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Lenz
Dilermando M. Selbach
Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
0.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
0.2 Análise teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
0.2.1 Microfita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
0.2.2 Adaptação de linha por metodo stub . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
0.3 Experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
0.3.1 Microfita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
0.3.2 STUB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
0.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Relatório do Laboratório 8
0.1 Introdução
Esse relatório trata das atividades de laboratório realizadas no dia 13/12/2023 com objetivo de observar o
comportamento da impedência de uma microfita, além do efeito de utilizar um stub um uma linha.
Conforme discutido em trabalho prévio, linhas de transmissão podem ser modeladas por dois coeficientes
proprios: a impedância caracterı́stica e a constante de propagação.
0.2.1 Microfita
A linha de transmissão que iremos analisar é a microfita, que pode ser observada na figura abaixo.
Zc + jZ0 tgβl
Zent = Z0 ∗ [ ] (1)
Z0 + jZc tgβl
Para essa configuração, as principais caracterı́sticas que devem ser notadas são a espessura do substrato
abaixo da linha, a largura da linha e a permissividade elétrica do substrato. Como os campos magnético e
elétrico entre o condutor e o terra passam através de mais de um meio (o dielétrico e o ar acima da fita),
essa estrutura não propaga modos TEM. Todavia, ela propaga modos TE e TM com campos na direção
de propagação bem pequenos, ou seja, quase em modo TEM. Por isso, é possı́vel aproximar essa estrutura
de uma similar em que o dielétrico e o ar acima da fita são do mesmo material. Nessa estrutura similar há
propagação em modo TEM, permitindo uma análise mais simples e que é muito próxima da microfita original.
Para essa análise, define-se que o material que substitui o ar e o dielétrico tem a seguinte permeabilidade
relativa, chamada de permeabilidade relativa efetiva:
De forma similar, pode obter-se equações de projeto utilizadas para definir w e h a partir de uma impedância
desejada:
8eA
w e2A −2 , se w
h <2
= (4)
h 2 [B − 1 − ln(2B − 1) + ϵr −1 [ln(B − 1) + 0, 39 − 0,61 ]], senão
π 2ϵr ϵr
r
Z 0 e r − 1 ϵr − 1 0, 11
A= + (0, 23 + ) (5)
60 2 ϵr + 1 ϵr
60π 2
B= √ (6)
Z 0 ϵr
Vs (z)
Zent (z) = (7)
Is (z)
Quando se tem uma linha de transmissão sem perdas conectada a uma carga, a impedância de entrada pode
ser reescrita em:
Zc − jZ0 tg(βl)
Zent = Z0 ∗ [ ] (8)
Z0 − jZc tg(βl)
Em que Zc é a impedância da carga e Z0 a impedância caracterı́stica da linha. Nota-se que uma linha
terminada em curto circuito tem impedância de entrada:
Com o intuito de fazer a Zent seja igual a Z0 , podemos conectar uma linha de transmissão em aberto
ou curto. Nota-se que, quando uma linha encontra uma bifurcação em duas linhas diferentes, pontualmente
Figura 2 – Bifurcação de linha de transmisão
antes e depois da bifurcação as tensões são iguais. A corrente original é todavia separada entre as duas linhas.
Com isso, podemos escrever a impedância de entrada da linha original em função das impedâncias de entrada
das linhas secundárias, todas calculadas no ponto da bifurcação.
Foi requerido um projeto de linha do tipo microfita com impedância caracterı́stica de 50 Ohms, utilizando
um substrado comercial TACONIC RF-35 com espessura de 0,76 mm. Em um segundo momento, pediu-se
para projetar uma adaptação de linha do tipo stub para essa linha alimentando uma carga composta de um
resistor de 180 Ohms em paralelo com uma capacitância de 100 nF. O stub foi especificado como sendo feito
com a mesma linha e tendo final em circuito aberto.
Em relação ao projeto, primeiramente iremos modelar os valores de uma rede de adaptação em paralelo
para a carga e a permissividade elétrica efetiva para o meio. Além disso, iremos calcular as fórmulas para
impedâncias e a relação de espessura do substrato e largura da linha.
No experimento, iremos considerar que a microfita tem uma impedância de 50Ω, possui um substrato
com permissividade elétrica de 3,5 e uma espessura do substrato de 0,76mm. Esse circuito vai ser conectado
a uma carga de 180Ω e uma capacitância de 100fF.
0.3.1 Microfita
Primeiramente, iremos determinar a largura do substrato a partir das fórmulas antes apresentadas. Iremos
determinar as constantes A e B para que seja possı́vel determinar a razão entre a largura da fita e a altura
do substrato.
r
50 3, 5 − 1 3, 5 − 1 0, 11
A= + (0, 23 + ) = 1, 077 (12)
60 2 3, 5 + 1 3, 5
60π 2
B= √ = 6, 33 (13)
50 3, 5
* Para w/h menor que 2
w 8ϵ1 , 077
= 2∗1,077 = 3, 55 (14)
h e −2
Como o resultado deveria ser menor que 2, iremos utilizar a equação para determinar a razão entre as
duas grandezas e, por consequeência a largura da fita
Por meio da razão entre w/h ser 2,26, conseguimos determinar que w equivale a 1,71mm.
É importante também notar a constante de fase da linha (lembra-se que ela é considerada sem perdas).
Ele é aproximado utilizando o coeficiente de permitividade relativo efetivo:
(ϵr + 1) (ϵ − 1)
ϵef = + q = 2, 7476 (16)
2 2 1 + 12hw
√
β = w µ0 ϵ0 ϵef = 34, 74 (17)
0.3.2 STUB
O STUB será feito com o mesmo material e geometria que a linha principal, tendo assim a mesma impedância
caracterı́stica e constante de fase. Iremos calcular a impedância da carga e determinar o comprimento da linha
e a distância que a mesma está em relação a carga para assegurar que a parte real do inverso da impedância
de entrada seja igual ao inverso da impedâncida caracaterı́stica da linha, de forma que, quando for adicionado
o STUB para cortar a parte imaginária, a impedância de entrada resultante seja igual à impedância da linha
e não tenhamos onda refletida.
1
Zc = Rc //Xc = 180//( ) = 177 − 20j (18)
j2π.1 ∗ 109 .100 ∗ 10− 15
Temos a condição:
−1
Zc − jZ0 tg(βd) 1
Real Z0 ∗ [ ] = (19)
Z0 − jZc tg(βd) Z0
Podemos resolver essa igualdade para l graficamente ou através das equações seguintes:
2
2Xc Z0 + − (2Xc Z0 − 4Z0 (−Z0 + Rc )(−Rc 2 − Xc 2 + Z0 Rc )
p
Ts tub = tg(βd) = (20)
2Z0 (−Z0 + Rc )
arctan(T )
d= (22)
β
Para o comprimento do STUB, temos:
Rc 2 T − (Z0 − Xc T )(Xc + Z0 T )
B= (23)
Z0 (Rc 2 + (Xc + Z0 T )2 )
arctan(−Z0 B)
L= (24)
β
Por meio das operações que já enumeramos, conseguimos escolher um conjunto de valores que nos fazem
”casar”a impedância de entrada com a impedância intrinseca da linha. Quando esse fenômeno ocorre, o
coeficiente de reflexão fica igual a zero, o que permite a maior potência possı́vel transmitida para a carga.
Para isso, escolhemos os seguintes valores
Por meio do gráfico acima, conseguimos perceber que ocorre uma redução no coeficiente de reflexão
próximo a frequência de 1 GHz. Idealmente, precisarı́amos observar um valor de coeficiente de reflexão
próximo a zero, o que não acontece em virtude da limitação do software e do modelo que projetamos.
Figura 4 – Coeficiente de reflexão variando conforme a frequência
0.4 Conclusão
Por meio desse laboratório, foi possı́vel compreender como projetar uma Microfita e a relações importantes
do projeto, como a largura, espessura e permessividade elétrica do material. Concomitante a isso, coseguimos
observar o comportamento da adaptação de impedância, no qual utilizamos a configuração stub em aberto
para determinar a rede de adaptação de uma linha de transmissão.