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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - DCET
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO – CAU

CONFORTO AMBIENTAL I

FOTOMETRIA

AULA 3 - MINISTRADA PELO PROF. ME. BRUNO SILVA


FOTOMETRIA
O termo fotometria, originado diretamente do grego (φωs - luz; μετου - medida) é definido
simplesmente como: “O ramo da ciência que trata da medição da luz”

GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS:

• As grandezas físicas descritas a seguir podem ser classificadas de acordo com dois critérios
independentes:
• Composição espectral da radiação: as grandezas físicas relacionadas com a totalidade do
espectro são chamadas de totais e esta qualificação deve ser considerada como implícita.
• Distribuição espacial da radiação: diz-se hemisférica ou global a quantidade relativa a todo o
espaço no qual uma superfície emite ou recebe radiação. As grandezas são ditas direcionais
quando relacionadas a uma direção de propagação da radiação específica.
FOTOMETRIA

• Para a iluminação artificial: Fluxo Energético; Fluxo Luminoso; Intensidade


Luminosa; Iluminância; Eficiência Luminosa; Luminância; Contraste; Índice de
Reprodução de Cor; Temperatura de Cor; Vida Útil.

• Para a iluminação natural: Iluminância, Luminância, Contrastes e


Temperatura de Cor.
NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA

NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA (LUX)

Iluminância é a quantidade de luz que incide sobre uma


superfície por unidade de área e é definida pela
expressão: E=Φ/A. A Iluminância e a luz que chega
(incidente) numa determinada superfície ou plano de
trabalho, não visível.
A luz que uma lâmpada irradia, relacionada a superfície
de incidência, define mais uma grandeza luminotécnica:
Iluminância.
NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA
• O nível de iluminância (lux) pode ser medido facilmente por meio de um equipamento denominado
luxímetro.

COMO FAZER MEDIÇÕES COM O LUXÍMETRO?


LINK 1: https://www.youtube.com/watch?v=VJmAuBxLeXM&ab_channel=MundodaEl%C3%A9trica
LINK 2: https://www.youtube.com/watch?v=m63ySwJel2A&t=1s&ab_channel=Instrutherm
NÍVEIS DE LUMINÂNCIA
LUMINÂNCIA (cd/m²)

É importante notar que os raios luminosos não são visíveis, a sensação de luminosidade e decorrente da
reflexão desses raios por uma superfície. Essa luminosidade, então vista, é chamada de luminância.
A luminância é a sensação de claridade provocada no olho por uma fonte de luz ou por uma superfície
iluminada em uma dada direção; representa a intensidade luminosa da superfície dividida pela sua área
aparente, dada pela posição do observador, também depende das características de reflexão da
superfície.
Unidade:
cd/m² – candela (cd) geralmente utilizada para superfícies;
cd/cm² - candela (cd) geralmente utilizada para lâmpadas;
NÍVEIS DE LUMINÂNCIA
• É a luminância que produz a sensação de claridade, a luz não se faz visível até que seja refletida pelos
corpos;
• A maior ou menor claridade com que vemos os objetos iluminados depende de sua luminância. Então
quando pensamos em luminância, relacionamos ela à ‘claridade’ e ao ‘brilho’ da superfície;
• A Luminância será máxima quando o olho estiver na perpendicular da superfície luminosa;
• A Luminância pode ser direta ou indireta. Será direta quando se tratar de superfícies iluminantes e
indireta no caso de superfícies iluminadas;
NÍVEIS DE LUMINÂNCIA

• A Luminância é um dos conceitos mais abstratos da área. No


passado se chama brilhança, querendo significar que a luminância
está ligada aos brilhos. A diferença é que a luminância é uma
excitação visual, enquanto que o brilho é a resposta visual; a
luminância é quantitativa e o brilho é sensitivo;
• A PERCEPÇÃO DA LUZ NA REALIDADE É A PERCEPÇÃO DE
DIFERENÇAS DE LUMINÂNCIAS. É a diferença entre zonas claras e
escuras que permite que se aprecie uma escultura; que se aprecie
um dia de sol. As partes sombreadas são aquelas que apresentam
a menor luminância em oposição às outras mais iluminadas;
• LUMINÂNCIA TEM GRANDE IMPORTÂNCIA NO FENÔMENO DO
OFUSCAMENTO
Luminancímetro
FLUXO RADIANTE E FLUXO LUMINOSO
• Fluxo radiante é a potência [W] da radiação eletromagnética emitida ou recebida por um corpo.
O fluxo radiante pode conter frações visíveis e não visíveis. Por exemplo, quando uma lâmpada
é ligada não é apenas a radiação visível que é vista, a radiação térmica (infravermelho) também
é sentida.
• O componente de qualquer fluxo radiante que gera uma resposta visual é chamado de fluxo
luminoso – φ (letra grega fi). A unidade no SI (Sistema Internacional de Unidades) para fluxo
luminoso é lumen [lm].

φ= 12lm φ= 1000lm φ= 48.000lm


FLUXO RADIANTE E FLUXO LUMINOSO
Fluxo luminoso é medido em laboratório, com um aparelho chamado Esfera Integradora de Ulbricht
EFICIÊNCIA LUMINOSA
• Uma fonte de luz ideal seria aquela que converteria toda sua potência de entrada [W] em luz
[lm]. Infelizmente, qualquer fonte de luz converte parte da potência em radiação infravermelho
ou ultravioleta. A habilidade da fonte de converter potência em luz é chamada de eficiência
luminosa, η:
EFICIÊNCIA LUMINOSA
• A eficiência luminosa permite comparar entre duas fontes luminosas, qual delas proporcionará um
maior rendimento. Infelizmente por questões culturais muitos ainda usam a potência da fonte
como termo comparativo, o que é totalmente errado.
INTENSIDADE LUMINOSA
Se você olhar diretamente para um farol e depois repetir a operação mais de lado, é aparente que não
é só a quantidade total de luz emitida pela fonte que é importante. A direção de propagação da luz
também é vital. Luz se propagando numa dada direção, dentro de um ângulo sólido unitário, é
chamada intensidade luminosa, I, e sua unidade no SI (Sistema Internacional de Unidades) é lúmem
por metro quadrado esterradiano ou esferorradiano – lm/m²sr ou candela [cd].
INTENSIDADE LUMINOSA
Para fontes pontuais, onde suas dimensões são muito pequenas se comparadas com a sua distância
do objeto iluminado (distância > 5 x maior dimensão da fonte), por definição, a EQUAÇÃO a seguir é
válida:

(cd)

ONDE:
I= Intensidade Luminosa
Φ= Fluxo luminoso
ω= Esterradiano ou ângulo sólido
cd= candela
INTENSIDADE LUMINOSA
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA (CDL)

Em um plano transversal a lâmpada, traçando-se uma linha unindo as extremidades de todos os vetores
originados dessa fonte, obtêm-se a curva de distribuição luminosa (CDL), ou seja, essa curva e a
representação gráfica da intensidade dessa fonte luminosa em todas as suas direções de emissão. A CDL
é também chamada de curva fotométrica.
INTENSIDADE LUMINOSA
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA (CDL)

IES Viewer
RESUMO DAS PRINCIPAIS GRANDEZAS

OBS: Nos sites de algumas marcas de luminária eles dão as informações sobre a fotometria de seus produtos
EXERCÍCIO
Em um flet foi foram comprados dois tipos de luminárias de led para a iluminação artificial dos ambientes: uma retangular de 120x30cm
e outra quadrada de 30x30cm. Busca-se saber quais os níveis de iluminância (lux) para cada ambiente no projeto em questão.
Dados:
- Fluxo luminoso da Luminária 120x30cm: 3500lm
- Fluxo luminoso da Luminária 30x30: 1800lm

Ambiente Área N. Fluxo Iluminância


(m²) Lumin. Luminoso (lux)
total (lm)
Sala 11,95 2 7000 586

Banheiro 3,20 1 1800 563

Cozinha 11,16 1/1 5300 475

Quarto 11,69 2/1 8800 753

Sacada 4,64 2 3600 776

A. Serviço 3,50 1 1800 514


ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC)
• Um objeto ou uma superfície expostos a
diferentes fontes de luminosidade são percebidos
visualmente em diferentes tonalidades. Essa
variação está relacionada com as diferentes
capacidades das lâmpadas de reproduzirem
diferentemente as cores dos objetos. Desse
fenômeno assume-se que sem luz não há cor;
• O índice de Reprodução de Cor – IRC, também
conhecido como Ra, é uma unidade que avalia a
fidelidade de uma fonte de luz na reprodução de
cores dos objetos;
• A escala IRC é percentual, varia de 0 a 100, e
considera a luz do sol como base, sendo essa fonte
de fator IRC 100 (ou seja, 100% de fidelidade), o
valor máximo de reprodução de cor;
ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC)
ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC)
TEMPERATURA DE COR
• A relação entre temperatura e cor da luz emitida, expressa pela “temperatura de cor” em graus
Kelvin.
• Embora cores ‘quentes’ sejam avermelhadas e cores consideradas ‘frias’ sejam azuladas, quando
se refere a temperatura de cor, são o inverso. Assim, quando se fala em uma tonalidade ‘fria’,
deve-se imaginar altas temperaturas na escala acima, e o inverso para tonalidades ‘quentes’.
TEMPERATURA DE COR
• O branco do corpo
metálico em alto grau de
aquecimento, semelhante
ao branco da luz do meio-
dia, possui uma
temperatura de 6500°K;
• Luz amarela, quente,
como de uma lâmpada
incandescente, esta em
torno de 2700°K;
• Lâmpadas de aparência
fria: em torno de 5.000°K;
• Lâmpadas de aparência
neutra: em torno de
4.000°K;
VIDA ÚTIL
Este fenômeno esta relacionado com a durabilidade, em horas, das lâmpadas e reatores, isto
e, quanto tempo duram acesos. Portanto, e um parâmetro que deve ser levado em
consideração do ponto de vista econômico. Veja alguns exemplos de vida útil de lâmpadas:

• Incandescentes: 1.000 horas;


• Halógenas: 2.000 a 6.000 horas;
• Fluorescentes: 7.500 a 16.000 horas;
• Lâmpadas Mistas: 10.000 horas;
• Vapor de Sódio Alta Pressão: 32.000 horas;
• LED’s: 50.000 horas;

EX. 20.000/h para uso residencial significa 10 anos.


VIDA ÚTIL
NORMAS
• ABNT NBR 5461:1991– EM VIGOR ”Iluminação” : define termos relacionados com radiações,
grandezas, unidades, visão, reprodução das cores, etc...;
• ABNT NBR 5413:1992 “Iluminância de interiores” CANCELADA em 21/03/2013 SUBSTITUÍDA por :
ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013;
• NBR ISSO/CIE 8995-1:2013 - EM VIGOR “Iluminação de ambientes de trabalho. Parte 1: Interior”
• ABNT NBR 15215-1:2005 Versão Corrigida:2007 - EM VIGOR “Iluminação Natural” – Parte 1:
Conceitos Básicos e Definições;
- NBR 15215-2: Iluminação Natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a estimativa da
disponibilidade de luz natural;
- NBR 15215-3: Iluminação Natural – Parte 3: Procedimento de Cálculo para determinação da
iluminação natural em ambientes internos.;
- NBR 15215-4: Iluminação Natural – Parte 4: Verificação experimental das condições de iluminação
interna de edificações;
• ABNT NBR 15575-1_2013 Edificações Habitacionais — Desempenho. Parte 1: Requisitos gerais;
REFERÊNCIAS
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na arquitetura. [3.ed.]
Rio de Janeiro,2014.

Ler Capítulos 2 e 5.

PEREIRA, Fernando O. R. Iluminação Natural no Ambiente Construído. III Encontro


Nacional e I Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído.
Gramado, 1995.

GONÇALVES, Joana C.S. et. al. Iluminação Natural e Artificial. PROCEL-EDIFICA. Rio de
Janeiro, 2011.

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