vezes, essas ações não levam o jovem a
lugar nenhum, acabam sendo só um passatempo.

O grupo de jovens não é uma brincadeira ou uma reunião de

amigos para tratar de assuntos bonitos e aleatórios. O seu
grupo precisa ser cristocêntrico, ou seja, o centro deve ser
Jesus.

Fez uma dinâmica? Ótimo! Como essa dinâmica me ajuda a

tomar vergonha na cara, largar o pecado e me entregar
totalmente a Cristo?

Muito cuidado com ideologias e temas que tiram o foco da

necessidade de uma real conversão, tenha sempre como
objetivo apresentar Jesus, dessa forma, não há risco de errar

O seu grupo precisa ser

cristocêntrico, ou seja, o
centro deve ser Jesus.
PROMOVA MUTIRÃO DE
CONFISSÃO
Essa dica é maravilhosa e ela não se aplica
necessariamente ao período quaresmal, até porque
muitas paróquias já realizam mutirões durante a
quaresma.

Muitos jovens que estão participando do seu grupo

estão há anos sem fazer uma boa confissão e parte
deles fica com vergonha de procurar o sacerdote.

Com um mutirão, eles acabam ficando mais à

vontade, afinal, “todo mundo vai, então eu vou
também”.
DICA BÔNUS
Na boa? A verdade é a seguinte: Nenhuma dessas dicas
farão efeito se você não amar o jovem.

Porém, se você realmente ama evangelizar a juventude,

mesmo que você coloque só uma em prática, o seu
grupo colherá bons frutos, porque há amor!

Se o Senhor te chamou para essa missão, apenas ame,

ame o jovem, pois é disso que ele mais precisa!
SOBRE O AUTOR
Natural de Guarujá-SP, Thiago dos Santos Sousa é casado
com Viviane Zomignan, ambos se conheceram durante a
missão Jesus no Litoral. Na época ele coordenava o ministério
jovem da diocese de Santos-SP e fazia parte da equipe de
implantação da missão JNL no estado de São Paulo.

Também contribuiu com o ministério jovem da renovação

carismática católica escrevendo parte dos capítulos do "rcc
responde volume 12", especificamente sobre grupos de oração
jovem.

Além de participação ativa no movimento carismático como

pregador, formador, animador e coordenador de grupos de
oração jovem, contribuiu com diversos outros movimentos e
pastorais ligados a evangelização da juventude como a
crisma, segue-me, ejc e maranatha.

Atualmente é criador de conteúdo digital para o canal Lançai

as Redes e faz parte da equipe do ministério de Pregação da
RCC - diocese de Santos-SP.
SINTO MUITO, NÃO TEM CENA PÓS CRÉDITOS